RESUMOS APROVADOS

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PN0699 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 16

Análise do sistema de referência e contrarreferência na especialidade de Endodontia, em Contagem, Minas Gerais, Brasil
Oliveira-Júnior M, Mello VMBM, Werneck MAF, Mattos FF, Vargas-Ferreira F, Abreu MHNG, Martins RC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo analisou a referência e contrarreferência entre a atenção primária e secundária no serviço de Endodontia do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Contagem, Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal quantitativo que utilizou dados secundários do Sistema de Informação Municipal e prontuários do CEO, do período de 2009 a 2014. Os dados foram analisados por meio do Teste Exato de Fisher, por meio do programa Stata 14.0. Um total de 507 pacientes foi referenciado para o serviço de Endodontia no CEO, sendo a maioria do sexo feminino (71,7%), com idades entre 31 a 59 anos. Um total de 521 dentes foram tratados endodonticamente, sendo 50,29% multirradiculares. O tempo médio de tratamento nas diferentes regiões de Contagem foi de 3,12 meses. A perda de dentes antes de iniciar o tratamento endodôntico foi menor na faixa etária de 19-59 anos (28,57%). A taxa de abandono do tratamento após a primeira consulta foi mais alta na região Industrial (85,34%), faixa etária de 60 anos ou mais (84,21%) e no sexo feminino (80,88%), mas sem diferença estatística (p>0,005). A taxa de dentes sem restauração temporária não diferenciou estatisticamente entre as regiões (23,81%; p>0,005), e foi maior para o sexo masculino (28,8%) e na faixa etária de 6 a 12 anos (41,6%).
É necessário monitorar a indicação correta de tratamento endodôntico, realização de restaurações temporárias nos dentes encaminhados, tempo de encaminhamento e de espera pelo tratamento endodôntico, e redução do intervalo de tempo médio entre a primeira consulta no CEO e conclusão do tratamento.
(Apoio: CAPES)
PN0702 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 16

Insegurança quanto ao processo de trabalho dos profissionais de saúde bucal do SUS durante a pandemia de Covid-19 no Ceará
Silva RADA, Calvasina PG, Pereira PM, Firmeza LMD, Teixeira AKM
CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pesquisa analisou o processo de trabalho dos profissionais de saúde bucal do Sistema Único de Saúde do Ceará, e identificou os fatores associados à insegurança quanto a realização de suas funções laborais durante a pandemia de COVID-19. Foram utilizados dados secundários coletados pela Coordenadoria de Atenção à Saúde do Ceará em maio de 2020, período do pico da primeira onda de COVID-19 no estado. Foram analisadas as variáveis relacionadas com à formação e atuação profissional, o processo de trabalho durante a pandemia e o contágio de COVID-19. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 22.0 considerando um nível de confiança de 95%. Observou-se que os profissionais que relataram maior insegurança para exercer o trabalho odontológico na pandemia eram aqueles com maior tempo de formado (p=0,004), sem acesso às informações sobre os novos protocolos odontológicos (p<0,001) e aos equipamentos de proteção individual adequados (EPI) (p<0,001). A ausência de EPI adequado esteve mais presente entre os técnicos e auxiliares de saúde bucal (p<0,001) e nos que atuavam no interior do estado (p<0,001).
Conclui-se que apesar do baixo número de profissionais de saúde bucal infectados pela COVID-19, estes atuavam em situação de insegurança laboral durante o primeiro pico da pandemia, seja por falta de acesso ao EPI ou por falta de atualização profissional, o que evidencia a necessidade de mobilizar esforços da gestão para garantir condições de trabalho adequadas aos profissionais do SUS durante a pandemia.
PN0703 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 16

Condição de saúde bucal e qualidade de vida em pacientes com anorexia e bulimia nervosa
Oliveira RAF, Moimaz SAS, Saliba TA, Garbin AJI, Garbin CAS, Chiba FY
Odontologia Infantil e S - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os transtornos alimentares são distúrbios do comportamento alimentar associados à instabilidade nos pensamentos, ações e atitudes, resultando em severos prejuízos físicos e psicológicos. Objetivou-se avaliar a condição de saúde bucal e a relação com a qualidade de vida em pacientes com anorexia nervosa e bulimia nervosa. Participaram da pesquisa 30 mulheres atendidas em uma Faculdade de Medicina do Estado de São Paulo, em 2019. Os dados sobre a condição dentária, erosão dentária, lesões bucais, uso e necessidade de prótese foram coletados de acordo com o Manual de Levantamentos em Saúde Bucal da OMS, e a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) foi avaliada por meio do questionário OHIP-14. Observou-se que todas as pacientes tinham experiência de cárie, com CPOD médio de 14,14 + 6,16; o número médio de elementos dentários acometidos por erosão dentária foi de 10,71 + 4,64, com predomínio de casos de lesão envolvendo a estrutura dentinária; 14,29% das pacientes apresentavam lesões na forma de úlceras na região da mucosa bucal; duas pacientes utilizavam prótese dentária, porém, 21,43% das pacientes necessitava de prótese superior e 50,00% necessitava de prótese inferior. Houve associação significante (p<0,05) entre escores do questionário OHIP-14 e maior índice CPOD, presença de lesões na mucosa bucal e necessidade de prótese.
Concluiu-se que as pacientes com anorexia e bulimia nervosa apresentaram prejuízos na condição de saúde bucal, com alto índices de cárie dentária, erosão dentária e necessidade de prótese, os quais estiveram associados à pior QVRSB.
(Apoio: CAPES)
PN0704 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 16

Dentição funcional preserva a eficiência mastigatória em adultos?
Campos FL, Rhodes GAC, Vasconcellos WA, Sampaio AA, Chalub LLFH, Ferreira RC
Saúde Coletiva - CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se comparar a eficiência mastigatória entre indivíduos com dentição completa (DC), com e sem dentição funcional (DF). Exames bucais (Kappa>0.60) foram realizados em uma amostra probabilística por conglomerados de um estágio de adultos de um município brasileiro. Cada participante completou 20 ciclos mastigatórios com uma goma de mascar de duas cores. Espécimes foram obtidos por prensagem da goma entre duas placas de vidro, escaneados em ambos os lados e salvos como imagem digital. Análise colorimétrica das imagens avaliou o grau de mistura das cores pela obtenção da variância circular do matiz (VCM), usando o software ViewGum© (Dhal Software, Greece). Menor VCM indica melhor performance mastigatória. DF foi avaliada pelo sistema de classificação hierarquizado que considera: presença de 10 dentes em cada arco, de 12 dentes anteriores, de pares de oclusão posteriores em pré-molares e molares. A condição dentária foi classificada em: DC (32 dentes), DF e outras configurações dentárias reduzidas. Os dados foram analisados por teste Kruskal Wallis (p<0,05). Participaram 160 indivíduos, dos quais 15 (8,83%) possuíam DC, 69 (43,21%) DF e 76 (47,96%) outras configurações dentárias reduzidas, cujas medianas e intervalos interquartílicos de VCM foram, respectivamente, 0,21 (0,12), 0,24 (0,12), e 0,28 (0,13).
Não houve diferença estatística significativa da eficiência mastigatória entre os grupos (X2 (2) = 4,718; p> 0,05). A eficiência mastigatória em indivíduos com DF foi semelhante aos indivíduos com DC.
(Apoio: CAPES)
PN0705 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 16

Lesões bucais e maxilofaciais em crianças e adolescentes vítimas de abuso físico
Sampaio TRC, Trajano RKN, Nogueira DGM, Barbosa LM, Castro CCLP, Andrade ESS, Dourado ACAG
Cirurgia Oral e Maxillof - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo foi caracterizar os episódios de lesões bucais e maxilofaciais em crianças e adolescentes vítimas de violência física, traçando o perfil do agressor e das lesões encontradas. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, por meio de coleta de dados secundários, presentes em laudos periciais arquivados no banco de dados do Instituto Médico Legal Gerardo Vasconcelos, em Teresina-PI, entre os anos de 2017 e 2019. O estudo foi submetido à aprovação no comitê de ética e a análise estatística foi realizada através do teste qui-quadrado e de estatísticas descritivas. Foram avaliados 811 laudos de lesão corporal, nos quais apontam que há um predomínio de vítimas com idade entre 12 e 18 anos (70,8%). A maior parte dos agressores foram do sexo masculino (48,5%) e com vínculo extrafamiliar (38,1%). A região corporal mais acometida por lesões foi cabeça e pescoço (41,6%), destacando-se as situadas na região bucofacial, em que a região orbitária foi a mais afetada, seguida pelas regiões frontal, malar, labial e bucinadora e, as lesões mais prevalentes foram equimose (31,8%), edema (29,6%) e escoriação (22,2%).
Dessa forma, os dados encontrados podem facilitar a identificação da violência infantil no momento do atendimento inicial, além disso, a alta prevalência de lesões na cabeça e face reforça a importância de peritos Odontolegistas na análise e interpretação dessas lesões durante o exame pericial.
PN0700 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 16

Fluoretação das águas de abastecimento público e cárie dentária: estudo comparativo das iniquidades encontradas no SB Brasil 2003 e 2010
Schmitt EJ, Rocha JS, Caldarelli PG, Ditterich RG, Ignácio SA, Moysés SJ, Gabardo MCL
Odontologia - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Foram comparados os levantamentos epidemiológicos nacionais em saúde bucal (SB Brasil) de 2003 e de 2010, quanto aos fatores associados à fluoretação de águas e cárie dentária aos 12 anos de idade, evidenciando possíveis iniquidades. Utilizaram-se dados de 57.388 habitantes dos 50 municípios coincidentes em ambos os levantamentos. Com dados do SB Brasil 2003 o ponto de corte da existência de fluoretação foi 1990 e as variáveis independentes foram relativas ao ano de 2000; para o SB Brasil 2010, esse corte foi 2004 e as variáveis independentes foram de 2010. As seguintes variáveis explanatórias foram consideradas: macrorregião, porte populacional, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) e acesso à água encanada. Aplicou-se o teste de Qui-Quadrado (p<0,05) para associações entre as variáveis explanatórias e os desfechos de interesse. Macrorregiões menos favorecidas, com menos habitantes, menor IDH-M e menos acesso à água encanada, foram as que menos receberam água fluoretada ou, se a receberam, isso se deu tardiamente, também com impacto no aumento da experiência de cárie dentária.
Não houve melhoria, no período analisado, quanto à redução de iniquidades e na relação entre fluoretação e cárie dentária.
PN0701 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 16

Cartilha informativa sobre saude bucal para pessoas surdas
Costa EL, Macêdo RFC, Aguiar-da-Silva LD, Costa JF
Odontologia Ii - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O maior obstáculo dos surdos no atendimento odontológico está relacionado com a dificuldade de comunicação com o dentista, falta de manejo do profissional e escassez de instrumentos que auxiliem nesta comunicação. O estudo objetivou elaborar e produzir uma cartilha informativa sobre saúde bucal para pessoa surda, usuários da língua brasileira de sinais (LIBRA), além de proporcionar a inclusão social e qualidade de vida destas pessoas contribuindo para otimização da interação entre paciente surdo e o cirurgião-dentista. A cartilha traz informações em português e em LIBRAS sobre saúde bucal, com ilustrações de qualidade, apresenta um glossário de termos Odontológicos de Sinais. Participaram 83 adolescentes surdos de 12 a 19 anos de idade, matriculados no Centro de Ensino e Apoio a Pessoa com Surdez do Maranhão. Os alunos responderam dois questionários sobre saúde bucal. Um antes e outro após leitura individual da cartilha, para avaliar o conteúdo programático, facilidade de entendimento das informações e integração com o profissional. 88% compreenderam as informações da cartilha; 90% satisfeito com o material.
A produção da Cartilha Informativa para surdos contribuiu significativamente para entendimento sobre as doenças bucais, fatores etiológicos e suas medidas preventivas.