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AO001 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Expressão gênica e padrão epigenético de marcadores do inflamasoma na periodontite grau c após estímulo por A. actinomycetemcomitans
Camila Schmidt Stolf, Hélvis Enri de Sousa Paz, Catharina Marques Sacramento, Aurelio Amorim Reis, Leticia Sandoli Arroteia, Mabelle de Freitas Monteiro, Karina Gonzales Silvério Ruiz, Renato Corrêa Viana Casarin
Prótese e periodontia FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A produção de um padrão específico de citocinas por pacientes com Periodontite Grau C (PerioC) está ligada à marcadores do inflamasoma, podendo ser influenciada por modificações epigenéticas induzidas por periodontopatógenos. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a expressão gênica e o padrão epigenético de marcadores do inflamasoma em fibroblastos gengivais (FGs) de pacientes com PerioC e saúde periodontal (SP), antes e após a indução com extrato proteico de Aggregatibacter actinomycetemcomitans (pAa). Após isolamento e cultivo dos FGs de 5 pacientes com PerioC e 5 com SP, estes foram induzidos com 5µg/ml de pAa por 1.5 horas. Ao final do período, o RNA e o DNA total foram coletados e extraídos. A partir do RNA foi feita a análise de expressão gênica por PCR real time dos marcadores NLPR3, AIM2, CASP-3, TNFA, TRL2, TRL4 1L1β e IL10. A partir do DNA foi feito o tratamento das amostras com as enzimas de restrição HpaII e MspI e verificação dos níveis de metilação e hidroximetilação nos genes que apresentaram diferenças no padrão de expressão. Após o estímulo dos FGs com o pAa, o grupo PerioC obteve uma menor expressão gênica dos marcadores IL1β, AIM2, CASP3 e IL10. Corroborando com esse resultado, o gene IL1β se mostrou hipermetilado após o estímulo microbiano (p<0.05). Por outro lado, TNFA e TRL2 apresentaram maiores concentrações de RNAm no grupo PerioC induzido com pAa (p<0.05). Em comparação com SP e independente do estímulo microbiano, todos os genes, exceto NRLP3, foram mais expressos em PerioC (p<0.05).

Assim, pode-se concluir que há um comportamento celular distinto entre os grupos SP e PerioC quando se analisa a cascata de ativação do inflamasoma, sendo o estímulo com Aa capaz de modular epigenéticamente essa resposta.

(Apoio: CAPES  N° 0001  |  Fapesp  N° 2021/11082-4)
AO002 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Atividade física e saúde músculo-esquelética são protetores para a periodontite? estudo de base populacional na segunda década de vida
Lorena Lúcia Costa Ladeira, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz, Cláudia Maria Coêlho Alves, Cecilia Claudia Costa Ribeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A atividade física pode ter efeito protetor na periodontite, mas os mecanismos permanecem desconhecidos. Nossa hipótese é que haja mediação da saúde musculoesquelética na associação entre atividade física e redução da doença periodontal. Este estudo analisou a associação entre os níveis de Atividade Física, Saúde Musculoesquelética e Periodontite ao final da segunda década de vida. Estudo de base-populacional, utilizando dados do Consórcio de Coortes RPS, seguimento aos 18 e 19 anos (n=2515), em São Luís, Brasil. A exposição de interesse foi a Atividade Física pelo questionário SAPAC (sedentário, baixa atividade, alta atividade) usando METS/dia. O desfecho foi a variável latente Periodontite Inicial (IPV, PS≥4, NIC≥3, SS). A Saúde Musculoesquelética (Massa Muscular, Densidade Mineral Óssea Corpo Total e da Cabeça do Fêmur), avaliado por densitometria por dupla emissão de raios X (DXA), foi considerada um mediador. O modelo foi ajustado para Situação Socioeconômica, sexo, e obesidade, analisado por Modelagem de Equações Estruturais. A Atividade Física aumentou a Saúde Musculoesquelética (0.298; p<0,001). A Saúde Musculoesquelética também foi fortemente protetora para a Periodontite Inicial (- 0.418; p<0,001). Indiretamente, a Atividade Física reduziu os valores da Periodontite Inicial, via aumento da Saúde Musculoesquelética (- 0.124; p=0,003). Além disso, a menor Situação Socioeconômica (CP= 0,188; p<0,001) e a obesidade (CP=0.371; p<0,001) aumentaram os valores para a Periodontite Inicial.

A atividade física e indicadores da saúde musculoesquelética parecem proteger os adolescentes do início periodontite, sugerindo que a prevenção da doença periodontal deve considerar abordagem para a saúde integral do indivíduo.

(Apoio: CNPq  |  FAPs - FAPEMA/FAPESP  |  CAPES)
AO003 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Papel da expressão de interleucinas na osteo/cementogênese em células do ligamento periodontal: Uma análise de RNA-seq e validação in vitro
Francisco Naldo Gomes Filho, Catharina Marques Sacramento, Nathalia Reiche Moreira, Bruno Cazotti Pereira, Renato Corrêa Viana Casarin, Marcio Zaffalon Casati, Enilson Antonio Sallum, Karina Gonzales Silvério Ruiz
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo teve como objetivo identificar as vias de sinalização que são diferencialmente expressas em células do ligamento periodontal de humanos (hPDLs), caracterizadas como sendo de alto (HOP) e baixo (LOP) potencial para diferenciação em fenótipo osteo/cementogênico. Duas populações de células HOP (H1 e H2) e duas de células LOP (L1 e L2) foram cultivadas em meio de cultura padrão e em meio osteogênico por 14 dias. Após extração do RNA, foi realizado o sequenciamento do RNA (RNA-seq) e a análise de dados por meio da Reactome PA, para verificar a super-representação de vias de sinalização celular. Em seguida, os resultados foram validados em outras duas populações de HOP (H3 e H4) e LOP (L3 e L4), utilizando o RT-qPCR. A análise dos dados do RNA-seq revelou 574 genes diferencialmente expressos (DEGs) em HOP e 96 em LOP, sob condição osteogênica. Os DEGs na HOP estavam relacionados à regulação de matriz extracelular e divisão celular, e superexpressão das vias de sinalização relacionadas a IL6, IL11 e IL1RN. Já as LOP apresentaram vias relacionadas à manutenção da integridade e função celular. Na validação por RT-qPCR, observou-se em HOP, durante osteogênese, a superexpressão da IL6, IL1RN e de proteínas downstream da via IL6 (JNK3 e MMK6), enquanto LOP demonstraram superexpressão de SOCS3 (bloqueador da via IL6) (p≤0,05).

Conclui-se que as vias de sinalização e a expressão gênica das interleucinas, principalmente da IL6, podem desempenhar um papel crucial na osteo/cementogênese de hPDLs.

(Apoio: CAPES  N° 88887.953724/2024-00)
AO004 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Condição periodontal autorreferida de pessoas trans usuárias de um centro de referência em Manaus, Amazonas
Maria Luísa Graça Lins, Açucena Amâncio Dall'Alba, Adriana Corrêa de Queiroz, Ana Paula Corrêa de Queiroz Herkrath, André Luiz Machado Das Neves, Aline Barreto Soares, Erivan Clementino Gualberto Júnior
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi retratar a condição periodontal autorreferida de pessoas trans usuárias de um centro de referência em Manaus, Amazonas. Este foi um estudo observacional transversal, com coleta de dados por meio de entrevistas, utilizando-se questionário estruturado. Foram mensuradas as características demográficas, associadas ao gênero e à condição periodontal autorreferida, por meio da versão validada em português do instrumento Oral Health Questions Set B (OHQB). Os oito itens do instrumento foram descritos por meio das frequências absolutas e relativas. Em seguida, os itens dicotomizados foram analisados pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), por meio de um modelo logístico a um parâmetro. As análises foram realizadas no software Stata SE, versão 15.0. Foram avaliadas 71 pessoas trans, com média de idade 30,1±8,1 anos, sendo que 50,7% autoidentificaram-se como mulher trans e 40,9%, como homem trans. Itens com maior prevalência de respostas negativas foram relacionados à autopercepção negativa da saúde bucal (60,6%), à percepção de algum elemento dentário não parecer bem nos últimos seis meses (60,6%) e não utilização de fio dental (66,2%) e de enxaguatório bucal (76,1%) na semana anterior à entrevista. O parâmetro único de discrimação estimado foi 1,02 (p<0,001). Os parâmetros de dificuldade estimados indicaram que os itens com maiores valores positivos foram referentes a se algum dentista já havia informado sobre ter perda óssea (2,38; p<0,001), se algum elemento dentário já havia ficado "mole e caído" sem motivo (1,86; p<0,001) e se o participante achava ter doença na gengiva (1,65; p<0,001).

Um percentual expressivo de pessoas trans apresentaram características de condição periodontal autorreferida desfavoráveis.

(Apoio: FAPEAM)
AO005 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

O Fenótipo de Risco Metabólico e o Fenótipo Inflamatório Sistêmico estão Associados à Periodontite em Adolescentes
Susilena Arouche Costa, Cecilia Claudia Costa Ribeiro, Mayra Moura Franco, Gustavo Giacomelli Nascimento, Cadidja Dayane Sousa do Carmo, Bruno Braga Benatti, Soraia de Fátima Carvalho Souza
Pós graduação em odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Nossa hipótese foi que alterações metabólicas e inflamatórias estariam subjacentes ao início da doença periodontal em adolescentes. Este estudo analisou a associação entre o Fenótipo de Risco Metabólico e o Fenótipo Inflamatório Sistêmico com a periodontite em adolescentes. Trata-se estudo de base-populacional, em amostra aleatória, representativa de escolares aos 17-18 anos, em São Luís. O desfecho foi a Periodontite, variável latente deduzida da variância compartilhada entre profundidade de sondagem ≥ 4 mm, índice de sangramento a sondagem e nível de inserção clínica ≥ 4 mm. As exposições de interesse foram os Fenótipo de Risco Metabólico, deduzida da variância compartilhada entre colesterol LDL, triglicerídeos, nível de glicemia em jejum, pressão arterial sistólica e IMC; e o Fenótipo Inflamatório, deduzido da variância compartilhada entre os marcadores séricos: resistina, interleucina-6, NGAL e Inibidor do Ativador do Plasminogênio tipo 1(PAI-1), analisados por Multiplex. O modelo foi ajustado para Situação Socioeconômica (escolaridade e renda), sexo, fumo e álcool, e as estimativas analisadas por Modelagem de Equações Estruturais. O Fenótipo Metabólico foi associado com maiores valores do Fenótipo Inflamatório [Coeficiente Padronizado (CP)=0.309, p-valor<0.011) e com a Periodontite (CP=0.352, p-valor<0.001). O tabagismo aumentou o Fenótipo Metabólico (CP=0.542, p-valor<0.001) e indiretamente aumentou a Periodontite (CP= 0.081, p-valor=0.045).

O risco metabólico e a inflamação sistêmica induzidos por exposições de risco podem contribuir para a degradação dos tecidos periodontais em adolescentes.

(Apoio: FAPs - FAPEMA)
AO006 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Vitamina D3 aumenta o potencial osteogênico de células do ligamento periodontal de humanos via modulação de BMP-2 e ASPN
Bruno Cazotti Pereira, Catharina Marques Sacramento, Enilson Antonio Sallum, Marcio Zaffalon Casati, Renato Corrêa Viana Casarin, Nathalia Reiche Moreira, Francisco Naldo Gomes Filho, Karina Gonzales Silvério Ruiz
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As células mesenquimais progenitoras do ligamento periodontal (PDLMSCs) desempenham um papel importante na regeneração do periodonto. A maioria destas células apresenta um baixo potencial de diferenciação osteoblático/cementoblástico (O/C) que está relacionado com a elevada expressão de asporin (ASPN). A asporin atua como um regulador negativo da diferenciação e mineralização destas células, suprimindo a diferenciação O/C induzida pela proteína morfogenética óssea-2 (BMP-2). Este estudo investigou se o tratamento com vitamina D3 poderia estimular a diferenciação O/C de PDLMSCs caracterizadas com baixo potencial osteoblástico (LOP), através da modulação de ASPN e BMP-2. Três populações de células LOP foram cultivadas em meio padrão (CONTROL), meio osteogénico (OM) e meio osteogênico associado a 1 nM de vitamina D3 (OM + VD). Foram realizados os seguintes ensaios: MTT para avaliar a atividade metabólica; expressão dos genes ASPN, BMP-2, RUNX2, ALP e OCN utilizando qRT-PCR; expressão extracelular da BMP-2; quantificação da deposição de nódulos mineralizados através da coloração vermelho de alizarina. Os resultados mostraram que o tratamento com vitamina D3 não afetou a viabilidade celular. Após 14 dias de tratamento com vitamina D3, os níveis de mRNA para ASPN diminuíram, enquanto os transcritos de BMP-2 e a expressão extracelular aumentaram. A expressão dos genes RUNX2, ALP e OCN foi aumentada pelo tratamento com vitamina D3, resultando num aumento da deposição de nódulos minerais in vitro (p≤0,05).

Estes dados mostram que a vitamina D3 melhora a diferenciação O/C de células com baixo potencial osteoblástico através de um efeito inibitório na expressão de ASPN e de um efeito estimulador na expressão de BMP-2.

(Apoio: CAPES  N° 001)
AO007 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Periodontite e uso de probióticos na gestação podem modular padrões das barreiras epiteliais e dos microbiomas orais e intestinais da prole
Juliane Gonçalves da Fonseca, Pedro Henrique Felix Silva, Cristhiam de Jesús Hernández Martínez, Ademir Melo Leite Filho, Amanda Ferreira Gonzalez, Sergio Luiz de Souza Salvador, Flávia Aparecida Chaves Furlaneto, Michel Reis Messora
CTBMF e Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou os efeitos da Periodontite (PE) durante a gestação, associada ou não à suplementação pré-natal e peri-natal com probióticos (PROB), no microbioma oral e intestinal e no perfil imunohistoquímico da barreira epitelial dos tecidos periodontais (TP) e intestinais (TI) na prole de camundongos. Uma prole de 64 camundongos foi dividida em 4 grupos de acordo com as características de sua genitora: C (animais oriundos de mãe sem DP e não tratadas com PROB), C-PROB (animais oriundos de mãe sem DP e tratadas com PROB), PE (animais oriundos de mãe com PE e não tratadas com PROB) e PE-PROB (animais oriundos de mãe com PE e tratadas com PROB. Todos os animais foram submetidos à eutanásia 63 dias após o nascimento. Foram realizadas análises microbiológicas (biofilme oral e fezes) e imunohistoquímica (TP e TI - expressão de e-caderina e JAM). Os dados foram estatisticamente analisados (p<0,05). O grupo PE apresentou menor expressão de e-caderina nos TI quando comparado ao grupo C-PROB (p<0,05). O grupo PE apresentou redução de JAM nos TP e TI quando comparado aos demais grupos (p<0,05). O grupo C-PROB apresentou maiores valores de JAM nos TP quando comparado aos demais grupos. Não foram observadas diferenças nas diversidades alfa e beta do microbioma oral entre os grupos C e PE, bem como entre os grupos C e C-PROB. Uma diferença na diversidade beta do microbioma intestinal foi observada entre os grupos C e PE (p<0,05), bem como entre os grupos C e C-PROB (p<0,05).

Conclui-se que i) a PE durante a gestação pode modular a expressão de marcadores de adesão epitelial oral e intestinal da prole, bem como seu microbioma intestinal; ii) o uso pré-natal e perinatal de PROB reduz os efeitos deletérios da periodontite nesses parâmetros.

(Apoio: FAPESP  N° 19/12269-0, 20/04434-9 e 20/14618-0)
AO008 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Identificação dos fatores de risco para a recorrência da periodontite de rápida progressão durante a terapia de manutenção periodontal
Laís Yumi Souza Nakao, Luciana Saraiva, Marcela Giudicissi, Fausto Medeiros Mendes, Cristina Cunha Villar
Estomatologia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A periodontite de rápida progressão (PRP) é uma doença que acomete predominantemente uma população jovem, podendo provocar perdas dentárias prematuras quando não tratada e monitorada. Após a etapa de tratamento inicial, a implementação de um programa de manutenção periodontal torna-se crucial para mitigar ou retardar o progresso da doença. Este estudo teve como escopo a identificação de variáveis de risco associadas à perda de inserção periodontal durante a fase de manutenção em pacientes diagnosticados com PRP. Para esse fim, foram monitorados 39 pacientes jovens que passaram por terapia periodontal ativa e subsequentemente seguiram uma terapia de manutenção por pelo menos 5 anos. As análises abrangeram múltiplas variáveis, incluindo fatores associados aos pacientes (como raça, sexo, idade, adesão à terapia), aspectos dentários (arco, tipo de dente, perda óssea, mobilidade) e características dos sítios periodontais (profundidade de sondagem, nível clínico de inserção e presença de lesões de furca). A associação desses fatores com a perda de inserção, aumento da profundidade de sondagem e alterações na posição da margem gengival foi explorada por meio de análises univariadas e multivariadas, pelo modelo de regressão logística multinível. Durante um período médio de manutenção periodontal de 7.30 ± 1.26 anos, foi evidenciada a recorrência da periodontite em 85% dos pacientes, os quais exibiram uma média de 24.71 ± 25.25 sítios com perda de inserção.

Em conclusão, a profundidade de sondagem, posição da margem gengival, sangramento à sondagem, mobilidade e o tempo de acompanhamento emergiram como preditores de perda de inserção periodontal para pacientes com periodontite de rápida progressão em terapia de manutenção periodontal.

(Apoio: CAPES)
AO009 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Aplicação da análise de hipergrafos na associação entre comorbidades e periodontite: uma revisão narrativa
Bruna Silva de Menezes, Carolina Gama Campbell, Maria Cynésia Medeiros de Barros
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O aumento da expectativa de vida da população, torna necessário o cuidado em saúde mais abrangente considerando o manejo adequado de comorbidades. O agrupamento de comorbidades em pessoas com doenças crônicas pode influenciar outras doenças, como a Periodontite, e nas tomadas de decisão. Os pacientes com comorbidades têm padrões complexos de sinais de doenças, e cada sinal deve ser inserido em redes construídas para estudar as comorbidades. Assim, a "medicina de rede" trouxe uma perspectiva mais rica para o estudo de comorbidades, com as redes de doenças investigando a estrutura e a dinâmica de padrões complexos nas comorbidades e nas trajetórias de doenças que os pacientes são portadores. No entanto, as associações de doenças são feitas em pares, o que leva a perda de associações de ordem sinérgica. Os hipergrafos possibilitam a associação entre grupos de mais de duas doenças e agrupamentos de características em uma população. O uso de hipergrafos na odontologia é escasso, portanto, objetivou-se realizar um mapeamento na literatura através de uma revisão narrativa sobre o uso de hipergrafos na saúde. A metodologia envolve a busca de artigos nas bases de dados Pubmed e MEDLINE, e outras publicações referenciadas nos artigos selecionados utilizando a chave de busca: "hipergrafos" e "medicina de rede", sem filtros ou limites da data de publicação e línguas. Foram selecionados 28 artigos para compor o mapeamento da literatura, e 11 lidos na íntegra.

Com base nos estudos identificados, conclui-se que hipergrafos possibilitam que várias condições sejam analisadas simultaneamente e pode ser aplicado na relação entre periodontite e comorbidades.

AO010 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá

Efeito da fotobiomodulação em duplo comprimento de onda no recobrimento radicular executado com diferentes substitutos de tecido mole
João Vìtor Goulart, Felipe Pires Costa, Mauricio Andres Tinajero Aroni, João Lucas Carvalho Paz, Guilherme José Pimentel Lopes de Oliveira
Periodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse estudo avaliou o efeito da fotobiomodulação (PBMT) em duplo comprimento de onda sobre o recobrimento radicular associado a utilização de diferentes enxertos de tecido mole. Este estudo clínico, randomizado em modelo boca dividida, envolveu a participação de 32 pacientes que foram alocados em dois grupos de acordo com o tipo de enxerto utilizado para tratamento das recessões gengivais (n = 16): ETC: Enxerto de tecido conjuntivo; MDS: Enxerto de matriz dérmica colágena suína. A PBMT foi executada em modelo de boca dividida em 5 sessões sendo uma imediatamente após a cirurgia, após 3, 7, 10 e 14 dias do procedimento cirúrgico. Foram avaliados a profundidade de sondagem (PS), nível clinico de inserção (NCI), altura da recessão (AR), espessura da mucosa queratinizada (EMQ), altura de mucosa queratinizada (AMQ), porcentagem de recobrimento radicular (%RR) nos períodos de 1, 3, 6, e 12 meses do procedimento cirúrgico. Foi observado uma melhora nos parâmetros clínicos avaliados independente do tipo de tratamento. Entretanto a PBMT melhorou o %RR e reduziu AR nas retrações tratados com MDS. O ETC promoveu aumento da EMQ estatisticamente superior em relação ao grupo MDS

A PBMT melhorou o percentual de recobrimento radicular e reduziu a altura da receção nas retrações tratados com MDS. O ETC promoveu aumento da EMQ estatisticamente superior em relação ao grupo MDS.