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PIf0541 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Lesões orais biopsiadas em pessoas vivendo com HIV - um estudo transversal retrospectivo
Fernanda Silva de Lima, Susana Braga Santoro Santiago, José Victor Lemos Ventura, Clara Herrera Freire, Israel Leal Cavalcante, Bruno Augusto Benevenuto de Andrade, Jefferson da Rocha Tenorio, José Alcides Almeida de Arruda
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Manifestações orais relacionadas ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) são comuns e usualmente se caracterizam pelo desenvolvimento de infecções oportunistas e neoplasias malignas, características do comprometimento imunológico. O objetivo deste trabalho foi analisar a frequência de lesões orais biopsiadas em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) em um serviço de diagnóstico oral no sudeste brasileiro. Dados demográficos, clínicos e histopatológicos foram coletados de prontuários e requisições de exames anatomopatológicos. Os dados foram analisados descritivamente. No período de 1999 até 2021 foram realizadas 59 biópsias de lesões orais em PVHIV. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, 53 casos foram incluídos neste estudo. PVHIV do sexo masculino (n=45/84,9%) da 4ª década de vida (n=17/32,1%) foram os mais afetados. Sarcoma de Kaposi foi o diagnóstico mais comum (n=32/60,37%), localizado principalmente no palato (n=12/37,5%) e dorso lingual (n=7/21,9%). Outras lesões frequentes foram o linfoma plasmablástico (n=5/9,4%), carcinoma de células escamosas (n=3/5,7%), displasia epitelial oral associada ao papiloma vírus humano (n=2/3,7%) e histoplasmose (n=2/3,7%). O estudo se torna essencial pois evidencia aspectos epidemiológicos e de diagnóstico de lesões orais relacionados à infecção pelo HIV em uma coorte brasileira.

Os resultados permitem concluir que as lesões biopsiadas em PVHIV são relacionadas à imunossupressão grave, isto é, neoplasias malignas e infecções oportunistas. Porém esses dados precisam ser analisados com cautela, pois muitas condições orais que afetam essa população possuem diagnóstico clínico e, assim, não são submetidas à avaliação histopatológica.

PIf0542 - Painel Iniciante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação dos fatores sociodemográficos de pacientes com lesões orais da hanseníase: análise secundária comparativa
Gabriel Brenno de Oliveira Ribeiro, Eleazar Mezaiko Vilela Dias, Angela Natalia Garnica Hilarión, Brunno Santos de Freitas Silva, Fernanda Paula Yamamoto-Silva
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A hanseníase é uma doença infecciosa considerada um problema de saúde pública no Brasil, a qual pode se manifestar na cavidade oral. Objetivou-se avaliar a relação e a validação externa dos dados encontrados em um estudo de revisão sistemática (RS) com metanálise com aqueles disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma análise secundária comparativa dos dados de uma RS com metanálise que investigou a prevalência de manifestações orais da hanseníase com os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde via DATASUS (Departamento de Informática do SUS). Os estudos da RS foram publicados entre 1974 a 2020 e a metanálise mostrou uma prevalência de 6,0% para manifestações orais. As informações coletadas foram comparadas por meio de proporção utilizando tabelas do software Excel. Os dados disponíveis pelo SUS foram de 1975 a 2023, contendo informações como sexo, cor, frequência e o polo da doença, para um total de 932.060 casos diagnosticados de hanseníase. Como resultado, viu-se que mais de 55 mil brasileiros poderiam ter manifestações orais dessa doença dada a proporção encontrada na RS. Quanto aos dados sociodemográficos, a RS e os dados do SUS mostraram proporção semelhante de homens e mulheres. Entretanto, as proporções da RS em comparação com os dados brasileiros divergiram em relação à raça (60% brancos na RS e 26% no Brasil) e ao polo da doença (Tuberculóide na proporção de 13% na RS e 20% no Brasil; Lepromatoso 50% na RS e 19% no Brasil).

Dessa forma, essa comparação revela diferenças em termos de raça e forma clínica da doença mais comum no Brasil com aqueles reportados na maioria dos estudos que investigaram a cavidade oral, sugerindo vieses de publicação e/ou subnotificações.

PIf0543 - Painel Iniciante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Custos da utilização de radioterapia e quimioterapia no tratamento do câncer de boca em Goiás, no período de 2008 a 2015
Hemilly Domiense Andrade, Julia de Almeida Maia, Vanessa Milani, Ana Laura Sene Amâncio Zara, Rejane Faria Ribeiro-rotta
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O câncer de boca (CB) é uma das dez neoplasias malignas mais comuns em todo mundo. A radioterapia e a quimioterapia estão entre os tratamentos mais utilizados, especialmente em estágios mais avançados da doença, e representam no Brasil a maior parcela dos custos do tratamento. O objetivo deste estudo foi estimar o custo da utilização de radio e quimioterapia para o tratamento do CB em uma unidade de referência para o tratamento do câncer em Goiás, entre 2008 e 2015. Trata-se de um estudo de avaliação econômica parcial de custo da doença, onde foi avaliada a Autorização de Procedimento de Alto Custo (APAC) de cada indivíduo tratado com radio e/ou quimioterapia durante o período. Foram registrados o código, a quantidade e a data do procedimento principal. Os valores referentes a cada procedimento foram consultados na tabela SIGTAP e atualizados pela inflação de julho de 2023 e o valor total foi obtido pela soma dos valores para cada indivíduo. No período, um total de 741 indivíduos realizaram o tratamento e o custo total foi de R$3.792.886,9. Do total, 78 indivíduos realizaram apenas radioterapia, 245 apenas quimioterapia e 418 realizaram ambos, representando 4,39% (R$ 166.598,0), 26,08% (R$ 989.205,0) e 69,52% (R$ 2.636.814,3) dos custos, respectivamente. O custo médio por indivíduo foi R$5.118,6.

É importante conhecer a carga econômica dos componentes de custeio do tratamento do câncer de boca, especialmente os mais onerosos, como a radio e a quimioterapia, pois podem auxiliar na implementação de políticas públicas custo-efetivas, com melhor alocação de recursos, com foco nas ações de prevenção para detecção precoce da doença, tratamentos menos invasivos, para melhor prognóstico e qualidade de vida para os indivíduos.

(Apoio: CNPq)
PIf0544 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Correlação da idade cronológica e grau de mineralização de terceiro molar a partir do método de Demirjian em pacientes da região norte do Ceará
Matheus Alves Gabriel, Giulia Santos de sá, Jonas Costa Monteiro, Katlyn Djéssi Silva Andrade, Filipe Nobre Chaves, Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri, Denise Hélen Imaculada Pereira de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O uso de radiografias para estimar a idade cronológica segundo a maturação óssea é de suma importância para variados fins e, sob determinadas condições, a análise da mineralização dentária é o meio mais preciso. O método, atualmente, mais consolidado para essa avaliação foi proposto por Demirjian, Goldstein e Tanner em 1973 e se baseia na divisão de oito estágios de calcificação que variam de -A à H- com base na avaliação radiográfica. Esse trabalho teve como objetivo correlacionar a idade cronológica dos pacientes com o grau de mineralização do 3º molar em pacientes da região Norte do Estado do Ceará por meio do método de Demirjian. Um estudo retrospectivo foi realizado com a análise das radiografias panorâmicas do banco de imagens de um centro integrado de radiologia odontológica. Foram submetidas 1000 radiografias aos critérios de inclusão que consistiam em pacientes entre 8 e 21 anos, de ambos os sexos e com apresentação de ao menos 1 terceiro molar inferior, sendo excluídas radiografias com baixa qualidade, alta distorção e com lesões associadas aos dentes que seriam avaliados. Um total de 300 radiografias foram incluídas. Para cada estágio (A à H), a idade mínima, máxima e média foi analisada. A menor idade encontrada para formação do terceiro molar foi de 8 anos, o estágio H foi significativamente associado com a faixa etária maior ou igual à 18 anos e os estágios A, B e C possuíram 0% de pacientes com idade maior ou igual 18 anos. O desenvolvimento do terceiro molar foi mais precoce em homens (p=0,398), apesar do sexo feminino ter sido mais prevalente.

A avaliação radiográfica do grau maturacional do terceiro molar a partir do método de Demirjian é um meio não invasivo e de fácil padronização, sendo de suma importância para a esfera forense e criminal.

PIf0545 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Atividade antitumoral do extrato hidroalcoólico de Arrabideae chica in vivo: evidências de ativação da via mitocondrial da apotpse
Alex Aragão Alves, Isana Carla Leal Souza Lordelo, Décio Fragata da Silva, Maria Julia Nardelli, Charles dos Santos Estevão, Pedro Senna Witt, Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior, Elena Riet Correa Rivero
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudos pré-clínicos anteriores demonstraram que o extrato hidroalcoólico de Arrabideae chica (EHAC) apresenta atividade antitumoral em modelo de sarcoma 180 murino, mas o mecanismo de ação ainda não foi desvendado. Portanto, este estudo tem como objetivo avaliar a potencial ativação da de apoptose na atividade antitumoral do EHAC. Para tanto, a extração foi realizada por líquido pressurizado assistido por ultrassom e caracterizada por cromatografia líquida de alta eficiência. Para o ensaio antitumoral, camundongos Swiss transplantados com sarcoma 180 foram divididos em quatro grupos: Salina, 5-fluorouracil (5FU, 25 mg/Kg), EHAC (200 mg/kg) e 5FU/EHAC (mesmas doses). A inibição do crescimento e as características histológicas dos tumores, assim como a expressão imuno-histoquímica dos antígenos Ki67, TUNEL, Bcl-2, Bax, Caspase-3 ativo, NF-κB e NFR2 foram avaliadas in situ após sete dias. Em comparação com o grupo Salina, EHAC inibiu significativamente o crescimento tumoral (p<0,01) e aumentou a imunoexpressão de TUNEL, Bax e Caspase-3 ativa (p<0,05), enquanto EHAC/5FU diminuiu, adicionalmente, a imunoexpressão de Ko67 e NF-κB (p<0,05).

Os dados sugerem que a atividade antitumoral do EHAC parece envolver a ativação da via mitocondrial da apoptose. Além disso, a associação EHAC/5FU parece ativar mecanismos adicionais de morte de células tumorais, provavelmente envolvendo inibição da proliferação e da via do NF-κB.

PIf0546 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Estudo clínico sobre digitalização de arco dental com apinhamento usando escanners intraorais
Marcela Amanda Vieira, Gabriel Fugita Barbin, Bruna Neves de Freitas, Camila Porto Capel, Leandro Cardoso, Camila Tirapelli
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo avaliou a veracidade de modelos digitais com as imagens adquiridas com dois escanners intraorais diferentes em paciente com apinhamento dental. Um modelo de referência foi obtido com impressão convencional e um molde de gesso de um paciente apresentando apinhamento no arco dentário mandibular (dos caninos aos caninos, 2,93 mm de discrepância). O paciente foi então digitalizado usando microscopia confocal (MC; iTero Element 2) e imagem de varredura a laser azul-multiscan IOS (BLM; Virtuo Vivo), totalizando dez digitalizações. As malhas no formato STL foram analisadas usando o softwares Geomagic Control X versão 2023.2. Os valores de RMS (root mean square) foram analisados estatisticamente com testes t pareados considerando um nível de confiança de 95%. A veracidade das malhas STL obtidas por CM (1.07±0.00932) foi maior em comparação com BLM (1.17±0.0372) (p <0,0001). O mapa de cores revelou discrepâncias maiores na região vestibular do segmento posterior para CM, e no segmento anterior e na região lingual do segmento posterior para BLM.

O escanner com microscopia confocal em paciente com apinhamento anterior produziu malhas com mais veracidade comparado ao escanner com imagem de varredura a laser azul-multiscan.

(Apoio: CNPq  N° 2023-5160  |  FAPESP  N° 23/04299-2  |  CAPES  N° 88887.668375/2022-00)
PIf0547 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Performance de dois escanners intraorais na aquisição de imagens de pacientes com diastema
Gabriel Fugita Barbin, Bruna Neves de Freitas, Camila Porto Capel, Marcela Amanda Vieira, Leandro Cardoso, Camila Tirapelli
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Certas condições dentais podem dificultar a aquisição de imagem por escanners intraorais (IOS). Este estudo teve como objetivo avaliar a veracidade da digitalização do arco dentário de paciente com diastema, por duas tecnologias de IOS - microscopia confocal (MC) e imagem de varredura a laser azul-multiscan (BLM). Para isso, foram realizadas uma moldagem convencional e a obtenção de um modelo de gesso do arco superior do paciente, com diastema entre incisivos centrais. Este foi digitalizado por um escanner de mesa, e a malha resultante, em Linguagem de Tesselação Padrão (STL), serviu como referência. Os pacientes foram então digitalizados utilizando MC (iTero Element 2) e BLM (Virtuo Vivo), resultando em dez digitalizações totais. As malhas foram analisadas utilizando o software Geomagic Control X versão 2023.2. A magnitude do desvio foi indicada em RMS (root mean square) e representada em um mapa de cores. As diferenças entre os escanners foram avaliadas com testes t pareados, considerando o nível de confiança de 95%. Como resultados, a veracidade do arco digitalizado por BLM (1.50 ± 0.0371) e MC (1.46 ± 0.0116) não apresentou diferença estatisticamente significativa. O mapa de cores revelou que as maiores discrepâncias concentravam-se na região posterior do arco para BLM.

Em conclusão, a MC gerou modelos digitais com maior precisão em comparação com o BLM.

(Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)  N° #23/04299-2  |  CAPES - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)  N° #88887.668375/2022-00  |  CNPq  N° 2023-5160)
PIf0548 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

O desvio de septo está associado a dor orofacial?
Raissa Vieira Meira, Aline Xavier Ferraz, Juliana Marodin Fauri Rotta, Cristiano Miranda de Araujo, Angela Graciela Deliga Schroder
Odontologia UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O desvio de septo é uma condição em que a parede que separa as cavidades nasais é desviada para um lado, resultando em obstrução do fluxo de ar e alterações na anatomia nasal, a dor orofacial é uma queixa comum em pacientes com essa condição. Apesar da literatura relatar que pode haver essa associação os estudos não são conclusivos, com isso, o objetivo do estudo é avaliar se há ou não associação entre o desvio de septo e à dor orofacial. Essa avaliação foi realizada por meio da análise de radiografias panorâmicas presentes em prontuários de um centro de diagnóstico, esses prontuários foram selecionados aleatoriamente até completar uma amostra de 100 indivíduos, que se enquadravam nos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Com base nessa amostra de 100 pacientes, foi observado até o presente momento que não houve relação entre o desvio de septo e a dor orofacial, entretanto, mais prontuários podem ser avaliados e entrarão também para essa amostra

Conclui-se que demais estudos são necessários para concluir de forma consistente se há ou não associação entre o desvio de septo e à dor orofacial, incluindo estudos com uma amostra maior de pacientes com essa condição.

PIf0549 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Efeito dos quimioterápicos Cisplatina e Cetuximab sobre a migração de células da linhagem SCC-9
Fernanda Betta Canever, Andressa Marques, Nicole Lonni Nascimento, Daniele Março de Sousa Rocha, Elena Riet Correa Rivero, Mabel Mariela Rodríguez Cordeiro, Michelle Tillmann Biz
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O carcinoma epidermoide oral (CEO) é a neoplasia maligna mais comum da cavidade oral. Os tratamentos convencionais estão relacionados a baixos índices de sobrevida e morbidades, impulsionando o estudo dos efeitos de novos medicamentos. O quimioterápico mais utilizado é a Cisplatina (CPT), podendo haver resistência ao fármaco, o que leva ao uso de outros medicamentos. Um fármaco que desponta é o anticorpo monoclonal Cetuximab (CTX), eficaz em casos de recidivas e metástases, combinado com outros quimioterápicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da CPT e do CTX na migração celular da linhagem SCC-9. A concentração inibitória para 50% das células (IC50), de ambos os compostos, foi obtida por ensaio de citotoxicidade, sendo estimado em 3,5 µM/ml para CPT e 850 µg/ml para o CTX. O ensaio de migração celular foi feito pelo método "scratch" e acompanhamento do fechamento da "ferida" nos tempos 0h, 24h e 48h. Após a formação da ferida, as células foram submetidas aos quimioterápicos ou mantidas sem tratamento (ST), por 24h e 48h. O ensaio de migração celular mostrou que os compostos inibiram a migração, sendo a CPT a maior inibição (p>0,05). Para CTX, em 24h não houve diferença com o ST (p>0,05); em 48h, ainda permanecia uma área residual de ferida, enquanto o ST alcançou o fechamento completo (p<0,05). Para a CPT a inibição da migração foi evidente em ambos os tempos, permanecendo a ferida ainda aberta em 24h e 48h (p<0,05), enquanto o controle apresentou fechamento completo da ferida.

Os quimioterápicos Cisplatina e Cetuximab mostraram inibição da migração de células da linhagem SCC-9, sendo a Cisplatina a mais eficiente, o que poderia representar uma menor probabilidade de invasão tumoral ou metástase.

(Apoio: CNPq  N° 405586/2021-3  |  CNPq  N° Bolsa PIBIC   |  CNPq  N° Bolsa PIBIC)
PIf0550 - Painel Iniciante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação da taxa de transformação maligna das desordens orais com potencial de malignização para câncer de boca no Espirito Santo
Beatriz Ribeiro de Souza, Luanna Canal Pereira, Milena Duarte Moreira, Liliana Aparecida Pimenta de Barros, Danielle Resende Camisasca Barroso, Tahyná Duda Deps
Departamento de Clínica Odontológica UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As desordens orais com potencial de malignização (DOPM) são um grupo heterogêneo de lesões mucosas associadas a aumento do risco de transformação maligna. O objetivo foi analisar os registros de pacientes com câncer de boca no estado do Espírito Santo (SESA) e identificar se os pacientes com DOPM acompanhados no curso de odontologia da UFES desenvolveram câncer de boca. Foram incluídos casos com diagnóstico clinicopatológico de líquen plano oral (LPO), lesão liquenóide oral (LLO), leucoplasia oral (LO), leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) e eritroplasia (EO), registrados entre 2009 e 2019, no Serviço de Anatomia Patológica Bucal. Foi realizada busca nominal dos pacientes nos Registros hospitalares do estado para identificar os pacientes que foram acometidos por câncer de boca, além disso, realizou-se a caracterização das DOPM encontradas. Identificou-se 2583 lesões bucomaxilofaciais, sendo 318 (12,3%) DOPM, localizadas na mucosa bucal de 210 (8,1%) pacientes. Dos 210 pacientes, 107 (50,9%) possuíam LO, 33 (15,7%) LVP, 7 (3,3%) EO, 49 (23,3%) LPO e 14 (6,6%) LLO. Ao todo, 133 (63,3%) eram do sexo feminino, com idade média geral de 56 anos (26 a 90 anos). Destes, 54 (25,7%) reportaram fazer uso de álcool e 49 (23,3%) de tabaco. O tamanho médio foi de 1,6 cm (0,02 a 6 cm). Foram identificados 13 (6,1%) pacientes com transformação para carcinoma. A EO foi a DOPM com maior taxa de transformação, 1/7 caso (14,8%), seguida da LO 10/107 (9,3%). O tempo médio para malignização foi de 19,7 meses.

A leucoplasia, foi a desordem com potencial de malignização mais frequente e a eritroplasia com maior taxa de transformação. A proporção de DOPM que desenvolveram câncer não foi alta. Devemos acompanhar esses pacientes por longos períodos.

(Apoio: CAPES  N° 38/22 PDPG )