Influência do uso do EDTA no processo de reparo após revascularização pulpar em molares de ratos
Oliveira SC, Reis-Prado AH, Chaves HGS, Cintra LTA, Silva GAB, Szawka RE, Mesquita RA, Benetti F
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou se o uso do ácido etilenodiaminotetraacético (EDTA) influencia no processo de reparo após revascularização pulpar em molares imaturos de ratos. Molares inferiores direito ou esquerdo de 12 ratos Wistar (4 semanas) tiveram as polpas expostas e removidas, e foram divididos aleatoriamente em (n = 6): NaOCl - irrigação com hipoclorito de sódio (NaOCl) 2,5%; e NaOCl-EDTA - NaOCl, seguido de EDTA 17%. Após, foi induzido o sangramento intracanal por meio de sobreinstrumentação com lima K #15 e os dentes foram selados. Molares inferiores de outros 6 ratos não receberam intervenção, sendo utilizados como controle. Após 15 dias, os ratos foram eutanasiados e as peças preparadas para análise histológica em hematoxilina-eosina. Os dados foram submetidos ao teste estatístico de Mann-Whitney (p < 0,05). Em relação à formação de tecido mineralizado, o grupo NaOCl-EDTA teve mais espécimes com aumento concomitante da espessura e comprimento da raiz. Todos espécimes dos grupos experimentais mostraram presença de cemento neoformado, no entanto, houve fechamento parcial do forame apical em NaOCl e completo em NaOCl-EDTA, em alguns espécimes. A maioria dos espécimes dos grupos experimentais tiveram infiltrado inflamatório presente até o terço médio do canal radicular. Foi observada maior neoformação tecidual nos espécimes do NaOCl-EDTA. Houve diferença significativa entre os grupos (p < 0,05) apenas na neoformação tecidual. Conclui-se que o EDTA influenciou positivamente a presença de tecido neoformado nos canais radiculares após revascularização pulpar. (Apoio: CNPq N° 153403/2020-9 | CAPES N° 88887.489995/2020-00)PI0426 - Painel Iniciante
Área:
2 - Biologia pulpar
Potencial odontogênico de scaffolds de nanofibras incorporados com diferentes fases minerais sobre células pulpares humanas
Mota RLM, Anselmi C, Mendes-Soares IP, Leite MLAS, de-Souza-Costa CA, Hebling J
Morfologia e Clínica Infantil - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Scaffolds de nanofibras têm se destacado na regeneração de tecidos craniofaciais e sua associação com moléculas bioativas potencializa a neoformação desses tecidos. Portanto, esse estudo avaliou o efeito da incorporação de diferentes fases minerais contendo cálcio, fosfato ou ambos em scaffolds de nanofibras sobre células pulpares humanas (HDPCs). Soluções de policaprolactona (PCL; 10% m/v) foram misturadas com hidróxido de cálcio (PCL+HC), nano-hidroxiapatita (PCL+nHA), ou β-glicerofosfato (PCL+βGF) e eletrofiadas para a obtenção de scaffolds. Scaffolds de PCL sem fase mineral serviram como controle. Diâmetro das fibras, espaços interfibrilares e incorporação da fase mineral foram analisados por MEV/EDS (n=4). HDPCs foram semeadas sobre os scaffolds por diferentes períodos e avaliadas quanto à viabilidade (alamarBlue, n=8 e Live/Dead, n=4), adesão e espalhamento (F-actina, n=4) e formação de matriz mineralizada (AlizarinRed, n=8). Os dados foram analisados com ANOVA eSidak, Tukey ou Games-Howell (α=5%). A incorporação de HC aumentou o diâmetro das nanofibras e a porcentagem de espaços interfibrilares, enquanto βGF reduziu ambos. nHA não exerceu efeito sobre esses parâmetros. Aumento significativo da viabilidade, adesão, espalhamento e deposição de matriz mineralizada por HDPCs foi observada para as formulações PCL+HC e PCL+nHA em relação ao controle. Em conclusão, a incorporação de HC e nHA em nanofibras de PCL permitiu a obtenção de scaffolds citocompatíveis favoráveis à adesão, proliferação e deposição de matriz mineralizada por HDPCs. (Apoio: FAPs - Fapesp - IC N° 2019/26672-1 | FAPs - Fapesp - AR N° 2019/16473-1 | CNPq N° 303391/2019-7)PI0427 - Painel Iniciante
Área:
2 - Biologia pulpar
Indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 têm glicose salivar elevada e maior prevalência de manifestações endodônticas
Cardoso HCL, Andrade CAS, Nascimento PF, Damé-Teixeira N, Grisi DC, Guimarães MCM, Salles LP
Odontologia - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Portadores de diabetes mellitus (DM) tipo 2 são mais suscetíveis ao agravamento da COVID-19 e a infecções secundárias durante processos de intubação. O propósito deste estudo transversal foi avaliar a prevalência de manifestações endodônticas em portadores de DM tipo 2 e sua correlação com condições salivares. 60 pacientes, subdivididos em DM tipo 2 e controles (não diabéticos), foram avaliados quanto à condição endodôntica por meio de exames clínicos e radiográficos. Foram realizados exames sistêmicos e salivares de pH, capacidade tampão, amilase e glicose. A avaliação da glicose salivar foi realizada por otimização de um kit nacional, com a taxa de 0.35 mg/dL considerada como valor de corte para classificar em alta ou baixa glicemia. Análise estatística: ODDs ratio e regressão linear multivariada (p<0.05). A razão de chances indicou maior prevalência de doenças endodônticas em DM (OR=11.25, 95% IC: 2.15-58.74, p=0.0017) e glicemia salivar acima de 0.35 mg/dL (OR=6.69; 95% IC: 1.83-25.89; p=0.001). A glicose salivar foi significativamente associada a uma maior prevalência de doenças endodônticas (p<0.05); controlando para glicemia, DM, amilase salivar, pH, capacidade tampão e gênero. A significativa prevalência de doenças endodônticas em DM deve ser considerada como fator de risco aumentado no contexto da pandemia de COVID-19. O teste de glicose salivar adaptado pode ser um método simples e promissor no controle glicêmico e do risco à saúde bucal. (Apoio: CNPq N° 154693/2020-0 | FAPs - FAPDF N° 16991.78.45532.26042017)PI0428 - Painel Iniciante
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2 - Biologia pulpar
Potencial quimiotático e bioativo de um hidrogel de colágeno/gelatina contendo fibronectina sobre células da papila apical humana
Peruchi V, Leite MLAS, Soares DG, Anovazzi G, Anselmi C, Hebling J, de-Souza-Costa CA
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Biomateriais inovadores têm sido propostos para estimular a regeneração pulpar de dentes com rizogênese incompleta. O objetivo desse estudo foi avaliar o potencial quimiotático e bioativo sobre células da papila apical humana (hAPCs) de um hidrogel à base de colágeno/gelatina (Col/Gel) associado ou não a diferentes concentrações de fibronectina (FN). Incialmente, a solução de Col/Gel na proporção de 8:2 (v/v) foi preparada e então dissolvida em meio de cultura (α-MEM 10x) suplementado com 0, 5 ou 10 µg/mL de FN na proporção de 3:1 (v/v). Assim, foram estabelecidos os seguintes grupos: Col/Gel; Col/Gel+FN5; Col/Gel+FN10. As soluções dos hidrogéis foram neutralizadas e aplicadas na base de placas de 48 poços, seguido de incubação por 1 h a 37ºC para permitir geleificação. Um hidrogel à base de colágeno foi usado como grupo controle. A seguir, hAPCs (1x105) foram cultivadas sobre os hidrogéis e avaliadas quando a migração (M), viabilidade (V), adesão/espalhamento (A/E) e expressão gênica de marcadores relacionados à regeneração pulpar (ITGA5, ITGAV, COL1A1, COL1A3) (ANOVA/Tukey; α=5%). O aumento da M, V, A/E e expressão gênica pelas hAPCs foi diretamente proporcional a quantidade de FN incorporada ao hidrogel (p<0,05). O grupo Col/Gel apresentou bioatividade similar ao grupo controle (p>0,05). Foi possível concluir que o hidrogel Col/Gel+FN10 apresentou o maior potencial quimiotático e bioativo sobre as hAPCs, indicando que este biomaterial pode ser uma interessante opção para estimular a regeneração da polpa de dentes com rizogênese incompleta. (Apoio: CNPq N° #120354/2020-9)PI0429 - Painel Iniciante
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2 - Terapia endodôntica
Influência da temperatura de armazenamento na solubilidade do cimento resinoso ah plus
Maiochi AC, Fiorenza PB, Nomura LH, Teixeira CS, Coelho BS, Schuldt DPV, Almeida J
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O AH Plus® é um cimento obturador à base de resina epóxi de grande aplicação pelos dentistas, o fabricante recomenda que seu armazenamento esteja entre temperaturas de 10ºC a 24ºC e sua utilização ocorra em temperatura ambiente, alegando possíveis alterações no desempenho do cimento caso a orientação de armazenamento não seja respeitada. No entanto, países como o Brasil a temperatura ambiente pode ser superior a 30 graus e diversos cirurgiões dentistas armazenam o cimento endodôntico em geladeira. Foi avaliado o efeito de diferentes temperaturas no armazenamento das pastas do cimento endodôntico AH Plus® quanto a solubilidade. Três grupos foram avaliados: G1 a 5°C, G2 a 20ºC e G3 a 35ºC. Os testes seguiram os padrões propostos por Carvalho et al, 2007, replicado por Bernardi et al, 2017 e foram analisados de acordo com a ISO 6876 e ANSI/ADA nº 57 2012. Para o teste de solubilidade, anéis preenchidos com cimento foram pesados úmidos e secos, após a presa completa e após 7 dias. Os dados foram analisados através dos testes Shapiro-Wilk, Levenne, ANOVA e Tukey (α = 0,05). Foi encontrada diferença estatística entre as médias dos grupos G1 e G2. Mudanças na temperatura de armazenamento causaram alterações na solubilidade do cimento, no entanto, os valores encontrados demonstram que o material está dentro da norma recomendada.PI0430 - Painel Iniciante
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2 - Terapia endodôntica
Avaliação da radiopacidade de dentes artificiais utilizados para treinamento endodôntico
Mendes JL, Louzada VG, Brazão EH, Castro-Raucci LMS, Silva-Sousa YTC, Raucci-Neto W
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo teve como objetivo avaliar a radiopacidade de três marcas comerciais de dentes artificiais e compara-las a dentes naturais. Foram utilizados 10 molares superiores para cada grupo, sendo: IM do Brasil (IM), Fábrica de Sorrisos (FS), Bokas (BK) e dentes naturais (DN). Foram obtidas imagens radiográficas dos dentes e de escala de alumínio, utilizando um aparelho de raio-x (70 kVp; 8 mA; 0,3 s). As imagens foram analisadas utilizando o software Digora for Windows 2.7, sendo mensurados, para cada elemento dental, a radiodensidade de sete pontos entre a porção coronária e os terços radiculares. Os dados foram analisados pelo teste de Análise de Variância (ANOVA), seguido pelo pós-teste Tukey (α = 5%). Para os pontos analisados no esmalte dos elementos dentais, foi observado que FS e BK apresentaram radiopacidade estatisticamente semelhante aos dentes naturais (p = 0,996 e p = 0,224, respectivamente). Em relação à dentina coronária, todos os dentes artificiais apresentam valores estatisticamente distintos dos dentes naturais (p < 0,05). Quando comparados pelo terço cervical, todos os dentes artificiais apresentam valores estatisticamente distintos dos dentes naturais (p < 0,05). Em relação aos terços médio e apical, apenas IM apresentou valores semelhantes aos dentes naturais (p = 0,091 e p = 0,132, respectivamente). Conclui-se que todas as marcas comerciais avaliadas apresentam algum grau de similaridade na radiopacidade com os dentes naturais, entretanto, a equivalência deste parâmetro não se reproduz em todas as áreas anatômicas do elemento dental.PI0431 - Painel Iniciante
Área:
2 - Terapia endodôntica
Uso de um aplicativo e podcasts como metodologia ativa de ensino aplicada no laboratório de endodontia da UFC Sobral
Alves SM, Carvalho Sousa B, Vasconcelos BC, Costa JD, Teixeira AH
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse trabalho foi relatar a elaboração e implantação de podcasts e um aplicativo na disciplina de Laboratório de Endodontia da UFC-Sobral. Foram realizadas revisões da literatura e resumos das aulas ministradas pelos professores da disciplina para a construção dos áudios e disponibilização no aplicativo. Os áudios foram disponibilizados nas plataformas digitais como Spotify e Google Podcasts. No aplicativo, foram disponibilizados os podcasts, resumos das aulas ministradas e quiz sobre os conteúdos vistos. Surgiu assim, o Endocast e o Endoapp. A divulgação dos podcasts e do aplicativo foi feita através de uma página no instagram (@endo.cast) e durante as aulas teóricas que aconteciam pelo Google Meet. Para avaliarmos a utilização das ferramentas elaboramos um formulário via google Forms. Os alunos responderam que tomaram conhecimentos desses recursos através das redes sociais e por colegas da faculdade. Dentre os alunos, 94,4% relataram que tem gostado da experiência e que também recomendariam. Dentre os pontos positivos que foram atribuídos, destacaram-se: "resumos completos", "facilidade de acesso" e "união de tecnologia e aprendizado". Em relação ao que se pode melhorar, os alunos relataram que: "faltam casos clínicos no app", "disponibilizar os PDFs dos resumos para download", "melhorar o áudio dos podcasts" e "aumentar o conteúdo". Os podcasts e aplicativos têm um grande poder de alcance e popularidade entre os estudantes, sendo assim meios que podem ser considerados para o processo de ensino e aprendizado.PI0432 - Painel Iniciante
Área:
2 - Terapia endodôntica
Prevalência dos erros radiográficos durante o tratamento endodôntico realizados por alunos da Universidade do Sul de Santa Catarina
Godinho FG, Schlosser A, Kulkamp HS, Figueiredo DR, Schuldt DPV, Coelho BS, Almeida J
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Durante a formação acadêmica muitos erros radiográficos são cometidos. A radiologia é requisito essencial para a formação de Cirurgiões-Dentistas. Determinar a prevalência de erros em radiografias periapicais nos tratamentos endodônticos realizados pelos acadêmicos de Odontologia da Universidade do Sul de Santa Catarina - Campus Grande Florianópolis. Foram avaliadas 2211 radiografias periapicais digitais de 226 prontuários de pacientes que realizaram tratamento endodôntico no segundo semestre de 2017 e durante os anos de 2018 e 2019. Foram analisados os seguintes erros: posicionamento incorreto do filme, angulação vertical, angulação horizontal, aparecimento de meia lua ou halo, corte de estrutura dental, erro de dissociação e erro no uso de posicionador. Registrados a região e dente tratados, etapa do tratamento em que a radiografia foi realizada e fase do aluno. Os dados foram tabulados, a análise descritiva e testes de associação através do Qui-quadrado de Pearson foram realizadas pelo software Stata versão 13.0, nível de significância de 5%. Das radiografias analisadas, 64,7% (1431) foram consideradas inadequadas porque possuíam pelo menos um erro radiográfico; o erro mais prevalente foi angulação vertical incorreta 41,9%, seguido pelo corte da estrutura dental 38,5%. Realizar radiografias periapicais durante os tratamentos endodônticos é procedimento relativamente difícil, por isso necessita de reforço constante das técnicas e maior treinamento dos acadêmicos, haja vista mais da metade das amostras apresentarem erros radiográficos.