RESUMOS APROVADOS

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PN0928 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 19

Viabilidade da incorporação da Laserterapia nos serviços de saúde bucal na Atenção Primária à Saúde: uma análise de impacto financeiro
Oliveira LFS, Lemos ASP, Araújo EF, Campêlo MCC, Pereira AC, Cedro VQM
Saúde Coletiva - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A incorporação de novas tecnologias nos serviços de saúde é uma decisão difícil para o gestor tendo em vista a limitação de recursos no Sistema Único de Saúde (SUS). O presente estudo trata-se de uma avaliação econômica parcial, realizada por meio da abordagem de microcusteio que objetivou estimar o impacto financeiro da incorporação da laserterapia na Atenção Primária à Saúde (APS). Para a construção do cálculo de custos diretos, utilizou-se a média de valores dos equipamentos de laserterapia e do fotossensibilizante Azul de Metileno, usado no protocolo de Terapia Fotodinâmica. Os valores utilizados para construção dos resultados foram obtidos através do Painel de Preços alimentado pelo Ministério da Saúde, como também através de cotação de valores cobrados por empresas que fazem a comercialização dos produtos. O cenário utilizado foi um serviço de APS, sob a perspectiva do gestor local, em um horizonte temporal de 5 anos, o qual conferiu um custo global estimado para incorporação da laserterapia de R$ 10.159,19. Considerando a média de atendimentos do Cirurgião Dentista na APS de 8 usuários por dia, o valor final da tecnologia por usuário foi de R$ 1,05 para cada equipe de saúde bucal. O valor calculado demonstra que a incorporação da laserterapia nos serviços de APS revelou-se de baixo custo, tendo em vista seu amplo espectro de uso.
A análise econômica realizada, aliada às evidências científicas positivas identificadas na literatura, demonstra a viabilidade da incorporação da laserterapia nos serviços de APS.
PN0929 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 19

Prevalência e fatores associados à gengivite em pré-escolares
Cruz MSO, Sousa GP, Matos AFB, Lima CCB, Lima MDM, Moura LFAD, Moura MS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetivou avaliar a prevalência e fatores associados à gengivite em pré-escolares. Esta pesquisa foi um recorte de ensaio clínico randomizado que avaliou a eficácia da educação em saúde bucal para pais/responsáveis combinado com o uso de fluoretos no controle da Cárie na Primeira Infância (CPI). Participaram crianças menores de quatro anos de idade, residentes em Teresina, Piauí, matriculadas em creches públicas, e seus pais/responsáveis. Inicialmente foram examinadas as superfícies vestibulares e linguais de todos os dentes considerando a presença ou ausência de biofilme dental avaliada pelo IPV, e em seguida realizada higiene bucal com escova e dentifrício fluoretado. Durante a escovação foram observados os pontos gengivais sangrantes e o aspecto da gengiva. Para análise dos dados realizou-se estatística descritiva e testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Participaram 229 crianças, sendo 50,2% do sexo feminino 90,0% na faixa etária de quatro anos. Com relação ao perfil socioeconômico demográfico houve predomínio da renda familiar maior ou igual a um salário mínimo (127- 55,5%) e escolaridade dos pais entre 9 a 12 anos. Quanto ao IPV e SG, observou-se frequência de 80,8% (média de 4,93) e 51,3% (média de 1,61) respectivamente. Quanto à severidade dos índices de placa e gengivite observou-se 60,7% e 93,9% de até cinco dentes afetados, respectivamente. Houve associação entre gengivite e idade de quatro anos (p=0,037).
A frequência de gengivite nos pré-escolares avaliados foi significativa e associada com maior idade.
PN0930 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 19

Análise da associação entre etiologia e grau de severidade das injúrias dentárias traumáticas
Soares YO, Lazzari JM, Pereira AC, Pecorari VGA, Vargas Neto J, Santos ECA, Ferraz CCR, Soares AJ
Endodontia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A etiologia das injúrias dentárias traumáticas (IDT) está relacionada aos hábitos sociais. Os costumes e o modo de vida da sociedade alteram-se ao longo dos anos e movem as taxas de acidentes de trânsito e agressões físicas, por exemplo. Dessa forma, o grau de severidade das IDT também parece se alterar, à medida que os indivíduos vêm modificando seu comportamento. Sendo assim, este estudo investigou a razão de chance de IDT severas terem ocorrido devido às diferentes etiologias. Para isso, 837 prontuários de indivíduos assistidos no Serviço de Atendimento aos Traumatismos Dentários (SATD-FOP/UNICAMP), entre 2002 e 2019, foram selecionados. A etiologia e o grau de severidade foram categorizados, assim como as IDT classificadas para análise de associação univariada através do teste X2, seguida de análise de regressão multinominal. O fator etiologia apresentou-se associado à severidade das injúrias (p=0,000). A queda foi mais frequente (310/37%) e teve 46,7% das IDT classificadas como severas. No entanto, acidentes de trânsito e outros impactos (281/33,6% dos casos) foram responsáveis por 64% de IDT severas. Além disso, o envolvimento de 3 ou mais dentes em indivíduos maiores de 15 anos, nessa etiologia, foi 1,6 vezes mais frequente do que aqueles que sofreram quedas. Esses dados apontam para tratamentos mais complexos e de múltiplas abordagens.
As chances de IDT severas ocorrerem em acidentes de trânsito e outros impactos são aumentadas em 78% (OR-1,78; IC95%: 1,135-2,795) quando comparadas às IDT severas de indivíduos envolvidos em quedas.
(Apoio: CAPES  N° 88887.342795/2019-00)
PN0931 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 19

A influência do senso de coerência na utilização de serviços odontológicos entre adolescentes: Um estudo de acompanhamento de dois anos
Araújo-Júnior CAS, Vettore MV, Rebelo MAB, Herkrath FJ, Herkrath APCQ, Queiroz AC, Pereira JV, Rebelo Vieira JM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Para investigar a influência do senso de coerência na utilização de serviços odontológicos em um período de dois anos, 334 adolescentes com 12 anos foram acompanhados em escolas públicas da cidade de Manaus, Amazonas. Os preditores para a utilização de serviços odontológicos estão de acordo com o modelo teórico de Andersen. Fatores predisponentes (sexo, cor da pele e senso de coerência), capacitantes (plano de assistência odontológica, renda familiar mensal e escolaridade dos responsáveis) e de necessidade (dor dentária, autopercepção da saúde bucal, cárie dentária e sangramento gengival) foram coletados. A regressão de Poisson multivariada com variância robusta estimou as razões de taxas de incidência (RTI) e intervalos de confiança de 95%. No acompanhamento, 58,4% dos adolescentes utilizaram os serviços odontológicos no último ano. As pontuações do senso de coerência diminuíram significativamente durante o período do estudo, reduzindo a probabilidade de utilizar os serviços odontológicos nos últimos 12 meses (RTI = 0.96. IC de 95% 0.92-0.99). Cárie dentária (RTI = 1.02, IC de 95% 1.01-1.04) e sangramento gengival (RTI = 1.01, IC de 95% 1.01-1.02) permaneceram associados à utilização de serviços odontológicos no último ano. Adolescentes com dor dentária foram mais propensos a consultar um dentista nos últimos 12 meses (RTI = 1.03, IC de 95% 1.01-1.06).
O declínio do senso de coerência, a dor dentária e as condições clínicas bucais foram fatores relevantes podendo influenciar a utilização de serviços odontológicos entre adolescentes de 12 anos.
(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  FAPEAM)
PN0932 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 19

Impacto da COVID-19 na prática odontológica do estado de São Paulo, Brasil
Lima TD, Pelozo LL, Corona SAM, Miranda CS, Souza-Gabriel AE
Dentística - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou o impacto da pandemia da COVID-19 na prática odontológica do estado de São Paulo, o mais afetado do Brasil. Um questionário autoaplicável com 26 questões de múltipla escolha dividido em cinco seções (dados epidemiológicos, conhecimento da doença, conscientização e modificações na prática odontológica, aspectos financeiros e psicológicos) foi enviado aos dentistas do estado de São Paulo. Foi utilizada estatística descritiva para avaliar a distribuição de frequências das variáveis, que foram comparadas por sexo, idade, tempo de experiência clínica e ambiente profissional por meio dos testes Qui-quadrado, McNemar e Wilcoxon (α = 0,05). Um total de 302 respostas válidas foram recebidas em 15 dias. A maioria dos participantes tinha até 34 anos (61,6%) e 74,5% eram mulheres. Poucos dentistas (7,6%) tiveram COVID-19 e mais de 99% conheciam as formas de disseminação e sintomas da doença. Quase metade dos participantes com mais de 55 anos interromperam completamente os atendimentos por mais de quatro semanas (p=0,014). Foi observada alteração no padrão de equipamentos de proteção individual (EPI) (p<0,05) e os dispositivos de tecido foram substituídos por descartáveis. A remuneração mensal foi reduzida (86,8%), 90,2% deles estavam inseguros quanto à contaminação.
Concluiu-se que os dentistas paulistas demonstraram conhecimento sobre a doença e adotaram protocolos rígidos de biossegurança no atendimento odontológico. No entanto, a pandemia afetou negativamente os aspectos financeiros e psicológicos desses profissionais.
PN0933 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 19

Deficiência visual: Avaliação da qualidade de vida e impacto na saúde bucal
Silva MGB, Fernandes-Neto JA, Batista ALA, Simões TMS, Farias LG, Souza AON, Ferreira ACD, Catão MHCV
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo avaliou a qualidade de vida (QV) e a percepção da saúde bucal de deficientes visuais. Foi realizado um estudo quantitativo, de caráter transversal, abrangendo pessoas com deficiência visual. A amostra foi do tipo não probabilista, por conveniência. Foram entrevistados 20 deficientes visuais do Instituto de Educação Assistencial aos Cegos do Nordeste, Campina Grande, Paraíba, maiores de 18 anos. Para a avaliação da QV foi utilizado o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref) e para avaliação da percepção de saúde bucal foi usado o Oral Health Impact, Profile (OHIP-14, versão em português). Os dados foram analisados à luz da estatística descritiva e categorização. 80% dos indivíduos analisados eram do sexo masculino, com média de idade de 32,3 anos. Em relação à escolaridade, 40% possuíam o ensino médio completo. No tocante ao estado civil, 75% eram solteiros. O estudo revelou melhor QV nos domínios psicológico e relações sociais (escores médios, EM: 4,0 ± 2,83 e 3,9 ± 3,22, respectivamente) e pior QV nos domínios físico e meio ambiente (EM 3,7 ± 2,47 e 3,1 ± 1,74, respectivamente). Com relação à avaliação da percepção sobre a saúde bucal, as dimensões mais afetadas foram dor física (EM 2,05 ± 2,01) e desconforto psicológico (EM 2,25 ± 2,27).
Em deficientes visuais, a menor percepção de qualidade de vida foi encontrada nos domínios físico e de meio ambiente e, nestes, observou-se, ainda, insatisfação com a sua atual condição de saúde bucal, motivado por dor física e desconforto psicológico.
PN0934 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 19

Teleodontologia como ferramenta de monitoramento e orientação durante pandemia covid-19: relato de experiência
Araújo DA, Sato TP, Ramos CJ, Barbieri AA, Teixeira SC
Social e Preventiva - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Relato de experiência com objetivo de descrever o uso da Teleodontologia para monitorar o cuidado em saúde bucal possibilitando a detecção de quadros de urgência em Odontologia e a orientação dos usuários do Sistema Único de Saúde sobre o atendimento odontológico durante a pandemia COVID 19. Para tanto os graduandos em Odontologia contactaram, via telefone, famílias atendidas pelo convênio serviço escola e, após explicações pertinentes e obtenção de consentimento do usuário, aplicavam um questionário pré-clínico baseado no fluxo Fast-Track para Atenção Primária à Saúde - proposto pelo Ministério da Saúde e, em caso de demanda odontológica referida, aplicava-se ainda questionário de Saúde Bucal baseado no questionário para anamnese recomendado pelo CFO e American Dental Association. Participaram da ação 18 famílias das quais 14 responderam aos questionamentos, destas 7 apresentaram integrantes com demanda odontológica referida
Os atendimentos propiciaram a orientação sobre o atendimento em ambiente ambulatorial contribuindo para o acesso integral e oportuno aos serviços de Odontologia.
PN0935 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 19

Perfil dos cirurgiões-dentistas que atuam no estado de Alagoas diante da pandemia de COVID-19
Sandes-Filho MS, Duarte LCGC, Santos LV, Romão DA, Nóbrega DF, Albuquerque SAV, Albuquerque RM, Santos NB
Programa de Pós Graduação - CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os profissionais de odontologia apresentam risco elevado para infecção pelo SARS-CoV-2, em decorrência da natureza dos procedimentos odontológicos. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo traçar um perfil dos cirurgiões-dentistas que atuam no estado de Alagoas, diante da pandemia da COVID-19. A amostra foi constituída por 384 cirurgiões-dentistas ativos, sendo utilizado um questionário. Os resultados mostraram 53% dos profissionais atuam há mais de 10 anos. Em relação ao seu campo de atuação, 36% atuam nas redes pública e privada. Sobre a renda familiar, 71% dos participantes relataram que esta sofreu impacto da pandemia. Em relação aos atendimentos, 87% dos participantes realizaram atendimentos ambulatoriais durante a fase emergente da pandemia. Houve mudança na rotina de atendimentos de 89% dos participantes da pesquisa. No que tange aos EPIs, 87% da amostra utiliza gorro descartável, máscara PFF2 ou N95 e protetor facial. Sobre protocolos de desinfecção do ambiente odontológico, 89% dos cirurgiões-dentistas utilizam algum protocolo. Sobre a participação em curso de capacitação, 56% dos participantes referiram ser capacitados. Sobre a infecção pelo COVID, 82% relataram não terem se infectado, todavia, 58% da amostra total tiveram algum familiar acometido.
A pandemia afetou a vida profissional dos cirurgiões-dentistas, todavia, as mudanças trouxeram resultados positivos no que diz respeito a contaminação entre os profissionais, que é baixa. Por outro lado, houve um impacto na renda familiar desses profissionais.