Percepção de acadêmicos a respeito do benefício de oficinas terapêuticas destinadas a pacientes com transtornos mentais
Costa ABMV, Oliveira AR, Moreira GE, Ifanger I, Gomes MMP, Vieira YP, Fernandes LA, Lima DC
Ciências Odontológicas - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi relatar a vivência dos discentes da UNIFAL/MG nas oficinas terapêuticas direcionadas aos usuários assistidos por um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Alfenas-MG. Para tanto foram analisados diários de campo semiestruturados preenchidos no período de 2017 a 2019. Estas oficinas abordaram temáticas sobre saúde geral e bucal dos pacientes, bem como conteúdos interativos e artísticos. Os dados foram digitados e analisados no programa Excel for Windows 2013. A partir dos 147 diários de bordo registrados observou-se que em 89,8% deles a metodologia da oficina foi satisfatória e em 61,2% não foram relatadas dificuldades na execução das atividades. Além disso, 57,1% dos registros evidenciaram que os usuários apresentaram atitude desinibida e 27,9% identificaram que o ambiente estava favorável à realização das oficinas. Ao analisar a percepção dos acadêmicos, 32,7% dos diários revelaram que a "interação com os assistidos" foi o requisito que os graduandos mais gostaram e 8,8% afirmaram que "ver os problemas psicológicos de um ou mais assistidos" foi o que eles menos apreciaram. Não obstante, 63,3% dos questionários evidenciaram que a relação do aluno com o grupo foi positiva. A respeito dos benefícios da abordagem aos usuários, 61,9% dos registros identificaram que eles ficaram interessadas nas oficinas, enquanto 17,7% estavam dispersos em determinadas ocasiões. Assim, conclui-se que oficinas terapêuticas são benéficas aos assistidos do CAPS e propiciam excelente vivência extramural aos graduandos na área da saúde coletiva.PN0884 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Relação entre características contextuais e a qualidade de vida de escolares da cidade de Passo Fundo
Lana TMSD, Cardoso MZ, Bervian J, Collares KF, Lopes MWP, Signor GR, Borba M
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou a associação de características individuais e contextuais com a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de escolares. Trata-se de um estudo transversal, onde foram incluídos escolares de 12 anos de idade matriculados em 20 escolas públicas e privadas do município de Passo Fundo, RS. As características sociodemográficas foram coletadas a partir de um questionário respondido pelos pais. A QVRSB dos escolares foi avaliada através do questionário CPQ11-14. As condições de saúde bucal dos estudantes foram obtidas a partir de exames clínicos realizados nas escolas. Foi aplicado aos diretores um questionário sobre o ambiente escolar. A análise de dados foi realizada por meio de regressão multinível de Poisson com o programa STATA 14.0. A amostra final foi composta por 593 estudantes, sendo a maioria meninas (53,4%), de etnia branca (75,7%), dos quais 42% relataram dor nos últimos 3 meses e 38,8% tiveram experiência de cárie. Um impacto negativo sobre a QVRSB foi encontrado para adolescentes que frequentavam escolas nas quais tiveram episódios de roubo [IRR 1,08 (IC 95% 1,01 - 1,14) e escolas com livre acesso, ou seja, sem um controle nos acessos [IRR 1,07 (IC 95% 1,00 - 1,16)]. Quando os subdomínios do CPQ11-14 são analisados separadamente, é possível observar que o vandalismo também esteve associado a uma maior média para limitação funcional. Dor esteve associada ao maior impacto na QVRSB geral e em todos os subdomínios. Portanto, evidencia-se que as características contextuais geram impacto na qualidade de vida de adolescentes. (Apoio: CAPES N° Modalidade II | CNPq - Fapergs/Programa PIBIC N° Programa PIBIC)PN0885 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
A condição periodontal e hábitos de higiene bucal de gestantes de alto risco
Tamanaha AK, Saliba TA, Garbin CAS, Saliba NA, Moimaz SAS
Odontologia Preventiva e Social - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A doença periodontal pode ser agravada em gestantes, devido às alterações hormonais e comportamentais, desencadeando condições desfavoráveis. Objetivou-se analisar a condição periodontal e hábitos relacionados à higiene bucal em gestantes de alto risco. Trata-se de estudo retrospectivo, de análise documental, em 1272 prontuários de gestantes atendidas em um programa de atenção pré-natal, entre 2010 a 2018. As variáveis estudadas foram: frequência de escovação dentária, uso de fio dental, sangramento gengival autorrelatado, Índice de Higiene Oral Simplificado (IHOS) e Índice Periodontal Comunitário (IPC). Na análise estatística empregou-se teste chi-quadrado (p<0,05). A idade média das gestantes foi de 27,49 anos (dp=10,47), e 50,31% encontravam-se no 2º trimestre gestacional. Quase a totalidade (92,52%) alegou realizar pelo menos duas escovações diárias, 60,61% fazia uso raro ou não utilizava fio dental e 62,11% apresentou IHOS "regular ou ruim". Aproximadamente 62% relatou presença de sangramento gengival e foi observado sangramento gengival à sondagem em 25% das gestantes. Em relação ao registro do IPC, 14,86% não apresentou nenhuma alteração periodontal, 21,62% apresentaram cálculo; 22,25% bolsa rasa e 5,58% bolsa profunda. O IPC esteve associado ao IHOS e sangramento autorrelatado. Conclui-se que a maioria das gestantes possuía boa frequência de escovação dentária, embora o Índice Periodontal Comunitário tenha sido associado ao Índice de Higiene Oral Simplificado. Grande parte apresentou condições reversíveis para a doença periodontal. (Apoio: CAPES)PN0886 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
A pandemia de COVID-19 e o impacto na educação superior em cursos de odontologia pela perspectiva de docentes brasileiros
Gambarini L, Franco NSJ, Souza-Gabriel AE, Rodrigues WF, Corona SAM
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A pandemia de COVID-19 (SARS-Cov-2) transformou a vida da população global nos aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais e educacionais. Considerando seu impacto na educação é importante analisar as dificuldades de docentes de odontologia na transição do ensino tradicional para o ensino remoto e os meios de comunicação utilizados para entrega de conteúdo online. Bem como aspectos positivos, negativos e expectativas futuras dos docentes sobre a implementação do ensino remoto na educação odontológica. Um questionário autoaplicável de múltipla escolha foi elaborado em português de forma simples e concisa e disponibilizado na plataforma Formulários Google. O questionário foi enviado por meio de um link por e-mail para a secretaria dos cursos de odontologia, solicitando que a pesquisa fosse encaminhada aos docentes e todos que aceitaram participar receberam uma via do termo de consentimento. Os dados coletados foram extraídos do Formulários Google e convertidos para planilhas de Excel e estatísticas descritivas foram utilizadas para identificar frequências e distribuições de variáveis. A transição súbita trouxe muitas dúvidas aos docentes e essa variabilidade de dificuldades afetou todos os perfis da educação, além de maiores níveis de stress devido a pandemia, adesão aos novos meios tecnológicos e trabalho remoto. A pandemia gerou forte impacto na educação, mas o uso da tecnologia e de plataformas virtuais tornou possível a continuidade do ensino odontológico marcando um novo período de inovação nos métodos educativos. (Apoio: CAPES N° 88887.499487/2020-00)PN0887 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Impacto do índice de massa corpórea na prevalência de cárie em gestantes
Pinto ACS, Meira GF, Castilho AVSS, Sales-Peres SHC
Odontopediatria, Ortodontia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A associação entre o índice de massa corpórea (IMC) e cárie dentária permanece controversa. O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a influência do IMC na prevalência da cárie dentária em gestantes em Bauru- São Paulo. As gestantes foram avaliadas após o 1º trimestre de gestação. A cárie dentária foi mensurada pelo (CPO-D), dados antropométricos (IMC), socioeconômicos (escolaridade materna) e hábitos comportamentais de higiene bucal (uso de fio dental, escovação dentária e uso de serviço odontológico). Para verificar a associação entre o IMC e prevalência de cárie foi realizada uma análise Multinível de Regressão de Poisson (p<0,05). Participaram do estudo 93 gestantes, com idade entre 19 e 40 anos. O CPO-D >0 foi encontrado em 88 (94,62%) pacientes. Quando mensurado por componentes 4,4% apresentavam dentes cariados, 77,17% restaurados e 57,61% perdidos. Na análise ajustada observou- se aumento significativo do CPO-D de acordo com a idade 1,06 (IC95% 1,04-1,07). A gravidez gera uma série de mudanças que tornam a gestante vulnerável à progressão da cárie dentária, além disso a perda dentária representa o impacto cumulativo das doenças bucais. Com isso ações de promoção de saúde devem incentivar a higiene bucal e acompanhamento odontológico ao longo da vida. (Apoio: CAPES N° 88887.357952/2019-00)PN0888 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Impacto da pandemia de COVID-19 nos aspectos acadêmicos e emocionais da Pós-Graduação em Odontologia
Barbosa LL, Campos EC, Magalhães TC, Lopes AG, Laxe LAC, Carlo HL, Lacerda-Santos R, Carvalho FG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou o impacto acadêmico e emocional da pandemia de COVID-19 em docentes e discentes de Pós-Graduação stricto sensu em Odontologia no Brasil. Um questionário on-line foi preenchido pelos participantes, via Google forms, contendo 35 questões sobre domínios sociodemográficos, pandemia e produtividade acadêmica, associado à 21 questões da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). Os dados foram analisados descritivamente e pelo teste de Mann-Whitney com p=0,05. No total, 617 participantes preencheram o questionário, sendo utilizadas para análise 314 respostas de discentes e 294 de docentes. A faixa etária prevalente foi de 20-29 anos (discentes) e 40-49 anos (docentes). A maioria dos discentes responderam que eram solteiros (65,3%), residiam com família (82,8%) e não possuíam filhos (81,8%). Dos docentes,2,4% eram casados, possuíam filhos (70,4%) e residiam com companheiro e filhos (55,1%). Os dois grupos fizeram o isolamento, mas saíram para necessidades básicas e não foram contaminados por COVID-19. Quanto a produtividade acadêmica, ambos os grupos se consideram menos produtivos (discentes: 50,3%/ docentes: 47,3%). Quanto ao DASS-21, os discentes apresentaram mais estresse, ansiedade e depressão comparado aos docentes (p<0,001). O Alpha de Cronbach geral para o DASS-21 foi 0,94 para discentes e 0,95 para docentes, mostrando excelente consistência interna do instrumento. A pandemia de COVID-19 impactou negativamente na produtividade acadêmica e no emocional de discentes e docentes de pós-graduação em odontologia.PN0889 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Avaliação longitudinal das ações educativas em saúde bucal para estudantes de ensino médio da Rede Pública de Ensino
Silva RM, Bruno GI, Silva GR, Tiradentes N, Silva EG, Teixeira SC, Gomes APM
Pos Graduação - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento de estudantes da Rede Pública de Ensino sobre medidas preventivas em saúde bucal, higiene e dieta, por meio de questionários específicos; promover saúde e mudanças nas técnicas de higienização bucal e dieta e analisar a efetividade das ações educativas na alteração de hábitos dos participantes. Foram avaliados 200 alunos de Ensino Médio da Rede Pública de Ensino por meio de questionários (Q1, Q2 e Q3). O Projeto foi dividido em fases: 1) aplicação do primeiro questionário (Q1), realização de uma palestra informativa e educativa seguida da entrega de kits para higienização bucal, 2) após seis meses da fase 1, retorno e aplicação do segundo e terceiro questionários (Q2 e Q3) e 3) análise e tabulação dos dados obtidos. Os resultados mostraram melhora significativa no conhecimento dos estudantes a respeito do que é placa bacteriana, passando de 49% no Q1 para 86.5% no Q2; sobre doença periodontal apenas 11% dos estudantes responderam que sabiam o que era no Q1, passando para 74% no Q2. No Q3, 87% dos alunos relataram modificações na forma de escovação após a palestra, 35.5% afirmaram incluir o fio dental na rotina de higienização bucal, e 55.5% dos estudantes tentaram alterar os hábitos alimentares. Pôde-se concluir que as ações educativas em saúde bucal se mostram eficazes na mudança de hábitos e na difusão de conhecimentos à comunidade escolar. Há necessidade de ações continuadas para que os resultados permaneçam satisfatórios, dada a importância da motivação e acompanhamento, principalmente para esse público. (Apoio: PROEX - UNESP)PN0890 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Uso de ferramentas digitais para cuidado de pacientes na pandemia da COVID-19
Soares DB, Sarwer-Foner SND, Mello ALSF, Castro RG
Odontologia Em Saúde Coletiva - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar o uso de ferramentas digitais por profissionais da saúde bucal como estratégia para o cuidado à saúde bucal de pacientes na pandemia de COVID-19 e seus fatores associados. Estudo transversal, quantitativo, descritivo e analítico, com amostra representativa para os três estados da região Sul do país. Foram analisados 2560 registros sobre o uso de ferramentas digitais em 2020. Análise descritiva, seguida regressão logística (confiança 95% e significância 0,05). A maioria eram mulheres (78,3%), idade entre 25 e 39 anos (48,1%), do Paraná (44%), cirurgiões-dentistas (75,8%), formados há 11 anos ou mais (55,5%) e trabalhando no SUS (52,7%). 95,3% tiveram acesso a normativas, 82,9% suspenderam os atendimentos eletivos, 59,4% tiveram a jornada de trabalho reduzida, 81,1% receberam orientações e 86,7% tiveram mudanças na prática clínica. Observou-se associação significativa entre o uso de ferramentas digitais e o acesso às normativas relacionadas à COVID-19 (p<0,0001), suspensão dos atendimentos eletivos (p<0,021), redução da jornada de trabalho (p<0,045) e ter recebido orientação (p<0,0001). Aspectos organizacionais como suspensão dos atendimentos eletivos, redução da jornada de trabalho, acesso às normativas e reforço do uso de ferramentas digitais se mostraram associadas a sua utilização no enfrentamento à COVID-19, possibilitando a manutenção do contato dos profissionais com os pacientes.