Superfície de zircônia revestida com EGF modula o metabolismo de fibroblastos gengivais expostos ao TNF-α
Pansani TN, Basso FG, Cardoso LM, de-Souza-Costa CA
Materiais Odontológicos e Prótese - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou o metabolismo de fibroblastos gengivais (FG) semeados sobre discos de zircônia (ZrO2), revestidos ou não com fator de crescimento epidérmico (EGF), e expostos ao estímulo inflamatório com fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). FG em meio de cultura (DMEM) foram cultivados (4x105 células) sobre discos de ZrO2 recobertos com EGF (100 nM). Após 24 h, o meio de cultura foi substituído por novo DMEM contendo TNF-α (100 ng/mL). Decorrido 24 h de incubação, a viabilidade celular (alamarBlue, n=8), síntese de interleucina 6 e 8 (IL-6 e IL-8) (ELISA, n=5) e expressão gênica de IL-6 (qPCR, n=5) foram avaliadas. Os dados foram submetidos à análise de ANOVA One-Way, α=5%. Uma cultura 3D em matriz de colágeno foi preparada para avaliar a morfologia das células em microscopia de fluorescência. Redução de viabilidade ocorreu nas células expostas ao TNF-α em comparação ao grupo controle, onde FG foram semeados sobre ZrO2 na ausência de EGF e TNF-α (p<0,05). FG expostos ao TNF-α aumentaram a expressão de IL-6 e da síntese de IL-6 e IL-8 em comparação ao controle (p<0,05). EGF associada ao TNF-α reduziu a expressão gênica e a síntese de IL-6 (p<0,05). Na cultura 3D, observou-se maior número de células no grupo contendo EGF quando comparado ao controle. Enquanto ruptura citoplasmática ocorreu nas células expostas ao TNF-α, FG com morfologia normal foram observados quando semeados sobre ZrO2 revestidos com EGF na presença de TNF-α. Concluiu-se que a superfície de ZrO2 revestida com EGF modula diferentes funções biológicas de FG expostos a estímulos inflamatórios in vitro. (Apoio: Fapesp N° 2019/20783-6 | Fapesp N° 2015/19364-8 | CNPq N° 408721/2018-9)AO0217 - Apresentação Oral
Área:
10 - Implantodontia básica e biomateriais
Avaliação da resposta óssea em implantes de superfície tratada com raloxifeno em tíbia de rato análises: histomorfométria e micro-CT
Sanches NS, Cervantes LCC, Piassi JEV, Reis ENRC, Okamoto R, Garcia-Junior IR
Diagnóstico e Cirurgia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi avaliar a resposta do tecido ósseo em superfícies de implantes de titânio puro tratados com duplo ataque ácido (GCRT) e deposição raloxifeno (GRLX) pelo método biomimético em modelo padronizado em tíbia de rato. Foram utilizados 12 implantes divididos igualmente entre os grupos. Após os períodos de eutanásia de 7,15,30 e 40 dias foi realizada a análise histológica, histométrica, microtomográfica (micro-ct) e estatística com nível de significância p<0,05. Aos 7 dias o GRLX apresenta maior expressão de tecido conjuntivo do que GCRT. Nos demais períodos o comportamento foi semelhante, destacando o GCRT. Na histometria houve diferença estatística entre os grupos aos 7 (p=0,005) e 40 dias (p=0,04) em área óssea neoformada. Na extensão linear de contato osso/implante houve diferença significante no GRLX entre os 7 e 15 dias (p=0,03) e entre grupos aos 7 dias (p<0,001) destacando o GCRT. Na micro-ct o GRLX revela valores superiores nos parâmetros de volume ósseo (2,02 mm³) em relação ao GCRT (1,45mm³), de volume ósseo (50,24%) em relação ao GCRT (37,9%), de espessura trabecular (0,108mm) em relação ao GCRT (0,10mm), de número de trabéculas (4,65/1mm) em relação ao GCRT (3,57/1mm), de porosidade total (4,97%) em relação ao GCRT (4,33%) e de densidade de conectividade (446,6mm³) em relação ao GCRT (310,36mm³). Já o GCRT apresenta valores superiores de separação entre as trabéculas (0,12%) em relação ao GRLX (0,1%). Embora estes resultados não revelarem discrepâncias significantes entre si, o raloxifeno mostra ser favorável a neoformação óssea a nível histológico (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2018/13264-0)AO0218 - Apresentação Oral
Área:
10 - Implantodontia básica e biomateriais
Regeneração do disco articular da articulação temporomandibular utilizando hidrogel de ácido hialurônico incorporado com condrócitos
Alves MS, Ankha MVEA, Prado RF, Carvalho YR, Nazario LM, Lima VAB, Vasconcellos LMR
Biociências e Diagnóstico Bucal - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O uso de ácido hialurônico (AH) tem mostrado grande potencial na cicatrização do disco da articulação temporomandibular (ATM). Entretanto, poucas pesquisas avaliaram seu efeito sinérgico com células. Nosso objetivo foi avaliar o efeito do hidrogel de AH incorporado com células diferenciadas em condrócitos na regeneração do disco da ATM. A osteoartrite foi induzida com a perfuração bilateral do disco articular da ATM de coelhos, que foram divididos em grupos: G1: sem lesão/sem tratamento (controle), G2: lesão/sem tratamento, G3: lesão tratada com AH, G4: lesão tratada com AH incorporado com células. Animais do G1 foram eutanasiados no tempo zero e do G2, G3 e G4 após 8 e 24 semanas da cirurgia. Os discos foram avaliados macroscopicamente e por meio de análises histológica, histoquímica e imunohistoquímica. Após 24 semanas macroscopicamente, os tratamentos promoveram preenchimento parcial ou total do defeito, especialmente em G4. Na histologia G4 evidenciou influência positiva do tratamento na regeneração tecidual. Na histoquímica por Picrosirius red, observou-se menor densidade das fibras em G4 em ambos períodos, porém a quantidade de fibras mais finas não diferiu estatisticamente entre os grupos (p>0,05). A imunohistoquímica de colágeno I e II não exibiu diferença estatística significativa entre os grupos (p>0,05). Contudo, o marcador agrecan foi menos expresso em G3 após 8 semanas, exibindo diferença estatística (p<0,05). Concluiu-se que G3 e G4 mostraram resultados promissores na regeneração do disco da ATM com redução do defeito e neoformação tecidual. (Apoio: FAPESP N° 2016/23446-2)AO0219 - Apresentação Oral
Área:
10 - Implantodontia básica e biomateriais
Regeneração de Defeitos da Superfície Osteocondral Causados por Osteoartrite na Articulação Temporomandibular
Avelino SOM, Ankha MVEA, Carvalho YR, Lima VAB, Prado RF, Vasconcellos LMR
Biociências e Diagnóstico Bucal - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Tratamentos com ácido hialurônico (AH) e células incorporadas a biomateriais têm mostrado potencial para diminuir a progressão da osteoartrite. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do AH incorporado com células na regeneração da superfície osteocondral da articulação temporo-mandibular (ATM). A osteoartrite foi induzida em coelhos com perfuração do disco da ATM. Os grupos foram G1: sem lesão/sem tratamento, G2: lesão/sem tratamento, G3: lesão tratada com AH, G4: lesão tratada com AH incorporado com células mesenquimais diferenciadas em condrócitos previamente ao tratamento. Em G1 a eutanásia foi no tempo zero, em G2, G3 e G4 após 8 e 24 semanas (sem) da perfuração. As análises no côndilo foram macroscópica, histoquímica e imuno-histoquímica. Macroscopicamente, nos espécimes observou-se superfície osteocondral irregular, com exceção de G4 no período de 24 sem. Na análise histoquímica por picrosirius red, houve maior porcentagem de fibras densas em G4 em 8 sem e em G3 em ambos períodos, com diferença estatística (p<0,05) destes com G1. Contudo, menor quantidade de fibras finas foi observada nos grupos tratados em G1, com diferença estatística (p<0,05). A expressão imunohistoquímica do colágeno tipo I e II foi maior em G3 e G4 em 24 sem, com diferença significativa com G1 (p<0,05). G3 no período de 08 sem mostrou alta expressão de colágeno tipo II. Concluiu-se que o AH associado a condrócitos é um tratamento promissor como protetor da superfície osteocondral. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2016/23446-2)AO0220 - Apresentação Oral
Área:
10 - Implantodontia básica e biomateriais
Avaliação de implantes modificados e influência na estabilidade primária: análise por torque de inserção e frequência de ressonância
Casalle N, Sciasci P, Vaz LG
Materiais Odontológicos e Prótese - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Alterações na estrutura macro-geométrica de um implante podem promover mudanças no processo de osseointegração, na estabilidade inicial do implante e na distribuição de forças entre implante-osso. O propósito deste estudo foi avaliar o comportamento mecânico de cinco desenhos diferentes de ápice em implantes por meio de ensaios mecânicos. Trinta e cinco implantes Titamax Ti Ex (Neodent), cilíndricos de conexão hexágono externo foram modificados e usinados em sua região de ápice e subdivididos em cinco grupos de acordo com o tipo de corte: sem corte apical (A), com corte apical bi-partido (B), corte apical tri-partido (C), corte apical quadri-partido (D) e um quinto grupo controle (TiEx), todos com dimensões finais iguais (4,1x11,0 mm). Blocos ósseos artificiais análogos ao osso trabecular humano tipo III, sem presença de cortical (Nacional Ossos - Jaú -SP) foram utilizados para inserção dos implantes. Os valores do torque de inserção foram obtidos por meio de um torquímetro digital e a estabilidade primária foi mensurada com o aparelho Osstell Mentor. Para o torque de inserção, os implantes do grupo D e TiEx, apresentaram as maiores médias e foram significativamente diferentes dos demais implantes (p<0,05). Os implantes do grupo A e TiEx obtiveram a maior média para a estabilidade primária quando comparada aos demais grupos. No entanto não há diferenças significativas entre média de estabilidade do implante D e TiEx (p<0,05). Alterações geométricas em implantes na região de ápice influenciam significativamente sua estabilidade primária.