Biocompatibilidade in vivo de scaffolds poliméricos-biocerâmicos associados às células-troncos para terapia celular regenerativa
Ferreira LF, Neves JG, Rocha DN, Barbosa RM, Calsa B, Correr-Sobrinho L, Santamaria-Jr M, Correr AB
Materiais Dentários - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi analisar a biocompatibilidade in vivo de scaffolds poliméricos associados à Hidroxiapatita (HA) ou Bruxita (BX), implantados na presença ou não de células-tronco mesenquimais (CTMs) em ratos. Scaffolds de Quitosana-Xantana (QX) foram confeccionados e associados à 5% HA ou 5% BX, e posteriormente, às CTMs. Esses foram alocados nos seguintes grupos: 1) QX; 2) QX+CTMs; 3) QXHA; 4) QXHA+CTMs; 5) QXBX; 6) QXBX+CTMs. Scaffolds foram implantados no dorso de ratos Wistar (n=15) e o tecido adjacente ao scaffold foi analisado após 7, 30 e 60 dias da introdução do biomaterial. A análise da resposta inflamatória foi avaliada por meio de histomorfometria e contagem de células inflamatórias, utilizando microscopia óptica (400x) e o software Image J. Os dados foram submetidos à ANOVA 2 fatores, seguido do teste de Tukey (α=0,05). Dentre os grupos experimentais, os scaffolds de QX, QXHA, QX+CTMs, QXHA+CTMs mostraram melhor resposta tecidual em todos os tempos experimentais quando comparados aos grupos QXBX e QXBX+CTMs (p<0,05). Todos os grupos apresentaram diminuição da resposta inflamatória após 60 dias, quando comparados com os tempos de 7 e 30 dias (p<0,05). Após 60 dias, o grupo QX+CTMs apresentou menor resposta inflamatória quando comparado aos demais grupos, exceto para o grupo QXHA+CTMs (p<0,05). Scaffolds de Quitosana-Xantana e Quitosana-Xantana+HA associados a CTMs apresentaram resposta inflamatória de baixa intensidade após 60 dias de implantação em modelo animal, sendo promissores para a aplicação em terapias celulares regenerativas. (Apoio: FAPESP N° 2018/188906 | CAPES | CNPq)PN1397 - Painel Aspirante
Área:
5 - Dentística
Influência de um primer polimérico catalisador sobre a eficácia estética, cinética de degradação e toxicidade de géis clareadores
Dias MF, Voss BM, Zuta UO, Leite MLAS, Ribeiro RAO, Hebling J, de-Souza-Costa CA
Prótese e Materiais Dentários - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Foi avaliada a influência de um primer polimérico catalisador (PPC) contendo 10 mg/mL de óxido de manganês (MnO) sobre a eficácia clareadora, cinética de degradação e citotoxicidade trans-amelodentinária (CT) de géis clareadores com variadas concentrações de H2O2. Os seguintes grupos foram estabelecidos: G1: nenhum tratamento (controle negativo); G2: PPC; G3: 35%H2O2 (controle positivo); G4: 20%H2O2; G5: 10%H2O2; G6: PPC+35%H2O2; G7: PPC+20%H2O2; G8: PPC+10%H2O2. Após aplicar os géis por 45 min. sobre discos de esmalte/dentina manchados, recobertos ou não com PPC, a eficácia clareadora foi avaliada (sistema CIE L*a*b*). Para análise da CT, discos foram acoplados em câmaras pulpares artificiais. A viabilidade (V), estresse oxidativo (EOx) e morfologia (MEV) celular foram avaliados após células odontoblastóides MDPC-23 serem expostas aos extratos (meio de cultura + componentes dos géis difundidos pelo disco). A quantificação da difusão trans-amelodentinária de H2O2 e a produção de radical hidroxila (OH-) também foram determinadas (ANOVA/Tukey; p<0,05). Maior eficácia clareadora foi observada em G6 (p<0,05), porém não houve diferença estatística entre os grupos G3, G7 e G8 (p>0,05). Em G8, a menor difusão de H2O2 causou redução do EOx e o consequente aumento da V celular em comparação aos demais grupos (p<0,05). Conclui-se que o recobrimento do esmalte com PPC contendo 10 mg/mL MnO antes da aplicação do gel clareador com 10% H2O2 mantém a eficácia estética do clareamento convencional de consultório (G3) e minimiza os efeitos tóxicos da terapia clareadora. (Apoio: FAPESP N° 2020/08882-6)PN1398 - Painel Aspirante
Área:
5 - Materiais Dentários
Efeito da incorporação de um híbrido de óxido de grafeno e argilomaterial em resina experimental
Obeid AT, Nunes-Filho FG, Nascimento TRL, Velo MMAC, Castellano LRC, Brondino NCM, Fonseca MG, Mondelli RFL
Dentística, Endodontia e Materiais - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Embora o óxido de grafeno (GO) apresente excelentes propriedades químicas e biológicas, sua aplicação em materiais odontológicos é escassa, devido à coloração escura e propensão à aglomeração das partículas. Esse estudo reduziu o GO com a Montmorillonita (MMT), dos argilomateriais, através do tratamento com ultrassom e contato direto de suspensões aquosas, desenvolvendo um híbrido (GO-MMT) estável e com propriedades ópticas favoráveis. O híbrido foi incorporado em resina experimental (RE) (49,5% BisGMA; 49,5% TEGDMA; 0,2% canforoquinona e 0,8% 2- dimetacrilato) nas concentrações de 0,3% e 0,5% e a resistência flexural em três pontos avaliada (σ) por máquina Universal Instron (500 N a 0,5 mm/min). As análises de difração de raio-X, espectroscopia de infravermelho e espectroscopia Raman do híbrido GO-MTT demonstraram interações entre grupos OH do GO e silanóis da MTT. Para a avaliação da σ na RE, os espécimes (n=6) foram confeccionados (2 × 2 × 8 mm) e 7 grupos de estudo desenvolvidos: G1 (RE, controle); G2 (RE + 0,3% MMT); G3 (RE + 0,5% MMT); G4 (RE + 0,3% GO); G5 (RE + 0,5% GO); G6 (RE + 0,3% GO-MMT) e G7 (RE + 0,5% GO-MMT). Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). Os resultados da σ foram: G1: 69,8±1,98bc; G2: 65,7±4,36bc; G3: 77,5±1,93c; G4: 60,6±2,9b; G5: 47,0±2,0a; G6: 86,1±0,9d; G7: 100,1±3,53e, com resultados superiores para o híbrido (G6 e G7). A redução do GO com MMT para formar o híbrido (GO-MMT) permite a expansão de sua aplicação em materiais odontológicos resinosos, demonstrando ser um composto estável, melhorando a propriedade mecânica da RE. (Apoio: 19/06045-2 N° FAPESP)PN1399 - Painel Aspirante
Área:
5 - Materiais Dentários
Efeito do pH no potencial biomodificador do extrato de semente da uva sobre colágeno dentinário
Mota ALM, Lemos MVS, Santiago SL, Mendes TAD, Lourenço GA
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi verificar a efetividade e a estabilidade da solução de extrato de semente da uva a 6,5%, com diferentes pHs, aplicadas sobre colágeno dentinário. Barras de dentina (0,5x1,7x6,0 mm) foram confeccionadas e desmineralizadas durante 5 horas em ácido fosfórico a 10% e distribuídas nos grupos: solução ácida (pH=4,42); neutra (pH=6,96); básica (pH=11,92) e água destilada como controle (pH=6,75). Realizou-se os testes de flexão de 3 pontos (n=10) e variação de massa (n=10), avaliados com máquina de ensaios universais e balança de precisão, respectivamente, antes e após biomodificação, 7 e 14 dias de armazenamento em solução remineralizante. Os dados foram submetidos a testes de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, seguido por ANOVA a dois critérios por medidas repetidas e pós-teste de Tukey (p<0,05). Espectroscopia infravermelho por transformada de Fourier (FT-IR) e espectroscopia Raman (FT-Raman) foram realizadas para análise qualitativa das ligações formadas. O grupo tratado com solução alcalina elevou o módulo de elasticidade (ME), apresentando queda após 7 dias e estabilização após 14. O grupo em solução ácida aumentou o ME após biomodificação, porém não se mostrou estável ao longo dos 14 dias. Sendo capaz também de elevar a massa após biomodificação e 14 dias de armazenamento. Os gráficos de FT-IR e FT-Raman demonstraram que todos as soluções apresentaram interação com o colágeno em algum nível. Concluimos que o pH da solução influencia diretamente na ação do extrato da semente da uva, sendo encontrados resultados satisfatórios em soluções alcalinas. (Apoio: CNPq N° 425446/2018-2 | CAPES)PN1400 - Painel Aspirante
Área:
5 - Dentística
Caracterização e análise química de dentina de cárie relacionada à radiação - um estudo piloto
Nascimento BL, Soares P, Souza EM
0000-0002-9511-8946 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi caracterizar quimicamente a estrutura da dentina afetada por cárie relacionada à radiação (CRR) comparativamente à dentina afetada por radiação (DR) e à dentina sadia (DS). Três dentes extraídos com cárie de radiação foram preparados a partir de áreas afetadas pela CRR e áreas sem cárie, mas afetadas pela radiação. Como controle, foram usados três dentes hígidos. Os dentes foram seccionados, desidratados e fixados para obtenção dos espécimes (n=3), que foram analisados em microscópio eletrônico de varredura (MEV), espectroscópio por energia dispersiva (EDS) e espectroscópio infravermelho com transformada de Fourrier (FTIR). Foi observado no MEV maior desorganização mineral nas amostras CRR e estrutura mais homogênea em DS. A análise química em EDS que mostrou uma menor quantidade de carbono (C) em DS quando comparada à DR e à CRR. As medidas detectadas de Ca P foram maiores em DS (22,8 e 11,9) do que em DR (11,3 e 5,6) e CRR (8,4 e 4,1). No FTIR, o espectro correspondente à apatita apresentou maior intensidade em DS, seguido por DR e CRR. Foi concluído que a estrutura da dentina proveniente da cárie relacionada à radiação e da dentina irradiada apresentaram menor quantidade de apatita, redução de Ca e P e desorganização mineral quando comparada à dentina sadia. (Apoio: CAPES N° 88887.303769/2018-00)PN1401 - Painel Aspirante
Área:
5 - Materiais Dentários
Influência de dois biomateriais poliméricos sobre a eficácia estética e citotoxicidade de géis clareadores
Voss BM, Dias MF, Zuta UO, Leite MLAS, Ribeiro RAO, Hebling J, de-Souza-Costa CA
Prótese e Materiais Odontológicos - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da aplicação sobre esmalte, de um scaffold nanofibrilar (SN) e um primer polimérico catalisador (PPC) contendo 10 mg/mL da enzima peroxidase hêmica (HRP), sobre a eficácia estética (EE) e citotoxicidade trans-amelodentinária (CT) de géis clareadores. Para isso, os seguintes grupos foram estabelecidos: G1- nenhum tratamento (controle negativo); G2- 35% H2O2 (controle positivo); G3- 20%H2O2; G4- 10%H2O2; G5- SN/PPC+35%H2O2; G6- SN/PPC+20%H2O2; G7- SN/PPC+10%H2O2. Discos de esmalte/dentina, manchados em laboratório e recobertos ou não com SN/PPC, foram tratados com os géis por 45 min. e submetidos a análise da eficácia estética (EE). Para avaliação da CT, discos foram acoplados a câmaras pulpares artificiais (CPAs) e os extratos (meio de cultura contendo os componentes dos géis que se difundiram pelo esmalte/dentina) foram coletados e aplicados por 1h sobre células MDPC-23. Então, após analisar a viabilidade (V), estresse oxidativo (EOx) e morfologia (MEV) celular, a quantificação de H2O2 difundido (DP) foi realizada (ANOVA/Tukey; p<0,05). Maior EE ocorreu em G5 quando comparado a G2 (p<0,05), sendo que os grupos G2, G6 e G7 não diferiram entre si (p>0,05). G7 apresentou maior V celular, bem como menor EOx e DP em comparação aos demais grupos experimentais (p<0,05). Conclui-se que a utilização conjunta dos biomateriais (SN/PPC) previamente à aplicação do gel clareador com 10% de H2O2, mantém a eficácia estética do clareamento convencional de consultório (G2) e minimiza os efeitos citotóxicos deste tipo de terapia. (Apoio: FAPESP N° 2020/08950-1)PN1402 - Painel Efetivo
Área:
5 - Materiais Dentários
Influência do tipo de adesivo na formação de biofilme multiespécies, resistência adesiva e higiene de próteses dentárias
Castro DT, Costa MS, Silva-Lovato CH, Watanabe E, Oliveira VC, Lepri CP, Reis AC
Biomateriais - UNIVERSIDADE DE UBERABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou a influência dos tipos de adesivos para próteses dentárias na formação de biofilme e resistência adesiva, bem como a eficácia de protocolos de higiene para sua remoção. Amostras em resina acrílica foram divididas em quatro grupos: Controle (Sem Adesivo), Ultra Corega Creme, Corega Fita Adesiva e Ultra Corega Pó. A formação de biofilme foi avaliada por contagem de unidades formadoras de colônias e microscopia de fluorescência. Para avaliar a eficácia dos protocolos de higiene, as amostras foram divididas em cinco subgrupos: Escovação com água destilada; Escovação com sabonete Protex; Escovação com creme dental Colgate; Imersão em Corega Tabs e Imersão em Corega Tabs seguida de escovação com a solução. O adesivo remanescente foi quantificado com o software ImageJ. A força adesiva foi testada em diferentes tempos. Verificada a distribuição dos dados, foi aplicada a análise paramétrica ou não paramétrica (α=0,05). Candida albicans formou mais biofilme em Fita (P=0,007) e Pó (P=0,001), Pseudomonas aeruginosa em Creme (P<0,001) e Pó (P<0,001) e Staphylococcus aureus em Fita (P<0,001). Todos os adesivos promoveram aumento da formação de biofilme (P=0,003). Escovação com Colgate e Protex foi mais eficaz para remoção (P<0,05). O pó apresentou a maior força adesiva (P<0,05). A Fita apresentou alteração na resistência adesiva com o tempo (P=0,004). A limpeza mecânica da prótese é importante para a remoção dos adesivos, visto que a presença desses materiais pode favorecer o acúmulo de biofilme. A força adesiva pode variar de acordo com a forma comercial. (Apoio: CNPq N° 150371/2020-9 | Programa Institucional de Apoio à Pesquisa (PAPE/Uniube). | CAPES N° 001)