RS032 - Painel Revisão Sistemática
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 4

Associação entre periodontite apical e doenças sistêmicas: uma revisão umbrella
Sarmento EB, Pinto KP, Ferreira CMA, Sassone LM, Fidalgo TKS, Silva EJNL
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão umbrella para avaliar a qualidade metodológica de revisões sistemáticas (RS) que avaliaram a associação entre periodontite apical (PA) e doenças sistêmicas. Uma busca foi realizada sem qualquer restrição de parâmetro nas seguintes bases de dados: PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, Scopus, Cochrane, Embase, Web of Science e Open Gray. Foram incluídas RS que avaliaram a associação entre qualquer doença sistêmica e PA, e que realizaram uma avaliação válida de risco de viés. A ferramenta AMSTAR-2 foi usada para avaliação da qualidade das RS incluídas. Cada RS incluída recebeu uma categorização final como tendo qualidade "alta", "moderada", "baixa" ou "criticamente baixa". A busca inicial recuperou 928 manuscritos. Dezessete artigos tiveram seu texto completo avaliado e sete estudos que atenderam aos critérios de elegibilidade foram incluídos. As doenças investigadas foram doenças cardiovasculares (DCV), diabetes mellitus (DM), HIV, osteoporose, doença hepática crônica (DHC) e distúrbios hematológicos. As RS incluídas nesta revisão umbrella mostraram uma qualidade de evidência de 'baixa' a 'alta'. Há uma heterogeneidade substancial e diversas preocupações metodológicas identificadas nos estudos incluídos.
Há uma associação positiva entre DCV e PA com qualidade de evidência moderada, uma associação positiva entre DM e PA com qualidade de evidência limitada, nenhuma associação entre HIV e PA e uma associação positiva entre PA e doenças hematológicas, DHC e osteoporose com evidência moderada.
(Apoio: CAPES  N° 001)

---

RS033 - Painel Revisão Sistemática
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 4

Capacidade de penetração e difusão de medicação intracanal em túbulos dentinários, canais laterais e istmos. Uma revisão sistemática
Rojas LFJ, Alves F
Odontologia - UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo da terapia endodôntica é tratar ou prevenir a periodontite apical. A eliminação ou redução efetiva da microbiota é essencial para o reparo periapical. Devido a isso, medicamentos intracanais são utilizados para tratar quimicamente o sistema de canais radiculares nos casos infectados, e sua capacidade de penetração e difusão é fundamental para sua efetividade. Neste contexto, foi realizada uma revisão da literatura em três bases de dados (Pubmed, Scielo e Google Scholar). A análise e os critérios de elegibilidade atenderam ao PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis). A busca bibliográfica segundo os critérios de inclusão resultou em 45 selecionados com base nos títulos e resumos. Dentre eles, foram selecionados 7 artigos que atenderam aos critérios finais de eligibilidade. Foram verificadas diferenças na profundidade de penetração e difusão dos medicamentos intracanais entre os estudos, variando de 27,7-2350 µm e de 200-500 µm, respectivamente. Foi constatada uma escassez de estudos sobre a capacidade de penetração e difusão de medicamentos intracanais. O veículo utilizado, o menor diâmetro das partículas do fármaco e a eliminação da camada residual interferem positivamente na capacidade de penetração e difusão dos medicamentos intracanais.
Foi constatada uma escassez de estudos sobre a capacidade de penetração e difusão de medicamentos intracanais. O veículo utilizado, menor diâmetro das partículas do fármaco e a eliminação da camada residual interferem na capacidade de penetração e difusão dos medicamentos

---

RS034 - Painel Revisão Sistemática
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 4

Infiltração intraoral de anti-inflamatórios no controle da dor pós-tratamento endodôntico - Uma revisão sistemática
Antonialli FM, Oliveira LT, Vieira WA, Ferraz CCR, Soares AJ, Marciano MA, Gomes BPFA, Almeida JFA
Clínica Odontológica - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do presente trabalho foi investigar a eficácia do uso de anti-inflamatorios não esteroidais (AINEs) e estoroidais (AIEs) injetáveis no controle da dor após o tratamento endodôntico não cirúrgico. Esta revisão sistemática seguiu as recomendações PRISMA e foi registrado no banco de dados PROSPERO. A busca foi realizada em oito bases de dados e nenhuma restrição foi aplicada quanto ao ano e idioma da publicação. Dois revisores independentes realizaram a extração de dados e avaliaram o risco de viés dos estudos através do checklist proposto pela ferramenta JBI Systematic Reviews for Randomized Controlled Trials. A busca nas bases de dados resultou em 2.016 registros, dos quais apenas 6 foram incluídos na revisão sistemática. Os estudos foram publicados entre os anos de 1994 e 2019, incluindo uma amostra de 509 pacientes, onde foi investigado a eficácia no controle da dor pós-operatória após administração via injetável de anti-inflamatórios esteroidais ou não esteroidais, pré ou pós tratamento endodôntico. Dentre os 6 estudos apenas um apresentou alto risco de viés, e os demais baixo risco. Todos os estudos elegíveis apresentaram controle da dor pós-operatória por pelo menos 24 horas.
Dessa forma, foi observado uma diminuição da incidência de dor pós-operatória em pacientes submetidos a injeções de anti-inflamatórios, independente da via de administração (injeção submucosa ou intraligamentar), medicação (AINEs e AIEs), dosagem e do diagnóstico pulpar e periapical em relação ao placebo.
(Apoio: CAPES  N° 001)

---

RS035 - Painel Revisão Sistemática
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 4

Dor pós-operatória após retratamento endodôntico usando cinemática reciprocante ou rotatória: uma revisão sistemática e meta-análise
Castro RF, Smith BA, Dias-Junior LCL, Monteiro LPB, Brandão JMS
Institudo de Ciências da Saúde - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar a dor pós-operatória após o retratamento endodôntico não cirúrgico usando instrumentos com cinemática rotatória ou reciprocante. O protocolo da revisão foi registrado no prospero (CRD42021227756). As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, Clinical Trials e Open Gray para artigos publicados até dezembro de 2020, sem restrição de idioma ou data de publicação. A qualidade dos estudos foi avaliada usando a ferramenta da colaboração Cochrane para avaliar o risco de viés. A Meta-análise foi realizada usando o método de Mantel-Haenszel, e modelo de efeito aleatório, para encontrar as estimativas combinadas da razão de risco (RR) com intervalo de confiança de 95% (IC), para calcular a incidência e o nível de dor pós-operatória. A qualidade da evidência foi avaliada usando o sistema GRADE (Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluations). A busca identificou 834 artigos, e 4 ensaios clínicos randomizados foram incluídos na meta-análise. Não houve diferença significativa na incidência e no nível de dor em 24 (RR = 1.16; IC: 0.74‒1.80; p=0.52), 48 (RR = 1.29; IC: 0.66‒2.50; p=0.46), e 72 (RR = 1.40; IC: 0.48‒4.07; p=0.54) horas após os procedimentos. Além disso, não houve diferença na frequência de ingestão de medicamento pós-operatório. A qualidade da evidência encontrada foi baixa para todos os resultados.
A incidência de dor pós-operatória após o retratamento endodôntico não difere entre os casos tratados com cinemática reciprocante ou rotatória.

---

RS036 - Painel Revisão Sistemática
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 4

Efeito da crioterapia intracanal na dor pós-operatória após tratamento endodôntico: uma revisão sistemática e meta-análise
Monteiro LPB, Guerreiro MYR, Castro RF, Magno MB, Maia LC, Brandão JMS
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da aplicação da crioterapia intracanal na dor pós-operatória após tratamento endodôntico através do uso do soro fisiológico gelado na irrigação final. O protocolo de revisão foi registrado na Prospero (CRD42018098745). Sete bases de dados foram utilizadas: PubMed, Scopus, Web of Science, The Cochrane Library, Clinical Trials, Open Grey e Google Scholar. Foram incluídos estudos clínicos randomizados publicados até 04 de fevereiro de 2020. A meta-análise foi realizada para avaliar a dor pós-operatória após 6, 24, 48 e 72 horas usando um modelo de efeitos aleatórios, intervalo de confiança de 95% e heterogeneidade testada pelo índice I². A certeza da evidência foi avaliada usando GRADE (Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluations). A análise qualitativa e quantitativa incluiu oito e seis estudos, respectivamente. Indivíduos tratados com crioterapia intracanal apresentaram menores médias de dor pós-operatória do que aqueles que receberam irrigação final com soro fisiológico em temperatura ambiente, 6 e 24 horas após o tratamento endodôntico (MD - 1,30 [- 2,32, - 0,28] p = 0,01 e SMD - 0,68 [- 1,21, - 0,16] p = 0,01, respectivamente, com certeza de evidência muito baixa). Após 48 e 72 horas, ambos os grupos demonstraram médias semelhantes de dor pós-operatória (MD - 0,06 [- 0,18, 0,07] p = 0,38 e SMD - 0,54 [- 1,18, - 0,11] p = 0,10, com alta e baixa certeza de evidência, respectivamente).
A aplicação de crioterapia intracanal reduziu a dor pós-operatória após 6 e 24 horas do tratamento endodôntico.

---

RS037 - Painel Revisão Sistemática
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 4

O MTA fornece uma resposta histológica mais favorável quando comparado a outros materiais no selamento de perfuração de furca?
Pinheiro LS, Kopper PMP, Quintana RM, Scarparo RK, Grecca FS
Odontologia Conservadora - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Essa revisão sistemática de estudos pré-clínicos in vivo fornece dados sobre os estudos disponíveis que comparam materiais reparadores e avalia se o Agregado Trióxido Mineral (MTA) fornece uma resposta histológica mais favorável que outros materiais quando utilizado no selamento de perfurações de furca. Essa revisão foi registrada na plataforma PROSPERO (CRD42020181297) e foi reportada de acordo com o checklist PRISMA. Os estudos in vivo incluídos testaram o uso de materiais no selamento de perfurações de furca e compararam ao MTA. Estudos que não estavam disponíveis para leitura foram excluídos. A busca eletrônica foi conduzida no EMBASE, PubMed, Scopus e Web of Science até dia 2 de setembro de 2020, sem restrição de idioma ou data de publicação. As ferramentas ARRIVE e SYRCLE foram utilizadas para avaliar a qualidade metodológica e risco de viés dos estudos. Os vinte estudos incluídos na síntese qualitativa foram classificados com baixa qualidade metodológica e alto risco de viés. Além disso, apresentaram alta heterogeneidade metodológica. MTA e Biodentine foram os materiais mais frequentemente avaliados e a resposta histológica induzida foi adequada.
Guias para estudos em animais na endodontia devem ser utilizados. Apesar das limitações, os achados indicam que o MTA obteve o melhor comportamento biológico. O Biodentine obteve resultados adequados. Estudos clínicos devem ser conduzidos para definir qual desses dois materiais devem ser a referência na prática clínica.
(Apoio: CAPES  N° 001)

---

RS038 - Painel Revisão Sistemática
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 4

Análise de bactérias persistentes após preparo químico-cirúrgico dos canais radiculares: uma revisão sistemática e meta-análise
Nardello LCL, Pinheiro ET, Prado LC, Cazares RXR, Skelton-Macedo MC
Dentística - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudos moleculares independentes de cultura têm possibilitado ampliar o conhecimento das taxas bacterianas presentes pós preparo do canal radicular. Este estudo teve como objetivo revisar sistematicamente trabalhos clínicos que investigaram a prevalência e a natureza de bactérias persistentes. As bases de dados MEDLINE, PubMed e Cochrane foram pesquisadas no período de 2007 a janeiro de 2021. Estudos clínicos usando métodos moleculares independentes de cultura identificando espécies bacterianas, antes e após o preparo químico-cirúrgico, foram incluídos. Os estudos foram avaliados criticamente usando o instrumento Joanna Briggs Institute Prevalence Critical Appraisal Checklist e a análise de funnel plot. A meta-análise foi realizada aplicando-se o sistema RStudio. Um total de 2057 estudos foram selecionados, entretanto apenas 19 atenderam aos critérios de inclusão. As dez espécies mais prevalentes pós instrumentação foram: Streptococcus salivarius (47.55%), Leptotrichia buccalis (47.19%), Streptococcus gordonii (39.92%), Fusobacterium nucleatum ssp. vincentii (39.01%), Cutibacterium acnes (37.78%), Capnocytophaga ochracea (37.67%), Streptococcus constellatus (37.61%), Streptococcus anginosus (34.81%), Aggregatibacter actinomycetemcomitans (34.67%) e Prevotella melaninogenica (34.61%).
Métodos moleculares independentes de cultura confirmaram a presença de espécies previamente identificadas e contribuíram para o conhecimento da prevalência de bactérias de difícil cultivo e não cultiváveis.
(Apoio: CAPES)

---

RS039 - Painel Revisão Sistemática
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 4

A Ação antimicrobiana da n-acetilcisteína como solução irrigadora ou medicação intracanal: Revisão sistemática e meta-análise
Abu Hasna A, Khoury RD, Carvalho CAT, Valera MC, Bresciani E
Odontologia Restauradora - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A n-acetilcisteína (NAC) é um agente antimicrobiano que foi indicado como solução irrigadora (SI) ou medicação intracanal (MIC) por seu poder antimicrobiano e sua biocompatibilidade. Esta revisão sistemática e meta-análise teve como objetivo explorar a literatura sobre a ação antimicrobiana da NAC como SI ou MIC sobre patógenos endodônticos em comparação com hipoclorito de sódio (NaOCl), clorexidina (CHX) e hidróxido de cálcio (Ca(OH)₂). A estratégia PICO foi: População: dentes que precisam de tratamento endodôntico; Intervenção: NAC como SI ou MIC; Comparação: NaOCl, CHX ou Ca(OH)₂; Resultado: redução da carga microbiana, considerando estudos clínicos e in vitro. Uma busca sistemática da literatura foi realizada até setembro de 2020 em: pubmed, scopus, web of science, biblioteca cochrane, LILACS / BBO (biblioteca brasileira de odontologia). Foram encontrados 4173 estudos após remoção de duplicatas e foram incluídos 4 estudos in vitro. Os dados foram comparados pelas diferenças padronizadas das médias em um modelo de efeitos aleatórios. Verificou-se que não há estudos clínicos utilizando a NAC como antimicrobiano. A meta-análise geral mostrou que a NAC foi eficaz sobre Enterococcus faecalis. Três meta-análises adicionais mostraram que o tempo de exposição, concentração da NAC e diferentes grupos controle são variantes relevantes na determinação da eficácia da NAC.
Sendo assim, a NAC possui um poder antimicrobiano razoável. Mais estudos, inclusive clínicos sobre biofilmes multi espécies, devem ser realizados a fim de confirmar sua ação antimicrobiana.

---