RESUMOS APRESENTADOS

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 2720 Resumo encontrados. Mostrando de 2131 a 2140


PIf0545 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Atividade antitumoral do extrato hidroalcoólico de Arrabideae chica in vivo: evidências de ativação da via mitocondrial da apotpse
Alex Aragão Alves, Isana Carla Leal Souza Lordelo, Décio Fragata da Silva, Maria Julia Nardelli, Charles dos Santos Estevão, Pedro Senna Witt, Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior, Elena Riet Correa Rivero
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudos pré-clínicos anteriores demonstraram que o extrato hidroalcoólico de Arrabideae chica (EHAC) apresenta atividade antitumoral em modelo de sarcoma 180 murino, mas o mecanismo de ação ainda não foi desvendado. Portanto, este estudo tem como objetivo avaliar a potencial ativação da de apoptose na atividade antitumoral do EHAC. Para tanto, a extração foi realizada por líquido pressurizado assistido por ultrassom e caracterizada por cromatografia líquida de alta eficiência. Para o ensaio antitumoral, camundongos Swiss transplantados com sarcoma 180 foram divididos em quatro grupos: Salina, 5-fluorouracil (5FU, 25 mg/Kg), EHAC (200 mg/kg) e 5FU/EHAC (mesmas doses). A inibição do crescimento e as características histológicas dos tumores, assim como a expressão imuno-histoquímica dos antígenos Ki67, TUNEL, Bcl-2, Bax, Caspase-3 ativo, NF-κB e NFR2 foram avaliadas in situ após sete dias. Em comparação com o grupo Salina, EHAC inibiu significativamente o crescimento tumoral (p<0,01) e aumentou a imunoexpressão de TUNEL, Bax e Caspase-3 ativa (p<0,05), enquanto EHAC/5FU diminuiu, adicionalmente, a imunoexpressão de Ko67 e NF-κB (p<0,05).

Os dados sugerem que a atividade antitumoral do EHAC parece envolver a ativação da via mitocondrial da apoptose. Além disso, a associação EHAC/5FU parece ativar mecanismos adicionais de morte de células tumorais, provavelmente envolvendo inibição da proliferação e da via do NF-κB.

PIf0546 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Estudo clínico sobre digitalização de arco dental com apinhamento usando escanners intraorais
Marcela Amanda Vieira, Gabriel Fugita Barbin, Bruna Neves de Freitas, Camila Porto Capel, Leandro Cardoso, Camila Tirapelli
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo avaliou a veracidade de modelos digitais com as imagens adquiridas com dois escanners intraorais diferentes em paciente com apinhamento dental. Um modelo de referência foi obtido com impressão convencional e um molde de gesso de um paciente apresentando apinhamento no arco dentário mandibular (dos caninos aos caninos, 2,93 mm de discrepância). O paciente foi então digitalizado usando microscopia confocal (MC; iTero Element 2) e imagem de varredura a laser azul-multiscan IOS (BLM; Virtuo Vivo), totalizando dez digitalizações. As malhas no formato STL foram analisadas usando o softwares Geomagic Control X versão 2023.2. Os valores de RMS (root mean square) foram analisados estatisticamente com testes t pareados considerando um nível de confiança de 95%. A veracidade das malhas STL obtidas por CM (1.07±0.00932) foi maior em comparação com BLM (1.17±0.0372) (p <0,0001). O mapa de cores revelou discrepâncias maiores na região vestibular do segmento posterior para CM, e no segmento anterior e na região lingual do segmento posterior para BLM.

O escanner com microscopia confocal em paciente com apinhamento anterior produziu malhas com mais veracidade comparado ao escanner com imagem de varredura a laser azul-multiscan.

(Apoio: CNPq  N° 2023-5160  |  FAPESP  N° 23/04299-2  |  CAPES  N° 88887.668375/2022-00)
PIf0547 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Performance de dois escanners intraorais na aquisição de imagens de pacientes com diastema
Gabriel Fugita Barbin, Bruna Neves de Freitas, Camila Porto Capel, Marcela Amanda Vieira, Leandro Cardoso, Camila Tirapelli
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Certas condições dentais podem dificultar a aquisição de imagem por escanners intraorais (IOS). Este estudo teve como objetivo avaliar a veracidade da digitalização do arco dentário de paciente com diastema, por duas tecnologias de IOS - microscopia confocal (MC) e imagem de varredura a laser azul-multiscan (BLM). Para isso, foram realizadas uma moldagem convencional e a obtenção de um modelo de gesso do arco superior do paciente, com diastema entre incisivos centrais. Este foi digitalizado por um escanner de mesa, e a malha resultante, em Linguagem de Tesselação Padrão (STL), serviu como referência. Os pacientes foram então digitalizados utilizando MC (iTero Element 2) e BLM (Virtuo Vivo), resultando em dez digitalizações totais. As malhas foram analisadas utilizando o software Geomagic Control X versão 2023.2. A magnitude do desvio foi indicada em RMS (root mean square) e representada em um mapa de cores. As diferenças entre os escanners foram avaliadas com testes t pareados, considerando o nível de confiança de 95%. Como resultados, a veracidade do arco digitalizado por BLM (1.50 ± 0.0371) e MC (1.46 ± 0.0116) não apresentou diferença estatisticamente significativa. O mapa de cores revelou que as maiores discrepâncias concentravam-se na região posterior do arco para BLM.

Em conclusão, a MC gerou modelos digitais com maior precisão em comparação com o BLM.

(Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)  N° #23/04299-2  |  CAPES - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)  N° #88887.668375/2022-00  |  CNPq  N° 2023-5160)
PIf0548 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

O desvio de septo está associado a dor orofacial?
Raissa Vieira Meira, Aline Xavier Ferraz, Juliana Marodin Fauri Rotta, Cristiano Miranda de Araujo, Angela Graciela Deliga Schroder
Odontologia UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O desvio de septo é uma condição em que a parede que separa as cavidades nasais é desviada para um lado, resultando em obstrução do fluxo de ar e alterações na anatomia nasal, a dor orofacial é uma queixa comum em pacientes com essa condição. Apesar da literatura relatar que pode haver essa associação os estudos não são conclusivos, com isso, o objetivo do estudo é avaliar se há ou não associação entre o desvio de septo e à dor orofacial. Essa avaliação foi realizada por meio da análise de radiografias panorâmicas presentes em prontuários de um centro de diagnóstico, esses prontuários foram selecionados aleatoriamente até completar uma amostra de 100 indivíduos, que se enquadravam nos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Com base nessa amostra de 100 pacientes, foi observado até o presente momento que não houve relação entre o desvio de septo e a dor orofacial, entretanto, mais prontuários podem ser avaliados e entrarão também para essa amostra

Conclui-se que demais estudos são necessários para concluir de forma consistente se há ou não associação entre o desvio de septo e à dor orofacial, incluindo estudos com uma amostra maior de pacientes com essa condição.

PIf0549 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Efeito dos quimioterápicos Cisplatina e Cetuximab sobre a migração de células da linhagem SCC-9
Fernanda Betta Canever, Andressa Marques, Nicole Lonni Nascimento, Daniele Março de Sousa Rocha, Elena Riet Correa Rivero, Mabel Mariela Rodríguez Cordeiro, Michelle Tillmann Biz
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O carcinoma epidermoide oral (CEO) é a neoplasia maligna mais comum da cavidade oral. Os tratamentos convencionais estão relacionados a baixos índices de sobrevida e morbidades, impulsionando o estudo dos efeitos de novos medicamentos. O quimioterápico mais utilizado é a Cisplatina (CPT), podendo haver resistência ao fármaco, o que leva ao uso de outros medicamentos. Um fármaco que desponta é o anticorpo monoclonal Cetuximab (CTX), eficaz em casos de recidivas e metástases, combinado com outros quimioterápicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da CPT e do CTX na migração celular da linhagem SCC-9. A concentração inibitória para 50% das células (IC50), de ambos os compostos, foi obtida por ensaio de citotoxicidade, sendo estimado em 3,5 µM/ml para CPT e 850 µg/ml para o CTX. O ensaio de migração celular foi feito pelo método "scratch" e acompanhamento do fechamento da "ferida" nos tempos 0h, 24h e 48h. Após a formação da ferida, as células foram submetidas aos quimioterápicos ou mantidas sem tratamento (ST), por 24h e 48h. O ensaio de migração celular mostrou que os compostos inibiram a migração, sendo a CPT a maior inibição (p>0,05). Para CTX, em 24h não houve diferença com o ST (p>0,05); em 48h, ainda permanecia uma área residual de ferida, enquanto o ST alcançou o fechamento completo (p<0,05). Para a CPT a inibição da migração foi evidente em ambos os tempos, permanecendo a ferida ainda aberta em 24h e 48h (p<0,05), enquanto o controle apresentou fechamento completo da ferida.

Os quimioterápicos Cisplatina e Cetuximab mostraram inibição da migração de células da linhagem SCC-9, sendo a Cisplatina a mais eficiente, o que poderia representar uma menor probabilidade de invasão tumoral ou metástase.

(Apoio: CNPq  N° 405586/2021-3  |  CNPq  N° Bolsa PIBIC   |  CNPq  N° Bolsa PIBIC)
PIf0550 - Painel Iniciante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação da taxa de transformação maligna das desordens orais com potencial de malignização para câncer de boca no Espirito Santo
Beatriz Ribeiro de Souza, Luanna Canal Pereira, Milena Duarte Moreira, Liliana Aparecida Pimenta de Barros, Danielle Resende Camisasca Barroso, Tahyná Duda Deps
Departamento de Clínica Odontológica UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As desordens orais com potencial de malignização (DOPM) são um grupo heterogêneo de lesões mucosas associadas a aumento do risco de transformação maligna. O objetivo foi analisar os registros de pacientes com câncer de boca no estado do Espírito Santo (SESA) e identificar se os pacientes com DOPM acompanhados no curso de odontologia da UFES desenvolveram câncer de boca. Foram incluídos casos com diagnóstico clinicopatológico de líquen plano oral (LPO), lesão liquenóide oral (LLO), leucoplasia oral (LO), leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) e eritroplasia (EO), registrados entre 2009 e 2019, no Serviço de Anatomia Patológica Bucal. Foi realizada busca nominal dos pacientes nos Registros hospitalares do estado para identificar os pacientes que foram acometidos por câncer de boca, além disso, realizou-se a caracterização das DOPM encontradas. Identificou-se 2583 lesões bucomaxilofaciais, sendo 318 (12,3%) DOPM, localizadas na mucosa bucal de 210 (8,1%) pacientes. Dos 210 pacientes, 107 (50,9%) possuíam LO, 33 (15,7%) LVP, 7 (3,3%) EO, 49 (23,3%) LPO e 14 (6,6%) LLO. Ao todo, 133 (63,3%) eram do sexo feminino, com idade média geral de 56 anos (26 a 90 anos). Destes, 54 (25,7%) reportaram fazer uso de álcool e 49 (23,3%) de tabaco. O tamanho médio foi de 1,6 cm (0,02 a 6 cm). Foram identificados 13 (6,1%) pacientes com transformação para carcinoma. A EO foi a DOPM com maior taxa de transformação, 1/7 caso (14,8%), seguida da LO 10/107 (9,3%). O tempo médio para malignização foi de 19,7 meses.

A leucoplasia, foi a desordem com potencial de malignização mais frequente e a eritroplasia com maior taxa de transformação. A proporção de DOPM que desenvolveram câncer não foi alta. Devemos acompanhar esses pacientes por longos períodos.

(Apoio: CAPES  N° 38/22 PDPG )
PIf0551 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação morfológica dos processos estiloides de indivíduos com Neurofibromatose tipo 1
Luana Neves Dos Santos, Letícia Drummond Dos Santos, Juliana Ferreira Moro, Karin Soares Gonçalves Cunha, Andréa de Castro Domingos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Neurofibromatose tipo 1 (NF-1) é uma doença que pode apresentar alterações ósseas, incluindo craniofaciais. O processo estiloide (PE) é uma projeção óssea bilateral localizada na base do crânio que possui morfologia variável. O objetivo do estudo foi avaliar as variações do PE através de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). A amostra foi formada por dois grupos, o experimental (GE), constituído por exames de TCFC de 37 indivíduos com NF1 e o controle (GC), por 37 exames de TCFC de indivíduos sem NF1, pareados por gênero e idade. O PE foi classificado em 4 padrões: normal, quando mede menos de 25 mm; alongado, quando está uniforme e mede mais de 25 mm; pseudoarticulado quando está alongado e unido ao ligamento estilomandibular ou estilohioideo por uma única pseudoarticulação; e segmentado quando está alongado e há vários segmentos mineralizados. As variáveis foram comparadas entre os grupos pelo teste de qui-quadrado. As análises foram realizadas no SPSS v.25. Os dados observados revelaram as seguintes frequências para o GE: Normal com 19 casos (25,67%), Alongado com 18 casos (24,32%), Segmentado com 28 casos (37,83%) e Pseudosegmentado com 9 casos (12,16%). Já para o GC, foram: Normal com 35 casos (47,29%), Alongado com 12 casos (16,21%), Segmentado com 13 casos (17,56%) e Pseudosegmentado com 14 casos (18,91%).

Os resultados sugerem que há diferença significativa nas frequências dos padrões do PE entre o GE e o GC (p< 0.01). O conhecimento do cirurgião-dentista acerca dessas alterações é fundamental, pois o alongamento do PE, associado à dor e outros sinais clínicos, caracteriza a síndrome de Eagle. Além disso, a dissecção da artéria carótida pode decorrer desse alongamento, sendo uma condição grave, que requer tratamento imediato.

PIf0552 - Painel Iniciante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Concentração de epinefrina menor e volume maior de articaína bucal aumenta sucesso anestésico no palato em extração de molar com lesão apical
Rafaela Ravagnani Lins Dobarco, José Donato Casamássimo, Carlos Alberto Adde, Jose Leonardo Simone, Maria Aparecida Borsatti
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A articaína é o anestésico local (AL) capaz de difundir-se de sulco bucal para o palato com bom índice de sucesso anestésico para extração de molar superior, sem injeção palatina (com 1,7 ml). Entretanto, com lesão periapical, esse índice de sucesso é reduzido. Foi analisado se quando utilizado 3,4 ml (2 tubetes) de AL, e variando a concentração de vasoconstritor (VC) epinefrina, se ocorre aumento de difusão AL palatina. Analisou-se a taxa de sucesso AL palatino (se ocorrer até 10 min da AL) e duração palatina (min), o volume total e a índice de dor na extração. Os 41 participantes (ASA I e II) apresentavam necessidade de extração de molar superior com lesão periapical. Receberam inicialmente 2 tubetes de articaína 4% com vasoconstritor (VC) epinefrina em infiltração suprapereosteal no sulco vestibular (bucal), sem injeção palatina, distribuídos em 2 grupos: AL com epinefrina à 1:100.000 (grupo AE100, n= 23) ou à 1:200.000 (AE200, n=18). Avaliou-se anestesia palatina com picada na mucosa (pinprick) com explorador (a cada 2 min). A escala de dor EVA (0 a100mm, sem dor, incomodo, leve, moderada e insuportável) foi utilizada para avaliar dor.

O volume total foi: o inicial mais a suplementação AL. No AE200, o índice de sucesso palatino foi maior (p<0,05, Exato de Fisher), mas a duração foi maior no AE100 (p<0,05, Mann Whitney). O volume total foi menor no AE200 (p<0,05) e dor similar (dor leve a dor máxima) (p>0,05). Conclui-se que com 2 tubetes, a articaína com epinefrina mais diluída teve maior índice de sucesso e duração anestésica palatina adequada, sendo a melhor opção para extração de molar superior com lesão.

PIf0553 - Painel Iniciante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Influência dos compostos sulfurados voláteis na percepção social: análise da qualidade de vida em pacientes com halitose
Maria Lívia Rodrigues de Menezes, Mailon Cury Carneiro, Aristéa Ribeiro Carvalho, Paulo Sérgio da Silva Santos
Estomatologia, Radiologia e Patologia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A halitose pode ser definida como a alteração do odor expirado, resultante de condições intra e/ou extraorais, que afeta o bem-estar social. O objetivo deste estudo transversal foi correlacionar a presença de halitose com o impacto na qualidade de vida dos pacientes. Para a análise quantitativa, utilizou-se a cromatografia gasosa com o cromatógrafo OralChromaT, a fim de medir três compostos sulfurados voláteis: sulfeto de hidrogênio, metilmercaptana e dimetilsulfeto. Essa medição permitiu detectar a halitose e determinar sua intensidade antes e após a contraprova de cisteína. Para a análise qualitativa, aplicou-se o questionário Halitosis Associated Life-Quality Test (HALT), composto por 20 perguntas em escalas de Likert, que avaliam o impacto emocional e a qualidade de vida dos indivíduos. A análise estatística incluiu testes de variância, correlações e regressão linear múltipla, considerando significativos os valores de p<0,05 e empregando técnicas descritivas percentuais. Dos 40 participantes que completaram o estudo, 25% apresentaram halitose, percentual que aumentou para 87,5% após a contraprova com cisteína. A metilmercaptana foi identificada como um preditor significativo do prejuízo na qualidade de vida. A regressão linear múltipla indicou que o aumento da concentração de metilmercaptana está diretamente relacionado a percepções negativas da qualidade de vida.

Conclui-se que pacientes com halitose apresentam um declínio na qualidade de vida, sendo a metimercaptana um fator significativo dentro dessa correlação. Isso ressalta a necessidade de diagnósticos precisos e estratégias de tratamento integrativas, que levem em consideração os impactos psicológicos desta condição.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PIf0554 - Painel Iniciante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Associação entre o hábito de fumar, a presença de lesões orais e a ansiedade - um estudo piloto com grupo de comparação
Stella Rodrigues Alves de Paula, Leda Layane Pioto da Rosa, Romeu Cassiano Pucci da Silva Ramos, Gisele Marchetti, Jullyana Mayara Preizner Dezanetti, Ronaldo Carmona de Souza, Giselle Emilaine da Silva Reis, Yasmine Mendes Pupo
Odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO AUTÔNOMO DO BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo transversal observacional, aprovado pelo CEP (#63764022.7.0000.0095), com grupo de comparação foi avaliar a prevalência de lesões orais e de ansiedade em usuários de cigarro convencional (CC), cigarro eletrônico (CE) e não fumantes (NF). Foram incluídos 80 participantes, com idades entre 19 e 75 anos, atendidos na Clínica Odontológica UniBrasil. Durante o período de 8 meses foram avaliados 33 fumantes de CC, 20 fumantes de CE e 27 não fumantes. Os participantes responderam a uma anamnese estruturada, a ansiedade foi avaliada através do questionário validado IDATE traço, o hábito de fumar foi avaliado por um questionário adaptado da OMS e todos passaram por exame físico da cavidade bucal. Os dados foram analisados através do software SPSS, com nível de significância de 5%. Foi observado que a presença de lesões orais é associada ao hábito de fumar CC (p= 0,013) e não associada ao hábito de fumar CE (p= 0,258) ou a ingestão de bebida alcoólica (p= 0,739). Além disso, não foi observada associação entre a quantidade de cigarros consumidos por dia e a presença de lesões (p= 0,437). Com relação a idade, foi observada associação com a presença de lesões (p < 0,01), sendo que os indivíduos com mais idade possuíam significantemente mais lesões que os mais jovens. O escore médio de IDATE foi 46,6 (±6,52). Escores mais elevados de IDATE foram associados a realização de tratamento psiquiátrico (p= 0,005), no entanto não foram associados ao hábito de fumar CE (p= 0,722) ou CC (p= 0,583).

As lesões encontradas nesse estudo foram: leucoplasia, papiloma, glossite romboidal mediana, pigmentações melânicas, todas em indivíduos fumantes de CC. Contudo, para verificar o real efeito do CE é necessário a realização de estudos longitudinais.