Estudo das anomalias dentárias na Clínica Integrada Infantil da Universidade Estadual de Maringá
Pires MLBA, Weber I, Ramos AL, Scheffel DLS, Provenzano MGA
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de anomalias dentárias em pacientes infantis, entre 5 e 13 anos, da Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá, através da análise da radiografia panorâmica e prontuário clínico. As anomalias dentárias identificadas foram as de número (hipodontia e hiperdontia), forma (dilaceração radicular, raiz supranumerárias), tamanho (microdontia e macrodontia), erupção (erupção ectópica e anquilose) e estrutura (hipoplasia do esmalte, hipomineralização e amelogênese imperfeita). Foi realizada a análise radiográfica de 400 pacientes, sendo 208 meninos e 192 meninas, com idade média de 7,6 anos, atendidas no período de 2014 a 2019. Desses, foi observado em 21,75% a presença de pelo menos uma anomalia dentária. Dentre as anomalias de número, a presença de dentes supranumerários foi a mais comum (4,5%), seguida de agenesia (3,5%); e entre as alterações de estrutura, observou-se maior frequência de hipoplasia (5,25%), seguida pela hipomineralização (5%). A associação de anomalias, como agenesia e irrupção ectópica, foi observada em 5,7% dos pacientes. Considerando a prevalência observada e a possibilidade de ocorrer anomalias dentárias associadas, é imprescindível que o cirurgião dentista faça o seu diagnóstico para interpor as medidas de tratamento no momento mais oportuno e permitir assim, um melhor desenvolvimento da dentição destes pacientes durante o seu crescimento e desenvolvimento craniofacial. (Apoio: CNPq)PI0472 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Características relacionadas ao sono, cronotipo e bruxismo no binômio mãe-filho
Santos EC, Ribeiro-Lages MB, Tavares-Silva CM, Fonseca-Gonçalves A, Serra-Negra JMC, Maia LC
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar, no binômio mãe-filho, a associação entre características do sono, cronotipo e bruxismo do sono (BS) e de vigília (BV). Avaliou-se mães e seus filhos (crianças e adolescentes - C/A) (n=119) de 2-16 anos, enquanto aguardavam atendimento do menor na Clínica de Odontopediatria da UFRJ. Um questionário foi respondido pelas mães das C/A. O instrumento continha perguntas sobre características do sono, cronotipo (Circadian Energy Scale) e bruxismo, tanto das mães, quanto das C/A. Obteve-se o diagnóstico do bruxismo a partir do relato das mães. Utilizou-se o teste x2, considerando p<0,05 como significância. A amostra apresentou média de idade 35,5±7,14 e 7,5±3,02 para mães e filhos, respectivamente, e a maioria das C/A era do sexo masculino (57,1%). A prevalência de BS nas mães foi 20,2% e de BV 37,0%; enquanto nas C/A BS e BV tiveram prevalência de 42,7% e 24,8%. O cronotipo intermediário predominou no binômio (mães- 68,1%; C/A-65,7%), seguido pelo noturno (mães-17,6%; C/A-28,2%). O pesadelo (p=0,047), a sonolência diurna (p=0,002) e o BV (p<0,001) foram associados no binômio mãe-filho. O BS não apresentou associação significativa (p=0,204), porém 54,2% das mães com BS tinham filhos com BS. Mães noturnas tinham filhos noturnos (38,1%; p=0,620) e mães diurnas apresentaram maior prevalência de filhos noturnos (23,5%) do que diurnos (5,9%). A presença de pesadelo, sonolência diurna e BV está associada no binômio mãe-filho. Mães com BS tendem a ter filhos com BS, e mães noturnas e diurnas têm maior prevalência de filhos noturnos do que diurnos.PI0473 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Alterações bucais e qualidade de vida de crianças escolares: um estudo caso-controle
Diniz-Ribeiro EVC, Chagas LS, Carolino RA, Alonso LS, Oliveira MAC, Drumond CL, Vieira-Andrade RG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto das alterações bucais na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de crianças escolares. Um estudo caso-controle foi realizado com uma amostra de 326 escolares de escolas públicas e privadas da cidade de Diamantina-MG, Brasil com idade entre 8 e 10 anos. O grupo caso (crianças com impacto na QVRSB)e o grupo controle (crianças sem impacto na QVRSB) foram pareados por idade e sexo na proporção de 1:1 (163 casos para 163 controles). Os escolares responderam à versão brasileira do Child Perceptions Questionnaire (CPQ8-10) e foram submetidos à exame clínico para detecção de cárie dentária, má oclusão, traumatismo dentário, facetas de desgaste e erosão dentária. Os pais/cuidadores responderam a um questionário contendo informações sobre fatores sociodemográficos, bruxismo do sono e histórico de hábitos bucais deletérios na criança.A análise dos dados envolveu estatística descritiva e regressão logística condicional (IC:95%, p<0,05).Os resultados revelaram que a presença decárie dentária(OR = 2,62, IC 95%: 1,71 a 4,02, p <0,001), a baixa escolaridade dos pais (OR = 1,701, IC de 95%: 1,14-2,54, p = 0,009), o maior número de filhos na família (OR= 1,83, IC de 95%: 1,041 a 3,25, p = 0,036) e a ordem de nascimento da criança (OR = 1,72, IC de 95%: 1,15 a 2,59, p = 0,008) foram fatores preditores para o impacto negativo na QVRSB. Concluíu-se que dentre as alterações bucais avaliadas, a cárie dentária foi a única que atuou como um preditor para o impacto negativo na QVRSB das crianças.PI0474 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Conhecimento e atitudes sobre a mínima intervenção para manejo da cárie dentária no serviço público de saúde de Vitória da Conquista (BA)
Pereira LM, Mania TV, Imparato JCP, Raggio DP
Colegiado de Odontologia - FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se avaliar o conhecimento e as atitudes de cirurgiões-dentistas quanto ao manejo de mínima intervenção (MI) da cárie dentária. Nesta pesquisa exploratória, descritiva, transversal, de abordagem quantitativa, todos os cirurgiões-dentistas atuantes no serviço público de Vitória da Conquista (BA) (n=64) foram convidados a responder questionário online, contendo 52 perguntas estruturadas em quatro domínios. A análise dos dados incluiu o teste qui-quadrado (α=5%). Entre os 53 respondentes (taxa de resposta 82,8%) 67,9% eram mulheres, entre 31-40 anos (39,6%), atuando na atenção primária (75,5%) e na clínica geral (64,2%). Embora os profissionais tenham afirmado conhecer a MI (81,1%), considerando realizá-la na sua rotina de trabalho (58,5%), foi verificado conhecimento regular (84,9%), associado à titulação acadêmica e à auto avaliação sobre o benefício da técnica (p=0,026; p<0,0001). Nesse sentido, destacaram-se as incertezas quanto ao uso de flúor para inativação de lesões e de selantes dentários para sua prevenção e tratamento. Observou-se hesitação em discordar de afirmações relacionadas à etiologia incorreta e ao manejo tradicional da doença. As principais barreiras identificadas para sua utilização foram a insegurança e a indisponibilidade de instrumentais adequados no serviço. Embora os profissionais possuam conhecimento regular sobre os benefícios da MI no manejo da cárie, observamos deficiências quanto ao conhecimento e atitudes relacionadas à mesma, assim como barreiras para sua utilização.PI0475 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Citotoxicidade e efeito indutor de mineralização de flavonoides combinados sobre células osteoblásticas
Rios RA, Rabelo RL, Braga GPA, Souza ME, Pereira JA, Santos VR, Caiaffa KS, Duque C
Pediatria - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos dos flavonoides taxifolina, isoquercitrina, ampelopsina e rutina combinados sobre a viabilidade e a expressão de marcadores de mineralização de células osteoblásticas. As células Saos-2 foram tratadas com as combinações nas concentrações 50/50 µM e 25/25 µM, sendo a viabilidade celular avaliada nos períodos de 48 h, 8º e 14º dias pelo método da resazurina. Também foram tratadas por 48h com trocas a cada 2 dias de meio de cultura até completarem 8 dias para avaliar a atividade de fosfatase alcalina (ALP) pelo método da timolftaleína e por 14 dias para analisar a formação de nódulos de mineralização, pela coloração de alizarina. Os resultados foram analisados por ANOVA/Tukey (p<0.05) e mostraram que a viabilidade dos osteoblastos não teve uma redução estatisticamente significativa na presença dos compostos. As combinações contendo taxifolina foram as que obtiveram melhores resultados, destacando tax+iso e tax+rut a 25/25 µM, que estimularam significativamente a ALP, e tax+amp a 25/25 µM quanto à formação de nódulos mineralizados. Conclui-se que a taxifolina, isoquercitrina, rutina e ampelopsina combinadas nas suas menores concentrações demonstraram relevante efeito bioestimulador e indutor de mineralização em células Saos-2, podendo ser consideradas substâncias biotivas promissoras capazes de estimular osteoblastos a realizarem neoformação óssea e reparo da região periapical. (Apoio: FAPs - Fapesp N° 2017/10940-1 | FAPs - Fapesp N° 2019/02129-7 | CNPq N° 153439/2020-3)PI0476 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Validação de uma escala facial para avaliar percepção de crianças sobre a saúde e estética dos dentes
Queiroz ABL, Viganó MEF, Ferreira FR, Rocha NN, Lopes PG, Cenci MS, Braga MM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho objetivou validar uma escala para avaliar a percepção de crianças sobre sua condição de saúde e estética, associada à presença de cárie dentária e seus diferentes estágios. Uma escala facial contendo 3 domínios (estética, saúde e qualidade dos dentes) foi testada. As escalas tinham 5 faces, que iam gradativamente da condição mais favorável para a menos favorável.100 pares de pais/crianças, foram selecionados para responder a questionários eletrônicos. A pesquisa foi dividida em 2 fases: percepção de diferentes condições em relação à cárie dentária, vistas em imagens apresentadas às crianças e autopercepção das suas condições de saúde. Buscou-se verificar se a escala apresentava validade de construto, observando se havia relação entre os domínios testados e se a escala era capaz de discriminar condições sabidamente distintas em relação às condições de cárie. O nível de confiabilidade (alfa de Crombach) foi de 0,92. As crianças conseguiram diferenciar imagens de dentes hígidos (avaliações mais favoráveis), de lesões cavitadas (avaliações menos favoráveis). Na autopercepção, a escala permitiu distinguir crianças sem cárie de crianças com cavidades evidentes em dentes posteriores, mas a autopercepção das crianças foi menos discriminatória que a avaliação das imagens. A avaliação das crianças foi mais discriminatória que a dos pais para os quesitos testados. Concluímos que a escala facial mostrou-se um instrumento válido e confiável para avaliar a percepção de saúde e estética das crianças. (Apoio: CNPq)PI0477 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Qualidade de vida relacionada a saúde bucal em adolescentes: um estudo de coorte
Campos AM, Emmanuelli B, Ortiz FR, Ardenghi TM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou a influência de fatores de nível contextual, demográficos, socioeconômicos e clínicos sobre a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de adolescentes. Uma amostra de escolares de 12 anos foi aleatoriamente selecionada em 2012 e reavaliada em 2014 e 2018. Em todas as avaliações, a QVRSB foi verificada por meio do Child Perception Questionnaire 11-14. As características bucais foram avaliadas por meio de exames clínicos realizados por dentistas calibrados. Além disso, os participantes responderam a um questionário demográfico e socioeconômico. A renda média do bairro onde a criança residia, variável contextual, foi coletada por meio de dados oficiais da cidade. Para a análise de dados longitudinais, modelos multinível de Regressão de Poisson foram realizados para verificar o impacto das variáveis preditoras, coletadas no baseline, sobre as medidas repetidas de QVRSB ao longo do tempo. Um total de 1134 adolescentes de 12 anos foram avaliados no baseline, 770 em 2014 (taxa de retenção de 67,9%) e 768 em 2018 (taxa de retenção de 67,8%). Adolescentes que residiam em bairros de baixa renda, não-brancos, do sexo feminino, com baixa renda familiar e filhos de mães com menor escolaridade (p < 0,05) reportaram pior QVRSB ao longo do tempo. Além disso, dentre as variáveis clínicas, presença de sangramento gengival e má oclusão também foram relacionados a maiores impactos sobre QVRSB. Nossos resultados demonstram que fatores contextuais, demográficos, socioeconômicos e clínicos no início da adolescência influenciam a QVRSB ao longo do tempo.