RESUMOS APROVADOS

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PN0943 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 20

Vigilância em Saúde Bucal: conhecimentos e práticas das equipes de saúde bucal da Estratégia Saúde da Família do Município do Rio de Janeiro
Souza EER, Maia KD

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este trabalho se propôs a investigar os conhecimentos e práticas sobre Vigilância em Saúde Bucal, o planejamento e as dificuldades encontradas pelas equipes de saúde bucal (ESB). Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 11 dentistas que atuavam nas unidades de Estratégia Saúde da Família da área de planejamento 1.0 do município do Rio de Janeiro. Os dados obtidos sofreram análise de conteúdo. Estes foram consolidados e sistematizados em categorias previamente selecionadas. O projeto foi aprovado pelo parecer nº2.774.240 do CEP. A maioria dos sujeitos possuía mais de cinco anos de experiência na ESF e realizaram cursos de pós graduação. Os entrevistados reconhecem que seus cursos de graduação estavam direcionados para uma prática assistencialista e que seu conhecimento sobre vigilância em saúde bucal provinha de cursos de pós graduação na área. Em relação às práticas, constatou-se que algumas ações desenvolvidas se articulavam a elementos da vigilância, como a realização do monitoramento dos usuários cadastrados com base nas linhas de cuidados para planejar. As dificuldades relacionadas foram: planejamento em equipe com territórios e uma população extensa a ser assistida, fragilidades sobre o tema da vigilância na formação e a desproporção entre equipes de saúde da família e ESB.
Sugere-se que a gestão local em saúde invista na educação permanente, possibilitando que as equipes executem suas ações mais próximas ao idealizado pelas políticas de vigilância.
PN0945 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 20

Estresse no ambiente odontológico e associação com senso de coerência em alunos de graduação e pós-graduação: estudo transversal
Dora PL, Casarin M, Ortiz FR, Muniz FWMG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo investigar as relações de estresse e senso de coerência no ambiente odontológico, entre estudantes de graduação e pós-graduação, durante a pandemia da COVID-19. Todos os estudantes de Odontologia matriculados no primeiro semestre de 2020 da Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, foram convidados para o estudo. A coleta de dados foi realizada por um questionário online, que incluiu informações quanto a idade, sexo, cor da pele, ansiedade e medo do COVID-19 e o questionário de Senso de Coerência (SOC). O desfecho do estudo, nível de estresse, foi medido pelo "Dental Environmental Stress" (DES). Análises de regressão linear foram realizadas para verificar a associações entre os escores de DES e variáveis independentes (α<0,05). Foram incluídos 408 estudantes. Na análise ajustada final, maior idade esteve significativamente associada com maiores escores na escala DES (β: 0,666; IC95%: 0,034-1,298). O sexo feminino apresentou maiores valores médios da escala DES em relação ao sexo masculino (β: 11,560; IC95%: 7,017-16,104). O nível de estresse foi maior nos não-brancos quando comparado aos brancos (β: 9,380 IC95%: 4,136-14,625). Além disso, os indivíduos com maior SOC apresentaram significativamente menores escores da escala DES (β: -0,395; IC95%: -0,499--0,291).
Conclui-se que os estudantes com maior SOC apresentam menores impactos de estresse no ambiente odontológico. Maiores níveis de estresse foram encontrados nos estudantes mais velhos, em mulheres e indivíduos não-brancos.
PN0947 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 20

Fatores associados à necessidade de tratamento odontológico em crianças de 5 anos: um estudo transversal
Moraes CN, Cavalcanti YW, Cunha IP, Pereira AC, Herval AM, Lucena EHG, Araújo ECF, Bulgareli JV
Ciências da Saúde e Odont. Infantil - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi investigar a associação da necessidade de tratamento odontológico com variáveis contextuais, de estrutura do serviço odontológico e individuais. Um estudo transversal com dados secundários do Levantamento de Saúde Bucal nos Municípios do Estado de São Paulo, publicado na Pesquisa Estadual de Saúde Bucal de São Paulo de 2015, realizada em 415 municípios (64,34%), com escolares de 5 anos, com 31.592 crianças. Houve a construção de dois modelos de regressão múltipla com abordagem hierárquica, no primeiro modelo a variável dependente foi a necessidade de tratamento odontológico dividida em com ou sem necessidade, no segundo modelo foi o número de dentes com necessidade de tratamento, as variáveis independentes foram em níveis, contextuais (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), zona de moradia), de estrutura do serviço de saúde (cobertura de saúde bucal na atenção básica e disponibilidade do centro de especialidades odontológicas, fluoretação das águas) e individual (sexo e etnia). Crianças com pelo menos um dente necessitando de tratamento odontológico foi de 45%. Morar em cidades com maior IDH-M e maior cobertura de atenção básica contribuiu significativamente para o menor número de dentes que precisam de tratamento. Residir na zona rural, ser do sexo masculino e ser indígena, preto ou pardo esteve associado com o maior número de dentes com necessidade de tratamento odontológico.
A necessidade de tratamento foi associada as variáveis em diferentes níveis, oferecendo informações relevantes para nortear as políticas de saúde.
PN0949 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 20

Impacto da pandemia da Covid-19 na renda dos cirurgiões-dentistas no Brasil
Barros RL, Mendes AKR, Silva VO, Estrela CRA, Fernandes TMF, Martins-Pfeifer CC, Borba AM, Volpato LER
Doutorado Em Ciências Odontológicas Int - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi analisar o impacto causado na renda dos cirurgiões-dentistas do Brasil advindo da condição imposta pela pandemia da COVID-19. Para alcançar o objetivo traçado foi realizado um estudo transversal descritivo, que teve como base informacional um banco de dados construído a partir de uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Odontologia entre os dias 25 de junho e 3 de julho de 2020. Esse manancial de informação foi construído com base na participação de 40.271 respondentes. A pesquisa apresentou características sociodemográficas dos cirurgiões-dentistas participantes e os efeitos da pandemia da COVID-19 na sua renda e vida profissional. Os dados permitiram a observação dos seguintes resultados: dentre os pesquisados o maior percentual foi do sexo feminino (65,2%); com idade entre 30,1 e 50 anos (49,3%) e da Região Sudeste (51,46%); tempo de formação de até 10 anos (38,9%); atuam nos consultórios próprios ou compartilhados (58,0%); não atendem convênio e nem trabalham com franquia (64,3%) e continuaram trabalhando na pandemia com restrição (72,2%).
Houve impacto na renda dos cirurgiões-dentistas em todos os estados do Brasil, sendo que antes da pandemia a renda estava entre R$ 3.001,00 e R$ 10.000,00 (58,0%) e durante a pandemia passou a ser de até R$ 3.000,00 (51,6%). Concluiu-se que o impacto na renda dos cirurgiões-dentistas não foi uniforme, com maior queda do caso das profissionais do sexo feminino e da Região Sudeste, devido a redução do atendimento durante o período da pandemia da COVID-19 em que os dados foram coletados.
PN0950 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 20

Efeito da incorporação de óleos essenciais nas propriedades físico-químicas e anti-bacterianas de adesivos dentinários
Tavares LOR, Carvalho EM, Silva DO, Siqueira FSF, Pereira ML, Silva LCN, André CB, Galvão LCC
Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A busca pela longevidade das restaurações dentais é um desafio e tem-se utilizado, cada vez mais, recursos alternativos para tentar minimizar o fracasso das mesmas. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar as propriedades físico-químicas e anti-bacterianas de adesivos dentinários modificados pela incorporação do óleo essencial (OE) extraído da planta Eugenia brejoensis (EB). O OE de EB foi testado contra o Streptococcus. Mutans (S. mutans) em ensaio de Concentração inibitória mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM). Foi realizado o teste de inibição de formação de biofilme em microplaca. A partir da determinação da CIM do OE, este foi utilizado na CIM e 10x a CIM para ser incorporado ao adesivo dentinário Ambar APS-FGM. Foram confeccionados discos em resina composta, recobertos por adesivo sem o OE e com o OE na CIM e 10X a CIM para avaliação da inibição do crescimento de S. mutans. A resistência flexural (RF) e módulo de elasticidade (ME) do adesivo sem o OE e com o OE, foram mensurados. A CIM do OE de EB, frente ao S. mutans, foi entre 31,2 e 62,5ug/mL. A CBM coincidiu com a CIM.O OE foi capaz de inibir a formação do biofilme de S. mutans em microplaca. Os discos de resina impregnados com adesivo na CIM e 10X a CIM reduziram significativamente a contagem de UFC de S. mutans do meio. A incorporação do OE no adesivo na CIM aumentou sua RF e seu ME.
Pôde-se verificar que o OE de EB tem uma forte atividade antimicrobiana, e capacidade de inibir a formação de biofilme de S. mutans, e a sua incorporação ao adesivo dentinário, até então, preserva ou melhora suas propriedades mecânicas.
PN0944 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 20

Acesso à informação e adesão às normas de biossegurança em Odontologia em tempos de COVID-19: estudo multicêntrico na Região Sul do Brasil
Castro RG, Palma LZ, Silva-Junior MF, Soares DB, Carcereri DL, Ditterich RG, Warmling CM, Baldani MH
Odt - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudo transversal multicêntrico teve por objetivo realizar um diagnóstico sobre a organização do trabalho em saúde bucal na Região Sul do Brasil no que se refere às práticas e medidas de biossegurança para o controle e prevenção da COVID-19 e sua associação com o acesso à informação. Os participantes foram Cirurgiões-Dentistas, Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal atuantes durante a pandemia, nos setores público e privado. Os dados foram coletados entre agosto e outubro de 2020 mediante formulário on-line enviado por e-mail pelos Conselhos Regionais de Odontologia e divulgado por mídias sociais. As associações por regressão de Poisson entre ter recebido orientações sobre medidas de biossegurança e os desfechos (medidas adotadas, disponibilidade e uso de EPIs) foram ajustadas por estado, categoria profissional e setor de trabalho (p<0,05). Dentre os 2560 participantes, 54,4% receberam orientação sobre a prevenção e controle da COVID-19 no local de trabalho. Houve associação entre o acesso à informação e adesão à reorientação da prática odontológica (cuidados em sala de espera e clínica, participar de fast track, realizar telemonitoramento e/ou teleorientação), gestão e trabalho em equipe (haver participado de tomada de decisões quanto ao processo de trabalho e interação com outros profissionais de saúde), e cuidados durante os atendimentos (disponibilidade e uso de EPIs).
Houve associação entre acesso à informação a adesão às medidas de biossegurança pelos profissionais da Odontologia na Região Sul do Brasil durante a pandemia da COVID-19.
PN0948 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 20

Fatores psicossociais associados a dor nos dentes nos sobreviventes do rompimento da barragem do Fundão em Mariana: Um estudo transversal
Santos PCM, Garcia FD, Freitas AAC, Roque MA, Sabato B, Borges-Oliveira AC, Neves MCL
UNIVERSIDADE DE BELO HORIZONTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O rompimento da barragem do Fundão em Mariana, foi um dos desastres tecnológicos mais significativos e pode estar associado, por exemplo, as consequências negativas na saúde bucal e mental. O presente estudo teve como objetivo investigar a prevalência de dor nos dentes e os fatores associados em sobreviventes de desastres. Um questionário foi desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidades e Saúde da UFMG, com questões envolvendo saúde mental e saúde bucal. Todos os indivíduos atingidos ou diretamente expostos ao desastre que se encaixassem nos critérios de inclusão foram convidados a participar do estudo. O estudo incluiu 225 adultos, com idade média de 45.5±17,8 anos. Para avaliar, utilizamos instrumentos divididos em constructos individuais, relacionados ao evento, saúde mental, saúde bucal. Os dados coletados foram transmitidos para um banco de dados instalado em um servidor que armazenou as informações e analisados por meio do software SPSS®. Na análise univariada, a prevalência de dor nos dentes foi de 16,9, sendo maior nas mulheres (20,1%), indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada (57.9%), transtorno depressivo maior (24.6%), transtorno do estresse pós traumático (26,3%) e aqueles com menor satisfação com o suporte social.
Constatamos que os sobreviventes pós desastre de Mariana apresentavam uma prevalência elevada de dor nos dentes quando comparados aos dados da população geral brasileira, e esse sintoma bucal se associava com a satisfação dentária, transtorno de ansiedade generalizada e satisfação com o suporte social.