RCR048 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 1

Tratamento endodôntico em paciente com Síndrome de Eisenmenger: relato de caso
Piai GG, Quispe RA, Santos PSS, Duarte MAH, Vivan RR
Dentística, Endodontia e Materiais Odont - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico descrevendo a importância do tratamento endodôntico e os cuidados necessários para atender pacientes com Síndrome de Eiseinmenger (SE). Paciente sexo masculino, 54, diagnosticado com SE relatava "dor de dente muito extensa". Foi realizada anamnese, exames físico e clínico, além dos exames radiográficos e de sangue. Foram constatadas alterações importantes principalmente relacionadas a respiração deficiente do paciente. O dente 37 apresentava pulpite irreversível; os dentes 36 e 34 necrose pulpar; e o dente 31 necrose pulpar com reabsorção apical e mobilidade grau I. Portanto, verificou-se a necessidade de tratamento endodôntico destes dentes para remoção do foco de infecção, pois pacientes com SE são mais suscetíveis a endocardite bacteriana de origem dentária. Cuidados como profilaxia antibiótica antes de todos os atendimentos, aferição da pressão arterial, fornecimento de O2 e controle da saturação, atendimento com paciente em menor decúbito possível, consultas rápidas, e a menor quantidade de anestésico possível foram tomados. Após a finalização dos tratamentos endodônticos o paciente relatou se sentir bem melhor, sem dor ou desconforto nos dentes, melhorando assim sua função mastigatória e consequentemente sua qualidade de vida.
A remoção dos focos de infeção bucais de pacientes com SE é de extrema importância para prevenção de problemas mais graves como uma endocardite bacteriana, que poderia comprometer gravemente o tratamento e o prognóstico geral do paciente.

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RCR049 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 1

Análise de sobrevivência como metodologia estatística na literatura clínica sobre traumatismos dentários: uma revisão integrativa
Coste SC, Dutra MM, Lima TCS, Fernandes MIAP, Silva EF, Barbato-Ferreira DA, Colosimo EA, Bastos JV
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão integrativa sobre o uso da análise de sobrevivência como metodologia estatística nos estudos clínicos sobre traumatismos dentários. A busca bibliográfica foi realizada em sete bases de dados, sem restrições de data ou idioma de publicação. Do total de 1172 estudos identificados, foram incluídos 40 estudos que usaram a análise de sobrevivência para avaliar o prognóstico de dentes portadores de LTDA, publicados entre os anos 1985 a 2021. O tipo de LTDA mais estudado foram as avulsões (32,5%), seguidas das luxações extrusivas e laterais (17,5%); concussões e fraturas coronárias (12,5%); subluxações e luxações intrusivas (15,0%) e as fraturas radiculares e fraturas do processo alveolar (5,0%). O principal desfecho avaliado foi o padrão de resposta pulpar (57,5%) principalmente após lesões por luxação, seguidos da taxa de perda dentária após as LTDA (42,5%) e do prognóstico periodontal, a partir da ocorrência de reabsorções radiculares externas e perda óssea marginal (35,0%). Também foram avaliados o tempo de sobrevida de dentes reimplantados, a reerupção de dentes intruídos e o desempenho da colagem de fragmentos.
Considerando-se que a literatura clinica sobre as LTDA ainda é dominada por estudos de baixo poder de evidência científica e que a insuficiência e inadequação da abordagem estatística é um dos principais motivos para tal realidade, a presente revisão aponta para a versatilidade e grande potencial da análise de sobrevivência como metodologia estatística na pesquisa clinica sobre as LTDA.
(Apoio: CAPES  |  PROEx UFMG  |  MEC PROExt)

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RCR050 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 1

Metodologias de treinamento físico de ratos utilizadas em pesquisas científicas. Revisão de literatura
Rodrigues ML, Ribeiro APF, Loureiro C, Machado NES, Cantiga-Silva C, Oliveira PHC, Cintra LTA, Jacinto RC
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A atividade física promove grandes benefícios a saúde. Sabendo disso, o emprego de metodologias de treinamento físico em animais pode contribuir significativamente para o estabelecimento da influência da prática de exercícios em processos inflamatórios e infecciosos, patológicos e em doenças crônicas. A partir disso consegue-se analisar os tipos de respostas celulares e teciduais para determinadas doenças ou alterações antes e após o condicionamento físico. O presente trabalho aborda uma revisão de literatura sobre os diferentes métodos de treinamento de ratos empregados nas pesquisas, objetivando analisar a metodologia mais utilizada. Foi realizada pesquisa no Pubmed, buscando artigos publicados a partir do ano de 2011. As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram: métodos de treinamento, condicionamento físico animal, treinamento de ratos, terapia por exercício e treinamento físico. Foram encontrados 336 trabalhos que utilizaram métodos de treinamento físico em animais, sendo que os mais empregados foram, corrida em esteira com 184 trabalhos, 55 escalada em escada, 48 empregaram a natação, 15 corrida em roda na gaiola, 8 agachamento, 8 levantamento de peso. Os métodos menos observados foram, salto em meio aquático com 5 estudos, 3 trabalhos de salto ou jump, 1 trabalho aterrisagem em queda livre e 1 treinamento acrobático. 8 estudos apresentaram associação de mais de um método de treinamento físico.
Foi constatado que há uma diversidade de metodologias de treinamento de ratos na literatura, porém o mais utilizado foi o método de corrida em esteira.
(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2020/13089-3  |  CAPES  N° 01  |  FAPs - Fapesp  N° 2018/18741-0)

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RCR051 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 1

Influença do desenho de agulhas na eficiência da irrigação de canais radiculares
Baasch A, Brisson-Suarez K, Vieira VTL, Alves F
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A irrigação do sistema de canais radiculares é considerada essencial para o sucesso do tratamento endodôntico. Vários fatores influenciam na eficácia da irrigação, incluindo o alargamento apical do canal radicular, a presença de curvatura, o desenho e a distância de penetração da agulha, assim como o fluxo e volume do irrigante. A inserção da agulha de irrigação mais próxima do ápice permite uma renovação mais eficiente da solução, resultando em melhor limpeza e desinfeção do canal. Além disso, características relacionadas ao desenho das agulhas influenciam na velocidade do fluxo de irrigante, na sua tensão contra as paredes dentinárias, no padrão de fluxo e na renovação do irrigante. Agulhas de ponta aberta proporcionam melhor renovação do irrigante na porção apical dos canais. Por outro lado, as agulhas de ponta fechada são mais seguras em relação à extrusão apical, pois a pressão do irrigante em direção ao forame apical é menor. Neste contexto, o objetivo desta revisão foi avaliar os diferentes desenhos de agulhas e sua influência na eficiência da irrigação e na segurança do tratamento.
O padrão de fluxo das agulhas de ponta aberta é diferente das agulhas de ponta fechada, resultando em maior renovação do irrigante na área mais apical à ponta das agulhas abertas, mas também em uma pressão apical mais alta. A eficácia da desinfecção do canal radicular é sacrificada para evitar a extrusão do irrigante aos tecidos periapicais. Conhecendo os diferentes desenhos das agulhas e o padrão de fluxo correspondente do irrigante, pode-se fazer um bom uso das agulhas com pontas abertas.

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RCR052 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 1

Otimização de um protocolo de endodontia guiada para remoção de pino de fibra de vidro: relato de caso
Silva AV, Estrela LRA, Silva R, Serpa GC, Estrela CRA, Sousa VC, Guedes OA, Oliveira HF
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANGÉLICA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O retratamento endodôntico de dentes portadores de pinos de fibra de vidro representa um desafio para o profissional. O objetivo do presente estudo é relatar o impacto de novas tecnologias no diagnóstico, planejamento e resolução de um caso de um dente com raiz palatinizada, reabilitado com pino de fibra de vidro e diagnosticado com patologia periapical. Indivíduo do sexo masculino, 29 anos, procurou tratamento devido a incômodo no dente 22. O dente apresentava tratamento endodôntico e pino de fibra de vidro. A tomografia computadorizada de feixe cônico evidenciou periodontite apical associada ao ápice, inclinação da raiz para a região palatina e presença de pino de fibra de vidro até terço médio da mesma. Foram ofertados ao paciente dois planos de tratamentos: remoção do pino de fibra de vidro com auxílio do guia endodôntico (Endo Guide) seguido de retratamento endodôntico ou cirurgia parendodôntica. O paciente, por apresentar uma grande ansiedade com relação a um procedimento cirúrgico, optou pela realização do guia endodôntico. Esse protocolo de tratamento foi utilizado para criar uma via de acesso até o material obturador. A remoção do pino de fibra de vidro foi complementada com a utilização de pontas de ultrassom associadas à magnificação com microscópio. Foi utilizado hidróxido de cálcio por 14 dias como medicação intracanal. Em segunda sessão o paciente estava assintomático e o dente foi obturado.
O guia endodôntico se mostrou um método previsível e acurado de acesso ao material obturador em dentes reabilitados com retentor intrarradicular de fibra de vidro.

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RCR053 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 1

Cistos perirradiculares dependem da endodôntica?
Brisson-Suarez K, Baasch A, Brasil SC, Armada L, Alves F
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os cistos perirradiculares, tanto os em bolsa quanto os verdadeiros, têm origem inflamatória, porém existem controvérsias quanto à dependência da infecção do sistema de canais radiculares e quanto ao tipo de tratamento endodôntico indicado. A fim de elucidar estes tópicos à luz do conhecimento científico atual, foi realizada uma revisão crítica da literatura sobre os cistos perirradiculares, discutindo a teoria da auto sustentabilidade. Técnicas de diagnóstico histológico comprovaram a dependência da infecção intracanal em ambos os cistos, bem como a necessidade de tratamento endodôntico.
Neste contexto, foi possível concluir que ambos os cistos estão associados à presença de microrganismos, seja no interior dos canais ou na superfície externa da raiz. Portanto, o tratamento endodôntico convencional deve ser a primeira escolha mesmo nos casos de grandes lesões císticas associadas à necrose pulpar.

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RCR054 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 1

Tratamento endodôntico em criança com anomalia dentária por trauma em dentição primária: relato de caso
Feitosa MESD, Fante AM, Souza TA, Feitosa APOP, Frota LMA, Vitoriano MM, Vasconcelos BC, Aguiar BA
Programa de Pós Graduaçao Em Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A abordagem clínica endodôntica está fortemente ligada ao conhecimento da anatomia dos elementos dentários, somado aos exames imaginológicos, que são indispensáveis para auxílio ao correto diagnóstico e planejamento. Paciente SFR, sexo feminino, normosistêmica compareceu a clínica da Universidade de Fortaleza com queixa de dor e edema em região do dente 11 após trauma ocorrido há três dias. Ao exame clínico foi observado leve mobilidade. Radiograficamente observou-se uma anatomia divergente da convencional. Ainda no histórico foi relatado trauma com avulsão do dente 51 aos 3 anos de idade. Foi realizado o atendimento de urgência com acesso, descontaminação com NaOCl 2,5% e pasta de Ultracal como medicação. Vale ressaltar que ao introduzir a medicação, a paciente sentiu desconforto na região do edema gengival. Foi solicitada uma tomografia computadorizada que após análise constatou-se comunicação do canal radicular com o periodonto no terço médio, uma dilaceração em forma de "S" e rarefação óssea por vestibular. Após a normalização do quadro clínico, foi realizada a limpeza e modelagem dos canais, iniciando com a exploração por limas manuais de aço. Devido a dilaceração radicular, houve a fratura da lima #10 no terço apical a qual foi ultrapassada e a patência, reestabelecida. Na sequência, a instrumentação foi executada com limas rotatórias com controle de memória. A obturação foi realizada com cone de guta-percha e cimento biocerâmico.
Após 1 ano de proservação, a paciente encontra-se assintomática, com exames de imagem apresentando reparo ósseo.

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RCR055 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 08/09 (Quarta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 1

Compostos naturais utilizados na irrigação de canais radiculares: uma revisão narrativa
Vieira SM, Camilli AC, Coaguila-Llerena EH, Faria G
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A busca de irrigantes endodônticos à base de compostos naturais com baixa toxicidade e eficácia antimicrobiana é importante, uma vez que o hipoclorito de sódio (NaOCl) é tóxico aos tecidos periapicais quando em elevadas concentrações, além de apresentar efeitos deletérios à dentina radicular. O objetivo foi revisar os compostos naturais com potencial de uso como irrigante endodôntico. Foi realizada busca no Pubmed, Web of Science e Scielo, sendo selecionados 19 artigos. Foram incluídos artigos nos quais compostos naturais foram avaliados como irrigantes endodônticos em comparação com clorexidina (CHX) e/ou NaOCl. Foram excluídos artigos de revisão e artigos que empregaram somente o "teste de difusão em ágar" para avaliar a atividade antimicrobiana. Morinda citrofilia, extrato de semente de uva (GSE), curcumin, farnesol, chá verde, berberine, Azadiracta indica e Mikania Glomerata mostraram efeito antimicrobiano semelhante ao NaOCl, porém menor citotoxicidade. GSE apresentou maior atividade frente Enterococcus faecalis quando comparado à CHX, enquanto a própolis teve eficácia semelhante à CHX e NaOCl frente E. faecalis e Candida albicans. Triphala apresentou atividade semelhante ao NaOCl frente E. faecalis. O vinagre de maçã promoveu redução de E. faecalis, porém esta foi menor que CHX e NaOCl.
Concluiu-se que, do ponto de vista antimicrobiano, compostos naturais têm potencial de se tornarem irrigantes alternativos ao NaOCl e à CHX, embora pesquisas adicionais sejam necessárias.

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