RESUMOS APROVADOS

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PI0342 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Desigualdades regionais no acesso ao tratamento do câncer de boca no Brasil
Dinísio TM, Bigoni A, Silva VKS, Toporcov TN, Menezes FS
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse trabalho investigou se o atraso no tratamento do câncer de boca (CB) está relacionado às desigualdades socioeconômicas e de acesso à atenção primária à saúde. A partir do Painel de Monitoramento de Tratamento Oncológico do Ministério da Saúde, realizou-se um estudo ecológico envolvendo as neoplasias malignas de boca diagnosticadas em indivíduos adultos (≥20 anos) segundo as unidades da federação (UF) do Brasil (2013-2017). A variável dependente foi o percentual de casos com atraso superior a 60 dias entre o diagnóstico e o início do primeiro tratamento. As variáveis explicativas foram o coeficiente de gini, o índice de desenvolvimento humano (IDH) e a cobertura de equipes de saúde bucal (eSB) e de equipes de saúde da família (eSF). Após verificar a normalidade e a homoscedasticidade, utilizaram-se o coeficiente de correlação de Pearson e os modelos de regressão linear. Dos 20.398 casos registrados no período, 13.171 (64,6%) apresentaram um atraso no tratamento com destaque para os estados do norte e nordeste do país. O atraso no tratamento oncológico do CB aumentou com a desigualdade socioeconômica mensurada pelo coeficiente de gini (r= 0,43). Entretanto, ele reduziu conforme a maior cobertura de eSB (r= -0,31) e de eSF (r= -0,27).
Portanto, identificaram-se desigualdades regionais no atraso para o início do tratamento do CB no Brasil. O fortalecimento e a expansão da atenção primária podem melhorar o acesso destes pacientes ao tratamento oncológico, reduzindo mortes potencialmente evitáveis.
PI0343 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Fatores contextuais e individuais associados à autopercepção da saúde bucal entre adultos e idosos de áreas rurais ribeirinhas
Andrade JO, Herkrath FJ, Gomes AC, Souza VGL, Guedes AC, Mainbourg EMT, Pereira MLG, Herkrath APCQ
Clinica Odontológica - Prótese Dental - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo teve como propósito investigar o papel dos fatores sociais, demográficos, clínicos e relacionados ao serviço na autopercepção da saúde bucal de adultos e idosos residentes em 40 localidades rurais ribeirinhas do rio Negro, Manaus. No inquérito transversal de base domiciliar a coleta foi realizada por meio de questionários desenvolvidos no REDCap. Inicialmente foi realizada análise descritiva dos dados e em seguida análises de regressão logística ordinal entre as variáveis independentes e o desfecho de autopercepção da saúde bucal. As variáveis com p≤0,20 nas análises bivariadas foram incluídas na análise múltipla considerando-se a hierarquia entre as variáveis contextuais e as individuais no modelo. Foram avaliados 603 indivíduos, sendo que 25,4% relataram estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos com sua saúde bucal. Residir em um dos territórios avaliados foi associado com uma melhor autopercepção da saúde bucal (OR=0,49; IC95% 0,26-0,90). Pior percepção da saúde geral (OR=1,77; IC95% 1,43-2,19), ter referido dor dentária nos últimos seis meses (OR=1,56; IC95% 1,05-2,33) e apresentar perda de ao menos um elemento dentário (OR=4,28; IC95% 2,00-9,15) foram associados a uma pior autopercepção. O edentulismo total, contudo, mostrou-se como um fator de proteção para o desfecho (0,46; IC95% 0,26-0,80). Foi identificada uma prevalência elevada de insatisfação com a saúde bucal.
Os resultados sugerem a necessidade de reorientação do modelo de cuidado, buscando a melhora das condições de saúde bucal e dos impactos na qualidade de vida dos indivíduos
(Apoio: CNPq)
PI0344 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Identificação de bactérias multidroga resistentes associadas à pneumonia em biofilme oral de indivíduos sob terapia intensiva
Barbosa RF, Santos MBMP, Assaf AV, Campos CH, Sá CL, Póvoa HCC, Farsura AF, Silveira FM
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Pneumonia adquirida em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) é uma complicação grave associada a bactérias comumente não constituintes da microbiota oral, mas que podem ser isoladas do biofilme oral, incluindo as multirresistentes a drogas (MDR). O objetivo deste estudo foi pesquisar a presença das espécies relacionadas com infecção respiratória, Acinetobacter baumannii, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus no biofilme oral, além de determinar o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos e às concentrações inibitória e bactericida mínimas (CIM e CBM) à clorexidina (CHX). No ano de 2019, amostras do biofilme oral de 88 indivíduos internados na UTI de um hospital de Nova Friburgo-RJ foram coletadas no dia da internação. As bactérias foram isoladas e identificadas por espectrometria de massas por MALDI-TOF. Em 32 (36,36%) amostras foram isoladas uma das 4 espécies estudadas e em 2 (2,27%), 2 espécies. No total, foram isoladas 2 cepas de P. aeruginosa (6,25%), 16 de S. aureus (50%), 9 de K. pneumoniae (28,12%) e 7 de A. baumannii (21,87%). Em relação ao perfil de resistência, das 34 cepas,15 (44,11%) eram MDR. Destas, foram encontrados: 7 cepas de S. aureus (43,73%), 2 de K. pneumoniae (22,22%) e 6 de A. baumannii (85,71%). A CIM para CHX variou de 0,0000315% a 0,001% e a CBM de 0,00025% a 0,0040%.
Houve colonização do biofilme oral por bactérias MDR anteriormente à internação em algumas amostras e o teste de susceptibilidade demonstrou pouca opção de tratamento, na ocorrência de infecções por estes microrganismos.
(Apoio: CNPq)
PI0345 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Fatores associados ao alto escore de medo da Covid-19 entre universitários do Sudeste do Brasil
Carvalho GR, Perry EL, Schavarski CR, Pordeus IA, Serra-Negra JMC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pandemia COVID-19 tem afetado emocionalmente várias pessoas, gerando medo de adoecer e/ou da morte. O objetivo deste estudo foi avaliar quais fatores estão associados ao alto escore de medo da COVID-19 em estudantes universitários. Participaram deste estudo transversal 311 estudantes de faculdades odontológicas da região sudeste do Brasil. Os participantes foram contatados via WhatsApp e redes sociais para responder a um questionário online, na plataforma Google Forms, com avaliação sociodemográfica e a versão brasileira da fear COVID-19 scale (FCS). Quanto maior o escore da FCS, maior o medo de Covid-19. Análise descritiva, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis foram utilizadas (p<0,05). A média de idade dos participantes foi 26,8 anos (+8,6), a maioria era do sexo feminino (82,0%), 64,6% pertenciam a instituições públicas e 84,2% estavam em ensino remoto emergencial (ERE). Maiores escores da escala FCS foram encontrados nos participantes do sexo feminino (p=0,001), entre os que estavam em ERE (p=0,027), residiam com alguém próximo que fazia parte do grupo de risco (p=0,001) e que estavam cumprindo o distanciamento social (p=0,000).
Concluiu-se que o alto escore de medo de Covid-19 apresentou associação entre os estudantes do sexo feminino, com suas rotinas de estudo adaptadas ao ERE, que residiam com alguém parte do grupo de risco e que cumpriam as regras de distanciamento social.
(Apoio: CNPq  N° 405301/2016-2)
PI0348 - Painel Iniciante
Área: 9 - Odontogeriatria

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Cuidado à saúde bucal de idosos domiciliados: modelo teórico multidimensional
Oliveira TFS, Embaló B, Pereira MC, Mello ALSF
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Compreender quais as dimensões presentes no cuidado à saúde bucal de idosos domiciliados e elaborar um modelo teórico. Estudo transversal, qualitativo, com referencial da Teoria Fundamentada nos Dados. Participaram 24 idosos domiciliados e 13 cuidadores, intencionalmente selecionados, cadastrados na Atenção Primária à Saúde, Florianópolis (SC). A coleta de dados foi realizada no domicílio, seguindo roteiro de entrevista. As falas foram gravadas em áudio, transcritas e analisadas por comparação constante. A elaboração do modelo seguiu a vertente glaseriana do método. Identificaram-se fragilidades no processo de cuidado em todos os elementos de caracterização (quem, porque, quando, como e onde), destacando-se as relacionadas ao próprio idoso, à sua condição de saúde bucal, ao cuidado realizado no domicílio, ao acesso aos serviços odontológicos e à participação do cirurgião-dentista. O somatório dessas fragilidades promove uma ruptura nas possibilidades de cuidado à saúde bucal nas múltiplas dimensões: individual, familiar, profissional e institucional.
Estratégias de cuidado à saúde bucal prestado aos idosos em domicílio devem ser implementadas em cada uma das dimensões identificadas a fim de superar as fragilidades e promover melhores condições de saúde bucal e acesso aos serviços odontológicos.
(Apoio: CAPES  N° 2  |  CNPq  N° 1  |  PIBIC  N° 1)
PI0349 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 08h30 - 10h00 - Sala: 12

Estresse, depressão e ansiedade em dentistas brasileiros durante a pandemia de COVID-19: uma análise por meio de redes psicométricas
Jural LA, Alencar CM, Silva AM, Magno MB, Silva CM, Pithon MM, Pires PP, Maia LC
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se compreender os sintomas de depressão, estresse e ansiedade (DEA) em dentistas brasileiros frente à COVID-19. Utilizou-se um questionário on-line com questões sociodemográficas e de risco associado à COVID-19. Os dados sobre DEA foram obtidos por meio da Depression, Anxiety & Stress Scale-21 validada para o português. Foram desenvolvidas análises por redes psicométricas constituídas por sistemas multicausais nos quais os itens foram inseridos como nodos conectados por arestas. Visando manter apenas as conexões ≠ 0, utilizaram-se penalizações por meio de um algoritmo de aprendizado de máquina. Um total de 1676 profissionais, dos quais 20,2% pertenciam a algum grupo de risco para COVID-19, integraram um sistema, cuja rede foi composta por 21 nodos e 132 arestas ≠ 0. Os nodos mais ativos pelo índice de influência esperada foram representados pelos itens "Senti que ia entrar em pânico" (Z = 1,47); "Senti-me depressivo e sem ânimo" (Z = 1,42) e "Senti que estava sempre nervoso" (Z = 1,16). Ao obter redes distintas para profissionais fora (PFR) ou dentro (PDR) do grupo de risco para COVID-19, rankings individuais foram apresentados para os cinco nodos mais influentes, com ambos indicando maior atividade das dimensões de depressão e estresse. Contudo, os nodos mais ativos para PFR e PDR apontam para uma diferença de influência entre os itens das três dimensões em suas respectivas redes.
Desse modo, verificou-se que os sintomas de DEA em dentistas são influenciados por itens específicos e variam de acordo com o enquadramento ou não em grupos de risco para a COVID-19.
(Apoio: CNPq  N° 147858/2020-8   |  CNPq  N° 310225/2020-5)