Desenvolvimento do Serious game-Temamián como estratégia para promoção de saúde na Educação infantil
Cabral JAV, Nascimento MC, Tinós LFG, Rodrigues MVFS, Andrade VS, Oliveira TM, Machado MAAM, Sales-Peres SHC
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Cole - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho objetivou desenvolver um aplicativo de serious game (jogo sério), para estabelecer relações entre níveis de motivação, em contextos variados e desafios propostos como estratégias na promoção de saúde. O conteúdo envolveu estratégias educacionais, narrativas, estéticas, mecânicas, tecnológicas e prototipagem das rotinas diárias saudáveis, sob avaliação de especialistas em computação e saúde. A montagem do jogo teve várias etapas: 1. Desenvolvimento dos personagens e suas características; 2. Divisão de conteúdos; 3. Criação de conteúdo para cada tema; 4. Discussão semanal para finalização dos temas, cenários e dinâmicas a serem atribuídas; 5. Criação e montagem dos cenários; 6. Desenvolvimento de trilhas musicais para ambientação; 7. Elaboração do software; 8. Teste para uso em diferentes plataformas; 9. Aprovação e disponibilização do game educacional para as crianças. O jogo promove o acesso da criança à informação por meio do jogo sério, favorecendo o aprendizado e motivando o desenvolvimento de atividades físicas diárias, durante a pandemia. O jogo permite a criação de competição organizada por educadores ou familiares, viabilizando a interação social, com função pedagógica. O grande diferencial do Temamián é o fato do mesmo ser um recurso educacional de acesso aberto. Inovação tecnológica em didática para sociedade se pauta na possibilidade de aprendizado em saúde geral e bucal no esquema de serious game, estimulando o jogador a realizar atividades diárias de forma saudável e contribuindo para o bem-estar de toda sociedade. (Apoio: PRCEU/USP ODS-ONU 2020/012)PN0722 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Autopercepção do desempenho na graduação durante a pandemia da COVID-19 por acadêmicos do Brasil
Nunes WB, Firmino RT, Gomes RDAD, Paiva SM, Granville-Garcia AF
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi investigar a autopercepção de estudantes universitários quanto ao desempenho no curso durante a pandemia da COVID-19. Realizou-se um estudo transversal com amostra de 922 alunos de graduação, maiores de idade e que estavam matriculados em universidades públicas ou privadas do país. Os dados foram coletados entre setembro a dezembro de 2020 por meio de um questionário virtual. Os discentes responderam a quesitos sobre: dados sociodemográficos, uso de medicamentos ansiolíticos/antidepressivos, histórico de acompanhamento psicológico e informações relacionadas ao curso de graduação. Os dados foram analisados por regressão de Poisson com variância robusta (α = 5%). A maioria dos participantes foi do sexo feminino (75,2%) e estava matriculada em universidades privadas (52%). Cerca de 40% dos estudantes classificaram o desempenho no curso durante a pandemia como baixo/muito baixo. As seguintes variáveis foram associadas a uma pior autopercepção de desempenho no curso: baixa satisfação com o curso (RP = 1,97; IC 95%: 1,65-2,36), ser da região norte (RP = 1,62; IC 95%: 1,17-2,24), menor renda familiar (RP = 0,93; IC 95%: 0,88-0,98), menos idade (RP = 0,97; IC 95%: 0,95-0,99) e uso de medicamentos ansiolíticos/antidepressivos (RP = 1,42; IC 95%: 1,17-1,73). Uma grande proporção dos estudantes teve autopercepção de baixo desempenho no curso durante a pandemia. A autopercepção do desempenho acadêmico foi influenciada pela satisfação com o curso, região geográfica, renda familiar, idade e uso de medicamentos ansiolíticos/antidepressivos. (Apoio: CAPES | CNPq)PN0723 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Uma abordagem epidemiológica das relações intermaxilares e da má oclusão na dentadura mista
Araujo CVS, Carneiro DPA, Nabarrette M, Vedovello-Filho M, Vedovello SAS
Pós Graduação Em Odontologia- Ortodontia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A dentadura mista determina um importante período do desenvolvimento infantil, possibilitando a maior parte dos procedimentos ortodônticos preventivos e interceptadores. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil das relações intermaxilares e da má oclusão na fase da dentadura mista. Estudo epidemiológico realizado com 820 crianças entre oito a dez anos de idade. Foram avaliadas as características intermaxilares, diagnosticadas na região anterior e posterior nos planos sagital, transversal e vertical. Para a análise dos dados, realizou-se a distribuição de frequência segundo as características demográficas e condições clínica ortodônticas. Das crianças analisadas, 29,87% apresentaram má oclusão. No que diz respeito as relações intermaxilares, 10,49% apresentaram Classe II de caninos, 45,8%mordida aberta anterior, 19,39% sobressaliência aumentada e 13,78% de mordida cruzada posterior Pode se concluir que as condições mais observadas em crianças na fase da dentadura mista foram a mordida aberta anterior, sobressaliência aumentada e a mordida cruzada posteriorPN0724 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Fatores socioeconômicos associados a condição periodontal de adolescentes em São Paulo
Brito ACM, Lucena EHG, Vieira V, Frias AC, Pereira AC, Cavalcanti YW
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo verificou a associação entre fatores socioeconômicos e a condição periodontal de adolescentes. Dados do relatório da Pesquisa Estadual de Saúde Bucal de São Paulo (SBSP 2015) foram utilizados para identificar a condição periodontal de adolescentes de 15 a 19 anos, a partir do índice periodontal comunitário. Fatores contextuais (IDH municipal, índice de Gini municipal, cobertura de saúde bucal na atenção básica e número de raspagens supragengivais em 2015) e fatores individuais (sexo, idade, cor da pele, renda e escolaridade) foram analisados sob um modelo de regressão múltipla de Poisson. Variáveis com p<0,20 foram mantidas no modelo final, sendo obtidas medidas de razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança 95% (IC95%). Dados epidemiológicos de 4316 adolescentes incluídos no modelo final demonstraram que aqueles que residiam em municípios com maior índice de Gini (RP= 1,857, IC95%=1,263-2,730) apresentaram pior condição periodontal. A cobertura em saúde bucal e o número de procedimentos periodontais não apresentaram efeito significativo na condição periodontal. Adolescentes com maior idade (RP= 1,042, IC95%=1,030-1,054), cor da pele preta (RP= 1,083, IC95%=1,013-1,159) ou parda (RP= 1,092, IC95%=1,051-1,134), com renda familiar menor que R$ 1.500,00 (RP= 1,058, IC95%=1,022-1,096) e com menos de 8 anos de estudo (RP= 1,073, IC95%=1,028-1,121) apresentaram maior prevalência de bolsas periodontais rasas ou profundas. Pior condição periodontal em adolescentes está associada a fatores socioeconômicos contextuais e individuais.PN0725 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Motivo da consulta odontológica entre gestantes atendidas em uma faculdade de odontologia, no período 2000-2019
Santos MO, Matos M, Dorighello L, Silva SRC, Rosell FL, Valsecki Junior A, Tagliaferro EPS
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou investigar o motivo da consulta odontológica entre gestantes atendidas na Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr/UNESP), no período 2000-2019, bem como os preditores associados. Dados sobre a gestação, questões sociodemográficas, motivo da consulta, história médica, condição bucal, acesso a dentista, hábitos deletérios e de higiene bucal foram registrados por graduandos do 3º ano do curso durante a anamnese e coletados por meio de consulta aos prontuários odontológicos (n=834). As associações entre as variáveis independentes e o desfecho (motivo da consulta odontológica) foram testadas em modelos de regressão logística simples e múltiplo hierárquico. A idade média das gestantes foi de 26,4 anos. A maioria relatou ser de etnia branca (77,70%), ter sangramento gengival ao escovar os dentes (53,96%) e escovar os dentes ao menos 2 vezes ao dia (76,74%). A minoria das gestantes mencionou ter aftas (13,31%), boca seca (30,58%) e usar fio dental (45,68%). Apenas 4,20% procuraram atendimento por rotina/prevenção, 91,36% por necessidade de tratamento e 4,44% por outros motivos. A presença de dor foi relatada por 46,64% das gestantes e os preditores significativamente associados (p<0,05) foram a presença de boca seca (OR=1,50; IC95% 1,09-2,07) e o não uso de fio dental (OR=1,48; IC95% 1,08-2,02). Conclui-se que as gestantes com hábitos de higiene bucal inadequados ou que tinham a sensação de boca seca tiveram maior probabilidade de procurarem atendimento odontológico por motivo de dor. (Apoio: FAPESP)PN0726 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Doenças genéticas raras: vulnerabilidade dos indivíduos brasileiros aos problemas bucais
Rabello F, Carneiro NCR, Deps TD, Abreu MHNG, Martins RC, Borges-Oliveira AC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou analisar uma possível vulnerabilidade aos problemas bucais em indivíduos com doença genética rara (DR) e sem DR. Foi realizado um estudo transversal, pareado por idade e sexo, com 210 indivíduos [105 com DR - Mucopolissacaridoses (n=27) / Osteogênese Imperfeita (n=78) e 105 sem DR], com idade entre dois e 57 anos e os pais/responsáveis. A amostra foi selecionada em cinco estados do Brasil (CE, ES, MG, RJ e SP). Os indivíduos foram examinados quanto a má oclusão, anomalias dentárias, cárie e gengivite. O participante com uma, ou mais, dessas condições clínicas era classificado no grupo "Problema bucal presente". Os pais/responsáveis responderam um questionário sobre o filho (aspectos sóciodemográficos, comportamentais e história médica/odontológica). O Directed Acyclic Graphs foi utilizado para identificar possíveis variáveis de confusão na associação entre DR e problemas bucais. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi realizada análise descritiva e regressão logística. A média de idade dos indivíduos examinados foi de 14,2 anos (±12,3). Indivíduos com DR apresentaram 12,9 vezes mais chance de ter qualquer tipo problemas bucais (IC 95% 3,7- 44,7), em comparação com indivíduos sem DR. Indivíduos com DR tiveram maior vulnerabilidade aos problemas bucais quando comparado a indivíduos sem DR. (Apoio: FAPs - Fapemig)PN0727 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Análise dos indicadores de saúde bucal dos municípios da região metropolitana da Baixada Santista - SP
Zanolli DB, Carrer FCA, Mello TRC, Gabriel M
Mestrado Em Políticas Públicas - UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O Ministério da Saúde vem recomendando que gestores do sistema de saúde incorporem o uso de indicadores na avaliação e no monitoramento da atenção em saúde bucal. Em 2013, o Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores (2013-2015) do Ministério da Saúde propôs três indicadores em saúde bucal. O objetivo desta pesquisa é coletar e analisar os indicadores em saúde bucal e gastos com saúde dos municípios que constituem a Baixada Santista - SP no período de 2009 à 2019. Não se incluirá o ano de 2020 por razão da pandemia de Coronavírus, na qual os atendimentos odontológicos ficaram restritos a urgências. Foram coletados e analisados os indicadores em saúde bucal e indicadores dos gastos em saúde destes municípios, relacionando-os entre si e com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) utilizando-se o teste de correlação de Pearson, com nível de significância de 95%. Os municípios de Bertioga e Cubatão foram os que mais investiram em saúde apesar de não necessariamente apresentarem os melhores indicadores em saúde bucal. Foi encontrada uma correlação forte positiva entre o "IDH-M" e a "média da ação coletiva de escovação dental supervisionada", e uma correlação moderada positiva entre a "média de gastos/habitantes" e a "cobertura da ESB na AB", bem como entre o "percentual de gastos em saúde" e a "proporção exodontia em relação aos procedimentos". Conclui-se que os indicadores em saúde são importantes instrumentos que podem ser utilizados na formulação de políticas públicas em saúde bucal, subsidiando o planejamento estratégico das ações de saúde bucal.PN0728 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Tendência das desigualdades socioeconômicas na autopercepção de saúde bucal de brasileiros adultos entre 2013 e 2019
Karam SA, Schuch HS, Demarco FF, Corrêa MB
Faculdade de Odontologia - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou comparar a distribuição da prevalência de percepção negativa de saúde bucal em dois inquéritos populacionais no Brasil. Estudo descritivo realizado com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) dos anos 2013 e 2019. Foram avaliados adultos, maiores de 18 anos que responderam à pergunta sobre a autopercepção de saúde bucal (N2013=60.202 e N2019=88.531), desfecho de interesse que foi dicotomizado em percepção positiva (muito boa e boa) e negativa (regular, ruim e muito ruim). Os estratificadores foram características socioeconômicas (sexo, idade, cor da pele, escolaridade e renda domiciliar) e de saúde bucal (edentulismo, tempo e motivo da última consulta odontológica). Teste Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para frequências absolutas, relativas e os intervalos de confiança de 95% (IC95%). A prevalência de percepção negativa de saúde bucal foi de 32,5% (IC95% 31,79-33,22) em 2013 e 31,7% (IC95% 29,57-34,00) em 2019. Em relação percepção negativa de saúde bucal, a diferença entre o quintil mais pobre e o mais rico era de 23 p.p em 2013, enquanto em 2019 essa diferença caiu para 8 p.p. Em 2013, a diferença entre os indivíduos com menor escolaridade e os mais escolarizados era de 26 p.p, aproximando-se de zero em 2019. Tanto em 2013 quanto em 2019, os indivíduos que consultavam por motivo curativo percebiam de forma negativa sua saúde bucal quase duas vezes mais que os que consultavam preventivamente. Observou-se uma redução na prevalência de percepção negativa de saúde bucal, tanto de maneira geral quanto estratificada no período de seis anos. (Apoio: CAPES N° 001)