As escolhas alimentares, a atividade física e o sono de universitários de odontologia foram alterados durante a pandemia da COVID-19?
Aguiar SO, Auad SM, Hermont AP, Silveira KSR, Prado IM, Reis TVD, Pordeus IA, Serra-Negra JMC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O distanciamento social, causado pela pandemia de COVID-19, tem influenciado os hábitos diários de alimentação e sono das pessoas. O objetivo deste estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética institucional (CAAE: 33.872.020.5.0000.5149) foi avaliar o impacto do distanciamento social nos hábitos de alimentação noturna, sono e atividade física de universitários de Odontologia. Participaram do estudo 527 universitários, nos níveis graduação e pós-graduação, em Minas Gerais. Os participantes responderam a um questionário online, na plataforma Google Forms, que avaliou o comportamento alimentar noturno, atividade física, sono e dados sociodemográficos. Foram realizadas análises descritiva e bivariada, utilizando o teste qui-quadrado de Pearson (p<0,05). A média de idade foi de 24,07 anos (±5,69) e a maioria era do sexo feminino (83,9%). Comparando o peso e medidas corporais, 55,4% dos participantes relataram aumento de peso e 59,1% redução do nível de atividade física durante o período de distanciamento social. O consumo de refrigerantes e/ou café após o jantar, logo antes de dormir, reduziu durante a pandemia (p<0,001), assim como o consumo de frutas (p<0,001) e de pão/biscoito (p<0,001). Em contrapartida, o relato de acordar com mais frequência durante a noite (p<0,001), quase sempre com desejo de comer (p=0,005), foi maior durante a pandemia. Conclui-se que os estudantes apresentaram uma alteração nos hábitos alimentares, de sono e atividade física durante a pandemia, com possível impacto negativo em sua saúde. (Apoio: CNPq N° 405301/2016-2 | FAPs - FAPEMIG | CAPES)PN0892 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Análise da demanda de atendimento odontológico antes e durante a pandemia do covid 19 em Angola
Songa MAS, Saliba TA, Saliba NA, Moimaz SAS
Pós - Graduação - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A assistência odontológica está atravessando uma fase muito difícil, em diversos países, em função d relacionadas à pandemia do COVID19. O objetivo neste trabalho foi analisar a demanda de atendimento odontológico da clínica do Instituto Superior Politécnico de Benguela, denominada "Centro de Reabilitação da Estética Oral - CREO", antes e durante a pandemia do covid19, da cidade de Benguela, em Angola. Realizou-se uma pesquisa documental, exploratória, quantitativa. Foram consultados o sistema de gestão de clínica de odontologia, na cidade de Benguela e páginas oficiais do governo de Angola, do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Estatística de Angola. A análise realizada compreendeu o período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020, considerado anterior à pandemia e fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021, considerado período pandêmico. Foram atendidos 2.709 pacientes no período anterior à pandemia e 1.368 pacientes durante a pandemia. Comparando-se os dados, houve redução de 46% do atendimento odontológico. Angola possui mais de 30.000.000 de habitantes e a cidade de Benguela aproximadamente 700.000 habitantes. Até o mês de abril de 2021, o país registrava 26.431 casos confirmados; 23.606 casos recuperados e 594 mortos por COVID19. As clínicas odontológicas enfrentam inúmeras dificuldades, especialmente relacionadas à obtenção de materiais de consumo, equipamentos de proteção individual. Houve drástica redução da demanda de pacientes por assistência odontológica em Benguela, devido às restrições impostas pela pandemia do COVID 19. (Apoio: CAPES N° SCO200182)PN0893 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Condições de saúde bucal em idosos na província de Benguela e município do Bocoio, Angola, Africa
Caconda LLI, Saliba NA, Moimaz SAS, Saliba TA
Ciências da Saúde - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A saúde bucal da população africana segundo a Organiza Mundial da Saúde é deficiente, afetam a saúde geral e o bem-estar de milhões de pessoas, entretanto há poucos dados sobre o idoso. Objetivo foi verificar a saúde bucal em idosos nas comunidades de Benguela e Bocoio em Angola. Foi realizado um estudo de caráter transversal e descritivo na província de Benguela, nas regiões de Benguela e Bocoio, no período de outubro a dezembro de 2019. A população estudada envolveu idosos dos 60 a 90 anos. A amostra foi constituída por 320 idosos, sendo 40 pertencem ao lar de terceira idade Ondjo Yetu, 67 domicílios da cidade de Benguela e 213 da comunidade do Bocoio. Foram avaliadas as variáveis sociodemográficas, percepção de saúde bucal, higiene bucal, alimentação e uso de bebidas açucaradas uso de álcool e cigarro, cárie dentária, saúde periodontal, perda de inserção, lesão bucal uso e necessidade de prótese. A maioria eram de sexo feminino 65,31%, vivem em zona rural 66,56%, e não foram alfabetizados 71,25%. O índice de CPOD constatou que maior parte possui 20 dentes ou mais 58,43%, alta proporção de dentes perdidos por cárie (60,04%) e quase a totalidade (99,69%) não usava e necessitava de prótese dentária (95,62%). A população idosa tem uma saúde oral precária e deficiente. (Apoio: CAPES N° 001)PN0894 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
"Quando eu tive mucosite senti que de fato eu tinha câncer": percepção dos pacientes oncológicos com mucosite oral
Pereira NF, Soares GH, Aragão AS, Michel-Crosato E, Biazevic MGH
Odontologia Social - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Mucosite oral é um efeito colateral de quimioterapia e radioterapia muito conhecido pelos impactos na qualidade de vida. Investigar os impactos do tratamento oncológico na saúde bucal de acordo com a percepção dos próprios pacientes, por meio de suas falas. 10 pacientes participaram de entrevistas qualitativas gravadas e transcritas. A análise textual foi realizada por meio do método Reinhert (softwares Iramuteq e R). Foram identificados os segmentos de texto. O corpo do texto foi dividido inicialmente em duas categorias ("cuidados" e "impactos"). A categoria "impactos" foi posteriormente subdividida em social, dor, percepções e atividades. As palavras "alimentação", "dor" e "boca" apresentaram a maior frequência de citação. Uma entrevista foi interrompida pela dificuldade cognitiva de um dos entrevistados e foi descartada da análise Os resultados indicam que o tratamento oncológico produz impactos significativos na qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos pacientes, principalmente na capacidade de realização de atividades cotidianas como alimentação, deglutição e comunicação. A centralidade da palavra "dor" indica a relevância dos cuidados odontológicos voltados para pacientes submetidos à quimioterapia ou radioterapia. A mucosite oral traz relatos marcantes, dolorosos e impactantes para o paciente, de forma que a comunicação sobre a causa e a boa escolha dos termos de explicação pode melhorar a vivência e o tratamento.PN0895 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Distribuição espacial dos serviços odontológicos de atenção especializada no Brasil: um olhar sobre os vazios assistenciais
Prado IA, Sousa FS, Ribeiro AGA, Queiroz RCS, Figueiredo N, Thomaz EBAF
Saúde Coletiva - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho foi analisar a distribuição espacial dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) nas regiões de saúde no Brasil, identificando vazios assistenciais no país, comparando os resultados das avaliações do 1º e 2º ciclo do PMAQ-CEO. Trata-se de um estudo ecológico longitudinal, que utiliza os dados do IBGE e da avaliação externa dos dois ciclos do PMAQ-CEO (2014 e 2018). A disponibilidade de serviços odontológicos especializados foi definida considerando o número de cadeiras odontológicas nos CEO para cada 100 mil habitantes das regiões de saúde, incluindo as 450 regiões do Brasil. Foram confeccionados mapas coropléticos com três categorias: regiões de saúde sem CEO; regiões com menos de 4 cadeiras odontológicas/100 mil habitantes; e com 4 ou mais cadeiras odontológicas/100 mil habitantes. Houve diminuição das regiões de saúde sem CEO. No ciclo 1, 109 (24,22%) regiões de saúde não possuíam CEO e no ciclo 2, 93 (20,67%). Os estados do Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso e Rio Grande do Sul apresentaram as maiores áreas de vazios assistenciais, com menos de metade das regiões de saúde com CEO em 2014 e 2018. Houve aumento de regiões de saúde com maior número de cadeiras odontológicas por habitantes entre os ciclos do PMAQ-CEO, como no caso do estado Roraima, Acre, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A piora deste indicador foi observada no Pará, Amapá e Mato Grosso. Persistem vazios na assistência odontológica especializada no Brasil, especialmente no Norte e Centro-Oeste do país. (Apoio: Ministério da Saúde | CNPq - Ministério da Saúde)PN0896 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
A influência de fatores psicossociais protetores na incidência de dor dentária em crianças: um estudo longitudinal
Alvarenga MGJ, Paula JS, Lamarca GA, Rebelo MAB, Vettore MV
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A percepção da dor dentária resulta de uma complexa relação entre fatores biológicos, comportamentais e psicossociais. O presente estudo investigou a associação entre fatores psicossociais protetores e a incidência de dor dentária nos últimos seis meses em crianças de 12 anos residentes em Manaus (AM). Um estudo de coorte prospectivo de base escolar foi realizado com 210 alunos de 12 anos matriculados em escolas públicas da zona leste de Manaus (AM) que foram acompanhados por 2 anos. Questionários validados foram usados para avaliar os fatores psicossociais protetores, incluindo senso de coerência (SOC), apoio social e autoestima na linha de base e após 2 anos. Regressão de Poisson multinível multivariada foi usada para estimar o risco relativo (RR) e o intervalo de confiança de 95% (IC 95%) entre a variação dos escores dos fatores psicossociais e incidência de dor dentária, ajustada para os escores dos fatores psicossociais na linha de base, plano de saúde odontológico, frequência de escovação dentária e cárie dentária. As médias dos escores do SOC e do apoio social reduziram significativamente entre linha de base e seguimento de 2 anos. A incidência de dor dentária no seguimento de 2 anos foi 28,6%. O risco de dor dentária foi 14% maior para cada 10 pontos na mudança do escore do SOC (RR = 1,14, IC95% = 1,02 - 1,20), e 6% maior para cada 10 pontos na mudança do escore do apoio social (RR = 1,06, IC95% = 1,01 - 1,11). A mudança na autoestima não foi associada com o risco de dor dentária. A variação do SOC e do apoio social no período de 2 anos influenciou a incidência de dor dentária em crianças.PN0897 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Como os dentistas brasileiros estão lidando com a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS)?
Aquino MSL, Oliveira DD, Serra-Negra JMC, Abreu LG
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar como os dentistas brasileiros estão lidando com a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Participaram deste estudo transversal 594 dentistas contatados por WhatsApp, redes sociais e e-mail. Os participantes responderam a um questionário online sobre aspectos sociodemográficos, conhecimento sobre a SAOS, fatores associados e SAOS autorrelatada. Análise descritiva e regressão de Poisson foram utilizadas (p<0,05). A maioria dos participantes era do sexo feminino (66,7%) e residiam na região sudeste (56,7%). O autorrelato de SAOS foi de 9,3%, sendo que dentre estes, 44,2% usavam aparelhos intraorais para dormir e 32,5% usavam CPAP (Continuous Positive Airway Pressure). A regressão de Poisson demonstrou que indivíduos com 6 a 10 anos de graduação apresentaram escore significativamente maior de conhecimento sobre SAOS do que indivíduos com mais de 30 anos de graduação (RP = 1,038, IC = 1,009 - 1,069, p = 0,011). Especialistas em Disfunção Temporomandibular (DTM) (RP=1.073, IC=1.036 - 1.111, p=0.001) e com estágio pós-doutoral (RP=1.059, IC=1.014 - 1.106, p=0.009) apresentaram maior escore de conhecimento sobre SAOS comparados a outras especialidades e níveis de formação. Concluiu-se que menos tempo de graduação, especiação em DTM e estágio pós-doutoral aumentaram a chance de maior conhecimento sobre SAOS entre os dentistas participantes desta amostra.