RESUMOS APROVADOS

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 2947 Resumo encontrados. Mostrando de 2011 a 2020


PI0341 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 10h30 - 12h00 - Sala: 11

Perfil epidemiológico da Leishmaniose tegumentar americana (LTA) no Brasil na última década
Rodrigues-Júnior JG, Figueirêdo-Júnior EC, Silva AF, Oliveira AN, Marques MHVP, Pereira JV
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa transmitida por Leishmania spp. e acomete tecidos cutâneos e mucosos. Esta pesquisa consiste em um estudo ecológico, retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa sobre o número de casos de LTA notificados no Brasil entre 2009 e 2018. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponível no site do DATASUS. Constatou-se que no intervalo de tempo avaliado foram notificados 209.129 casos de LTA no Brasil, sendo a maioria em homens (72,64%), entre a segunda e terceira décadas de vida (39,44%), de raça/etnia parda (62,68%) e moradores da zona rural (54,24 %). A região Norte liderou (43,09%) o ranking de registros regionais, sendo o Pará o estado que apresentou o maior percentual de casos notificados (16,24%). A maioria dos registros (94,02%) consistia na forma cutânea, seguida da forma mucosa (5,96%) da LTA. Majoritariamente os casos evoluíram para a cura (71,32%).
Conclui-se que apesar de evidenciar mudanças no perfil epidemiológico, a doença mantém-se como uma das endemias de maior prevalência no Brasil, estando atrelada a diversos fatores socioambientais. As informações coletadas podem orientar a elaboração de estratégias efetivas de prevenção e manejo dos casos de LTA em âmbito nacional, servindo como base para o direcionamento das ações.
PI0342 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Desigualdades regionais no acesso ao tratamento do câncer de boca no Brasil
Dinísio TM, Bigoni A, Silva VKS, Toporcov TN, Menezes FS
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse trabalho investigou se o atraso no tratamento do câncer de boca (CB) está relacionado às desigualdades socioeconômicas e de acesso à atenção primária à saúde. A partir do Painel de Monitoramento de Tratamento Oncológico do Ministério da Saúde, realizou-se um estudo ecológico envolvendo as neoplasias malignas de boca diagnosticadas em indivíduos adultos (≥20 anos) segundo as unidades da federação (UF) do Brasil (2013-2017). A variável dependente foi o percentual de casos com atraso superior a 60 dias entre o diagnóstico e o início do primeiro tratamento. As variáveis explicativas foram o coeficiente de gini, o índice de desenvolvimento humano (IDH) e a cobertura de equipes de saúde bucal (eSB) e de equipes de saúde da família (eSF). Após verificar a normalidade e a homoscedasticidade, utilizaram-se o coeficiente de correlação de Pearson e os modelos de regressão linear. Dos 20.398 casos registrados no período, 13.171 (64,6%) apresentaram um atraso no tratamento com destaque para os estados do norte e nordeste do país. O atraso no tratamento oncológico do CB aumentou com a desigualdade socioeconômica mensurada pelo coeficiente de gini (r= 0,43). Entretanto, ele reduziu conforme a maior cobertura de eSB (r= -0,31) e de eSF (r= -0,27).
Portanto, identificaram-se desigualdades regionais no atraso para o início do tratamento do CB no Brasil. O fortalecimento e a expansão da atenção primária podem melhorar o acesso destes pacientes ao tratamento oncológico, reduzindo mortes potencialmente evitáveis.
PI0343 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Fatores contextuais e individuais associados à autopercepção da saúde bucal entre adultos e idosos de áreas rurais ribeirinhas
Andrade JO, Herkrath FJ, Gomes AC, Souza VGL, Guedes AC, Mainbourg EMT, Pereira MLG, Herkrath APCQ
Clinica Odontológica - Prótese Dental - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo teve como propósito investigar o papel dos fatores sociais, demográficos, clínicos e relacionados ao serviço na autopercepção da saúde bucal de adultos e idosos residentes em 40 localidades rurais ribeirinhas do rio Negro, Manaus. No inquérito transversal de base domiciliar a coleta foi realizada por meio de questionários desenvolvidos no REDCap. Inicialmente foi realizada análise descritiva dos dados e em seguida análises de regressão logística ordinal entre as variáveis independentes e o desfecho de autopercepção da saúde bucal. As variáveis com p≤0,20 nas análises bivariadas foram incluídas na análise múltipla considerando-se a hierarquia entre as variáveis contextuais e as individuais no modelo. Foram avaliados 603 indivíduos, sendo que 25,4% relataram estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos com sua saúde bucal. Residir em um dos territórios avaliados foi associado com uma melhor autopercepção da saúde bucal (OR=0,49; IC95% 0,26-0,90). Pior percepção da saúde geral (OR=1,77; IC95% 1,43-2,19), ter referido dor dentária nos últimos seis meses (OR=1,56; IC95% 1,05-2,33) e apresentar perda de ao menos um elemento dentário (OR=4,28; IC95% 2,00-9,15) foram associados a uma pior autopercepção. O edentulismo total, contudo, mostrou-se como um fator de proteção para o desfecho (0,46; IC95% 0,26-0,80). Foi identificada uma prevalência elevada de insatisfação com a saúde bucal.
Os resultados sugerem a necessidade de reorientação do modelo de cuidado, buscando a melhora das condições de saúde bucal e dos impactos na qualidade de vida dos indivíduos
(Apoio: CNPq)
PI0344 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Identificação de bactérias multidroga resistentes associadas à pneumonia em biofilme oral de indivíduos sob terapia intensiva
Barbosa RF, Santos MBMP, Assaf AV, Campos CH, Sá CL, Póvoa HCC, Farsura AF, Silveira FM
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Pneumonia adquirida em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) é uma complicação grave associada a bactérias comumente não constituintes da microbiota oral, mas que podem ser isoladas do biofilme oral, incluindo as multirresistentes a drogas (MDR). O objetivo deste estudo foi pesquisar a presença das espécies relacionadas com infecção respiratória, Acinetobacter baumannii, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus no biofilme oral, além de determinar o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos e às concentrações inibitória e bactericida mínimas (CIM e CBM) à clorexidina (CHX). No ano de 2019, amostras do biofilme oral de 88 indivíduos internados na UTI de um hospital de Nova Friburgo-RJ foram coletadas no dia da internação. As bactérias foram isoladas e identificadas por espectrometria de massas por MALDI-TOF. Em 32 (36,36%) amostras foram isoladas uma das 4 espécies estudadas e em 2 (2,27%), 2 espécies. No total, foram isoladas 2 cepas de P. aeruginosa (6,25%), 16 de S. aureus (50%), 9 de K. pneumoniae (28,12%) e 7 de A. baumannii (21,87%). Em relação ao perfil de resistência, das 34 cepas,15 (44,11%) eram MDR. Destas, foram encontrados: 7 cepas de S. aureus (43,73%), 2 de K. pneumoniae (22,22%) e 6 de A. baumannii (85,71%). A CIM para CHX variou de 0,0000315% a 0,001% e a CBM de 0,00025% a 0,0040%.
Houve colonização do biofilme oral por bactérias MDR anteriormente à internação em algumas amostras e o teste de susceptibilidade demonstrou pouca opção de tratamento, na ocorrência de infecções por estes microrganismos.
(Apoio: CNPq)
PI0345 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Fatores associados ao alto escore de medo da Covid-19 entre universitários do Sudeste do Brasil
Carvalho GR, Perry EL, Schavarski CR, Pordeus IA, Serra-Negra JMC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pandemia COVID-19 tem afetado emocionalmente várias pessoas, gerando medo de adoecer e/ou da morte. O objetivo deste estudo foi avaliar quais fatores estão associados ao alto escore de medo da COVID-19 em estudantes universitários. Participaram deste estudo transversal 311 estudantes de faculdades odontológicas da região sudeste do Brasil. Os participantes foram contatados via WhatsApp e redes sociais para responder a um questionário online, na plataforma Google Forms, com avaliação sociodemográfica e a versão brasileira da fear COVID-19 scale (FCS). Quanto maior o escore da FCS, maior o medo de Covid-19. Análise descritiva, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis foram utilizadas (p<0,05). A média de idade dos participantes foi 26,8 anos (+8,6), a maioria era do sexo feminino (82,0%), 64,6% pertenciam a instituições públicas e 84,2% estavam em ensino remoto emergencial (ERE). Maiores escores da escala FCS foram encontrados nos participantes do sexo feminino (p=0,001), entre os que estavam em ERE (p=0,027), residiam com alguém próximo que fazia parte do grupo de risco (p=0,001) e que estavam cumprindo o distanciamento social (p=0,000).
Concluiu-se que o alto escore de medo de Covid-19 apresentou associação entre os estudantes do sexo feminino, com suas rotinas de estudo adaptadas ao ERE, que residiam com alguém parte do grupo de risco e que cumpriam as regras de distanciamento social.
(Apoio: CNPq  N° 405301/2016-2)
PI0348 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Cuidado à saúde bucal de idosos domiciliados: modelo teórico multidimensional
Oliveira TFS, Embaló B, Pereira MC, Mello ALSF
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Compreender quais as dimensões presentes no cuidado à saúde bucal de idosos domiciliados e elaborar um modelo teórico. Estudo transversal, qualitativo, com referencial da Teoria Fundamentada nos Dados. Participaram 24 idosos domiciliados e 13 cuidadores, intencionalmente selecionados, cadastrados na Atenção Primária à Saúde, Florianópolis (SC). A coleta de dados foi realizada no domicílio, seguindo roteiro de entrevista. As falas foram gravadas em áudio, transcritas e analisadas por comparação constante. A elaboração do modelo seguiu a vertente glaseriana do método. Identificaram-se fragilidades no processo de cuidado em todos os elementos de caracterização (quem, porque, quando, como e onde), destacando-se as relacionadas ao próprio idoso, à sua condição de saúde bucal, ao cuidado realizado no domicílio, ao acesso aos serviços odontológicos e à participação do cirurgião-dentista. O somatório dessas fragilidades promove uma ruptura nas possibilidades de cuidado à saúde bucal nas múltiplas dimensões: individual, familiar, profissional e institucional.
Estratégias de cuidado à saúde bucal prestado aos idosos em domicílio devem ser implementadas em cada uma das dimensões identificadas a fim de superar as fragilidades e promover melhores condições de saúde bucal e acesso aos serviços odontológicos.
(Apoio: CAPES  N° 2  |  CNPq  N° 1  |  PIBIC  N° 1)
PI0349 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Estresse, depressão e ansiedade em dentistas brasileiros durante a pandemia de COVID-19: uma análise por meio de redes psicométricas
Jural LA, Alencar CM, Silva AM, Magno MB, Silva CM, Pithon MM, Pires PP, Maia LC
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se compreender os sintomas de depressão, estresse e ansiedade (DEA) em dentistas brasileiros frente à COVID-19. Utilizou-se um questionário on-line com questões sociodemográficas e de risco associado à COVID-19. Os dados sobre DEA foram obtidos por meio da Depression, Anxiety & Stress Scale-21 validada para o português. Foram desenvolvidas análises por redes psicométricas constituídas por sistemas multicausais nos quais os itens foram inseridos como nodos conectados por arestas. Visando manter apenas as conexões ≠ 0, utilizaram-se penalizações por meio de um algoritmo de aprendizado de máquina. Um total de 1676 profissionais, dos quais 20,2% pertenciam a algum grupo de risco para COVID-19, integraram um sistema, cuja rede foi composta por 21 nodos e 132 arestas ≠ 0. Os nodos mais ativos pelo índice de influência esperada foram representados pelos itens "Senti que ia entrar em pânico" (Z = 1,47); "Senti-me depressivo e sem ânimo" (Z = 1,42) e "Senti que estava sempre nervoso" (Z = 1,16). Ao obter redes distintas para profissionais fora (PFR) ou dentro (PDR) do grupo de risco para COVID-19, rankings individuais foram apresentados para os cinco nodos mais influentes, com ambos indicando maior atividade das dimensões de depressão e estresse. Contudo, os nodos mais ativos para PFR e PDR apontam para uma diferença de influência entre os itens das três dimensões em suas respectivas redes.
Desse modo, verificou-se que os sintomas de DEA em dentistas são influenciados por itens específicos e variam de acordo com o enquadramento ou não em grupos de risco para a COVID-19.
(Apoio: CNPq  N° 147858/2020-8   |  CNPq  N° 310225/2020-5)
PI0350 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 10h30 - 12h00 - Sala: 12

Fatores associados ao tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer infantojuvenil na Paraíba
Silva VB, Lucena NNN, Pinto RNM, Moreira MSC, Sousa SA, Serpa EBM, Valença AMG
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se analisar a distribuição do câncer infantojuvenil e identificar os fatores associados ao atraso no início do tratamento, na Paraíba, a partir dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC), de 2010 a 2016. Estudo observacional, descritivo e analítico, com 766 registros de crianças e adolescentes (0 a 19 anos), sendo identificadas características epidemiológicas, clínicas e o cumprimento da Lei Federal 12.732/12 (lei dos 60 dias para início do tratamento), nos 4 RHC´s do estado com atendimento oncopediátrico. Os dados foram analisados pela regressão logística (α=5%) e o desfecho foi o intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento (≤ 60 dias ou > 60 dias). A idade média dos pacientes foi 9,9 anos (± 6,02), 30,6% pertenciam à faixa etária de 15 a 19 anos, 52,2% eram do sexo masculino, prevaleceram as neoplasias sólidas (56,9%) e o primeiro tratamento mais frequente foi a quimioterapia (37,9%). Constatou-se que 79,1% dos casos registrados procederam o tratamento em um intervalo de tempo menor ou igual a 60 dias. Observou-se que indivíduos de 15 a 19 anos tiveram mais chances de realizar o tratamento em um tempo superior a 60 dias (OR=1,82), sendo a chance de atraso menor para pacientes submetidos à quimioterapia (OR=0,30) e tratados em 3 dos 4 RHC´s do estado (RHC1 - OR=0,11; RHC2 - OR=0,08; RHC3 - OR=0,20).
Características epidemiológicas e clínicas influenciaram no tempo entre o diagnóstico e início do tratamento, sendo o atraso maior em adolescentes de 15 a 19 anos, pacientes não submetidos à quimioterapia e assistidos em um dos RHC do estado.
(Apoio: CNPq  N° 129111/2020-1  |  FAPs - FAPESQ  N° 23038. 004264/2015-03)
PI0351 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 10h30 - 12h00 - Sala: 12

Avaliação dos sintomas de ansiedade e fatores associados em estudantes de odontologia durante a pandemia da Covid-19
Silva VC, Lima KER, Santos IO, Sousa MJC, Isaias PHC, Silva CHF, Silva RADA, Pereira KMA
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo da pesquisa foi avaliar os sintomas ansiedade e seus fatores associados em estudantes de Odontologia durante a pandemia da Doença causada pelo Coronavírus-19 (COVID-19). Foi realizado um estudo transversal com 167 alunos de graduação de um curso de Odontologia do Ceará. A coleta de dados foi realizada em março de 2021, através do preenchimento de um questionário autoaplicável e on-line, sendo o estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. O questionário foi dividido nos aspectos: dados sociodemográficos, avaliação do medo e insegurança quanto ao atendimento clínico durante a pandemia e avaliação dos sintomas ansiedade, por meio do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 22.0, considerando um nível de confiança de 95% e significância de p<0,05. A média da escala de ansiedade de Beck foi de 18,84 (±12,88) e cerca de 61,1% da amostra apresentou sintomas mínimos/leves de ansiedade. A presença de sintomas mínimos/leves de ansiedade esteve associada a posse de uma crença/religião (p=0,039), ausência de medo quanto ao oferecimento de tratamento clínico para pacientes com suspeita de COVID-19 (p=0,003), ausência de medo de contágio pela COVID-19 (p=0,008) e ausência de insegurança quanto ao retorno das atividades clínicas na faculdade (p=0,008).
Conclui-se que a maioria dos alunos avaliados possui sintomas mínimos/leves de ansiedade, o que estão associados a um menor medo e insegurança quanto a realização de atividades clínicas, bem como a presença de uma crença religiosa.
PI0352 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 10h30 - 12h00 - Sala: 12

Impactos da pandemia da COVID-19 em estudantes de Odontologia no Brasil
Bezerra HKF, Passos KKM, Leonel ACLS, Bonan PRF, Martelli-Júnior H, Machado RA, Ramos-Perez FMM, Perez DEC
Dpt. de Clínica e Odontologia Preventiva - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A educação odontológica sofre desafios para conduzir as readequações necessárias diante da pandemia da COVID-19. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar os impactos da COVID-19 nas atividades acadêmicas de estudantes de graduação (EG) e pós-graduação (stricto sensu) (EPG) em Odontologia, bem como suas atitudes e percepções em relação às atividades de ensino nesse período. Trata-se de um estudo transversal conduzido com uma amostra de EG e EPG em Odontologia no Brasil. Os dados foram coletados por meio de um questionário virtual auto administrado e anônimo, contendo 26 perguntas sobre dados demográficos, atividades acadêmicas, renda, atitudes e percepção de aprendizagem dos estudantes durante a pandemia. Os dados foram analisados por estatística descritiva. A amostra envolveu 1.166 estudantes, sendo 779 EG e 387 EPG. Entre eles, 492 (63,2%) EG e 237 (61,6%) EPG reportaram uma redução da renda familiar durante a pandemia. Além disso, 425 (54,6%) EG e 270 (69,8%) EPG tiveram atividades de ensino remotas. Desses estudantes, 332 (42,6%) EG consideraram seu rendimento nas atividades acadêmicas remotas como ruim/muito ruim e 193 (49,8%) EPG como bom/excelente. Além disso, 354 (45,4%) EG e 102 (26,4%) EPG desejaram interromper o curso durante a pandemia. Entre os EPG, 225 (58,4%) reportaram que seus experimentos foram totalmente interrompidos.
Portanto, os achados sugerem impactos negativos da pandemia da COVID-19 na vida e atividades acadêmicas dos EG e EPG em Odontologia no Brasil, além de uma percepção ruim de rendimento nas atividades de ensino remotas.