Comparação entre os preparos imediato e tardio para pinos-intrarradiculares: revisão sistemática e metanálise
Reis-Prado AH, Chaves HGS, Abreu LG, Peixoto IFC, Bastos JV, Ribeiro Sobrinho AP, Cosme-Silva L, Benetti F
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desta revisão foi responder a questão PICO: "Quais são os efeitos do preparo tardio paro pino intrarradicular em comparação ao preparo imediato, no selamento apical?". Uma busca sistemática foi realizada via PubMed, Scopus, Cochrane, entre outras bases. A população foi dentes permanentes tratados endodonticamente, a intervenção foi o preparo no momento tardio, e a comparação, o preparo imediato. O desfecho primário foi infiltração apical. Análise do risco de viés foi realizada. A metanálise foi conduzida com modelos de efeitos fixos e aleatórios para infiltração apical. De 742 estudos encontrados, 32 in vitro foram incluídos. Nove estudos observaram maior infiltração apical nos grupos tardios, cinco no imediato, e dez não encontraram diferença significativa. Um estudo encontrou maior penetração bacteriana no preparo tardio, e três não encontraram diferença. Houve maior presença de espaços vazios no grupo tardio em um estudo, e em outro não houve diferença. Três estudos encontraram maior força de adesão no grupo tardio, um no imediato, e três não encontraram diferença significativa. Três estudos foram considerados para metanálise (análises de subgrupos foram realizadas considerando diferentes cimentos obturadores utilizados), que mostrou maior penetração apical no preparo tardio (média = 0,41 mm, IC = 0,24-0,59, p<0,001). Os estudos apresentaram baixo risco de viés. Conclui-se que o preparo tardio para pino intrarradicular pode influenciar negativamente a infiltração apical, mas mais estudos são necessários para avaliar os outros parâmetros. (Apoio: CAPES N° 88887.489995/2020-00)RS018 - Painel Revisão Sistemática
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2 - Terapia endodôntica
Material obturador além dos limites do canal radicular e dor pós-operatória: uma revisão sistemática
Schuldt DPV, Reus JC, Dias-Junior LCL, Gonçalves WF, Almeida J, Bortoluzzi EA, Garcia LFR, Teixeira CS
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática (RS) da literatura, seguindo diretrizes do PRISMA, a fim de responder a pergunta de pesquisa: a sobreobturação aumenta a incidência de dor pós-operatória? Dois revisores independentes realizaram a busca nas bases de dados: PubMed/MEDLINE, EMBASE, Lilacs, Web of Science, Scopus, Cochrane Library, OpenGrey, Google Scholar e ProQuest, com a estratégia PICOS. Do total de 1793 artigos, 43 preencheram os critérios de inclusão e, após a leitura completa, 21 foram considerados elegíveis. Destes, 10 eram estudos clínicos randomizados (ECR) e foram incluídos para análise nesta RS. De cada artigo, foram coletados os dados referentes aos autores, ano e país, tamanho da amostra, grupo dental, diagnóstico pulpar, profissional que fez o tratamento, técnica obturadora, cimento obturador, nível da obturação, bem como o método, período de avaliação e ocorrência da dor pós-operatória (conclusão principal do estudo). A avaliação do risco de viés e da qualidade da evidência dos estudos incluídos seguiu critérios definidos pelo instituto Johanna Briggs e GRADE, respectivamente. Seis ECR apresentaram associação positiva entre a maior incidência de dor pós-operatória e a presença de material obturador além dos limites do canal radicular. Quatro ECR não encontraram diferença estatisticamente significativa. A maioria dos ECR encontraram associação positiva entre a maior incidência de dor pós-operatória e a presença de material obturador além dos limites do canal radicular.RS019 - Painel Revisão Sistemática
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2 - Terapia endodôntica
A influência da composição e/ou extrusão dos cimentos endodônticos na dor pós-operatória: Uma revisão sistemática
Moraes VG, Meyfarth S, Guimarães LS, Silva EAB, Antunes LAA, Antunes LS
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- PÓLO NOVA FRIBURGO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esta revisão sistemática teve por objetivo avaliar a influência da composição e/ou extrusão dos cimentos endodônticos na dor pós-tratamento. As diretrizes do PRISMA foram seguidas e a pesquisa registrada no PROSPERO (CRD42020211297). As bases de dados consultadas foram PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, BVS (LILACS), Open Grey e busca manual até 21 de agosto de 2020. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade baseado no PICO, a extração de dados, a avaliação do risco de viés pela ferramenta RoB2 e o GRADE foram feitos por dois avaliadores independentes. No total, 14 estudos foram selecionados para análise qualitativa. Dez estudos avaliaram a composição dos cimentos e a dor pós-operatória e 4 a extrusão e a dor pós-tratamento. Ao avaliar a composição dos cimentos, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos quanto ao nível de dor em 7 estudos. Por outro lado, em 4 estudos houve diferenças estatisticamente significativas na intensidade da dor pós-operatória. Quanto à extrusão dos cimentos, os estudos não encontraram associação entre extrusão e ocorrência de dor. Dos 14 estudos elegíveis, 7 foram classificados como "baixo risco", 3 "algumas preocupações" e 4 "alto risco" de viés. A certeza de evidência dos desfechos foi considerada moderada. Sob as limitações desta revisão, as evidências disponíveis para apoiar uma relação entre a composição dos cimentos e a dor pós-operatória são controversas, enquanto não houve associação entre extrusão e ocorrência de dor. Estudos futuros com alta evidência metodológica são necessáriosRS020 - Painel Revisão Sistemática
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2 - Terapia endodôntica
Influência do manejo farmacológico da ansiedade na ocorrência de dor durante o tratamento endodôntico: uma revisão sistemática
Silva IA, Weissheimer T, Agnol-Júnior CAD, Só MVR, Rosa RA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A conotação negativa dos procedimentos endodônticos pode aumentar a ansiedade do paciente e, consequentemente, a ocorrência de dor. O objetivo desta revisão sistemática foi responder à pergunta: o manejo farmacológico da ansiedade influencia a ocorrência de dor durante o tratamento de canal radicular? As bases de dados (MEDLINE / PubMed, Cochrane Library, Web of Science, Scopus, EMBASE e Open Gray) foram pesquisadas até fevereiro de 2021. Apenas ensaios clínicos randomizados (RCTs) foram incluídos. A ferramenta Cochrane para análise do risco de viés de ensaios randomizados (RoB 2) foi usada para avaliar os estudos incluídos. A qualidade geral das evidências foi avaliada por meio da ferramenta Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). A triagem inicial das bases de dados resultou em 510 estudos, dos quais 43 foram excluídos por serem duplicados. Dos 457 artigos elegíveis, dez estudos preencheram os critérios de inclusão e foram selecionados para leitura do texto completo. Seis estudos foram excluídos por não terem avaliado as intervenções farmacológicas. Quatro estudos foram incluídos e um estudo adicional foi recuperado de suas referências. Um RCT foi classificado como risco incerto de viés, três como baixo risco de viés e um como alto risco de viés. A análise GRADE demonstrou uma evidência de baixa qualidade, sendo possível inferir que os benzodiazepínicos não influenciam na ocorrência de dor durante os procedimentos endodônticos. No entanto, o gás de óxido nitroso parece influenciar positivamente o mesmo parâmetro.RS021 - Painel Revisão Sistemática
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2 - Terapia endodôntica
As soluções de irrigação endodônticas influenciam a adesão dos pinos de fibra de vidro à dentina radicular? Uma revisão sistemática
Reys IG, Guimarães LS, Cajazeira MRR, Antunes LAA, Antunes LS
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- PÓLO NOVA FRIBURGO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desta revisão sistemática foi responder à seguinte questão: As soluções de irrigação utilizadas durante o tratamento endodôntico influenciam na adesão dos pinos de fibra de vidro à dentina radicular? Esta revisão sistemática foi registrada no PROSPERO (CRD42020221835) e seguiu as recomendações PRISMA para a sua redação. As bases de dados eletrônicas PubMed, Scopus, Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde (LILACS) foram pesquisadas e artigos publicados até 25 de agosto de 2020 foram incluídos, sem restrição de idioma, ano ou limite. A literatura cinza foi consultada por meio do OpenGrey, e a busca manual também foi realizada. Termos MeSH, termos DeCS, sinônimos, termos relacionados e termos livres foram incluídos, e os operadores booleanos "AND" e "OR" foram aplicados para combinar esses termos. Dois autores realizaram independentemente a extração de dados e risco de viés usando um instrumento adaptado para estudos de laboratório que classificaram os estudos incluídos como baixo, médio e alto risco de viés. Na busca foram encontrados 350 resultados. Após a retirada das duplicatas, foram lidos 184 títulos e resumos. Após aplicados os critérios de elegibilidade, 36 artigos foram lidos na íntegra e apenas 10 artigos foram incluídos nesta revisão sistemática, sendo 5 artigos classificados como médio risco de viés e 5 como alto risco de viés. Pode-se concluir que as soluções de irrigação endodôntica não influenciam na adesão dos pinos de fibra de vidro à dentina radicular.RS022 - Painel Revisão Sistemática
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2 - Terapia endodôntica
Fratura de instrumentais endodônticos no interior do canal radicular: revisão sistemática
Cabral LPA, Santana-Neto JOJ, Dalia RCS, Dantas PM, Macedo-Filho RA, Santos KSA
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou revisar sistematicamente casos relacionados à fratura de instrumentais endodônticos no interior do canal radicular. Foi realizado um levantamento bibliográfico utilizando artigos disponíveis na base de dados do PubMed e Lilacs. Apenas estudos observacionais relato de caso foram incluídos, sem restrição de idioma e ano de publicação. Verificou-se através da literatura disponível que a fratura de instrumentais endodônticos é uma intercorrência comum, podendo interferir diretamente no prognóstico e sucesso do tratamento. Dos 8 artigos incluídos para extração de dados, houve 11 casos de fratura de instrumentos. Destes, 5 (45,46%) foram fraturas de limas rotatórias, 2 (18,18%) de instrumentos manuais de aço inoxidável, 1 (9,09%) de instrumentos manuais de níquel-titânio (NiTi) e 1 (9,09%) de fragmentos metálicos de broca. Dos 11 instrumentos fraturados, 3 (27,28%) fraturaram na curvatura do terço apical, 4 (36,36%) no terço cervical-médio e 4 (36,36%) no terço médio e apical dos canais radiculares. Em 90,90% dos casos as técnicas utilizadas apresentaram bons resultados. Apenas em um caso (9,1%) a técnica não foi bem sucedida e o instrumento foi mantido no interior do canal radicular. Sendo assim, a fratura de instrumentais endodônticos é uma complicação que pode levar ao insucesso do tratamento. Várias técnicas e dispositivos podem ser utilizados para remoção de fragmentos fraturados no interior dos canais radiculares, no entanto ainda não existe nenhum protocolo específico para remoção dos mesmos.RS023 - Painel Revisão Sistemática
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2 - Terapia endodôntica
Influência da técnica obturadora na qualidade de obturações avaliadas por micro-ct: uma revisão sistemática
Abrahão NB, Só GB, Weissheimer T, Só MVR, Rosa RA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esta revisão sistemática teve como objetivo responder à pergunta se a técnica obturadora influencia na qualidade de obturações quando avaliadas por microtomografia computadorizada (micro-CT). As seguintes bases de dados foram pesquisadas: PubMed, Cochrane, Scopus, Web of Science, EMBASE e Open Gray. Os critérios de elegibilidade se deram pela estratégia PIO: (P) estudos ex vivo que usaram micro-CT para analisar a qualidade da obturação dos canais radiculares em dentes permanentes; (I) diferentes técnicas de obturação; (O) qualidade da obturação (presença de bolhas e gaps). O risco de viés foi avaliado e classificado em baixo, moderado e alto risco. 249 estudos foram identificados. Desses, 148 foram excluídos por serem duplicados. De 101 estudos elegíveis, 29 foram incluídos na análise final. Treze estudos apresentaram alto risco de viés, quatorze estudos apresentaram risco moderado de viés e apenas dois apresentaram baixo risco de viés. Dentro das limitações do estudo, foi concluído que nenhuma das técnicas obturadoras incluídas apresentou-se livre de falhas na massa obturadora quando avaliadas por micro-CT.RS024 - Painel Revisão Sistemática
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2 - Terapia endodôntica
Retratabilidade de cimentos biocerâmicos versus cimentos à base de resina epóxica: uma revisão sistemática
Silva SA, Silva AG, Velozo C, Montenegro LAS, Silva PF, Albuquerque MBA, Almeida AC, Albuquerque DS
Pós-graduação - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho foi elaborar uma revisão sistemática sobre os estudos que comparam a retratabilidade de cimentos à base de resina epóxica e cimentos biocerâmicos. Uma busca criteriosa foi realizada nas bases de dados PUBMED, EMBASE, LILACS, SCIELO, WEB OF SCIENCE, SCOPUS até abril de 2021. Nenhuma restrição de idioma ou período foi utilizada. Para elaboração e planejamento desta revisão sistemática foi utilizado o PRISMA checklist. Os critérios de exclusão foram: estudos que avaliaram remoção do material obturador nos casos de tratamentos previamente realizados que não compararam cimentos à base de resina epóxica com cimentos biocerâmicos; estudos que fizeram uso de solventes em todos os grupos durante o retratamento; revisões de literatura, cartas, relatos de casos clínicos, resumos, opiniões pessoais, resumos em conferências, cartas ao editor, teses e capítulos de livro; estudos clínicos. Assim, foram incluídos somente estudos in vitro que compararam a retratabilidade de cimentos resinosos e biocerâmicos. Dos 22 artigos selecionados pelos títulos e abstracts, apenas 19 se enquadraram nos critérios de inclusão e exclusão. A maioria dos estudos afirma que a quantidade de cimento biocerâmico remanescente no canal radicular foi inferior à quantidade de cimento resinoso. Estes achados indicam uma superioridade da retratabilidade dos cimentos biocerâmicos. No entanto, devido à heterogeneidade dos métodos adotados pelos pesquisadores, mais estudos são necessários para confirmar estes resultados.