Há associação entre trincas dentárias e bruxismo infantil?
Farias AB, Santos PS, Brancher GP, Evangelista ME, Soares JP, Cardoso M, Santana CM, Bolan M
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O aparecimento de trincas dentárias pode estar associado a alguns fatores, entre eles o bruxismo. O presente estudo teve como objetivo associar trincas dentárias em dentes decíduos a possíveis fatores etiológicos, como bruxismo infantil e hábitos deletérios. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, aninhado a um estudo longitudinal de coorte. Avaliaram-se 255 crianças de 5 a 13 anos, matriculadas em escolas públicas de Florianópolis, que apresentaram pelo menos um dente canino e/ou molar decíduo. O exame clínico foi realizado em ambiente escolar, com observação visual direta e auxílio de espelhos clínicos e gazes estéreis. A avaliação das trincas foi feita com Luz LED. Para possíveis associações, foram analisadas variáveis demográficas, como sexo e idade, e variáveis clínicas, como histórico de roer unha e/ou objeto, histórico de relato de bruxismo, provável bruxismo, presença de restauração e mordida cruzada posterior. As crianças foram consideradas bruxistas quando apresentaram 3 ou mais dentes com facetas de desgastes. Para análise estatística, foram realizadas análises bivariadas, com os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. A amostra final do estudo foi de 109 crianças. A prevalência de trincas dentárias foi de 47,7% (n=57). Houve associação significativa entre trincas dentárias e provável bruxismo infantil (p<0,01). Não houve associação significativa com as demais variáveis estudadas. Conclui-se que, as trincas dentárias podem auxiliar no diagnóstico clínico do provável bruxismo. Necessita-se de novos estudos com amostras maiores.PI0488 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Preferências de responsáveis sobre as opções de tratamento para primeiros molares permanentes com defeitos de desenvolvimento no esmalte
Spinelli LR, Rosa TC, Silva FMF, Pedro RL, Costa MC, Neves AA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar preferências de responsáveis sobre opções de tratamento para primeiros molares permanentes (PMPs) hipomineralizados em crianças. Trata-se de um estudo transversal realizado com servidores da Universidade Federal do Rio de Janeiro com pelo menos um filho(a) entre 6-10 anos. Um questionário online contendo 26 perguntas foi desenvolvido com base no método de experiência de escolha discreta, através da criação de cenários hipotéticos do agravamento da condição. Os atributos avaliados foram os diferentes tratamentos (diamino fluoreto de prata-DFP, restauração, coroa de aço e exodontia) e o fator considerado na tomada de decisão. Dados demográficos (idade/gênero/maior nível escolar) foram coletados, sendo análises descritivas e teste qui-quadrado realizados. A amostra foi composta por 125 indivíduos, com idade média de 43±5 anos, predominantemente do gênero feminino (65,6%) e pós-graduados (96,8%). Não foram observadas diferenças entre escolhas de tratamento e o gênero/idade dos pais. Verificou-se que muitos responsáveis tiveram dificuldade em aceitar tratamentos com DFA (40,8%) e coroas de aço (56%) por questões estéticas. No entanto, após conhecer vantagens/desvantagens, muitos reconsideraram a escolha do DFP (51,2%; p≤0,05), devido à facilidade do procedimento. Em relação à exodontia, 64,8% dos avaliados preferem manter o dente, mesmo depois de conhecer as desvantagens. O tratamento conservador para PMPs hipomineralizados é desejável por responsáveis, porém, tratamentos que resultem em prejuízos estéticos podem não ser priorizados. (Apoio: FAPs - FAPERJ N° E-26/202.612/2019 | FAPs - FAPERJ N° E-26/202.035/2020 | CAPES N° DS 001)PI0489 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Perfil e necessidade de tratamento odontológico de pacientes pediátricos com necessidades especiais
Souza LN, Gomes AMM, Gomes APM, Damm C, Sarmento LC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Poucos estudos descrevem o perfil dos pacientes com necessidade especial (PNE) que procuram por atendimento odontológico em clínicas-escolas. É importante que os estudantes de graduação vivenciem esta experiência para contribuir na formação de um profissional mais capacitado. Objetivou-se nesta pesquisa verificar o perfil e a necessidade de tratamento odontológico de pacientes pediátricos com necessidades especiais. Trata-se de um estudo descritivo transversal retrospectivo, a partir de dados secundários dos prontuários clínicos de pacientes atendidos na Disciplina de Odontopediatria da Universidade Federal do Espírito Santo, no período de 2011-2017. A coleta de dados foi realizada a partir de prontuários com preenchimento completo e Termo de Consentimento assinado pelo responsável. Os dados foram tabulados no software SPSS 21.0 e realizada análise descritiva. A amostra consistiu em 1.100 prontuários de crianças de 04-12 anos de idade. Destes, 294 eram de crianças que apresentavam alguma necessidade especial, 55,10% eram do sexo masculino e 40,14% tinham de 7-9 anos de idade. A asma e a bronquite asmática foram encontradas em 35,37%, a dor de origem odontogênica foi relatada em 11,90%, o tratamento restaurador foi realizado em 41,5%, e o traumatismo dentário foi relatado em 25,17% dos prontuários. Conclui-se que entre os prontuários de PNE a maioria das crianças era do sexo masculino, a asma e a bronquite asmática foram as condições mais frequentes, a dor de origem odontogênica foi a queixa mais relatada e o tratamento mais realizado foi o restaurador.PI0490 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Atitude do responsável em relação ao atendimento odontopediátrico
Capucho WR, Costa IA, Freitas FCN, Andrade MV, Brum SC, Silveira RG
Odontologia - UNIVERSIDADE IGUACU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Acolhimento, vínculo e padrão comportamental são fundamentais em odontopediatria. Este trabalho teve por objetivo avaliar a atitude do responsável em relação ao atendimento odontopediátrico. A abordagem deu-se na sala de espera da clínica de odontopediatria, e participaram 43 responsáveis por crianças entre 6 e 12 anos, que foram esclarecidos quanto aos objetivos e que não eram obrigados a participar. Os dados foram inseridos processados e analisados no programa EPI-infoTM 7.2. Quanto à escolaridade dos responsáveis, 65,2% - 2º grau completo ou acima, tempo de permanência em casa com a criança, 72% - tempo integral. Quanto ao vínculo a maior parte foi constituída por mãe ou pai (n=33; 76,8%). Quinze responsáveis (34,9%) relataram experiências negativas com o atendimento odontológico e 3 deles relataram este trauma pessoal à criança. Quanto ao preparo psicológico da criança antes da consulta, 86% (n=37) preparam e segundo relatos dos entrevistados, as reações das crianças foram: 67,5% (n=25) tranquilidade, 24,3% (n=9) ansiedade e 8,1% (n=3) medo. Quanto ao sentimento dos responsáveis ao levarem a criança ao dentista, a maioria (88,3%) relatou sentimentos positivos. Porém, quando a criança entra sozinha na consulta, somente 27,8% relataram esses sentimentos positivos e 48,8% relataram ansiedade e 14% medo. Gostariam de acompanhar o atendimento 88,4% dos entrevistados. Concluiu-se que a adequada orientação aos responsáveis quanto aos cuidados que a criança receberá durante a consulta odontológica, pode contribuir para a redução do medo e ansiedade dos mesmos.PI0491 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Análise de custo-efetividade de terapias antineoplásicas em pacientes infantojuvenis com LLA e Osteossarcoma
Lima TMNR, Cavalcante FTS, Gomes AM, Bezerra PMM, Serpa EBM, Cavalcanti YW, Valença AMG, Sousa SA
Clínica e Odontologia Social - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se realizar uma análise econômica completa do tipo custo-efetividade (C/E) de tratamentos antineoplásicos em pacientes de 0 a 19 anos. Foi utilizado um modelo de árvore de decisão, com alternativas de tratamento comparando o manejo da LLA (Leucemia Linfoide Aguda) e do Osteossarcoma (OS), mais prevalentes nessa faixa etária. As informações foram extraídas do portal SIGTAP (SUS), onde foram consultados custos de transplante de medula óssea (TMO), radioterapia (Rxt), quimioterapia (Qt) e cirurgia (Cir). A base de dados de Registros Hospitalares de Câncer do INCA foi consultada para calcular razão de indivíduos que sobreviveram após um ano de tratamento, sob cada uma das diferentes modalidades de tratamento ou possíveis associações. A razão de custo-efetividade incremental (RCEI) foi calculada para cada esquema terapêutico, tomando como referência a estratégia de menor custo. A RCEI indica o custo necessário para aumento do benefício da tecnologia de menor valor. No tratamento da LLA, encontrou-se melhor C/E para a associação Qt+Rxt (custo = R$ 14.823,00, efetividade = 1,7) e pior para a Qt+TMO (custos = R$ 74.934,76, efetividade = 4,6). Para o OS, o tratamento mais custo-efetivo foi a Cir isolada (custo = R$ 37.346,10, efetividade = 1,0). A associação Qt+Cir não foi custo-efetiva devido ao seu custo incremental de R$ 7.285,83 e sobrevida menor (efetividade incremental de -0,13). Conclui-se que a Qt isolada não foi custo-efetiva em nenhum dos grupos. A Rxt e a Cir foram determinantes para melhora do C/E no tratamento da LLA e do OS. (Apoio: Programa Institucional de Bolsas (PIBIC)/PROPESQ-UFPB)PI0492 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Associação entre idade na primeira consulta odontológica e tipo de tratamento dentário realizado em pacientes infantis
Vissotto C, Nardin L, Christ J, Emmanuelli B, Miotti LL, Tuchtenhagen S
UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES - CAMPUS ERECHIM
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo retrospectivo teve como objetivo avaliar a associação entre idade na primeira consulta odontológica e o tipo de tratamento dentário realizado em pacientes infantis. A coleta de dados foi realizada por meio de prontuários de pacientes de 0 a 5 anos atendidos em uma Clínica Escola de Odontologia, com registro de informações referentes às características dos participantes e procedimentos odontológicos realizados. Para a análise estatística, os dados foram ajustados em um modelo de regressão logística; o desfecho foi a realização de tratamentos invasivos (endodontia e/ou exodontia). Foram avaliados prontuários de 210 crianças, com média de idade na primeira consulta de 38 meses (DP=14,5). Fluorterpia e/ou restauração, classificados como tratamentos não invasivos, foram realizados em 74,8% das crianças, enquanto tratamentos invasivos foram realizados em 25,2% da amostra. A análise ajustada indicou um incremento (OR = 1,03, p = 0,027) na chance de realização de tratamentos invasivos com o aumento da idade das crianças na primeira consulta odontológica, isto é, quanto maior a idade das crianças na primeira consulta, maior a chance de terem recebido um tratamento invasivo. Ressalta-se, assim, a importância da consulta odontológica nos primeiros meses de vida, com a finalidade de prevenção e manutenção da saúde bucal.PI0493 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Prevalência de hipomineralização molar incisivo em crianças e sua associação com a hipotensão relacionada à anemia na mãe durante a gestação
Teles ACO, Teodoro-Junior RS, Souto-Souza D, Ramos-Jorge ML, Ramos-Jorge J
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de Hipomineralização Molar Incisivo (HMI) em crianças e sua associação com a hipotensão relacionada à anemia materna nos dois últimos meses de gestação. Para isso, foi realizado um estudo transversal com 202 crianças de seis a oito anos de Diamantina, Brasil (poder do teste da amostra: 88.18%). Informações socioeconômicas, aspectos da saúde da mãe no período pré-natal, saúde da criança nos períodos perinatal e pós-natal foram obtidas através de questionários. O diagnóstico de HMI foi realizado por dois examinadores calibrados utilizando os critérios da Academia Europeia de Odontopediatria. Foi realizada análise descritiva, teste qui-quadrado e regressão de Poisson não ajustada e ajustada por modelos (modelo 1 - não ajustado; modelo 2 - ajustado para característica da criança; modelo 3 - ajustado para fatores pré-natais relacionados aos últimos dois meses de gestação; modelo 4 - ajustado para fatores relacionados à infância e modelo 5 - ajustado para todos os fatores). Os resultados mostraram que 22.3% das crianças possuía HMI, sendo 7,9% em molares e 14,4% em molares e incisivos simultaneamente. A hipotensão relacionada à anemia materna durante os dois últimos meses de gravidez foi associada ao HMI, independentemente dos fatores de confusão (RP: 3.135, IC 95%: 1.800 a 5.460; p< 0.001). Conclui-se que a HMI teve uma prevalência de 22.3% e estava associada à hipotensão relacionada à anemia materna, para a amostra de crianças de seis a oito anos de Diamantina, Brasil. (Apoio: FAPs - FAPEMIG)PI0494 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
Alterações do tratamento da Classe II com distalizadores First Class associados a diferentes ancoragens
Amaral LG, Sant'anna GQ, Bellini-Pereira SA, Anraki CC, Borges CGG, Lima-Filho FLB, Aliaga-Del-castillo A, Henriques JFC
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo teve como objetivo, comparar através da telerradiografia lateral, as alterações dentoesqueléticas e dos tecidos moles de pacientes Classe II tratados com dois tipos de distalizadores First Class associados a ancoragem esquelética, e um grupo controle de pacientes tratados com o distalizador First Class ancorado convencionalmente. A amostra retrospectiva consistiu por 60 telerradiografias de 30 pacientes, divididos em três grupos. O grupo 1 (G1) compreendeu 20 telerradiografias de 10 pacientes tratados com o aparelho de First Class ancorado convencionalmente. O grupo 2 (G2) compreendeu 20 telerradiografias de 10 pacientes tratados com o aparelho First Class ancorado esqueleticamente Tipo 1. O grupo 3 (G3) compreendeu 20 telerradiografias de 10 pacientes tratados com o aparelho First Class ancorado esqueleticamente Tipo 2. Todas as telerradiografias ao início (T0) e após distalização (T1) foram digitalizadas pelo scanner ScanMaker i800 e a análise foi realizada com auxílio do software Dolphin Imaging 11.5. Por fim, as alterações do tratamento (T1-T0) foram comparadas entre os grupos. Os três distalizadores são efetivos na correção da Classe II na presença de efeitos colaterais. Os distalizadores First Class ancorados a mini-implantes apresentam menos efeitos colaterais que o distalizador First Class ancorado convencionalmente. A distalização de molares associada à ancoragem esquelética indireta é capaz de reduzir os efeitos colaterais presentes na mecânica, mas não os remove totalmente.