PE01 

Bocas inteligentes – simulador ortodôntico

ALVARENGA, P. C.*, ABRÃO, J., NOVELLI, M. D.

Ortodontia e Odontopediatria - Universidade de São Paulo. E-mail: drpaty@uol.com.br

Simulador é todo recurso que busca imitar fielmente a realidade. Com o atual desenvolvimento tecnológico nas diferentes áreas do conhecimento, nos parece inevitável sua aplicação no ensino odontológico. É fato que o desenvolvimento de simuladores aplicados ao aprendizado e às tarefas de alta periculosidade vêm utilizando esse recurso para minimizar custos e tempo operacional. Baseados nesse pressuposto, propusemo-nos a pesquisar metodologias de simuladores mecânico-elétricos aplicáveis em Ortodontia, pelas quais verificamos os níveis de forças que seriam necessárias para a movimentação ortodôntica. Para essa finalidade, utilizamos, como experimento piloto, um manequim odontológico Bioart®, no qual, por meio de placas e barras de ferro, fios, pilhas e “leds” ligados ao dente, formou-se um circuito elétrico. Ao imprimirmos forças com o aparelho adaptado, movimentamos o dente e este, quando movimentado, fecha o circuito, significando que houve movimentação. Após montagem do modelo proposto, este permaneceu durante 8 meses no LIDO (Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia) com fácil acesso para que visitantes pudessem utilizá-lo. Obteve-se assim, uma demonstração do interesse evidente pelo simulador. Entretanto essa pesquisa está em fase inicial de execução, não se concluindo ainda a viabilidade de utilização rotineira do aparelho.

Com base na metodologia utilizada podemos concluir que o protótipo desenvolvido mostrou-se eficiente e resistente à prática proposta.

 PE02 

Estudo dirigido de anatomia interna e cirurgia de acesso em Endodontia

ABRAHÃO, I. J.*, DUARTE, L. P., GONÇALVES, E. A. N.

Endodontia - Universidade Metropolitana de Santos. E-mail: ivete@apcd.org.br

O presente estudo tem como objetivo criar um agente facilitador de aprendizagem para os alunos de graduação em Endodontia. É resultado de um questionário aplicado em 2001 a cerca de 150 graduandos da Universidade Metropolitana de Santos, composto de alternativas e perguntas escritas, em que os alunos puderam avaliar o nível de aproveitamento do ensino pré-clínico de Endodontia, assim como apresentarem sugestões e críticas. Um dos itens analisados foi o ensino teórico, avaliado como abrangente, embora o livro-base tenha sido considerado de difícil compreensão em virtude da linguagem pouco acessível para graduandos. A sugestão da maioria dos entrevistados foi a elaboração de uma apostila com o resumo atualizado do conteúdo teórico. Para tentar solucionar essa dificuldade quanto ao livro-base, e por considerarmos que a apostila limita e reduz a informação, elaboramos a partir da pesquisa citada um estudo dirigido utilizando cinco personagens que nortearão a leitura de cada capítulo do livro. Duas das personagens ­orientam quanto a termos e expressões que devem ser pesquisados no dicionário previamente ao estudo do capítulo em questão e direcionam a leitura para os tópicos principais, que deverão ser resumidos pelos próprios alunos. Ao final da leitura do capítulo, o aluno responderá a perguntas formuladas por uma terceira personagem, com várias opções de respostas orientadas por mais duas personagens.

 PE03 

EndoTrainer – manequim odontológico para treinamento endodôntico

CAMPOS, C. A.*, CAMPOS, C. N.

Clínica Odontológica - Universidade Federal de Juiz de Fora. E-mail: cauber@terra.com.br

O objetivo deste trabalho é apresentar um manequim odontológico que permite o desenvolvimento do aprendizado endodôntico sem as dificuldades inerentes à prática em sistemas que impossibilitam a fixação de dentes naturais e dificultam as tomadas radiográficas. O manequim é caracterizado por constituir-se de arcadas superior e inferior com design e medidas copiadas da pessoa humana, totalmente em acrílico ou em outro material plástico similar, formando cada uma das arcadas uma única peça com um prolongamento articular. Cada arcada possui uma canaleta inteiriça, sem divisões ou alvéolos, própria para a fixação de dentes naturais. As canaletas são preenchidas com material radiolúcido, como cera ou godiva, tendo largura e profundidade próprias para adaptação dos dentes, inclusive caninos longos e molares com grandes raízes divergentes. As arcadas, não têm assoalho ou palato, permitindo fácil adaptação da película radiográfica. O manequim é adaptado a uma haste padrão de suporte, comum aos laboratórios para prática in vitro.

Considerando que os sistemas existentes não possuem forma ou tamanho adequados, não permitem a adaptação de dentes naturais, têm as arcadas articuladas por peças metálicas, contendo parafusos em posições que interferem nas tomadas radiográficas, concluímos que o EndoTrainer presta-se plenamente ao treinamento endodôntico, com baixo custo de fabricação. (EndoTrainer - Pedido de Registro de Marca nº 823744892, de 16/04/2001, INPI. Pedido de Patente nº MU8100533-4, de 16/04/2001.)

 PE04 

Ensino à distância: aplicação de exercícios referentes à técnica endodôntica via Internet

CALIL, E.*, LEMOS, E. M., GAVINI, G., CALDEIRA, C. L.

Dentística - Universidade de São Paulo. E-mail: educalil@uol.com.br

O uso de novas tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino-aprendizagem pode refletir num aumento de produtividade do aluno; o corpo discente torna-se mais ativo quando a atividade educacional é mediada pelo computador. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o comportamento do aluno de graduação frente à exercícios sobre técnica endodôntica acessados pela Internet. Foram avaliados 64 alunos do curso de graduação em Odontologia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA). Para tal, elaboraram-se exercícios abordando técnica endodôntica, os quais foram inseridos no site da universidade e acessados à partir dos computadores do laboratório de informática. Posteriormente, os alunos responderam um questionário que avaliou suas considerações sobre os mesmos. Baseados na análise deste, 6,25% mudariam a apresentação dos exercícios; 7,81% o conteúdo; 7,81% os textos; 6,25% as imagens e 4,68% o sistema de navegação. Com relação ao tempo gasto, 20,31% levaram 5 minutos; 34,38% 10 minutos e 45,31% 15 minutos, aproximadamente, para realização dos exercícios. Com base na análise do examinador durante o acesso dos alunos às páginas do site, as principais dúvidas foram sobre as questões em si e de exploração e preenchimento dos campos, porém o grau de curiosidade e entusiasmo foram significativos.

Podemos concluir que, o grau de dificuldade dos exercícios influenciou no tempo dispendido para realização; os alunos estão preparados para utilizar a Internet como ferramenta de ensino; a atividade foi amplamente aceita, sendo uma estratégia de ensino-aprendizagem estimulante.

 PE05 

Implementação de um sistema informatizado de ensino à distância em Endodontia

GABRIEL JR., R. W.*, SANTORO, C.

Dentística - Universidade de São Paulo. E-mail: gabrielsantoro@uol.com.br

Este trabalho tem como objetivo reforçar e aprimorar os estudos feitos em sala de aula e laboratório com a intenção de fixar o que foi ensinado através de um estudo dirigido avançado, de fácil execução em informática, onde o aluno tem a possibilidade de rever e fixar melhor o que foi estudado em sala de aula. O exercício deve ser realizado em um computador que contenha um software (Power Point). Este exercício pode ser disponibilizado, via Internet ou CD-ROM para os alunos que já passaram pela disciplina de Endodontia tendo o intuito de revisar e reforçar o que foi estudado; também poderá ser utilizado por alunos que ainda estejam matriculados no curso de Odontologia. Após concluir o exercício, o aluno terá a possibilidade de obter o gabarito, corrigir o exercício e terá a oportunidade de imprimi-lo, adquirindo assim, uma apostila com todo o conteúdo teórico/prático que necessitará saber sobre cada módulo; neste por exemplo, anatomia interna dental, com os seguintes subitens: ponto de eleição, direção de trepanação, forma de contorno e conveniência, preparo da entrada dos canais, porcentagem de raízes e do número de canais de cada grupo dental, secção transversal radicular, etc. Este exercício também poderá ser realizado com a apostila impressa, desenhando-se com canetas de retroprojeção sobre uma folha de acetato fixada sobre o exercício, desde que com acompanhamento de professores em atividades laboratoriais.

Possibilita-se assim, a implementação de um sistema de ensino à distância.

 PE06 

Influência da presença do coto periodontal e do tipo de cimento obturador no reparo após tratamento endodôntico

SANT’ANNA JR., A.*, HOLLAND, R., SOUZA, V.

Endodontia - UNIMAR. E-mail: asjr10@terra.com.br

Foi objetivo deste trabalho observar se a preservação ou não do coto periodontal e o tipo de cimento obturador exercem alguma influência na reparação dos tecidos periapicais após tratamento endodôntico. Assim, dentes de cães foram submetidos à pulpectomia e sobreinstrumentados até a lima K 25. Após um curativo com uma associação de corticosteróide-antibiótico por 7 dias, para que ocorresse invaginação do conjuntivo periodontal no canal cementário, este foi removido ou preservado. Os canais foram, então, obturados com os cimentos Fill Canal (Ligas Odontológicas Ltda.) ou Sealer Plus (Dentsply - Brasil) pela técnica da condensação lateral. Decorridos 60 dias, os animais foram sacrificados e as peças preparadas para análise histomorfológica. Os resultados mostraram dados significantemente (p = 0,01) melhores com o Sealer Plus do que com o Fill Canal. Além disso, observou-se também dados significantemente melhores (p = 0,05) quando o tecido conjuntivo do canal cementário foi preservado.

Concluiu-se que o tipo de cimento obturador e a presença ou não do coto periodontal podem influir na qualidade do reparo após o tratamento endodôntico.

 PE07

Avaliação da biossegurança na prática dos alunos de Odontologia da Universidade de Montes Claros - MG

LOPES, L. L.*, QUADROS, C. M., BONFIM, M. L., RESENDE, V. L. S., NEVES, A. D.,
JUNIOR, H. M., VELOSO, L. L. N.

Odontologia - Universidade Estadual de Montes Claros. E-mail: marflalopes@yahoo.com.br

O objetivo deste estudo foi avaliar a adoção dos procedimentos de controle de infecção na prática odontológica, o conhecimento de riscos de infecção pelo HIV dos alunos do curso de Odontologia da Unimontes e sua disposição em atender portadores HIV/AIDS. Foi elaborado um questionário, baseando-se no “Manual de Condutas de Controle de Infecção e a Prática Odontológica em Tempos de Aids” (Ministério da Saúde, 2000). Através de questionários pré-testados, foram conduzidas entrevistas no próprio local das clínicas. Foram entrevistados 107 alunos, com idade variando de 19 a 30 anos, sendo 54%, de sexo feminino. Os dados revelaram que 100% dos alunos utilizam equipamentos de proteção individual, mas poucos utilizam de maneira adequada e que é baixo o conhecimento sobre processos adequados de esterilização; 48% acham que os alunos não poderiam recusar a fazer o atendimento clínico-cirúrgico e 90,65% acham que os alunos devem considerar todos os pacientes que chegam à clínica como potencialmente infectados pelos vírus da AIDS e hepatite.

Concluiu-se que embora os alunos tenham um conhecimento razoável dos riscos e do controle de infecção falta incorporar procedimentos seguros na prática diária.

 PE08 

Conhecimentos e atitudes de estudantes de Odontologia da UEFS com relação a doenças infectocontagiosas

SOARES, E. S.*, SANTANA, T. C., GONÇALVES, T. O., SOARES, A. O.

Odontologia - Universidade Federal da Bahia. E-mail: soaresestela@hotmail.com

No exercício da Odontologia, cirurgiões-dentistas estão sujeitos a sofrerem injúrias e dentre elas está o risco de adquirir doenças infectocontagiosas devido ao constante contato com sangue, fluidos e outros tecidos possivelmente contaminados. Relatos prévios apontam atitudes que favorecem a infecção cruzada, bem como comportamentos discriminatórios que prejudicam a relação paciente-profissional (ALVES-REZENDE et al., 2000; TEIXEIRA, SANTOS, 1999; DISCACCIATI et al., 1999; FELTRIN et al., 1997; ACA, 1997). A necessidade de mudança na postura dos profissionais de Odontologia com relação a responsabilidades como promotores de saúde surgiu junto a AIDS; também tornou-se evidente a insegurança de CDs em tratar pacientes com complicadores sistêmicos e houve maior preocupação com controle de infecção no consultório. Com a utilização de um questionário, este estudo verificou o conhecimento de estudantes de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana com relação a aspectos gerais das infecções pelos HIV e VHB, e sua disposição em tratar pacientes com doenças infectocontagiosas. Os resultados mostraram pouco conhecimento das vias de transmissão e meios de prevenção principalmente da hepatite B. Apenas 39% responderam que sabiam as formas de prevenção da infecção pelo VHB; porém, 77,6% e 86,4% dos estudantes mostraram-se dispostos a atender pacientes com HIV e VHB respectivamente.

Assim, percebe-se que apesar da maioria dos alunos não possuírem posturas discriminatórias, é necessário maiores informações com respeito a transmissão e prevenção de doenças. Contudo, futuros profissionais surgem mais preparados para realizarem o atendimento adequado e seguro, para pacientes e para a equipe odontológica.

 PE09

Os alunos da Macro-Disciplina de Clínica Integrada de Atenção Primária da FO-UFMG sabem prescrever medicamentos?

VILAÇA, Ê. L.*, TORTAMANO, N., ROCHA, R. G.

Odontologia Restauradora - Universidade Federal de Minas Gerais. E-mail: enio@dedalus.lcc.ufmg.br

Este estudo teve como objetivos avaliar os conhecimentos dos alunos da Macro-Disciplina de Clínica Integrada de Atenção Primária (CIAP) da FO UFMG relacionados aos conteúdos de Farmacologia/Terapêutica e seus modelos de prescrição. A amostra foi composta por 288 alunos, recenseados, agrupados por disciplinas constituintes da Macro-Disciplina: CIAPI (4º período), CIAPII (5º período), CIAPIII (6º período), CIAPIV (7º período), e CIAPV (8º período). Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa/UFMG e pré-teste, os questionários foram entregues/recolhidos pelo pesquisador. Os dados foram processados no programa Epi Info, e aplicou-se os testes t de ­Student, ANOVA e qui-quadrado (nível de signficância de 5%). Em relação aos conhecimentos, a média de pontos obtida pelos alunos foi 57,88 (± 6,45), sendo que alunos que frequentam a CIAPIII, CIAPIV e CIAPV apresentam maior grau de conhecimento do que os da CIAPII, e estes do que os da CIAPI (p < 0,001). Quanto a realização de precrições, 89,9% tem o docente como fonte de conhecimento, e somente 10,1% consultam à literatura. Das 232 prescrições realizadas para um caso clínico hipotético, 41,8% estavam incorretas, 41,8% não sabiam prescrever, e 16,4% prescreveram corretamente.

Faz-se necessário reavaliar os conteúdos de Farmacologia/Terapêutica no currículo do curso de graduação em Odontologia da UFMG, objetivando a melhoria na formação integral do discente; que será futuramente inserido no mercado de trabalho como profissional da área de Saúde, ou seja, cirugião-dentista. (Apoio: Pós-graduação em Odontologia, área Clínica Integrada, FOUSP - SP.)

 PE10

Psicologia aplicada a Odontologia: uma abordagem psicopedagógica

NICODEMO, D.*

Odontologia Social e Clínica Infantil - Universidade Estadual Paulista. E-mail: denise@fosjc.unesp.br

Objetivamos refletir sobre a contribuição da Psicologia aplicada à Odontologia na formação do profis­sional, relacionando os conceitos fundamentais da Psicopedagogia. Utilizamos o método dedutivo, a ­partir de três fatores básicos: a) o perfil do profissional a ser formado; b) a necessidade do ensino da Psicologia na formação do dentista, conforme o posicionado em a, e c) os conceitos psicopedagógicos fundamentais como abordagem, conforme o posicionado em a e b. Apresentamos a abordagem psicopedagógica sob dois enfoques. O primeiro implica a transformação do aluno em profissional preparado para enfrentar as futuras relações que terá com seus pacientes. O segundo enfoque é o da relação entre cirurgião-dentista e paciente na situação de atendimento odontológico podendo ser equiparada com a relação professor/aluno abordada pela Psicopedagogia.

Dentre as considerações podemos salientar que a Psicologia aplicada à Odontologia pode colaborar para uma formação mais humanista despertando o aluno para a necessidade de aprimoramento, também pessoal; a realização pessoal/profissional favorece o bem-estar e saúde do cirurgião-dentista e dos pa­cientes; a Psicopedagogia pode instrumentalizar a disciplina de Psicologia aplicada à Odontologia, no conteúdo, na forma de transmissão e na própria relação ensino-aprendizagem; os enquadres acadêmico e odontológico podem ser equiparados sob o olhar psicopedagógico.

 PE11

Concepção dos acadêmicos de Odontologia a respeito da abordagem do paciente infantil

TORRIANI, D. D.*, BUSSOLETTI, D., LEIVAS, L., DONASSOLO, T.

Odontologia Social e Preventiva - Universidade Federal de Pelotas. E-mail: dionedt@aol.com

O comportamento da criança durante tratamento dentário depende, entre outros aspectos, da interação com a conduta do cirurgião-dentista. O presente estudo, desenvolvido dentro do paradigma naturalístico e considerando a linguagem em sua forma discursiva, teve por objetivo analisar a concepção dos alunos de Odontologia, em diferentes fases do curso, a respeito da disciplina de Odontopediatria e do atendimento do paciente infantil. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas com alunos sorteados, regularmente matriculados na Faculdade de Odontologia da UFPel, cursando segundo, quarto, sexto, sétimo e oitavo semestres. As entrevistas semi-estruturadas foram gravadas, transcritas e armazenadas em banco de dados. Utilizou-se uma análise de conteúdo do tipo categorial-temático, de onde emergiram as seguintes categorias: especificidade e desafio diante do paciente infantil; leitura dicotômica da abordagem do paciente odontopediátrico (técnica versus psicologia); visão da Psicologia como instrumento para transposição de momentos difíceis; superação da insegurança pressentida antes e durante o transcurso da disciplina.

O grupo entrevistado e os dados analisados permitiram concluir que: a) ao final do curso, o aluno adquire a concepção de integralidade para o atendimento do paciente odontopediátrico; b) deve-se repassar ao aluno a importância de voltar-se para as necessidades do indivíduo; c) é importante atuar junto à descentralização dos conteúdos, dissipando a visão de disciplinas estáticas.

 PE12

Análise sobre as “Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Odontologia”

GOMES, S. S. R.*, FERNANDES NETO, A. J., PERRI DE CARVALHO, A. C., SIMAMOTO JR., P. C.

Faculdade de Odontologia - Universidade Federal de Uberlândia.
E-mail: samarar@zipmail.com.br

O Conselho Nacional de Educação – utilizando suas atribuições – tem deliberado sobre as “Diretrizes Curriculares” para os cursos de graduação, definindo um nível de generalidade para todos os cursos, que ampliam a margem de flexibilidade dos currículos e de autonomia das instituições de ensino superior. As “Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Odontologia”, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (Parecer CNE/CES nº 1300/01, de 06/11/2001; Resolução CNE/CES nº 3, de 19/02/02, publicada no D.O.U. de 04/03/02), ganham em amplitude de definições gerais e de flexibilidade. Perfil, Habilidades e Competências. As definições de perfil do egresso/profissional e das habilidades e competências atendem ao delineamento das “Diretrizes” para os Cursos de Graduação da Área da Saúde, procurando-se relacionar Educação Superior e Saúde. Linhas Mestras do Curso. Compromisso com a saúde; Compromisso com a atualização; Capacidade de comunicação, liderança e gerenciamento; Compromisso com a ética e a cidadania; Integração curricular. Opções de Delineamento de Disciplinas, Estágios e Atividades. Disciplinas Optativas, ou atividades, com propostas de atualização e/ou aprofundamento ou de conteúdos. Perfis e demandas regionais. Trabalho de conclusão do Curso de Graduação em Odontologia. Estímulos. Organização do Curso. Carga Horária.

As novas “Diretrizes” são tão abertas e flexíveis que podem gerar preocupações sobre a utilização deste mecanismo, em um país de dimensões continentais.

 PE13

Aulas teóricas do curso de Odontologia da UNAERP – uma avaliação por alunos de terceiro e quarto anos

OLIVEIRA, D. A.*, SPONCHIADO-JUNIOR, E. C., SOUSA-NETO, M. D., CASAGRANDE, L. D. R.

Odontologia - Universidade de Ribeirão Preto. E-mail: deltaoli@zaz.com.br

O presente estudo, teve o objetivo de analisar a opinião dos alunos de terceiro e quarto anos da Faculdade de Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP, com o intuito de avaliar o método usado nas aulas teóricas ministradas durante o curso de Odontologia. Elaborou-se um questionário com alternativas e uma pergunta escrita. As respostas do grupo de alunos foram quantificadas e analisadas, sendo que 63% disseram que há um predomínio das aulas expositivas com a utilização de slides, 60% afirmam que as aulas teóricas terminam no horário correto, 48% prefeririam que as aulas teóricas fossem ministradas com a utilização de recursos de multimídia, a maioria dos alunos (41%) avaliou as aulas teóricas com nota sete e 33% acreditam que as aulas teóricas seriam mais aproveitadas se a comunicação professor-aluno fosse mais desenvolvida.

Estes resultados sugerem que o método didático predominante do ensino odontológico no Brasil é o método da pedagogia da transmissão, onde se observa uma relação vertical entre professor e aluno. Como alternativa didática para o curso de Odontologia, recomenda-se que haja uma didática de educação problematizadora. A aplicação regular de questionários aos alunos minimizaria as dificuldades relatadas e subsidiaria a melhora do ensino dentro da faculdade.

 PE14

Ensino odontológico tradicional e a nova proposta pedagógica da PUCPR. Quais as transformações?

GOMES, R. S.*, WESTPHALEN, V. P. D., DEONÍZIO, M. D. A.

Odontologia - Pontifícia Universidade Católica do Paraná. E-mail: rosilene@rla01.pucpr.br

Este trabalho objetivou analisar numa abordagem qualitativa as principais transformações entre o ensino odontológico tradicional e a nova proposta pedagógica da PUCPR. Os tópicos analisados foram: tendência pedagógica, estrutura curricular, metodologia, professor, aluno, sistema de avaliação e a relação quantitativa: professor/aluno.

Neste estudo, bibliográfico/documental, observou-se que a prática docente no ensino odontológico tradicional está influenciada diretamente por uma ideologia elitista que exclui a maioria da sociedade brasi­leira, visto que a odontologia praticada e “ensinada” é aquela com ênfase na cura, na tecnificação do ato odontológico e na especialização. Assim, o conhecimento está fortemente influenciado pelo positivismo, ignorando a consciência histórico-crítica sob a máscara da neutralidade científica. Por outro lado, esta consciência está presente na nova proposta pedagógica, levando à transformação constante do indivíduo e logo, da sociedade. Além das aptidões, competências e habilidades requeridas pela profissão, a educação contribuirá para que o indivíduo seja mais integrante e participativo da história em que vive, à medida que ele constrói sua própria história e modifica-a. Ao se estudar uma determinada realidade objetiva, analisa-se metodicamente os aspectos e os elementos contraditórios da realidade, exigindo-se o reexame da teoria e a crítica da prática, mediante ensino com pesquisa, da construção do conhecimento e da visão de totalidade com ênfase na prevenção. Assim, o conhecimento e sua práxis contribuirão para uma sociedade mais justa.

 PE15

Avaliação do ensino de Odontologia: atendimento odontológico e promoção de saúde bucal

MOLINA, V. L. I.*, NICODEMO, D.

Odontologia Social e Clínica Infantil - Universidade Estadual Paulista. E-mail: vlim@uol.com.br

A abordagem atual do tratamento odontológico orienta-se pelo modelo de promoção de saúde bucal, que busca o atendimento holístico do cidadão. Neste contexto, programas odontológicos direcionados à comunidade são fundamentais para que se possa esclarecer a importância da saúde bucal e auxiliar o desenvolvimento de competências essenciais ao estudante de Odontologia. A proposta deste estudo foi avaliar o atendimento odontológico dos estudantes do 4º ano da FOSJC - UNESP, na Clínica Integrada, considerando a promoção de saúde bucal. Utilizou-se de entrevista com 93 pacientes submetidos a tratamento durante o 1º semestre de 2001, investigando o perfil do paciente, hábitos e atitudes, tratamento odontológico e expectativas frente ao atendimento. Quanto ao perfil do paciente, a maioria é do sexo feminino; casada; considera-se branca; com renda até R$ 604, 00; com ensino fundamental e ensino médio completos e utiliza o transporte coletivo para garantir o tratamento. Hábitos e atitudes: raramente lêem jornais e se mantêm atualizados. Tratamento odontológico: 80,0% recebeu orientações sobre saúde bucal e 90,4% um plano de ação para a saúde bucal. Os pacientes ficaram satisfeitos plenamente e recomendam o tratamento recebido para seus familiares e conhecidos, sob alegação de terem conquistado a saúde bucal. Entre o que definem como positivo está o atendimento pessoal.

Pela análise dos resultados concluiu-se que o atendimento odontológico prestado pelos alunos do 4º ano, na Clínica Integrada da FOSJC - UNESP, foi satisfatório quanto à promoção de saúde bucal, na percepção dos pacientes.

 PE16

Análise do conteúdo estatístico da pesquisa em Odontologia: algumas implicações no ensino odontológico

AMBROSANO, G. M. B.*, REIS, A. F., BELOTSERKOVETS, L. R., GIANNINI, M.,
FRANCESQUINI JR., L.

Odontologia Social - Universidade Estadual de Campinas. E-mail: glaucia@fop.unicamp.br

Estudantes de Odontologia e pesquisadores necessitam de treinamento em bioestatística. Uma estratégia seria enfocar as técnicas estatísticas que os dentistas encontrarão com maior freqüência em sua literatura. O objetivo deste estudo foi acessar os testes estatísticos mais freqüentemente utilizados na pesquisa odontológica. Os autores identificaram as técnicas estatísticas relatadas em 5.145 resumos publicados nas edições especiais 1998-2000 do Journal of Dental Research (reuniões da IADR). Foram analisadas a presença ou ausência de métodos estatísticos, se a análise foi descrita e quais metodologias foram aplicadas. Para que a assessibilidade dos trabalhos aos leitores fosse determinada, os autores ordenaram as técnicas estatísticas numa ordem progressiva lógica de aprendizado para um indivíduo sem conhecimento em bioestatística. A freqüência de utilização de cada teste foi calculada, refletindo a assessibilidade dos trabalhos para leitores com conhecimento específico de estatística. Os métodos mais comumente utilizados foram: análise de variância, teste t, Tukey, Duncan, Kruskal-Wallis, correlação de Pearson, estatística descritiva, regressão linear e teste de Friedman. O conhecimento de algumas técnicas básicas permitiria acesso a 48,76% dos resumos. Para compreender 79,57% dos resumos o leitor também deveria conhecer análise de variância, teste de Tukey e Duncan.

Esperamos que este trabalho encorage educadores de Odontologia a planejar o ensino de bioestatística, para ajudar clínicos, pesquisadores e estudantes a avaliar criticamente a literatura odontológica.

 PE17

Exame nacional de cursos de graduação (ENC - Provão): sua influência sobre os futuros universitários

VALERA, F. B.*, GRAVA, S. R., GRAVA, E. C., GRAVA, T. R., SGAVIOLI, C. A. P. P.,
PERCINOTO, C.

Odontologia Infantil e Social - Universidade Estadual Paulista. E-mail: f_valera@uol.com.br

Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do ENC - Provão sobre os alunos do terceiro ano do ensino médio. A amostra foi constituída por 164 alunos do terceiro ano do ensino médio de escolas particulares e públicas, onde foi aplicado um questionário sobre a influência do ENC - Provão na escolha do futuro curso universitário. No geral, 92% dos alunos pretendem cursar faculdade após concluir o ensino médio, entretanto apenas alunos do ensino público (5%) não pretendem cursar faculdade. A maioria (80%) sabe o que é o ENC - Provão e sua finalidade, mas apenas 63% dos alunos do ensino público souberam responder a questão. Em geral (81%) acreditam que a qualificação do corpo docente é mais importante do que a estrutura física (11%) da faculdade. Ao escolher o futuro curso universitário, 74% verificam a nota obtida no ENC - Provão, e 75% analisam a qualidade dos futuros professores. Os alunos do ensino público levam mais em consideração o valor da mensalidade ao escolher a futura faculdade, diferente dos alunos do ensino particular, os quais consideram a nota obtida pelo curso no ENC - Provão mais importante. Apenas 15% dos alunos não acreditam que a nota recebida no ENC - Provão irá influenciar seu ingresso no mercado de trabalho.

Concluiu-se que: as notas obtidas pelos cursos no ENC - Provão influenciam na escolha da futura faculdade; alunos do ensino público apresentaram maior dificuldade para responder as questões e pouco conhecimento sobre o ENC - Provão; os alunos de escolas públicas se preocupam mais com os possíveis gastos e não com a qualidade de ensino a ser recebida.

 PE18

Aspectos sócio-econômicos de alunos de Odontologia de uma faculdade pública e uma privada, nos cursos diurno e noturno

GUIMARÃES, J. L. H.*, CORREIA, V., CAVALCANTI, B. N., FELLER, C., MANICARDI, C., KATAYAMA, S., SANTOS, M., ANTONIAZZI, J. H.

Faculdade de Odontologia - Universidade Metodista de São Paulo. E-mail: lauriere@uol.com.br

Buscou-se detectar possíveis diferenças entre estudantes de Odontologia pertencentes a uma universidade pública e uma privada, nos cursos diurno e noturno, usando dados sócio-econômicos. Utilizaram-se questionários respondidos voluntariamente por 317 alunos do 3º ano, distribuídos em 4 grupos: I- FOUSP diurno (n = 63); II- FOUSP noturno (n = 43); III- UMESP diurno (n = 82) e IV- UMESP noturno (n = 129). Todos os dados foram analisados pelo teste do qui-quadrado (p > 0,05). O número de estudantes dos cursos noturnos que trabalham foi significantemente maior que dos cursos diurnos, independentemente da instituição (GII- 81,39% e GIV- 83,33% versus GI- 7,94% e GIII- 17,28%). A participação no orçamento da família foi significantemente menor dos estudantes do curso diurno pertencente à instituição privada GIII- 14,3% (GI- 40%, GII- 37,1%, e GIV- 38,1%). A grande maioria dos estudantes em todos grupos provêm do ensino médio privado e o maior número de alunos com formação no ensino médio em escolas públicas está no curso noturna da faculdade privada (GI- 15%, GII- 18,6%, GIII- 7,3% e GIV- 36,4%).

Os resultados sugerem que os estudantes originários do ensino médio em escola pública estão proporcionalmente em menor número na universidade pública (GI GII- 17% e GIII GIV- 25%). Adicionalmente, cursos noturnos permitem aos estudantes trabalharem e conseqüentemente ajudar no orçamento familiar. Entre os estudantes da escola privada aqueles que não precisam trabalhar para cooperar com a família, provavelmente escolheram estudar nos cursos diurnos.

 PE19

Avaliação longitudinal dos 5 anos do Exame Nacional de Cursos na FO Uberlândia - UFU

BARBOSA, G. A. S.*, FERNANDES NETO, A. J., SOARES, C. J., NEVES, F. D., MENDONÇA, G.

Oclusão, Prótese Fixa e Materiais - Universidade Federal de Uberlândia. E-mail: seabrabarbosa@uol.com.br

O ensino superior no Brasil foi sempre norteado por observações pessoais que resultavam em qualificação das diferentes instituições de ensino superior por aspectos altamente subjetivos. Em 1996 o Ministério da Educação criou o Exame Nacional de Cursos com objetivo de iniciar o diagnóstico e a evolução das instituições de ensino superior no País. Nestes cinco anos o processo de avaliação vem se aperfeiçoando, e começa a criar uma identidade que pode auxiliar os docentes na condução do projeto pedagógico empregado. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho dos alunos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia (FOUFU) nas questões objetivas e discursivas do Exame Nacional de Cursos (Provão) em suas cinco últimas edições (1997-2001), dentro de uma visão geral e específica em cada área de conhecimento. A FOUFU apresentou uma média nas questões objetivas (O) e discursivas (D) maior que a média nacional nos cinco anos de realização do ENC: 1997 (UFU - O = 62,05, D = 48,64; Brasil - O = 56,55, D = 40,58), 1998 (UFU - O = 76,54, D = 49,28; Brasil - O = 69,75, D = 47,04), 1999 (UFU - O = 64,86, D = 40,02; Brasil - O = 60,22, D = 36,8), 2000 (UFU - O = 56,15, D = 58,84; Brasil - O = 54,32, D = 53,44); 2001 (UFU - O = 56,97, D = 54,14; Brasil - O = 54,49, D = 51,46).

Foi possível a avaliação interna da FOUFU, quantificando o grau de modificação gerado pelo processo de avaliação, permitindo definir modelos mais adequados na apresentação de conteúdos, inter-relação entre as diferentes unidades de ensino e ainda a no processo de integração do conteúdo básico e dos conhecimentos específicos.

 PE20

Currículo integrado: o desafio do projeto pedagógico do curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza

NORO, L. R. A.*

Odontologia - Universidade de Fortaleza. E-mail: noro@unifor.br

O curso de Odontologia da UNIFOR desenvolve desde 1999, de forma contínua e permanente, o seu projeto pedagógico. O objetivo deste processo foi discutir com o corpo docente as possíveis adequações a serem realizadas para proporcionar ao aluno formação geral através de conhecimentos relevantes para seu crescimento científico, formação profissional pertinente a sua atuação na área da Saúde e formação cidadã contemplada por uma visão ampla da sociedade. A construção deste percurso foi viabilizada pela execução de 50 oficinas pedagógicas semanais, divididas em 2 fases: a primeira, que contou com a participação de professores da área da Pedagogia, configurou-se como espaço privilegiado na capacitação pedagógica do corpo docente e a segunda, que buscou harmonizar o referencial teórico construído com a necessidade de um processo de ensino-aprendizagem que permitisse efetiva interação entre formação e prática profissional, respeitando o conhecimento prévio do aluno e alterando o papel do professor de transmissor do conhecimento para mediador da aprendizagem.

Foi composto um currículo integrado onde as disciplinas tradicionais foram substituídas por áreas de conhecimento, tendo-se como referência o perfil do paciente atendido no curso de Odontologia. Desta forma o aluno deverá manter, desde o início do curso, contato com a realidade social do paciente, assim como com seu quadro de saúde bucal, o que permitirá ao longo do curso uma busca constante para solução dos problemas de saúde bucal com base na promoção de saúde, prevenção das doenças e assistência odontológica.

 PE21

Disciplina de Educação em Saúde na Odontologia: proposta curricular

TRISTÃO, S.*, GAMA, V., GRAÇA, N.

Escola Superior de Ensino Helena Antipoff - Sociedade Pestalozzi do Rio de Janeiro. E-mail: sylvia.tristao@ig.com.br

Na perspectiva da promoção da saúde, a Educação em Saúde é identificada como um instrumento que pode contribuir com essa conquista. A intenção de se incluir uma disciplina de Educação em Saúde na grade curricular justifica-se para se formar um profissional de Saúde consciente de sua importância também como educador. Assim, o principal objetivo é sensibilizar o aluno da importância e aplicabilidade da Educação em Saúde, trabalhando-se os determinantes sócio-econômico e cuturais que intervém nesse processo e possibilitar que este contextualize suas ações, consciente de que a saúde bucal faz parte da saúde como um todo. O conteúdo programático é construído a partir dos conhecimentos prévios dos alunos. Elaborado através de discussões em grupos, leituras circulares, estudos dirigidos, pesquisas e apresentações públicas de temas importantes da Educação e da Saúde.

Na Escola Experimental Helena Antipoff, para portadores de necessidades especiais, ocorre uma atividade onde os alunos vivenciam suas construções teóricas. Um acompanhamento diário das atividades é realizado no intuito de verificar critérios de envolvimento, participação, criatividade, discernimento clínico, reflexão e relacionamento interpessoal. E assim, promover nos acadêmicos maior autonomia e reafirmação de seu papel como educador na saúde.

 PE22

Implantação de assistência odontológica p/ pacientes HIV/AIDS – a busca da humanização profissional

REZENDE, L. R.*

Saúde Coletiva - Universidade Estadual de Londrina. E-mail: lazara@sercomtel.com.br

A discussão de questões éticas ocupam um espaço pequeno nos currículos de Odontologia. O aluno tem grande parte da sua carga horária destinada a treinamento, enfocando apenas aspectos técnicos para a manutenção e promoção da saúde bucal. A infecção pelo HIV vem mostrar de forma clara o despreparo dos odontólogos em conviver com situações de conflitos éticos como: opção sexual, uso de drogas, fidelidade matrimonial e a morte. O despreparo conduz atitudes preconceituosas e discriminatórias, algumas vezes de forma velada ou clara como a recusa no atender os pacientes soropositivos. Tendo como argumento os fatos e o resultado de pesquisa, realizada entre alunos e profissionais durante o II Congresso Mundial de Odontologia de Londrina, elaborou-se e implantou o Programa de Assistência Odontológica para Pacientes HIV/AIDS, no curso de graduação de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina. O projeto tem como características: levar o aluno a conhecer melhor a doença, quebrando o estigma que a envolve, vivenciar os fundamentos da bioética na linha personalista e potencializar medidas de prevenção.

Com a concretização do projeto busca-se consolidar o desejo das instituições de ensino superior que é ajudar o aluno a construir seu projeto de vida de forma humanizada, proporcionando um espaço para reflexões e a busca da sensibilidade do ser humano, da solidariedade, do respeito ao outro e o aprender a conviver com as diferenças. Ao nosso ver este é o caminho para sairmos da doutrinação que nada mais é que ensinar e aprender, preceitos e códigos rígidos.

 PE23

Avaliação: um estudo exploratório sobre as opiniões do alunado

TEIXEIRA, S. C.*, NICODEMO, D., MOLINA, V. L., NARESSI, S. C. M.

Odontologia Social e Clínica Infantil - Universidade Estadual Paulista. E-mail: lf_odonto@directnet.com.br

O objetivo deste trabalho foi identificar as opiniões dos estudantes do primeiro ano, integral e noturno, do curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos/ UNESP, sobre as disciplinas de Bioestatística e Metodologia Científica, Ciências Sociais Aplicadas à Odontologia I (Sociologia e Antropologia) e II (Psicologia) e Odontologia em Saúde Coletiva, bem como suas opiniões sobre as relações com os professores responsáveis por elas. Pretendeu-se assim, incentivar uma discussão sobre a construção e implementação de um programa continuado de avaliação institucional, capaz de contribuir com a melhoria da qualidade de ensino neste campus. Utilizou-se a metodologia qualitativa com a aplicação de um questionário composto de 14 questões fechadas e 3 abertas a 90 estudantes, sendo 30 do curso noturno e 60 do curso integral.

Os resultados nos permitiram concluir que o aproveitamento das disciplinas de Bioestatística e Metodologia Científica poderia ser mais significativo com o incremento de aulas práticas; que o conteúdo de Sociologia seria melhor aproveitado se as demais disciplinas atribuíssem importância ao aspecto sócio-cultural no processo saúde-doença e que as disciplinas de Psicologia e Odontologia em Saúde Coletiva devem manter suas diretrizes, pois seus conteúdos e objetivos estão sendo bem aproveitados. Em decorrência da aplicação e resultados obtidos, o referido questionário sofreu alterações e será aplicado para validação no corrente ano.

 PE24

Odontologia para Bebês: integração no ensino e pesquisa nas universidades brasileiras

PINTO, L. M. C. P.*, CASTRO, A. M., BERGAMASCHI, M., BARBIERI, C. M., MELHADO, F. L., MACARI, K. M. S., PERCINOTO, C.

Odontologia Infantil - Universidade Estadual Paulista. E-mail: jolugui@sercomtel.com.br

O objetivo deste trabalho foi avaliar a situação da Odontologia para Bebês nas instituições de ensino superior do Brasil, com relação ao atendimento odontológico, e sua integração no ensino e pesquisa. Para coleta de dados, utilizou-se um questionário contendo perguntas sobre a existência de programa odontológico para bebês nos cursos de Odontologia, suas características, sua integração no ensino de graduação e pós-graduação e as linhas de pesquisa desenvolvidas. Os questionários foram enviados para as faculdades, baseados nos endereços fornecidos pela ABENO e CFO. Para processamento dos dados, utilizou-se aplicativo Epi Info, versão 6.0. Do total de 117 questionários enviados, houve retorno de 58 (49,57%) onde constatou-se a presença de Clínica de Bebês nas instituições de 15 estados, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste. Das 58 faculdades avaliadas, 39 (67,2%) possuem programa direcionado ao atendimento para bebês, sendo 22 (38,6%) com instalações próprias. As atividades educativo-preventivas são desenvolvidas em 100% destas instituições. Na graduação, o ensino de Odontologia para Bebês é realizado em 46 (79,3%) faculdades, com maior freqüência no conteúdo programático da Disciplina de Odontopediatria, e é realizado em 33 (56,9%) cursos de pós-graduação. Com relação à pesquisa, 33 (56,9%) das instituições estão desenvolvendo trabalhos, sendo cárie dentária e comportamento infantil os temas mais abordados.

Concluiu-se que existe uma crescente integração da filosofia e prática da Odontologia para Bebês no ensino e pesquisa das universidades brasileiras.

 PE25

Avaliação emancipadora para a carreira de Odontologia da UNIVALE

SIQUEIRA, R. M.*, LLANTTADA, M. M.

Odontologia - Universidade Vale do Rio Doce. E-mail: rosamaria_siqueira@bol.com.br

Avaliar é um processo pelo qual se procura identificar, contrastar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno. O objetivo deste estudo foi de elaborar uma proposta de avaliação com caráter emancipador para a carreira de Odontologia da UNIVALE. Na busca de realizar um diagnóstico do sistema de avaliação vigente foi utilizado questionário como instrumento para a coleta dos dados. Participaram desta pesquisa 76 alunos do curso de Odontologia e 16 professores, estes números correspondem a 20% do total geral de alunos e professores do referido curso. Constatou-se que, para 56% dos alunos e 43% dos professores participantes, o sistema vigente de avaliação nunca pode ser considerado um momento de ação/reflexão e prazer. Para 78% dos professores o sistema de avaliação vigente às vezes é adequado para avaliar o desempenho dos alunos, enquanto que 40% dos alunos consideram que nunca é adequado. Com relação ao emprego de vários instrumentos de avaliação no atual sistema, 71% dos alunos relatam que às vezes são utilizados pelos professores, enquanto que 37% dos professores afirmam que às vezes utilizam. Na avaliação final, a soma das opções “às vezes” e “nunca”, nos leva a uma alta porcentagem de 76,3%. O modelo proposto de avaliação se caracteriza por: integração do aprender a aprender, do saber e do saber fazer; dar ênfase na técnica de auto-avaliação do aluno; retroalimentar o processo de aprendizagem e a nova avaliação no momento que se processou a aprendizagem.

Conclui-se que o atual sistema de avaliação ainda é tradicional e autoritário, os professores em sua ­maioria apresentam um perfil profissional mais técnico em Odontologia do que em docência.

 PE26

Avaliação da relação entre o ensino e a aprendizagem em Dentística para pacientes com baixo risco de cárie

CESAR, M. F.*, CANDELÁRIA, L .F. A.

Odontologia - Universidade de Taubaté. E-mail: mfuria@ig.com.br

A universidade tem por objetivo a formação de profissionais capacitados cientificamente, tecnicamente preparados, e socialmente sensibilizados, sendo a postura e atuação clínica de seus alunos influenciada por essa formação. Para o educador, é importante situar-se entre o que ele ensina e o que é colocado em prática no exercício da profissão destes alunos. O presente estudo faz uma avaliação quanto à aplicação dos ensinamentos oferecidos pela Disciplina de Dentística em três universidades do estado de São Paulo, na prática diária dos cirurgiões-dentistas egressos destas mesmas universidades. Avaliou-se também se os fatores relacionados à universidade, como titulação dos docentes e recursos audiovisuais, e os fatores relacionados à atividade profissional dos cirurgiões-dentistas, como local de atuação e nível social dos pacientes, interfere com a aplicação deste ensino. Foram entrevistados 23 professores de Dentística da Univer­sidade de Mogi das Cruzes; UNESP - SJC e Universidade de Taubaté, e um total de 126 ex-alunos graduados nos últimos cinco anos nestas três universidades, utilizando-se questionários de pesquisa.

Após análise dos resultados obtidos, verificamos que os ensinamentos oferecidos pelos professores de Dentística dos cursos de Odontologia pesquisados são aplicados na prática diária dos cirurgiões-dentistas entrevistados, sendo que os fatores relacionados à universidade e sua estrutura ou os fatores profis­sionais de seus ex-alunos não influenciaram significativamente a aplicação do ensino oferecido.

 PE27

Pacientes virtuais: estratégia auxiliar no ensino da Dentística

VICENTE SILVA, C. H.*

Prótese e Cirurgia Buco-Facial - Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: claudioheliomar@uol.com.br

Este trabalho mostra a contribuição de tecnologias de Educação a Distância (EAD) para o ensino da disciplina Dentística 2, do curso de Odontologia da UFPE. Trata-se de uma estratégia auxiliar de ensino que visa a ampliação das fronteiras da sala de aula e favorece o exercício, por parte do aluno, do diagnóstico e planejamento em Dentística, através de um ambiente virtual gerado para discussão de situações clínicas apresentadas individualmente dentro de uma lista de discussão com acesso restrito aos alunos matriculados na disciplina e gerenciada pelo professor responsável. Os casos são apresentados com a queixa principal, ficando a condução da anamnese a critério dos alunos. Informações adicionais, como laudos de exames complementares, são solicitados na lista, pelos participantes, com respostas dadas pelo professor, que simula ser o paciente virtual, conduzindo os alunos a fecharem o diagnóstico da situação apresentada e estimulando a confecção de um plano de tratamento conivente com a discussão gerada. Ao final do período letivo os alunos participam de uma reunião em grupo “real” para apresentação oral dos seus planos de tratamento e discussão com os professores da disciplina, emitindo opiniões sobre a contribuição desta estratégia de ensino para sua aprendizagem.

Conclui-se que a tecnologia de EAD pode ser utilizada como um recurso adicional auxiliar no ensino da Dentística, com contribuição positiva para o enriquecimento científico do aluno, com uso simultâneo dos avanços tecnológicos da informática, ampliando os limites físicos da sala de aula.

 PE28

Trote não-violento: uma possibilidade de introdução do aluno no universo da pesquisa desde o primeiro dia de aula

DEZAN, C. C.*, GARBELINI, W. J., FEREIRA, A. V. M.

Medicina Oral e Odontologia Infantil - Universidade Estadual de Londrina. E-mail: wgarbelini@uol.com.br

Desde 1992, o curso de Odontologia/UEL realiza o trote não-violento cujo objetivo é colocar o aluno, desde o primeiro dia de aula, em contato com a comunidade. Em 2001, numa tentativa de inserir os calouros no universo da pesquisa odontológica, realizou-se também uma pesquisa sobre Desordens Craniomandibulares (DCM). A preparação envolveu o Colegiado de Curso, professores da Disciplina de Prótese Dentária e alunos do último ano. Inicialmente, os veteranos estudaram o tema proposto e, juntamente com professores da área, escolheram o formulário a ser empregado e planejaram sua aplicação. Considerando a condição em que o trabalho seria realizado, empregou-se um formulário simplificado, que constava de 10 questões de múltipla escolha sobre hábitos parafuncionais, dores de cabeça, dores musculares e ruídos na articulação temporomandibular. No dia do trote, os calouros tiveram uma palestra sobre o tema, ministrada pelos veteranos, sob supervisão docente, e, em seguida, foram a campo, no centro da cidade, para a coleta de dados. Entrevistou-se 912 pessoas – 418 do sexo masculino e 498 do feminino, com idade entre 15 a 80 anos. Na população entrevistada, 48,25% foi classificada como não-portadora de DCM e 38,60%, 10,53% e 2,63% portadores, respectivamente, da forma leve, moderada e severa. A maior prevalência foi nas mulheres, 53,81%.

Os resultados mostram que a introdução do aluno no universo da pesquisa pode ser feita desde o primeiro dia de aula e que atividades como estas estimulam o interesse discente e, desta forma, favorecem sua integração em projetos futuros.

 PE29

O ensino da disciplina de Prótese Buco-Maxilo-Facial no estado de São Paulo

PATROCINIO, M. C.*, NEVES, A. C. C.

Odontologia - Universidade de Taubaté e Universidade Ibirapuera. E-mail: mcpatrocinio@uol.com.br

No estado de São Paulo existem atualmente 40 faculdades ou cursos de Odontologia cadastrados junto ao Conselho Federal de Odontologia. Com o objetivo de verificar a existência da disciplina de Prótese Buco-Maxilo-Facial como parte integrante da graduação destes cursos, foram enviados questionários a todas elas investigando além da presença da disciplina, sua carga horária. Foram respondidos por carta 16 (40%) questionários, 23 (57,5%) por contato telefônico e os demais (2,5%) não retornaram. Dentre os 39 cursos de Odontologia no estado de São Paulo apenas 10 (25,6%) ministram esta disciplina isoladamente, com carga horária média de 97,3 horas/ano sendo oferecida no último ano do curso; portanto no restante ela é apenas informada dentro do curso.

Acreditamos que esta disciplina é importante para a formação do cirurgião-dentista generalista.

 PE30

Radiologia odontológica: técnica radiográfica – aprendizado baseado em problemas

FERREIRA, P. F. M.*, ISPER, A. M., ANDRADE, D. H. P., PARDINI, L. C.

Diagnóstico - Universidade de Franca. E-mail: paulomuzetti@aol.com

A técnica radiográfica visa o diagnóstico, mas executada indevidamente produzirá efeito somato-genético. O aluno nem sempre relaciona a teoria com a prática, pois não há exercícios práticos antes do atendimento do paciente, e nesta situação poderá radiografar incorretamente o paciente, e a conseqüência é radiografar novamente a região dental. O objetivo deste é apresentar modelo inovador de ensino: exercícios práticos antes do atendimento ao paciente. O método é realizado na Faculdade de Odontologia de Franca (SP), com no máximo 10 alunos realizando: a) leitura e discussão dos textos; b) execução da técnica radiográfica (bissetriz) da região dental em crânio seco (70 kVp, 8 mA, exposição de 0,2 s), o filme é fixado no crânio com cera. O processamento radiográfico é em câmara escura (temperatura / tempo). O aluno apresenta a radiografia da região dental para discussão: a) Está aceitável? b) Houve erro? Que tipo? c) Como corrigi-lo? O professor é mediador e condutor do aprendizado, incentivando-os a solucionarem os erros radiográficos, pois simulam situações do atendimento do paciente. O aluno entrega relatório final avaliando: o método, o aprendizado e a conduta do professor. O resultado é apresentado para todos os alunos. Ressaltamos que de 1998 a 2001 o método recebeu os conceitos (médias): excelente (87,6%), ótimo (3,3%) e bom (9,1%).

Concluímos que o aluno reconhece a importância de radiografar crânio seco antes do atendimento do paciente.

 PE31

Método de ensino da técnica de Clark para localização de núcleos metálicos fundidos

GARCIA JR., A.*, ANDRADE, V. G., ORSI, I. A., PARDINI, L. C., SIÉSSERE, S.

Materiais Dentários e Prótese - Universidade de São Paulo. E-mail: garciajr@triang.com.br

Os fatores anatômicos como diâmetro da raiz, curvatura radicular, dentre outros devem ser considerados em três dimensões, assim como os núcleos metálicos fundidos. Como a representação da imagem radiográfica é bidimensional pode levar a diagnóstico incompleto e a iatrogenias. Esse estudo se propõe a evidenciar a importância da técnica de Clark para localização correta de núcleos metálicos fundidos. Nove dentes caninos permanentes superiores foram radiografados e submetidos a tratamento endodôntico. Após esse procedimento foram montados em manequim, fotografados e radiografados nos sentidos orto-, mésio- e distorradial. A porção coronária de cada elemento foi seccionada a 2 mm da junção amelocementária e a seguir os elementos foram fotografados. Os canais radiculares foram preparados para confecção dos núcleos nas posições central, deslocadas para palatina, mesial, distal, vestíbulo-mesial, vestíbulo-distal, palatina-mesial e palatina-distal. Após o preparo, os dentes foram radiografados e a porção coronária fotografada. Os padrões foram confeccionados em resina acrílica e fundidos em liga de cobre-alumínio. Cada elemento dental foi fixado em manequim, os núcleos adaptados e confeccionadas restaurações provisórias. A seguir foi realizado exame radiográfico pela técnica de Clark com tomadas radiográficas orto-, disto- e mesiorradial. O método de análise consistiu na validação entre fotografias (aspecto clínico) e exame radiográfico.

Esse método permite orientar os profissionais sobre a tomada radiográfica correta para localização de núcleo metálico fundido em dentes anteriores.

 PE32

Ensino da Radiologia Odontológica baseado em problemas

WATANABE, P. C. A.*, PARDINI, L. C., ARITA, E. S.

Morfologia, Estomatologia e Fisiologia - Universidade de São Paulo. E-mail: watanabe@forp.usp.br

Apresentamos o objetivo postulado pela disciplina de Radiologia, do Departamento MEF da FORP-­USP. Nosso propósito é apresentar uma metodologia inovadora do ensino baseado em problemas em Radiologia Odontológica. Esta metodologia está baseada em métodos, estratégias, avaliações e simulações de situações problemas da Odontologia, o que difere do ensino tradicional. Para isso, cerca de 10 anos atrás, incorporamos a prática experimental ao ensino teórico, trabalhando com questões problemas em laboratório. Para exemplificar, citamos o tópico “Fatores: interferência na produção da imagem radiográfica”, nas seguintes fases: I- estudo dirigido (individual); II- leitura de texto programado (em grupos); III- levantamento da questão problema (“Qual a melhor kVp para o diagnóstico de cárie?” Justifique.); IV- experimento laboratorial; V- apresentação do resultado, discussão e conclusão; VI- avaliação da metodologia e da estratégia de ensino com interação professor/aluno. A clareza de objetivos, as metodologias aplicadas ao processo ensino/aprendizado, a transparência de métodos de avaliação e auto-avaliação, a indicação das fontes de conhecimento, sua pluralidade, no concreto representam, em nossa opinião, passo importante na direção de um objetivo maior que é o de melhorar as condições de formação, nos aspectos cognitivos, psicomotores, e comportamentais, do futuro profissional.

Da análise dos protocolos de resposta dos alunos, pode-se concluir que a aplicação do método resultou em alunos mais críticos e com maior incentivo à iniciação científica.

 PE33

Radiografia panorâmica: ensino-aprendizado via Internet

DRUZIANI, L. S.*, PARDINI, L. C., WATANABE, P. C. A., ISSA, J. P. M.

Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. E-mail: druziani@connectodonto.com.br

Com a crescente popularização da Internet inicia-se a moderna educação. Entretanto, na área da Saúde a Internet está voltada apenas para o oferecimento de informação não interativa. A proposta deste trabalho inovador é demonstrar um método de ensino à distância na área da Odontologia. Como metodologia foi escolhido um tema gerador de discussão: Radiografia Panorâmica. Inicialmente foi desenvolvido no site http://www.forp.usp.br/laciro/panoramica hipertextos WEB, tendo como público-alvo estudantes de graduação e pós-graduação. O conteúdo programático é composto de: Textos Auto-explicativos; Apresentação da Técnica Radiográfica; Radiografias Digitalizadas; Artigos Especializados; Casos Clínicos; Histórico da Técnica; Erros Radiográficos e Glossário. Visando avaliar o aprendizado, há testes e interpretação radiográfica. O método foi avaliado por e-mail com questionamento on-line sobre: 1) conhecimento adquirido pelo internauta; 2) método de ensino à distância; 3) estudo de casos clínicos; 4) opiniões, críticas e sugestões. Após 8 meses, podemos concluir que os objetivos foram alcançados. A página foi acessada 136 vezes (24/8/01 a 03/04/02). Quanto às críticas e sugestões, verificou-se que há necessidade de redimensionar alguns itens, pois as imagens podem demorar a aparecer.

Concluímos que o ensino à distância possibilitou atingir os estudantes de toda parte do País e exterior (Portugal, México, Peru, Chile, Argentina e Estados Unidos). (Apoio financeiro: CNPq/PIBIC/USP.)

 PE34

Elaboração de métodos auxiliares para o ensino-aprendizado em Odontologia

SVERZUT, A. T.*, SEMPRINI, M., ROSIN, H. R., PARDINI, L. C., SOUSA, L. G., LOPES, R. A., VITTI, M.

Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. E-mail: sverzut@forp.usp.br

Com o aumento crescente no uso das imagens digitais, Internet e outros meios digitais, o computador em geral vem se tornando cada vez mais indispensável inclusive na área da Saúde. Visando aproveitar todo esse avanço tecnológico os referidos autores elaboraram um CD interativo contendo várias imagens digitais, animações com descrições interativas, e sobreposições radiográficas dentre outras para facilitar o aprendizado não só de alunos de Odontologia como profissionais da área odontológica, aumentando e facilitando o interesse no estudo. O computador tem a propriedade de nos dar ferramentas que auxiliam muito o ensino e o aprendizado, pois nele podemos ter imagens dinâmicas, coisa que o livro não pode nos oferecer. O programa foi feito numa interface totalmente fácil de usar e integrado a Internet, sendo usado como se estivesse navegando na rede mundial, que hoje em dia é um meio de comunicação ao qual temos que nos habituar e vem se tornando imprescindível facilitando muito a comunicação e conseqüentemente o ensino-aprendizado.

Hoje com todos os aparatos tecnológicos ao nosso alcance e os enormes benefícios que essa tecnologia nos trouxe juntando a isso a popularização do computador e acesso a Internet, métodos auxiliares de ensino baseado nessa filosofia só tem a acrescentar na difícil arte de ensinar e vem se tornando cada vez mais indispensável inclusive na área da Saúde.

 PE35

Estudo da qualidade da aprendizagem de Radiologia quando relacionada ao tratamento endodôntico na graduação

SOUSA, L. R.*, NASSRI, M. R., GUILLEN, P., FELIPPE, M. C., GONÇALVES, L., AMARAL, K., ESTEVES, C., LAGE-MARQUES, J. L.

Dentística - Universidade de São Paulo. E-mail: lrsousa@usp.br

O domínio dos conhecimentos sobre Radiologia Odontológica, principalmente em relação às radiografias periapicais e seu processamento, é de fundamental importância tanto no transcorrer do tratamento endodôntico quanto na sua proservação. O propósito deste estudo foi o de verificar as dificuldades encontradas pelos alunos do sétimo semestre da Disciplina de Endodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo para realizar as radiografias periapicais necessárias à execução da terapia endodôntica. Para isso, foi aplicado aos referidos alunos (n = 78), um questionário com 10 perguntas objetivas no qual, para cada uma, o aluno deveria assinalar somente a alternativa que mais se adequasse à sua situação. Pelas respostas fornecidas foi possível traçar um panorama do que mais foi assimilado pelos discentes durante a Disciplina de Radiologia e em qual etapa da obtenção da radiografia eles encontram maior dificuldade.

Com base nos resultados obtidos, verificou-se que a maior dificuldade encontrada pelos alunos para as tomadas radiográficas é o posicionamento do paciente e/ou do filme e ou do colimador, o que resulta em repetições e perda de tempo na clínica. Embora haja consenso de que o processamento radiográfico é de fácil execução, uma melhor abordagem do conteúdo programático, incluindo o ensino de técnicas que facilitem a análise das radiografias e um maior treinamento prático auxiliariam para um aprendizado mais eficiente da Radiologia voltada para Endodontia e resultariam em maior capacitação dos discentes para a realização do tratamento endodôntico.