Avaliação das propriedades antibiofilme do extrato de Pelargonium sidoides sobre Streptococcus mutans
Reina BD, Andrade PF, Malheiros SS, Fusco NS, Dovigo LN
Odontologia Social - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou o efeito do extrato de P. sidoides (PS) isolado ou associado à luz (inativação fotodinâmica; IF) sobre biofilmes e na capacidade de adesão de S. mutans. Concentrações subletais do PS (12; 6; 3mg/mL) foram utilizadas no teste de adesão, com ou sem iluminação. Para avaliação da inativação de biofilmes, foi realizada análise de Concentração Mínima para Erradicação do Biofilme. Nessa etapa, os biofilmes foram expostos às concentrações de 825; 412,5; 206,25 e 103,125mg/mL do PS, com ou sem iluminação. Nas amostras iluminadas, utilizou-se um equipamento com lâmpadas LED (~460nm; 50J/cm2; 18min), após o tempo de pré-irradiação de 15 min. Depois dos tratamentos (n=12/grupo), as amostras foram diluídas, semeadas em meio ágar, incubadas por 48h e o número de unidades formadoras de colônias por mililitro foi estimado. Os dados foram analisados com estatística descritiva, ANOVA (com correção de Welch se necessário) e pós-teste de Games Howell ou Tukey (α=5%). Nenhuma condição experimental levou à erradicação dos biofilmes, mas reduções significativas da viabilidade (p<0,001) foram observadas após a IF com PS 825 e 412mg/mL, bem como do PS sozinho nas mesmas concentrações (reduções de log foram de 3,9; 1,8; 2,7; 2,3; respectivamente). Observou-se que as concentrações de 6 e 12mg/mL reduziram a adesão bacteriana (p≤0,0001), com ou sem luz, e a redução foi sempre maior com iluminação. Concluiu-se que o PS mostrou ação antibiofilme e antiadesiva, porém ambos efeitos foram potencializados com luz, sugerindo o PS como um potencial agente fotossensibilizador. (Apoio: CAPES N° 04/2019 | FAPs - FAPESP N° 2017/25943-6)AO0091 - Apresentação Oral
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Cirurgiões-dentistas e COVID-19: avaliação de mudanças nos protocolos de biossegurança no Brasil
Ayres G, Mendonça LM, Medeiros PCS, Cruvinel PB, Kubata BR, Motta RJG, Tirapelli C
Materiais Dentários e Prótese - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo teve como objetivo avaliar mudanças nas práticas de biossegurança antes e após a pandemia da COVID-19 de cirurgiões-dentistas atuantes no Brasil. Para isso, uma amostra de aproximadamente 1.500 profissionais foi convidada a responder um questionário dividido em três partes: caracterização profissional, conhecimento do profissional sobre a COVID-19 e protocolos de biossegurança adotados no ambiente profissional antes e depois da pandemia. Um total de 613 profissionais participaram do estudo. O conhecimento geral dos profissionais sobre o SARS-CoV-2 e a COVID-19 foi considerado médio. Entre os protocolos de biossegurança antes e depois da pandemia, foram observadas mudanças em relação à utilização de equipamentos de proteção individual (aumento do uso de face shield, gorro e avental descartável); soluções enxaguatórias bucais (clorexidina para peróxido de hidrogênio); climatização do consultório odontológico (ar-condicionado para "janelas abertas"); diminuição da quantidade de itens no consultório odontológico e aumento do intervalo de tempo entre os pacientes atendidos. Entre as respostas dos profissionais foi possível observar, ainda, que eles mantiveram o agendamento de pacientes em andamento e aceitaram novos pacientes no período. Em conclusão, foram observadas mudanças em alguns protocolos de biossegurança durante o período de pandemia da COVID-19 pelos cirurgiões-dentistas atuantes no Brasil. O conhecimento desses profissionais sobre a COVID-19 foi considerado médio.AO0092 - Apresentação Oral
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Efeito da incorporação de um peptídeo derivado da estaterina no perfil proteômico da película adquirida do esmalte
Araujo TT, Carvalho TS, Dionizio A, Debortolli ALB, Taira EA, Marchetto R, Buzalaf MAR
Ciências Biológicas - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou as alterações no perfil proteômico da película adquirida do esmalte (PAE) formada por 3 ou 120min após tratamento com peptídeo derivado da estaterina (StN15) in vivo. Dez voluntários participaram de um protocolo cruzado-triplo-cego, durante 2 dias. A cada dia, após a profilaxia, os voluntários bochecharam 10mL (1 min) das seguintes soluções: água deionizada (controle) e/ou solução contendo 1,88x10-5M StN15. A película adquirida formada no esmalte após 3 ou 120min foi coletada com papel filtro embebido em ácido cítrico 3%. Após a extração das proteínas, as amostras foram analisadas por nLC-ESI-MS/MS. A incorporação da StN15 antes da formação da PAE aumentou a expressão de proteínas ácido-resistentes e antibacterianas, independente do tempo de formação. Para o grupo tratado com StN15, as proteínas que tiveram maior aumento na expressão em relação ao controle foram isoformas de Imunoglobulina, Cystatin-D, Histatin, Lysozyme-C e Mucin-7 para a PAE de 3min. Para a PAE de 120min, as proteínas aumentadas foram Salivary-acidic-proline-rich-phosphoprotein, Antileukoproteinase, Mucin-7, Lysozyme-C e Neutrophil defensin-3, comparado ao grupo controle. Em relação ao tempo de formação da PAE, para 120min houve aumento na expressão de proteínas como Neutrophil-defensin, Myeloperoxidase, Lysozyme-C e Mucin7 em relação a 3min. Nossos resultados mostram que independente do período de formação, o tratamento com StN15 pode impactar no papel protetor da PAE contra a desmineralização cariosa ou erosiva (Apoio: FAPESP N° 201908032-5)AO0093 - Apresentação Oral
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Influência do licopeno na atividade funcional de células osteoblásticas da calvária de ratas ovariectomizadas
Alves GA, Fernandes RR, Pitol DL, Ricoldi MST, Sousa LG, Siessere S, Prado KFB
Odontologia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estresse oxidativo gerado por espécies reativas de oxigênio (ROS) é apontado como fator coadjuvante na osteoporose pós-menopausa. O licopeno é um antioxidante investigado no combate aos efeitos deletérios do estresse oxidativo. O objetivo foi avaliar o efeito in vitro do licopeno em duas concentrações na atividade funcional das células osteoblásticas da calvária de ratas sham (controle) e ovariectomizadas. Após a ovariectomia, fragmentos da calvária foram coletados para isolamento e cultura de células divididas nos grupos sham, sham+10g/mL licopeno (S10), sham+30g/mL licopeno (S30), ovariectomizado (OVX), OVX +10g/mL licopeno (OVX10) e OVX +30g/mL (OVX30). Os dados quantitativos foram submetidos à teste estatístico para p<0,05. A presença do licopeno diminuiu a proliferação celular nos grupos sham e nos grupos OVX após 7, 10 e 14 dias nas 2 concentrações. A detecção in situ de ALP foi similar nos grupos sham e menor aos 7 e 10 dias nos grupos ovariectomizados com a adição das duas concentrações de licopeno. O licopeno aumentou a mineralização no grupo sham após 17 dias, enquanto que aos 17 e 21 dias houve maior formação de nódulos no grupo OVX sem licopeno. A expressão quantitativa dos genes Alp, Runx2, Bglap e Opn foi similar entre os grupos sham e OVX sem licopeno, enquanto que a sua adição induziu significativamente a expressão dos genes Alp, Runx2 e Bglap nos grupos sham. Sugere-se que o licopeno nas concentrações utilizadas pode influenciar a atividade funcional de células osteoblásticas independente da presença do modelo experimental de osteoporose.AO0094 - Apresentação Oral
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Eficácia antifúngica do éster fenetil do ácido cafeico (CAPE) in vitro e em modelo murino de candidose bucal
Barros PP, Rossoni RD, Garcia MT, Kamisnski VL, Loures FV, Fuchs EB, Mylonakis E, Junqueira JC
Escola Multicampi de Ciencias Médicas - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Atualmente, opções terapêuticas para a candidose são limitadas pelos efeitos adversos dos antimicrobianos e surgimento de cepas resistentes, tornando-se necessária a busca por novas terapias. Assim, o objetivo foi investigar os efeitos antifúngicos e imunomodulatórios do éster fenetil do ácido cafeico (CAPE), um composto bioativo da própolis. Os efeitos do CAPE foram avaliados por métodos de estudo in vitro em Candida albicans e in vivo em Galleria mellonella e camundongos com candidose experimental. A Concentração Inibitória Mínima do CAPE variou de 16 a 32 μg/mL entre 40 cepas de C. albicans analisadas. O CAPE reduziu a quantidade de células viáveis e biomassa dos biofilmes de C. albicans em relação ao grupo não tratado, além de regular negativamente genes de patogenicidade, como ALS1, HWP1, UME6, SAP2, PBL2 e LIP9. Em G. mellonella, o CAPE aumentou a sobrevida dos animais em 44% e o número de hemócitos em 2x comparado ao grupo não tratado. O aumento de hemócitos foi acompanhado por diferenciação de células fagocíticas, observadas em citometria de fluxo. O CAPE também diminuiu a carga fúngica e estimulou a expressão de genes de peptídeos antimicrobianos. No modelo murino, o CAPE diminuiu a colonização por C. albicans em 2 log (UFC/mL), reduziu as lesões de candidose, a invasão tecidual e a intensidade do infiltrado inflamatório. Além disso, o CAPE aumentou em 3,9 x a expressão de β-defensina 3 em comparação ao grupo não tratado. O CAPE apresentou efeitos antifúngicos e imunomodulatórios, tornando-o um agente antifúngico natural promissor para o tratamento da candidose. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2017/02652-6 | FAPs - FAPESP (BEPE) N° 2019/05664-0 | CNPq N° 306330/2018-0)