RESUMOS APROVADOS

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AO0155 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 14

Associação entre perda dentária, doenças crônicas e fatores de risco comuns - Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019
Medeiros TCC, Souza AA, Prates RC, Steffens JP
Estomatologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre perda dental - como uma estimativa de doenças crônicas não transmissíveis (DNCTs) bucais (cárie e periodontite) - com DCNTs sistêmicas (incluindo doenças cardiovasculares, pulmonares, renais, mentais, artrite, câncer e problemas na coluna) e fatores de risco comuns em adultos (≥30 anos), utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Foram realizadas regressões logísticas múltiplas ajustadas para sexo, idade, cor, educação e higiene bucal, além dos fatores de risco para cárie e periodontite (dieta cariogênica, diabetes e tabagismo). As variáveis dependentes foram presença (perda dental de 5 ou mais dentes; n=73.137) e severidade (n=90.846) da perda dental. Associações estatisticamente significativas foram observadas para todas as DCNTs avaliadas, com exceção de câncer e doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho, com odds ratio (OR; IC95%) variando de 1,14 (1,04-1,25) para asma a 1,47 (1,36-1,58) para artrite. Consumo regular (4-7 dias/semana) de verduras e legumes, frutas e carne vermelha; álcool até 1 dose/dia; e exercício físico foram associados a menor OR para presença e severidade de perda dental (p<0,05). Obesidade, mas não sobrepeso, foi associada com maior presença (1.12[1,06-1,18]) e severidade (1,09[1,04-1,14]) de perda dental.
Concluiu-se que a perda dental está associada à maioria das DCNTs sistêmicas e seus fatores de risco comuns, evidenciando-se a necessidade de anamnese detalhada e elaboração de planos de tratamento individualizados
(Apoio: CAPES  N° 001)
AO0156 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 14

Baixa densidade mineral óssea está associada à periodontite grave ao final da segunda década de vida: estudo de base populacional
Costa SA, Ribeiro CCC, Oliveira KR, Casarin RCV, Thomaz EBAF, Souza SFC
Pós Graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Déficit de massa óssea no período de pico em jovens prediz a osteoporose no futuro, entretanto ainda é desconhecido se este déficit também estaria associado a periodontite grave em jovens. Assim, este estudo avaliou a associação entre baixa densidade mineral óssea (DMO) e periodontite grave no final da segunda década de vida, idade de pico de massa óssea. Este estudo de base populacional analisou 2.032 jovens (18-19 anos) participantes da coorte RPS, São Luís. Baixas DMO da coluna lombar (DMO-CL, Z-score≤ -2) e do corpo inteiro (DMO-CI, Z-score≤ -1,5) foram avaliadas por densitometria de dupla emissão de raios-X (DEXA). Os desfechos foram a periodontite grave (classificação atual-EFP) e a extensão da doença periodontal: proporções de dentes afetados por CAL≥5mm e profundidade de sondagem (PD) ≥5mm. Os modelos teóricos foram ajustados progressivamente por sexo, nível de educação, renda familiar, risco de dependência de álcool, tabagismo e índice de massa corporal, e estimados em modelos de regressão de Poisson (razões de média -RM). Baixa DMO foi associada à periodontite grave em todas as análises, sendo no modelo final a RM = 1,63 (IC 1,21-2,20, p = 0,001) para o corpo inteiro e RM = 1,28 (IC 1,09-1,50, p = 0,002) para a coluna lombar. Baixas DMO-CL e DMO-CI também foram associadas a uma maior extensão da periodontite (p<0,05), mostrando a consistência desses achados.
A osteoporose aumentou com a gravidade da periodontite na fase de pico de massa óssea em jovens, sendo crucial investigar a perda mineral óssea na etiopatogenia da periodontite.
(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  FAPs - FAPEMA)
AO0157 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 14

Impacto da suplementação alimentar com eriocitrina sobre a inflamação periodontal induzida por lipopolissacarídeo
Carvalho JS, Ramadan D, Gonçalves VP, Maquera-Huacho PM, Pelegrin AF, Bione FTSC, Cesar TB, Spolidorio LC
Diagnóstico e Cirurgia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As reações imunoinflamatórias que acometem os tecidos periodontais, em resposta aos componentes do biofilme dental, deflagram importantes alterações estruturais e bioquímicas. Aventa-se a hipótese que mudanças nos padrões alimentares melhoraram tanto a imunidade inata quanto a adaptativa. Investigamos se a suplementação alimentar com eriocitrina (Erioc; flavonoide cítrico) altera o curso da resposta inflamatória em um modelo de doença periodontal (DP). Camundongos receberam por 60 dias dieta padrão ou dieta suplementada com Erioc. A DP foi induzida por injeções de lipopolissacarídeo (LPS) no tecido gengival. Naproxeno (NPx) foi utilizado como controle positivo. A capacidade dos compostos em modular a resposta inflamatória foi avaliada através da análise histopatológica; quantificação de IL-1β, TNF-α e IL-10 e avaliação da atividade de mieloperoxidase (MPO) e peroxidase eosinofílica (EPO). O estresse oxidativo foi avaliado pela mensuração de malondialdeído (MDA) e atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx). NPx e Erioc diminuíram o afluxo de células inflamatórias e a atividade de MPO e EPO. Erioc inibiu a síntese de IL-1β, TNF-α e aumentou IL-10, enquanto NPx aumentou IL-1β e não interferiu na produção de IL-10 e TNF-α. Além disso, ambos compostos aumentam a atividade de SOD, CAT e GPx e diminuíram o conteúdo de MDA.
Esses resultados permitiram concluir que a Erioc exibiu potente propriedade anti-inflamatória e antioxidante com substancial redução dos danos causados pela injeção de LPS.
(Apoio: FAPESP  N° 2018/12260)
AO0158 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 14

Avaliação do risco periodontal em pacientes com câncer de próstata
Sampaio JQ, Queiroz AC, Jacintho GRM, Ono LM, Camilotto LS, Garcia FSB, Aguiar LFC, Gualberto-Júnior EC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O processo inflamatório está relacionado ao aumento do desenvolvimento de lesões de risco para o câncer de próstata (CP). Tendo em vista a similaridade do papel da inflamação no desenvolvimento e progressão da doença periodontal (DP) e CP, é provável que exista uma relação entre estas duas condições. O objetivo deste trabalho foi traçar o risco periodontal (RP) de pacientes com CP através do modelo original de Lang e Tonetti, antes do início do tratamento antineoplásico. Foram incluídos no estudo 36 homens com CP diagnosticados por um centro de referência em oncologia. A idade média dos pacientes foi 65,5 anos (± 8,77) com idade mínima de 51 anos e máxima de 79 anos. Os parâmetros clínicos avaliados foram: porcentagem de sítios com sangramento a sondagem, número de sítios com profundidade de bolsa ≥ 5mm e número de dentes perdidos. Além destes, foram coletados dados relacionados a fatores sistêmicos e tabagismo. O RP foi avaliado por meio da ferramenta Perio-tools.
Dos participantes avaliados 52,77% eram de alto risco, 41,66% médio risco e 5,55% de baixo risco. A elevada prevalência de participantes com alto risco para DP está relacionada principalmente ao tabagismo (86,11% dos pacientes fumantes) e a perda dentária (53,85% dos indivíduos apresentaram ausência de 21 a 29 elementos). Os resultados mostram que os pacientes com CP avaliados apresentam alto risco para doença periodontal. Sugere-se ensaios clínicos randomizados que possam melhor avaliar a relação entre RP e CP.
(Apoio: FAPEAM  |  UFAM)
AO0159 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 14

Influência da incisão marginal durante a técnica Le Fort I nos tecidos periodontais: estudo prospectivo piloto
Parize H, Sesma N, Muglia VA, Bohner L
Prótese - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo prospectivo foi avaliar a influência da incisão marginal da técnica Le Fort I no tecido periodontal em pacientes submetidos à cirurgia ortognática. Pacientes (n=16) com indicação para correção cirúrgica de disjunção maxilar foram selecionados e os parâmetros periodontais foram avaliados anteriormente (T0), um mês (T1) e seis meses (T2) após o procedimento cirúrgico. A altura da papila interdental na região superior anterior foi avaliada em modelos digitais obtidos por escaneamento intra-oral. Sondagem periodontal (SP), nível clínico de inserção (NCI), sangramento à sondagem (SS), índice de placa (IP) e recessão gengival (RG) foram avaliados clinicamente. Os testes de Friedman e ANOVA de medidas repetidas (p≥0,05) foram utilizados na análise estatística. A altura da papila diminuiu de forma significante após um mês (T1 = 3,32 ± 0,97 mm) e aumentou com o passar do tempo (T2 = 3,62 ± 0,84 mm), não apresentando diferença significante em relação à situação inicial (T0 = 3,80 ± 0,60 mm). Índices de SP (T0 = 1,72 ± 0,55 mm; T1 = 1,78 ± 0,67 mm; T2 = 2,12 ± 0,56 mm) e NCI (T0 = 1,27 ± 1,01 mm; T1 = 1,35 ± 0,89 mm; T2 = 1,98 ± 0,92 mm) aumentaram após T2 (p <0,05). O índice de RG (T0 = 0,20 ± 0,53 mm; T1 = 0,13 ± 0,4 mm; T2 = 0,11 ± 0,52 mm) não apresentou diferença significante entre os períodos avaliados (p>0,05).
A incisão marginal não provocou alterações clínicas significativas nos parâmetros estéticos e biológicos periodontais após 6 meses. Embora a altura da papila tenha reduzido após a cirurgia, os valores iniciais foram recuperados seis meses após o procedimento cirúrgico.
AO0160 - Apresentação Oral
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 14h00 - 15h30 - Sala: 14

Gengivectomia com laser de alta potência para correção do sorriso gengival resultante de erupção passiva alterada - estudo piloto
Silva DFB, Freitas GA, Leite LLCC, Araujo FRC, Figueiredo RLQ, Pereira JV, Melo DP, Gomes DQC
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi comparar a eficácia entre as técnicas cirúrgicas de gengivectomia com laser de alta potência (LAP) e gengivectomia convencional para correção de sorriso gengival (SG) decorrente de erupção passiva alterada (EPA). Tratou-se de um estudo piloto de um ensaio clínico controlado, não-randomizado, do tipo boca dividida. Foram selecionados, por conveniência, seis sujeitos após realização do diagnóstico de SG com etiologia associada à EPA. Para a realização do procedimento de gengivectomia convencional e utilizando o laser de diodo (808 nm, 2 W, em modo contínuo), os seis dentes anteriores superiores foram divididos em dois grupos (Controle (GC) - #11, #12, #13 e Teste (GT) - #21, #22, #23). Foram feitas as análises do sangramento intraoperatório e níveis de dor e reparação tecidual pós-operatórias. A análise do padrão térmico foi realizada utilizando termografia infravermelha. O nível de significância foi fixado em p < 0,05. Não houve sangramento intraoperatório nos GTs (p = 0,002). O CG apresentou uma reparação tecidual significativamente melhor que o GT no 14º dia pós-operatório (p = 0,004). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas quanto ao nível de dor pós-operatória entre os grupos (p > 0,05). Em relação à análise termográfica, também não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05).
A gengivectomia com LAP foi mais eficaz, no que diz respeito à ausência de sangramento intraoperatório, enquanto que a técnica convencional promoveu uma reparação tecidual melhor.