Avaliação da terapia assistida por cães no controle da ansiedade das crianças no tratamento odontológico
Moraes FB, Martins A, Fernandes FGL, Feitoza IF, Oliveira MR, Pinheiro SL
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Crianças possuem ansiedade em vários graus durante atendimento odontológico que podem gerar dificuldade para o dentista realizar tratamento adequado. O objetivo desse trabalho foi avaliar aplicabilidade da terapia assistida por cães no controle da ansiedade durante o tratamento odontopediátrico. Foram selecionadas 4 crianças da Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas que foram divididas aleatoriamente em dois grupos: CT (n=2) crianças que foram condicionadas por métodos utilizados rotineiramente na clínica de odontopediatria e TAC (n=2) crianças que foram submetidas ao contato com o cão terapeuta primeiramente na recepção e depois dentro da sala. O cão terapeuta ficou junto com a criança e ao lado da cadeira odontológica durante todos procedimentos realizados. Para avaliação da ansiedade foi utilizada frequência cardíaca e Escala de Corah. Os resultados foram analisados no Programa Biostat 5.0. As frequências cardíacas foram submetidas ao teste de ANOVA (Tukey) com nível de significância 5%. No grupo TAC, houve redução significativa da frequência cardíaca após o tratamento (p=0.0388). No Grupo Controle, houve aumento da frequência cardíaca durante o atendimento. Após aplicação da escala de Corah, foi possível observar redução dos níveis de ansiedade das crianças com Terapia Assistida por Cães, em contrapartida, no Grupo CT, houve aumento da ansiedade após tratamento. A Terapia Assistida por Cães pode ser uma alternativa para redução da ansiedade durante tratamento odontopediátrico.RCR137 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área:
4 - Odontopediatria
Tendências das pesquisas sobre uso da remoção químico-mecânica de cárie ao longo dos anos: Uma análise bibliométrica
Souza TF, Martins ML, Magno MB, Vicente-Gomila JM, Fonseca-Gonçalves A, Maia LC
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliaram-se estudos sobre produtos de remoção químico-mecânica de cárie (RQMC), ao longo dos anos, por meio de análise bibliométrica. Pesquisaram-se as bases de dados eletrônicas (PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, Lilacs/BBO e Embase) em novembro de 2020. Dados sobre ano, periódico, país e tipo de estudo foram extraídos. Dados adicionais (produto RQMC e sua utilização - isolada ou combinada com outras técnicas; grupo de comparação; faixa etária; dentição; materiais restauradores; e desfecho) foram também analisados no grupo de estudos clínicos incluídos. Dos 2.221 estudos identificados, 398 foram selecionados. Identificou-se maior número de publicações no Journal of Dental Research (n =51), entre 2011-2020 (n = 169), desenvolvidas no Brasil (n = 45) e Índia (n = 44). Estudos in vitro (n = 208) e ensaios clínicos (n = 100) foram os mais frequentes. Carisolv (n = 48) e Papacárie (n = 33) foram os produtos mais pesquisados. A aplicação foi majoritariamente de forma isolada (n = 101), em crianças (n = 74), com dentes decíduos (n = 78), restaurados com cimento de ionômero de vidro (CIV) (n = 51) e comparado com uso de brocas (n = 77). Avaliaram-se mais frequentemente tempo gasto (n = 48) e dor (n = 41). Estudos de RQMC, principalmente in vitro e clínicos, vêm aumentando ao longo dos anos e são realizados, em sua maioria, em países em desenvolvimento. Estudos clínicos tendem a avaliar tempo gasto e dor, utilizando em maioria Carisolv e Papacárie aplicados de forma isolada, de crianças na dentição decídua, comparando-os com remoção de cárie com brocas e restaurados com CIV. (Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 401058/2016-6)RCR138 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área:
4 - Odontopediatria
Frenotomia lingual em bebê como coadjuvante da amamentação: Relato de caso clínico
Azeredo MS, Moreira KMS, Imparato JCP
FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Anquiloglossia é uma anomalia de desenvolvimento da língua, na qual se observa, o freio lingual curto. Em lactentes pode gerar dificuldades na amamentação e interferir no ganho de peso do bebê, além de causar dor no mamilo da mãe durante amamentação, levando ao desmame precoce. O objetivo deste trabalho foi relatar o caso clínico de anquiloglossia em bebê e realização de frenotomia lingual. Paciente com sete dias de nascido, sexo masculino, compareceu ao consultório acompanhado da mãe, relatando indicação de fonoaudióloga e Pediatra para realizar frenotomia, pois constataram freio lingual curto, dificultando amamentação. Mãe com dor e fissuras no seio devido à pega incorreta. No dia do procedimento, a anestesia foi realizada na base do frênulo. Procedimento cirúrgico com incisão por tesoura reta. E o bebê foi imediatamente levado à mãe para amamentar, com o intuito de estimular a língua e auxiliar no processo de cicatrização e reavaliação da pega do bebê no seio da mãe. Decorrido 10 dias, a mãe retornou para proservação. Houve melhoras significativas nas fissuras do seio, bebê com ganho de peso e o local da cirurgia com o processo de cicatrização concluídoRCR139 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área:
4 - Odontopediatria
Relação entre anquiloglossia e amamentação: uma revisão bibliométrica de estudos observacionais e ensaios clínicos
Soares DN, Barja-Fidalgo F, Fidalgo TKS
Odontopediatria - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desta revisão bibliométrica foi avaliar as tendências de publicação de artigos que avaliassem a relação entre anquiloglossia e amamentação. Uma busca eletrônica foi realizada, sem restrição, na Scopus, utilizando os termos "anquiloglossia", "amamentação" e suas variantes. Foram incluídos estudos clínicos observacionais analíticos ou ensaios clínicos que avaliassem a relação da anquiloglossia e amamentação. Os registros foram exportados considerando as informações de citação, índices bibliométricos, resumo e palavras-chave. Os índices bibliométricos, como redes de ano, autores, revistas, universidades, países e palavras-chave mais citadas foram analisadas usando o programa VOSviewer. A busca recuperou 311 estudos, após a aplicação dos critérios de elegibilidade, 55 foram selecionados. Os Estados Unidos tiveram o maior número de publicações (n=16), seguido do Reino Unido (n = 10) e do Brasil (n = 6), sendo 2020 o ano de mais publicações (n=10). Observou-se uma tendência maior de publicações a partir de 2015 de países como o Brasil e Peru. Dentre as revistas que mais publicam estão a Breastfeeding Medicine (n=6), a International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology (n=5), a Journal of Human Lactation (n=4) e a Pediatrics (n=3), sendo a Pediatrics a que apresenta maior número de citações (n=412). Os autores com o maior número de publicações foram Botzer e Dollberg (n=3). Há um aumento de artigos recentes avaliando a correlação entre a anquiloglossia e amamentação, indicando um interesse crescente dos pesquisadores no campo dessa correlação.RCR141 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área:
4 - Ortodontia
Tratamento ortopédico de má oclusão Classe II, divisão 1, com Ativador associado a Aparelho Extrabucal
Poiani JGR, Poletto RS, Janson G, Garib DG, Sant'anna GQ, Bellini-Pereira SA, Aliaga-Del-castillo A, Massaro C
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A má oclusão de Classe II pode ser caracterizada por protrusão maxilar, retrusão mandibular, protrusão dentoalveolar superior, retrusão dos dentes inferiores ou pela associação desses fatores. Quando muito severa, pode resultar em um maior risco de trauma em dentes anteriores, além de problemas psicossociais ao paciente, sendo indicado o tratamento precoce. O presente trabalho tem como objetivo apresentar o caso clínico de um paciente de 9 anos e 3 meses, na dentição mista, de perfil facial convexo, diagnosticado com má oclusão de Classe II Divisão 1, relação molar de Classe II completa bilateral, protrusão dentoalveolar superior, trespasse horizontal e vertical acentuadamente aumentados, Classe II esquelética por protrusão maxilar e retrusão mandibular, excesso vertical do maxilar e hábito de interposição do lábio inferior. O tratamento ortopédico foi realizado com Ativador associado ao AEB (aparelho extrabucal). O paciente apresentou excelente cooperação durante o tratamento, sendo orientado a utilizar o ativador o maior tempo possível e o AEB durante 18 horas por dia. Após 15 meses, foram observados resultados muito satisfatórios perante o perfil do paciente e as relações dentoalveolares, com relações molares de Classe I e diminuição do trespasse horizontal e vertical. O aparelho foi utilizado como contenção ativa até o início da dentadura permanente. Pode-se concluir que a associação Ativador e AEB foi efetiva na correção da má oclusão de Classe II Divisão 1, produzindo alterações esqueléticas e dentoalveolares significantes.