Dentina bovina como alternativa para testes de citotoxicidade indireta de materiais resinosos
Souza IR, Leite MLAS, Ribeiro RAO, Hebling J, de-Souza-Costa CA
Fisiologia e Patologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Foi avaliado a influência do substrato (dentina humana/DH e dentina bovina/DB) sobre o efeito citotóxico indireto de materiais resinosos. Inicialmente, o número e diâmetro dos túbulos dentinários presentes na DH e DB foram avaliados (Teste T; α=5%). Então, células odontoblastóides MDPC-23 foram semeadas na superfície pulpar de discos de DH e DB posicionados em câmaras pulpares artificiais. Os seguintes tratamentos foram realizados na superfície oclusal dos discos: G1/DH e G2/DB: sem tratamento (controle negativo); G3/DH e G4/DB: Single Bond Universal; G5/DH e G6/DB: RelyX Luting 2; G7/DH e G8/DB: RelyX U200; G9/DH e G10/DB: RelyX Ultimate. A viabilidade (V) e morfologia (M) das MDPC-23 aderidas aos discos foram avaliadas. Os extratos (meio de cultura + componentes dos materiais difundidos pelos discos) foram aplicados sobre MDPC-23 e células pulpares humanas (hDPCs) semeadas em placas de 96 poços, para posteriores avaliações de V, adesão/espalhamento (AE), atividade de fosfatase alcalina (ALP) e deposição de nódulos de mineralização (NM) (ANOVA/Tukey; α=5%). Apesar da DB apresentar maior diâmetro dos túbulos dentinários (p<0,05), não houve diferença de citotoxicidade quando os mesmos materiais foram aplicados sobre DH e DB (p>0,05). Apesar de menor V, AE, ALP e NM em G5 e G6 quando comparados a G1 e G2 para ambas as células (p<0,05), G7 e G8 foram semelhantes a G1 e G2 (p>0,05). Concluiu-se que, para este modelo in vitro de citotoxicidade, a DB pode ser usada para substituir a DH e que o cimento RelyX U200 é o único material não citotóxico testado. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2019/05788-1)FC020 - Fórum Científico
Área:
7 - Patologia Oral
Caracterização das estomatites relacionadas ao uso de inibidores de mTOR e pesquisa dos herpesvírus em transplantados renais
Macedo DS, Pierrotti LC, Franco JB, David-Neto E, Agena F, Mamana AC, Braz-Silva PH, Martins F
Odontologia - UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi detectar a expressão do DNA dos herpesvírus humanos, em sangue e saliva de pacientes transplantados (Tx) renais em uso de inibidores de mTOR (imTOR) e caracterizar estomatites induzidas pelo uso de imTOR (miAS). O grupo de estudo (G1), foi composto por pacientes pós-Tx renal em uso de imTOR e o grupo controle (G2), por pacientes em uso de outros imunossupressores. Foram realizadas coletas das amostras após 1 mês da introdução de imTOR. Foram avaliados 32 pacientes (G1=16; G2=16), 17 homens e 15 mulheres, idade média de 49 anos. 91,17% Tx de doadores falecidos e 8,82% intervivos. Dose média do imTOR (1-10mg/dia); efeitos adversos prováveis ao uso de imTOR: 28,12% anemia (9), 21,87% hiperglicemia (7), 15,62% diarreia (5), 18,75% náusea (6), 15,62% fadiga (5) e 31,25% mIAS (5). Entre os 15% dos pacientes que exibiram mIAS, foram graduadas como grau 1. Outras alterações observadas neste grupo foram 4 casos de candidíase oral. No G1 40% (n=15) e G2 18% (n=3) exibiram viremia por poliomavírus em sangue. As amostras coletadas foram analisadas utilizando o PCR Pan Herpes, com positividade em saliva, em 71,87% (n=23) para HHV-7; 28,12% (n=9) EBV; 18,75% (n=6) CMV; 6,25% (n=2) HHV-6; 6,25% (n=2) HSV-1 e 15,62% (n=5) dos resultados foram não reagentes para Pan Herpes, independente do grupo. Em plasma, 3% (n=1) foram positivas para HHV-7; 3% (n=1) EBV; 18,75% (n=6) CMV e 62,5% (n=20) foram não reagentes para PanHerpes. Nossos resultados preliminares mostraram discordância sorológica da infecção por herpesvirus em sangue e saliva e prevalência alta de miAS. (Apoio: FAPESP N° 2018/02568-8)