Consumo precoce de açúcar e cárie dentária: um estudo de coorte
Tavares BS, Ramos-Jorge J, Coelho VS, Bendo CB, Ramos-Jorge ML, Fernandes IB
Odontopediatria - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi investigar se o consumo de açúcar antes dos dois anos de idade está associado à incidência de cárie na idade pré-escolar. Esse estudo de coorte prospectivo foi realizado com 102 crianças avaliadas entre 6 meses e 2 anos de idade e reavaliadas após três anos. Essas crianças foram selecionadas aleatoriamente em Unidades Básicas de Saúde de Diamantina, Minas Gerais. Variáveis sociodemográficas, econômicas e relativas aos hábitos alimentares das crianças foram coletadas através da aplicação de questionários aos pais/responsáveis. A presença de cárie dentária foi avaliada através dos critérios do Sistema internacional de Avaliação e Detecção de Cárie Dentária, tanto no início quanto no acompanhamento, sendo assim calculada a incidência de cárie. Foi ainda registrado se a criança realizou tratamento odontológico durante o período de acompanhamento. A incidência de cárie foi de 67,6% e 88,2% das crianças avaliadas já consumiam açúcar antes dos dois anos de idade. Crianças que não realizaram tratamento no acompanhamento (RR=1,39; IC 95%= 1,18-1,65) e que consumiam açúcar antes dos dois anos de idade (RR=2,76; IC 95%= 1,01-7,59) apresentaram maior risco de incidência de cárie dentária após três anos.PN0274 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Influência do tipo de ácido para condicionamento do esmalte na resistência de união bráquete metálico
Andrade PC, Montalli VAM, Barbosa JA, Basting RT
FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do tipo de ácido para condicionamento do esmalte na resistência de união por cisalhamento (RC) e índice de remanescente adesivo (IRA) após a descolagem de bráquetes metálicos. Foram utilizados 30 pré-molares distribuídos aleatoriamente em grupos (n=10): ácido fosfórico a 35% (AF), ácido glicólico a 35% (AG) e ácido ferúlico a 35% (AFe). Os ácidos foram aplicados por 20 segundos, seguindo-se à lavagem e colagem dos bráquetes com resina Transbond XT/ 3M ESPE. Após 24 horas, as interfaces foram submetidas aos ensaios de RC e observadas em lupa estereoscópica (20 x) quanto ao IRA. Os modelos lineares generalizados mostraram que AF e AG apresentaram RC significativamente maior que AFe (p=0,003). IRA foi significativamente maior com AF do que com os outros ácidos (p<0,05; Kruskal Wallis e Dunn), havendo mais remanescente de adesivo aderido ao dente. Os ácidos fosfórico e glicólico mostram-se efetivos para a colagem de bráquetes, sendo que o glicólico permitiu menor percentual de remanescente adesivo aderido ao esmalte.PN0275 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Fatores contextuais e individuais estão associados às consequências clínicas da cárie na primeira infância
Pereira LF, Lima LRS, Pereira AS, Lima MDM, Moura MS, Moura LFAD, Lopes TSP, Lima CCB
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou determinar a prevalência e fatores associados às consequências clínicas da Cárie na Primeira Infância (CPI) em pré-escolares. Trata-se de estudo transversal, de base populacional, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (parecer 2.527.893). Participaram 888 pré-escolares de cinco anos de idade matriculados em pré-escolas públicas e privadas da cidade de Teresina, Brasil. Dados socioeconômicos, condições de saúde e hábitos alimentares e de higiene bucal foram coletados por meio de formulário respondido pelos pais/responsáveis. Exame clínico dentário dos pré-escolares foi realizado para avaliar experiência de CPI (índice ceod) e suas consequências clínicas (índice pufa). Foram realizadas análise descritiva e regressão de Poisson (p<0,05). A prevalência de CPI foi 42,3% e de suas consequências clínicas foi de 7%. Primeiros molares inferiores foram os dentes mais acometidos pelas consequências clínicas da CPI (31,2%). Pré-escolares com renda familiar menor que um salário mínimo (RP = 4,24; IC95% = 1,15 - 15,56), que consumiam guloseimas mais de três vezes por semana (RP = 2,07; IC95% = 1,06 - 4,08), relataram realizar escovação dentária uma (RP = 2,25; IC95% = 1,06 - 4,75) ou duas (RP = 1,90; IC95% = 1,03 - 3,54) vezes por dia e havia ido ao dentista (RP = 2,45; IC95% = 1,40 - 4,31) apresentaram maior prevalência de consequências clínicas da CPI. Concluiu-se que a prevalência de consequências clínicas da CPI foi de 7% e foi associada a fatores contextuais e individuais. (Apoio: Universidade Federal do Piauí)PN0276 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Repercussões orais da COVID-19 em crianças
Mendonça NMVS, Brito DHS, Santos TGFT, Silva M CPM, Lavôr JR, Heimer MV, Rosenblatt A
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Investigar se existem manifestações orais da COVID-19 em crianças. Trata-se de um estudo transversal com dados secundários obtidos do banco de dados do Departamento de Doenças Infecto Parasitárias (DIP) infantil do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Recife). A amostra foi composta por crianças de 0 a 12 anos internadas com diagnóstico confirmado de COVID-19, no período de Março a Agosto de 2020. A partir da avaliação de prontuários, os dados de prevalência de manifestações orais, ocorrência de comorbidade, como também outro possível diagnóstico de crianças infectadas com COVID-19 foram analisados descritivamente por meio de frequências absolutas e percentuais, a associação de manifestações orais segundo a ocorrência de comorbidades também foi vista. Das 89 crianças, 20,2% apresentaram manifestações orais, sendo a mucosite com maior prevalência (12,4%). A estomatite aftosa foi encontrada em 2,2% e outras lesões como abscesso dentoalveolar, lábios hiperemiados, descamação labial, impetigo e gengivite tiveram o percentual de 1,1% respectivamente. Em relação à ocorrência de comorbidades, 42,7% apresentaram, sendo a asma mais prevalente (10,1%). Das 18 crianças com manifestações orais, 12 não apresentaram comorbidades. Pacientes que tiveram outro possível diagnóstico foram 7,9% para Síndrome Inflamatória Multissistêmica e 5,6% para a doença de Kawasaki. Houve registros de manifestações orais em crianças, em vista disso, é importante o enfoque em atenção clínica com o intuito de elucidar e contribuir para o reconhecimento dessas características.PN0277 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Análise tridimensional condilar e de vias aéreas superiores em pacientes com apneia do sono tratados com aparelho de avanço mandibular
Pereira AB, Gurgel ML, Cevidanes LHS, Pereira RRR, Costa FWG, Bianchi J, Fabbro CD, Chaves Júnior CM
Clínica Odontológica - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou avaliar dimensões do côndilo mandibular (CM) e das vias aéreas superiores (VAS) por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico, bem como avaliar a correlação da mesma com a severidade da apneia obstrutiva do sono (AOS) e resultados do tratamento com o aparelho de avanço mandibular (AAM). Vinte pacientes com AOS foram tratados prospectivamente com AAM. Exames clínicos, polissonográficos e tomográficos antes do tratamento (T0) e com o AAM instalado (T1) foram realizados. Medidas lineares, angulares e volumétricas do CM, bem como medidas de volume e área superficial (AS) da VAS foram realizadas e analisadas através do Teste t de Student e correlação de Pearson. Em T1, todos os pacientes apresentaram redução significativa do índice apneia- hipopneia (IAH) (p <0,001) e melhora na saturação de oxihemoglobina mínima (p = 0,001). As medidas condilares não se correlacionaram significativamente com o IAH e quantidade de protrusão necessária para sucesso do tratamento com AAM. Houve aumento significativo no volume (p = 0,003) e AS (p = 0,001) da orofaringe superior, enquanto a orofaringe inferior e VAS total não aumentaram significativamente. A AS total da VAS foi inversamente correlacionada com a variação do IAH (p = 0,016) e diretamente correlacionada com a protrusão máxima (p = 0,07) e terapêutica (p = 0,008). Concluiu-se que as dimensões condilares não influenciaram na severidade da AOS e protrusão mandibular. Maiores valores na AS da VAS indicaram menor variação no IAH após o tratamento, além de maior capacidade e necessidade de avanço mandibular. (Apoio: CAPES N° 1)PN0278 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Explorando a relação entre a qualidade de vida relacionada à saúde geral e saúde bucal em crianças na dentadura mista
Santos LFN, Fantini LC, Carneiro DPA, Menezes CC, Vedovello SAS, Vedovello-Filho M
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Associar a qualidade de vida relacionada à saúde geral (HRQoL) com a relacionada à saúde bucal (OHRQoL) em crianças na dentadura mista, bem como a influência da faixa etária e de variáveis clínicas. Estudo transversal realizado com 1.240 crianças entre 6 e 12 anos. A HRQoL foi avaliada pela Escala de Avaliação de Qualidade de Vida (AUQUEI) e a OHRQoL por meio de questionários específicos relacionados à faixa etária: Escala de Impacto na Saúde Bucal na Primeira Infância (ECOHIS), Questionário de Percepção Infantil CPQ8-10 e CPQ11-14. A cárie dentária foi diagnosticada com o índice CPOD e ceo-d e a má oclusão foi avaliada clinicamente com base nos critérios propostos por Grabowski. Modelos de regressão logística simples foram construídos para cada variável independente, estimando os odds ratios brutos com intervalos de confiança de 95%. Variáveis com p <0,20 em análises simples foram estudadas em modelo de regressão logística múltipla, permanecendo no modelo final aquelas com p≤0,05. Crianças de 11 e 12 anos apresentaram 1,55 (1,04-2,30) vezes mais chance de apresentar impacto negativo na OHRQoL (p <0,05). Crianças com impacto negativo na HRQoL mostraram 1,44 (1,06-1,96) vezes mais probabilidade de impactar na OHRQoL Crianças com experiência de cárie têm 2,06 (1,50-2,82) vezes mais probabilidade de impactar a OHRQoL (p <0,05). A qualidade de vida relacionada á saúde geral tem associação com a qualidade de vida relacionada á saúde bucal. Adicionalmente, quanto maior a faixa etária, maior o impacto na qualidade de vida.PN0279 - Painel Aspirante
Área:
4 - Ortodontia
Percepção de pacientes adultos com relação ao procedimento de moldagem quando comparado ao escaneamento intraoral - estudo preliminar
Santos RO, Viana CZT, Casagrande CPM, Almeida RCC, Quintão CCA, Carvalho FAR
Ortodontia - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O avanço tecnológico permitiu o surgimento de modelos digitais como uma alternativa à moldagem com alginato. Como é uma técnica pouco convencional, ainda faltam evidências sobre a percepção do paciente em relação a técnica de escaneamento intraoral e a confecção de modelos digitais. Por isso, avaliou-se a percepção do paciente com relação ao procedimento de escaneamento intraoral quando comparado à moldagem com alginato, determinando qual processo seria mais rápido, confortável e atrativo para o paciente. Foram selecionados 12 pacientes adultos, suas arcadas superior e inferior foram moldadas com alginato e escaneadas com scanner intraoral (iTero Element). Após os procedimentos, o paciente foi orientado a responder os questionários sobre percepção e referência (escala visual analógica), para permitir ao paciente indicar seu nível de concordância livremente. As variáveis com distribuição normal foram comparadas com o teste t pareado e as que não apresentaram distribuição normal foram comparadas com o teste de Wilcoxon, com nível de significância de 5%. Como resultado, o tempo de procedimento para a moldagem com alginato foi menor (p<0,0001). Apesar disso, 83,3% dos pacientes responderam preferir ir a um ortodontista que utilize o escaneamento intraoral (p=0,02) e 91,6% dos pacientes relataram preferir o escaneamento intraoral quando considerado o conforto (p<0,0001) Os pacientes consideraram o escaneamento intraoral mais atrativo e confortável quando comparado à moldagem com alginato. Apesar disso, a moldagem com alginato é considerada a mais rápida