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PNa0148 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Demanda por tratamento endodôntico e seu impacto na qualidade de vida
Lorrayne Cesario Maria, Bruna Scarlot Avancini, Maria Helena Monteiro de Barros Miotto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este trabalho teve como objetivo analisar o impacto na qualidade de vida relacionado à necessidade de tratamento endodôntico e possível associação com variáveis sociodemográficas. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dois questionários, um roteiro sociodemográfico e o Oral Health Impact Profile (OHIP-14). A associação entre variáveis foi verificada pelo teste exato de Fisher, para avaliar a força da associação entre as variáveis independentes e o impacto na qualidade de vida, foi calculada a razão de chances (OR) e para analisar o efeito das dimensões combinadas, foi utilizado o teste de Mantel-Haenszel. O impacto na qualidade de vida foi declarado por 87,8% dos participantes, com dor física (67,3%) e desconforto psicológico (76%) sendo os domínios mais impactados. Indivíduos não-brancos relataram maior impacto nas dimensões de incapacidade social (57%) e deficiência (55%). A escolaridade também desempenhou um papel significativo, sendo os participantes com ensino médio completo ou mais relatando 88,4% de impacto na dimensão de deficiência, apresentando cerca de 2,4 vezes mais chances de sofrer impacto nessa dimensão. Os participantes com acesso limitado a serviços odontológicos, especialmente através do Sistema Único de Saúde (SUS) ou sem acesso, relataram maior impacto na dimensão de incapacidade psicológica (61%) e 1,8 vezes mais chances de sofrer impacto nessa dimensão.

A necessidade de tratamento endodôntico provoca significativo impacto na qualidade de vida (87,8%). A predileção desse impacto apresentou-se associada a indivíduos não-brancos, que estudaram por 13 anos ou mais, pertencentes às classes C/D/E e que acessam serviços de saúde bucal através do Sistema Único de Saúde ou que não têm acesso.

PNa0150 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Aumento de doenças crônicas não transmissíveis e piora da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal em pessoas idosas após 15 anos
Reyce Santos Koga, Doralice Severo da Cruz Teixeira, Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, Gizelton Pereira Alencar, Paulo Frazão
Política, Gestão e Saúde FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O conhecimento sobre mudanças nas condições de saúde é de fundamental importância para o entendimento do processo de envelhecimento. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre aumento do número de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e a piora na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB), na presença de variáveis socioeconômicas, clínicas e funcionais, em uma coorte de pessoas idosas. Foi realizado um estudo longitudinal com dados do Estudo SABE (Saúde, Bem-estar e Envelhecimento). A amostra final foi de 240 participantes que responderam os questionários no ano 2000 e foram reexaminados no ano de 2015, composta predominantemente de mulheres (67,5%) e média de idade de 82,5 anos. Os participantes também foram submetidos a exames clínicos. A QVRSB foi avaliada por meio do Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Foram criadas variáveis de mudança, e partir destas, escores de mudança padronizados. Modelagem Equação Estrutural baseada em variância avaliou as relações diretas e indiretas entre variáveis orientadas por um modelo teórico. Aumento do número de DCNT foi preditor direto e significativo do aumento de incapacidades instrumentais, do aumento de dentes perdidos e de piora da QVRSB. Aumento na renda foi preditor direto e significativo de retenção de dentes presentes.

Concluiu-se que o aumento do número de DCNT ocupa um papel central nas relações estudadas no modelo, caracterizando um importante fator de risco tanto para piora da QVRSB, como para aumento de dentes perdidos e aumento de incapacidade funcional.

(Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM)  N° 53783.850.73954.06092021)
PNa0152 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Ansiedade de alunos de um curso de odontologia frente à pandemia da Covid-19
Gabriela Almeida Souza Leão Simonton, Pamela Barbosa Dos Santos, Luciana Faria Sanglard, Lorrayne Cesario Maria, Maria Helena Monteiro de Barros Miotto
Centro de Ciências da Saúde UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal, foi desenvolvido com alunos do curso de odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES (n= 170; 56,6%). A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário validado, autoadministrado e aplicado de modo online. O questionário continha perguntas sobre ansiedade (Inventário de Ansiedade de Beck), bem como aspectos sociodemográficos, de biossegurança e questões relacionadas à Covid-19. A análise estatística foi realizada por meio do teste Exato de Fisher (o nível de significância foi de 5%). Os níveis predominantes de ansiedade identificados variaram de moderado (78; 45,9%) a grave (68;40%). Correlações estatisticamente significativas foram observadas para os alunos solteiros e entre aqueles que cursavam entre o 6º e o 10º período. Os alunos que conheciam indivíduos que vieram a óbito pela COVID-19 apresentaram grau de ansiedade de moderado a leve (p=0,015).

Concluiu-se que durante a pandemia de COVID-19, a maioria dos alunos do curso de odontologia da UFES apresentaram níveis moderados a graves de ansiedade, especialmente aqueles que estavam em períodos mais avançados do curso ou que tiveram contato com casos fatais da doença.

(Apoio: FAPs - Fapes)
PNa0154 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Influência da orientação supervisionada na mudança dos hábitos bucais: um estudo longitudinal
Cibelle Costa Colares de Paula, Renata de Oliveira Miranda Damasceno do Nascimento, Sandrine Bittencourt Berger, Paula Vanessa Pedron Oltramari, Danielle Gregorio, Alexandre Meireles Borba, Ivan Onone Gialain, Thais Maria Freire Fernandes
Ortodontia UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo foi comparar os hábitos de higiene bucal e a presença de hábitos bucais deletérios antes e após procedimentos educativos em saúde bucal. Foram aplicados questionários, em diferentes regiões do país, para uma avaliação transversal sobre hábitos que têm relevância para a saúde bucal. A amostra inicial foi composta por 1.234 pacientes. Os participantes receberam orientações por meio do macromodelo, vídeo e aplicativo e foram avaliados em diferentes tempos, antes e após a intervenção. A maioria dos participantes considerava sua condição de higiene oral boa (47%) ou regular (40%). Essa percepção melhorou após a orientação supervisionada e, após 9 semanas de reforços positivos, 59% dos participantes julgaram sua higiene bucal boa. A frequência da escovação antes e após a orientação supervisionada foi de 2 ou 3 vezes por dia ou mais e a escova com as cerdas macias foi a mais utilizada. Cerca de 39% dos participantes relataram usar fio dental diariamente antes da orientação, e, ao final das 9 semanas, 62% de participantes passaram a usar o fio dental diariamente. Além disso, a maioria dos participantes relatou não usar palito para limpar entre os dentes. Os hábitos bucais deletérios como roer unhas e morder objetos tornaram-se ainda menos presente ao longo do estudo. A maioria dos participantes relatou não fazer uso de cigarros, cigarros eletrônicos ou narguilé e o hábito de mascar chiclete tendeu a diminuir com o tempo.

A educação em saúde apresentou-se como importante estratégia de prevenção e intervenção, sendo efetiva na promoção de hábitos bucais saudáveis.

(Apoio: Funadesp)
PNa0155 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Conhecimento sobre saúde bucal entre mães de crianças e adolescentes que frequentam uma Faculdade de Odontologia
Caroline Meronha de Lima, Ludmyla Noronha de Morais, Nathalia Bersan, Malu Oliveira Santos, Marília Narducci Pessoa, Caroline Correa de Oliveira, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro
Odontologia Social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo trasnversal foi investigar o conhecimento sobre saúde bucal entre mães de crianças e adolescentes. Um questionário semiestruturado e autoaplicável foi preenchido por mães (n=210) de crianças e adolescentes que frequentam as clínicas de uma faculdade de odontologia de uma universidade pública. As variáveis estudadas foram sociodemográficas, familiares, morbidade bucal referida, uso de serviços odontológicos, conhecimento sobre saúde bucal, autopercepção e importância da saúde bucal. Os dados foram analisados por análises de regressão logística múltipla (nível de significância de 5%), tendo como variável desfecho o "total de acertos sobre conhecimento em saúde bucal", dicotomizado pela mediana (18 acertos; significância de 5%). As mães acertaram em média 16,9 questões sobre conhecimentos de saúde bucal, de um total de 20 (85% de acerto). A pergunta com menor porcentagem de acerto (55,2%) foi "Qual é a escova ideal a ser usada?". Mães com maior escolaridade apresentaram duas vezes mais chance de ter mais acertos nas questões de conhecimento em saúde bucal (OR=2,18; IC95%: 1,12-4,27).

As mães do presente estudo demonstraram ótimo conhecimento sobre assuntos relacionados à saúde bucal, com associação significativa com a escolaridade.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2020/10705-5  |  FAPs - FAPESP  N° 2020/10705-5  |  FAPs - FAPESP  N° 2020/10705-5)
PNa0156 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Efeitos da pandemia nos processos de trabalho e integralidade do cuidado da Atenção Primária em Saúde em um município de Minas Gerais
Thaissa Faria Carvalho, Olívia Maria de Paula Alves Bezerra, Adriana Maria de Figueiredo
Med. Família, S. mental e coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pandemia de COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) foi um período de grandes desafios para as atividades do Sistema Único de Saúde. Compreender os impactos causados por este período marcante auxilia na reorganização dos processos de trabalho, melhoria do acesso, possibilitando a elaboração de estratégias de ação na organização dos serviços de Saúde Bucal, na Atenção Primária em Saúde, no novo cenário. O objetivo deste trabalho foi conhecer a percepção de diferentes atores da Atenção Primária em Saúde Bucal de um Distrito Sanitário do município de Contagem, Minas Gerais, sobre efeitos da pandemia acerca dos processos de trabalho e da integralidade do cuidado prestado à população. Na metodologia de delineamento qualitativo da pesquisa, para a coleta de dados foi realizado um grupo focal misto, com quinze participantes composto por profissionais da Saúde Bucal, gestores, usuários, membros do controle social, além da psicóloga da equipe multiprofissional como moderadora e a pesquisadora, como observadora. A pesquisa recebeu aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa com parecer consubstanciado número 6.238.364. Para a análise dos dados foi utilizada a proposta de análise de conteúdo de Bardin, com o auxílio do software IRaMuTeQ®.

Através dos gráficos de palavras gerados pelas análises, juntamente com as inferências e trechos da entrevista em grupo concluiu-se que o aumento da demanda espontânea, a desproporção do quantitativo populacional em relação ao número de equipes de Saúde Bucal, a paralisação das ações educativas e a dificuldade em realizar cotidianamente acolhimento e escuta qualificada de qualidade ao usuário afetam diretamente os processos de trabalho e a integralidade do cuidado prestado na Atenção Primária.

PNa0158 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Estudo retrospectivo das características epidemiológicas e sociodemográficas de Covid-19 em um município do noroeste paulista
Carolina Enemoto Silva, Júlia da Costa Nóbrega, Priscila Nogueira de Morais Cestaro, Tânia Adas Saliba, Ronald Jefferson Martins
Saúde Coletiva em Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do trabalho foi levantar as características epidemiológicas da Covid-19 e os aspectos sociodemográficos dos pacientes diagnosticados em Araçatuba-SP, nos anos de 2020 e 2021. Os dados foram coletados na Vigilância Epidemiológica do município, onde verificaram-se as variáveis presentes nas notificações compulsórias, como: identificação, dados clínicos epidemiológicos e encerramento. Os dados foram fornecidos em planilha Excel pela autarquia, sem conter nenhum dado que pudesse identificar os pacientes acometidos pela doença, de acordo com a Lei 7658/14; processados por meio do programa Epi Info 7.2 e apresentados em frequências absolutas e porcentuais. No período analisado foram observadas 128.171 notificações da doença, sendo 32.871 no ano de 2020 e 95.300 em 2021. Houve a prevalência do sexo feminino nos dois anos analisados (58,08% em 2020 e 56,04% em 2021). A faixa etária mais acometida pela Covid-19 foi de 31 a 40 anos em ambos os períodos (23,02% e 20,97%, respectivamente), a raça predominante foi a branca (59,15%), verificada apenas em 2021. 84,51% dos pacientes acometidos não eram profissionais da saúde em 2020 e 97,84% em 2021. Quanto a vacinação, 88,45% dos pacientes não informaram se receberam a vacina em 2021 e 91,93% não esclareceram se foi aplicada uma ou duas doses. O tipo de teste mais utilizado para o diagnóstico em 2021 foi o RT-PCR, em 53,12% dos casos. A evolução dos pacientes foi positiva, com 81,24% de cura em 2020. Já em 2021 foi de 55,54%, porém verificou-se uma porcentagem considerável de evoluções não informadas (33,59%).

Houve o aumento dos casos da doença nos anos analisados, devido ao agravamento da pandemia. Observou-se a falta de preenchimento de informações nas fichas de notificação compulsória.

PNa0159 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação dos vazios assistenciais gerados pela falta da cobertura dos centros de especialidades odontológicas no Estado de Minas Gerais
Giulliano Henrique Gonçalves, Marcelo de Castro Meneghim, Vinicio Felipe Brasil Rocha, Augusto Cesar Sousa Raimundo, Daniele de Cássia Souza Prado Gonçalves, Jaqueline Vilela Bulgareli
Ciências da Saúde FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estado de Minas Gerais conta atualmente com 108 Centros de Especialidades Odontológicas alocados de forma desigual nas 16 macrorregiões de saúde, o que gera uma desassistência na atenção especializada em saúde bucal em diversos municípios. Dessa maneira são formados vazios assistenciais, deixando uma parcela considerável da população do estado sem a possibilidade da continuidade da atenção em saúde bucal de modo integral. Trata-se de um estudo observacional transversal acerca da cobertura de atenção especializada em saúde bucal e sua associação com as variáveis relacionadas ao quantitativo populacional, o PIB per capita, à cobertura de saúde bucal na Atenção Primária à Saúde, a tipologia dos CEOs regionais e o número de municípios referenciados a estes serviços. As análises demonstraram que 42,4% dos municípios do Estado de Minas Gerais não têm cobertura de CEO e que o PIB per capita apresenta associação significativa com a cobertura de CEO. As cidades com menor PIB têm mais chance de não ter cobertura. Por outro lado, o número de municípios referenciados aos CEOs regionais não apresenta relevância quando comparado ao quantitativo populacional total destes CEOs.

A existência de vazios assistenciais leva a falta da integralidade, indo, desta forma, contra um dos princípios organizativos do SUS. Medidas advindas de incentivos federais e estaduais para financiamento da alteração de tipologia dos atuais CEOs ou o incentivo a implantação de novas unidades, tendem a corrigir tais distorções e proporcionar a assistência devida dentro da atenção secundária, sobretudo apoiando municípios de menor PIB, promovendo desta forma a equidade no acesso a atenção especializada.

PNa0160 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Teorização sobre o acesso ao cuidado em saúde bucal por brasileiros privados de liberdade: um estudo qualitativo
Naessa Santos Borges Zure, Glaubieny Lourenço Dos Santos, Jaqueline Vilela Bulgareli, Álex Moreira Herval
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Buscou-se compreender os desafios e estratégias vivenciados na trajetória de cuidado de pacientes privados de liberdade no acesso ao cuidado odontológico. Foi realizado um estudo qualitativo com homens privados de liberdade, que cumpriam pena em regime fechado em uma unidade prisional estadual do interior de Minas Gerais (Brasil). A coleta de dados foi realizada com base em entrevistas semiestruturadas e analisadas por meio da Teoria Fundamentada de Dados. Os códigos produzidos na análise foram interpretados a partir do Esquema Conceitual do Acesso Centrado no Paciente. Foram entrevistados 16 homens e análise permitiu a criação das seguintes categorias relacionadas ao paciente: 1) Capacidade de perceber 2) Capacidade de procurar 3) Capacidade de alcançar 4) Capacidade de pagar 5) Capacidade de se envolver e categorias relacionadas ao serviço ofertado: 1) Proximidade 2) Aceitabilidade 3) Capacidade e acomodação 4) Esforço financeiro 5) Adequabilidade.

Para os homens privados de liberdade, as barreiras de acesso a saúde bucal resultam da negligência do Estado, que promove a superlotação e a falta de profissionais qualificados. Esse cenário cria uma micropolítica de acesso, rompendo a lógica da equidade.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 406840/2022-9)
PNa0161 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Estudo dos fatores relacionados ao alto risco de cárie dentária em adolescentes
Natália Fonzar Santana Oliveira, Cléa Adas Saliba Garbin, Tânia Adas Saliba, Cláudia Silva Gonçalves, Fernando Yamamoto Chiba
Ciências sociais UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As metodologias de avaliação de risco de cárie dentária podem ser utilizadas como estratégias para promover a reorganização da saúde bucal na atenção básica. Objetivou-se avaliar os fatores relacionados ao alto risco de cárie dentária em adolescentes. Trata-se de um estudo observacional, transversal, quantitativo, realizado com 103 adolescentes de 15 anos. Por meio de exames clínicos foram analisados a prevalência de cárie dentária. A avaliação do risco de cárie dentária foi realizada de acordo com os critérios do modelo de avaliação proposto pela American Dental Association (ADA). Por meio de entrevistas, foram obtidas informações sobre características socioeconômicas, histórico médico e odontológico, dieta e exposição ao flúor. Do total de jovens, 42,72% (n=44) eram do sexo feminino, 57,28% (n=59) do sexo masculino e 53,40% tinham pele parda. O CPOD médio foi de 3,56+3,39, sendo 49,05% dentes cariados, 1,09% dentes perdidos e 49,86% dentes obturados. A classificação dos jovens, segundo o protocolo da American Dental Association foi: 62,14% risco alto; 33,01% risco moderado; e 4,85% risco baixo, destacando o consumo frequente de açúcar entre as refeições (44,66%), e presença de ao menos 3 lesões de cárie ou restaurações nos últimos 36 meses (32,04%).

Conclusão: O risco de cárie da maioria dos jovens foi classificado como alto e os principais fatores relacionados foram o consumo de açúcar entre as refeições e a presença de 3 ou mais lesões cariosas ou restaurações.

(Apoio: CAPES)