Condições de saúde bucal de pacientes portadores de esclerose lateral amiotrófica acompanhados em um centro de referência
Dourado JC, Lima KC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar condições de saúde bucal dos pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica, acompanhados num centro de referência. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, de caráter transversal, tendo o paciente com ELA como unidade de análise. Foram examinados 40 pacientes que são acompanhados no ambulatório do Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal-RN. A coleta de dados foi composta por uma análise dos prontuários, questionário de higiene bucal e exame epidemiológico bucal (condição de cárie dentária, periodontal e presença de alteração em tecidos moles) e então, realizou-se análise descritiva da amostra. Houve predominância do sexo masculino (55%), idade média de 58 anos, prevalência do fenótipo espinhal A maioria dos pacientes possuía a escala funcional revisada (ALSFRS) menor que 39 (62,1%), sendo a média da escala de 30 pontos. Mais da metade da amostra escova os dentes menos de 3x por dia e 75% não utilizam o fio dental. A média CPO-d foi de 18 dentes. Em relação às condições periodontais (CPI e PIP), os piores escores encontrado foi de cálculo dentário (57,5%) e de perda de inserção foi de 0-3mm (75%). Não houve relação do fenótipo clínico e/ou estado funcional da ELA com a experiência de cárie e condições periodontais. Conclui-se que os indivíduos com ELA apresentam alterações na condição de saúde bucal, mas que não possuíram associação com estado funcional e/ou fenótipo clínico da doença.PI0266 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Condições bucais autorrelatadas e fatores associados em adultos do Distrito Ferraria, Campo Largo, PR, Brasil
Oliveira EC, Oliveira VM, Koch LFA, Caldarelli PG, Cunha BM, Gabardo MCL
UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Foram caracterizadas as condições de saúde bucal e fatores associados em uma população de com participação de 373 indivíduos, com 18 anos ou mais, de ambos os gêneros. Um questionário com 89 perguntas foi autoaplicado e contemplava variáveis sociodemográficas, de hábitos, comportamentos, moradia e segurança, e condições de saúde bucal. Dos participantes, 73,2% eram mulheres, das quais 57,1% eram chefes de família, com média de idade de 48,9 anos. Brancos compuseram 44% da amostra. Quanto à escolaridade 42,6% tinham 12 anos ou mais de estudo. A condição bucal autorrelatada foi "boa" para 41%. A extração ou perda dentária foi relatada por 78% dos pesquisados, com maior perda na arcada dentária inferior. Dos que afirmaram usar "dentadura" ou "chapa" (33%), 17% correspondiam à arcada superior, e a maior necessidade foi percebida para ambas as arcadas (13%). A autopercepção necessidade de tratamento para cárie dentária (33%) foi superior aos problemas gengivais (14%). Em relação à dor de dente, 84% indicaram ter tido um episódio algum momento da vida, e para 56,4% isso ocorreu nos últimos 12 meses. Para 60% não houve recebimento de orientação acerca de prevenção ou saúde bucal nos últimos 12 meses. A população estudada apresentou problemas bucais relevantes que podem estar associados a um contexto menos favorável, portanto são necessárias estratégias voltadas para a melhoria da condição de vida dos sujeitos que resultem em impactos positivos também na saúde bucal.PI0267 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Nível de ansiedade e depressão e problemas relacionados ao uso de álcool em funcionários de uma universidade pública
Silva IG, Silva MB, Ávalos YRB, Belila NM, Garbin CAS, Martins RJ
Diagnóstico e Cirurgia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do trabalho foi estimar a prevalência de ansiedade e depressão e identificar problemas relacionados ao uso de álcool; além de verificar a existência de associação entre esses fatores e variáveis sociodemográficas e laborais de docentes e funcionários técnico-administrativos das Faculdades de Odontologia (FO) e Medicina Veterinária (FMV) de Araçatuba-UNESP. Para isso, foi analisado o banco de dados no período de janeiro de 2013 a outubro de 2019, referente aos questionários aplicados anualmente durante o exame periódico dos funcionários e docentes das instituições. Constituem-se na Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), no Teste de Identificação de problemas relacionados ao uso de álcool (AUDIT) e no Questionário de auto relato (SRQ), para rastreamento de Transtornos Mentais Comuns (TMC). No período analisado, foram realizados 2971 exames periódicos, sendo que 19,2% tinham alguma alteração. Desses, 75,4% apresentavam alteração no questionário HADS ansiedade, 44,6% no HADS depressão, 14,2% no AUDIT e 54,8% no SRQ. A média de idade foi de 52,23 anos (dp=8,62). A maioria das pessoas que possuíam alteração no exame psíquico era do sexo feminino (57,3%), servidores técnico-administrativos (64,3%) e da FO (67,3%). Observou-se associação entre TMC e problemas relacionados ao uso de álcool com variáveis sociodemográficas. Conclui-se que a prevalência de TMC e problemas relacionados ao uso de álcool na população estudada é relativamente baixa. Apesar disso, existe associação entre esses fatores e variáveis sociodemográficas e laborais.PI0268 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
O Brasil e a tuberculose em uma década
Targino MLM, Menezes IL, Figueirêdo-Júnior EC, Marinho SA
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho foi demonstrar o panorama da tuberculose no Brasil em uma década. Para isso, foi realizado um estudo ecológico retrospectivo, por meio de uma coleta de dados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), analisados por meio de estatística descritiva. Foi verificado que, entre os anos de 2010 e 2019, houve 880.045 casos de tuberculose notificados no Brasil, com maior prevalência de notificação de homens, jovens, pardos, com baixa escolaridade. A região Sudeste foi a que mais realizou notificações no Brasil, principalmente através dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O estado brasileiro que menos notificou casos de tuberculose foi Roraima, na região Norte, a que menos realizou notificações dentre as demais regiões brasileiras. O diagnóstico da forma pulmonar da doença foi o mais prevalente, sendo a confirmação realizada predominantemente por meio da baciloscopia do escarro. A manifestação bucal da tuberculose, uma forma extrapulmonar da doença, estava incluída na classificação 'outros' da tuberculose extrapulmonar e essa classificação ocorreu em apenas 1,72% dos casos. A forma da doença extrapulmonar mais comum foi a pleural. A maioria dos casos notificados de tuberculose evoluiu para a cura. Apesar de compulsória, as notificações dos casos de tuberculose ainda apresentam grandes deficiências, com muitas variáveis epidemiológicas relevantes não preenchidas, acarretando em prejuízos para a implementação de políticas públicas eficazes no combate a essa doença.PI0269 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Disponibilidade de instrumentais, procedimentos e referência em periodontia na Atenção Primária: comparação entre regiões brasileiras
Freitas EAS, Marques FR, Monteiro MF, Baldani MH, Silva-Junior MF
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi analisar a expansão da disponibilidade de instrumentais, procedimentos e referência em periodontia na Atenção Primária à Saúde e comparar as regiões brasileiras. O estudo de série histórica foi realizado com dados secundários extraídos do Módulo II do 1º Ciclo (2012) e V e VI do 2º (2014) e 3º ciclo (2018) da avaliação externa do Programa Nacional do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. Houve comparação das proporções (%) das Equipes de Saúde Bucal (ESB) entre os instrumentais, procedimentos e referência em periodontia e as regiões brasileiras pelo teste Qui-quadrado, com uso do Teste Z ajustado pelo método Bonferroni, e entre os anos, pelo teste Q de Cochran (p<0,05). Houve expansão na disponibilidade de sonda e cureta periodontal, pedra de afiar e jato de bicarbonato no Brasil e em todas as regiões brasileiras entre 2014 e 2018(p<0,001), e redução na disponibilidade do ultrassom odontológico no Brasil, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (p<0,05). A raspagem, alisamento e polimento supragengival foi o procedimento periodontal mais realizado no Brasil, com aumento por ano (p<0,001) e em todas as regiões brasileiras (p<0,001). A referência especializada em Periodontia aumentou de 54,6% (2012) para 81,8% (2018) no Brasil (p<0,001) e em todas as regiões brasileiras (p<0,001). Apesar da expansão de instrumentais, procedimentos e referência em periodontia para as ESB no Brasil, as disparidades regionais permaneceram, com melhores resultados nas regiões Sul e Sudeste, expansão mais acentuada no Nordeste e menos na região Norte.PI0270 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Tendência de internações por câncer de boca após Programa de Melhoria da Qualidade da Atenção Básica e Lei 13230: estudo ecológico
Homem IS, Figueiredo DR
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Descrever a tendência de internação e gasto por câncer (CA) bucal antes e após avaliação do Programa de Melhoria da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB/2014) e Lei 13230/15 e analisar se a frequência de atividades de detecção precoce do CA de boca das Equipes de Saúde Bucal dos Municípios de Santa Catarina (SC) impactou no número de internações após 2014. Estudo ecológico, segundo Sistema de Informação Hospitalar do SUS, com Municípios de SC, entre 2009 e 2020. Variáveis exploratórias: número de internações por Ca de boca, média de dias de internação, valor médio de gasto, estratificadas em 2009-2014 (antes) e 2015-2020 (após). Frequência de atividades de detecção precoce (PMAQ-AB) categorizadas em 1x/ano, 2x, 3x e todo mês. Teste de Wilcoxon pareado para análise antes e após. Teste de Friedman para diferenças entre frequências de atividades de detecção precoce e média de internações após, p<0,05. Foram selecionados 35 Municípios. A média de gasto antes foi R$ 1.697,50 e após, R$ 2,142,94 (p=0,004). Redução significativa da média do número de internações antes e após, respectivamente, 160,6 e 127,3 e da média de dias de internação, 6,6 e 4,9 (p<0,001). Cinco Municípios (14%) relataram frequência mensal de atividades de detecção precoce, sem diferenças significativas entre frequências de detecção anuais, semestrais e mensais e média de internação após 2014. Os resultados obtidos indicam redução na média de internações e sugerem que a frequência de atividades de detecção precoce do Ca de boca relatadas pela atenção básica não impactou na média de internações dos Municípios.PI0271 - Painel Iniciante
Área:
9 - Odontogeriatria
Estado nutricional e fatores associados em idosos: estudo transversal de base populacional
Rosalen NP, Sachetti DG, Dezingrini KS, Scalco NR, Cruz GS, Muniz FWMG, Colussi PRG
Periodontia - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo avaliou o estado nutricional e fatores associados em uma cidade do sul do Brasil. estudo observacional transversal de base domiciliar com amostra probabilística por conglomerado foi realizado em 282 idosos com ≥60 anos na cidade de Veranópolis/RS. Questionário estruturado avaliou aspectos socioeconômicos, de saúde geral e comportamental. Estado nutricional foi avaliado através do instrumento Mini Avaliação Nutricional (MAN®), categorizados em eutrófico ou em risco nutricional (risco de desnutrição + desnutrido). Saúde bucal foi avaliada por contagem de dentes e pelo uso e necessidade de prótese. Associações foram avaliadas pelos testes de qui-quadrado ou Mann-Whitney, por intermédio da distribuição de frequências. Análises uni- e multivariadas foram realizadas, utilizando-se regressão logística para verificar associações. A prevalência de risco nutricional foi de 14,5% (N=41). Permaneceram associados ao risco nutricional, o número de medicações diárias e o edentulismo. Usuários de 6 medicações ou mais tiveram 12.164% (IC 95%: 1.468 - 100.821)] maior Razão de Chance (RC) de estarem em risco nutricional quando comparados com aqueles que não utilizaram medicamentos diariamente. Idosos não edêntulos tiveram 67,7% (p=0.006) menor RC para o risco nutricional em comparação aos edêntulos. A prevalência de risco nutricional foi baixa no presente estudo, e foi associada ao edentulismo e ao número de medicações de uso diário.PI0272 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Sífilis gestacional e congênita no Brasil na última década
Menezes IL, Targino MLM, Figueirêdo-Júnior EC, Marinho SA
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho foi analisar os dados disponíveis sobre sífilis gestacional e congênita, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) brasileiro. Para isso, foi realizado um estudo ecológico retrospectivo, englobando o período de 2010 a 2020, sobre os casos de sífilis gestacional e congênita, com a análise dos dados realizada por estatística descritiva. Foram observados 357.140 casos de sífilis em gestantes e 184.349 casos de sífilis congênita no período avaliado, com o maior número de notificações ocorrido em 2018. Grande parte das gestantes com sífilis realizou acompanhamento pré-natal, era jovem, de raça parda e baixa renda. Contudo, mais da metade desconhecia estar infectada, recebendo o diagnóstico da doença apenas no acompanhamento pré-natal. A grande maioria das gestantes apresentou sífilis primária no momento do diagnóstico, sendo que mais da metade das infectadas realizou tratamento inadequado, colocando em risco seus fetos. Em relação à sífilis congênita, a maioria dos bebês portadores foi diagnosticada antes de um ano de idade. Esses possuíam mães jovens, com baixo grau de escolaridade. Pôde-se constatar que, no período avaliado, a sífilis gestacional apresentou maior prevalência em mulheres jovens de baixo grau de escolaridade, devendo essas receberem maior atenção por parte das autoridades sanitárias. Os profissionais que lidam diretamente com as gestantes devem realizar diagnóstico e tratamento adequados, com a devida orientação das gestantes com sífilis, a fim de se evitar a infecção do feto.