RESUMOS APRESENTADOS

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PNb0320 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Compreendendo a experiência do acolhimento sob a ótica dos usuários das unidades de saúde da família em uma cidade de médio porte
Felipe Eduardo Pinotti, Luis Eduardo Genaro, Aylton Valsecki Junior, Silvio Rocha Correa da Silva, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro, Flavia Cristina Volpato, Fernanda Lopez Rosell
Odontologia Social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como propósito avaliar a percepção dos usuários das Unidades de Saúde da Família em relação ao acolhimento da demanda espontânea. O estudo ocorreu no município de Araraquara/SP. Foram conduzidas entrevistas semiestruturadas junto aos usuários (n=168) sobre o acolhimento da demanda espontânea nas Unidades de Saúde da Família. A análise dos dados foi realizada utilizando a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo, que permite uma análise descritiva detalhada das informações obtidas. Os resultados revelaram distintas categorias com base nas respostas obtidas. Em primeiro lugar, foi observada uma variação na frequência das visitas às unidades de saúde, com relatos de esperas prolongadas e dificuldades de acesso. Além disso, foi identificada uma diversidade na percepção do acolhimento, que vai desde experiências positivas até insatisfatórias, o que influencia diretamente a frequência das visitas dos pacientes. Estes expressam a importância de serem tratados com respeito, empatia e receberem cuidados personalizados. No entanto, a escassez de profissionais de saúde compromete a eficácia do acolhimento. Diante disso, sugere-se a necessidade de aumento do quadro de profissionais de saúde, aprimoramento na comunicação, implementação de programas de educação em saúde, uma organização mais eficiente e oferecimento de conforto durante o período de espera.

Em conclusão, fica evidente que o acolhimento desempenha um papel fundamental no atendimento dos pacientes na atenção primária, sendo imprescindível para a adesão do paciente ao tratamento.

PNb0322 - Painel Efetivo
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Impacto da condição geral de saúde e tipo de reabilitação oral na função mastigatória de idosos 70+ edêntulos
Luciana de Rezende Pinto, Victória Klumb, Fernanda Isabel Román Ramos, Salma Rose Buchnveitz Salybi, Anna Paula da Rosa Possebon, Fernanda Faot
ODONTOLOGIA RESTAURADORA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal avaliou o impacto da condição geral de saúde e do tipo de reabilitação oral na função mastigatória de idosos edêntulos com mais de 70 anos, usuários de prótese total (PT) dupla e PT maxilar e overdenture mandibular (OM). Quarenta e um idosos, 13 homens e 28 mulheres, idade média de 77,4 (70-86) anos foram categorizados de acordo com o tipo de reabilitação protética (PT=12 e OM=29). A função mastigatória foi mensurada pelo teste de limiar de deglutição e expressa pelos valores de X50 e B. A condição geral de saúde foi avaliada pelo instrumento AGC-10, que indica risco a desfechos negativos em saúde. Desfechos adicionais indicadores de risco de sarcopenia como, índice de massa muscular (IM); força de preensão palmar (FPP), circunferência da panturrilha (CP) e força de mordida (FM) foram avaliados. Todas as variáveis foram categorizadas de forma dicotômica, considerando seus valores de ponto de corte. Os dados foram submetidos a regressão logística multivariada pelo método stepwise com valores ajustados para p≤0.20. Para X50, verificou- se 96% e 90% menor chance de uma trituração insatisfatória, respectivamente, para usuários de OM (OR 0.06, p 0.04 =bruta e OR 0.04, p:0.01= ajustada) e aqueles com FPP (OR 0.09, p: 0.02 =bruta e OR 0.10, p: 0.02= ajustada). Em relação ao índice B, usuários de OM apresentaram 96% menor probabilidade de desempenhar homogeneização insatisfatória (OR 0.05, p: 0.01= bruta e OR 0.04, p 0.00= ajustada), assim como aqueles com maiores valores de CP, que apresentaram 92% menor probabilidade de índice B insatisfatório (OR 0.04, p: 0.00= bruta e OR 0.08, p:0.01= ajustada).

Além do tipo de tratamento reabilitador, preditores da sarcopenia, como FPP e CP podem influenciar o desempenho mastigatório de idosos 70+.

PNb0346 - Painel Efetivo
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Avanços no desenvolvimento de hidrogéis antimicrobianos: uma nova terapia para controle de infecções associadas a implantes biomédicos
Caroline Dini, Maria Helena Rossy Borges, Samuel Santana Malheiros, Erica Dorigatti de Avila, Jeroen Van Den Beucken, João Gabriel Silva Souza, Rodolfo Debone Piazza, Valentim Adelino Ricardo Barão
Diagnóstico Oral FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Implantes biomédicos têm sido amplamente utilizados para reparar funções ou estruturas perdidas no corpo humano. No entanto, estes dispositivos são susceptíveis ao desenvolvimento de infecções que podem comprometer a longevidade dos mesmos e levar a falha do tratamento. Atualmente, não há consenso sobre a estratégia ideal para tratar essas condições, principalmente considerando a topografia irregular dos implantes e a estrutura complexa e organizada das comunidades microbianas. Assim, os hidrogéis antimicrobianos são uma estratégia promissora para o tratamento destas infecções devido às suas propriedades físico-químicas ajustáveis, estrutura tridimensional porosa, hidrofilicidade, biocompatibilidade e biodegradação. Porém, a literatura carece de uma análise aprofundada do potencial dos hidrogéis antimicrobianos no controle de infecções associadas a implantes biomédicos. Para tanto, esta revisão avaliou criticamente o potencial de hidrogéis antimicrobianos associados a implantes ortopédicos ou dentários em estudos in vitro, in vivo e clínicos. Diferentes abordagens foram utilizadas para a aplicação dos hidrogéis, de forma direta durante a instalação de implantes ou após o estabelecimento de infecções, além de revestimentos de hidrogel para a liberação controlada de agentes antimicrobianos. Foram encontradas reduções significativas no crescimento de bactérias em estudos in vitro e pré-clínicos, além de uma redução significativa na ocorrência de infecções nos estudos clínicos após a aplicação de hidrogéis antimicrobianos.

De modo geral, os hidrogéis se beneficiam das propriedades ajustáveis dos polímeros e parecem ser uma estratégia promissora para o tratamento local de infecções associadas a implantes.

(Apoio: FAPESP  N° 20/05234-3  |  CAPES  N° 88887.573002/2020-00)