Ferramenta pedagógica para o ensino de odontologia empregando software de gestão de informações clínicas
Alvarenga AF, Nunes APA, Gomes MM, Picinini LS, Nary-Filho H, Oliveira RG
Odontologia - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Realizar um estudo transversal avaliando o conhecimento dos alunos do oitavo período de odontologia em relação ao domínio de conteúdo de planejamento de fluxo de trabalho. Foi aplicado um questionário para avaliar o conhecimento do aluno de graduação em diferentes vertentes relacionadas ao agendamento de paciente, fluxo de trabalho, administração dos pacientes e rotina de trabalho, onde foi avaliado, a capacidade do aluno em organizar um fluxo de trabalho e despesas gerais. 53% dos alunos concordaram fortemente que acreditam que um sistema on-line (software) poderia facilitar o gerenciamento de informações sobre o paciente na odontologia, 41% concordaram e 6% ficaram neutros. Apenas 6 alunos concordam fortemente que conseguem elaborar um fluxo clínico de atendimento a um paciente, 14 concordam e os outros 14 ficaram neutros. A implementação de um software facilitará o gerenciamento de informações sobre o paciente na odontologia, uma vez que os alunos que responderam ao questionário mostraram que não se sentem preparados em relação ao conteúdo de planejamento de fluxo de trabalho.PI0327 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
A influência da pandemia da COVID-19 na formação acadêmica de estudantes de graduação
Silva SE, Firmino RT, Nunes WB, Gomes RDAD, Paiva SM, Granville-Garcia AF
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se investigar a autopercepção do impacto da pandemia da COVID-19 na formação acadêmica de alunos de graduação do Brasil. Foi realizado um estudo transversal com 917 estudantes de universidades públicas e privadas, maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Os dados foram coletados no período de setembro a dezembro de 2020, por meio da aplicação de questionário pela plataforma SurveyMonkey. As perguntas versavam sobre dados socioeconômicos, uso de medicamentos ansiolíticos/antidepressivos, acompanhamento psicológico e questões relacionadas ao curso. Os dados foram analisados por meio da regressão de Poisson com variância robusta (α = 5%). A maioria dos indivíduos era do sexo feminino (74,7%) e estava matriculada em universidades privadas (52,1%). A idade média dos participantes foi 23 anos (DP=4,5). Mais de dois terços (68,4%) respondeu que a pandemia impactou a formação acadêmica. Estar matriculado em universidade pública (RP = 1,37; 95%IC: 1,25-1,50), ter satisfação baixa/muito baixa ou média com o curso (RP = 1,20; 95%IC: 1,10-1,30), ser morador da região norte (RP = 1,27; 95%IC: 1,08-1,50) e ter menos idade (RP = 0,98; 95%IC: 0,97-0,99) foi associado a percepção de impacto da pandemia na formação acadêmica. A autopercepção de estudantes brasileiros demostrou que a pandemia interferiu negativamente na graduação, principalmente em estudantes de universidades públicas, com menos idade, moradores da região norte e com menor grau de satisfação com o curso. (Apoio: CNPq)PI0328 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Em tempos de COVID há informação disponível na internet para o cuidado da saúde bucal a pais e crianças?
Santos PC, Bussadori SK, Santos EM, Sobral APT, Gonçalves MLL, Moriyama CM
Pós Graduação - UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A pandemia afetou profundamente o mundo e clínicas odontológicas se restringiram apenas à atendimentos de urgência. Assim, a Internet tornou-se fonte para a tomada de decisão em saúde. Investigou-se a utilização da Internet, por meio de um questionário eletrônico, para a busca de informações em saúde bucal (SB) em 35 pais de crianças acometidas pela doença cárie. Na amostra 65 % mães, 35 % com 25-34 anos, 72% com ensino médio, 42% ≤ 2 salários mínimos e 42 % das crianças tinham 4 anos. Cerca de 96% dos pais conheciam a doença cárie, 46% foram ao dentista no último ano; 85% receberam orientações sobre SB; 82% dos filhos já tiveram cárie e 36% dor de dente. Aproximadamente 91% acessavam internet; 54% diariamente, 22% semanalmente. Cerca de 88% no domicílio e 78% usavam celulares. Para às buscas de informação em SB na internet, 85% responderam que sim; Outras fontes de informação sobre SB, 87% disseram ser os dentistas; 17%, amigos e familiares. Durante a pandemia, 82% buscaram na internet informações sobre SB do filho, pelo Google 45% e Instagram 22%. Se os pais acharam útil a informação encontrada, 92% afirmaram que sim. Cerca de 78% buscaram um melhor entendimento do problema. Se a informação encontrada era a mesma dada pelo dentista, 85% dos pais afirmaram que sim. Conclui-se que os pais afirmaram que buscaram informações em saúde e a grande maioria utilizou a Internet para pesquisa sobre a doença do filho(a) durante a pandemia do COVID, sobretudo para saber mais informações sobre o problema. Apesar disso, os dentistas continuam sendo fontes de informação importantes para os pais.PI0329 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Perspectiva de docentes sobre o ensino odontológico online durante a pandemia
Silva MLC, Silva ISN, Mania TV, Ferreira EF
FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo buscou investigar as possíveis fragilidades do ensino remoto em Odontologia na perspectiva de docentes de uma de uma Instituição de Ensino Superior privada do interior da Bahia. Trata-se de um estudo de campo, observacional e descritivo, que utilizou questionários auto aplicáveis contendo 31 perguntas envolvendo perfil social e questões sobre o tema. Participaram da pesquisa 40 docentes (taxa de resposta 100%). O corpo docente era predominantemente feminino (65,0%), casadas (60,0%), com filhos (65,0%), morando com familiares (72,5%), com 41,38 anos em média (DP= 8,21). As principais dificuldades foram as demandas discentes fora do horário (77,5%) e a sobrecarga de trabalho (75,0%). Emocionalmente, 75,0% afirmaram sentir ansiedade/estresse relacionados a pandemia. A redução do tempo e das despesas com transporte representou uma facilidade para 75,0% da amostra. Foram adversidades discentes: a falta de participação/interação (95,0%), a maior facilidade na aprovação (87,5%) e a falta de interesse/vontade em aprender (82,5%). Os docentes avaliaram a qualidade do ensino remoto ofertado durante a pandemia como regular ou boa (90,0%) e o aprendizado regular ou ruim (97,5%). Na análise de conteúdo das questões abertas, surgiram outros aspectos positivos (flexibilidade) e negativos (forma de avaliar, necessidade de melhoria da tecnologia, insegurança pela pandemia, imaturidade acadêmica discente). O ensino remoto em Odontologia, na perspectiva de docentes, possui fragilidades importantes, principalmente relacionadas à atitude discente.PI0330 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Uso de ansiolíticos/antidepressivos por estudantes universitários no Brasil
Sousa MLC, Firmino RT, Gomes RDAD, Nunes WB, Paiva SM, Granville-Garcia AF
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se investigar a prevalência e os fatores associados ao uso de ansiolíticos/antidepressivos em estudantes universitários. Foi um estudo transversal realizado com 963 estudantes de ambos os sexos, maiores de idade e integrantes de universidades públicas ou privadas do país. Os dados foram coletados no período entre setembro e dezembro de 2020, via questionário na plataforma SurveyMonkey, contendo perguntas sobre dados socioeconômicos, autopercepção de saúde, uso de medicamentos ansiolíticos/antidepressivos, histórico de depressão, acompanhamento psicológico/psiquiátrico e sobre o curso de graduação. A análise estatística foi feita por regressão de Poisson com variância robusta (α = 5%). A amostra foi constituída em sua maioria pelo sexo feminino (75,2%), idade média de 23 anos (DP= ±4,8) e alunos de universidades privadas (52%). O uso das medicações foi relatado por 15% dos estudantes e o diagnóstico médico de depressão por 20,4%. As variáveis insatisfação com a saúde geral (RP = 1,43; 95%IC: 1,10-1,86), diagnóstico médico de depressão (RP = 3,58; 95%IC: 2,62-4,89), acompanhamento psicológico/psiquiátrico (RP = 2,64; 95%IC: 1,79-3,92) e sexo feminino (RP = 1,56; 95%IC: 1,05-2,33) foram associadas ao consumo de ansiolíticos/antidepressivos pelos discentes. O sexo, a insatisfação com a saúde geral, o acompanhamento psicológico/psiquiátrico e o diagnóstico médico de depressão influenciaram o uso de ansiolíticos/antidepressivos por estudantes de graduação. (Apoio: CAPES | CNPq)PI0331 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Mudanças da prática odontológica durante a COVID-19 no Distrito Federal: estudo transversal
Farias SJS, Ribeiro JAM, Lima AA, Stefani CM, Souza TAC, Lia EN
Odontologia - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Diante do alto risco de contaminação de cirurgiões-dentistas pelo vírus SARS-CoV-2, órgãos internacionais e nacionais lançaram orientações acerca da prática profissional. O objetivo desse estudo foi conhecer as modificações adotadas na prática profissional durante a pandemia por COVID-19 por cirurgiões-dentistas (CDs) do Distrito Federal (DF), Brasil. Para tanto, aplicou-se questionário sobre aspectos sociodemográficos, mudanças da rotina de trabalho e adoção de medidas de biossegurança adicionais após o decreto da pandemia pela Organização Mundial de Saúde. A seleção da amostra foi probabilística, por meio de sorteio estratificado de acordo com a região administrativa de atuação entre os CDs inscritos no Conselho Regional de Odontologia do DF. Foram incluídos 324 participantes entre os meses de setembro a dezembro de 2020, com idade média de 40±10 anos. Cerca de 98,5% dos CDs realizaram mudanças da rotina profissional, como o aumento no intervalo entre pacientes (76,85%) e redução de horas trabalhadas (77,47%). As medidas de biossegurança mais comumente adotadas foram desinfecção de superfícies inertes após cada atendimento com virucidas (93,51%), uso de face shield (92,59%) e de máscaras N95 ou PFF2 (92,28%). As menos adotadas foram evitar radiografias intraorais (17,59%) e a restrição a atendimento de urgências (17,9%). Observou-se a implementação de mudanças da rotina de trabalho e de medidas adicionais de biossegurança pela maioria dos profissionais. (Apoio: COPEI-DPI/UnB)PI0332 - Painel Iniciante
Área:
9 - Odontogeriatria
Associação entre polimedicação e perda dentária ou edentulismo em idosos: um estudo transversal de base populacional
Oliveira-Filho MB, Cruz GS, Castilhos ED, Gonçalves LB, Colussi PRG, Muniz FWMG
Odontologia Social e Pre - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar a prevalência e os fatores associados à polimedicação em idosos. Este estudo transversal entrevistou e examinou idosos (mínimo de 60 anos) de duas cidades do sul do Brasil. O número de medicamentos tomados diariamente foi coletado, e três pontos de corte foram usados para definir polimedicação (≥2, ≥3 e ≥6 medicamentos/dia). As variáveis independentes foram coletadas por meio de um questionário estruturado, e um exame bucal coletou o número de perdas dentárias. Análises ajustadas foram realizadas por meio de regressão de Poisson com variância robusta (p <0,05). Modelos independentes foram construídos para cada desfecho, usando edentulismo ou perda dentária como exposições primárias. Foram incluídos 569 idosos. As prevalências de polimedicação foram 65,4% (≥2 medicamentos/dia), 49,2% (≥3 medicamentos/dia) e 20,4% (≥6 medicamentos/dia). Indivíduos não edêntulos apresentaram razões de prevalência (RP) significativamente menores de polimedicação definida como ≥2 medicamentos/dia (RP: 0,882; IC 95%: 0,781-0,996), mas não para os outros pontos de corte. O maior número de perdas dentárias foi significativamente associado a ≥2 medicamentos/dia (RP: 1,010; IC 95%: 1,001-1,018) e ≥3 medicamentos/dia (RP: 1,009; IC 95%: 1,001-1,018). Nenhuma associação significativa foi detectada entre perda dentária e polimedicação definida como ≥6 medicamentos/dia (RP: 1,008; IC 95%: 0,987-1,030). Altas taxas de polimedicação foram detectadas entre os idosos, as quais foram associadas com perda dentária apenas quando pontos de corte inferiores são usados.PI0333 - Painel Iniciante
Área:
9 - Odontogeriatria
Avaliação da relação entre saúde bucal e condições sistêmicas em indivíduos idosos da região da baixada fluminense: coorte retrospectiva
Oliveira MS, Salles TS, Araujo GC, Brum SC, Campello AF, Resende RFB, Sartoretto SC, Uzeda MJ
UNIVERSIDADE IGUACU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O equilíbrio sistêmico e a saúde bucal são condições clínicas que estabelecem entre si uma relação capaz de exercer grande impacto sobre o bem-estar cotidiano. O presente estudo propôs avaliar descritivamente, a relação entre saúde bucal e as condições sistêmicas de indivíduos acima de 60 anos residentes na Baixada Fluminense. Este estudo foi submetido e aprovado pelo CEP da Universidade Iguaçu/RJ (CAAE: 12541019.1.0000.8044). Para tal, foram avaliados 11.390 prontuários de pacientes atendidos no período entre agosto de 2015 e setembro 2020 nas clínicas da Faculdade de Odontologia da Universidade Iguaçu, sendo 1.125 prontuários selecionados de acordo com os critérios pré-estabelecidos. Dos prontuários avaliados, 75,2% eram residentes no município de Nova Iguaçu/RJ. A faixa etária mais prevalente foi entre 60 e 69 anos e o sexo feminino representou 65% do total. O uso de próteses parciais ou totais foi observado em 62,8%. Dentre as condições de saúde mais relevantes, a hipertensão foi a mais prevalente com 86,04%, seguida da diabetes com 24,08% e destes, 56,08% com periodontopatias associadas. Isoladamente, 50,04% apresentaram periodontopatias, onde 74,06% tinham indicação de exodontia. Além disso, 43% apresentavam PA igual ou acima de 140x90 mmHg. Somente 3,7% relataram ser fumantes ou ex-fumantes e 4% de fazerem uso de bebida alcoólica. Podemos concluir destacando a relevância da necessidade de maior atenção as condições de saúde bucal, como um fator coadjuvante no diagnóstico precoce, no controle ou na suspeição da presença de doenças sistêmicas associadas.