Modelo de franquias odontológicas no Brasil: características e percepções dos seus franqueados, funcionários e pacientes
Khader GAC, Cademartori MG, Lund CG, Lund RG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou analisar a percepção e a satisfação do franqueado (administrador), do funcionário (cirurgião-dentista) e dos pacientes de 58 redes de franquias odontológicas existentes no Brasil. Além de verificar se há satisfação das equipes profissionais e pacientes, decorrentes da experiência, da confiança e do compromisso da marca, que favorece a lealdade e, consequentemente, a aceitação desse modelo de negócio no segmento odontológico. Trata-se de um estudo transversal com uso de dados secundários obtidos por meio da Internet e utilização de três questionários estruturados com perguntas fechadas os quais avaliaram a percepção referente ao modelo de franquias odontológicas pelo ponto de vista dos entrevistados. Os resultados obtidos apontaram para uma satisfação com o negócio de 69,2% dos administradores, 29,17% dos cirurgiões dentistas e 53,19% dos pacientes. Foi realizada uma análise descritiva das frequências absoluta e relativa. Para a análise bivariada, o teste Qui-quadrado foi realizado para testar as associações entre as variáveis independentes e o desfecho (p ≤5). Foi observado que as franquias atuam de maneira satisfatória como negócio a ser investido e alternativa ao acesso a saúde para pacientes. No entanto, diante da percepção dos cirurgiões dentistas, as franquias são vistas como alternativa insatisfatória para atuar no mercado de trabalho. (Apoio: Universidade Federal de Pelotas)PI0319 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Qualidade de vida relacionada a saúde e a saúde bucal em crianças com e sem Paralisia Cerebral
Andrade KS, Silva RO, Oliveira JJM, Silva LA, Medeiros MMD, Padilha WWN, Cardoso AMR, Cavalcanti AL
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi comparar os escores de Qualidade de Vida Relacionada a Saúde (QVRS) e Qualidade de Vida Relacionada a Saúde Bucal (QVRSB) de crianças com e sem Paralisia Cerebral (PC). Estudo transversal controlado, realizado com crianças de 2 a 12 anos, com PC (n=116) e sem PC (n=348) de centros de reabilitação e de creches e escolas de ensino fundamental públicos de João Pessoa-PB. A Qualidade de Vida das crianças foi avaliada através dos questionários PedsQLT4.0 e PedsQLT3.0 Escala de Saúde Bucal relato dos pais para crianças. A pontuação variou de 0 a 100, de modo que quanto mais próximo de 100, melhor QVRS e QVRSB. Os dados foram analisados pelo teste Mann-Whitney (α<0,05), no SPSS, versão 20.0. Observou-se que os escores de QVRS (Md=49,6) e QVRSB (Md=80,0) foram menores em crianças com PC do que em crianças sem PC, os quais os escores de QVRS e QVRSB foram Md=86,9 e Md=95,0, respectivamente, com diferença significativa (p<0,001). No domínio físico, as crianças com PC apresentaram escores mais baixos (Md=25,0) em relação as crianças sem PC (Md=90,6; p<0,001). No domínio psicológico, as crianças com PC obtiveram menores escores (Md=70,0), comparado as crianças sem PC (Md=80,0; p<0,001). As crianças com PC também apresentaram menores escores nos domínios social (Md=60,0) e escolar (Md=50,0), comparado as crianças sem PC que nos domínios social e escolar apresentaram Md=87,5 (p<0,001) e Md=75,0 (p<0,001), respectivamente. Concluiu-se que as crianças com PC apresentaram piores escores gerais e por domínio de QVRS e QVRSB comparado as crianças que não tem PC. (Apoio: CNPq)PI0320 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Nível de conhecimento de estudantes de odontologia para elaboração de plano de tratamento integrado
Peixoto ACN, Corrêa JD
Odontologia - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O planejamento odontológico requer do cirurgião-dentista conhecimentos de todas as áreas da odontologia para oferecer um tratamento eficiente capaz de promover saúde, devolver estética e função. O objetivo deste estudo foi identificar dificuldades relatadas diante das fases do planejamento integrado nos estudantes de odontologia. Foi realizado um questionário on-line que incluiu questões referentes as várias etapas do planejamento integrado assim como sua execução, e a percepção do grau de dificuldade foi classificado segundo a escala Likert. Os resultados mostram que cerca de 40% dos estudantes não consideram essencial dados sociais do paciente, como escolaridade e renda, no planejamento. No quesito diagnóstico a maior dificuldade foi referida nas áreas de DTM com mais de 50% relatando alta ou muito alta dificuldade seguido por estomatologia com 30%. Consequentemente a principal dúvida nas escolhas de tratamento foi sobre a melhor terapia para DTM. A escolha da melhor terapia reabilitadora gerou muitas dúvidas, com quase 70% relatando dificuldade de moderada a alta e a principal dúvida apontada foi a escolha do tipo de material protético. Em relação ao atendimento de pacientes com comprometimentos sistêmicos 63% relataram dificuldade moderada a alta sendo a principal dúvida o atendimento de possíveis intercorrências do tratamento com 91,5% dos estudantes relatando não saber como proceder nesses casos. Esses dados mostram áreas deficientes na formação do cirurgião-dentista e que devem ser revistas para se alcançar uma formação integral.PI0321 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Atenção odontológica em clubes do campeonato brasileiro de futebol profissional
Westphalen GT, Zanatta M, Lopes MWP, Bizzi SS, Bervian J, Collares KF
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar a presença e as características da atenção à saúde bucal de atletas em clubes de futebol profissional no Brasil. Um estudo transversal foi realizado com os clubes das séries A, B e C do campeonato brasileiro de futebol masculino das temporadas 2020 e 2021. Através de um questionário online (formulários do Google), respondido por um profissional do departamento médico ou gestor do clube, foi avaliado a presença de cirurgião-dentista na equipe de saúde do clube, o tipo de serviço odontológico disponibilizado aos atletas e o tipo de acompanhamento de saúde bucal realizado durante a temporada. Uma análise descritiva dos dados foi realizada. Dos 42 clubes incluídos até o momento no estudo (65,6% dos clubes elegíveis), 88,1% oferecem algum tipo de atenção odontológica aos atletas, sendo 26,2% dos clubes apresentando serviço nas dependências do clube coordenado por um cirurgião dentista com vínculo trabalhista. A maioria dos clubes oferecem serviços de especialidades odontológicas (62,2%), sendo a periodontia (51,4%) e a dentística (56,8%) as mais ofertadas. 61,9% dos clubes também oferecem cuidados odontológicos às categorias de base. Considerando o acompanhamento de saúde bucal dos atletas, 28 clubes (66,6%) realizam atendimentos de rotina com todos atletas pelo menos uma vez ao ano. Dessa forma podemos concluir que a maioria dos clubes da elite do futebol brasileiro oferecem algum tipo de atenção odontológica aos seus atletas, entretanto a participação dos cirurgiões-dentistas nos departamentos de saúde dos clubes ainda é baixa.PI0322 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
A importância da humanização na relação do cirurgião-dentista e paciente no cenário da pandemia da Covid-19
Evangelista APS, Pimentel RM
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A pandemia de coronavírus impôs aos profissionais de saúde um olhar sensível sob cada paciente. Os dentistas, apesar de não atuarem na linha de frente dos casos graves da doença, tem contato direto com pacientes para realização de procedimentos odontológicos. Nesse cenário, para além de seguir as medidas de segurança necessárias, é preciso considerar as especificidades de cada paciente, a situação de saúde e questões que o diferenciam de um protocolo tecnicista, apenas. Ter um 'olhar' humano no cuidado integral poderá ser um grande aliado no sucesso de tratamentos realizados nesse período de crise sanitária, além de fortalecer e solidificar as práticas de promoção de saúde. Esse trabalho busca salientar, a partir de artigos já publicados sobre humanização em saúde, a importância de a Odontologia transcender para uma área baseada apenas capacidade técnica, para o comprometimento com o cuidado. Evidenciar a importância desse perfil profissional a qualquer momento, mas principalmente durante crises sanitárias, como a provocada pelo coronavírus. Abalados pelo cenário devastador da doença, como o grande número de mortes e reflexos psicossociais do isolamento, os pacientes que buscam atendimento odontológico precisam, mais do que nunca, de um profissional que realize um atendimento generalista, afetuoso e humanizado.PI0323 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Avaliação da confiabilidade, qualidade e conteúdo dos vídeos do YoutubeTM sobre a COVID-19
Gomes RDAD, Rodrigues TS, Moura IMA, Albuquerque JVAP, Nunes WB, Granville-Garcia AF, Firmino RT
Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFACISA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a confiabilidade, a qualidade e o conteúdo de vídeos educativos do YouTubeTM sobre a COVID-19. Com o auxílio do Google Trends®, foram selecionadas três palavras chaves para a busca no YoutubeTM - "coronavirus", "covid 19", "covid 19 sintomas" - e analisados os 60 primeiros vídeos localizados com cada termo. Vídeos repetidos, em outros idiomas que não o português, reportagens, anúncios, músicas, vídeos com conteúdo não relacionado e aqueles com mais de uma hora de duração foram excluídos. Dois pesquisadores avaliaram a confiabilidade dos vídeos usando a escala DISCERN modificada e a qualidade usando o Global Quality Score (GQS). O número de visualizações e de likes também foram coletados. Os dados foram analisados descritivamente. Dos 180 vídeos julgados, 59 atenderam aos critérios de elegibilidade. Os vídeos apresentaram escores médios de qualidade e de confiabilidade de 3,0 (±1,1) e 3,2 (± 0,8), respectivamente. Aproximadamente dois terços dos vídeos (64,4%) apresentaram qualidade baixa/moderada. A maioria dos vídeos versou sobre sinais e sintomas, bem como as medidas de biossegurança. O número médio de likes e de visualizações foi 23.857(±61.292) e 518.536 (± 886.978), respectivamente. Conclui-se que a maioria dos vídeos apresentou moderada qualidade e confiabilidade. É importante incentivar os profissionais de saúde a produzirem conteúdos gerando, assim, materiais de qualidade, confiáveis, visto que, o YouTubeTM pode ser um recurso educativo importante para a propagação de informações uteis para a população.PI0324 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Confiabilidade interobservador segundo Avaliação da Saúde Bucal para Triagem Odontológica (ASBTO) em idosos institucionalizados
Silva LG, Margreiter S, Thomaz J, Gobel I, Souza MO, Mello ALSF, Figueiredo DR
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Estimar a confiabilidade interobservador das condições bucais do ASBTO (Avaliação da Saúde Bucal para Triagem Odontológica) coletadas por 3 Enfermeiros em Instituições de longa permanência (ILPIs) e 1 Cirurgião-dentista por vídeo captado pelos Enfermeiros e descrever as condições elencadas para necessidade de atendimento. Estudo transversal, em 3 ILPIs. O ASBTO possui 8 categorias de avaliação bucal para Enfermeiros (lábios, língua, gengivas/tecidos, saliva, dentes naturais, dentadura, higiene e dor), escores 0=normal, 1=presença de alteração, 2=não saudável (necessidade de atendimento) e valor final (0 a 16). Amostra de 34 idosos. Os Enfermeiros avaliaram e realizaram vídeo via celular de cada idoso, estes encaminhados ao Cirurgião-dentista para coleta do ASBTO. Teste de Kappa para confiabilidade interobservador, p<0,05. Na amostra, 71% do sexo feminino, 74% faziam uso de ansiolíticos. Para escore 2, 18% tinham manchas brancas em lábios e língua, 15% manchas brancas e úlceras em gengivas e tecidos, dentre os dentados (n=16) 50% apresentavam ≥3 raízes cariadas, 11% não possuíam/não utilizavam dentadura, 7% higiene bucal e da prótese precária. Confiabilidade interobservador foi significativa para lábios (0,47, p= 0,018), língua (0,80), higiene bucal (0,62), dentaduras (0,91) e dor (1,00) com p<0,001, saliva (0,85, p=0,014), dentes naturais (0,63, p=0,032). Boa concordância (>0,60) foi observada em mais 2/3 das condições do ASBTO. Maiores proporções de escore 2 (lábios, gengivas/tecidos e higiene) foram elencadas pelo Cirurgião-dentista. (Apoio: CNPq N° 2829)PI0325 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Hábitos e comportamentos de saúde bucal de indivíduos durante isolamento domiciliar por COVID-19: estudo retrospectivo no Sul do Brasil
Costa C, Margreiter S, Pagliari SP, Figueiredo DR
Odontologia - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Descrever hábitos e comportamentos de saúde bucal de indivíduos com 'Reverse transcriptase polymerase chain reaction' positivo (RT-PCR+), entre julho e novembro de 2020, num Município do Sul do Brasil. Estudo transversal, retrospectivo, junto ao Setor de Investigação e monitoramento da Covid-19 da Palhoça, Santa Catarina. Residentes em domicílios com um banheiro responderam um link de Google Forms. Foram estimadas as variáveis idade (<40/≥40 anos), sexo, escolaridade (anos). Durante isolamento, compartilhamento com coabitantes de toalha, talheres, copos e de itens de higiene bucal; hábitos em saúde bucal (escovação dos dentes e língua, uso de fio dental e enxaguante bucal, desinfecção e troca da escova dental). Análise por Qui-quadrado, p<0,05. Amostra de 525 indivíduos, 68% mulheres, 78% com ≥12 anos de escolaridade e 36% ≥40 anos. Durante isolamento domiciliar, 52% não compartilharam com coabitantes talheres e copos, 18% não escovaram os dentes com frequência, 19% usaram enxaguante bucal, 65% não fizeram uso regular de fio dental. Para comportamentos em saúde bucal por idade, entre os mais velhos, prevalências significativas para compartilhar o mesmo creme dental (73,4% IC95% 66,6;79,3) e não desinfectar a escova (88,3% IC95%82,8;92,2) e, para os mais jovens, compartilhar escovas no mesmo pote (60% IC95% 54,5;65,0), mesmo creme dental (85% IC95% 81,0;88,3) e não desinfectar a escova (94% IC95% 91,0;96,0). Orientações sobre hábitos e comportamentos de saúde bucal durante isolamento domiciliar devem ser reforçados, em especial, entre os mais jovens. (Apoio: Programa Unisul de Iniciação Científica N° 2008)