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PIb0165 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Fatores associados ao uso de Equipamento de Proteção Individual entre profissionais acidentados no ambiente odontológico, Belo Horizonte
Victor Santos Batista, Luís Otávio Pereira da Silva, Ana Carolina Marques Medeiros, Alessandra Aline Martins Gregorio, Jussara de Medeiros Silva, Juliana Vaz de Melo Mambrini, Rafaela da Silveira Pinto, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse trabalho objetivou identificar fatores associados ao uso de equipamento de proteção individual (EPI) entre estudantes e profissionais que se acidentaram no ambiente clínico odontológico entre 2006 e 2019. Foram avaliados os acidentes com material biológico no ambiente odontológico em Belo Horizonte com estudantes e profissionais entre 2006 e 2019. Todos registros de acidentes com material biológico foram disponibilizados pela Prefeitura de Belo Horizonte. O desfecho pesquisado foi o uso completo de EPI (sim ou não). As covariáveis foram idade em anos (17 a 32 ou 33 ou mais), sexo (masculino, feminino), profissão (cirurgião-dentista ou outros), grupo étnico (branco ou outros), vacinação contra hepatite B (sim ou não) A análise estatística envolveu a construção de modelos de regressão logística binária. Foram estimadas as Odds Ratio e Intervalo de Confiança 95% (OR; IC 95%) não-ajustadas e ajustadas. Teste de Hosmer Lemeshow, Distância de Cook foram utilizadas para avaliar a qualidade do modelo. Dos 1152 registros de acidentes, o perfil dos acidentes envolvia mulheres (86,5%), com idade entre 17 e 32 anos (50,3%), dentistas (31,1%), brancos (49,3%) e com registro de vacinação (76,3%). O modelo final indica que pessoas mais jovens (OR=1,71; IC 95% 1,33-2,20), não-dentistas (OR=2,56; IC95% 1,96-3,33) e que não se vacinaram (OR=2,97; IC95% 2,09-4,10) tem mais chance de não usar o EPI completo no momento do acidente. O ajuste do modelo estava adequado.

Conclui-se que fatores demográficos e de comportamento estavam associados a não uso do EPI entre acidentados com material biológico. O setor público deve focar em reduzir a possibilidade de contaminação por doenças infecciosas entre os profissionais no ambiente odontológico.

(Apoio: CNPq  N° 403360/2023-6  |  FAPs - FAPEMIG  N° APQ-00711-23  |  CNPq/INCT Saúde Oral e Odontologia  N° 406840/2022-9)
PIb0166 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Condição sorológica e vacinal dos profissionais de saúde bucal acidentados em Belo Horizonte e Contagem - Minas Gerais
Luís Otávio Pereira da Silva, Victor Santos Batista, Ana Carolina Marques Medeiros, Cleber Augusto Lapadula Heckert, Rafaela da Silveira Pinto, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo investigou a prevalência de infecções pelo HIV, HBV e HCV entre profissionais acidentados com material biológico e pacientes fonte. Todos registros de acidentes com material biológico foram disponibilizados pelo setor de saúde do trabalhador da Prefeitura de Belo Horizonte, entre 2006 e 2019. A análise estatística descritiva foi realizada no software IBM SPSS, versão 26. Dos 1152 acidentados, 76,3% foram identificados como vacinados contra Hepatite B. Três profissionais (0,3%) testaram positivo para o Anti-HIV, 4 profissionais (0,3%) foram HBsAg positivos, 4 profissionais foram positivos para o Anti-HCV (0,3%). Ademais, 270 acidentados (23,4%) demonstraram a presença de anticorpos Anti-HBS, indicando contato prévio com o vírus da hepatite B ou imunização por meio da vacinação. Dos pacientes fonte, 45 (3,9%) testaram positivo para o Anti-HIV, seis (0,5%) testaram positivo em relação ao HBsAg. Por fim, constata-se que seis pacientes (0,5%) testaram positivo ao exame Anti-HCV. Em relação ao exame Anti-HBC, houve nove pacientes (0,8%) que testaram positivo.

Considerando esses resultados, conclui-se que há risco ocupacional de transmissão destas doenças infecciosas durante um acidente com material biológico.

(Apoio: CNPq  N° 402260/2023-6  |  FAPEMIG  N° APQ-00711-23  |  CNPq/INCT Saúde Oral e Odontologia  N° 406840/2022-9)
PIb0167 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Estudo das Aberturas Coronárias e Exodontias nos Serviços Primários de Saúde Brasileiros: estudo transversal
Otávio Enrico Braga Prado, Jaqueline Vilela Bulgareli, Álex Moreira Herval
FOUFU UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo analisar o tratamento para dois desfechos da cárie dentária (abertura coronária e exodontia), realizados nos serviços públicos primários de saúde bucal brasileiros entre 2019 e 2022. Desenvolveu-se um estudo observacional transversal, a partir de dados captados do banco de dados do Ministério da Saúde do Brasil. Foram analisados 5345 municípios brasileiros das cinco regiões brasileiras. Os dados foram analisados com o Software Jamovi, onde foram realizadas análises descritivas e para comparação entre os anos foi aplicado o Teste de Wilcoxon para cada procedimento odontológico analisado. Observou-se que a região Sudeste apresentou as maiores médias de aberturas coronárias, enquanto a região Nordeste as maiores médias de exodontias, em todos os anos analisados. Além disso, houve uma redução estatisticamente significativa dos dois procedimentos quando comparados os anos de 2019 e 2020, seguida de uma recuperação desses valores nos anos seguintes. Em relação às exodontias, ocorreu um aumento de 2019 para 2022.

Os resultados indicaram um acréscimo dos procedimentos mutiladores em detrimento das aberturas coronárias, além de disparidades regionais no acesso a serviços odontológicos.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 406840/2022-9)
PIb0168 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Nível de conhecimento do uso de cigarros eletrônicos entre estudantes de Odontologia
Thayná Santiago de Clares, Enzo de Carvalho Santinato, Michele Baffi Diniz, Renata Oliveira Guaré
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi verificar o nível de conhecimento do uso de cigarros eletrônicos (CE) e o impacto na saúde pelos estudantes de Odontologia de uma Universidade privada em São Paulo-SP. A amostra foi constituída por 83 estudantes regularmente matriculados no primeiro (G1; n=36) e último ano (G2; n=47) do curso, de ambos os sexos. Foi aplicado um questionário sobre percepção de uso de CE e impacto na saúde, além de fatores relacionados ao conhecimento e abordagem do tema na graduação. Testes Qui-quadrado e Exato de Fisher foram empregados para comparação (α=5%). A maioria dos participantes tinha entre 18 e 34 anos (88,0%) e era do sexo feminino (84,3%). Embora muitos tenham declarado ser não-tabagista (72,3%), o uso de CE foi reportado por 32,5% dos estudantes, não houve associação significativa entre os grupos (p=0,0732). Em relação ao nível de conhecimento sobre o uso de CE, não houve diferença entre os grupos (p=0,4017). Sobre o prejuízo dos CE comparados aos cigarros convencionais, foi reportado serem igualmente prejudiciais ou mais prejudiciais, sem diferença entre os grupos (p=0,2058). Sobre os conhecimentos do CE durante a graduação, 63,9% afirmaram não ter recebido informações e 90,4% acreditam na importância do cirurgião-dentista ter informações sobre CE para orientar os pacientes no futuro, sem diferença entre os grupos (p>0,05).

O nível de conhecimento sobre o uso de CE e o impacto na saúde variou pelos estudantes de Odontologia, sem diferença entre estudantes do primeiro e do último ano. Dessa forma, sugere-se a importância de abordar esse tema durante a graduação para preparar melhor os futuros profissionais no manejo correto dos pacientes que usam CE.

(Apoio: CNPq  N° 143019/2023-6)
PIb0169 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Prevalência e severidade da fluorose em escolares de São João da Boa Vista: um estudo transversal
Giorgia Dos Reis Doval, Sthefany Merlo Valverde Guezin, Letícia Mazeto Previero, CRISTIANE MARIA DA COSTA SILVA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi obter prevalência e a severidade da fluorose dentária na população de escolares de São João da Boa Vista/SP, sua relação com fatores sociodemográficos e com a Hipomineralização Molar Incisivo (HMI). Trata-se de um estudo transversal, realizado no ano de 2023, por meio do exame epidemiológico de crianças de escolas públicas de 7 a 11 anos (CAAE: 70686723.3.0000.5382). Foram incluídas todas as crianças cujos pais autorizaram sua participação e que consentiram a realização do exame, que foi realizado por dois examinadores previamente treinados e calibrados, em ambiente escolar, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. Para a prevalência e severidade de fluorose, foi utilizado o índice de Dean e, para HMI, os critérios da Academia Europeia de Odontopediatria. Os pais responderam um questionário sobre fatores sociodemográficos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, seguida de regressão logística simples e múltipla para ajuste dos modelos. Foi adotado o método forward stepwise de seleção de variáveis. A qualidade do modelo foi analisada pelo Critério de Informação de Akaike (AIC). Todas as análises foram realizadas no programa R, considerando o nível de significância de 5%. O total de 473 crianças, de ambos os sexos, participaram do estudo. A prevalência de fluorose foi de 28,5%, sendo 7,4% do grau questionável, 11 % muito leve, 5,9% leve, 3,4% moderado e 0,8% severo. A prevalência de HMI foi de 12,7%. Crianças com 9 anos ou mais apresentaram maior prevalência de fluorose (p<0,05). Crianças com fluorose, apresentaram menor chance de apresentarem HMI (p<0,05).

Os resultados apontam para a necessidade do estabelecimento de políticas públicas de vigilância à saúde bucal no município.

(Apoio: PAIC)
PIb0170 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Prevalência e severidade da cárie dentária de escolares entre 7 e 11 anos no município de São João da Boa Vista- SP
Sthefany Merlo Valverde Guezin, Giorgia Dos Reis Doval, Letícia Mazeto Previero, CRISTIANE MARIA DA COSTA SILVA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudo transversal com objetivo de obter a prevalência da cárie dentária em crianças de escolas públicas, com idade de 7 a 11 anos, do município de São João da Boa Vista (SP) e sua relação com fatores socioeconômicos (SE) e fluorose dentária. Foram incluídas todas as crianças cujos pais autorizaram sua participação no estudo e que consentiram a realização do exame. O exame epidemiológico foi realizado após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 70686723.3.0000.5382). Para avaliação da prevalência de cárie foram utilizados os índices ceo-d e CPO-D e, para fluorose, o índice de Dean. Crianças com dentes cariados não tratados, foram consideradas com doença severa. Dois examinadores, previamente treinados e calibrados, realizaram os exames em ambiente escolar, no ano de 2023, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. Os pais responderam o questionário socioeconômico. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, seguida de regressão logística simples e múltipla para ajuste dos modelos. Foi adotado o método forward stepwise de seleção de variáveis. A qualidade do modelo foi analisada pelo Critério de Informação de Akaike (AIC). Todas as análises foram realizadas no programa R, considerando o nível de significância de 5%. Dentre as 473 crianças examinadas, 28,5% apresentaram fluorose e 50,5% apresentam ceod/CPOD > 0, sendo que 36,8% possuíam dentes cariados não tratados. A média de ceod foi 1,1 e de CPOD foi de 0,3. A prevalência de cárie foi menor entre as crianças com fluorose (p< 0,05) e maior entre escolares com renda familiar de até 2 salários-mínimos (p<0,05).

A prevalência de cárie é alta e apresenta distribuição desigual entre os escolares de escolas públicas do município.

PIb0171 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Teorização sobre a invisibilidade de mulheres transexuais e travestis em situação de prostituição: um estudo qualitativo
Jéssica Rezende de Oliveira, Thallys Rodrigues Félix, Jaqueline Vilela Bulgareli, Álex Moreira Herval
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo da pesquisa foi compreender os significados produzidos por mulheres trans-travestis sobre o trabalho sexual na rua. Realizou-se um estudo qualitativo com mulheres trans-travestis em situação de prostituição, fundamentado no Interacionismo Simbólico. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, as quais foram transcritas e analisadas com base na Teoria Fundamentada de Dados. Foram realizadas nove entrevistas cuja análise dos significados produziu as seguintes categorias: Origem do Preconceito; Importância do Nome Social; Apagamento Social; e Exclusão do Mercado de Trabalho.

A falta de informação sobre a transexualidade atua como causa do preconceito sofrido pelas travestis. O nome social apresenta uma dicotomia, ora como um facilitador de oportunidades, ora como causa do preconceito. Em função do apagamento social e exclusão do mercado de trabalho, o trabalho na rua assume um significado de segurança e de acolhimento para as mulheres trans-travestis em situação de prostituição.

PIb0172 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Vias Alternativas e Perspectivas na Educação em Saúde Bucal de Escolares
Victória Saraiva Martins, Emília Carvalho Leitão Biato
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi analisar as estratégias de ensino-aprendizagem dos materiais pedagógicos empregados no Programa Saúde na Escola (PSE) e identificar possíveis contribuições das Oficinas de Transcriação (OsT) na produção de conhecimento em saúde bucal no contexto escolar. As OsT funcionam como vias alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, com valor a elementos lúdicos e artísticos. Trata-se de uma pesquisa de ação qualitativa que envolve a análise documental de materiais pedagógicos do PSE, juntamente com uma pesquisa de campo realizada em uma escola pública de Ensino Fundamental, para observação, aplicação das OsT e percepção de seus efeitos no processo de desenvolvimento educativo em saúde bucal. Foram selecionados 14 materiais pedagógicos do PSE, revelando uma similaridade e recorrência de abordagens em saúde bucal. Esses materiais pedagógicos foram separados: 6 na categoria "Ações Convencionais de Saúde Bucal" e 8 na categoria "Ações Pedagógicas de Saúde Bucal". A análise dos trechos coletados dos materiais pedagógicos do PSE e dos trechos coletados dos estudantes durante as OsT foi feita por meio do método da timpanização, o qual proporciona novas perspectivas ao romper com o pensamento dualista por meio de três gestos: tatear escombros, disseminar sentidos e criar cadeias de suplementos. Nos resultados, observaram-se as potencialidades e limitações das ações adotadas, ressaltando a importância de métodos inovadores de ensino-aprendizagem na promoção da educação em saúde bucal.

Conclui-se que a integração das OsT no PSE pode oferecer uma alternativa promissora para produção de conhecimento em saúde bucal, ao destacar a singularidade de cada vivência e estimular a expressão dos estudantes.

PIb0173 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Modos de lidar com medo e ansiedade na Odontologia: vivências de crianças e adolescentes em ações educativas
Manoela Fonseca Dos Santos, Emília Carvalho Leitão Biato
departamento de Odontologia UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O medo e a ansiedade tornam procedimentos odontológicos complexos, levando à evasão do cuidado oral e menor qualidade de vida. O objetivo do estudo consiste em escutar vivências de crianças e adolescentes, ligadas ao medo e ansiedade associados ao ambiente odontológico. Esta pesquisa-ação foi realizada em um centro de ensino em área rural, com crianças e adolescentes inseridos, predominantemente, em famílias de status socioeconômico baixo, considerando as variáveis renda, escolaridade e ocupação. Incluiu a realização de ações educativas em saúde bucal, na forma de oficinas de transcriação (OsT): espaços para experimentação com o pensamento, com auxílio de procedimentos que favorecem a criação como música, encenação, escuta ativa, escrita, debates entre outros. O material produzido pelos participantes - diálogos e pequenos textos - foi transcrito, organizado e analisado pela Otobiografia. Esse método pressupõe que a produção é autobiográfica, operando a escuta de vivências nos escritos.

Como resultado, os trechos das OsT apontam para um possível desenvolvimento nos modos de conhecer seus medos, trabalhando para chegar a maneiras de lidar com o cuidado da própria saúde e a relação com o atendimento odontológico. A escuta de vivências indicou uma relação estabelecida entre medo e ansiedade a experiências prévias negativas, medo indireto ou angústia perante o desconhecido. O profissional da saúde e a família do paciente participam na ressignificação desses sentimentos por meio de gestos, atividades diversas, conversas e empatia. Por isso, o manejo educativo proposto no estudo mostrou-se importante na garantia de um espaço seguro e criativo, estabelecendo uma parceria e superando dificuldades relacionadas à atenção odontológica.

PIb0174 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Impacto do estresse no ambiente Odontológico e do sono sobre a qualidade de vida relacionada à saúde em graduandos de Odontologia
Amanda Alves Leão, Isabella Garcia Oliveira, Letícia Silveira Carneiro, Francois Isnaldo Dias Caldeira, Allan Saj Porcacchia, Heloisa de Sousa Gomes, Larissa Santana Rodriguez, Daniela Coêlho de Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudantes universitários são um grupo vulnerável, enfrentando uma variedade de problemas de saúde, incluindo distúrbios de sono, irritação, estresse e uma percepção de qualidade de vida baixa relacionada à saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da qualidade de sono, da sonolência e do estresse no ambiente odontológico sobre os domínios de qualidade de vida relacionada à saúde em graduandos de Odontologia. Mensurou-se os indicadores sociodemográficos, Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI), Escala de Sonolência de Epworth (ESS), Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (SF-36) e Estresse no Ambiente Odontológico (DES). A amostra foi constituída de 156 graduandos do curso de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). O score de PSQI teve associação significativa com a vitalidade (β=-1,63; IC95%=[-2,52; -0,73]; p<0,001) e a saúde mental (β=-2,40; IC95%=[-3,26; -1,54]; p<0,001), assim como o score da ESS, que apresentou associação estatisticamente significativa com vitalidade (β=-0,76; IC95%=[-1,29; -0,24]; p=0,004) e saúde mental (β=-0,58; IC95%=[-1,09; -0,08]; p=0,022). Em ambos os casos, para cada unidade a mais de PSQI ou ESS, houve diminuição no score de SF-36 para os domínios mencionados. Em relação ao DES, houve associação entre FII e vitalidade, (β=-1,14; IC95%=[-1,77; -0,50]; p<0,001).

Qualidade de sono diminuída e sonolência podem impactar negativamente sobre aspectos da qualidade de vida relacionada à saúde, assim como determinados tipos de estresse no ambiente odontológico.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2022/11382-0  |  FAPs - FAPESP  N° 2021/05920-7)