RESUMOS APROVADOS

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RS063 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 4

Influência dos hábitos de sucção deletérios na otite média de crianças: revisão sistemática e meta-análise
Castro-Cunha AC, Gonçalves IC, Martins-Júnior PA, Fernandes IB, Abreu LG, Paiva SM, Bendo CB
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta revisão sistemática e meta-análise foi determinar se hábitos de sucção deletérios, como sucção de chupeta, dedo e mamadeira, contribuem para o desenvolvimento de otite média em crianças. A busca bibliográfica foi realizada até abril 2021 nas bases de dados Web of Science, Cochrane CENTRAL, LILACS, Scopus, MEDLINE via PubMed, e EMBASE e na literatura cinzenta. A seleção dos estudos foi feita de maneira independente por dois pesquisadores. Os títulos e resumos foram analisados, e aqueles que cumpriram com os critérios de elegibilidade foram lidos na íntegra. Os dados dos artigos incluídos foram extraídos e sintetizados. Para a avaliação do risco de viés, foi utilizada a ferramenta JBI Critical Appraisal Tool. Meta-análise foi realizada no software Review Manager para sintetizar a odds ratio (OR) dos estudos que apresentaram homogeneidade metodológica. Um total de 863 estudos foram encontrados na busca, e 45 estudos foram incluídos na análise qualitativa. Dentre eles, 13 foram incluídos na meta-análise. Os resultados da meta-análise mostraram que crianças que usaram chupeta tinham 3,63 vezes mais chance de desenvolver otite média (CI=2,31 - 5,70, I2 =95%), assim como aqueles que usaram mamadeira tinham 3,07 mais chance de ter otite média (CI=1,96 - 4,82; I2 =48%). A maioria dos estudos não mostrou uma associação entre o hábito de sucção de dedo e otite média. O risco de viés dos estudos variou de baixo a alto.
Crianças que usam chupeta e mamadeira possuem aproximadamente três vezes mais chance de desenvolver otite média do que aquelas que não usam.
(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  FAPEMIG)
RS064 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 4

Pacientes com Hipomineralização Molar Incisivo apresentam-se mais ansiosos frente ao tratamento odontológico? Uma revisão sistemática
Reis PPG, Jorge RC, Ferreira DMTP, Marañón-Vásquez G, Maia LC, Soviero VM
Odontopediatria - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo da revisão foi avaliar a evidência disponível respondendo à seguinte pergunta: pacientes com Hipomineralização Molar Incisivo (HMI) têm maior ansiedade dental do que aqueles sem HMI? Buscas foram realizadas até março de 2021 no MEDLINE, Scopus, Web of Science, LILACS, BBO, Embase, Cochrane Library, PsycINFO, e literatura cinzenta (google scholar e OpenGrey) sem nenhuma restrição. Os critérios de elegibilidade contemplaram estudos observacionais que avaliaram crianças e adolescentes (P) com e sem HMI (E e C) quanto ao nível de ansiedade dental (O). A seleção dos estudos, extração dos dados, e avaliação do risco de viés usando a ferramenta Newcastle Ottawa Scale foram realizadas de forma independente e em duplicata. Foi conduzida síntese narrativa dos resultados e a certeza da evidência foi avaliada pelo GRADE. De um total de 532 registros recuperados, 7 artigos foram finalmente incluídos. Quatro estudos apresentaram baixo risco de viés, dois tiveram moderado risco, e um evidenciou alto risco de viés. Os estudos mostraram-se heterogêneos, variando em relação aos instrumentos usados para avaliar o desfecho, aos respondentes, e à abordagem dos resultados. A maioria dos estudos relatou que não houve diferença nos níveis de ansiedade dental entre os pacientes com e sem HMI. A certeza da evidência foi classificada como muito baixa.
Embora os resultados da síntese sugiram que a HMI não tem influência no nível de ansiedade dental em crianças e adolescentes, isto deve ser avaliado com cautela devido à alta heterogeneidade e a muito baixa certeza da evidência.
RS065 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 4

Percepção, conhecimento, atitudes e práticas sobre lesões traumáticas dentárias entre estudantes de Odontologia: uma meta-análise
Souza DS, Takeshita EM, Massignan C, Garcia FCP, Rezende LVML, Rocha CT
Odontotologia - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi avaliar percepção, conhecimento, atitudes e práticas relacionadas a lesões traumáticas dentárias entre estudantes de Odontologia através de uma meta-análise (CRD42021225556). A estratégia de busca foi realizada nas bases Pubmed, Embase, Scopus, Lilacs, Livivo, Google Scholar, Proquest, Web Of Science, Cochrane e OpenGrey. Incluiu-se estudos observacionais e de intervenção referentes ao conhecimento sobre traumatismo dentário em estudantes de graduação de Odontologia. Dos 4.155 artigos encontrados, 26 foram incluídos. Dois revisores extraíram os dados e avaliaram a qualidade metodológica com ferramentas do Instituto Joanna Brigs. No geral, os estudos apresentaram falhas metodológicas, com a falta de estratégias para lidar com fatores de confundimento. Pela autopercepção dos alunos, o conhecimento foi mediano (44%). A meta-análise foi realizada para avulsão, devido à heterogeneidade alta dos estudos, após agrupamento em tipos de estudo. Pela meta-análise dos estudos observacionais, o conhecimento dos estudantes sobre meio de armazenamento de dentes avulsionados foi de 55% (95% IC:0.31-0.79; p<0.001; I2=99%) e, nos de intervenção, 52% (95% IC:0.39-0.69; p<0.0001; I2=94%). Ao comparar estudantes em diferentes níveis do curso, alunos ao final da graduação tiveram maior conhecimento (OR:0.31; 95% IC: 0,40-0,23; p<0.00001; I²=70%).
Concluiu-se que a percepção, conhecimento, atitudes e práticas relacionadas a trauma dentário entre estudantes de Odontologia foram razoáveis, com interferência do tempo de graduação.
RS066 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 4

Custo-efetividade da técnica de hall e aceitação de coroas de aço em crianças: resultados preliminares de revisão sistemática
Valentim FB, Carneiro VC, Moreira KMS, Imparato JCP
Odontopediatria - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O propósito desta revisão sistemática foi avaliar o custo-efetividade da Técnica de Hall e a aceitação de crianças e pais quanto ao uso de coroas de aço pré-fabricadas na reabilitação dental em odontopediatria. Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados eletrônicas Medline (via Pubmed), Cochrane Library, Embase, Scopus, Lilacs (via Bireme) e Web of Science, literatura cinza, sites de registros de estudos e listas de referências, com a estratégia PICO (P- crianças, I- Técnica de Hall e coroas de aço, C- outros tratamentos restauradores, O- custo-efetividade e aceitação). Os critérios de inclusão foram ensaios clínicos randomizados sobre o custo-efetividade da Técnica de Hall e a aceitação de coroas de aço por crianças e pais. Dois revisores independentes conduziram a seleção dos estudos e extração dos dados. A busca inicial contou com 655 artigos, e após aplicação dos critérios foram lidos 8 artigos na íntegra. Foi observado que a Técnica de Hall apresentou custo-efetividade superior e foi melhor aceita por crianças e pais, ao considerar critérios como tempo de tratamento, comportamento durante a consulta, dor e estética, na comparação com outros materiais restauradores.
A Técnica de Hall apresenta-se como uma excelente opção restauradora ao considerar a relação custo-efetividade e a aceitação, e sugere-se que seja empregada na clínica diária. Este trabalho foi registrado no Próspero sob o nº CRD42019133055.
RS067 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 4

Eficácia dos materiais iodoformados no tratamento endodôntico com pulpectomia em dentes decíduos: Revisão sistemática e meta-análise
Gevert MV, Wambier LM, Chibinski ACR, Silva-Junior MF
Odontologia - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPOS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi revisar sistematicamente a eficácia dos materiais iodoformados comparados aos não iodoformados em tratamento endodôntico com pulpectomia de dentes decíduos. Foi realizada uma busca abrangente nos bancos de dados da MEDLINE PubMeb, Scopus, Web of Science, LILACS, BBO, Cochrane Library e literatura cinzenta. Foram incluidos ensaios clínicos randomizados escritos em português, inglês, espanhol ou francês, sem restrição do ano de publicação. O risco de viés de artigos individuais e a certeza da evidência foram avaliados. A busca inicial resultou em 6.049 registros, e 5.127 após a remoção de duplicatas. Após a triagem por título e resumo, 34 textos completos foram elegíveis e 21 permaneceram na síntese qualitativa e 19 na metanálise. Materiais iodoformados apresentaram menor falha clínica em 6 meses (OR = 0,43; IC95%: 0,19-0,97, p=0,04) e 9-12 meses (OR=0,46; IC95%:0,23-0,93, p=0,03) de acompanhamento. Não houve diferença estatística aos materiais iodoformados na falha radiográfica em 6 meses (OR=0,72; IC95%:0,39-1,32, p=0,29), mas menor em 9-12 meses (OR=0,49; IC95%: 0,29-0,80, p=0,005). A maioria dos estudos exibiu risco incerto ou alto de viés e a certeza geral da evidência variou de baixa a muito baixa.
Os materiais iodoformados apresentaram maior eficácia clínico e radiográfico quando comparados aos materiais obturadores não iodoformados.
(Apoio: CAPES)
RS068 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 4

Prevalência de Obliteração Pulpar em Casos de Traumatismo Dentário em Dentes Permanentes e Decíduos: Revisão Sistemática e Meta-Análise
Abreu MGL, Fernandes TO, Maia LC, Antunes LS, Antunes LAA
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática para responder à pergunta: Qual é a prevalência estimada de obliteração pulpar em casos de trauma dentário e seus subtipos? Ampla busca nas bases Pubmed, Web of Science, Scopus e Lilacs foi realizada até o dia 27 de janeiro de 2021 bem como busca na Grey Literature e pesquisa manual. Estudos observacionais com base no acrônimo PEO: (P - dentes decíduos ou permanentes, E - trauma dentário, O - obliteração pulpar) foram selecionados por dois revisores (Kappa 0,90) que também extraíram dados qualitativos, e avaliaram a qualidade metodológica com NewCastle-Ottawa. A meta-análise foi realizada através do programa MedCalc 17.2. Após as buscas eletrônicas foram encontrados 1057 resumos e 33 artigos incluídos após a remoção das duplicatas e aplicação de elegibilidade. Os artigos apresentaram qualidade metodológica moderada a alta. A prevalência estimada de obliteração pulpar em dentes permanentes foi de 27,6% (IC95% =18,7 a 37,7) e nos dentes decíduos foi de 22,4% (IC95% =16,2 a 29,1). A obliteração pulpar apresentou maior prevalência nos casos de luxação extrusiva 27,5% (IC95% = 17,5 a 39,5) em dentes decíduos e na fratura radicular 78,6 % (IC95% = 62,8 a 90,9) em dentes permanentes.
Baseado nos artigos de alta a moderada qualidade metodológica, a obliteração pulpar apresentou alta prevalência em dentes decíduos e permanentes. REGISTRO PROSPERO (CRD42020179438).
RS069 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 4

Prevalência de bruxismo em crianças e adolescentes com distúrbios do neurodesenvolvimento: uma revisão sistemática e meta-análise
Kammer PV, Moro JS, Soares JP, Massignan C, Phadraig CMG, Bolan M
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo foi conduzir uma revisão sistemática sobre a prevalência de bruxismo em crianças e adolescentes com distúrbios do neurodesenvolvimento e outras anomalias do desenvolvimento. Uma estratégia de busca foi desenvolvida e adaptada para sete base de dados e duas fontes da literatura cinzenta. O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado utilizando a ferramenta do Instituto Joanna Briggs para estudos reportando dados sobre Prevalência. O protocolo dessa revisão foi registrado (CRD42020212640). Dos 2240 artigos encontrados, 77 foram incluídos. A prevalência de possível bruxismo em indivíduos com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) foi de 29,6% (95%IC [Intervalo de confiança]: 23,2 - 36,5), 23,3% (95%IC: 10,9 - 38,6) em indivíduos com Transtorno do espectro do Autismo (TEA), 38,5% (95%IC: 31,2 - 46,1) em indivíduos com Paralisia cerebral (PC) e 39,6% (95%IC: 31,6 - 48,0) em indivíduos com Síndrome de Down. Indivíduos com PC apresentaram a maior prevalência de provável bruxismo (43,6% [95%IC: 26,8 - 61,1]). Em indivíduos com TDAH a prevalência de bruxismo definitivo foi de 14,9% (95%CI: 5,4 - 28,1). A prevalência de bruxismo em vigília foi de 24,6% [95%IC: 7,3 - 47,9] em indivíduos com TDAH e 6,6% [95%IC: 3,0 - 12,1] em indivíduos com PC.
A prevalência de bruxismo varia de acordo com a deficiência avaliada. Indivíduos com Síndrome de Down apresentaram a maior prevalência de possível bruxismo (39,6%) e indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro do Autismo apresentaram a menor prevalência (23,3%).
(Apoio: CAPES)
RS070 - Painel Revisão Sistemática
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 4

Autocorreção da maloclusão após a remoção de hábitos de sucção não nutritiva: uma revisão sistemática
Adriano LZ, Massignan C, Derech CDA, Porporatti AL, Canto GL, Bolan M
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar se há autocorreção da maloclusão, especialmente mordida aberta anterior (MAA) e mordida cruzada posterior (MCP), após a cessação dos hábitos de sucção não nutritiva em crianças maiores de 4 anos. As fontes de dados incluíram quatro bancos de dados eletrônicos, literatura cinzenta e pesquisas manuais das referências dos estudos incluídos. Foram incluídos estudos que avaliaram as alterações oclusais em crianças de 2 a 12 anos com traços de maloclusão e hábitos de sucção não nutritiva após a descontinuação do hábito. Dois autores avaliaram independentemente a elegibilidade e extraíram os dados. Os dados foram avaliados descritivamente. O risco de viés foi avaliado usando a Newcastle-Ottawa Quality Assessment Scale e a Joanna Briggs Critical Appraisal Checklist for quasi-experimental studies, e a confiança na evidência cumulativa foi avaliada usando os critérios GRADE. De 3.100 estudos, apenas 5 preencheram os critérios de inclusão. Frequentemente, há autocorreção da MAA após a interrupção do hábito de sucção não nutritiva, mesmo após os 4 anos de idade, variando de 50 a 100%. No caso da MCP, a autocorreção parece ser rara. Os estudos incluídos apresentaram alta heterogeneidade metodológica e clínica, o que por sua vez influenciou na baixíssima confiabilidade das evidências.
Pode-se concluir que há autocorreção da MAA após a suspensão do hábito de sucção não nutritiva, mesmo após os 4 anos de idade. Raramente há autocorreção da MCP. Não foi possível estabelecer em que idade a autocorreção da MAA se torna mais difícil.