Associação entre terapia medicamentosa e a experiência de cárie em crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista
Xavier HS, Heimer MV, Cavalcanti ACS, Gomes ACP, Luz-Neto RG, Marques PRTB, Almeida HCR, Vieira SCM
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Analisar a associação entre a terapia medicamentosa e a experiência de cárie em crianças e adolescentes com o Transtorno do Espectro Autista. Este é um estudo do tipo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Realizado com crianças e adolescentes de ambos os sexos e diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para a coleta de dados foi aplicado um questionário aos pais ou responsáveis e uma ficha clínica preenchida com base no exame bucal realizado. A amostra foi constituída por 22 pacientes com idade entre 5 e 23 anos, com predominância do sexo masculino (81,8%). Mais de 90% dos pesquisados faziam uso de medicamentos, sendo os mais utilizados a Risperidona (42,8%) e a ritalina (23,8%). As crianças e os adolescentes apresentaram um consumo considerável em relação aos grupos dos doces, porém uma boa condição de saúde bucal. (25%) dos pesquisados possuiam cárie no momento da coleta, pois quando tratou-se da verificação da experiência de cárie esse percentual dobrou (50%). As crianças e adolescentes pesquisadas em sua maioria pertenciam a famílias com padrão social e econômico elevado, faziam uso de medicamentos e consumo diário de alimentos açucarados, e uma alta experiência de cárie.PN0960 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Impacto da pandemia de Covid-19 em alunos de graduação em Odontologia
Viçôzo CCD, Stabile AM, Santin GC, Salles JPSL, Lolli LF, Fernandes ME, Pieralisi N, Scheffel DLS
Odontologia Integrada - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 em graduandos de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. Um questionário (Google Forms) contendo 21 questões, foi enviado aos graduandos de Odontologia (Fase I). As questões foram divididas em: dados demográficos e socioeconômicos, diagnóstico/sintomas de COVID-19, transtornos mentais pré-existentes (TMP), níveis de medo e fatores acadêmicos. O mesmo questionário foi reaplicado após 6 meses (Fase II). Os testes exato de Fisher e Kruskal-Wallis foram aplicados. Na fase I, 72,4% dos alunos responderam ao questionário, com idade média de 21,11±2,39 anos. Cerca de 2% testaram positivo para a COVID-19, 88,7% relataram medo moderado ou severo da pandemia. As mulheres apresentaram níveis de medo maiores (p=0,017). 40% relataram TMP e 80% destes apontaram moderada ou severa piora. Alterações de comportamento ou humor como ansiedade, estresse e limpeza excessiva foram relatadas por 66% dos alunos. 31% pensaram em trancar o curso (PTC), para cerca de metade deles, o principal motivo é a pandemia. Foi encontrada associação entre "PTC", "renda" (p<0,001) e "TMP" (p=0,008). Medo severo em prolongar o curso foi apontado por 46% dos alunos, sendo maior nas mulheres (p=0,013). Na fase II, 52,6% dos alunos participaram e, no geral, não foram encontradas diferenças entre as fases. Para 71% dos alunos as atividades remotas não reduziram seus medos em relação ao curso. Conclui-se que a pandemia de COVID-19 teve grande impacto na saúde mental dos alunos bem como nas suas perspectivas profissionais.PN0961 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Banco de dentes Humanos e a importância para ensino e prática em Odontologia dos acadêmicos UNESC
Bernardi AV, Oliveira AJP, Oliveira ACP, Guzzatti MFM, Bellettini AP, Pires PDS, Gazola S, Ceretta RA
Odontologia - UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O uso de dentes naturais nas disciplinas de pré-clínica é considerado um dos melhores instrumentos de treinamento, pois reproduz de maneira mais realista a estrutura dental. O objetivo deste estudo é demonstrar a importância do banco de dentes (BDH) no ensino odontológico dos acadêmicos UNESC através da contabilização do número de dentes concedidos para as atividades práticas nos últimos cinco anos do curso de Odontologia da UNESC. A coleta de dados foi realizada através dos registros de concessões do BDH para as práticas laboratoriais no período de fevereiro de 2016 até fevereiro de 2021. O BDH fez a concessão de 4.318 dentes nos últimos 5 anos, sendo que a disciplina de Endodontia utilizou 3.200 dentes, Prótese Fixa 499, Cariologia 398, Liga de Endodontia 119, Anatomia e Escultura Dental 68, Liga de Odontopediatria 34 dentes. Desta forma, conclui-se que as concessões contribuíram para maior o treinamento laboratorial dos graduandos que, posteriormente, realizarão procedimentos em pacientes nas clínicas.PN0962 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Perfil e Processo de Trabalho de Cirurgiões-Dentistas do Estado de Santa Catarina frente à Pandemia da Covid-19
Spiger V, Uriarte-Neto M, Maciel MC, Franken T, Finkler M, Colussi CF, Carcereri DL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Recorte transversal e descritivo da pesquisa multicêntrica "Biossegurança em Odontologia para o enfrentamento da Covid-19: análise das práticas e formulação de estratégias", aplicada a profissionais de saúde bucal da região Sul, entre agosto e outubro de 2020. Objetivou-se caracterizar o perfil e processo de trabalho de cirurgiões-dentistas (CD) catarinenses. Após cálculo amostral, 554 CD responderam ao questionário eletrônico sobre perfil sociodemográfico, atuação profissional e impacto pandêmico. O teste de Shapiro-Wilk indicou distribuição não-paramétrica; a análise incluiu os testes Kruskal-Wallis para média e chi-quadrado para variáveis categóricas. Houve predominância do gênero feminino (70,6%), idade média de 39,3 anos, sem fatores de risco para Covid-19 (87,9%). Majoritariamente, formaram-se há mais de 10 anos (64,1%), têm pós-graduação (82,8%), e atuam em consultório privado (58,8%) ou Unidade Básica de Saúde (UBS) (42,2%). Relata-se interação com outras áreas (63,9%), mas apenas 47,5% realizaram acolhimento/triagem da Covid-19; ao considerar somente CD de UBS, o valor foi significativamente maior (60,7%) (p<0,001). A maioria recebeu orientação (77,3%), modificou práticas (67,3%), e se sente segura (80,3%), ainda que com ansiedade/preocupação (64,8%). A segurança foi maior para CD formados há mais de 10 anos (p=0,002). Não houve diferença estatística entre gênero, idade e pós-graduação Evidenciou-se uma força de trabalho capacitada, experiente e segura, o que contribui para a reelaboração de políticas de saúde bucal na pandemia.PN0964 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Avaliação dos custos dos serviços para manutenção da saúde pós-cirurgia bariátrica para o Sistema Único de Saúde
Ishibashi YGC, Bretz YPM, Cardozo AFC, Probst LF, Cavalcante DFB, Pereira AC
Odontologia Social - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se calcular os custos para o acompanhamento longitudinal de pacientes Pós-Cirurgia Bariátrica (PCB), na perspectiva do Sistema Único de Saúde. Este é um estudo de avaliação econômica parcial do tipo macrocusteio (top down), baseado em Sistemas de Informação, relativo ao período de janeiro de 2017 a dezembro de 2019. Foram parametrizados os gastos com recursos humanos e exames durante 18 meses, considerando o Protocolo de Atendimento Pós Cirurgia Bariátrica, conforme a Portaria nº 425. Inicialmente, o valor individual de cada procedimento foi somado, resultando no valor total do acompanhamento PCB por indivíduo. Esse valor foi multiplicado pelo número de cirurgias bariátricas realizadas por ano e calculado a média. O mesmo foi aplicado para o tratamento das intercorrências clínicas e cirúrgicas pós-cirurgia bariátrica. A média de gastos com cirurgia bariátrica no período de 2017 a 2019 foi de R$72.510.788,70. O valor médio total do acompanhamento durante 18 meses PCB é de R$1.097,56 por indivíduo e a média desses valores gastos de 2017 a 2019 foi de R$49.501,04. Os gastos totais com as intercorrências clínicas e cirúrgicas pós-cirurgia bariátrica entre os anos de 2017 a 2019 foram de R$776.713,00. Conclui-se que a cirurgia bariátrica é um tratamento de alto custo, no entanto a manutenção da saúde pós-cirurgia bariátrica mostra-se custo-efetiva por promover a qualidade de vida dos pacientes.PN0965 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Avaliação dos fatores de risco e prevalência de trauma dental em esportistas de 7 a 17 anos em Piracicaba - SP
Figueiredo-de-Almeida R, Gabriel PH, Vieira WA, Santos ECA, Vargas Neto J, Almeida JFA, Gomes BPFA, Soares AJ
Endodontia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Neste estudo foi realizada uma parceria com a secretaria de esportes da prefeitura de Piracicaba onde foram avaliados 495 jovens esportistas participantes do Projeto Desporto de Base, realizado por esta secretaria. Dez modalidades esportivas foram avaliadas. Os participantes passaram por uma entrevista inicial seguida da avaliação clínica para diagnóstico da presença de trauma denta (TD). Durante a entrevista inicial os jovens foram questionados sobre eventos em que sofreram TD, bem como local e há quanto tempo o trauma ocorreu. Para a avaliação clínica os dentes anteriores foram avaliados usando como critério a classificação proposta por O'Brien modificada por Cortes verificando a presença, ausência ou sequelas de TD. Também foram avaliados o trespasse horizontal e o tipo de selamento labial, como fatores de predisposição ao TD. Da amostra obtida 154 (31,2%) esportistas apresentavam histórico de trauma e 86 (17,4%) possuíam o trauma presente no momento da avaliação, totalizando 140 dentes afetados. Os incisivos centrais superiores foram os dentes mais afetados (84,3%). A fratura de esmalte foi o tipo de trauma mais comum (52%), seguido pela fratura de esmalte e dentina (12,9%), e o escurecimento coronário (10,7%). Dentre os fatores de risco avaliados não houve diferenças estatísticas significantes (p<0,05). Através deste estudo concluímos que o esporte em si é um fator predisponente de trauma dental, sendo indicado o uso de protetores bucais para a prática esportiva.PN0958 - Painel Efetivo
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Dor dentária em adolescentes de Minas Gerais, Brasil: fatores contextuais e individuais
Vargas-Ferreira F, Macedo TFF, Pinto RS, Castilho LS, Martins RC, Abreu MHNG
Odontologia Social e Preventiva - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo transversal foi avaliar quais fatores foram associados à dor dentária. Utilizaram-se dados secundários SB Minas 2012. A variável dependente foi dor dentária reportada nos últimos seis meses. As covariáveis foram: domínio, sexo, cor da pele, renda familiar, cárie dentária não tratada, condição periodontal, necessidade de tratamento dentário e tempo da última consulta odontológica. Variáveis contextuais: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Coeficiente de Gini, analfabetismo, desemprego, renda de até metade do salário-mínimo (SM), renda de até um quarto do SM, cobertura de Atenção Primária à Saúde, cobertura das equipes de Saúde Bucal, acesso ao serviço dentário individual e taxa de escovação; essas covariáveis foram analisadas no nível regional do Estado. Modelo de regressão logística (Razão de Chances - RC/IC95%) multinível foi usado para inferir associação entre os diferentes níveis (p<0,05). Os dados foram analisados no programa IBM SPSS Software versão 22.0. A prevalência do desfecho foi de 23,1% (277/1200). Além disso, adolescentes cujas famílias ganham até R$1,500 reais tiveram 1,58 vezes maior chance de pertencer ao grupo com dor dentária (IC95% 1,07-2,33). Indivíduos com cárie dentária não tratada e com profundidade de sondagem acima de 3mm apresentaram maior chance de dor dentária, respectivamente, (p<0,001 e 0,034). Não houve associação com variáveis contextuais. Conclui-se que a dor dentária é influenciada por variáveis clínicas e sociais e é preciso se reduzir as iniquidades sociais entre os adolescentes.PN0963 - Painel Efetivo
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Oferta dos serviços às pessoas com deficiência nos centros de especialidade odontológica das capitais brasileiras
Borges TS, Nunes AMM, Thomaz EBAF, Benazzi AST, Oliveira ICV, Queiroz RCS
Odontologia - UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho foi descrever a oferta de serviço especializado em odontologia no sistema público de saúde para pessoas com deficiência e analisar a relação da estrutura física dos serviços com os indicadores socioeconômicos e demográficos nas capitais Brasileiras. Estudo transversal com dados secundários obtidos da avaliação externa do 1º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicas (PMAQ-CEO) ano de 2014 e dos indicadores sociodemográficos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do ano de 2010. Foram incluídos todos os 123 CEO das 27 capitais brasileiras. Nas capitais, o aparelho de sedação foi o item com maior escassez (6,5%), enquanto a presença de corredores adaptados para uso de cadeiras de rodas foi o item mais presente (76,4%). A maioria dos dentistas possui especialização, mestrado ou doutorado na área de interesse. As capitais apresentaram tempo médio de espera para atendimento de 19,8 dias, com 78,0% de completude do tratamento desses pacientes e com demanda reprimida a nível hospitalar. As capitais brasileiras apresentam diferenças nas ofertas dos serviços às pessoas com deficiência, identificando-se que melhores estruturas físicas dos CEOs estão relacionadas com melhores indicadores sociodemográficos das capitais. O estudo conclui que as capitais brasileiras apresentam diferenças nas ofertas dos serviços as pessoas com deficiência nos CEO, principalmente relacionado a estrutura física e na baixa completude dos tratamentos.