RS111 - Painel Revisão Sistemática
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 5

Efeito da carga eletrostática, energia livre de superfície e rugosidade de materiais cerâmicos na adesão bacteriana: revisão sistemática
Ferreira I, Kreve S, Reis AC
Materiais Dentários e Prótese - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar a literatura e responder "Qual a influência da carga eletrostática, energia livre de superfície e rugosidade da superfície de cerâmicas odontológicas na adesão bacteriana?". As diretrizes PRISMA foram seguidas. As bases de dados SCOPUS, PubMed, EMBASE, Web of Science e Google Scholar foram utilizadas para busca personalizada e as listas de referências e citações para busca adicional. Foram incluídos estudos que avaliaram superfície de cerâmica, que descreveram fatores como energia livre de superfície, cargas eletrostáticas, rugosidade, topografia e sua relação com bactérias. E excluídos estudos com materiais depositados ou incorporados na cerâmica com efeito antimicrobiano, metaloceramicas, cerâmicas experimentais, dados não publicados, revisões bibliográficas, críticas, carta ao editor e comunicações pessoais. A análise do risco de viés foi realizada com a adaptação da ferramenta de estudos quase-experimentais da Joanna Briggs Institute (JBI). Encontrou-se 348 estudos nas bases de dados. Após excluir os duplicados e aplicar os critérios de inclusão 24 artigos foram para leitura completa com 7 excluídos. A busca adicional forneceu 5 artigos, totalizando 22. Baixo risco de viés foi observado na maioria dos estudos quando aplicada a ferramenta JBI. Devido a heterogeneidade dos estudos não foi possível realizar meta-análise.
Conclui-se que existe correlação entre adesão bacteriana, energia livre de superfície e topografia, mas há carência de resultados que demonstrem a influência da condição eletrostática na adesão bacteriana em cerâmicas.

---

RS112 - Painel Revisão Sistemática
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 5

Efeito dos agentes dessensibilizantes na hipersensibilidade após terapia periodontal não cirúrgica: revisão sistemática e meta-análise
Oliveira RP, Alencar CM, Silva FA, Magno MB, Maia LC, Silva CM
Programa de Pós Graduação Em Odontologia - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar a eficácia dos agentes dessensibilizantes (AD) na hipersensibilidade dentinária (HD) após terapia periodontal não cirúrgica (TPNC). Uma busca eletrônica foi realizada (PubMed, Web of Science, Scopus, Lilacs, Cochrane Library e OpenGrey) e, após leitura, 11 estudos clínicos foram incluídos na síntese qualitativa da Cochrane (05 baixo risco, 04 unclear e 02 alto risco). Devido à falta de dados, 09 estudos foram submetidos à 05 meta-análises: 02 para avaliar o mecanismo de ação (neural e obliterador) e 03 para avaliar a eficácia dos AD em relação a um placebo ou controle de acordo com o estímulo (mecânico, água e evaporativo). No estímulo mecânico, o AD obliterador apresentou menor média de redução da HD (SMD 1,31 [0,99, 1,63], p <0,00001), e o neural apresentou média semelhante ao controle (SDM -0,45 [-1,18, 0,27 ], p = 0,22). No estímulo evaporativo, o mecanismo neural apresentou redução da HD semelhante ao controle (SMD -0,68 [-1,41, 0,05], p = 0,07), e o obliterador apresentou maior redução da HD que o controle (SMD -1,40 [-2,12, - 0,69], p = 0,0001). Na análise geral do estímulo mecânico, o grupo controle apresentou maior média de redução da HD (SMD 1,03 [0,73, 1,32], p <0,001) com baixíssima certeza da evidência. Para estímulo de água (SMD -0,78 [-1,22, -0,35], p = 0,0009) e evaporativo na análise geral (SMD -1,21 [-1,79, -0,64], p <0,001), os AD diminuíram a HD com muito baixa e baixa certeza da evidência, respectivamente.
Devido à qualidade limitada da evidência, não se pode afirmar o efeito dos AD na DH após TPNC.

---

RS113 - Painel Revisão Sistemática
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 5

Influência da reanatomização de pinos na resistência à fratura e padrão de falha: uma revisão sistemática e meta-análise de estudos in vitro
Martins LC, Silva CF, Cabral LC, Oliveira MN, Machado AC, Blumenberg C, Paranhos LR, Santos Filho PCF
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esta revisão sistemática avaliou a função in vitro de pinos de fibra (PFV) customizados ou não por PFV adicionais e resina composta (RC) na resistência à fratura (RF) e padrão de falha (PF) de canais amplos ou alargados. As bases de dados utilizadas como fontes de busca foram PubMed, Scopus, LILACS, SciELO, Science Direct, Web of Science, Open Grey, Open Thesis e OATD. Foram incluídos estudos com incisivos superiores humanos que avaliaram a RF e o PF de diferentes técnicas de personalizações de PFV. A busca não teve restrição de ano, idioma e status de publicação e o risco de viés dos estudos foi avaliado a partir dos critérios estabelecidos em revisões sistemáticas de estudos laboratoriais. As diferenças médias padronizadas foram calculadas comparando as médias de RF de pinos customizados e não customizados. Estimativas agrupadas foram calculadas pelo método delta de Glass usando o modelo de efeitos aleatórios. As estimativas subtotais foram apresentadas de acordo com cada tipo de procedimento de revestimento e uma estimativa geral foi descrita considerando todos os estudos combinados. A busca forneceu 2.291 resultados, dos quais seis atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídos na avaliação qualitativa da revisão. A metanálise demonstrou que o uso de PFV auxiliares produziu maiores resistências médias do que PFV não customizados (SMD = 2,21; IC 95%: 0,74; 3,68), e foi mais eficaz do que o uso de RC para personalizar o PFV.
Embora não tenha sido observada diferença estatística na customizaçao com resina ou pinos adicionais mais estudos devem ser realizados.
(Apoio: CAPES)

---

RS114 - Painel Revisão Sistemática
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 5

A zircônia pode ser indicada como material de infraestrutura para próteses dentárias extensas? Uma revisão sistemática
Barboza MST, Cavalero JG, Ballester RY, Meira JBC
Biomateriais e Biologia Oral - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A indicação de infraestrutura de zircônia para próteses ainda é um tema controverso: enquanto há estudos que relatam um desempenho clínico semelhante ao daquelas com infraestrutura de metal, outros apontam uma maior tendência de fratura extensa da cerâmica de recobrimento. Esta revisão avaliou se a taxa e/ou severidade de lascamento da cerâmica de recobrimento sobre zircônia é dependente da extensão da prótese, o que ajudaria a entender a divergência entre os estudos. Foi realizada uma busca bibliográfica na base de dados PubMed, em março de 2021, filtrando apenas estudos clínicos em humanos que analisaram o lascamento do recobrimento em prótese com infraestrutura de zircônia. Dos 109 artigos encontrados, 20 atenderam os critérios de elegibilidade e foram divididos em 3 grupos: coroa unitária (UNI - 6), prótese parcial fixa de 3 elementos (PPF3 - 8) e prótese de 3 a 5 elementos (PPF3-5 - 6). As taxas de lascamento variaram de 0 a 20% para coroa unitária, de 0 a 50% para PPF3 e de 6 a 52% para PPF3-5. Apenas metade dos artigos relataram a severidade do lascamento, e neles a taxa dos classificados como "major" variou entre 2 e 8% para UNI, de 6 a 19% para PPF3 e de 3 a 14% para PPF3-5. Os estudos que compararam infraestruturas de zircônia e metal não encontraram diferenças com significância estatística da taxa de lascamento da cerâmica de recobrimento.
A dispersão dos valores de taxa de lascamento foi maior para os grupos PPF3 e PPF3-5, o que significa que a integridade do recobrimento é menos garantida em próteses com infraestrutura de zircônia extensas.
(Apoio: CNPq  N° 2020-985)

---

RS115 - Painel Revisão Sistemática
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 5

Longevidade clinica das restaurações de resina composta sonificadas em dentes posteriores: Revisão sistemática e Metanálise
Mello LS, Fidalgo TKS, Reis KR
Protese e Materiais Dentarios - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esta revisão sistemática e metanálise tiveram como objetivo avaliar a longevidade clínica das restaurações de resinas compostas direta com e sem o uso de energia sônica em dentes posteriores permanentes. Buscas foram realizadas no PubMed, Biblioteca Cochrane, Web of Science, Scopus, LILACS, BBO e a Literatura Cinzenta sem restrições de idioma ou ano de publicação. A qualificação do risco de viés foi realizada pela Colaboração Cochrane para os estudos randomizados e ROBINS-I para os ensaios clínicos controlados. Através da metanálise, a heterogeneidade foi analisada usando o Índice I2 e o risco relativo foi calculado (p < 0,05). Após a remoção das duplicatas foram identificados 6205 estudos. Dezesseis cumpriram os critérios de inclusão após a triagem de resumos. Não foram incluídos artigos após a busca manual da lista de referência dos estudos incluídos. Quatro estudos clínicos foram incluídos na análise qualitativa, sendo dois RCTs e dois ensaios clínicos controlados. Não foi observada diferença estatística na longevidade das restaurações com o uso da energia sônica em dentes permanentes (p>0,05), nos critérios avaliados.
De acordo com os resultados, não houve diferença na longevidade de restaurações diretas de resina composta com e sem o uso da energia sônica, independente do dente restaurado. Os resultados são satisfatórios pois a aplicação da energia sônica está sendo comparada ao uso incremental das resinas compostas, sedimentado como padrão ouro na odontologia.

---

RS116 - Painel Revisão Sistemática
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 5

Comparação da resistência mecânica entre resina nanocerâmica e cerâmica infiltrada por polímero: revisão sistemática e meta-análise
Silva LS, Jorge CF, Gomes JML, Bitencourt SB, Campaner M, Brunetto JL, Macedo TCS, Pesqueira AA
Prótese Dentária - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo dessa revisão sistemática e meta-análise é comparar a resistência mecânica de dois materiais modificados por compósitos resinosos para confecção de restaurações indiretas pelo sistema CAD/CAM, a cerâmica infiltrada por polímero (PICN) e a resina nanocerâmica (RNC), por meio da análise de resistência flexural (biaxial e/ou de 3 pontos) e resistência à fratura. A busca foi feita nas bases de dados PubMed/Medline, Embase e Cochrane Library seguindo os critérios da Prefered Reporting Item for Systematic Reviews and Meta-Analyzes e registrada no International Prospective Register of Systematic Reviews (CRD42020207341). Essa revisão sistemática teve como propósito responder à questão PICO: "As cerâmicas infiltradas por polímeros possuem resistência flexural e resistência à fratura similar as resinas nanocerâmicas?". A meta-análise foi realizada no software Review Manager 5 e diferença significativa foi observada para p<0.05. A qualidade dos estudos foi avaliada através da escala JBI (estudos experimentais). Após as buscas nas bases de dados e aplicação dos critérios de elegibilidade foram incluídos 30 estudos para análise qualitativa e 21 para análise quantitativa. A meta-análise demonstrou uma diferença significativa em favor da resina nanocerâmica quanto à resistência flexural biaxial e de 3 pontos, e a resistência à fratura. Os estudos apresentaram um baixo risco de viés.
Conclui-se que a resina nanocerâmica apresentou maiores valores nas análises, porém ambos materiais mostraram propriedades mecânicas satisfatórias.

---

RS117 - Painel Revisão Sistemática
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 5

O tempo de condicionamento do ácido hidrofluorídrico e a influência na adesão protética de cerâmicas vítreas: uma revisão sistemática
Oliveira FB, Faria LF, Freitas LC, Lima CM, Cardoso MS, Leite FPP, Melo LA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar a influência do tempo de condicionamento do Ácido Hidrofluorídrico (HF) em diferentes cerâmicas vítreas, para estabelecer o melhor protocolo de adesão protética do material restaurador. Trata-se de uma revisão sistemática de estudos in vitro. Utilizou-se os descritores "Veneers", "Crowns", "Ceramics", "Ceramic", "Etching Time", "Application Time", "Surface Treatments", "Hydrofluoric Acid" e "Adhesion" nas bases Scopus, PubMed, Cochrane Library, SciElo, Web of Science e Lilacs. Estudos que investigaram os efeitos do tempo de aplicação do HF sobre a adesão de cerâmicas vítreas foram incluídos. O nível de evidência dos artigos selecionados seguiu os princípios do Oxford Center for Evidence-Based Medicine. Seguiu as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyzes (PRISMA). A estratégia de busca resultou em 290 estudos, e 5 foram incluídos na revisão. Os estudos demonstraram diferentes parâmetros avaliativos como rugosidade microestrutural, molhabilidade, resistência ao cisalhamento, resistência à flexão biaxial e microdureza das cerâmicas, a fim de investigar a influência do tempo de condicionamento do HF nas cerâmicas vítreas, incluindo feldspáticas, de silicato de lítio reforçada por zircônia e dissilicato de lítio. O condicionamento com HF por 60s é recomendado para cerâmicas feldspáticas, enquanto para cerâmicas de silicato de lítio reforçada por zircônia e de dissilicato de lítio é indicado por 20s
Tempos prolongados de condicionamento são prejudiciais às cerâmicas vítreas, reduzindo a adesão.

---

RS118 - Painel Revisão Sistemática
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 5

O Diamino Fluoreto de Prata é eficaz na redução da hipersensibilidade dentinária? Uma revisão sistemática
Alves JB, Piovesan ETA, Ribeiro CDPV, Massignan C, Leal SC, Bezerra ACB
Odontologia - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar a eficácia clínica e segurança do diamino fluoreto de prata (DFP) como dessensibilizante dentinário em adultos. A estratégia de busca foi desenvolvida e adaptada para as bases de dados: PubMed, Cochrane Central Register of Controlled Trials, EMBASE, Scopus, Web of Science, Livivo, LILACS, Dentistry and Oral Sciences Source, ProQuest, Open Gray e Google Scholar. Dois revisores independentes elegeram os estudos em consenso com o terceiro revisor. O risco de viés foi avaliado através do RoB2 e a confiança na evidência cumulativa através do GRADE. Os dados foram analisados por meio de uma síntese narrativa. Dos 810 estudos selecionados inicialmente, 3 foram incluídos. Dois encontraram que a média de dor avaliada pela escala VAS foi menor no grupo DFP do que no grupo controle a curto prazo (24h a 7 dias) (p = 0.0134 e p = 0.0015). O terceiro estudo avaliou a combinação do DFP com o laser de CO₂ e apresentou redução na sensibilidade com a aplicação do DFP, mas a redução foi maior quando o DFP foi associado ao laser CO₂, embora não apresente diferença estatística (p= 0.74). A inflamação e coloração gengival também foram avaliadas em dois estudos e não houve efeito adverso com a aplicação do DFP. Todos apresentaram um alto risco de viés e a certeza da evidência foi muito baixa.
Dentro das limitações dos dados disponíveis, os resultados sugerem que o DFP tem efeito de curto prazo na redução da hipersensibilidade dentinária e que são necessários mais estudos com evidência científica. O protocolo foi registrado no PROSPERO (CRD42018107102).

---