RESUMOS APRESENTADOS

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PNa0173 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Uso de Oficinas de Transcriação na promoção de saúde bucal de escolares: Um estudo de vivências
Jakeline Barbosa Caldas, Emília Carvalho Leitão Biato
odontologia UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A educação em saúde é uma importante ferramenta para a constituição da autonomia no cuidado de si, para o incentivo ao pensamento crítico na tomada de decisão em saúde e para os modos de conduzir a vida. Especificamente, as ações de educação em saúde bucal parecem assumir importante papel no enfrentamento da cárie dentária, que configura-se um agravo de alta prevalência. Como via de fuga à educação convencional, novos meios têm sido difundidos. Uma estratégia de ensino e pesquisa que ainda não tem circulado nas práticas promotoras de saúde bucal são as Oficinas de Transcriação (OsT). As OsT são espaços pedagógicos que privilegiam a criação e a produção de pensamento inédito, como vias para a constituição de conhecimento. O estudo propõe-se a avaliar o potencial dessa ação pedagógica para educação em saúde bucal, a partir das vivências de seus participantes. Participaram das OsT estudantes de uma escola pública do Distrito Federal, foram intituladas Entre histórias, sorrisos e encontros e Pedaços de fio e rastos de tinta. Durante esses encontros foram produzidos textos resultantes de diálogos registrados e de elaborações de estudantes. Com os textos em mãos, lançou-se mão do método qualitativo otobiográfico, que se apresenta como uma escuta de vivências nos escritos. Os estudantes apontaram os entendimentos que fazem sobre etiologia e vias de controle da cárie dentária; discorreram sobre como percebem os modos de condução das ações educativas em saúde bucal na escola; expressaram uma relação afetuosa com o sorriso.

As OsT se mostraram potentes na abertura de caminhos para o processo de ensino-aprendizagem relacionado à saúde bucal, permitindo a aproximação entre os profissionais de saúde e a população escolar.

PNa0010 - Painel Efetivo
Área: 1 - Anatomia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Estudo anatômico do processo estilóide do osso temporal entre indivíduos com desordens das paratireóides
Thyciana Rodrigues Ribeiro, Adília Mirela Pereira Lima Cid, Davi de sá Cavalcante, Marcela Lima Gurgel, Paulo Goberlânio de Barros Silva, Catarina Brasil D'alva, Ana Rosa Pinto Quidute, Fábio Wildson Gurgel Costa
Departamento de Clínica Odontológica UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar aspectos anatômicos do processo estilóide do osso temporal (PEOT), em pacientes com hiperparatireoidismo primário (HPTP) e hipoparatireoidismo (hipoPT). Um estudo caso-controle transversal foi conduzido com radiografias panorâmicas de indivíduos com HPTP (n=25), hipoPT (n=25) e grupo controle (n=50), sendo estes pareados por sexo e idade. Foram realizadas análises morfométricas e morfológicas do PEOT, bilateralmente. A frequência de PEOT superior a 30mm (isto é, alongado) nos lados direito (p=0,002), esquerdo (p=0,003) e médio (p=0,007) foi significativamente maior nos grupos HPTP e hipoPT em comparação com o grupo controle. No grupo HPTP, baixa DMO foi associada a um comprimento médio maior do PEOT (p=0,025) e a uma frequência maior de PEOT alongado (p=0,022). Análise multivariada revelou uma relação inversamente proporcional entre o escore T do colo do fêmur e o comprimento do PEOT no grupo HPTP (p=0,028).

Em conclusão, em comparação com o grupo controle, indivíduos com HPTP e hipoPT exibiram achados anatômicos distintos relacionados ao PEOT. Além disso, indivíduos com HPTP e baixa DMO mostraram uma frequência maior de PEOT alongado. Esses achados reforçam que o comprimento e padrões de mineralização do PETO relacionados a distúrbios da glândula paratireoide são características potenciais a serem investigadas.

(Apoio: CNPq  N° 307164/2018-7  |  CNPq  N° 315479/2021-3  |  FUNCAP  N° FPD-0213-00294.01.00/23)
PNa0037 - Painel Efetivo
Área: 2 - Biologia pulpar

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Predição do tipo de urgência odontológica por meio de uma rede neural artificial
Orlando Aguirre Guedes, Lucas Rodrigues de Araújo Estrela, Daniel de Almeida Decurcio, Raul Vitor Arantes Monteiro, Cyntia Rodrigues de Araújo Estrela, Lucas Cardoso Lazari, Priscilla Cardoso Lazari-Carvalho, Carlos Estrela
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo propôs um modelo baseado em uma rede neural artificial (RNA) para prever o tipo de urgência odontogênica em pacientes que procuram atendimento de emergência odontológica. Foram coletados dados de 1672 atendimentos de urgência, incluindo informações demográficas, histórico médico e odontológico, sintomas e exames clínicos. Ao todo, 23 parâmetros foram coletados. Esses dados foram utilizados para treinar e validar 3 diferentes modelos de RNA: Random Forest, Support Vector Machine e Gradient Boosting. Os modelos foram avaliados em suas capacidades de prever se a urgência odontogênica era decorrente de uma alteração envolvendo os tecidos pulpar, periapical ou periodontal. De forma geral, os 3 modelos de RNA apresentaram desempenho semelhante na predição (Random Forest = 92,54%, Support Vector Machine = 91,46% e Gradient Boosting = 89,17%). Os resultados mostraram que a RNA alcançou uma acurácia total de 94,02% na previsão do tipo de urgência odontogênica. Além disso, a RNA destacou como principais características preditivas: teste de vitalidade pulpar (ausência de resposta, alívio e estímulo), dor (ausente, aparecimento provocado ou espontâneo), lesão cariosa, bolsa periodontal, tipo de dente envolvido (incisivo e canino, pré-molar ou molar), cavidade pulpar (aberta ou fechada), faixa etária, localização do dente (maxila ou mandíbula), tratamento endodôntico, coroa íntegra e restauração em amálgama.

A abordagem baseada em RNA pode ser uma ferramenta útil para a triagem e manejo de pacientes em serviços de emergência odontológica, ajudando a priorizar casos e direcionar o tratamento de forma mais eficiente e precisa.

(Apoio: CNPq  N° 165370/2020-3 )
PNa0093 - Painel Efetivo
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Mapeamento do financiamento de ensaios clínicos avaliando resinas compostas bulk-fill: Uma análise bibliométrica
Rodrigo Barros Esteves Lins, Samille Biasi Miranda, Marina Rodrigues Santi, Marcos Antonio Japiassu Resende Montes, Marcos Aurélio Bomfim da Silva, Guilherme Almeida Borges
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo dessa análise bibliométrica foi investigar a prevalência de parâmetros bibliométricos relacionados aos ensaios clínicos com resinas compostas bulk-fill (RCBF) de acordo com a assistência financeira ao longo do tempo. Foram acessadas cinco bases de dados eletrônicas (PubMed/MEDLINE, Embase, The Cochrane Library, Virtual Health Library e Scopus) e sete parâmetros bibliométricos relacionados à região de publicação, ano, fator de impacto e detalhes de publicação relacionados ao desempenho clínico de restaurações em RCBF foram considerados. A razão de prevalência foi aplicada de acordo com a análise de regressão múltipla de Poisson (α=0,05) para avaliar a associação entre o financiamento e os parâmetros bibliométricos associados. No total, 59 ensaios clínicos publicados entre os anos de 2014 à 2023 foram avaliados bibliometricamente. Cerca de 40,7% (n=24) dos estudos relataram assistência financeira. O financiamento mostrou associação entre parâmetros bibliométricos referentes à consistência das RCBF, especificamente para os estudos que avaliaram restaurações em RCBF esculpíveis e fluidas sendo mais financiados (p=0,000) em comparação aos estudos que avaliaram apenas a consistência esculpível. Estudos que analisaram restaurações classes I e II mostraram maior assistência financeira (p=0,028) em comparação aos que avaliaram apenas restaurações classe I. Além disso, o financiamento aumentou à medida que o fator de impacto do periódico aumentou (p=0,013).

Conclui-se que os parâmetros bibliométricos relacionados à consistência da RCBF, à cavidade dentária a ser restaurada e ao fator de impacto foram associados ao financiamento.

PNa0149 - Painel Efetivo
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Acompanhamento da saúde bucal de idosos via teleodontologia na atenção primária: estudo de viabilidade
Ana Lúcia Schaefer Ferreira de Mello, Ana Raquel Rabelo Vieira, Maria Inês Meurer, Manoela de Leon Nobrega Reses, Eduardo Dickie de Castilhos
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se analisar a viabilidade da utilização da teleodontologia, complementarmente ao acompanhamento do cuidado à saúde bucal de pessoas idosas na atenção primária, na perspectiva dos usuários. Estudo de viabilidade, exploratório, de abordagem quantitativa, realizado nos serviços de atenção primária, em capital do sul do Brasil. Participaram 20 idosos, ou seus cuidadores, selecionados por conveniência. Os teleatendimentos foram realizados por cirurgiões-dentistas, via Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde. A coleta de dados com idoso/cuidador foi feita por meio do questionário AdEQUATE (Software Quality Evaluation Model for Telemedicine and Telehealth Systems), abordando dimensões de satisfação e usabilidade e percepção da experiência. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, utilizando o modelo RE-AIM (Reach, Effectiveness, Adoption, Implementation, Maintenance) para saúde pública. A maioria dos participantes reportou melhora na qualidade do atendimento recebido (85%) e incorporariam seu uso (90%). Todos consideraram o sistema útil e o recomendariam, apesar de metade não conseguir usá-lo sem ajuda. A maioria (95%) considerou o tempo de chamada suficiente e sentiu-se envolvida nas decisões tomadas.

Demostrou-se a viabilidade da utilização da teleodontologia como coadjuvante no cuidado à saúde bucal de pessoas idosas na atenção primária pelos altos níveis de satisfação, usabilidade e experiência exitosa. Recomendam-se iniciativas que transponham barreiras ou minimizem dificuldades na utilização da teleodontologia com vistas a adesão e impacto na saúde bucal da pessoa idosa.

PNa0151 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Análise dos Centros de Especialidades Odontológicas de Sergipe para o atendimento ao Paciente com Deficiência, com ênfase em acesso
Regiane Cristina do Amaral, Graziane Ribeiro Couto, Hayanna de Araújo Ramos Lavres, Sueli Aguiar Pereira Araujo
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Segundo o IBGE (2022), o Brasil tinha em 2022, 18.6 (8.9%) milhões de pessoas com alguma deficiência (PcD), sendo o Estado de Sergipe com o maior percentual do Brasil (12.1%). O Estado possui 12 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), sendo 8 de administração Estadual. Assim, o objetivo do presente estudo foi realizar uma análise situacional do funcionamento dos CEOs Estaduais de Sergipe quanto ao atendimento ao PcD, com enfoque ao acesso. Foram analisados dados da FUNESA (Fundação Estadual de Saúde) sobre atendimentos e faltas dos PcD, bem como realizadas entrevistas com os Cirurgiões Dentista (CD) que atuam na Atenção Primária em Saúde (APS) sobre encaminhamento e transporte social. Houve em 2023 média de absenteísmo de 22.9% nos CEOs, sendo o CEO de Laranjeira com maior percentual 35.8%. Os CDs trabalham 16 h semanais. O Boletim de Produção Ambulatorial Coletivo (BPA-C) atende a portaria GM 793/2012, entretanto o Boletim de Produção Ambulatorial Individual (BPA-I), fica abaixo do preconizado. Foram entrevistados 115 CDs sendo 89 do sexo feminino, 56% trabalham como dentista há mais de 10 anos. Apesar do CEO ser porta aberta, 75 (66%) dos entrevistados encaminham seus pacientes via APS. Ao se questionar sobre transporte social, 25% dos entrevistados alegam que o município onde atuam não oferece. Nos municípios que oferecem transporte, foi questionado o período, sendo: 31% manhã e tarde todos os dias da semana, 17% alguns dias da semana, 25% todos os dias da semana em pelo menos 1 turno.

Os CEOs não seguem a portaria GM 793/2012 quanto ao tempo de atendimento e acesso dos mesmos. Os CEOs apresentam alto absenteísmo, apesar de haver transporte social citada pela maioria dos entrevistados.

(Apoio: Fundação de Apoio a Pesquisa e a Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe  N° FAPITEC)
PNa0157 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Estudo retrospectivo das características epidemiológicas e sociodemográficas da arbovirose dengue em uma região endêmica de São Paulo
Ronald Jefferson Martins, Júlia da Costa Nóbrega, Carolina Enemoto Silva, Priscila Nogueira de Morais Cestaro, Tânia Adas Saliba
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do trabalho foi levantar as características epidemiológicas da dengue e os aspectos sociodemográficos dos pacientes diagnosticados em Araçatuba-SP, no período de 2016 a 2020. Os dados foram coletados na Vigilância Epidemiológica do município, onde verificaram-se as variáveis presentes nas notificações compulsórias, como: dados gerais, notificação individual, dados de residência, clínicos e laboratoriais; hospitalização, conclusão, dengue com sinais de alarme e dengue grave. Os dados foram fornecidos em planilha Excel pela autarquia, sem conter nenhum dado que pudesse identificar os pacientes acometidos pela doença, de acordo com a Lei 7658/14; processados por meio do programa Epi Info 7.2 e apresentados em frequências absolutas e porcentuais. No período analisado foram observados 18.407 casos da doença, sendo 1.590 em 2016, 513 em 2017, 551 em 2018, 10.221 em 2019 e 5.532 em 2020. Houve a prevalência do sexo feminino, sendo de 59,43% (2016), 58,67% (2017), 54,99% (2018), 56,22% (2019) e 56,31% (2020). A faixa etária predominante da doença não foi informada e a raça mais acometida foi a branca (46,79%, 60,23%, 60,44%, 41,07% e 42,81%, respectivamente). Quanto a escolaridade dos pacientes afetados, em sua maioria era ignorada ou não informada. Em todos os anos foi possível aferir que a majoritária parte das pessoas com dengue não necessitou de hospitalização, com menor taxa em 2017 (95,32%). No período, a evolução dos casos se deu para cura na quase totalidade dos casos, com maiores índices em 2019 e 2020.

Houve um aumento acentuado no número de casos notificados de dengue no município nos últimos anos, após grande declínio. Observou-se a falta de preenchimento de informações nas fichas de notificação compulsória.

PNa0167 - Painel Efetivo
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Associação entre condições de saúde bucal e mobilidade em idosos
Fabíola Bof de Andrade, Maura Regina Silva da Páscoa Vilela, Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, Enrico Antonio Colosimo
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar o efeito longitudinal das condições de saúde bucal na mobilidade de idosos não institucionalizados. Realizou-se um estudo longitudinal com dados do estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento - SABE, São Paulo, nos anos de 2006, 2010 e 2015. A variável resposta foi a limitação na mobilidade definida segundo relatos de dificuldade em realizar as atividades: puxar ou empurrar objetos grandes, levantar ou carregar pesos maiores que 5 kg; subir vários lances de escada; subir um lance de escada; curvar, ajoelhar ou agachar; caminhar vários quarteirões; caminhar um quarteirão. Indivíduos que relataram ser incapazes de realizar as atividades foram considerados com limitações de mobilidade. As limitações foram somadas para criar um escore com pontuação de 0 a 7 (maior limitação). As variáveis de interesse foram as condições de saúde bucal (número de dentes, uso de próteses, impacto funcional da saúde bucal). O efeito longitudinal das condições de saúde bucal no escore de mobilidade foi avaliado por meio do modelo de regressão longitudinal ordinal utilizando o método de equações de estimação generalizadas. Todas as análises foram ajustadas por covariáveis. A partir da análise ajustada, observou-se que indivíduos que relataram um impacto da saúde bucal na funcionalidade tiveram uma maior chance de apresentar uma pontuação maior no escore de limitação na mobilidade do que aqueles que não relataram um impacto. O número de dentes apresentou uma associação negativa com a mobilidade.

O comprometimento dentário foi associado a limitações na mobilidade em idosos não institucionalizados.

(Apoio: CNPq  N° 311553/2021-4)