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AO098 - Apresentação Oral
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Efeito do silenciamento de agrin na diferenciação osteoblástica de células-tronco mesenquimais
Maria Paula Oliveira Gomes, Letícia Faustino Adolpho , Helena Bacha Lopes, Gileade Pereira Freitas, Alann Thaffarell Portilho de Souza, Adalberto Luiz Rosa, Márcio Mateus Beloti
Biologia Básica e Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A proteína de matriz extracelular agrin regula a diferenciação osteoblástica; no entanto, os mecanismos envolvidos nessa regulação são pouco conhecidos. Portanto, nosso objetivo foi investigar o efeito do silenciamento de agrin na diferenciação osteoblástica de células-tronco mesenquimais (MSCs) e na modulação de vias de sinalização envolvidas nesse processo. O silenciamento de agrin foi produzido pela técnica CRISPR, na qual MSCs de camundongos foram transduzidas com vetor dCas9 (controle) e então com RNA guia para silenciar agrin. As células foram cultivadas em meio osteogênico por até 10 dias para avaliação de marcadores da diferenciação osteoblástica e das vias de sinalização Notch e Hippo-Yap/Taz. Os dados foram comparados por teste-t ou ANOVA (p≤0,05). O uso de CRISPR reduziu a expressão de agrin em 70%. O silenciamento de agrin reduziu a expressão gênica de Runx2, Sp7, Alp, Col1a1, Bsp, Bglap e Spp1 (p<0,001) e a expressão proteica de RUNX2 (p<0,001). A expressão dos marcadores da via Notch, Hes1, Hes5, Hes7, Hey1 e HeyL, foi aumentada (p=0,001) e da via Hippo-Yap/Taz, Stk3, Stk4, Lats2, Yap e Tead1/2/3/4, foi diminuída (p<0,005) pelo silenciamento de agrin.

O silenciamento de agrin inibiu a diferenciação osteoblástica por regular pelo menos duas vias de sinalização envolvidas nesse processo, Notch e Hippo-Yap/Taz. Portanto, modular expressão de agrin e/ou seu mecanismo de ação pode gerar novas estratégias terapêuticas para tratar doenças e injúrias do tecido ósseo.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2021/03204-2   |  FAPs - FAPESP  N° 2022/02461-4  |  CNPq  N° 405939/2021-3)
AO099 - Apresentação Oral
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Envolvimento da marca H3K27me3 no potencial osteogênico de células do ligamento periodontal humano
Taís Browne de Miranda, Luciana Fernandes de Oliveira, Ana Carolina Bontempi, Anne Caroline Telles Campos de Carvalho, Rodrigo Augusto da Silva, Willian Fernando Zambuzzi, Geórgia da Silva Feltran, Denise Carleto Andia
UNIVERSIDADE PAULISTA - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O comprometimento de células do ligamento periodontal humano (PDLCs) com o fenótipo osteogênico é heterogêneo, limitando sua aplicabilidade clínica e isto se deve, em parte, à regulação epigenética. A H3K27me3 é uma marca epigenética repressiva que controla a organização da cromatina, reprimindo ou silenciando genes, sendo modulada pelas enzimas Enhancer of zeste homolog-2 (EZH2) e lisina desmetilase 6B (KDM6B). O objetivo foi avaliar se EZH2, KDM6B e H3K27me3 estão implicados na aquisição do fenótipo osteogênico em PDLCs previamente caracterizadas com alta (h-PDLCs) e baixa (l-PDLCs) capacidade para formação de nódulos minerais in vitro. l- e h-PDLCs foram investigadas no basal (T0 - DMEM) e aos 3 e 10 dias (T3/T10 - OM) dias de diferenciação osteogênica por imunofluorescência, qPCR, imunoprecipitação da cromatina e western blotting. l-PDLCs apresentaram menores níveis de EZH2 e níveis mais elevados de KDM6B, em comparação com h-PDLCs no T0. A imunofluorescência revelou altos níveis de H3K27me3 em h-PDLCs. Foi observada diminuição dos transcritos dos marcadores osteogênicos, RUNX2 e SP7 nas l-PDLCs (x h-PDLCs), aos 3 e 10 dias de diferenciação osteogênica. A expressão gênica de EZH2 aumentou aos 3 dias, mas diminuiu aos 10 dias de diferenciação osteogênica, sendo que os transcritos da KDM6B foram menos expressos, ambos nas l-PDLCs (x h-PDLCs). As análises de western blottings revelaram aumento significativo da marca epigenética H3K27me3 aos 10 dias de diferenciação osteogênica em l-PDLCs.

Os resultados apontam para perfis opostos de regulação da marca H3K27me3 entre l- e h-PDLCs, sendo que níveis elevados de EZH2 e H3K27me3 podem estar associados à repressão transcricional de genes osteogênicos, modulando o fenótipo osteoblástico.

(Apoio: FAPESP  N° 2022/13949-8)
AO100 - Apresentação Oral
Área: 1 - Anatomia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Preenchimento labial: uma abordagem eletromiográfica do músculo orbicular da boca e da pressão dos tecidos orofaciais
Mirella Milla Marino, Nicole Barbosa Bettiol, Jardel Francisco Mazzi-Chaves, Lais Valencise Magri, Paulo Batista de Vasconcelos, Selma Siessere, Simone Cecilio Hallak Regalo, Marcelo Palinkas
Biologia Básica e Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os lábios constituídos em sua maior parte pelo músculo orbicular da boca, desempenham função na comunicação e expressão facial. O objetivo deste estudo longitudinal foi analisar a atividade eletromiográfica (EMG) do músculo orbicular da boca superior (OBS) e inferior (OBI) e pressão dos tecidos orofaciais antes (I), 30 (II) e 60 (III) dias após preenchimento labial com ácido hialurônico. Participaram do estudo 22 mulheres entre 18 e 59 anos sem disfunção temporomandibular. EMG dos OBS e OBI em repouso, protrusão e apertamento labial, e inflar bochechas concomitantemente ou alternadamente foi mensurada pelo eletromiógrafo Delsys. Pressão dos lábios, língua e bochechas foi quantificada pelo Iowa Oral Performance Instrument. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da FORP/USP (10589419.0.0000.5419). Os dados foram submetidos aos testes de medidas repetidas e Bonferroni (p<0,05). Os resultados indicaram diferenças na EMG do OBS e OBI entre períodos. Trinta dias após procedimento houve diminuição na EMG com diferença no inflar bochechas bilateral para OBS (I vs II, p=0,04) e OBI (I vs II, p=0,0006). Após 60 dias foi observado aumento no valor da EMG no repouso para OBS (II vs III, p=0,05). Houve diferença entre períodos na pressão da língua com diminuição após 60 dias (I vs III, p=0,002) e bochecha direita com aumento após 30 dias (I vs II, p=0,04). A pressão na bochecha esquerda aumentou gradualmente com o tempo (I vs II, p=0,05 e I vs III, p=0,02).

A análise EMG (OBS e OBI) e pressão após preenchimento labial revelou adaptações funcionais nas estruturas dinâmicas orofaciais.

(Apoio: CNPq  N° 312586/2021-3)
AO101 - Apresentação Oral
Área: 1 - Anatomia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Análise eletromiográfica dos músculos do terço superior da face antes e após aplicação de toxina botulínica: Estudo preliminar
Jéssica Brandani Chiaratto, Thamyres Branco, Paulo Batista de Vasconcelos, Luiz Gustavo de Sousa, Júlia Carrer Hallak, Marcelo Palinkas, Simone Cecilio Hallak Regalo, Selma Siessere
Biologia Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

No contexto estético facial o uso da toxina botulínica do tipo A (TBA) é muito popular para reduzir rugas. Este estudo longitudinal observacional investigou a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos do terço superior da face decorrentes da aplicação de TBA, antes, 30 e 60 dias após o procedimento. Participaram do estudo indivíduos (n=9) com 18 anos ou mais, de ambos os sexos, que foram submetidos à aplicação de TBA no terço superior da face. O Eletromiógrafo Delsys foi utilizado para avaliar os ventres dos músculos frontais direito (FD) e esquerdo (FE), os orbiculares dos olhos direito (OD) e esquerdo (OE) e a região do músculo prócero (PR) em repouso, levantamento e aproximação forçada dos supercílios, fechamento leve, abertura leve e fechamento forçado das pálpebras e sorriso forçado. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da FORP/USP (71278023.3.0000.5419). Os dados foram submetidos aos testes de medidas repetidas e Bonferroni (p≤0,05). Trinta dias após o procedimento houve diminuição significante (p<0,05) na EMG, comparada ao início, no levantamento dos supercílios para FD, FE e PR; na abertura leve das pálpebras, para FE; no fechamento forçado das pálpebras, para FD, FE e OD; e na aproximação forçada dos supercílios, para FD, FE e PR. Sessenta dias após o procedimento, houve diminuição significante (p<0,05) da EMG, comparada ao início, no levantamento dos supercílios para FD e FE; na aproximação forçada dos supercílios, para FD, FE e PR; e no sorriso forçado, para OD e OE. Houve diferença significante (p<0,05) entre 30 e 60 dias no levantamento dos supercílios para FD.

Diante dos resultados concluiu-se que alterações relevantes da atividade eletromiográfica ocorreram ao longo do tempo após a aplicação da toxina botulínica.

(Apoio: CNPq  N° 312586/2021-3)
AO102 - Apresentação Oral
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Participação de agrin na interação entre osteócitos e superfície de titânio com nanotopografia
Robson Diego Calixto, Letícia Faustino Adolpho , Maria Paula Oliveira Gomes, Rayana Longo Bighetti-trevisan, Fabíola Singaretti de Oliveira, Adalberto Luiz Rosa, Márcio Mateus Beloti
Biologia Básica e Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Superfícies nanotopográficas favorecem a osseointegração de implantes de titânio (Ti) por promoverem o desenvolvimento do sistema lacuno-canalicular, que compreende os osteócitos, e proteínas da matriz extracelular, como agrin, podendo regular a interação entre osteócito e nanotopografia. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do silenciamento de agrin na interação entre osteócitos e Ti com nanotopografia (Ti-Nano). Discos de Ti foram condicionados com H2SO4/H2O2 30% por 4 h para obtenção de Ti-Nano e discos não condicionados foram utilizados como controle (Ti-Controle). Osteócitos da linhagem Ocy454 foram editados por CRISPR-Cas9 para silenciamento de agrin (Ocy454-Agrin) e, como controle, foram utilizadas células sem silenciamento de agrin (Ocy454Krab). Os osteócitos foram cultivados sobre Ti-Nano e Ti-Controle e, aos 3 dias, foram avaliadas a expressão gênica de Creb1, Mef2c, Phex, Rankl e Opg por PCR em tempo real (n=4), e a expressão proteica de RANKL por western blot (n=3). Os dados foram comparados por Anova One-Way (p<0,05). A expressão gênica de Creb1, Mef2c e Phex foi menor (p<0,05) em Ocy454-Agrin, com efeito atenuado sobre Ti-Nano. A razão da expressão gênica de Rankl/Opg foi menor (p<0,05) em Ocy454-Agrin, com efeito mais acentuado sobre Ti-Nano. A expressão proteica de RANKL foi maior (p<0,05) em Ocy454-Agrin, com efeito atenuado sobre Ti-Nano.

Nossos resultados demostraram que a presença de agrin favorece a interação entre osteócitos e Ti. Além disso, a superfície nanotopográfica atenua o efeito negativo do silenciamento de agrin sobre a diferenciação de osteócitos e reduz o potencial de osteócitos para induzir osteoclastogênese, podendo favorecer a osseointegração de implantes de Ti.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2023/00538-2  |  FAPs - FAPESP  N° 2020/14950-4)
AO103 - Apresentação Oral
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Efeitos da fotobiomodulação e açaí clarificado nas glândulas parótida e submandibular de ratos expostos a terapia antineoplásica
Wallacy Watson Pereira Melo, José Mário Matos Sousa, Hannah Gil de Farias Morais, Herve Rogez, Roseana de Almeida Freitas, Manoela Domingues Martins, Rafael Rodrigues Lima, Renata Duarte de Souza-rodrigues
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A quimioterapia apresenta efeitos adversos como o estresse oxidativo, capaz de promover alterações estruturais e funcionais nas glândulas salivares. Neste contexto, o açaí apresenta riqueza em compostos fenólicos com características antioxidantes possiveis de reduzir os danos causados pelo estresse oxidativo. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos bioquímicos e morfológicos da fotobiomodulação (FBM) e da suplementação com açaí clarificado nas glândulas parótidas e submandibulares de animais com mucosite oral (MO) induzida. Ratos machos (n= 102) foram divididos nos grupos: Controle negativo; controle positivo; FBM; Açaí e FBM + Açaí. A indução com 5-fluorouracil foi realizada nos dias 0 e 2. Nos dias 0 (controles negativos), 8, 10 e 14 (demais grupos), os animais foram eutanasiados e as glândulas coletadas para análises bioquímicas e morfométricas. A análise estatística Anova 2 vias foi realizada, seguida de pós teste de Tukey (α=0,05). O açaí clarificado administrado sozinho ou associado a FBM elevou os níveis da capacidade antioxidante (ACAP) em comparação ao controle positivo nos dias 8 e 10. Em relação à peroxidação lipídica (LPO) e metabólitos NOx, o controle positivo obteve níveis elevados comparativamente aos demais grupos, nos três tempos analisados. Quanto a morfologia, o açaí clarificado e FBM, isolados ou combinados, mantiveram as estruturas de parênquima, estroma e ácino, obtendo valores semelhantes ao controle negativo nos três tempos experimentais.

Desta forma, foi demonstrado que o uso do açaí clarificado, isolado ou associado à FBM, resultou em melhora na resposta antioxidante e redução de pró-oxidantes, proporcionando proteção contra danos às estruturas glandulares causados pela quimioterapia.

(Apoio: CNPq  N° 312275/2021-8)
AO104 - Apresentação Oral
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

A modulação do estado redox das glândulas salivares de ratos está associada a danos morfológicos após o uso de amitriptilina
Yago Gecy de Sousa né, Cristian Dos Santos Pereira, Jorddy Neves da Cruz, Deiweson de Souza Monteiro, Vinicius Ruan Neves Dos Santos, Renata Duarte de Souza-rodrigues, Rafael Rodrigues Lima
Instituto de Ciências Biologicas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A amtriptilina é um antidepressivo tricíclico, os antidepressivos, podem afetar diversos órgãos e tecidos, como também a cavidade oral. Logo, este estudo investigou os efeitos da amitriptilina nas glândulas salivares e na saliva de ratos. Ratos Wistar machos foram divididos em dois grupos: controle e tratado com amitriptilina (10 mg/kg por 30 dias). Após o período experimental, as amostras de saliva e glândulas salivares foram coletadas para análise de marcadores de estresse oxidativo, análise morfológica e a saliva quanto a concentração de proteína total e atividade da amilase salivar. A administração de amitriptilina aumentou os níveis de TBARS (marcador de peroxidação lipídica) na submandibular (p=0.0005) e parótida (p = 0.0006). Na glândula submandibular (p=0.012), a amitriptilina aumentou a capacidade antioxidante (TEAC) em comparação ao controle, não havendo alterações na parótida (p >0.05), e não houve alteração estatisticamente significante quando se trata do GSH (glutationa) em ambas as glândulas (p >0.05). Houve alterações morfológicas em ambas as glândulas salivares, com diminuição do tamanho dos ductos e acinos na parótida e na submandibular redução do parênquima e dos acinos, com aumento da área do estroma. A amitriptilina aumentou a concentração total de proteína na saliva, mas não afetou a atividade da amilase salivar.

A administração crônica de amitriptilina causou estresse oxidativo e alterações morfológicas em ambas as glândulas. Esses achados sugerem que a amitriptilina pode ter efeitos diferenciais em diferentes glândulas salivares. Além disso, a amitriptilina aumentou os níveis de proteínas totais na saliva, mas a função salivar, atividade da amilase, não foi afetada.

(Apoio: CNPq  N° 312275/2021-8)
AO105 - Apresentação Oral
Área: 1 - Biologia craniofacial

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Óleo de andiroba da Amazônia: efeitos terapêuticos e segurança do uso no tratamento de ferida lingual em ratos
Deiweson de Souza Monteiro, Rayssa Maite Farias Nazario, Maria Karolina Martins Ferreira, Jorddy Neves da Cruz, Paulo Fernando Santos Mendes, Renata Duarte de Souza-rodrigues, Rafael Rodrigues Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O óleo de andiroba (Carapa guianensis, OA), bioproduto amazônico, é amplamente empregado pela medicina tradicional para fins terapêuticos como redução da inflamação e dor. Assim, objetivou-se avaliar a segurança e os efeitos terapêuticos do uso do OA em ferida lingual induzida em ratos. 48 ratos Wistar machos foram submetidos a indução de ferida no ventre lingual e foram randomizados em 3 grupos (n= 16/cada): sem tratamento, corticoide ou OA. O tratamento foi realizado através de 3 gavagens orogástricas com solução salina ou dexametasona (0,5 mg/kg) ou OA (10 mg/kg) após 12, 24 e 48 horas da indução. Metade dos animais foi eutanasiada após 3 dias da indução e o restante após 7 dias. O sangue foi coletado para avaliação de funções renais e hepáticas, análise da bioquímica oxidativa e expressão de citocinas inflamatórias, assim como a língua para avaliação clínica, histopatológica e histoquímica. O OA passou por identificação de componentes através de cromatografia gasosa e quantificação do potencial antioxidante. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente a nível de significância de 5%. O OA revelou ácidos graxos como o oleico (60%) e o bêhenico (13%) e demonstrou capacidade antioxidante. O tratamento modulou o estado oxidativo e inflamatório sistêmico (p<0.05) sem afetar as funções renais e hepáticas (p>0.05). Clinicamente, as feridas tratadas com OA apresentaram menor área tanto em comparação com as tratadas com corticoide (p=0.0017) quanto as sem tratamento (p=0.0007). O OA promoveu uma diminuição na inflamação da região da lesão evidenciada pela análise tecidual.

O OA se mostrou seguro ao modular respostas sistêmicas e efeitos terapêuticos sobre o tratamento de feridas linguais induzidas em ratos.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 312275/2021-8)
AO106 - Apresentação Oral
Área: 1 - Anatomia

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Canal retromolar na tomografia computadorizada de feixe cônico
Tauyra Mateus, Joissi Ferrari Zaniboni, Andréa Gonçalves, Marcelo Gonçalves, Rafael Nepomuceno, Marcela De Almeida Gonçalves, Ticiana Sidorenko de Oliveira Capote
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi o canal retromolar (CRM) de acordo com lado, sexo, distância e relação com o último dente em tomografia computadorizada de feixo cônico (TCFC). A amostra foi composta por 500 TCFC de indivíduos de ambos os sexos, com idade mínima de 14 anos. Foram avaliados o trajeto do CRM, a morfologia, o comprimento, o ângulo, o diâmetro e a distância do canal retromolar em relação aos molares mais distais. O CRM foi encontrado em 17 (3,7%) pacientes, com idade entre 19 e 73 anos. Vinte e um CRM foram observados (4,2%); 9 (42,85%) estavam presentes no lado direito e 12 (57,14%) no esquerdo; 4 indivíduos (23,52%) apresentaram CRM bilateralmente; 12 (70,6%) eram do sexo feminino e 5 (29,4%) do sexo masculino; e em relação aos indivíduos com canais bilaterais, 3 eram do sexo feminino. O sexo feminino e o lado esquerdo apresentaram maior frequência de CRM. A presença e o trajeto do CRM não se relacionaram com a idade. Não houve associação entre trajeto, lado, medidas angulares, diâmetro e distância até o último dente da arcada.

Apesar da baixa prevalência de CRM observada neste estudo, é essencial avaliar cuidadosamente as variações do canal da mandíbula, principalmente antes dos procedimentos cirúrgicos na região retromolar, para evitar complicações e falhas anestésicas. A proximidade do CRM com o último dente da arcada dentária nos alerta para a importância da existência dessa variação anatômica antes da realização de procedimentos na região retromolar.

AO107 - Apresentação Oral
Área: 1 - Cirurgia bucomaxilofacial

Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Flutuação da modulação condicionada da dor após processo inflamatório agudo na região trigeminal
Isadora Alves Lorenzo, Carlos Alberto Machado Filho, Soraya Salmanzadeh Ardestani, Leonardo Rigoldi Bonjardim, Fernando Gustavo Exposto, Peter Svensson, Yuri Martins Costa
Fisiologia Oral FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo avaliou a flutuação da modulação condicionada da dor após processos inflamatórios agudos na região trigeminal causados pela extração de terceiros molares. Oitenta e quatro participantes saudáveis foram submetidos a extração de terceiros molares bilateralmente. A modulação condicionada da dor foi avaliada uma semana antes e cinco dias após a cirurgia. O controle da dor e inflamação foi feito por meio do uso de analgésicos e antiinflamatórios não esteroidais (AINES). O estímulo teste foi o limiar de dor à pressão aplicado nos músculos temporal (trigeminal) e tenar (espinal) do lado dominante e o estímulo condicionante consistiu na imersão da mão não dominante em um balde de água com gelo. O estímulo teste foi aplicado antes (basal) e juntamente com o estímulo condicionante (condicionado). A modulação condicionada da dor foi calculada como a diferença absoluta entre o estímulo teste basal e o estímulo teste condicionado. O ponto de corte para determinar a responsividade ao teste foi de 0,85 kg para o temporal e 1,08 kg para o tenar. McNemar e teste T pareado foram aplicados aos dados (p<0,050). A proporção de indivíduos responsivos, antes e após a extração de terceiros molares, para a modulação na região trigeminal foi de X e Y% e de Z e W% para a espinal (p>0,05). Ainda, não houve diferença significativa na média da modulação condicionada da dor antes e após a cirurgia para a modulação na região trigeminal, respectivamente X (DP) e Y (DP), e para a modulação na região espinal, respectivamente X (DP) e Y (DP) (p>0,05).

Os achados sugerem que a ocorrência de processos inflamatórios agudos na região trigeminal e controlados por meio de analgésicos e AINES não são suficientes para alterar o padrão de responsividade ao teste da modulação condicionada da dor

(Apoio: CNPq  N° 136781/2021-7  |  CAPES  N° 001)