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PNb0311 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Sentidos atribuídos por mães de crianças com autismo sobre autocuidado e solidão materna
Gabriela Lopes Angelo Dornas, Mariana Laís Silva Celestino, Gabriel Robert Gomes, Letícia Veloso de Freitas, Heloisa Vieira Prado, Flávio de Freitas Mattos, Ana Cristina Borges-Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo objetivou conhecer os sentidos atribuídos por mães sobre as prioridades com o autocuidado após o nascimento de um filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A partir de uma pesquisa qualitativa, responderam uma entrevista, via online, 15 mães de filhos com autismo, na faixa etária de seis a 12 anos, atendidos na Faculdade de Odontologia da UFMG, em Belo Horizonte. As entrevistas foram analisadas por meio da análise de conteúdo, com dois núcleos temáticos: autocuidado materno e solidão materna. Os resultados mostraram uma tendência das mães de colocarem a vida delas em segundo plano, quando comparadas a vida dos filhos com TEA. As falas evidenciaram situações de renúncia ao autocuidado. Foi identificada uma tendência ao isolamento social e familiar. As mães relataram o descaso do Estado com as famílias das crianças com TEA, o afastamento das atividades cotidianas pela necessidade de se dedicarem ao cuidados com o filho e também pelas situações de preconceito que vivenciam com frequência por ter um filho com TEA.

Autocuidado insuficiente ou ausente, sobrecarga de trabalho, solidão, abandono familiar e descaso das políticas públicas foram sentimentos e situações relatados com frequência pelas mães de crianças com autismo.

PNb0312 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Sífilis e manifestações bucais: conhecimento entre estudantes de odontologia
Ana Carla Layber Porto, Antônio Lopes Junior, Antonio Carlos Pacheco Filho, Cléa Adas Saliba Garbin, Karina Tonini dos Santos
PPGCO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os objetivos deste estudo foram investigar o conhecimento sobre a sífilis e suas manifestações bucais entre estudantes de Odontologia e discutir o papel do cirurgião-dentista na prevenção e controle desta doença. Um estudo transversal foi realizado com 171 estudantes de Odontologia matriculados no segundo, terceiro, quarto e quinto anos da Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário contendo 16 questões respondidas pelos estudantes. Foram realizadas análises de frequência absoluta e relativa. O teste Qui-quadrado (ou teste exato de Fisher com correção de Yates) foi realizado para avaliar associação entre as variáveis, com nível de significância de 5%. No geral, 169 estudantes participaram do estudo. Apenas 40 (23,7%) estudantes responderam corretamente à questão sobre os estágios da doença. Quase todos os participantes responderam que a sífilis tem manifestações bucais; entretanto, apenas 44 (26,3%) responderam corretamente à questão. Em relação aos diagnósticos diferenciais, apenas 63 (37,3%) relataram conhecimento sobre o assunto. Houve associação estatisticamente significativa entre a escolaridade dos estudantes e o conhecimento sobre o agente etiológico (p<0,0001), manifestações clínicas (p<0,0001), estágios da doença (p<0,0001), manifestações bucais (p<0,0001) e medicamentos (p = 0,005) relacionado à doença.

Concluiu-se que os participantes apresentaram lacunas importantes no conhecimento sobre a sífilis e suas manifestações bucais. Nossos achados reforçam a necessidade de formação dos profissionais de odontologia com conhecimentos sobre diagnóstico precoce, tratamento eficaz e acompanhamento dos casos de sífilis.

PNb0313 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Câncer oral, de glândulas salivares e de orofaringe em idosos: uma análise epidemiológica da região nordeste do brasil
Felipe Rafael da Cunha Araujo, Ana Luiza Leite Gomes da Silva, Jozinete Vieira Pereira, Daliana Queiroga de Castro Gomes
Dentística, Endodontia e Mat. Odont. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

De todos os casos de câncer no mundo, cerca de 70% ocorrem após os 65 anos de idade. O objetivo desse estudo foi descrever o perfil epidemiológico dos casos de câncer de cavidade oral, glândulas salivares e orofaringe diagnosticados na região Nordeste do Brasil, no período de 2016 a 2021. Trata-se de um estudo ecológico, comparativo-descritivo e com técnica de documentação indireta em que foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS). A amostra foi composta por pacientes com idade igual ou maior a sessenta anos diagnosticados na região nordeste do Brasil com neoplasias malignas em região de lábio, língua, assoalho da boca, palato, gengiva, glândulas salivares, orofaringe e em outras localizações não especificadas da cavidade oral no período de 2016 a 2021. Os dados foram avaliados comparando-se a prevalência dos casos e suas variáveis nos estados do Nordeste brasileiro. No período avaliado, foram notificados 8.752 casos de neoplasias maligna, com maior frequência no ano de 2019 (17,1%). Identificou-se um aumento anual de diagnósticos em todos os anos do estudo, variando de 2,12% a 24,10%. Na região Nordeste, Pernambuco, Bahia e Ceará foram os estados com maior prevalência de notificações, respectivamente (12,3%-25,2%). Pacientes do sexo masculino foram mais acometidos pelas neoplasias em questão (67,9%) e, somado à isso, a maior prevalência foi na faixa etária de 60 a 64 (29,1%).

Os resultados desse estudo apontam para um crescimento constante dos casos de câncer oral, de glândulas salivares e de orofaringe em idosos, especialmente diagnosticados em estados avançados.

PNb0314 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Associação entre gênero e contribuição de autoria em artigos odontológicos: um estudo observacional
Laura Barreto Moreno, Cristina Helena Morello Sartori, Sarah Arangurem Karam, Marcos Britto Corrêa, Françoise Hélène van-de-Sande , Anelise Fernandes Montagner
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo transversal foi avaliar a associação entre o gênero dos primeiros e últimos autores e suas contribuições de autoria de artigos odontológicos publicados. Foram incluídos estudos publicados em 2013, 2018 e 2023 em cinco jornais multidisciplinares com os altos fatores de impacto em odontologia. Duas revisoras realizaram a seleção dos estudos. Foi realizada uma seleção aleatória de 300 artigos em cada período. Duas revisoras coletaram o gênero do primeiro e último autor [mulher / homem], e a contribuição relatada no estudo [concepção do trabalho / coleta de dados / análise e interpretação de dados / escrita do manuscrito / revisão do manuscrito / todas contribuições / quatro contribuições / três contribuições / duas contribuições]. O gênero dos autores foi determinado usando a base Genderize. Os dados foram sumarizados e analisados com o teste Qui-Quadrado (p<0,05). Do total de estudos incluídos, a maioria dos primeiros (61,1%) e últimos (70,1%) autores eram homens, em todos periodos (2013, 2018 e 2023) avaliados (p<0.01). Para a posição de primeira autoria, observou-se uma associação entre gênero e contribuição relatada (p=0,04) como a contribuição de análise e interpretação de dados que foi relatada 83,3% para o homens e 16,7% para mulheres . Entretanto para a posição de última autoria, não teve associação entre o gênero e a contribuição (p= 0.17). Em primeira autoria a maioria relatou 2 contribuições (37,3%), e em última autoria relatou 2 contribuições (n=36,6%).

A conclusão que se chegou é que há uma associação entre o gênero dos autores e as suas contribuições para a posição de primeira autoria, sendo necessários a realização de mais estudos que aprofundem e compreendam estas desigualdades de gênero academicas

PNb0315 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Análise do uso de serviços de saúde bucal de acordo com o sexo: uma abordagem por Modelagem de Equações Estruturais
Nildelaine Cristina Costa Rocha , Jorge Alexandre Barbosa Neves, Luciano Mattar, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Renata de Castro Martins
Odontologia Social e Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse estudo transversal avaliou os fatores associados ao uso de serviços de saúde bucal por adultos brasileiros. Dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde, de 2019, de 65.803 adultos, dos sexos masculino e feminino, com idade entre 18 e 59 anos, foram utilizados. A variável desfecho "uso do serviço odontológico" foi dicotomizada em usou/não usou. As variáveis independentes foram agrupadas em constructos, de acordo com o Modelo Conceitual de Andersen, em: Predisponentes (PRD) dados sociodemográficos, hábitos de vida e saúde bucal; Capacitantes (CPC) dados econômicos e acesso aos serviços; Necessidade (NCS) dados de condições de saúde bucal. Os dados foram analisados no Stata 15.0, utilizando Modelagem de Equações Estruturais (MEM), com matrizes de correlação policórica. Os modelos finais com melhores ajustes foram derivados de estimações separadas os sexos masculino e feminino e apresentaram adequados indicadores de ajuste: CFI > 0,90, TLI > 0,90, SRMR < 0,05. O construto PRD teve efeito sobre o construto CPC (β = 0,61- masculino; β = 0,54 - feminino), que, por sua vez, teve efeitos diretos sobre o construto NCS (β = - 0,24 - masculino; β = - 0,26 - feminino) e sobre a variável de desfecho (β = 0,23 - masculino; β = 1,15 - feminino). Finalmente, o modelo se ajustou bem com um efeito de NCS sobre a variável de desfecho (β = 0,10 - sexo masculino; β =0,09 - sexo feminino), com todos os coeficientes significantes (p < 0,001).

Fatores sociodemográficos tiveram um efeito indireto sobre o uso dos serviços de saúde bucal, enquanto fatores econômicos e de acesso aos serviços tiveram efeitos indireto e direto. Já as condições de saúde bucal apresentaram um efeito direto sobre o uso dos serviços de saúde.

(Apoio: CAPES)
PNb0316 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Vigilância da fluoretação da água em Goiás: utilização do sisagua e associação com indicadores sociodemográficos e sanitários municipais
Higor Venâncio de Melo, Leandro Brambilla Martorell, Maria do Carmo Matias Freire
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A fluoretação da água constitui um método efetivo de prevenção da cárie e requer monitoramento contínuo. O objetivo deste estudo foi investigar a utilização do Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA) para o registro da vigilância do fluoreto e sua associação com indicadores sociodemográficos e sanitários dos municípios do Estado de Goiás. Foi realizado um estudo ecológico retrospectivo utilizando dados secundários do SISAGUA, da Secretaria de Estado da Saúde, da Companhia Saneamento de Goiás S/A (Saneago) e do Instituto Mauro Borges. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva e comparações bivariadas (Teste t, Mann-Whitney e Qui-quadrado). Todos os 246 municípios estavam cadastrados no SISAGUA, 240 (97,6%) possuíam água tratada, e 194 (78,9%) eram fluoretados. No período 2014-2022, 88 (45,4%) municípios fluoretados utilizaram o sistema para alimentação de dados de vigilância ao menos uma vez. Dentre esses, a meta de amostragem estabelecida pelo Ministério da Saúde no período foi cumprida em todos os anos por apenas dois municípios. Na análise de associação, os municípios que registraram fluoreto tinham maior porte populacional (p=0,001), maior Produto Interno Bruto (p=0,001), menor taxa de mortalidade infantil (p=0,015), existência de rede esgoto (p=0,000), maior extensão da rede água (p=0,002), maior número de ligações de água (p=0,003) e maior componente renda do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (p=0,005).

Concluiu-se que houve subalimentação de dados de vigilância do fluoreto no SISAGUA no período analisado e que a alimentação do sistema foi associada a melhores indicadores sociodemográficos, de saneamento e de saúde dos municípios goianos.

(Apoio: CNPq  |  FAPEG)
PNb0317 - Painel Aspirante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Cuidados bucais de pessoas idosas: barreiras percebidas por profissionais de Instituições de Longa Permanência Filantrópicas e Privadas
Flávia Fonseca de Toledo, Paulo Augusto Alves Passos, Alvaro Augusto da Silva Alves, Thayse Mayra Chaves Ramos, Aline Araujo Sampaio, Raquel Conceição Ferreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se comparar barreiras percebidas em relação aos cuidados bucais por profissionais que cuidam de pessoas idosas que vivem em Instituições de Longa Permanência (ILPI) filantrópicas e privadas. Estudo transversal entre profissionais de todas as 29 ILPI filantrópicas e de 27 ILPI privadas de Belo Horizonte, selecionadas de forma aleatória e proporcional. Um questionário autopreenchido com 11 questões sobre barreiras percebidas (opções: Confortável, Neutro e Desconfortável) foi aplicado. As diferenças nas barreiras percebidas conforme o tipo de ILPI foram testadas usando o teste x2 de Pearson. Um total de 427 profissionais responderam, sendo 341 e 86 de ILPI filantrópicas e privadas, respectivamente. Maioria era mulheres (91,1%), média de idade de 41,03 (dp=11,4), com ensino médio completo (63,3%), exercendo a função de cuidador de idosos (79,1%). Não houve diferença na frequência de barreiras percebidas entre cuidadores de ILPI privadas e filantrópicas. A maioria dos profissionais relatou sentir-se confortável ou neutro para realizar a limpeza dos dentes naturais dos idosos, interdentária e de prótese dentária. A maioria manifestou conforto para motivar um idoso independente a realizar a higiene bucal e realizá-la naqueles que não mostram resistência. Desconforto foi manifestado com maior frequência para realizar a higiene bucal dos que mostram resistência física (F: 45,5%; P: 34,9%) ou verbal (F: 32%; P: 26,7%), que apresentam saúde bucal ruim (F: 24,9%; P: 17,6%) e halitose (F:24,5%; P: 17,4%).

Os profissionais relatam conforto para realizar cuidados bucais das pessoas idosas, mas enfrentam barreiras na presença de comprometimento clínico-funcional, comportamentos resistentes ou condição de saúde bucal precária.

(Apoio: CNPq  N° 310938/2022-8  |  CAPES  N° 001)
PNb0318 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Violência Doméstica em Tempos de Pandemia: Análise das Lesões Craniofaciais em Vitória/ES
Mariana Aguiar Gomes, Gustavo Pontes da Silva, Bárbara Campo Dall''orto Martins, Tahyná Duda Deps, Katia Carvalho, Liliana Aparecida Pimenta de Barros
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O status epidemiológico da violência doméstica (VD) mostra-se como uma endemia. Em casos de VD os traumas corporais são recorrentes e a região bucomaxilofacial é uma das mais prevalentes. A pandemia de COVID-19 prejudicou a busca por ajuda, favorecendo possível subnotificação desses agravos. O objetivo foi quantificar as agressões craniofaciais sofridas por crianças e adolescentes durante o período pré-pandêmico e pandêmico. Foi realizado um estudo transversal com análise de laudos de exames de corpo de delito do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória/ES, buscando comparar o quantitativo de agressões durante o período de março de 2020 a março de 2021 e o período de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2020. Dois examinadores analisaram os laudos, cujos critérios de inclusão foram laudos de exame de corpo de delito de indivíduos vivos com idade entre 1 e 18 anos completos, possíveis vítimas de VD com lesões em região craniofacial. Foi realizada uma análise estatística descritiva dos dados coletados para comparar os dois períodos do estudo. Havia 483 laudos de lesões craniofaciais. 54,65% dos laudos correspondiam ao período pré-pandêmico e 45,35% ao período pandêmico. Houve uma redução de 9,3% de lesões craniofaciais no período de isolamento social.

Essa redução sugere relação com a interrupção das atividades sociais, falta de acesso aos serviços públicos e a necessidade de um acompanhante até o DML, visto que, os pais foram identificados como os potenciais agressores e os principais acompanhantes do menor no exame de corpo de delito. Além disso, a inexistência do Odontolegista no DML pode ter contribuído negativamente para detecção de lesões bucodentais.

PNb0319 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Doméstica: Análise das Lesões Craniofaciais em Vitória/ES
Bárbara Campo Dall''orto Martins, Gustavo Pontes da Silva, Mariana Aguiar Gomes, Tahyná Duda Deps, Katia Carvalho, Liliana Aparecida Pimenta de Barros
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A violência doméstica é um agravo de saúde pública, e o cirurgião-dentista desempenha importante papel no reconhecimento de casos envolvendo lesões craniofaciais e encaminhamento adequado. O objetivo foi caracterizar as agressões craniofaciais sofridas por crianças e adolescentes. Um estudo transversal foi conduzido utilizando dados secundários do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória/ES, abrangendo o período entre fevereiro de 2019 e março de 2021. Foram incluídos laudos de exame de corpo de delito de crianças e adolescentes vivos possíveis vítimas de violência doméstica com lesões em região craniofacial, analisados por dois examinadores previamente calibrados. Foi realizado estatística descritiva dos dados previamente tabulados em uma planilha do programa Excel. O resultado apresentou o registro de 483 laudos de lesões corporais com lesões craniofaciais. A maioria dos casos envolveu indivíduos do sexo feminino (56%), adolescentes foi a faixa etária mais afetada (57,7%), seguidos por crianças (34,7%) e bebês (7,4%). As regiões craniofaciais mais afetadas foram a orbital (17%), cervical (15%) e frontal (14%), totalizando 701 lesões devido à ocorrência de múltiplas lesões em um mesmo indivíduo. O instrumento mais comum de lesão foi contuso (93%), e as injúrias mais prevalentes foram escoriações (38%) e equimoses (37%). Lesões bucodentais foram encontradas em 16% dos casos, os lábios foram a região mais afetada (75%), seguida pela mucosa jugal (13%).

Conclui-se que a predominância de casos envolvendo o sexo feminino e faixa etária adolescente ressalta a vulnerabilidade desses grupos. As lesões em regiões craniofaciais destacam a relevância do cirurgião-dentista no processo de notificação compulsória desses agravos.

PNb0321 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Influência da perda dentária na adolescência no ingresso de adultos jovens no ensino superior: acompanhamento de 5 anos
Letícia Donato Comim, Nathália Costa de Castro, Julio Eduardo do Amaral Zenkner, Saul Martins Paiva, Luana Severo Alves
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi analisar a influência da perda dentária na adolescência no ingresso no ensino superior em adultos jovens em Santa Maria, RS, Brasil. Este estudo está vinculado a um levantamento epidemiológico de base populacional realizado em 2018 (T1) a fim de avaliar as condições de saúde bucal de adolescentes de 15 a 19 anos matriculados no ensino médio em escolas públicas e particulares. Após um período médio (±DP) de 5 (±0,5) anos, os 1.197 indivíduos incluídos no T1 foram convidados a participar do presente estudo de acompanhamento (T2). Sexo, idade, nível socioeconômico (NSE) e escolaridade da mãe; cárie dentária não tratada e perda dentária (baseadas nos componentes "C" e "P" do índice CPO-D) foram coletadas no T1. A variável preditora principal foi perda dentária (binária: nenhum ou pelo menos um dente permanente com extração indicada ou extraído por cárie) coletada no T1. A variável desfecho, coletada no T2, foi o ingresso no ensino superior (binária: sim ou não). Regressão de Poisson foi utilizada para avaliar a influência da perda dentária no ingresso na universidade, por meio da razão de risco relativo (RRR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Um total de 570 participantes com idade média (±DP) de 22 (±1,2) anos foram reavaliados no T2 (47,6% de taxa de resposta). Ajustando-se as estimativas para sexo, NSE, escolaridade da mãe e cárie não tratada, adultos jovens que apresentaram perda de dentes permanentes na adolescência tiveram 68% menos chance de ingressar na universidade aos 20-24 anos (RRR 0,32; IC95% 0,14-0,74).

A perda dentária precoce detectada na adolescência influenciou o ingresso de adultos jovens no ensino superior, evidenciando as repercussões das iniquidades em saúde bucal na vida de jovens brasileiros.

(Apoio: CNPq  N° 162320/2022-1  |  CNPq  |  CNPq)