RESUMOS APROVADOS

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FC006 - Fórum Científico
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 6

Variáveis de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal de pré-escolares refletem desfechos clínicos sobre cárie dentária?
Freitas JG, Pontes LRA, Acosta CP, Novaes TF, Gimenez T, Braga MM, Raggio DP, Mendes FM
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi avaliar se as variáveis de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB) em pré-escolares poderiam refletir o desfecho clínico primário de um ensaio clínico randomizado sobre cárie dentária, a qual esta pesquisa está aninhada. Crianças de 3 a 6 anos foram selecionadas, diagnosticadas e tratadas de acordo com o grupo alocado e acompanhadas por 2 anos. Os responsáveis responderam ao Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS) no início da pesquisa e após 2 anos. Foram comparados os resultados das variáveis de QVRSB com os resultados do desfecho primário usado no ensaio clínico: o número de novas intervenções no acompanhamento. Os resultados de QVRSB testados foram os escores finais totais e as diferenças nos escores do ECOHIS, bem como a frequência de crianças que atingiram pelo menos a Diferença Minimamente Importante (DMI). As análises foram feitas por modelos de regressão linear com método Bootstrap, gráficos Baker-Kramer e interpretadas de acordo com os Critérios de Prentice. 205 crianças tiveram seus questionários analisados (taxa de atrito de 18,7%). A frequência de crianças que atingiram a DMI foi semelhante entre os grupos do ensaio clínico (p> 0,05). Foi observado um coeficiente de correlação significativo entre as variáveis de QVRSB e o desfecho clínico primário tanto para os escores totais do ECOHIS quanto para a diferença de escores. A partir das análises gráficas, as variáveis de QVRSB atenderam ao Critério de Prentice.
Concluímos que as variáveis de QVRSB podem refletir o desfecho clínico primário sobre cárie dentária.
(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2019/27560-2  |  CNPq  N° 471817/2012-0   |  FAPs - FAPESP  N° 2012/24243-7)
FC007 - Fórum Científico
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 6

Avaliação de saliva e padrão alimentar de crianças com e sem diabetes mellitus tipo 1
Silva SM, Martins RARC, Forti AC, Santos CF, Silva PGB, Fonteles MC, Fonteles CSR, Ribeiro TR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a associação entre glicose (GS), fluxo, pH e concentração de proteínas salivares; glicemia em jejum e pós-prandial; hemoglobina glicada; índices de cárie (IC), placa (IP) e sangramento gengival (IS); e dieta em crianças com (CDM1) e sem (SDM1) diabetes mellitus tipo 1. Os grupos CDM1 e SDM1 possuíam 36 e 49 pacientes. Para avaliação de IC, IP e IS foi realizado o exame clínico. O padrão alimentar foi obtido através do diário de dieta de 24h. A saliva total não estimulada foi coletada. Após adição do inibidor enzimático, esta foi centrifugada e o sobrenadante separado. A concentração de proteínas salivares foi analisada pelo método do ácido bicinconínico. Utilizou-se os testes de Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney e Spearman (p<0,05; SPSS). A GS foi submetida ao modelo de regressão linear múltipla. Não houve diferença de fluxo salivar médio (p=0,649), IC (p=0,868), IP (p=0,618) e concentração de proteínas (p=0,712). CDM1 apresentou menores IS (p=0,031) e pH (p<0,001), maiores número médio de refeições (p<0,001) e de refeições a base de carboidratos (p<0,001), menor média dos intervalos (p<0,001) e maior GS (p=0,036). A GS foi diretamente correlacionada com a glicemia em jejum (p=0,043) em CDM1 e mostrou colinearidade positiva com a contagem de fibras (p=0,018) e a glicemia em jejum (p=0,048).
Em conclusão, a glicose salivar não mostrou associação com as demais variáveis em SDM1, mas mostrou com a glicemia em jejum e a dieta em CDM1. Estudos são necessários para ratificar o uso de glicose salivar no diagnóstico precoce e no monitoramento do DM1.
(Apoio: CNPq  N° 445591/2014-5)
FC008 - Fórum Científico
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 09/09 (Quinta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 6

Fatores da primeira infância no desenvolvimento de comportamentos de saúde bucal na adolescência: uma modelagem de equações estruturais
Brondani B, Costa NC, Knorst JK, Menegazzo GR, Ardenghi DM, Ardenghi TM, Mendes FM
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo é avaliar as trajetórias que vinculam fatores determinantes aos comportamentos de saúde bucal no período de transição da infância para a adolescência. Trata-se de um estudo de coorte com 7 anos de acompanhamento. A primeira avaliação (T1) ocorreu em 2010 com uma amostra aleatória de 639 pré-escolares do sul do Brasil. As condições demográficas, socioeconômicas, psicossociais e clínicas foram avaliadas no T1. As variáveis relacionadas aos hábitos de saúde bucal foram coletadas no acompanhamento (T2) e incluíram questões sobre cuidados odontológicos e hábitos de higiene bucal. A modelagem de equações estruturais foi realizada para avaliar as relações diretas e indiretas dos preditores em T1 nos comportamentos de saúde bucal em T2. Um total de 449 crianças foram reavaliadas em T2 (taxa de retenção da coorte de 70,3%). Os piores comportamentos de saúde bucal foram afetados diretamente pela baixa renda familiar, menor escolaridade materna, menor frequência de visitas a vizinhos ou amigos e ao sexo masculino. Considerando as vias indiretas, a renda familiar e a escolaridade materna em T1 influenciaram os comportamentos de saúde bucal em T2 por meio de visita a vizinhos ou amigos.
Fatores socioeconômicos e psicossociais influenciam os comportamentos de saúde bucal na infância por diferentes vias. A obtenção de comportamentos é um fator importante a ser considerado na infância. Sendo assim, políticas públicas de saúde podem ser desenvolvidas para intervir em fatores causais específicos e melhorar a saúde bucal durante esse período de transição.
(Apoio: CNPq - FAPESP  N° 160258/2020-0  |  FAPESP  N° 2019/27593-8)