RESUMOS APRESENTADOS
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PO005 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Os impactos das ações extensionistas universitárias nas relações interinstitucionais entre Brasil e Colômbia
Julio Martinez Alves Oliveira, Suzely Adas Saliba Moimaz, Jorge Orlando Francisco Cuellar Mancilla, Julie Sierra Fandiño, Tânia Adas Saliba
Saúde Coletiva em Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Muitos são os desafios para estabelecimento de métricas de impacto das ações de saúde na sociedade. O objetivo neste estudo foi analisar o impacto das atividades desenvolvidas em um projeto de extensão universitária, que envolveu uma parceria entre duas universidades da américa latina. Trata-se de um estudo descritivo, de um projeto extensionista, voltado à promoção da saúde do idoso. As intervenções incluíram capacitações, realizadas pela equipe de Saúde Coletiva de uma faculdade de Odontologia do estado de São Paulo, e do projeto de extensão universitária "Atenção à saúde bucal do idoso", que teve como público alvo, alunos do curso de Odontologia de uma universidade localizada no município de Villavicencio, Colômbia. O estudo foi realizado entre 2023 e 2024. Foram realizadas capacitações remotas por docentes e pós-graduandos da instituição promotora no Brasil, para 23 alunos de graduação e 02 docentes da universidade parceira colombiana.As temáticas incluíram: envelhecimento saudável, violência contra idosos institucionalizados, e cuidados à saúde bucal do idoso.Como métrica dos resultados,foram analisadas as ações comunitárias realizadas posteriormente às intervenções.Foi iniciada uma clínica de cuidado à saúde do idoso com atendimentos odontológicos (n=32), e práticas de prevenção e promoção de saúde bucal (n=22).
As ações realizadas no projeto de extensão "Atenção à saúde bucal do idoso" impactaram positivamente nas estratégias implementadas pela universidade colombiana, comprovando a enucleação.
(Apoio: CAPES N° 001 | CAPES N° 001)
PO006 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Consulta odontológica no pré-natal: O indicador como indutor de prática no SUS
Maria Bethânia Ramos Calsavara, Tânia Adas Saliba, Lia Borges de Mattos Custódio, Nemre Adas Saliba, Fernando Yamamoto Chiba, Suzely Adas Saliba Moimaz
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi analisar o impacto da implementação do indicador de "primeira consulta odontológica na gestação" nos serviços de saúde municipais. Trata-se de um estudo de análise documental de 928 prontuários de gestantes atendidas em um programa de atenção pré-natal. Como critério de inclusão consideraram-se os atendimentos realizados antes e após o período de implementação do indicador de primeira consulta odontológica pelo Programa Previne Brasil. Analisaram-se as variáveis sociodemográficas, data, local e motivo da última consulta odontológica. Foi empregada técnica de estatística descritiva. O Projeto foi aprovado pelo comitê de ética da instituição. Do total, 66,27% das gestantes eram brancas, com idade média de 29,48 anos, 45,79% apresentaram até 11 anos de estudo e 72,09% relataram renda mensal de até R$2500,00. Antes da instituição do Previne Brasil 29,63% das gestantes tiveram acesso à primeira consulta odontológica há menos de 1 ano e depois da instituição do programa houve um aumento, chegando a um total de 33,83%. A maioria das gestantes teve seu último atendimento odontológico no serviço público de saúde. O principal motivo da última consulta odontológica foi a busca por prevenção ou pré-natal odontológico.
Concluiu-se que o Previne Brasil teve um impacto positivo no incentivo às consultas de pré-natal odontológico.
(Apoio: CAPES)
PO007 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Integração Ensino-Serviço-Gestão em Saúde: Impacto de uma Parceria na Linha de Cuidado do Câncer de Boca em Alagoas
Sonia MAria Soares Ferreira, Renata D´andrada Tenório Almeida Silva, Clara de Gois Peixoto, Alynne Maria Alves de Assis, Barbara Patricia da Silva Lima, Ivisson Alexandre Pereira da Silva, Matheus Henrique Alves de Lima, Renata Guerda de Araújo Santos
Mestrado Profissional Pesquisa em Saúde CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O trabalho teve como objetivo desenvolver uma parceria valorizando a integração entre ensino, serviço e gestão, além de avaliar o impacto da colaboração entre um município do Estado de Alagoas e o Mestrado Profissional Pesquisa em Saúde (MPPS) do CESMAC/AL. O foco foi a construção de uma agenda programática em Educação Permanente para capacitar os profissionais da atenção primária em saúde a atuarem na linha de cuidado do câncer de boca. A metodologia foi desenvolvida entre dezembro de 2022 e novembro de 2023, envolvendo duas grandes campanhas de rastreamento e sete encontros formativos entre as equipes de saúde bucal, graduandos de odontologia, docentes e discentes do MPPS, além de parcerias com laboratórios de histopatologia para processamento e análise dos exames. Os principais resultados foram: a) os usuários do SUS do município deixaram de depender de deslocamento para a capital (Maceió) para diagnóstico, tratamento e acompanhamento; b) o município trabalha a prevenção do câncer de boca nas escolas, com foco no tabagismo e no consumo de álcool; c) qualificação da atenção primária em saúde.
O diálogo sobre o manejo do câncer de boca na Atenção Básica, desenvolvido durante essas atividades, ampliou os conhecimentos tanto dos estudantes quanto dos profissionais da rede de saúde de Pilar. A parceria entre a academia e o SUS gerou um impacto social e econômico importante para os usuários do SUS.
PO008 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Perspectivas sanitárias da Fluoretação das Águas de Abastecimento Público na Amazônia Maranhense
Pedro Henrique Barros Dos Santos, Tânia Adas Saliba, Fernando Yamamoto Chiba, Suzely Adas Saliba Moimaz
Saúde coletiva em Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Nesta pesquisa o objetivo foi conhecer o nível de conhecimento das autoridades sanitárias e gestores da saúde bucal sobre a fluoretação e vigilância das águas de abastecimento público. Metodologia: Estudo descritivo tipo inquérito. A coleta de dados foi realizada a partir da resposta dos coordenadores de saúde bucal (n=23) e diretores dos sistemas de abastecimento (n= 18) de 23 municípios na Macrorregião de Saúde IV do estado do Maranhão, respeitando as exigências éticas. Resultados: Não há implementação da fluoretação nos municípios estudados nem mesmo registros de vigilância. A maioria dos diretores dos sistemas era do sexo masculino (n=17) e 78% (n=14) tinham escolaridade a nível de graduação. A interrupção na distribuição de água no último ano foi descrita por todos os diretores, com uma variação de tempo de 2 horas a 10 dias (dp 3,36). A maioria dos coordenadores de saúde bucal era do sexo feminino (77%) com tempo de atuação no serviço público (35%) entre 3-6 anos e de 2-3 anos (52,1%) no cargo de gestor. Apenas 38% (n=9) dos coordenadores relataram conhecer a legislação que trata da obrigatoriedade da fluoretação no Brasil, não demonstrando relação estatística (p-valor=1,0) com a resposta correta sobre intervalo da concentração ótima de flúor indicada para a água na sua região. Todos responderam corretamente sobre o benefício preventivo e redução de cárie a partir do consumo de água fluoretada e declararam ser favoráveis à medida. O acesso e atuação dos CSB em ambientes públicos de debate sobre a qualidade da água foi irrelevante.
Conclusão: Não existe vigilância dos teores de F presente naturalmente, o nível de conhecimento dos coordenadores sobre os benefícios da fluoretação é alto apesar de não conhecerem a lei 6.00/74.
(Apoio: CAPES)
PO009 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Há diferenças na utilização e satisfação dos usuários do serviço odontológico de dois modelos de Atenção Primária à Saúde?
Gabriela Montenegro dos Anjos, Samuel Carvalho Barbosa, Melissa Procópio Rodrigues, Jorge Felipe Marques Vidal, Newillames Gonçalves Nery, Érika Fernandes Soares, Túlio Eduardo Nogueira, Lidia Moraes Ribeiro Jordão
Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo transversal foi identificar a utilização e satisfação dos usuários dos serviços odontológicos dos dois modelos de Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde de Goiânia, Goiás. A aplicação de questionário no formato de entrevista foi realizada em 19 unidades básicas de saúde (UBS) da Atenção Tradicional (AT) e Estratégia Saúde da Família (ESF) em 2022-2023. Os 140 participantes atenderam aos critérios de maioridade, residência no município há pelo menos 12 meses, e experiência prévia de utilização do serviço odontológico da APS. Foram realizadas análises descritivas e de associação (qui-quadrado e t) (p<0,05) entre o modelo de APS (AT e ESF) e variáveis relacionadas à utilização e satisfação (notas de 0 a 10). Do total, 74 pessoas (52,85%) receberam atendimento odontológico na AT e 66 (47,14%) na ESF. Quanto ao motivo para utilização, a urgência foi o mais frequente (25,7% na AT e 18,4% na ESF), seguido por tratamento (22,1% na AT e 17,6% na ESF) e avaliação/ check-up (6,6% na AT e 9,6% na ESF). A percepção de dificuldades na obtenção do atendimento odontológico foi maior entre os usuários da ESF (54,7%) do que da AT (45,3%). Predominou o agendamento presencial (41,1% na AT e 38% na ESF), seguido por ligação/aplicativo na AT (8,8%), e por intermédio da agente comunitária de saúde na ESF (6,6%) (p=0,003). As notas de satisfação acima de 8 foram mais frequentes entre os usuários da ESF (94,3%) do que na AT (85,2%).
Conclui-se que o serviço odontológico da AT foi ligeiramente mais utilizado do que o da ESF, no entanto a percepção de dificuldades, menor procura por motivo de urgência e alta satisfação foram mais observadas na ESF. Houve diferença na forma de agendamento da consulta odontológica entre os modelos de APS.
(Apoio: FAPs - FAPEG)
PO010 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Adesão à vacinação contra Covid-19 de agentes comunitários de saúde
Myrna Maria Arcanjo Frota Barros, Franklin Delano Soares Forte, Elaine Ferreira do Nascimento, Grayce Alencar Albuquerque, Regina Glaucia Lucena Aguiar Ferreira, Andréa Silvia Walter de Aguiar, Anya Pimentel Gomes Fernandes Vieira Meyer
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo é analisar os fatores associados a adesão à vacinação contra COVID-19 de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no Nordeste do Brasil. Trata-se de estudo transversal multicêntrico realizado com dados coletados em quatro capitais do Nordeste (Fortaleza, Ceará; João Pessoa, Paraíba; Recife, Pernambuco; Teresina, Piauí) e em quatro municípios (Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Sobral - Ceará). Foram coletados dados sociodemográficos; dados sobre vacinação contra COVID-19; Self-Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20), com itens sobre ansiedade, estresse, sintomas depressivos e WHOQOL-bref. A maioria dos entrevistados tomou vacina contra COVID-19 (n = 1829; 95,11%), no entanto parte dos ACS (n=608, 31,62%) deixou de tomar alguma dose da vacina, ou não tomou nenhuma (n=94, 4,89%). A média de doses de vacina por ACS foi de 3,40 doses. As variáveis de saúde mental e qualidade de vida não se relacionaram com a vacinação dos ACS. Os ACS mais jovens e que residem em bairros diferente daquele que trabalham possuem maior frequência de esquema vacinal incompleto.
Os ACS são os profissionais considerados o elo entre a comunidade e a atenção primária a saúde, a falta de adesão a vacinação contra COVID-19 desses profissionais pode exercer influência sobre o comportamento em saúde da população em que são responsáveis. É imprescindível o fortalecimento de práticas de educação permanente que esclareçam a importância de vacinação também para os profissionais de saúde.
(Apoio: Harvard/Lemann Foundation edital 2020)
PO011 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Capital social e qualidade de vida relacionada à saúde bucal de gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde
Daniele Prado Assumpção, Camila de Arruda Ribeiro Prates, Bruno Emmanuelli, Jovito Adiel Skupien, Camila Silveira Sfreddo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A literatura prévia tem demonstrado que piores níveis de capital social são associados com piores desfechos de saúde. Entretanto, poucos estudos exploraram a influência do capital social na qualidade de vida relacionada a saúde bucal (QVRSB) de gestantes. O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a associação entre o capital social individual e a QVRSB de gestantes usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A amostra foi composta por gestantes atendidas nas 25 unidades de saúde do SUS, que possuíam cobertura pré-natal, em Santa Maria, Brasil, durante o ano de 2022. Os dados coletados foram variáveis sociodemográficas, capital social individual (frequência de visita à família, participação em grupos de gestantes e suporte social), comportamentos de saúde e saúde bucal. O desfecho QVRSB foi avaliado através do questionário OHIP-14. Modelos multiníveis foram construídos por meio de regressão de Poisson com modelagem hierárquica e os resultados foram apresentados como razão de média [rate ratio (RR)] e seu respectivo intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Ao total, 520 gestantes participaram do estudo, sendo que a maioria estava na fase adulta, tinha cor de pele branca, possuía apenas 1 filho e mais de 8 anos de estudo. O escore total de OHIP-14 foi significativamente associado a um menor suporte social (RR: 1,21, IC 95%: 1,10-1,34). Além disso, maior número de filhos, menor nível socioeconômico, consumo de álcool antes da gestação, procura ao serviço odontológico por dor, gengivite e cárie dental também foram associados a uma pior QVRSB. Entretanto, a idade adulta foi associada a uma melhor QVRSB.
Os achados do estudo revelaram que um menor nível capital social, avaliado através do suporte social, foi associado a uma pior QVRSB de gestantes.
PO012 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Perfil das teleconsultorias odontológicas assíncronas do Telessaúde Goiás: estudo transversal
Melissa Procópio Rodrigues, Leandro Brambilla Martorell, Ehuinder Fernandes Vieira, Alexandre Chater Taleb, Túlio Eduardo Nogueira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi analisar o perfil das teleconsultorias odontológicas assíncronas do Programa Telessaúde Goiás. Trata-se de um estudo observacional transversal descritivo, com dados de julho de 2015 a fevereiro de 2023 obtidos a partir de uma base de dados cedida pela gerência do Telessaúde Goiás. Foram analisadas variáveis relacionadas ao solicitante, à solicitação, à resposta e ao status de postagem. Foi realizada análise descritiva no software SPSS v.20.0 e no Microsoft Office Excel 2010. Foram analisados 4.020 dos 4.773 registros de teleconsultorias. Os anos 2022 (n=1063; 26,4%) e 2021 (n=1061; 26,3%) apresentaram a maior frequência de solicitações de teleconsultorias do período estudado. Cirurgiões-dentistas representaram a maioria dos usuários solicitantes, totalizando 81,7% (n=3489). A maior parte das teleconsultorias recebeu respostas dentro do prazo pré-estabelecido de até 72 horas (n=3040; 88,5%). Cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial concentrou a maior frequência de solicitações entre as especialidades, com 17,7% (n=681), seguida por estomatologia (16,6%, n=629) e odontopediatria (15,8%, n=610). A maioria das solicitações estava relacionada à conduta/tratamento clínico (83,9%, n=3376), sendo 61,6% (n=2478) vinculadas a casos clínicos.
Conclui-se que cirurgiões-dentistas foram os solicitantes mais frequentes das teleconsultorias odontológicas assíncronas do Telessaúde Goiás. O prazo máximo de 72 horas foi respeitado para a maioria das solicitações e observou-se um aumento gradual no uso do serviço ao longo dos anos. Cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, estomatologia e odontopediatria foram as especialidades com maior número de solicitações.
PO013 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Caderno de campo como estratégia de avaliação do processo de implementação do MonitoraSB
Renata Maria Mendes de Oliveira, Elisa Lopes Pinheiro, João Henrique Lara Amaral, Viviane Elisângela Gomes, Maria Inês Barreiros Senna, Kevan Guilherme Nóbrega Barbosa, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub, Raquel Conceição Ferreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetiva-se apresentar o caderno de campo como estratégia para avaliar o processo de implementação de uma inovação para o monitoramento dos serviços de saúde bucal na APS (MonitoraSB), que inclui uma matriz de indicadores e ferramentas digitais. O caderno de campo será usado para a coleta de dados qualitativos por meio de registros realizados pelos 28 profissionais líderes da implementação, em 13 municípios de Minas Gerais. Esses líderes, juntamente com gestores e profissionais das equipes de saúde bucal (eSB), são os usuários do MonitoraSB. Os registros regulares possibilitarão conhecer as reflexões desses usuários quanto aos facilitadores e desafios encontrados, estratégias, interações e fatores vivenciados ao colocar as seguintes estratégias de implementação em prática: elaboração do plano de implementação, ação educativa e incorporação do MonitoraSB no processo de trabalho das eSB. Os registros serão analisados para identificar aspectos a serem ajustados no processo de implementação. O caderno foi desenvolvido em formato de documento online na plataforma Google Docs®, com design gráfico feito no Canva®. Ele apresenta introdução e instruções para o uso do caderno; seções com orientações sobre aspectos a serem considerados no registro sobre o desenvolvimento das estratégias de implementação em cada local: envolvimento, engajamento e organização das eSB para as atividades, facilidades e desafios encontrados e estratégias para solucionamento dos problemas encontrados.
A ferramenta permitirá o acompanhamento contínuo da pesquisa, orientando ajustes e a tomada de decisão durante a implementação do MonitoraSB, favorecendo assim sua adoção.
(Apoio: CNPq N° 445286/2023-7 | CNPq N° 310938/2022-8 | Fapemig N° APQ-00763-20)
PO014 - POAC
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Impacto da pandemia de covid-19 nos procedimentos odontológicos para população de 0 a 5 anos das capitais brasileiras
Robert Henrique Santos Sales, Vitória Tavares Castro, Camila Harumi Oda de Oliveira, Nicole Aimée
Odontologia UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar antes, durante e após o cenário de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) ocasionado pela covid-19, os padrões de tratamento relacionados à cariologia e o tipo de consulta ofertado à população de 0 a 5 anos nas capitais do Brasil (n=27), no contexto do SUS. Trata-se de estudo observacional analítico. Os períodos analisados foram o ano imediatamente anterior (2019), durante (2020 e 2021) e ao término (2022) do Decreto de ESPIN. Os dados foram extraídos do Sistema Nacional de Informação da Atenção Básica - SISAB (abril de 2024). Análises estatísticas incluíram o Teste de Friedman para comparação entre os anos, Teste de Wilcoxon e Correlação de Spearman para avaliar respectivamente a comparação e correlação entre consultas agendadas e demanda espontânea (p<0,05, Software GraphPad Prism). O ano de 2019 (pré-pandemia) teve maior quantitativo de procedimentos invasivos e não-invasivos enquanto o ano de 2021 (durante a pandemia) teve o menor quantitativo. Em 2019, as consultas agendadas superaram as por demanda espontânea. Já nos anos seguintes, de 2020 a 2022, essa tendência se inverteu. Correlações significativas foram observadas entre demanda espontânea e consultas agendadas em todos os anos, sendo particularmente alta em 2020 (r=0,92; p<0,0001) e moderada nos demais anos. Observou-se que a modalidade de tratamento (agendado ou demanda espontânea) não alterou o tipo de tratamento (invasivo ou não-invasivo)
Durante a ESPIN houve uma queda nas intervenções odontológicas, queda no número de consultas agendadas e aumento de consultas de demanda espontânea para populações de 0 a 5 anos. É possível que este cenário tenha potencialmente gerado uma demanda reprimida que poderá se refletir nos anos subsequentes.