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PNd0675 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Mães de crianças com autismo: percepção sobre o diagnóstico do filho e desdobramentos na rotina diária
Mariana Laís Silva Celestino, Gabriela Lopes Angelo Dornas, Francine Eduarda Pereira Lima, Camilla Vieira Rodrigues, Heloisa Vieira Prado, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Ana Cristina Borges-Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetivou analisar a percepção de um grupo de mães com filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) acerca do momento de descoberta do diagnóstico do filho e os desdobramentos na rotina do dia a dia. Foi desenvolvido um estudo qualitativo com 15 mães de crianças com TEA na faixa etária de seis a 12 anos, atendidas na Faculdade de Odontologia da UFMG, em Belo Horizonte -MG. As mães participaram de uma entrevista online. As falas foram analisadas a partir da análise de conteúdo. Foram identificados dois núcleos temáticos: diagnóstico do autismo e rotina diária. Os resultados mostraram que o diagnóstico de um filho com TEA ocasionou significativas mudanças na vida da família. De acordo com as falas houve um aumento da sobrecarga das mães, que passaram a desempenhar diversas funções em prol do bem-estar e tratamento do filho com TEA. As entrevistadas sinalizaram que o envolvimento paterno tende a ser ausente ou limitado. O cuidado diário da criança com autismo normalmente é restrito as mães, que se sentem isoladas pela família e como únicas responsáveis pelos seus filhos.

O diagnóstico de um filho com TEA promove um grande impacto na rotina das famílias, sobretudo das mães, que são em sua grande maioria a principal cuidadora dessas crianças.

PNd0677 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Utilização de serviços de saúde bucal por adultos de comunidades rurais ribeirinhas da Amazônia
Marilia Gabriela Silva Marinho, Adrielly Carvalho Guedes, Fernando Jose Herkrath, Diego dos Santos Cordeiro, Ana Paula Corrêa de Queiroz Herkrath
Faculdade de Odontologia - FAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi descrever as características de utilização dos serviços de saúde bucal por adultos residentes em localidades rurais ribeirinhas do rio Negro, Manaus, Amazonas. Foi realizado estudo transversal, de base domiciliar, envolvendo dois territórios de abrangência de uma equipe da Estratégia Saúde da Família Fluvial. Os dados foram coletados diretamente nos domicílios por meio de um questionário eletrônico, utilizando o aplicativo Research Electronic Data Capture, instalado em smartphone, incluindo a caracterização demográfica e socioeconômica, a morbidade bucal autorreferida, autopercepção da saúde bucal e utilização dos serviços de saúde bucal. O banco foi exportado para o programa Stata MP, versão 15.0, sendo realizada a análise descritiva dos dados. O inquérito incluiu 157 adultos, sendo a maioria do sexo feminino (61%). A idade média dos participantes foi 43,2 anos (±DP=16,6), variando de 18 a 80 anos. O número médio de dentes perdidos foi 11,0 e 15,9% eram edêntulos totais. Percebiam a saúde bucal como regular ou ruim 33,8% dos participantes e 26,1% relataram dor dentária nos seis meses anteriores à entrevista. Aproximadamente 46% haviam buscado atendimento no último ano e sido atendidos. Apesar da grande dependência do serviço público (70,1%), 26,6% haviam realizado a última consulta no serviço particular, em um local fora da comunidade. Os principais motivos da última consulta foram procedimentos preventivos ou de rotina (33,8%), extração (24,8%) e tratamento dentário (14%).

Os resultados sugerem a existência de barreiras à utilização dos serviços de saúde bucal pela população de estudo, bem como de condições de morbidade autorreferidas de saúde bucal insatisfatórias.

(Apoio: CAPES  |  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM)  |  Programa Fiocruz Inova Amazônia (Edital 004/2022))
PNd0678 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Análise das disparidades sócio-geográficas do aconselhamento genético no Brasil
Lais Mota Jaime, Irene Plaza Pinto, Aparecido Divino da Cruz, Rafael Aiello Bomfim, Pedro Paulo Chaves de Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A região orofacial, área de atuação do cirurgião-dentista, manifesta cerca de 40% dos fenótipos associados a síndromes genéticas. A identificação destas manifestações e o encaminhamento para o serviço especializado em aconselhamento genético (AG) é essencial para a melhoria da qualidade de vida destes pacientes e suas famílias. Porém Os serviços de AG enfrentam desafios de acesso e implementação eficazes. Esse estudo visa investigar a distribuição do serviço de AG prestado pelo SUS, entre jan/23 a dez/23, utilizando o banco de dados SIASUS para coletar informações de diferentes regiões do Brasil. Foram lançados no SIASUS 14.613 atendimentos de AG em 15 cidades, sendo que houve necessidade de deslocamento entre estados em 300 (2,05%) atendimentos. A região que mais atendeu pacientes no AG foi a Sul com 6.436 (44,04%), Nordeste com 4.367 (29,88%), Sudeste com 2.858 (19,56%), Centro-Oeste com 947 (6,48%) e Norte com 5 (0,03%). Dos profissionais que prestaram o AG, a maioria foram médicos geneticistas com 14.270 (97,65%) atendimentos, seguido por biomédicos com 263 (1,70%), biólogos com 75 (0,51%) e farmacêuticos com 5 (0,03%). Em relação à idade dos pacientes, 7.581 (51,88%) tinham até 11 anos e 7.032 (48,12%) eram maiores de 11 anos. Em relação à etnia, 7.435 (50,88%) eram brancos, 6.324 (43,28%) pardos, 653 (4,47%) pretos, 157 (1,07%) amarelos é 16 (0,11%) indígenas. Em relação ao sexo, foram atendidas 7.513 (51,41%) do sexo feminino e 7.100 (48,59%) do sexo masculino.

Os resultados sugerem disparidades no atendimento do AG no Brasil. Dessa forma, capacitar os cirurgiões-dentistas para a realização de AG no serviço público do Brasil pode minimizar desigualdades regionais e raciais, contribuindo para a equidade e fortalecimento do SUS.

PNd0679 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Modelos para avaliação de risco de cárie dentária em saúde pública. O que buscamos?
Cláudia Silva Gonçalves, Suzely Adas Saliba Moimaz, Tânia Adas Saliba, Fernando Yamamoto Chiba
Saúde Coletiva em Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Diversas ações são necessárias para realizar o planejamento de estratégias de controle, prevenção e resolutividade da cárie dentária, destacando-se a necessidade de protocolos que forneçam informações confiáveis sobre os riscos de desenvolvimento da doença. O objetivo nesta pesquisa foi realizar uma revisão de literatura sobre os modelos para avaliação de risco de cárie dentária e analisar sua aplicabilidade em saúde pública. Para tanto, foram consultadas as publicações disponíveis nas bases de dados PuBMed, Web of Science, Embase, Cochrane e Biblioteca Virtual em Saúde, empregando-se os descritores: saúde pública; cárie dentária; prevenção; avaliação de risco; e modelos. Foram incluídas publicações sobre modelos para avaliação de risco de cárie em estudos clínicos e epidemiológicos, sem restrições de período e idioma. Por meio do levantamento bibliográfico, foram identificados 12 modelos para avaliação de risco de cárie dentária e suas variações, entretanto, a maioria apresentava fatores de complexidade para aplicação em estudos epidemiológicos, como necessidade de exames complementares, evidenciação de placa, programas computadorizados, radiografias e histórico familiar detalhado, portanto, com limitações para aplicação em saúde pública devido à metodologia empregada.

Alguns modelos para avaliação de risco de cárie apresentaram aspectos positivos, envolvendo fatores como análise da presença de placa bacteriana visível, lesões de manchas brancas ativas, presença de lesões cavitadas ou restauradas, tipo de dieta e acesso a produtos fluoretados, entretanto, ainda não há evidências científicas robustas sobre qual o modelo apresenta melhor aplicabilidade em saúde pública.

(Apoio: CAPES  N° 0001)
PNd0680 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Diagnóstico situacional relacionado a segurança do paciente em um hospital de Belo Horizonte
Camilla Rossi Perácio, Fabiana Vargas-ferreira, Carlos José de Paula Silva
Odontologia Social e Preventiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A cultura da segurança nos serviços de saúde visa gerenciar e prevenir riscos aos quais os pacientes estão expostos. Nesse cenário, o objetivo desse estudo foi avaliar o conhecimento dos cirurgiões dentistas e equipe multidisciplinar de um hospital público de Belo Horizonte, quanto à dimensão da qualidade e segurança do paciente durante o atendimento. Além disso, foi avaliada a influência da cultura de segurança na efetividade das ações e notificações de eventos adversos. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais sob o parecer nº 6.471.369 e CAAE: 74484423.0.0000.5149. A coleta de dados foi realizada por meio do questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture versão brasileira, distribuído para 62 funcionários do hospital. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences 21.0. A taxa de resposta foi de 85,24%. A nota de segurança do paciente foi avaliada como muito boa por 47,5% dos respondentes. Além disso, 58,8% relataram ter liberdade para pontuar atitudes que poderiam afetar negativamente o cuidado e 51,9% concordaram que as sugestões para a melhoria da segurança são ponderadas pelos supervisores. No entanto, 40% consideraram a notificação de erros punitiva e 90,4% não relatou evento adverso nos últimos 12 meses.

Através da análise dos dados, observou-se uma dicotomia entre a percepção da cultura de segurança e as atitudes de uma cultura de segurança positiva. Isso permitiu a determinação dos pontos de fragilidade no hospital avaliado. Viabilizando assim o planejamento de estratégias para melhoria dos aspectos deficientes.

PNd0684 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Escala brasileira de vulnerabilidade odontológica (EVO-BR): análises psicométricas e validação de escores para aplicabilidade nacional
Daniele Boina de Oliveira, Lorrayne Belotti, Flávio Rebustini, Danielle da Costa Palacio, Marcio Anderson Cardozo Paresque, Danielle Viana Ribeiro, Wander Barbieri, Tamara Kerber Tedesco
Odontologia UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Introdução: A Escala de Vulnerabilidade Odontológica (EVO-BR) é um instrumento com o propósito de auxiliar na identificação de indivíduos vulneráveis em relação à saúde bucal no Brasil. É composta por 15 itens distribuídos em 4 dimensões, representando a primeira validação (com análise de estrutura interna e propriedades psicométricas) de âmbito nacional com potencial para orientar decisões clínicas e gerencias. Objetivo: validar o escore da EVO-BR para aplicação em ampla escala. Método: Estudo descritivo exploratório dos escores gerais da escala. A amostra incluiu usuários de Unidades Básicas de Saúde em cinco regiões do Brasil. Os dados foram coletados em 2019 (SP) e em 2022 (MG, MT, RR, PE, PR). A análise dos dados incluiu análise discriminante e boosting regression com validação cruzada de 50% para identificar os fatores mais influentes nos escores. Resultados: O escore variou de 0 (maior vulnerabilidade) a 15 (menor vulnerabilidade). A análise discriminante classificou os participantes em faixas de alta e baixa vulnerabilidade. A análise de influência relativa mostrou que os itens "acompanhamento por uma equipe de saúde bucal" e "acesso gratuito a um dentista" tiveram a maior influência. Os itens "capacidade de realizar atividades diárias" e "presença de doenças" também tiveram influência significativa.

Conclusão: A EVO-BR permite categorizar as populações em alta e baixa vulnerabilidade e contribuir para reorganização das ações em saúde bucal na APS. A validação do escore é um passo importante na consolidação do instrumento para uso dos profissionais em todo território nacional, fornecendo uma ferramenta para o planejamento de ações e intervenções direcionadas às necessidades específicas da população inseridas no SUS.

(Apoio: PROADISUS  N° 0019478128)
PNd0685 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Redução das disparidades socioeconômicas na autopercepção de saúde bucal de brasileiros entre 2013 e 2019: tendência pró-equânime?
Anna Rachel dos Santos Soares, Maria Luíza Viana Fonseca, Carlos Antonio Gomes da Cruz, Loliza Luiz Figueiredo Houri Chalub, Raquel Conceição Ferreira
Odontologia Social e Preventiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a magnitude das iniquidades na autopercepção positiva de saúde bucal de adultos, segundo indicadores socioeconômicos para o Brasil e suas regiões. Estudo transversal usando dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e 2019, cujos dados foram coletados por entrevistas com amostra probabilística de adultos (> 18 anos). O desfecho autopercepção de saúde bucal foi dicotomizado em positiva (boa/muito boa) e negativa (regular/ruim/muito ruim). Indicadores socioeconômicas foram renda familiar mensal em salários mínimos (0-1 SM, 1.1-2 SM, 2.1-3 SM, > 3.1 SM) e anos de estudo (0-4, 5-8, 9-11, >12 anos de estudo). Os índices de desigualdade angular (IAD) e relativo (IRD) mensuraram a magnitude das disparidades no desfecho entre grupos socioeconômicos. Termo de interação avaliou as mudanças do IAD e IRD entre os anos. As estimativas foram ajustadas para sexo e idade. A prevalência de autopercepção positiva de saúde bucal foi 67,5% (66,7 - 68,2) em 2013 e 69,7% (69,7 - 69,1) em 2019, sendo que indivíduos com menor escolaridade e renda apresentaram as menores prevalências. Observaram-se reduções significativas na magnitude das iniquidades relativas baseadas na escolaridade entre 2013 (IRD: 1,58; 1,52 - 1,65) e 2019 (IRD: 1,48; 1,44 - 1,52) no Brasil, nas regiões Norte (2013: 1,70, 1,51-1,93; 2019: 1,45, 1,35-1,56) e Nordeste (2013: 1,50, 1,38-1,64; 2019: 1,41, 1,33-1,48) e redução na iniquidade relativa baseada em renda na região Norte (2013: 1,71; 1,55 - 1,89; 2019: 1,51, 1,42-1,62).

As iniquidades socioeconômicas na autopercepção de saúde bucal persistem, contudo houve redução nas desigualdades entre os menos e mais escolarizados em 2019 quando comparado com 2013, com diferenças regionais.

(Apoio: CAPES  N° 001; Proex 88887.609100/2021-00  |  FAPEMIG  N° APQ-00763-20  |  CNPq  N° 445286/2023-7; 310938/2022-8)
PNd0686 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Perfil demográfico e influências no prognóstico da COVID-19 em pacientes de um hospital público
Júlia França da Silva, Amanda Moura Ferreira, Lucas Marques da Costa Alves, Rodrigo Cardoso de Oliveira, Paulo Sérgio da Silva Santos
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os propósitos deste estudo transversal retrospectivo foram avaliar o perfil demográfico e os agravantes no prognóstico de pacientes com COVID-19 nos anos de 2020 e 2022. A partir da análise de prontuários foram coletados os dados de: idade, sexo, cor e município de domicílio, além de datas de início dos sintomas, resultado de exame positivo e tempo de internação. Os dados demográficos foram analisados de forma qualitativa, enquanto as informações sobre a presença de comorbidades e sua influência no tempo de internação, desfecho da doença e necessidade de internação em UTI foram avaliados através do teste de correlação de Pearson. o teste de T de Student foi utilizado para comparar os dois momentos analisados, relacionando a idade dos pacientes evolução da doença indo do início dos sintomas, teste positivo até o desfecho clínico. Observou-se que a presença de pelo menos uma comorbidade sistêmica ocasionou um pior prognóstico e que a hipertensão foi a maior responsável por desfechos desfavoráveis. Além disso, foi observado que a idade também estava relacionada com a evolução da doença, tendo em vista que a maior parte dos pacientes que necessitaram de internação possuíam mais de 60 anos. Com relação a evolução da COVID-19, foi visto que quanto maior o tempo entre início de sintomas e do teste positivo até a internação, menor o número de dias internados. Notou-se também diferença no prognóstico com a cobertura vacinal, pois no período de 2022, 15 dos 17 pacientes não haviam sido imunizados no momento da internação, constando uma queda brusca no número de internações.

Essas descobertas destacam a necessidade contínua de estratégias de saúde pública, incluindo vacinação, monitoramento de riscos e medidas para grupos vulneráveis, contra a COVID-19.

(Apoio: PET-Saúde (2022/2023))
PNd0688 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Proposta de anamnese para atletas baseada nos questionários de qualidade de vida OHIP-14 e QQVA
Felipe Madalozzo Coppla, Rodrigo Stanislawczuk Grande, Bruna Cristina Kitamura Dantas, Neide Pena Coto
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A literatura recente evidencia a importância cada vez maior do cuidado interdisciplinar para melhor assistência ao atleta profissional ou amador. A Odontologia, em conjunto com outras áreas como a medicina, a nutrição e a fisioterapia, tem um papel crucial nos cuidados de saúde e qualidade de vida do paciente atleta. A odontologia do esporte é uma especialidade relativamente nova e que, no entanto, tem mostrado uma grande ascensão nos últimos anos onde a atuação do profissional dentista no âmbito esportivo se faz cada vez mais necessário. O objetivo do presente estudo foi propor um questionário específico para atletas com base nos resultados obtidos pelos questionários OHIP-14 e QQVA, que são desenvolvidos para mensurar a relação entre a saúde oral e a qualidade de vida em atletas, respectivamente. 198 atletas profissionais e amadores, de modalidades coletivas e individuais foram entrevistados por meio de um questionário online que abordava questões relativas à qualidade de vida, desempenho esportivo e hábitos diários. 55,1% dos entrevistados eram de modalidades coletivas e 44,9% de modalidades individuais. Foi realizada a análise estatística por meio da Análise dos Componentes Principais para Variáveis Categóricas (CatPCA) e não se verificou a necessidade da exclusão de questões utilizadas no estudo.

Portanto, foi proposta a criação de um questionário (anamnese modelo) para a primeira consulta em atletas, pois esse modelo é uma necessidade e mostra-se fundamental para que profissionais da odontologia possam oferecer o melhor atendimento aos seus pacientes atletas.

PNd0689 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Saúde digital: análise comparada da teleodontologia no Brasil em relação a outros países, sob o prisma do direito à saúde
Thomás Efraim Santórsola, Eliel Soares Orenha
Ortodontia e Saúde Coletiva UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O avanço das tecnologias de informação e comunicação, fez com que novas formas de atendimento e cuidados em saúde surgissem, possibilitando a adoção de novidades da saúde digital ou telessaúde e o uso dessas novas tecnologias oferece a possibilidade de maior difusão e acesso aos cuidados em saúde. Todavia, a Resolução 226/2020 do Conselho Federal de Odontologia vedou o uso da teleodontologia, facultando apenas o uso da teleorientação e do telemonitoramento, ao passo que em países como Estados Unidos e Austrália o seu uso é mais amplo. Trata-se de revisão sistemática da literatura onde foi feita uma comparação do uso da teleodontologia em países considerados desenvolvidos em relação ao Brasil. As pesquisas foram realizadas junto às bases de dados Pubmed, Medline, Cochrane, Web of Science e Embase. Após, buscou-se analisar se a regulamentação da teleodontologia no Brasil atende ao direito à saúde previsto no ordenamento jurídico pátrio. Verificou-se que a qualidade e precisão dos diagnósticos realizados à distância apresentam níveis comparáveis com a consulta/exame face a face; é benéfica para fornecer tratamento odontológico em locais remotos, com pouco acesso a especialistas; apresenta possibilidade de redução dos custos comparada com a odontologia presencial e; o advento da Lei 14.510/22 possibilitou a prática da telessaúde em todo o País.

Conclui-se que o uso da teleodontologia para oferta de serviços de saúde bucal apresenta viabilidade e segurança para sua adoção no Brasil, mas devem ser ressaltadas a necessidade de melhoria da infraestrutura e da formação dos profissionais, bem como os atos normativos existentes referendam as melhores práticas mundiais em odontologia e vão ao encontro do direito fundamental à saúde bucal.