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AO050 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

O quanto o tratamento odontológico sob sedação de crianças com cárie impacta na qualidade de vida da família?
Amanda Caroline de Moraes Branquinho, Luciane Ribeiro de Rezende Sucasas da Costa, Patrícia Corrêa-Faria
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os objetivos foram mensurar o impacto do tratamento odontológico de crianças sob sedação em aspectos financeiros e psicológicos da família e avaliar a percepção dos pais sobre as mudanças na saúde bucal. Foi realizado um estudo longitudinal aninhado a um ensaio clínico. Participaram pais de crianças de 2 a 6 anos com cárie e comportamento não colaborador. A versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS) foi aplicada antes do tratamento odontológico sob sedação (T0) e nos intervalos de 2 semanas (T1) e 3 meses (T2) após a sua conclusão. Foram avaliados os dados referentes à seção Impacto na Família (IF) (angústia dos pais [aborrecimento e culpa] e função da família [faltas ao trabalho e impacto financeiro]). Eles foram analisados descritivamente e com teste bivariado (nível de significância de 5%). Mudanças nas pontuações foram calculadas subtraindo-se os valores obtidos em T1 e T2 daqueles do T0. A média da diferença (MD) e o tamanho de efeito (TE) foram calculados. Um total de 59 pais participaram do T1, e 60 do T2. Houve redução significativa na angústia (T0 mediana 4,0 [mínimo-máximo 0-8]; T1 0,0 [0-6]; p<0,001; MD 3,2 [desvio-padrão 2,5]; TE 1,45; T2 0,0 [0-8]; p<0,001; MD 3,0 [2,4]; TE 1,35), no impacto negativo na função da família (T0 2 [0-6]; T1 0,0 [0-2]; p<0,001; MD 1,6 [1,8]; TE 0,93; T2 0,0 [0-4]; p<0,001; MD 1,6 [1,8]; TE 0,89) e na seção IF (T0 6 [0-12]; T1 0,0 [0-8]; p<0,001; MD 4,9 [3,3]; TE 1,54; T2 0,0 [0-8]; p<0,001; MD 4,7 [3,3]; TE 1,46). Mais de 90% dos participantes do T1 e 88,3% do T2 relataram que a saúde bucal das crianças melhorou.

O tratamento odontológico de crianças sob sedação reduziu o sentimento de angústia dos pais, os relatos de faltas ao trabalho e o impacto financeiro devido aos problemas dentários da criança.

AO051 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Avaliação polissonográfica do bruxismo e fenômenos fisiológicos associados em crianças com apneia obstrutiva do sono
Carlos Felipe Bonacina, Joaquina Santos Diniz, Clarissa Bueno, Isabel Cristina Olegário da Costa, Leticia Maria Santoro Franco Azevedo Soster, Adriana de Oliveira Lira
UNIVERSIDADE GUARULHOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi avaliar parâmetros fisiológicos em polissonografia (PSG) no momento do bruxismo do sono (BS) e compará-los com a janela do momento controle (4 minutos antes), em crianças com apneia obstrutiva do sono (AOS). Os exames foram realizados com aparelho Embla N700. Nenhum medicamento sedativo foi usado. Os estágios do sono e os eventos respiratórios foram mensurados de acordo com os parâmetros da Academia Americana de Medicina do Sono. Foram excluídos os exames incompletos. Para o BS, a atividade muscular com duração entre 0,25 a 2 segundos e pelo menos três bursts de 1 Hz foi um evento fásico. No evento tônico, a atividade eletromiográfica deve ser mantida por pelo menos 2 segundos. A análise estatística foi realizada com testes de Kolgomorov-Smirnov, teste T, qui-quadrado, McNemar e exato de Fischer. Foram avaliados 661 movimentos mandibulares, tônicos (n=372), fásicos (n=289), de 19 crianças (M=10, F=9), idade média de 5,81 anos. O número de eventos tônicos variou de 4 a 30 e de eventos fásicos de 3 a 33 por criança. Não foram encontradas diferenças entre eles. (p=0,116). Sem significância estatística, 42% dos eventos de BS aconteceram na fase N2 do sono. A janela de eventos tônicos exibiu maior número de microdespertar, taquicardia, apneia central e movimentação de pernas enquanto a janela controle exibiu maior número de bradicardia. (p<0,001). Por outro lado, a janela de eventos fásicos apresentou maior número de microdespertar taquicardia e movimentação de pernas enquanto a janela controle apresentou maior número de AOS e bradicardia. (p<0,001).

Conclui-se que o BS cursa com microdespertar, movimentação de pernas e alterações cardiorrespiratórias, e houve diferença nos parâmetros fisiológicos nos dois momentos.

(Apoio: CAPES  N° 8016866377505282)
AO052 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

O nível de Letramento em Saúde Bucal dos pais está associado a dosagem correta de medicação para crianças na primeira infância?
Cristiane Meira Assunção, Renata Kézia Pereira Dos Anjos, Sara Oliveira Lisboa, Clarissa Lopes Drumond, Marcia Gomes Penido Machado, Júnia Maria Cheib Serra-negra, Saul Martins Paiva, Fernanda Morais Ferreira
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudos demonstraram que baixo nível de letramento em saúde tem relação com uma menor habilidade de autogerenciamento de medicamentos, incluindo compreensão de bulas e prescrição. Este estudo avaliou o nível de letramento em saúde bucal (LSB) dos pais (n=171) e a sua capacidade de administrar adequadamente o antibiótico prescrito para seus filhos. O nível de LSB foi mensurado através do Oral Health Literacy - Adult Questionnaire (OHL- AQ) e classificado como inadequado (0-11) e adequado (12-17). Foi apresentado aos pais o frasco do antibiótico Amoxicilina 250mg/5ml, a seringa dosadora, a bula do próprio medicamento e num segundo momento uma receita padrão. Após a leitura, os pais foram orientados a dosar na seringa a quantidade do medicamento descrita (3ml), que foi categorizada como "acerto" (± 20% da dose recomendada) e "erro" (variação maior que ± 20%). Foi realizada a análise descritiva e a associação de variáveis independentes com nível de LSB (teste qui-quadrado, p≤0,05). A média de LSB dos pais foi de 11,46 (± 3,03). Entre os pais com LSB adequado, apenas 17 (18,9%) acertaram a quantidade de antibiótico de acordo com a bula e 39 (43,3%) com a receita.

Conclui-se que, independentemente do nível de Letramento em Saúde Bucal, os pais tiveram dificuldade para dosar o antibiótico adequadamente, tanto a partir da leitura da bula quanto da receita.

(Apoio: CAPES  |  APQ-02403-21  N° FAPEMIG)
AO053 - Apresentação Oral
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Impacto da adenotonsilectomia e da expansão maxilar no IAH e na MinSaO2 em pacientes pediátricos com AOS: um ensaio clínico randomizado
Douglas Teixeira da Silva, Maria Cecilia Monteiro Marques Magalhaes, David Normando, Vinicius Vasconcelos Teodoro, Carlos Flores Mir, ki Beom Kim, Ricardo Maurício Oliveira Novaes, Guilherme de Araujo Almeida
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Para determinar o impacto e a melhor sequência de manejo entre adenotonsilectomia (AT) e expansão rápida da maxila (ERM) no índice de apneia-hipopneia (IAH) e na saturação mínima de oxigênio (MinSaO2) em pacientes pediátricos não obesos com apneia obstrutiva do sono (AOS) apresentando características craniofaciais sagitais e verticais relativamente normais, 32 crianças com idade média de 8,8 anos, com hipertrofia tonsilar grau III/IV e constrição maxilar, participaram de um ensaio clínico cruzado controlado e randomizado. Um grupo foi submetido à AT primeiro e o outro à ERM. Após seis meses, as intervenções foram trocadas nesses grupos, mas apenas para participantes com IAH > 1 após a primeira intervenção. A polissonografia foi realizada antes (T0), seis meses após a primeira (T1) e a segunda (T2) intervenção. A influência do sexo, grau de hipertrofia adenotonsilar, IAH inicial, gravidade da MinSaO2 e sequência de intervenção foram analisadas por regressão linear. As comparações intra e intergrupos para IAH e MinSaO2 foram realizadas por ANOVA e teste de Tukey. A gravidade inicial do IAH e a sequência de intervenção (AT primeiro) explicaram 94,9% da melhoria do IAH. A AT causou melhorias mais significativas no IAH do que a ERM. A severidade inicial da MinSaO2 foi responsável por 83,1% das alterações de melhoria do MinSaO2. A maioria das reduções do IAH e melhorias na MinSaO2 foram devidas à AT do que à ERM. Na maioria dos casos, a ERM teve um efeito marginal no IAH e na MinSaO2 quando ajustada para fatores de confusão.

A gravidade inicial do IAH e a AT como primeira intervenção foram responsáveis pela maior parte da melhoria do IAH. A severidade inicial da MinSaO2 por si foi responsável pela maior parte das alterações no aumento da MinSaO2.

(Apoio: CAPES  N° 001)
AO054 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Bioatividade da Bandagem de bioestimulação dentino/pulpar em células-tronco de dentes decíduos humanos esfoliados
Ana Beatriz Vieira da Silveira, Eloá Cristina Passucci Ambrosio, Mariel Tavares de Oliveira Prado Bergamo, Rodrigo Cardoso de Oliveira, Natalino Lourenço Neto, Carlos Ferreira dos Santos, Thais Marchini de Oliveira, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Cole UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do presente estudo foi avaliar a viabilidade e a expressão gênica de células-tronco de dentes decíduos humanos esfoliados (SHED) para a diferenciação odonto/osteogênica e angiogênica após o contato diferentes materiais bioativos. Amostras de SHED foram obtidas por meio de cultura primária. Os extratos foram preparados na diluição 1:2 e divididos nos seguintes grupos experimentais: Grupo 1 - Bandagem dentino/pulpar (BBio), Grupo 2 - Bio-C Repair, Grupo 3 - MTA HP Repair e Grupo 4 - Biodentine. Foram realizados testes de viabilidade celular (Alamar Blue) e avaliação de expressão gênica (RT-PCR) para os seguintes alvos: COL, FGF-2, VEGF, OCN, OPN, DSPP e DMP-1. Os dados foram analisados pelo teste ANOVA a dois critérios, seguido do teste de Tukey (p<0,05). Os materiais bioativos mantiveram a viabilidade de SHED, sendo que a Bandagem BBio e o Bio-C Repair em 48H e 72H apresentaram resultados equivalentes ao grupo controle (p<0,05). Na análise de expressão gênica, o Biodentine apresentou os melhores resultados de VEGF e FGF-2 (p<0,05). A Bandagem BBio se destacou na expressão de OCN e OPN (p<0,05). Em relação a DSPP e DMP-1 as células mostraram aumento progressivo da expressão ao longo do tempo para todos os grupos estudados.

Com base nos resultados deste estudo, conclui-se que todos os materiais testados apresentaram bioatividade aceitável. Todos os materiais bioativos mostraram um aumento progressivo da expressão de DSPP e DMP-1 em SHED. A Bandagem BBio obteve melhores resultados na expressão gênica de OCN e OPN, apresentando melhor capacidade de diferenciação osteo/odontogênica.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2021/08730-4 e 2021/10002-7)
AO055 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Impacto do Tratamento Oncológico na Qualidade de Vida Geral e na Relacionada à Saúde Bucal em Crianças e Adolescentes
Anna Vitória Mendes Viana Silva, Alice Machado Carvalho Santos, Isabel Zanforlin Freitas, Bernardo Velloso Pimenta, Bruna Paula Guimaraes Silva, Matheus de França Perazzo, Saul Martins Paiva
PPGO UFMG UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi investigar o impacto do tratamento oncológico na qualidade de vida geral (QV) e na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em crianças e adolescentes, utilizando a autopercepção e a percepção materna. Foi realizado um estudo transversal com 103 crianças/adolescentes de um a 18 anos de idade, ambos os sexos, em tratamento oncológico no Ambulatório Borges da Costa do HC da UFMG e na Casa de Apoio AURA. Os dados sociodemográficos e do tratamento oncológico foram coletados por questionários, para detectar as condições de saúde bucal, foi realizado o exame clínico no local da coleta. A QV geral e a QVRSB dos participantes foram avaliadas usando as versões brasileiras do Pediatric Quality of Life Inventory version 4.0 generic core (PedsQL 4.0) e Pediatric Quality of Life Inventory - Oral Health Scale (PedsQL3.0T-OH). Foram realizadas análises descritivas e regressão logística binária não-ajustada e ajustada (α=5%). A maioria dos participantes era do sexo masculino (56%), com 1-7 anos de idade (57%). Grande parte das mães tinham até 34 anos (53%) e 73% destas tinham mais de 8 anos de estudo. No autorrelato da criança/adolescente, identificou-se que aqueles entre 8 -18 anos (OR= 7.12 IC 95%: 1.1.98 -25.51), que estavam acolhidos na casa de apoio (OR= 4.05 IC 95%: 1.19- 3.31) tiveram associação com a QV. Em relação a autopercepção das mães, observou-se associação entre aquelas que estavam na casa de apoio (OR= 9.43 IC 95%: 1.74 - 50.87).

Para o autorrelato das crianças e adolescentes, a faixa etária entre 8 e 18 anos e o fato de estarem acolhidos em uma casa de apoio mostraram impacto negativo na QV. Em relação à autopercepção das mães, aquelas que estavam na casa de apoio também apresentaram impacto negativo na sua própria QV.

(Apoio: CNPq/INCT Saúde Oral e Odontologia  N° 406840/20229-9)
AO056 - Apresentação Oral
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Ter traços de asma no 2º. ano de vida explicou as dimensões do ronco, sono, comportamento e a má-oclusão aos 12 anos: Coorte Brisa, São Luis
Camila Maiana Pereira Machado Santos, Lorena Lúcia Costa Ladeira, Joelma Ximenes Prado Teixeira Nascimento, Silas Alves-Costa, Magda Lyce Rodrigues Campos, Cláudia Maria Coêlho Alves, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz, Cecilia Claudia Costa Ribeiro
PPGO UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As inter-relações entre a função da respiração e a forma da arcada dentária são complexas, com reflexos no ronco, sono e comportamento da criança. Este estudo investigou a associação entre traços de asma no 2º ano de vida e seu efeito no Ronco, Má-oclusão, Sono e Comportamento aos 12 anos. Para tanto, utilizamos dados da Coorte Brisa - São Luís em três seguimentos: pré-natal (2010), 2° ano da criança (2011-2012) e aos 12 anos (2022-2023) (n=591). O modelo teórico considerou as variáveis latentes: Situação Socioeconômica do pré-natal como o determinante distal; Traços de Asma no 2º ano (chiado, emergência, rinite e diagnostico de asma) como a exposição principal; e, como os desfechos de interesse: as três Dimensões do Questionário Pediátrico do Sono - QPS (Ronco, Sono e Comportamento) e a Má-oclusão aos 12 anos, sendo analisado por Modelagem de Equações Estruturais. Ter Traços de Asma no 2° ano explicou todas as três dimensões do QPS: Ronco (SC=0.365; p<0.001), Sono (SC=0.313; p=0.002), e indiretamente o Comportamento, via ronco-sono (SC=183; p=0.003). Ter Traços de Asma também explicou indiretamente, a Má-oclusão, via Ronco (SC=0.081; p=0.020). O Ronco foi associado à Má-oclusão (SC=0.221; p=0.005) e ao Sono (SC=0.553; p<0.001). O Sono explicou fortemente o Comportamento (SC= 0.907; p<0.001).

Alterações na função respiratória típicas de asma nos dois primeiros anos de vida têm reflexos em todas as dimensões Ronco, Sono e Comportamento, bem como na Má-oclusão no início da adolescência.

(Apoio: CAPES)
AO057 - Apresentação Oral
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Mensagens de texto como método motivacional para a higiene bucal durante o tratamento ortodôntico
Diego Patrik Alves Carneiro, Luiz Felipe Nogueira Santos, Caroline Nogueira de Moraes, Marcelo de Castro Meneghim, Silvia A. S. Vedovello
Pós Graduação em Odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência das mensagens de texto no controle da higiene bucal durante o tratamento ortodôntico. Estudo clínico randomizado foi realizado com pacientes de ambos os sexos, com má oclusão de Classe I de Angle e apinhamento antero inferior moderado a severo. Os voluntários foram distribuídos de forma aleatória em dois grupos: grupo 1, pacientes que receberam mensagens de texto motivacionais semanalmente durante os nove meses de estudo, grupo 2, que não receberam mensagens de texto motivacionais. As condições da hgiene bucal foram avaliadas pelos índices de placa e de sangramento gengival (início (T0), três meses (T1), seis meses (T2) e nove meses depois (T3) do início do tratamento). Foram realizadas análises descritivas e exploratórias dos dados seguidas da metodologia de modelo linear generalizado misto para medidas repetidas no tempo, considerando o nível de significância de 5%. Houve uma melhora significativa no índice de sangramento em T2 no grupo 1 em comparação ao grupo 2 (P<0.05). O grupo 2 apresentou aumento significativo do índice de sangramento ao longo das quatro avaliações (P<0.05) e, no grupo 1, observou-se melhora significativa em T1 e T2 e piora em T4 (P<0.05). Em relação ao índice de placa, não houve diferença significativa entre os dois grupos (P>0.05).

Concluiu-se que as mensagens de texto enviadas semanalmente podem apresentar um potencial de mudanças nos hábitos de higiene bucal no que diz respeito ao controle dos índices de sangramento gengival e placa nos meses iniciais do tratamento ortodôntico. Outras estratégias são necessárias para as outras fases do tratamento ortodôntico.

AO058 - Apresentação Oral
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Impacto da testosterona sobre a movimentação dentária ortodôntica: um estudo in vivo
Caio Luiz Bitencourt Reis, Gabriela Leite Pedroso, Kelly Galisteu-Luiz, Gustavo Lopes Puls, Daniela Silva Barroso de Oliveira, Erika Calvano Kuchler, Maria Bernadete Sasso Stuani, Mírian Aiko Nakane Matsumoto
Clínica Infantil UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da supressão, da reposição e de doses suprafisiológicas de testosterona (TT) durante a movimentação dentária ortodôntica (MOD) simulada em animais. Ratos Wistar machos (n = 96) foram aleatoriamente alocados aos 23 dias de vida para os grupos de supressão de TT induzida por orquiectomia, com (ORX-R) e sem (ORX) reposição, um grupo controle (Sham) e um grupo com doses suprafisiológicas (Sham-ST). Undecanoato de TT foi a substância aplicada nos grupos ORX-R e Sham-ST. A MDO do primeiro molar superior direito foi induzida aos 50 dias de vida com mola helicoidal fechada. Os animais foram eutanasiados após 5 e 10 dias de MDO. A qualidade óssea da região circundante à MDO (lado movimentado) e o lado oposto (controle) foi avaliada por microfotografia computadorizada. Análises de expressão gênica por RT-PCR e imunomarcação em cortes histológicos foram aplicadas para avaliação de neoformação (RUNX2, OPGe BMP2) e reabsorção óssea (TRAP, TUNEL, RANK e RANKL), estresse oxidativo e disfunção endotelial (eNOS e VEGF). Níveis plasmáticos de ACTH e Troponina I foram analisados por kits Miliplex. Os dados foram comparados pelo teste ANOVA com pós teste de Dunnett (alfa = 5%). Os parâmetros de qualidade óssea dos lados movimentado e controle dos grupos ORX e Sham-ST foram estatisticamente diferentes dos grupos Sham e ORX-R (p<0,05). Houve uma sobre-expressão dos marcadores no grupo Sham-ST que afetou os eventos fisiológicos estudados. Os grupos ORX e ORX-R apresentaram resultados distintos a depender do tempo e da MDO. Os níveis de ACTH foram maiores no grupo ORX.

Conclui-se que a supressão e as doses suprafisiológicas de TT impactam a MDO e podem aumentar o risco de efeitos colaterais durante o tratamento ortodôntico.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2021/02704-1  |  FAPs - FAPESP  N° 2021/03158-0 )
AO059 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Análise Epidemiológica de Procedimentos de Frenotomia/Frenectomia Lingual na Rede Pública de Ribeirão Preto
Angélica Aparecida de Oliveira, Larissa Dias Vilela, Léa Assed Bezerra da Silva, Soraya Fernandes Mestriner, Wilson Mestriner Junior, Katharina Morant Holanda de Oliveira, Ricardo Barbosa Lima, Raquel Assed Bezerra Segato
Departamento de Clínica Infantil UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo analisou os encaminhamentos para frenotomia/frenectomia (F/F) lingual em menores de 7 anos em Ribeirão Preto, entre 2017 e 2022. Foram coletadas variáveis quantitativas e qualitativas, incluindo registro do protocolo Bristol (BTAT) em prontuário, incidência de F/F, tempo percorrido até o procedimento, tempo de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) e idade na primeira consulta odontológica (análises descritivas, associações entre variáveis, comparações entre grupos e razão de incidências). O nível de significância foi 5% utilizando o software JAMOVI. Dos 440 encaminhamentos, 80% não registraram o BTAT. A tendência de F/F foi crescente (p= 0,028, S = 11), com 242 procedimentos, a maioria em menores de 12 meses. A incidência estimada foi de 40,6 F/F por 10.000 habitantes, principalmente encaminhados pela Atenção Primária de Saúde (APS). O tempo percorrido entre encaminhamento e agendamento reduziu, especialmente crianças <1 ano e com dificuldades de AME (p<0,001). 42% dos que fizeram F/F receberam AME até 1 mês. A confirmação da necessidade de frenectomia lingual foi associada à avaliação multiprofissional no encaminhamento (p-valor <0,001; V de Cramér = 0,268). A idade média (meses) na primeira consulta odontológica reduziu ao longo dos anos, de 45,5 ± 33 (nascidos 2012-2014) para 3,2 ± 3,5 (nascidos 2021-2022). A maioria das F/F envolveu menores de 1 ano, o baixo registro do BTAT merece investigação.

O acesso odontológico na APS para os bebês do estudo pareceu melhorar. A organização do fluxo de atendimento, avaliações multiprofissionais e movimento de apoio ao AME, podem ter influenciado positivamente a gestão e notificação dos casos e tendência crescente dos procedimentos de F/F.