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B001

Biocompatibilidade de materiais endodônticos: Citotoxicidade da resina poliuretana derivada do óleo de mamona

E. A. PASCON*, C. J. A. Sousa.

Univ. de Franca, SP; (016) 724-2211, Univ. Fed. Uberlândia, MG, eapascon@unifran.br

A poliuretana derivada do óleo de mamona apresenta uma fórmula molecular que tem mostrado compatibilidade com os tecidos vivos. O propósito deste trabalho foi o de comparar a toxicidade do polímero de mamona (Poliol) com quatro materiais comerciais – AH26, Dentinol, Kerr Sealer, e Sealapex – segundo as normas da FDI e ANSI/ADA, para ser utilizado como cimento de obturação de canal. Todos os materiais foram manipulados de acordo com as instruções dos fabricantes. Os componentes individuais de cada cimento também foram testados separadamente. O método in vitro utilizado foi o de liberação de crômio radioativo em cultura de células L929 (Spängberg, Oral Surg. 35:389-401, 1973). Foram testadas 10 amostras de cada material, por 4 e 24 hrs. de contato material/células, imediatamente após a sua manipulação (fresco), 24, e 60 horas após a presa. Dez amostras das células, sem contato com o material, serviram como controle da liberação espontânea do crômio. A análise estatística dos resultados mostrou diferenças significantes entre os materiais, que foram classificados, por ordem decrescente de toxicidade, em: 4 hr contato: Fresco: Kerr, AH26, Dentinol, Sealapex, Poliol; 24 e 60 hrs. presa: Kerr, Sealapex, Poliol, AH26, Dentinol; 24 hr contato: Fresco: AH26, Dentinol, Sealapex, Kerr, Poliol; 24 hr presa: Kerr, Dentinol, Sealapex, Poliol, AH26; 60 hr presa: Kerr, Sealapex, Poliol, AH26, Dentinol. Esses resultados permitiram concluir que o Poliol apresentou um perfil de toxicidade in vitro que superou os cimentos Kerr e Sealapex em todo o teste e igualou ao AH26 e Dentinol na maioria das ocasiões. O Poliol apresenta condições para ser considerado como material obturador de canal radicular.

Apoio CNPq.

B002

Avaliação da modificação do perfil facial de bebês em relação ao sexo, a raça, ao tipo de aleitamento e ao uso de chupeta.

J. R. PRAETZEL, M. ABRAHÃO, E. OLIVEIRA

UFSanta Maria - E. Paulista de Medicina - (055) 222-5303

No processo de desenvolvimento da face, pouco se sabe sobre as características herdadas nos períodos iniciais. Além disso, o comportamento das atividades de crescimento e de desenvolvimento facial parece ser controlado, também, pelas ações fisiológicas de causa e efeito dos grupos teciduais que fazem parte dessa região. Devido à interdependência morfofuncional da face com o Sistema Estomatognático, seus processos de desenvolvimento estão interligados de modo que, as funções alteradas que esses sistemas realizam, poderão determinar alterações no processo de crescimento e desenvolvimento facial. Daí a importância de estudar as funções que esses Sistemas realizam e observar suas influências no desenvolvimento. Seguindo essa linha de raciocínio, o objetivo deste trabalho foi avaliar as modificações do perfil do terço médio e inferior da face de bebês, utilizando-se uma metodologia desenvolvida, para auferir medidas no plano médio-sagital, por meio da fotografia do perfil de 82 bebês, ao nascimento e aos seis meses de idade. As medidas avaliadas foram: Convexidade Total do Perfil Mole; Convexidade do Perfil Mole; distância do ponto Orbital ao ponto Násio; distância do ponto pog (mento), ao ponto Orbital, ao ponto Násio, ao Lábio Superior, ao Lábio Inferior e à ponta do Nariz. As medidas, tomadas ao nascimento e aos seis meses de idade, foram submetidas a uma Análise de Variância executada por intermédio do Suporte Computacional Statistical Analysis Sistem - Versão 6.0 do módulo General Linear Models, tomando-se como base a Soma de Quadrados do Tipo Três; em função das variáveis de controle sexo, raça, tipo de aleitamento e uso de chupeta. Ao final do estudo, os resultados permitiram concluir que, tanto ao nascimento como aos seis meses de idade, características inerentes aos sexos e às raças, já estão representadas, no perfil facial mole dos bebês e, também, que o tipo de aleitamento e o uso ou não de chupeta, não mostraram relação com a modificação do perfil facial mole no período estudado.

B003

Hipodontia: DNA obtido de saliva e análise do gene MSX1.

R. M. SCAREL*, P. C. TREVILATTO, O. HIPÓLITO Jr., L. E. A. CAMARGO, S. R. P. LINE 

Depto Morfologia - FOP – UNICAMP - (019) 430-5214, raquel_scarel@yahoo.com

A hipodontia ou agenesia dental é uma das alterações mais freqüentes da dentição humana, e embora não represente um problema de saúde pública, pode causar alterações na função mastigatória e fala, além de problemas estéticos. Ela pode ocorrer associada a síndromes ou como uma entidade isolada. Os terceiros molares são os dentes mais envolvidos nos casos de agenesia dental (20%), seguidos pelos segundos pré-molares (3,4%) e incisivos laterais maxilares (2,2%). O objetivo deste trabalho é analisar o gene MSX1, que está diretamente relacionado com agenesia dental, pois é altamente conservado na escala evolutiva e codifica um fator de transcrição; por isso está envolvido na regulação de outros genes. Sua expressão ocorre principalmente na fase embrionária, em especial na odontogênese. Alterações na seqüência do gene MSX1 foram investigadas em 20 pacientes  não-aparentados que apresentavam padrões diferentes de agenesia dental. O DNA foi obtido a partir de bochecho com solução de glicose a 3% e leve raspagem da mucosa jugal. Seguinte à amplificação do gene MSX1 por PCR e a purificação do produto amplificado, executamos a análise de polimorfismo por SSCP (Polimorfismo de Conformação de Cadeias Simples), através da qual observamos a possível existência de heteroduplexes em alguns pacientes. Através do seqüenciamento da porção homeobox do gene MSX1 que está sendo realizada, esperamos encontrar outras mutações ou polimorfismos. Nossos resultados  a partir do SSCP sugerem que há a existência de polimorfismo no gene MSX1. O significado desse polimorfismo na etiologia da agenesia dental será posteriormente investigado.

Pesquisa financiada pela FAPESP (Proc. 97/13755-5)

B004

Organização musculotópica do núcleo motor do facial no macaco Cebus

J. A. C. HORTA-JÚNIOR*, R. C RIZZOLO, O. J. TAMEGA

UNESP - Dep. de Anatomia I. B. Botucatu e Disciplina de Anatomia - Fac. Odont.- Araçatuba - (011) 548-7614

A organização musculotópica do núcleo motor do nervo facial (VIIm) no Cebus apella foi estudada em cinco macacos-prego utilizando técnicas histológicas e de múltipla marcação retrógrada. Foram injetados, nos músculos da expressão facial, traçadores neuronais fluorescentes e dois conjugados da peroxidase do rabanete silvestre: um com a subunidade B da toxina colérica (CTB-HRP) e outro com a aglutinina do germe de trigo (WGA-HRP). Em nosso estudo citoarquitetônico nós dividimos o núcleo motor do nervo facial em quatro subnúcleos: lateral, dorsal, intermediário e medial. Os resultados da marcação retrógrada evidenciaram que os músculos da expressão facial são inervados por colunas longitudinais de motoneurônios que variam em extensão e apresentam coordenadas médio-laterais e ventro-dorsais relativamente constantes. Assim os músculos orbicular do olho, zigomático, orbicular da boca, auricular superior, bucinador e platisma estão representados respectivamente nos subnúcleos dorsal, intermediário, lateral, medial, lateral e intermediário. Entretanto as colunas de motoneurônios de alguns músculos como a do elevador do lábio superior e da asa do nariz, e a do frontal não estão associados a um subnúcleo específico. A representação dos músculos funcionalmente relacionados como os músculos periorais tendem a se sobrepor, porém músculos sem íntima relação funcional como os periorais e os periorbitais não possuem esta tendência. Os resultados demonstram que no núcleo motor do nervo facial do Cebus apella, os motoneurônios que inervam a musculatura perioral situam-se lateralmente, os motoneurônios que inervam a musculatura auricular situam-se medialmente, os motoneurônios que inervam o músculo orbicular do olho situam-se dorsalmente e os motoneurônios que inervam o músculo platisma situam-se ventralmente.

Support: CNPQ - Processo: 130142/97-2

B005

Aparelho propulsor mandibular para ratos: modelo experimental para ortopedia funcional.          

D. Hajjar*, E. T. Kimura, M. F. Santos

Depto. de Histologia e Embriologia, Instituto de Ciências Biomédicas - USP - E-mail:hajjarde@originet.com.br

O objetivo deste trabalho foi a padronização de um aparelho ortopédico funcional que promovesse o avanço mandibular em ratos, para posterior estudo do crescimento condilar. Os aparelhos foram idealizados a partir de um modelo descrito por Petrovic, A. et al., Orthod. Franç. 44: 191-210, 1973. Cada aparelho era constituído por uma placa de aço inoxidável, com inclinação numa das extremidades, onde foi colado um tubo de silicone que se encaixava nos incisivos superiores do rato. Duas inclinações (45o e 90°) e cinco tamanhos foram testados para completa adequação à mandíbula do animal. Foram utilizados 40 ratos Wistar machos com 20 dias de idade (20 no grupo experimental e 20 no grupo controle). No grupo experimental, os aparelhos foram diariamente posicionados às 6:00 h e removidos às 18:00h (simulando, assim, a utilização noturna por humanos). Ambos os grupos utilizaram, durante este período, um colar de couro macio para impedir a remoção do aparelho pelo grupo experimental. Os animais foram observados pelo menos 4 vezes ao dia, durante 30 dias, e os aparelhos reposicionados quando necessário. De acordo com observação clínica e de exames radiológicos, as duas inclinações testadas (45o e 90°) foram efetivas para o avanço mandibular. A presença do colar gerou estresse durante os primeiros dias, mas não impediu a utilização do aparelho pelos ratos. O fator de maior importância para a boa utilização dos aparelhos, no entanto, foi a adequação destes ao tamanho do animal. Num estudo prolongado com ratos jovens, aparelhos de diferentes tamanhos devem ser utilizados, acompanhando o crescimento dos animais.

 

Apoio financeiro: FAPESP.

B006

Conduta dos alunos e professores da FOP-UFPel frente à hepatite B.        

F. G. Pappen*, L. M. V. Bolzani, M. C. Coppola, F. F. Demarco

Faculdade de Odontologia da UFPel / Departamento de Odontologia Restauradora - (053) 222-9760

Entre as doenças infecto-contagiosas, a hepatite B é a maior causa de mortes e interrupções do exercício da Odontologia. Diante disto, foi proposta desta pesquisa, fazer um estudo comparativo dos conhecimentos sobre a hepatite B, controle de infecção e vacinação entre os alunos e professores da FOP-UFPel. Foram avaliados 205 questionários, contendo 40 perguntas, divididas em antecedentes e conhecimentos relativos à doença, vacinação e controle de infecção. Os dados obtidos foram tratados através do instrumental da Estatística Descritiva. A amostra foi dividida em 3 grupos. O grupo A era constituído de alunos do 1o ao 4o semestre, do qual foram investigados os conhecimentos sobre a doença, mostrando que 90% dos entrevistados afirmam ser o CD mais suscetível a contrair hepatite B que os outros profissionais e que 15% relutariam em atender pacientes infectados. Quanto aos meios de transmissão, a saliva infectada em contato com ferimento, foi assinalada por 96% destes alunos; transfusão de sangue, por 89%, e em quinto lugar, a via sexual com 64% das respostas. Os alunos do 5o ao 8o semestre, e os professores formam os grupos B e C, onde algumas das questões sobre a doença, foram questionadas medidas de controle de infecção, como o uso de luvas, sempre usadas por 95% do grupo B, e 69% do C;  de máscaras, sempre usadas por 92% do B, e 50% do C; e de óculos de proteção, 24% do B e 27% do grupo C. Nos três grupos, foi investigado ainda, o calendário de vacinação, onde 7% do grupo A, 33% do B, e 69% do C cumpriram  o número de doses e o intervalo recomendados. Conclui-se que há deficiências no conhecimento da doença; resistência, principalmente dos professores, na utilização de barreiras de controle de infecção; e falhas no esquema de vacinação.

B007

Dureza e Rugosidade da Resina Acrílica Termopolimerizável Desifetada em Microondas.

R. L. S. SOUSA*, M. M. BORDIN, J. N. ARIOLI FILHO, L. C. M. LOFREDO.

Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese - FOAr- UNESP.  - (016) 232 1233 / fax: 222 4823, e-Mail -arioli@foar.unesp.br

Recentemente os aparelhos de microondas são utilizados como um método alternativo de desinfecção e esterilização. LATIMER & MATSEN., J. Clin. Microbiol., v.6, p.340-345, 1977, explicaram que o aquecimento dielétrico e\ou as mudanças intracelulares durante a exposição à energia por microondas eram responsáveis por tais efeitos. Neste trabalho foi estudado a influência de diferentes ciclos de desinfeção em aparelhos de microondas na dureza e rugosidade superficial da resina acrílica ativada termicamente. Foram confeccionadas 20 amostras em cada um dos 6 grupos estudados. As amostras (10x10x3mm) foram obtidas com resina acrílica ativada termicamente (Clássico) polimerizadas em banho de água durante 9 horas à 74o C. Após  acabamento e polimento com lixas de granulação decrescente, as amostras do grupo controle (grupo-6) foram armazenadas em água a 370 C e os demais grupos foram submetidos aos respectivos ciclos de desinfecção de 3 (grupo 1) e 15 (grupo 2) minutos à potência de 500W; 8 (grupo 3), 10 (grupo 4) e 15 (grupo 5) minutos a potência de 720W. As possíveis alterações na rugosidade (Ra) e dureza superficial (Dureza Vickers) das amostras foram registradas com auxílio de um rugosímetro e um penetrômetro, respectivamente. Os valores obtidos foram submetidos ao teste de Tukey (p<0,05) permitindo as seguintes conclusões: a) as amostras do grupo 1 apresentaram uma rugosidade estatisticamente menor do que dos grupos 2, 3, 4, 5, e 6; b) o grupo 1 demonstraram uma dureza superficial estatisticamente menor que dos grupos 2, 4 e 5 ; c) o grupo 5 demonstrou um aumento na dureza superficial do grupo 6; d)  as demais  interações não apresentaram diferenças estatísticas significantes.

B008

Ocorrência de acidentes pérfuro-cortantes na Clínica Odontológica da Universidade .

A. C. C. CRUZ1; A. GASPARETTO2

1Acadêmica UNIPAR; 2Docente UNIPAR - UEM- E-mail: agaspare@uol.com.br

A forma de atuação clínica em Odontologia faz desta profissão uma atividade de alto risco para a saúde de seus membros, em função da exposição a agentes químicos e físicos nocivos, lesões causadas por esforços repetitivos e o risco de contaminação cruzada entre os membros da equipe odontológica e pacientes. Contrapondo os riscos da contaminação cruzada, diversas medidas permitem ao profissional diminuir ou mesmo eliminar as possibilidades de contágio entre os indivíduos presentes no ambiente clínico, como o Odontólogo, o paciente e pessoal auxiliar. O Uso de luvas de látex representam um eficiente e imprescindível auxiliar na proteção pessoal do profissional, entretanto, tal material é passível de perfurações por instrumentos pérfuro-cortantes (Wall, Int. Dent. J. 37: 98-107, 1987). O presente trabalho tem por intuito detectar as características da ocorrência de acidentes com instrumentos pérfuro–cortantes na clínica odontológica da Universidade Paranaense, para posterior aconselhamento aos acadêmicos. Utilizou–se para o levantamento, um questionário composto por 15 ítens, sendo o mesmo aplicado em 122 estudantes do curso de Odontologia, que exerciam atividades. Tais acidentes se relacionaram principalmente a lavagem de instrumental, seguida pela raspagem periodontal e anestesia. Pode-se salientar ainda que, em relação ao momento do atendimento, a maioria dos acidentes ocorreu na fase final. Pode-se perceber ainda que o instrumento mais envolvido foi a sonda exploradora, posteriormente a agulha anestésica, ficando em terceiro lugar a cureta periodontal. O item relacionado ao motivo que favoreceu o acidente demonstrou que a grande maioria decorreu de descuido, desatenção e pressa, seguidos de itens com menores proporções. Conclue-se que a ocorrência de acidentes com  pérfuro-cortantes constitui sério problema á nível de controle de infecção cruzada, e que medidas preventivas devem ser instituidas para a redução dos mesmos.

B009

Ação antimicrobiana de colutórios disponíveis no mercado contra 22 cepas indicadoras in vitro.

J. A. MINQUIO*, H. MIAN, F. C. PIMENTA,  I. Y. ITO.

FCFRP-USP, FORP-USP - (019) 625-4157

O presente estudo teve como objetivo avaliar a ação de colutórios disponíveis no mercado nacional, sobre 22 cepas, sendo 6 cepas padrão e 16 cepas de campo, isoladas da saliva de indivíduos saudáveis, pelo método de difusão de poço. Os produtos foram: da Kolynos do Brasil, Kolynos winter blue, Kolynos clear mint, com triclosan e gantrez; e Kolynos menta suave e Kolynos menta com cloreto de cetilpiridínio (CCP) a 0,05%; Cepacol flúor com CCP da Merrell Lepetit   e Oral B anti-cárie e anti-placa com CCP da  Gillette do Brasil. A camada base foi obtida com 10mL de Mueller Hintom Medium MH (Difco) ou Brain Heart Infusion Agar BHIa (Difco). Após solidificação 5,0mL de MH ou BHIa adicionados de microrganismos na concentração final de 106 ufc/mL, foram vazados para obtenção de camada seed. Em cada placa foram confeccionados seis poços de 5,0mm de diâmetro, e em cada poço foi aplicado 20mL de colutório e incubadas a 37°C em aerobiose e em microaerofilia. Decorrido o período de incubação de 24 a 48 horas os “aros” de inibição foram mensurados em milímetros. Os produtos Kolynos winter blue e Kolynos mint com triclosam  foram ativos contra todas as cepas exceto a P. aeruginosa ATCC 27893, ainda os estafilococos tanto cepas padrão como de campo foram as mais sensíveis com valores entre 20,0 e 27,0mm (aro). Os estreptococos e as leveduras apresentaram suscetibilidades similares (9,0 a 13,5mm). Os colutórios  à base de CCP foram menos ativos que à base de triclosan, sem atividade para a P.aeruginosa, E.aglomerans e Escherichia coli (1,0mm). Estes dados permitem concluir que os colutórios à base de triclosan  são mais eficazes para a inibição da microbiota bucal, enquanto que, os produtos à base de CCP são eficazes para inibição de S. aureus (cepas de campo).

B010

Ação antibacteriana de diferentes materiais restauradores.

M.S.CANDIDO, A.C.PIZZOLITTO, M.BORDIN, M.F. BANDEIRA, I.L.SANTANA*

Depto. de Dentística e de Microbiologia FOAr e FCFAr - UNESP (016) 232 1233 R. 146

Atualmente o principal objetivo da odontologia é a prevenção da cárie, assim sendo, um dos aspectos a ser considerado nos materiais restauradores é a atividade antibacteriana. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antibacteriana de diferentes materiais restauradores utilizados na Dentística Restauradora. Neste estudo foram avaliados o Vitremer (3M), Dyract - AP (Dentsply), F2000 (3M), Freedon (SDI), Compoglass (Vivadent), Chelon - Fil (Espe-Premier), Tetric (Vivadente) e Permite (SDI), os quais foram manipulados de acordo com as orientações dos fabricantes. Confeccionou-se 30 corpos de prova padronizados de cada material com 2mm de espessura e 3mm de diâmetro com o auxílio de matrizes de teflon. A avaliação da atividade antibacteriana dos materiais foi realizada pela técnica do poço empregando o Método de Difusão em ágar Müller-Hinton (DIFCO) e ágar infusão de cérebro coração (DIFCO) frente às culturas puras de Streptococcus mutans, Lactobacillus acidophilus, Actinomyces viscosus e culturas mistas coletadas da cavidade oral. As placas de Petri foram deixadas em temperatura ambiente para permitir a ação antibacteriana dos materiais ensaiados, antes da multiplicação bacteriana e posteriormente incubadas em posição invertida numa jarra com vela (microaerofilia) a 35 - 37 0C em estufa bacteriológica por 48H. As leituras da inibição foram realizadas após 24 e 48H. Baseados na metodologia empregada observamos que o Vitremer e o Permite apresentaram comportamento antibacteriano homogeneamente inibitório, enquanto que o Chelon - Fill apresentou variação na atividade antibacteriana frente aos microrganismos testados.

B011

Mecanismos de estabilidade e aspectos ultra-estruturais de Actinobacillus actinomycetemcomitans aderidas às células epiteliais bucais.              

A. Gaspareto*, V.E. Arana-Chavez, M.J. Avila-Campos

ICB/Universidade de São Paulo, SP, Brasil - (011) 818-7347

Actinobacillus actinomycetemcomitans é considerado um importamnte patógeno na doença periodontal, particularmente na periodontite juvenil localizada. O mecanismo de adesão às células epiteliais bucais (CEB), dentes e a outras bactérias, constituim-se o passo inicial na colonização e patogênese nos quadros de gengivite e periodontite. Neste estudo, avaliou-se a aderência às CEB, a sua variabilidade e os aspectos ultra-estruturais de 21 isolados e uma cepa de referência de A. actinomycetemcomitans, quando submetidas a repiques sucessivos. Todos os isolados testados aderiram às CEB e os repiques sucessivos determinaram variações nas taxas de aderência de cada isolado. Também, observou-se correlação direta entre os altos índices de aderência e a presença de quantidades elevadas de componentes extracelulares, tais como fimbrias, vesículas e/ou material amorfo extracelular.

 

Apoio Financeiro: FAPESP No. 94/5784-7

B012

Análise comparativa de fatores de virulência de Staphylococcus aureus isolados de pacientes com infecções ósseas maxilofaciais e de portadores orais, utilizando cultura de osteoblastos.  - VON ZEIDLER, S.L.V*; JAEGER, M.M.M., NOVO, N.F. e SIMIONATO, M.R.L.

Departamento de Microbiologia, Instituto de Ciências Biomédicas da USP-SP -

Staphylococcus aureus é um patógeno potencial e está associado a processos infecciosos ósseos e articulares. No presente estudo, foram utilizadas cepas de S. aureus isoladas de pacientes com processos infecciosos ósseos de face e cavidade oral, e cepas de indivíduos assintomáticos, além das cepas padrão S. aureus Cowan I e Wood 46. As cepas foram marcadas com 3H-metil timidina, tratadas ou não com colágeno tipo I purificado e testadas para a adesão a osteoblastos cultivados. Cepas não marcadas foram empregadas nos experimentos de internalização e viabilidade de S. aureus, utilizando métodos de contagem de viáveis e microscopia eletrônica de transmissão. Os resultados não mostraram diferença significante no percentual de adesão das cepas isoladas de pacientes e de portadores a osteoblastos. As cepas isoladas de pacientes e tratadas com colágeno tipo I apresentaram adesão significantemente maior do que as cepas tratadas de portadores, sugerindo também a utilização de outros mecanismos de adesão eficientes não relacionados ao colágeno. Foram detectadas duas cepas isoladas de portadores, além da cepa Wood 46, que não apresentaram receptor para colágeno. Todas as cepas estudadas internalizaram em cultura de osteoblastos, e permanecerem viáveis por um período de até 24 horas após a inoculação, sendo que as cepas de pacientes apresentaram-se em maior número em todos os períodos de tempo analisados. A metodologia utilizada permitiu observar que as cepas isoladas de pacientes foram mais virulentas do que as cepas isoladas de portadores.

B013

Grupos mutans: isolamento, identificação e prevalência em hemofílicos.

A. F. TAVARES1*, D. B. FREITAS1, R. V. P. AZEVEDO2.

1Alunas da FORP-USP - bolsistas da FAPESP; 2DACTB-FCFRP-USP. E-mail: claudiav@gly.fcfrp.usp.br

O objetivo do presente trabalho foi determinar a prevalência das espécies do grupo mutans, na saliva não estimulada (diluição decimal seriada-SB20 - 37ºC - 72h/microaerofilia) e os índices CPOD e/ou ceo-d (OMS),  de 34 pacientes hemofílicos, do Hemocentro de Ribeirão Preto-SP, com faixa etária de 7 a 40 anos.  Demonstrou-se que 31 (91,2%) albergavam estreptococos cariogênicos, S.mutans (15/48,4%), S.sobrinus (1/3,2%) ou S.mutans/S.sobrinus (15/48,4%), com a média de ufc/mL de saliva igual a 354,6; 18,6 e 2.521,2 x 103, respectivamente. Quanto ao risco à cárie, 6 (17,6%) apresentavam baixo, 23 (67,7%) médio e 5 (14,7%) alto risco. Observou-se que, de acordo com a faixa etária , obteve-se a média de ufc total/mL igual a 130,3 x 103 (7 a 12 anos); 1018,4 x 103 (13 a 19 anos); 3532,1 x 103 (20 a 40 anos), com a correspondente média dos índices CPOD igual a 1,36; 7,57 e 22,12 nestas faixas de idade. A maioria dos pacientes pode ser considerada  “mutans milionário”,  com risco à cárie, e CPOD aumentando com a faixa etária, indicando a necessidade de ser montada uma estratégia para o seu atendimento odontológico.

 

Apoio financeiro: FAPESP

B014

Susceptibilidade de Candida albicans isoladas de crianças a antifúngicos comerciais

M. UENO, I. S. FARIA*, C. R. G.  SILVA, A. O. C.  JORGE

F.O. São José Campos / UNESP, Departamento de Odontologia / UNITAU (012-2254150)

As candidoses bucais são tratadas usualmente com antifúngicos dos grupos dos azóis e com polienos. Quarenta e sete cepas de Candida albicans, isoladas de crianças de 3 a 11 anos de idade, sem lesões sugestivas de candidose, foram testadas in vitro com os antifúngicos comerciais; cetoconazol, fluconazol e anfotericina B. Foi determinada a concentração mínima inibitória (MIC) através da técnica de diluição em caldo seguindo o método padrão do National Committee for Clinical Laboratory Standards. A concentração mínima inibitória foi considerada como aquela concentração que inibiu o crescimento comparado com o padrão. Cetoconazol e fluconazol não mostraram atividade fungicida em concentrações comparáveis à literatura, isto é, 0,25 a 1,0 mg/mL. O fluconazol em concentração menor de 256 mg/mL, não apresentou atividade anti-fúngica contra Candida albicans. Apenas 1 cepa (2,1%) apresentou MIC menor que 2 mg/mL para cetoconazol e 6,66% (31/47) apresentaram MIC de 128 mg/mL. As cepas testadas apresentaram um estreito intervalo de MIC para anfotericina B (2,0-8,0 mg/mL) e somente 2 cepas (4.2%) apresentaram  MIC menor que 2 mg/mL. Não podemos deixar de citar que os padrões do NCCLS não são indicados para produtos comerciais, entretanto, os resultados aqui apresentados confirmam as observações clínicas que a dose de fluconazol administrada aumenta dia-a-dia, alcançando valores de 400 a 600 mg/dia. Com base nesses resultados, os antifúngicos comerciais azóis apresentaram pouco ou nenhum efeito sobre Candida albicans, e futuras pesquisas in vitro e in vivo são justificadas.

 

B015

Contribuição ao estudo da atividade  antimicrobiana do Hidróxido de Cálcio.

V. M. S. RODRIGUES* ,  P. A. SPERANÇA

UPE /FOP- Pós-Graduação - Fone:(081)2683261- e-mail: veronica@hotlink.com.br

A presente pesquisa estudou a difusão de 09 materiais odontológicos à base de Hidróxido de Cálcio, comparando a capacidade inibitória dos mesmos em função do tempo de contato e do tipo de veículo utilizado, além de verificar a possibilidade de utilização das técnicas de computação gráfica para mensuração dos halos de difusão e/ou inibição. O estudo foi dividido em duas fases: na primeira, observou-se a difusão dos materiais no meio de cultura de Ágar de Soja Triptcaseína; na segunda, foi realizado teste pelo contato direto, utilizando uma cultura pura de Streptococcus mutans, isolada de cavidade de cárie profunda. Para cada material efetuou-se 10 repetições, sendo a leitura dos halos formados realizada, nas duas etapas, nos períodos de 24 horas, 07, 15 e 30 dias, com régua milimetrada e através de imagem computadorizada, trabalhada com programa específico, com aumento de 400%. Os resultados mostraram maior rapidez de ação dos materiais com veículo aquoso e uma ação mais retardada dos oleosos. O cimento de Hidróxido de Cálcio após 30 dias foi o que apresentou os maiores halos. Com base nos dados encontrados, concluiu-se que o tipo de matriz orgânica dos veículos dos materiais  à base de Hidróxido de Cálcio, bem como o tempo de contato, têm influência direta na difusibilidade e na atividade antimicrobiana dos mesmos. A computação gráfica mostrou-se uma opção de confiabilidade e praticidade proporcionando melhor visualização do limite entre os halos de difusão e inibição.

B016

Avaliação de métodos de desinfecção de escovas dentais utilizadas pelas crianças.

G.FARIA1*, S. MACARI1, L. A. B. SILVA1, I. Y. ITO2,  P. NELSON FILHO1.

1FORP-USP, 2FCFRP-USP - (016) 636-6899

As escovas dentais, tornam-se contaminadas por microrganismos da cavidade bucal e podem servir como reservatório de microrganismos.  Com o objetivo de avaliar o nível de contaminação das escovas dentais por estreptococos do grupo mutans, bem como a formação do biofilme bacteriano nas cerdas e propor um método de desinfecção das mesmas, foram selecionadas 19 crianças de alto e médio risco à cárie. Cada criança recebeu uma escova (Jonhson’s Júnior) que foi utilizada por 5 dias, 1 vez ao dia.  Decorrido esse período as escovas foram coletadas e divididas em 3 grupos. No grupo I, as escovas foram imersas em gluconato de clorexidina a 0,12%, no grupo II em hipoclorito de sódio a 1% e no grupo III em água de torneira esterilizada (controle) por cerca de 20 horas. As escovas foram introduzidas em tubos com 10,0mL, de caldo sacarose bacitracina (CaSaB) evitando o contato das cerdas com a parede do tubo. Decorrido o período de incubação, o meio foi desprezado e as colônias (biofilme) formadas sobre as cerdas foram contados com auxílio de microscópio estereoscópico sob  luz refletida. Algumas colônias das cerdas foram removidas e semeada em Ágar SB20, seletivo para grupo mutans e incubados em microaerofilia pelo sistema chama de vela. As cerdas de algumas escovas foram removidas e submetidas a microscopia eletrônica de varredura. As escovas do grupo I e II não mostraram crescimento bacteriano, enquanto que no grupo III houve crescimento de estreptococos do grupo mutans nas cerdas, em número variando de 21 a 120ufc. Concluímos que: 1) houve formação do biofilme bacteriano nas cerdas; 2) ocorreu intenso desenvolvimento de grupo mutans nas escovas do grupo III; 3) tanto o gluconato de clorexidina quanto o hipoclorito de sódio a 1% foram eficientes, na desinfecção das escovas.

B017

Freqüência de leveduras em bebês de 1 a 18 meses de idade.

R. O. MATTOS-GRANER, A. B. MORAES, R. M. P. RONTANI*, E. G. BIRMAN.

CEPAE/Odontopediatria: FOP, UNICAMP; FOUSP. Fax: 011-818 7883; e-mail: egbirman@siso.fo.usp.br

Leveduras são detectadas com freqüência em crianças, frente a condições locais e sistêmicas  que favorecem sua colonização, proliferação e manifestação clínica. Candida albicans é a levedura mais prevalente na boca. Procuramos avaliar a freqüência de leveduras e sua relação com possíveis fatores     favorecedores à colonização bucal em 37 bebês com 1 a 18 meses de idade, cujas mães procuraram o CEPAE da FOP-UNICAMP. As mães foram entrevistadas para análise de hábitos considerados válidos à nossa observação, como uso de chupeta, tipo e duração da amamentação. Após obtenção do consentimento esclarecido, as crianças foram examinadas para detecção de alterações na mucosa bucal. Com o uso de “swabs” estéreis alginatados, foram realizados esfregaços nas mucosas do rebordo alveolar, dorso da língua, palato e bochecha. As amostras foram semeadas em placas de Petri contendo ágar Sabouraud dextrose e incubadas em aerobiose (37oC) durante 48h. A seguir, fez-se a seleção e contagem das colônias leveduriformes (UFC). Leveduras foram detectadas em 58,3% das crianças, sendo que apenas uma criança apresentou candidíase. Observou-se associação positiva, estatisticamente significante, entre o uso de chupeta e a presença de leveduras (odds ratio: 4,5; x2: p<0,05), sendo o nível médio destes microrganismos significativamente maior nas crianças que usavam chupeta (média:69,2 UFC ±194,0) do que nas que não usavam (média:6,8 UFC ±16,5) (Mann-Whitney: p<0,05). Não houve associação significativa entre a presença de leveduras e duração da amamentação materna ou uso de mamadeira. Nossos dados sugerem que o uso de chupeta é um facilitador para a colonização e desenvolvimento de leveduras em bebês, podendo favorecer a infecção e manifestação clínica destes microrganismos sob certas condições sistêmicas e locais.

B018

 Efeito antimicrobiano de quatro soluções uitlizadas na limpeza de preparos cavitários.

S. P. TEIXEIRA *, C. PEREZ, T. SEKITO JR., K. DIAS, R. HIRATA JR

Faculdade de Odontologia e Disciplina de Microbiologia -FCM – Uerj (021) 587-6380

A eliminação de microrganismos da dentina clinicamente sadia antes da realização dos procedimentos restauradores é uma questão de importância em odontologia. Apesar de diversos produtos serem utilizados em clínica, poucos estudos sobre a efetividade antimicrobiana são divulgados. A proposta deste estudo foi a de avaliar o potencial antimicrobiano de quatro soluções comerciais empregadas na limpeza de preparos cavitários (Cavidryâ, Cavicleanâ , Tergentolâ e Peróxido de Hidrogênio 10 vol.). A atividade antimicrobiana destes produtos foi avaliada através da inibição dos microrganismos totais presentes nos preparos cavitários. Após o término do preparo de cavidades do tipo classe I em pré-molares (total de 125 preparos cavitários), duas amostras foram coletadas com o auxílio de cones de papel estéreis, antes e após a aplicação das soluções citadas. O material colhido foi inoculado em tubos contendo Caldo Tioglicolato(BBL) e incubado a 37oC por 48 h.. As amostras do grupo controle foram realizadas após a lavagem do preparo com salina estéril. Alíquotas dos tubos com crescimento bacteriano foram plaqueadas em meios seletivos para estreptococos do grupo mutans (Ágar Mitis-Salivarius, contendo 20% de sacarose e 0,25 UI de bacitracina) e para lactobacilos (Ágar Rogosa). Os produtos Cavicleanâ e Cavidryâ apresentaram atividade antimicrobiana contra os microrganismos totais com inibição de 66% e 40%, respectivamente. O Cavicleanâ apresentou atividade antimicrobiana contra Lactobacillus sp. e contra os estreptococos do grupo mutans com 100% de inibição. O Tergentolâ e o Peróxido de Hidrogênio a 10 vol. não demonstraram efeito antimicrobiano. Os autores concluíram, portanto, que o produto Cavicleanâ foi efetivo como agente antimicrobiano.

Apoio: SR-2/UERJ.

B019

Staphylococcus aureus: detecção de penicilinas das cepas isoladas da saliva de indivíduos saudáveis.

H.MIAN*, F.C.PIMENTA, C.TIRAPELLI, F.R.ZANIN, K.SANCHES, I.Y.ITO.

FORP-USP, FCFRP-USP, IPTSP-UFGo - (016) 623-0158

O isolamento de cepas oxacilina resistente denominado de S.aureus MRSA da saliva de pacientes saudáveis é altamente preocupante uma vez que pode servir de fonte de infecção cruzada. O objetivo deste trabalho foi determinar a produção de b-lactamase e a resistência a meticilina/oxacilina de cepas de Staphylococcus aureus isoladas da saliva de indivíduos saudáveis. Saliva não estimulada de 83 pacientes foram homogeneizadas e submetidas à diluição dupla em salina até 10-3 e alíquotas de 0,1mL semeadas em agar Ni e incubadas a 37ºC. Decorrido o período de incubação de 48 horas as colônias foram identificadas baseadas na morfologia macroscópica. Foram isolados 83 cepas de S.aureus de 40(48,0%) indivíduos. A b-lactamase foi detectada pelo método de satelitismo em meio Mueller Hinton Medium MH (Difco) adicionado de benzil penicilina (CECOM-SP) e Micrococcus luteus ATCC 9341. A semeadura foi efetuada em forma de elipse, em duplicata e incubadas a 37ºC por 48 horas. Foi considerada produtora de penicilinase a cepa que permitiu o crescimento de Micrococcus luteus na área interna e na borda externa da elipse. A suscetibilidade a oxacilina foi determinada pelo método de ágar triagem oxacilina. Das 83 cepas de Staphylococcus aureus 61(73,5%) produziram b-lactamase e 23(27,7%) apresentaram resistência a oxacilina. S.aureus resistente a oxacilina denominado de MRSA, consideradas de alta periculosidade, eram parte da microbiota normal de 23 indivíduos saudáveis e assim podem servir de fonte de infecção no consultório odontológico. Além disso estes indivíduos podem ser disseminadores de infecção na comunidade e no consultório odontológico. Assim medidas preventivas devem ser tomadas, como anti-sepsia antes das intervenções, para evitar a infecção cruzada.

B020

Microbiota associada a casos de periodontite do adulto no Brasil.

E. C. E. GEBARA, A. N. PUSTIGLIONI,  L. LIMA, M. P. A. MAYER

Depto. Microbiologia - ICB- USP/Disc. Periodontia- FOUSP (011) 8187348

O conhecimento da microbiota associada à periodontite, é um recurso importante na avaliação, no tratamento e no prognóstico da doença periodontal. Embora a prevalência de determinados organismos patogênicos possa variar em diferentes países, poucos estudos foram feitos no Brasil. O presente estudo tem como objetivo avaliar a composição microbiana da placa subgengival associada à periodontite do adulto. Foram selecionados  20 pacientes, com idade entre 25 e 57 anos, apresentando pelo menos três dentes uniradiculares com bolsa periodontal com profundidade ³ 5mm. Os parâmetros clínicos avaliados foram profundidade clínica de sondagem e sangramento à sondagem. A microbiota dos 60 sítios foi avaliada. Duas pontas de papel estéreis foram introduzidas na bolsa periodontal e transferidas para meio de transporte VMGAIII. Após diluições seriadas, alíquotas foram transferidas para a superfície de placas de Petri contendo meios de cultura : ágar Brucella sangue hemina / menadione, ágar Sabouraud, ágar Mac Conkey, ágar Staphylococcus 110, e ágar TSBV. Após a identificação das colônias através de características macroscópicas, microscópicas e bioquímicas, foi calculado o número de cada organismo por amostra. Detectou-se a presença de Pseudomonas sp. em 30% dos sítios em 8/20 pacientes avaliados, de Staphylococcus coagulase positivo em 8,33% dos sítios (3/20 pacientes), de A. actinomycetemcomitans em 18,33% (4/20 pacientes), de Porphyromonas gingivalis em 65% (13/20 pacientes), de Prevotella do grupo melaninogenica em 15% (3/20 pacientes), de Prevotella do grupo intermedia em 3,33% (1/20 pacientes) e de leveduras em 53,33% dos sítios avaliados (13/20 pacientes). Observou-se uma correlação estatisticamente significante (p=0,015) entre a presença do total de bactérias viáveis ³ 105ufc/mL, e a presença de sangramento à sondagem.

B021

Determinação da diluição inibitória máxima de um enxaguatório bucal à base de própolis e extratos vegetais.

E. FIGUEIREDO*, P. OLIVEIRA, E. BARIZON, L. C. FIGUEIREDO, J. K. BASTOS, S. L. SALVADOR.   

FCFRP-USP  (F: 016-602.4160)

A própolis é uma massa resinosa extraída das plantas, pelas abelhas, e adicionada de sua secreção salivar. Esta resina é comumente utilizada devido às suas propriedades antimicrobiana, cicatrizante e anti-séptica. O propósito deste estudo foi determinar a diluição inibitória máxima (DIM) de um enxaguatório bucal à base de própolis (Propomalva ® spray e solução), bem como dos  extratos vegetais e mel, componentes de sua fórmula, frente a 15 diferentes microrganismos indicadores através da técnica de diluição em ágar. Para tal finalidade, os produtos sofreram diluições decimais com água destilada, às quais foram incorporadas os meios de cultura MHa e BHIa (dependendo da exigência nutricional de cada microrganismo), homogeneizadas e depositadas em placas de Petri, sendo que a diluição final variou de 1:5 a 1:10240. Após a solidificação dos meios, procedeu-se a inoculação das cepas indicadoras por meio de um multiaplicador de Steer’s, e à seguir as placas foram incubadas durante 24-48 horas a 37o C. As placas foram submetidas a leitura e considerou-se como DIM, a maior diluição que não permitiu o crescimento visível dos microrganismos. Todos os estratos vegetais testados demonstraram atividade antimicrobiana contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras; exceto o mel, o qual não apresentou atividade contra leveduras. Os valores da DIM para o Micrococcus luteus foram 1:40 (Propomalva® spray) e 1:80 (Propomalva® solução), e para Staphylococcus aureus foi 1:40 (Propomalva® spray e solução). Os resultados obtidos indicaram que os extratos vegetais testados, assim como o enxaguatório bucal testado apresentam atividade antimicrobiana “in vitro” frente aos diferentes microrganismos indicadores.          

Apoio financeiro: Apis Flora®.      

B022

Análise microbiológica de superfícies de consultórios dentários.

R. C. L. R. Pietro, S. Kashima, A. Almeida, L. Rocha, J. Pádua, R. C. C. Lia.

Dep. Farmácia e Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto (016-603-6739)

Os profissionais da Odontologia devem ter precauções para manter as condições assépticas e evitar infecções cruzadas. Entretanto, certas áreas nos consultórios dentários são algumas vezes negligenciadas. O objetivo deste trabalho foi identificar microrganismos presentes nas pias, saboneteiras e torneiras de vários consultórios dentários. As amostras foram coletadas nas superfícies e após incubação, crescimento em meios apropriados, os microrganismos foram selecionados e identificados. Os resultados  mostraram que no ambiente estudado houve alta porcentagem de Klebsiella pneumoniae subsp. rhinoscleromatis (15,6%), seguido por Staphylococcus aureus (14,6%) e Bacilo Gram Negativo (10,4%). Nas torneiras foram isolados K. pneumoniae subsp. rhinoscleromatis, S. aureus e S. epidermidis com 22,9% de incidência e Bacilo Gram Negativo (12,5 %). Nas saboneteiras as porcentagens de K. pneumoniae subsp. rhinoscleromatis, S. aureus e Bacilo Gram Negativo foram  6,4%; 4,2% e 4,2%, respectivamente. Nas pias ao redor da cuba de lavagem foram encontrados Staphylococcus aureus (25%) e K. pneumoniae (22,9%). Moraxella sp (20,8%) e Bacilo Gram Negativo (18,8%) foram recuperados das pias distante da cuba de lavagem. Devido à patogenicidade dos microrganismos isolados o estabelecimento de práticas de desinfecção de superfícies sob condições de rotina são essenciais para minimizar o risco de infecção-cruzada.

Apoio: UNAERP

B023

Agrupamento de leveduras orais por eletroforese de isoenzimas.

J.F. HÖFLING1, C.V. PEREIRA; E.A.R. ROSA, M.F.G. BORIOLLO.

Laboratório de Microbiologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP. FAX: +55 19 430 5218. Email: hofling@fop.unicamp.br

Eletroforeses em gel de amido para vinte iso/aloenzimas (MLEE) foram conduzidas na intenção de se estabelecer os possíveis graus de similaridade entre linhagens orais de Candida albicans, C. tropicalis, C. parapsilosis, C. krusei, e  C. guilliermondii, assim como suas respectivas “linhagens-tipo” CBS (Centraalbureau voor Schimmelcultures, Baarn, Netherlands), através de recursos de taxonomia numérica (coeficiente associativo “Simple Matching” e algorítmo UPGMA). Os resultados obtidos revelaram que algumas dessas enzimas não formam bandas eletroforéticas visíveis, outras enzimas são capazes de distinguir linhagens de diferentes espécies, mas a maioria delas não permitiu organizar todas as linhagens em seus respectivos “clusters” espécie-específicos. Nós pudemos concluir que classificações numéricas baseadas no polimorfismo de iso/aloenzimas devem ser resguardadas para levantamentos epidemiológicos envolvendo somente uma espécie dessa levedura.

B024

Remodelação.do alvéolo durante a erupção do 1º molar em rato.

M.A.L. SOUZA * F. L. SOUZA 

(Faculdade de Odontologia , ULBRA, Canoas, RS, BRASIL - (051) 233-8778

A questão da remodelação óssea na mandíbula em desenvolvimento que acomoda dentes em formação e erupção é um assunto controverso e pouco estudado por sua complexidade. O objetivo deste estudo é analisar a remodelação óssea sofrida pelo alvéolo da raiz mesial do primeiro molar inferior de rato no período entre o início da formação radicular (10 dias) e a completa formação da mesma (40 dias de vida). Para realizar o estudo foram usados 44 ratos Wistar divididos em 11 idades diferentes com um intervalo de 3 dias entre elas (10, 13, 16 ,19, 22, 25, 28, 31, 34, 37, 40 dias). Para avaliar formação óssea foi usada a técnica de dupla marcação com os corantes fluorescentes: Calceina.(Sigma Chemicals Co.) e Tetraciclina(Lederle Laboratories) com intervalos de 3, 4 ou 5 dias entre as aplicações. As substâncias foram injetadas intraperitônio e os animais foram sacrificados 2 dias após a última injeção. Os marcadores foram estudados em cortes de tecidos duros.  Para avaliar reabsorção óssea foi empregada técnica histoquímica em cortes por congelamento para evidenciar a presença de osteoclastos. A partir das observações foi encontrado que aos 10 dias o primeiro molar está alojado em uma cripta fechada e ao se mover para oclusal provoca reabsorções e formações ósseas para acomodar os diferentes diâmetros entre coroa e raiz. Aos 16 dias é encontrada reabsorção no fundo do alvéolo. Aos 19 dias o dente emerge na cavidade bucal e o padrão de remodelação se modifica, havendo sempre formação na parede lingual do alvéolo enquanto na  vestibular há reabsorção e formação. Este padrão se mantém até o dia 25 quando novo fenômeno de reabsorção é visto no assoalho do alvéolo. Por volta do dia 28 o dente atinge a máxima oclusão com o antagonista e a partir deste momento o padrão de remodelação sugere que o dente  se inclina para vestibular girando em torno de um ponto localizado na zona central da raíz. A formação óssea na crista lingual ocorre principalmente em direção ao dente enquanto que na crista vestibular a aposição é principalmente no topo da mesma. No plano sagital foi visto que as paredes mesial e distal não apresentam padrão específico de remodelação no período estudado. O conjunto de remodelações permite concluir que o movimento eruptivo, no dente estudado, tem forte componente de deslocamento axial e para vestibular

 

B025

Influência da idade gestacional e do peso do recém-nato na erupção dentária.

S.R.P.RAMOS, R.C.GUGISCH*, F.C.FRAIZ

Curso de Especialização em Odontopediatria, Universidade Federal do Paraná. - Fone/fax: (041) 360-4123

Este estudo comparou o início da erupção do primeiro dente decíduo em crianças nascidas prematuras (abaixo de 38 semanas) e à termo (38-42 semanas), com peso normal (igual  ou acima de 2.500 g), baixo peso (entre 1500 a 2499 g) e muito baixo peso (abaixo de 1.500 g), para avaliar se a erupção dentária é afetada  por prematuridade e baixo peso ao nascimento. Foram anotados os registros neonatais e o início da erupção do primeiro dente decíduo de 146 crianças, 77 prematuras e 69 à termo, na faixa etária de 5 a 36 meses, que se encontravam em acompanhamento médico no Ambulatório de Pediatria do Hospital Evangélico de Curitiba - Paraná. Os dados foram analisados considerando a idade cronológica e corrigida. Os resultados mostraram que, de acordo com a idade cronólógica, as crianças prematuras e com muito baixo peso ao nascimento tiveram significante atraso na erupçao dental. Entretanto,  quando considerada a idade cronológica, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos, indicando que o atraso na erupção pode ser simplesmente devido ao nascimento precoce e não a um desenvolvimento dental atrasado.

B026

Atividade NADPH-d nos ductos de glândulas salivares de ratos após ingestão aguda de salina hipertônica.

R. Rossi,**; E. A. Del Bel

Fisiologia, FORP-USP (016) 602 4050

Óxido Nítrico (NO), detectado na saliva humana, secretado pelas glândulas salivares, pode atuar como um neurotransmissor na regulação do fluxo sanguíneo e da secreção salivar. A atividade NADPH-diaforase (NADPH-d) pode ser usada para a  avaliar a enzima  NOSintase (NOS). O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade da NADPH-d nas glândulas salivares submandibular (SMG) e sublingual (SLG) de ratos Wistar, machos com 30 dias,  divididos em  grupos (3-4 por grupo), com a ingestão restrita , durante 18 horas de: água (controle); alimento sólido; salina 3%; sacarose 2%, quinino 0,5%; ácido cítrico 0,01M,  e   privação de água e alimento. Foi realizada a sialodectomia das glândulas, sendo colocadas em PFA 4% (gelado, 2h), e sacarose 30% contendo PB (gelado, 48h), congeladas, cortadas em criostato e submetidas à reação histoquímica de HE e NADPH-d. A  atividade NADPH-d foi detectada nos ductos salivares das glândulas SMG e SLG. Os ductos foram quantificados e a análise estatística (ONEWAY/DUNCAN F10,19=2,36, p=0,05 e F10,4=1,60, p=0,05) mostrou  diferença  significante entre o grupo tratado com salina 3% e o grupo controle (água), tanto para a glândula sublingual quanto para a glãndula submandibular. Este estudo corrobora a  participação do NO no controle fisiológico da secreção salivar.

 

Apoio financeiro: FAPESP, CNPq. Apoio Técnico: CA da-Silva EC Zieri e S Saltareli.

B027

Análise da halitose no ciclo menstrual.

C. S. QUEIROZ*, C. M. TABCHOURY,  M. FUJIMAKI, F. K. MARCONDES,  J. A. CURY

Laboratório de Bioquímica Oral - FOP-UNICAMP  (jcury@fop.unicamp.br)                                                                                   

O mau hálito pode ser detectado pela alta concentração dos compostos sulfurados voláteis (CSV) presentes no ar bucal. A halitose possui inúmeros fatores etiológicos, sendo que o estresse também é citado na literatura. A síndrome da tensão pré-menstrual (TPM) é caracterizada por mudanças de comportamento, sendo que muitas mulheres apresentam-se estressadas nesse período. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a TPM e os CSV. Foram selecionadas 50 mulheres com boa saúde oral e geral. O Grupo I foi composto por 27 mulheres que não relatam sintomas no período de TPM, o Grupo II foi composto por 23 mulheres que relatam diversos sintomas na fase de TPM. As voluntárias apresentaram-se sem higienização bucal e em jejum, os CSV foram quantificados no ar bucal em ppb, utilizando um aparelho sensível à esses gases (Halimeter, Interscan Co), e foi determinado o fluxo salivar (mL/min). As mensurações foram realizadas nos períodos não menstrual, pré-menstrual e  menstrual. A análise de variância e o teste de Tukey 5%, mostraram que no Grupo I a concentração dos CSV foi maior (p<0,05) no período menstrual (75,70±26,85) que nos períodos de TPM e não menstrual respectivamente (54,00±18,84 e 53,89±16,86). No Grupo II a concentração dos CSV foi maior (p<0,05) tanto no período menstrual como pré-menstrual respectivamente (81,26±34,43 e 78,39±38,90) em relação ao não menstrual (56,87±20,63). O Grupo II apresentou maiores concentrações dos CSV que o Grupo I na fase de TPM (p<0,05). O fluxo salivar não foi significantemente diferente (p>0,05). Esses resultados sugerem que a tensão pré-menstrual pode ser um fator etiológico da halitose e que o ciclo menstrual interfere na concentração bucal dos CSV

 

FAPESP – Proc. 98/01100-7

B028

Correlação entre a atividade dos músculos mastigatórios e a morfologia mandibular.

P. E. NEGREIROS*,  V. C. V. SIQUEIRA

Departamento de  Odontologia Infantil - Ortodontia - FO de  Piracicaba - UNICAMP - siqueira@fop.unicamp.br

O propósito dessa investigação científica foi o de identificar a possível correlação entre a atividade dos músculos mastigatórios e a morfologia mandibular, utilizando uma amostra de 100 jovens de ambos os sexos, com idade entre 14 a 28 anos, com maloclusões de Classe I e Classe II dentárias e dentadura permanente completa. Realizou-se a tomada de radiografia panorâmica de cada jovem e a morfologia mandibular, principalmente o ângulo goníaco foram avaliados. A análise estatística dos dados indicou um nível de significância de 0,05 e o teste de correlação *(r = 0,833 e p = 0,012) demonstrou uma alta associação entre a morfologia do ângulo goníaco e a atividade dos músculos masseteres, bem como uma remodelação nos côndilos acentuada. 

B029

Análise do pH da dieta líquida de pacientes infantis.

E. C. LEITÃO*, F. S. MORAES, V. S. SILVA, L. C. MAIA, A. M. G., VALENÇA            

Pós-graduação em Odontologia Social – UFF – Niterói /  RJ – Brasil - (021) 569-0630

O objetivo do presente estudo foi identificar os componentes mais consumidos na dieta líquida de pacientes infantis atendidos na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense, bem como determinar o pH dos líquidos mais ingeridos. Para tanto, foram entrevistados 81 responsáveis por um total de 102 crianças na faixa etária de 2 a 13 anos acerca de sua dieta líquida  durante as  diferentes refeições diárias (café da manhã, almoço, lanches, jantar e antes de dormir). Os líquidos foram agrupados da seguinte maneira: leite e complementos com ou sem açúcar (GL); sucos concentrados, naturais ou em pó com ou sem açúcar (GS) e refrigerantes (GR). Dentre as substâncias citadas nas entrevistas, as mais frequentes dentro de cada grupo foram submetidas à análise de pH, utilizando-se o pHmetro DIGIMED DM 20 do Laboratório de Odontologia Social da UFF. Pôde-se verificar que, no café da manhã, o GL obteve um percentual de consumo de 82,14% e seus componentes tiveram uma variação de pH entre 3,4 a 6,6 (5,89 ± 1,07); no almoço GS obteve a  frequência de 52,05% e GR  34,57% com pH variando entre 2,12 e 3,56 (2,86 ± 0,51) e 2,20 a 3,02 (2,64 ± 0,34), respectivamente. Nos intervalos (lanches), predominaram o GR com 33,74% e GL com 31,91%. No jantar, ressaltaram-se os grupos GS com 45,41% e GR com 31,25% e antes de dormir, o grupo predominante foi GL com 79,07%. Os líquidos mais consumidos diariamente pelas crianças possuem um pH consideravelmente baixo. Os refrigerantes, que destacaram-se principalmente nos lanches (manhã e tarde) e os sucos, no almoço e jantar, devem ser vistos com atenção uma vez que podem estar contribuindo de maneira significativa para o aumento do potencial erosivo da dieta líquida infantil.     

B030

Cronologia e seqüência eruptiva de dentes decíduos em crianças de BH/MG.

C.F.FARIA*, I.A. PORDEUS, L.H.P.M. MARTINS, E. SAKURAI.

Depto de Odontopediatria e Ortodontia, Faculdade de Odontologia/ UFMG. (Telefax: (031) 291-0541).

O objetivo do trabalho foi avaliar a cronologia e seqüência de erupção dos dentes decíduos das crianças de Belo Horizonte/MG. Através de estudo piloto envolvendo 250 criancas de 0-36 meses, verificou-se a metodologia a ser empregada e estipulou-se o cálculo amostral (a = 0,05, erro = 0,1 mês). Participaram do estudo 2450 crianças de 0 a 40 meses, saudáveis, nascidas de parto normal e que se apresentaram para receber vacina Sabin em postos de vacinação no ano de 1998. A coleta de dados foi desenvolvida por 8 examinadores calibrados (Kappa = 0.99), consistindo em um único exame da criança, quando se fez a anotação do número e de quais elementos dentários presentes. Os exames foram realizados sob luz natural, obedecendo às normas de biossegurança. A análise estatística dos dados foi feita pelo método de Kärber, utilizando-se de base de dados produzida através do programa EPI-INFO 6.0. Comparação entre lado direito e esquerdo dos maxilares não apresentou diferença estatísticamente significante. A cronologia e seqüência de erupção encontradas foram: 71 (8,5±2,4); 81 (8,6±2,4); 61 (10,6±2,6); 51 (10,6±2,5); 62 (12,8±3,4); 52 (10,6±2,5) 72 (13,9±3,6); 82 (13,9±3,6); 54 (16,7±3,2); 64 (16,8±3,2); 84 (17,1±3,3); 74 (17,1±3,3); 63 (20,0±4,3); 53 (20,0±4,3); 73 (20,2±4,2); 83 (20,3±4,3); 75 (27,3±5,0); 85 (27,4±5,1); 65 (28,7±5,2); 55 (28,9±5,3). A extensão do período de erupção da dentição decídua foi de 20,4 meses. Os resultados indicam que há um atraso na cronologia de erupção em relação aos dados encontrados na literatura.

 

Apoio financeiro: CNPq, CAPES.

B031

Avaliação  da  atividade analgésica e antiinflamatória da Arnica Brasileira.

P. M. ZELANTE*, F. M. ALMEIDA, L. ARATO, H. LIMA, D. P. QUELUZ

PUCCAMP, UFG, USP, UNICAMP - (019) 863-0218

Devido à quase inexistência de estudos com relação à Arnica Brasileira (Solidago microglossa D.C.), em nível sistêmico, estes experimentos visam a comprovar a atividade analgésica em testes de contorção abdominal induzida por ácido acético (Vacher et al Med. Exp. 11: 51-58, 1964) e avaliação da atividade antiinflamatória em edema de orelha induzido por óleo de cróton (Zanini et al Phytoterapy Research 6(1) 1-5-1992), após receberem via oral tintura de arnica 20%. No teste de avaliação de atividade analgésica utilizamos 32 camundongos (M. musculus) divididos em 4 grupos, recebendo: Grupo 1 - veículo 10 ml/kg, Grupo 2 - indometacina 10 mg/kg, Grupo 3 - arnica 200 mg/kg e Grupo 4 - arnica 500 mg/kg, avaliados nos tempos 15, 20, 25 e 30 minutos; obtivemos os seguintes valores médios em relação aos tempos:

                                       Grupo 1                          Grupo 2                          Grupo 3                          Grupo 4

15 minutos                          46,2                          19,6                          32,6                          28,2

20 minutos                          63,4                          30,5                          42,4                          40,2

25 minutos                          74,7                          38,1                          48,7                          47,9

30 minutos                          84,2                          46,1                          54,0                          53,4

No teste de avaliação da atividade antiinflamatória utilizamos 28 camundongos (M. musculus), divididos em 4 grupos, recebendo: Grupo 1 - veículo 10 ml/kg, Grupo – 2 indometacina 0,2 g/kg, Grupo 3 - arnica 0,5 g/kg e Grupo 4 - arnica 1 g/kg, obtendo-se os valores médios dos pesos das orelhas dos animais para Grupo 1: 18,5 g, Grupo 2: 13,58 g, Grupo 3: 13,51 g e Grupo 4:13,3 g. Com base nos resultados dos experimentos, os autores concluíram que a Arnica Brasileira apresenta atividade analgésica e antiinflamatória.

 

B032

Clareamento caseiro: é seguro? Avaliação das potencialidades mutagênicas e citotóxicas.

S.ZOUAIN-FERREIRA*, K. DIAS, C.SILVA, A. C. ARAÚJO, M. BERNARDO-FILHO

Deptos.: Biofísica e Biometria, UERJ/Doutorado UFRJ – E-mail:zouain@brhs.com.br

A crescente utilização indiscriminada de agentes clareadores e a exposição dos pacientes submetidos a este tratamento, acarreta preocupação, principalmente devido aos efeitos biológicos atribuídos ao peróxido de hidrogênio. Assim, este trabalho objetivou avaliar 4 agentes clareadores dentais quanto a mutagenicidade e a citotoxidade: Insta-Brite, Karisma, Opalescence e Whiteness, todos a 10%. Verificou-se inicialmente a mutagenicidade, empregando-se o Induteste em culturas bacterianas Escherichia coli GY 5027. Incubava-se esta cultura com os clareadores dentais, e posteriormente com a cultura E. coli GY4015 (ampR) indicadora de fagol. Após 18 horas, verificou-se a formação de plaques, utilizando-se 424 placas de Petri, sendo 62 para controle negativo. Certificado o efeito mutagênico, um outro experimento foi realizado, a detecção do potencial citotóxico, empregando-se a Curva de Sobrevivência em culturas bacterianas E. coli AB1157, AB2463 e BW9091. Alíquotas destas culturas, na fase exponencial de crescimento, eram misturadas com alíquotas do agente clareador ou de NaCl 0,9% estéril como controle. Totalizamos 444 placas de experimento, sendo 64 para o controle negativo. Todos agentes clareadores apresentaram efeitos mutagênico e citotóxico: Karisma (10mg), maior potencial mutagênico, 7 vezes; o Whiteness (2,5mg), 3 vezes; o Opalescence (5mg), 2 vezes e o Insta-Brite (2,5mg), 1,86 vezes, estes dois últimos os mais citotóxicos. Os resultados indicam que o tempo de exposição e a concentração do agente clareador aumentam estes potenciais. Em conclusão, sugere-se que os clareadores dentais, devam ser rigorosamente supervisionados e controlados pelos profissionais que os utilizam, reduzindo-se assim o risco tóxico ao paciente e por conseguinte a possibilidade de cancerização.

 Apoio financeiro: CAPES E UERJ

B033

Capacidade de aspiração positiva do instrumental para anestesia odontológica.

V. ROCHA-LIMA*, M. C. VOLPATO, F. C. GROPPO, J. RANALI

Dept. de Farmacologia - F.O.Piracicaba - Unicamp. fone 0194305308

Avaliou-se 3 seringas com capacidade de aspiração disponíveis no Brasil, bem como agulhas curtas e longas e tubetes anestésicos de várias marcas. Usou-se um dispositivo de pressão variável, com uma borracha de látex e sangue bovino acrescido de EDTA no seu interior. Na 1a etapa as agulhas, sem seringa, foram introduzidas no látex, medindo-se o tempo para a saída do sangue (pressões de 4 e 80 mmHg). Na 2 a etapa foram avaliados os tubetes, fixando-se a seringa e agulha (longa e curta). Na 3 a etapa foi utilizada uma única marca de anestésico local e de agulha, sendo avaliadas várias seringas de cada marca. As duas últimas etapas foram realizadas sob pressão de 4 mmHg, sendo avaliada a ocorrência ou não de aspiração positiva nos 3 terços do tubete. Resultados: 1a  etapa: 80mmHg - agulhas longas e curtas 100% de passagem de sangue em até 1 e 4 segundos, respectivamente; 4 mmHg - agulhas longas 90 a 100% de passagem de sangue em até 45 segundos; agulhas curtas: 20 a 100% de passagem de sangue em até 140 segundos; 2 a etapa: Com as seringas Sagima e Safety plus os resultados foram mais homogêneos, com alto percentual de aspiração positiva em todos os tubetes (70 a 100%), à exceção de Scandicaine e Novocol (10 a 50%). A seringa Duflex mostrou resultados mais variados, sendo os menores percentuais também obtidos com Scandicaine e Novocol. Houve diferença estatisticamente significante entre os 3 terços testados (p<0,05). 3 a etapa - não foram observadas diferenças entre seringas de mesma marca. Os resultados sugerem diferença na capacidade de aspiração associada ao calibre da agulha e ao tipo de dispositivo de aspiração, podendo ainda haver interferência do lubrificante do tubete.

Apoio financeiro SAE/UNICAMP – Processo 459/98.

B034

Imunodetecção de proteínas ósseas em polpas dentárias de humanos in vivo e in vitro.

J.M. Q. GARCIA*, R. G. JAEGER, E. TODDAI, M. M. M. JAEGER

Disciplina de Patologia Bucal-FOUSP  tel  (011) 8187902

A polpa é um tecido conjuntivo cujos elementos celulares são essencialmente representados por fibroblastos e odontoblastos.  Essas células são capazes de produzir proteínas colagênicas e não colagênicas da matriz extracelular, a qual pode sofrer processo de mineralização originando a dentina.  O objetivo do trabalho foi pesquisar a presença de proteínas da matriz extracelular do tecido ósseo, em polpas de germes dentários e dentes permanentes de humanos, além de fibroblastos de germe dentário em cultivo (linhagem FP1).  As proteínas estudadas foram: sialoproteína óssea (BSP), osteonectina e colágeno tipo I.  No tecido foi realizada a técnica da imunohistoquímica e nas células cultivadas a imunofluorescência.  As três proteínas foram detectadas tanto nos tecidos como na cultura.  Nos tecidos a BSP apresentou marcação mais tênue comparado às outras proteínas.  O colágeno I e a osteonectina apareceram de forma intensa em ambos os tecidos, em especial nos odontoblastos.  O colágeno I mostrou positividade mais intensa nas polpas de dentes permanentes do que nos germes dentários.  O colágeno I e a BSP apareceram no estroma dos tecidos como fibrilas delicadas, enquanto que a osteonectina mostrou-se mais homogênea e hialina.  As células FP1 apresentaram intensa marcação para as três proteínas.  O tecido pulpar, independentemente do seu grau de diferenciação apresenta BSP, osteonectina e colágeno tipo I.  Portanto, sugerimos que essas proteínas estariam diretamente relacionadas com a produção e mineralização da dentina.

B035

Avaliação clínica e histopatológica em polpas expostas de pré-molares humanos.

A. B. L.NASCIMENTO*, U. F. FONTANA, C.A.S.COSTA, H.  M. TEIXEIRA

Odont. Restauradora  - FOP/UPE e Patologia – FOAr /UNESP - (081) 231-7976

O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta clínica e histológica de polpas capeadas com três diferentes materiais: Hidróxido de cálcio (CH, Grupo 1); ionômero de vidro (Vitrebond-3M, VIT, Grupo 2); e um sistema adesivo (Clearfil Liner Bond 2-Kuraray, CLB-2, Grupo 3). Após exposição mecânica intencional de 48 polpas de dentes humanos, os materiais em teste foram aplicados como capeadores pulpares e as cavidades restauradas com CLB-2 e resina composta Z100 (3M). Testes de sensibilidade foram realizados previamente a confecção das cavidades e imediatamente antes das extrações. Os dentes extraídos após 5, 30 e entre 120 e 300 dias foram fixados, descalcificados e incluídos em parafina. Cortes histológicos com 5 micrômetros de espessura foram corados com H/E, tricrômico de Masson e pela técnica de Brown e Brenn. A resposta pulpar foi avaliada por meio de microscópio óptico. A intensa resposta inflamatória inicialmente provocada pelo VIT deu lugar a reação crônica mediada por macrófagos, a qual parece não ter permitido reparo pulpar nem formação de ponte de dentina. Semehante resposta pulpar foi observada para o CLB-2, porém células gigantes também foram detectadas ao redor de fragmentos do material resinoso, mesmo no último período de avaliação. Não houve relatos de sensibilidade durante o experimento para todos os materiais avaliados . Concluiu-se que não há correlação direta entre os resultados dos testes de sensibilidade e a resposta histológica pulpar. VIT e CLB-2 não estimularam o reparo pulpar nem a formação de ponte de dentina. Conseqüentemente, estes materiais não são recomendados como capeadores diretos do tecido pulpar. Por outro lado, o HC permitiu reparo pulpar, bem como formação de ponte de dentina, apresentando-se mais biocompatível do que VIT e CLB-2.

B036

Agregado de Trióxido Mineral em dentes decíduos após curetagem pulpar.

P. WIENANDTS, F. B. ARAUJO, L. E. L. VELASCO, M. F. TOVO

Disciplina de Odontopediatria FO-UFRGS 051 3165027

O Agregado de Trióxido Mineral (MTA) apresenta como propriedades físico-químicas, uma boa capacidade de selamento e adaptação marginal, biocompatibilidade e um elevado pH. Este trabalho tem como objetivo avaliar clínica e radiograficamente no intervalo de 6 a 12 meses a resposta da polpa de dentes decíduos submetidos à técnica de curetagem pulpar com subseqüente colocação do MTA ou do Ca(OH)2. Trinta e oito molares decíduos de crianças de ambos os sexos, com idade entre 4 a 9 anos, foram selecionadas, principalmente pelo critério clínico de inflamação pulpar no momento da exposição, assim como pela possibilidade de restauração, e pelo estágio máximo de 1/3 de rizólise. A técnica de pulpotomia com formocresol diluído foi utilizada no grupo controle. Os resultados iniciais revelaram 90,9% de sucesso nos casos de curetagem com MTA e 100% nas curetagens revestidas com Ca(OH)2. Os dados encontrados com uso do MTA foram favoráveis e semelhantes aos do Ca(OH)2.

B037

Infiltração apical das cavidades preparadas com ultra-som.

E.L.R.SOUSA1*, C.M.BRAMANTE2, A.S.BRAMANTE2, B.P.F.A.GOMES1.

Endodontia. Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP1 e Faculdade de Odontologia de Bauru-USP2 - (019) 430-5215

O objetivo deste estudo foi avaliar a infiltração marginal nas obturações retrógradas e o desajuste do material retrobturador às paredes cavitárias preparadas com as pontas dos aparelhos Multi Sonic S (MS) e Enac (E). Setenta dentes humanos unirradiculares recém-extraídos foram selecionados e divididos eqüitativamente. Seus ápices foram ressectados, preparados com pontas “MS” e “E” e retrobturados com Super-EBA. Duas camadas de esmalte de unha foram aplicadas em toda superfície externa da raiz exceto na região da retrobturação. Os dentes foram então imersos em solução aquosa de azul de metileno a 2% e armazenados a 37oC e 100% de U.R. por 24 h. Para analisar o índice de desajuste na interface dente/material foi utilizado o microscópio eletrônico de varredura e para a avaliar a infiltração marginal apical, o microscópio óptico comum, com ocular micrométrica, sob luz refletida. Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas nos dois estudos (ANOVA, p<0,05). Em relação ao desajuste do material retrobturador, diferenças significantes ocorreram entre os grupos S13RD (MS) e P15RD (E) e os grupos P15RD (E) e S13R (MS) (todos p<0,05). Para a infiltração apical as diferenças significantes foram encontradas entre P15RD (E) e S13R (MS) (p<0.05). As infiltrações marginais dos diferentes tipos de preparo cavitário ocorreram na seguinte ordem, de menor para maior: P15RD (Enac), S12/90o (MS), S13RD (MS), P15LD (MS), S12/90o (MS), P15L (MS), S13R (MS). O grau de desajuste na interface material retrobturador/ parede cavitária foi o seguinte, de menor para maior: S13RD (MS), S12/90oD (MS), S12/90o (MS), P15LD (MS), P15L (MS), P15RD(E), S13R (MS). Concluiu-se que, independente da ponta do ultra-som utilizada, infiltração apical e desajuste do material retrobturador poderão ocorrer. (Apoio CAPES).

B038

Espectro de ação antimicrobiana de substâncias auxiliares na terapêutica endodôntica.

R.CONTI1*, J.L.LAGE-MARQUES1, C.C.R.FERRAZ2,  B.P.F.A.GOMES2

Endodontia, 1FO-USP – SP, 2FOP-UNICAMP, Brasil - e-mail: prevot@usp.br

Cepas de A. naeslundii (duas cepas), B. cereus, C.albicans, E.faecalis, E.coli, P.denticola, P.endodontalis, P.gingivalis, P.intermedia, S.aureus, S.mutans, S.sanguis, S.sobrinos, foram avaliadas frente à suscetibilidade ao EDTA 16%, ácido cítrico 10% e 50%, hipoclorito de sódio 1% e 2,5% de cloro ativo. As 14 cepas foram individualmente semeadas em profundidade no meio BHI Ágar (Difco), depositado sobre uma base de MH Ágar (Difco) já solidificado. As substâncias testadas em triplicata foram dispensadas dentro de tubos de aço inoxidável (8,0 x 1,0 x 10 mm), já distribuídos uniformemente nas placas. Após incubação – aerobiose, anaerobiose e atmosfera de CO2 - 37oC, os resultados foram mensurados pelo halo de inibição. Existiram diferenças nas mensurações dos halos para as substâncias avaliadas em uma variação de 0 - 26 mm (0 £ halo £ 26). A análise da variância (ANOVA) determinou que existiram diferenças estatisticamente significantes (p<0.05) entre os grupos de cepas relacionadas isoladamente a um irrigante e em uma avaliação conjunta das substâncias-teste frente a cada cepa microbiana. O EDTA mostrou maiores valores da média dos halos de inibição frente a maioria das cepas, independente da tolerância ao oxigênio. Os microrganismos fastidiosos implicaram na formação dos maiores halos de inibição para todas as substâncias, enquanto que Enterococcus faecalis foi determinante para os menores halos (0 £ halo £ 5.5). Os microrganismos anaeróbios foram os mais suscetíveis à ação dos irrigantes. Os halos de inibição formados no ágar indicaram uma atividade ampla de ação do EDTA e podem corresponder à suscetibilidade dos microrganismos frente às substâncias químicas coadjuvantes à terapêutica endodôntica.

Apoio FAPESP - processo no 1996/05584-3

B039

Níveis de aceitabilidade clínica de técnicas de odontometria para molares decíduos.

J.V.N.B. MENEZES*, M.J.C. ROCHA.

Depto. de Estomatologia, UFPR e UFSC- (041)2423463, josevitor@uol.com.br

A remoção do conteúdo infeccionado e/ou necrótico do interior dos canais é fundamental para o sucesso do tratamento endodôntico (Goodman,J, Br.Dent.J.,158:10-5,1985). Esta pesquisa objetivou analisar “In vitro”, os níveis de aceitabilidade clínica das medidas de Comprimento de Trabalho de Instrumentação proporcionadas por 4 técnicas de odontometria: Recuo Apical(G1), Ingle(G2), Garcia-Godoy(G3) e Ingle associado a Garcia-Godoy(G4). Estas técnicas foram aplicadas em 38 canais radiculares de 16 molares decíduos humanos extraídos e montados em modelos de gesso. Nos grupos G3 e G4 foi simulada a presença do pré-molar sucessor entre as raízes dos molares decíduos. Foram consideradas clinicamente aceitáveis as medidas que ficaram entre o limite apical de trabalho definido para cada uma das técnicas, e até 1,0 mm. aquém deste. Os resultados mostraram que 10,50% das medidas proporcionadas por G1, 44,74% de G2, 73,68% de G3 e 78,95% de G4 foram  consideradas clinicamente aceitáveis. Após aplicação do Teste de Proporções (p<0,0001) concluiu-se que houveram diferenças estatisticamente significantes entre as medidas proporcionadas por G1 e G2 (p=0,002), onde não foi simulada a presença do dente sucessor entre as raízes, e que, entre G3 e G4, onde foi simulada a presença do pré-molar, não foram encontradas diferenças de significância estatística.

B040

Análise clínico-radiográfica dos fatores envolvidos nos insucessos endodônticos.

E.B.S.ARAÚJO1*, B.P.F.A.GOMES1, A.S.ROCHA2, F.J.SOUZA-FILHO1.

1Endodontia & 2Radiologia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba- FOP-UNICAMP - (019) 430-5215

O sucesso do tratamento endodôntico está relacionado com vários fatores tais como: a qualidade do preparo químico-mecânico e da obturação, a presença de um selamento coronário eficiente funcionando como barreira à microinfiltração, fatores sistêmicos, entre outros. O objetivo deste trabalho foi analisar as causas dos insucessos de 38 tratamentos endodônticos que resultaram na perda do elemento dentário. Os tratamentos endodônticos foram realizados por especialistas da região de Piracicaba-SP. Cada dente foi colocado em recipiente individual contendo solução de formol tamponado a 10%, sendo posteriormente radiografado. Foram anotados os seguintes dados: idade e sexo dos pacientes, presença de selamento coronário, qualidade da obturação dos canais (limite e conicidade do preparo), reabsorção radicular, retro-obturação dos canais, presença de lesão periapical, preparo de espaço e presença de núcleo. Os resultados estatisticamente significativos (Pearson c2; p< 0,05) foram encontrados entre: ausência de restauração e presença de núcleo; obturação aquém do ápice e retro-obturação; ausência de núcleo e presença de preparo de espaço para núcleo; idade ³31 anos e retro-obturação; ausência de selamento coronário e obturação radicular de qualidade; obturação além do ápice e reabsorção radicular; sexo e obturação aquém do ápice. As variáveis que apresentaram maior freqüência foram: obturação aquém do ápice (84,2%), idade ³31 anos (81,6%) e ausência de selamento coronário (76,3%). Pode-se concluir que há relevância entre os fatores estudados e o sucesso do tratamento endodôntico com consequente preservação do elemento dentário.

 

(Apoio CAPES/FAPESP 96/05584-3).

B041

Análise do Sistema Quantec usando diferentes velocidades para a desobturação.

L. V. BETTI*, C. M. BRAMANTE 

Departamento de Endodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru-USP  (014) 235-8262

O uso do sistema Quantec na desobturação não têm sido estudado, dessa forma não se sabe qual a melhor velocidade que deve ser utilizada para este fim. Assim, este trabalho têm como objetivo verificar a desobturação realizada pelo Sistema Quantec em diferentes velocidades. Foram selecionados 30 incisivos centrais com um único canal que foi instrumentado e obturado. Estes dentes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos de 10 elementos cada. A desobturação foi realizada com instrumentos rotatórios Quantec usando contra-ângulo de redução 16:1 e motor elétrico. Em cada grupo foi utilizada uma velocidade: 1- 340 rpm, 2- 700 rpm, 3- 1500 rpm. Foram avaliados: o tempo para alcançar o comprimento de trabalho, o tempo para a remoção do material obturador , o tempo total e a extrusão. Após a desobturação os dentes foram radiografados e seccionados longitudinalmente para avaliação qualitativa da limpeza dos canais. As hemi-secções dentais foram digitalizadas usando um scanner e os resíduos de material obturador foram quantificados por um programa específico. A desobturação foi mais rápida usando a velocidade de 1500 rpm. Quanto à limpeza das paredes, houve diferença significante apenas na análise radiográfica do terço médio, onde o grupo 1 apresentou maior quantidade de resíduos que os demais. Houve maior número de instrumentos fraturados no grupo 1, seguido pelo 2 e 3.. Assim quanto à limpeza e extrusão os grupos se comportaram de maneira semelhante, entretanto o uso da velocidade de 1500 rpm consumiu menor tempo, além do menor índice de fratura de instrumentos. Então, os instrumentos Quantec podem ser usados na velocidade de 1500 rpm para a desobturação de canais retos.        

 

Apoio financeiro  FAPESP  processo  97/01486-0

B042

Estudo histomorfológico de dentes decíduos de cães, após biopulpectomia obturação dos canais radiculares.

R. S., NERY, P. F.E. BERNABÉ  

Dep. Odontologia Infantil e Social - F.O. Araçatuba / UNESP - (018) 620-3235 - danda@foa.unesp.br

A terapia dos canais radiculares de dentes decíduos representa um desafio aos investigadores nos campos da Odontopediatria e Endodontia. Dentre as dificuldades encontradas para a realização de tratamento endodôntico em crianças, salienta-se a seleção dos produtos a serem empregados na obturação dos canais radiculares. Assim,   propusemo-nos a verificar a resposta biológica a alguns materiais obturadores de canais radicilares, bem como sua possível interferência ou não no processo de rizólise fisiológica da dentição decídua. Realizamos, em uma única sessão, a biopulpectomia de 30 dentes decíduos de cinco cães e a obturação dos canais radiculares empregando 3 diferentes materiais, a saber: o cimento Sealapex, à base de hidróxido de cálcio, uma pasta composta pelo hidróxido de cálcio p.a.  associado ao propilenoglicol e a pasta Guedes-Pinto. Os outros 30 dentes homólogos do lado oposto não receberam tratamento servindo como controle. Decorridos 30 dias pós-operatório, os cães foram sacrificados e as peças obtidas processadas para análise histológica. Essa análise revelou que os eventos histopatológicos ocorridos, no geral, foram similares entre si, embora, nos espécimes obturados com a pasta Guedes-Pinto  não foi constatado nenhum caso de  selamento biológico ao nível do forame apical. Apesar de ser um cimento obturador que endurece, o Sealapex, nas condições estudadas, não interferiu na rizólise, tendo sido absorvido juntamente com a raiz. Nessa análise, foi notado que as raízes tratadas foram reabsorvidas um pouco mais rapidamente do que  aquelas que não receberam tratamento.

B043

Comparação entre as limas  Flex-R e Pow-R  no preparo de canais simulados.                                                          

L.  ZUCCO*, A.  MANFRO JR, P. DUMMER.

Programa de Pós-Graduação  Endodontia-ULBRA-RS e University of Wales College  of Medicine - F: (051) -4774000

Este estudo comparou os preparos produzidos com as limas de aço inoxidável FLEX-R (manuais)   com os das limas de niquel-titânio POW-R (acionadas a motor). Foram preparados 80 canais simulados com ângulo e posição de curva variados, empregando-se a técnica escalonada, sendo 40 canais com as limas FLEX-R e 40 com as limas POW-R. Durante a  fase de preparo, eram registradas as deformações ou fraturas  dos instrumentos. Imagens dos blocos de acrílico com os canais simulados foram tomadas antes e depois dos preparos.  Com a utilização de sistema computadorizado (Seescan,Cambridge,UK) foi feita a comparação por superposição das imagens, para aferição da quantidade de resina removida e a verificação da direção do transporte do canal. As imagens obtidas após o preparo dos canais foram também observadas com lupa milimétrica, sendo verificadas alterações produzidas durante o preparo, como a formação de “zip”apical, degrau e desgaste na zona de perigo. Os resultados demonstraram que as limas de aço inoxidável deformaram mais e não houve diferença entre as limas, quando verificada a fratura das mesmas. As limas de niquel-titânio, removeram menor quantidade de resina e causaram menos transporte  do canal. As limas Pow-R  produziram preparos com menor formação de“zip”apical, degrau e desgaste na zona de perigo. De um modo geral, as limas POW-R deformaram menos e produziram preparos mais centrados, mantendo de forma  harmoniosa a curvatura do canal.

Apoio Financeiro: convênio ULBRA e University of Wales College  of Medicine.

B044

Concentração inibitória mínima (CIM) da solução de clorexidina a 2,0% recém-preparada e armazenada.    

A.S. MEDEIROS*, K.C. BONIFÁCIO, M.R. LEONARDO, M. TANOMARU FILHO, P. NELSON FILHO, L.A.B. DA SILVA, I.Y. ITO.

FOAr – UNESP; FORP-USP - (016) 632-3964

Foi demonstrada a atividade antimicrobiana e efeito residual, in vivo, da solução de gluconato de clorexidina (CHX) a 2,0%, quando empregada como solução irrigadora de canais radiculares infectados (Leonardo et al. J Endod 25: 167-171, 1999). O objetivo deste trabalho foi determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) da solução de gluconato de clorexidina a 2,0% recém-preparada, e solução armazenada por período de um ano à temperatura ambiente. As cepas utilizadas como indicadoras foram cepas padrão ATCC: M luteus (ATCC 9341), S aureus (ATCC 25923), E coli (ATCC 25922), C albicans (ATCC 1023), E faecalis (ATCC 10541) e P aeruginosa (ATCC 27893). As soluções de CHX 2,0%, foram submetidas a diluições duplas em água destilada de 60mg/mL no primeiro tubo (tubo 1), até tubo 10. Os meios de cultura Muller Hinton Medium-MHa ou Brain Heart Infusion Agar-BHIa homogeneizados à temperatura de 50°C, foram adicionados aos tubos e vazados em placas esterilizadas. Após solidificação, inóculo de 24 horas em MH ou BHI foram semeados com multiplicador de Steers (106 por spot). Foi considerada CIM a maior diluição que inibiu o desenvolvimento microbiano. Os menores valores da CIM da solução de CHX recente e armazenada, foram 0,9375 e 1,875 mg/mL, respectivamente, frente ao M luteus, S aureus e E coli, e a maior frente as cepas C albicans e P aeruginosa, de 15 e 7,5 mg/mL, respectivamente. Frente a cepa E faecalis, a CIM foi 1,875 mg/mL para a solução de CHX recente, e 3,75 mg/mL para a solução armazenada. As Concentrações Inibitórias Mínimas foram menores para a solução recém preparada. Em conclusão, as soluções de clorexidina devem ser preparadas em alíquotas à medida da necessidade.

B045

Efeito da redução da tensão superficial do NaClO sobre a permeabilidade dentinária.

D.M.Z. GUERISOLI*, M.A. MARCHESAN, J.D. PÉCORA

Dep. de Odontologia Restauradora, Fac. de Odontologia de Ribeirão Preto - USP- (016) 636-9731

A alta tensão superficial das soluções de hipoclorito de sódio, próxima à da água, impede um contato íntimo deste líquido com a dentina. O presente trabalho propõe-se a avaliar o efeito sobre a permeabilidade dentinária da redução da tensão superficial das soluções de hipoclorito de sódio, em diferentes concentrações, quando associadas a 0,1% de tensoativo aniônico (lauril dietilenoglicol éter sulfato de sódio). Nove grupos experimentais, cada um deles composto por cinco caninos superiores humanos, foram submetidos à instrumentação com diferentes soluções irrigantes, contendo ou não tensoativo. Em seguida, foram submetidos à análise morfométrica. Os resultados mostram que todas as soluções de hipoclorito de sódio estudadas foram mais efetivas do que a água em promover o aumento da permeabilidade dentinária. Também observa-se que as soluções de hipoclorito de sódio associadas ao tensoativo promovem um maior aumento da permeabilidade dentinária do que as soluções puras. No que concerne aos terços das raízes, a porção apical mostrou-se como a menos permeável. As soluções de hipoclorito de sódio nas concentrações de 0,5%; 1,0%; 2,5% e 5,0% associadas com tensoativo aniônico são mais efetivas em promover aumento da permeabilidade dentinária do que as soluções de hipoclorito de sódio puras ou água.

 

Apoio financeiro: CNPq (processo n. 520168/94-1)

B046

Relação entre temperatura e tempo de resposta sensorial ao teste de vitalidade pulpar.

C. L. CALDEIRA *, C.E. AUN, G. GAVINI

Disciplina de Endodontia–  Faculdade de Odontologia da USP - (011) 818-7839

Este estudo investigou in vivo a capacidade de transmissão do estímulo frio até a parede vestibular interna, inquirindo sobre a relação existente entre o tempo de resposta obtido ao teste de vitalidade pulpar com gás refrigerante tetrafluoroetano e a diminuição da temperatura promovida na dentina. Foram utilizados 60 dentes anteriores superiores que seriam submetidos ao tratamento endodôntico, de três faixas etárias: 10 a 20, 21 a 50 e acima de 51 anos. A pesquisa compreendeu várias etapas: tempo da resposta ao teste de sensibilidade com tetrafluoroetano, mensuração da espessura do esmalte até a parede vestibular interna, medição da temperatura interna antes e após a aplicação do gás refrigerante e, tempo até que se inicia a troca de temperatura nesta área.. Os resultados, submetidos à análise estatística, refletem a importância da faixa etária e da espessura medida, em dificultar a transmissão do frio para a face interna dentinária, influenciando na diminuição da temperatura e no tempo de troca até que ela se manifeste na parede vestibular, ocorrendo com maior significância na faixa etária mais avançada; observou-se ainda que, o tempo de resposta inicial ao teste dado pelo paciente, foi sempre menor àquele obtido até que ocorra a troca da temperatura na parede vestibular da câmara pulpar.

B047

Avaliação “in vitro” da infiltração marginal de diferentes materiais retrobturadores.

J.R.M.YUNES*, I.C. FRÖNER

Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP, F (016) 602-4055, Fax – 633-0999

O objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente “in vitro” a infiltração marginal  utilizando o azul de metileno a 0,5% em retrobturação com : amálgama (grupo I); cimento de N-Rickert e cones de guta-percha (grupo II); cianoacrilato de etila e cones de guta-percha (grupo III) e polímero derivado do óleo de mamona (grupo IV). Os dentes utilizados estavam estocados em formol a 10% no Laboratório de Endodontia. Foram utilizados 64 caninos superiores humanos, que após a obturação dos canais radiculars são apicectomizados a 1mm do ápice radicular. Preparadas as cavidades apicais utilizando de pontas ativadas pelo ultra-som, com profundidade de 3mm. Foram divididos em 4 grupos de 15 dentes, de acordo com o material retrobturador a ser avaliado e 4 dentes para o grupo controle positivo e negativo. Após a retrobturação os dentes foram impermeabilizados externamente e imersos em azul de metileno a 0,5% á vácuo por 5 minutos e mantidos no corante por 24 horas com temperatura e umidade controlada. As leituras foram realizadas por dois examinadores utilizando de um perfilômetro. Os resultados mostraram que o cimento de N-Rickert com cones de guta-percha apresentou a maior infiltração marginal (media de 2.03mm) seguido do amálgama (media de 1.38mm). O polímero de mamona (media de 0,10mm) e o cianoacrilato de etila com cones de guta-percha (media de 0.08mm) apresentaram as menores infiltrações.Foi observado diferença estatísticamente significante entre a infiltração marginal dos grupos I e II com os grupos III e IV. Concluimos que o polímero derivado do óleo de mamona e o cianoacrilato de etila, em relação a infiltração marginal, podem ser utilizados como materiais retrobturadores em substituição ao amálgama e cimento de N-Rickert.

B048

Determinação da transmissão de calor em obturações termoplastificadas, valendo-se do sistema de elemento finito - Nova metodologia.    

S.C.C. CAMARGO*, L. HAMAOKA, A. D. SOUZA, J.S. BOCANGEL, C.E. AUN

Departamento de Endodontia - Universidade de São Paulo - (011) 818-7867

A manobra de obturação dos canais radiculares tem recebido especial atenção, já que aproximadamente 60% das falhas em tratamentos endodônticos, podem ser atribuídos a este procedimento. Assim este nos parece ser um campo vasto para avaliação dos novos materiais e técnicas recentemente introduzidos no mercado com ênfase aos sistemas termoplastificados. Vários métodos tem sido propostos para a avaliação da qualidade da obturação, infiltração e viabilidade dos sistemas, mas poucos estudos relatam os efeitos das altas temperaturas utilizadas, sendo que os métodos convencionais exigem um elevado número de espécimes, normalmente selecionados a partir de bancos de dentes humanos, os quais estão cada vez mais escassos. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um projeto para analisar a difusão de temperatura e stress por aquecimento através da dentina até o periodonto, valendo-se do Sistema de Elemento Finito. Simulou-se a obturação de canais valendo-se do equipamento System B (Analytic), com o máximo valor de temperatura, desprendido pelo aparelho. Concluiu-se que  esta é uma metodologia viável, para a determinação do transporte de calor através das estrutura dentinária e periodonto , mas avaliações comparativas aos métodos convencionais devem ser feitas para análise da real viabilidade desta técnica.

 

B049

Avaliação do comportamento do peróxido de carbamida associado ao DMBA na mucosa de ratos.

A.F. MONNERAT*, R.A.S. FIDEL, I.C. RIBEIRO, S.R. FIDEL, M.I. SENNE

Faculdade de Odontologia UERJ e Doutorado em Odontologia  UFRJ, Rio de Janeiro, RJ - (021) 542-2113

O clareamento dental caseiro, tornou-se um grande aliado da odontologia moderna, cujo emprego é simples e o resultado satisfatório. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento do peróxido de carbamida associado ao (DMBA) Ácido Dimetil Benzatraceno, quando da aplicação tópica na mucosa de ratos. Foram utilizados 16 ratos (Rattus norvegicus) pesando 200 gramas e divididos aleatoriamente em quatro grupos, recebendo as substâncias: A (acetona), B (peróxido de carbamida a 10%), C (DMBA a 25%) e D (peróxido de carbamida a 10% e DMBA a 0,25%). As substâncias foram pinceladas em dias alternados num período de 30 dias, a região de escolha foi a mucosa labial inferior direita, ficando a esquerda como controle. A avaliação feita através de microscopia óptica, revelou os seguintes resultados: grupos A e B não apresentaram qualquer alteração no tecido epitelial; Grupo C presença de displasia epitelial moderada e grupo D, displasia epitelial acentuada em todos os espécimes. Os autores concluíram que o agente clareador (peróxido de carbamida), atuando sinergicamente com o (DMBA), aumenta significativamente o seu potencial carcinogênico. 

B050

Reabsorção radicular em dentes com canal obturado e movidos ortodonticamente.

M. T.  GOLDNER, J. CAPELLI.

Faculdade de Odontologia - UERJ. Fone/Fax (021) 208-7152.

O objetivo deste estudo foi avaliar através de imagens radiográficas, se o dente tratado endodonticamente, bem como seus correspondentes vitais sofrem ou não reabsorção radicular quando submetidos à movimentação ortodôntica. A amostra foi composta de 15 pacientes que possibilitaram este tipo de comparação, selecionados entre os 1752 pacientes da Clínica de Ortodontia da U.F.R.J. Foram utilizadas as radiografias periapicais iniciais e finais daqueles que apresentavam um incisivo com tratamento de canal prévio à terapia ortodôntica e um incisivo correspondente com vitalidade.Inicialmente foram medidas as coroas para eliminar o efeito de distorsão radiográfica e em seguida medido o dente todo. O percentual de reabsorção para cada grupo foi calculado pelo método das proporções. Foram obtidos os seguintes resultados para a diferença dos percentuais de reabsorção; 2.4, 0, 2.8, 0.4, 4.6, 8, 5.7, 3.5, 2.7,2.3, 0.2, 2.6, 2, 2.2, 15. Aplicando-se o teste de Wilcoxon encontramos (p > 0.05). Verificou-se que um maior número de dentes com terapia endodôntica reabsorveram menos do que os seus correspondentes vitais entretanto estatisticamente esta diferença não é significativa.

B051

Avaliação antimicrobiana “in vitro” de medicações intracanal.         

P. H. P. FERRARI*, S. CAI, A. C. BOMBANA

Depto de Microbiologia ICB USP/Endodontia, FOUSP - (011) 4994-9848

O presente estudo teve por objetivo avaliar o potencial antimicrobiano de diferentes pastas usadas como medicação intracanal nos casos de dentes portadores de polpa necrótica e lesão perirradicular que mostram-se resistentes à terapia endodôntica convencional. O teste de sensibilidade foi realizado frente a isolado clínico de Enterococcus faecalis. Para a avaliação foram empregados os métodos de difusão em ágar e diluição em tubos. Placas contendo ágar Mueller-Hinton foram semeadas em superfície, na concentração de 1,2x108 ufc e, em seguida, foram confeccionados poços, posteriormente preenchidos com as pastas. As medicações testadas foram hidróxido de cálcio P.A., ciprofloxacina, metronidazol e CFC (ciprofloxacina, metronidazol e hidróxido de cálcio). As placas foram incubadas a 37oC por 24 horas. Para o teste de diluição em tubos, as drogas foram diluídas em TSB em diferentes concentrações. Os tubos continham 3x10 8ufc/mL e foram mantidos sob agitação, durante 24 horas, a 37oC. Posteriormente, alíquotas de cada tubo foram transferidas para novos tubos contendo TSB e incubados por mais 24 horas a 37oC. Decorrido este período, os tubos foram analisados quanto à sua turvação e esfregaços foram realizados para confirmação dos resultados. A espécie bacteriana testada apresentou sensibilidade à ciprofloxacina, ao CFC e ao metronidazol nos testes de difusão em ágar. No entanto, no método de diluição em tubos, somente a ciprofloxacina e o CFC foram bactericidas, nas concentrações utilizadas. O microrganismo foi resistente ao metronidazol nas concentrações de 4, 2, 1 e 0,5mg/mL.O hidróxido de cálcio permitiu o crescimento da bactéria testada nos dois métodos empregados. Os autores podem concluir que o Enterococcus faecalis é sensível à ciprofloxacina e, consequentemente, ao CFC.

B052

Técnicas de termoplastificação da guta-percha em reabsorções internas simuladas.

M.V. BEVILÁQUA*, L. R. NEUVALD, C. M. BRAMANTE.

Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP - (014) 234-4947

As reabsorções dentinárias internas, com suas diferentes localizações e extensão no canal radicular, dificultam a adequada obturação do  complexo sistema de canais radiculares, exigindo do endodontista o emprego de técnicas de obturação que propiciem  melhores condições de ocupação e adaptação do material obturador às paredes do  processo reabsortivo. Foram avaliadas duas técnicas de termoplastificação da guta-percha: Híbrida e Thermafil, em  20 blocos de resina acrílica ortoftálica simulando canais radiculares com reabsorções internas, sendo 10 blocos com cavidades no terço médio e 10 no terço apical, com 5 amostras para cada técnica selecionada. O cimento empregado foi o Endomethasone para as duas técnicas. Foram realizadas tomadas radiográficas de todas as amostras, no sentido frontal e lateral dos blocos de resina e as imagens foram scaneadas e transferidas para um programa de medida de área, SigmaScan, possibilitando a verificação do grau de preenchimento das cavidades pré-confeccionadas . Os dados obtidos foram sumetidos à análise estatística pelo ANOVA a 2 critérios para comparação global e o teste de Tukey-Kramer para os confrontos dois a dois. Pôde-se concluir que  a técnica Híbrida apresentou melhores resultados na obturação das cavidades simuladas  , se diferenciando estatisticamente do Thermafil, para p<0,05. As reabsorções localizadas no terço apical foram mais difíceis de serem preenchidas com material obturador em relação àquelas localizadas no terço médio, independente da técnica empregada.

 

WELLER, R. et al. J.Endod., 23:703-6, 1997.

ZMENER, O. , CAMPUSANO, A .  Rev.  Asoc. Odontol. Argent. , 86:26-9, 1998.

B053

Variações na suscetibilidade de alguns microrganimos aos medicamentos intracanais.

B.P.F.A. GOMES1*, C.C.FERRAZ1,  K.C.CARVALHO1, F.J.SOUZA-FILHO1, P.L.ROSALEN2 1

Endodontia & 2Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP - (019) 43Um medicamento intracanal com propriedades antimicrobianas é utilizado para eliminar microrganismos residuais do sistema de canais radiculares que não foram removidos durante o preparo químico-mecânico. Entretanto a eficácia deste medicamento depende da vulnerabilidade das espécies envolvidas, que poderá não ser uniforme. O objetivo deste estudo foi investigar in vitro a suscetibilidade de microrganismos aeróbios, facultativos e anaeróbios aos medicamentos intracanais. Três microrganismos aeróbios (C. albicans-NTCC3736, S. aureus-ATCC25923, B. subtilis-B16),  5 facultativos (A. naeslundii–M104; E. faecalis-ATCC29212; S. sobrinus 6715; S. sanguis-ATCC10556; S. mutans–OMZ175) e 4 anaeróbios estritos (P. gingivalis; P. endodontalis, P. intermedia e P. denticola, isolados clinicamente dos canais radiculares) foram submetidos aos seguintes medicamentos intracanais: a) Ca(OH)2 (associado com água destilada, glicerina-GLI, propilenoglicol, paramonoclorofenol canforado-PMCF, PMCF + GLI); b) gluconato de clorexidina a 0.2%, 1% e 2%, tanto líquido como gel; c) PMCF; d) PMCF + GLI, e sua suscetibilidade avaliada pelo método de difusão em meio sólido. Todos os medicamentos foram inibitórios por contato direto (ANOVA, p<0.05). A suscetibilidade de cada microrganismo aos medicamentos foi diversa. Baseado na média dos diâmetros das zonas de inibição microbiana encontrou-se que o E. faecalis foi o microrganismo mais resistente, enquanto que P. gingivalis, seguido de P.intermedia, as bactérias mais sensíveis a todos os medicamentos testados. Concluiu-se que as variações na suscetibilidade dos microrganismos enfatizam a necessidade de um medicamento intra-canal de amplo espectro para complementar a descontaminação dos canais radiculares.

Apoio FAPESP 96/ 05584-3 / FAEP 1021/97)

0-5215

B054

Avaliação “in vitro” da infiltração apical após preparos para pinos intra-radiculares.

H. ANDRADE FILHO, T. C. BERLINCK*, K. DIAS, J. MACIEL, S. M. CARVALHO.

Doutorado U.F.R.J. – Faculdade de Odontologia U.E.R.J. - (021) 274-5827

O presente trabalho teve por objetivo verificar “in vitro” o selamento apical do remanescente de guta-percha da obturação de canais radiculares, após preparo para pino. Foram selecionados 40 caninos superiores recém-extraídos, que receberam tratamento endodôntico padronizado e preparo do conduto radicular, deixando-se um remanescente de 5mm de guta-percha apical, com a utilização de 4 técnicas distintas: Grupo I – brocas de Gates-Glidden e de Largo ; Grupo II- instrumento aquecido + brocas de Gates-Glidden e de Largo; Grupo III – limas com agente emoliente + brocas de Gates-Glidden e de Largo; Grupo IV – remoção imediata da guta percha. Com exceção do Grupo IV, os preparos foram realizados 30 dias após a obturação dos condutos radiculares. Depois de preparados, a porção coronária dos dentes foi selada e os mesmos foram mantidos em soro fisiológico a 37°C por 7 dias, após os quais foram secos, tiveram suas superfícies radiculares impermeabilizadas com duas camadas de esmalte de unha até 2mm aquém da região apical, foram imersos em solução de nitrato de prata a 50% por 24 horas, revelados e clivados. A microinfiltração foi examinada por dois avaliadores calibrados utilizando-se um escore de 0 a 4. Os postos médios das obturações foram : Gr I 41,83; Gr II 44,65; Gr III 37,72; Gr IV 42,80. Os resultados foram estatisticamente tratados por ANOVA, Teste de Mann Whitney , e Teste de Kruskal Wallis, com p£0.05. Concluiu-se que em uma avaliação global não houve diferença estatística significante entre as técnicas avaliadas mas, numa avaliação entre os grupos, o Grupo III apresentou menor infiltração apical.

B055

Reparo radiográfico de lesões periapicais em dentes de cães.

GRECCA*, M. R. LEONARDO, L. A. B. SILVA, M. TANOMARU FILHO, M. A. G. BORGES.

FO Araraquara-UNESP, fax: (016) 2321438, tanomaru@foar.unesp.br

Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o reparo radiográfico de dentes de cães com lesão periapical induzida após tratamento endodôntico. Noventa e seis canais radiculares de pré-molares de seis cães foram tratados endodonticamente empregando-se limas tipo K e hipoclorito de sódio a 5,25% como solução irrigadora. Após a instrumentação, todos os canais radiculares foram preenchidos com um curativo de demora antibacteriano à base de hidróxido de cálcio (Calen PMCC ou Calasept) mantido no canal radicular por 30 dias. Após este período, os canais radiculares foram obturados com cones de guta-percha e um cimento endodôntico (Sealapex ou AH Plus), de acordo com os grupos: I) Calen PMCC + Sealapex; II) Calasept + Sealapex; III) Calen PMCC + AH Plus; IV) Calasept + AH Plus. Radiografias periapicais dos dentes em estudo foram realizadas após a obturação dos canais radiculares e nos períodos  de 90, 180, 270 e 360 dias. As imagens radiográficas foram digitalizadas por meio de scanner. O programa Mocha foi empregado para mensuração das lesões periapicais. A análise estatística radiográfica demonstrou os piores resultados para o grupo IV (Calasept + AH Plus). Todos os grupos experimentais mostraram regressão radiográfica das lesões periapicais com o decorrer do tempo. Os melhores resultados de reparo radiográfico foram observados nos períodos de 270 e 360 dias para o grupo I.

B056

Análise epidemiológica dos tratamentos endodônticos realizados na FOP-UNICAMP.

C.R.GADÊ-NETO*, E.L.R.SOUSA, E.T.PINHEIRO, B.P.F.A.GOMES, F.J.SOUZA-FILHO.

Endodontia. Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP - (019) 430-5215

O levantamento epidemiológico é de fundamental importância para o conhecimento da distribuição de doenças dentro da sociedade e constitui um complemento necessário para compreensão de fatores etiológicos, sintomatológicos, tratamentos e prognósticos. O objetivo deste estudo foi investigar as informações obtidas em relação ao tratamento endodôntico numa clínica universitária. Os tratamentos endodônticos foram realizados por alunos do último ano da Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP, no segundo semestre do ano letivo de 1998. Foram analisadas 305 fichas clínicas e radiografias, utilizando o programa “SPSS for Windowsä” para a obtenção da análise estatística dos dados. Houve uma predominância de pacientes do sexo feminino (59,3%), com idade entre 26-49 anos (53,8%). Os molares inferiores foram os dentes mais acometidos (18,1%), sendo o principal fator etiológico a cárie (40,3%). A dor foi a maior razão (46,9%) da procura do tratamento endodôntico, originária do processo de inflamação pulpar e infecção perirradicular. Lesão radiolúcida apical foi observada em 34.1% dos dentes, sendo estatisticamente associada com dor prévia ao tratamento, dor entre sessões e dentes já tratados endodonticamente (Fisher’s test; p<0.05). Conclui-se que a correta interpretação dos dados epidemiológicos pode ser utilizada para o aperfeiçoamento da prática endodôntica.

 

Apoio FAPESP 96/05584-3

B057

Análise In Vitro do Selamento Apical de Três Cimentos Endodônticos.

K.S. ZACCUR; R.A.S. FIDEL; S.R. FIDEL; L.M. SASSONE*

Dep.Proclin, FO-UERJ, Rio de Janeiro, R.J., Brasil, tel: (021) 587-6455

O objetivo do presente trabalho foi avaliar in vitro a capacidade de selamento apical de três diferentes cimentos obturadores. Para tal, foram selecionados 30 incisivos centrais superiores, unrradiculares e recém-extraídos. Em seguida, os dentes receberam acesso coronário e estabeleceu-se o comprimento de trabalho a 1,0 mm aquém do forame apical. Os dentes foram instrumentados pela técnica Crown-Down, com brocas GG de # 2 a 4 e limas K a partir do diâmetro anatômico até a de # 60. A solução irrigadora utilizada foi o hipoclorito de sódio a 5,25%. Os dentes foram divididos em 3 grupos com 10 dentes cada, de acordo com o cimento obturador utilizado: G1- Cimento Fill-Canal, G2- Cimento Vidrion Endo e G3- Cimento AH Plus.     Em todos os casos a técnica utilizada foi a da condensação lateral da guta-percha. Os dentes foram corados com solução de Rodhamina B a 0,5%, clivados e analisados com a ajuda de lupa estereoscópica verificando-se o grau de infiltração dos dentes. Os resultados foram obtidos através de 4 diferentes escores atribuídos por três examinadores calibrados. De posse desses resultados, partiu-se então, para a análise estatística e, para tal, utilizou-se os testes de Kruskal-Wallis (H=5,998; p>0,05) que não demonstrou diferença estatística entre os 3 grupos. Nas condições experimentais em que a presente pesquisa foi conduzida, conclui-se que nenhum dos materiais  empregados apresentou selamento hermético.

B058

Avaliação comportamental dos acadêmicos, diante dos pacientes na clínica de Endodontia 

P. SCELZA, J. L. LAGE-MARQUES, I. BIANCONCINI*, M. F. Z. SCELZA

Endodontia OCEx/FO-USP/FOB/UFF scelza@rio.nutecnet.com.br

Durante o período de formação, os acadêmicos de Odontologia são avaliados em suas diversas disciplinas através de métodos específicos como provas, trabalhos de laboratório, seminários e etc. Um fator não observado, é a interação acadêmico/paciente. A forma de abordar e ver seu paciente, o comportamento do acadêmico durante o atendimento, a preocupação em explicar de forma clara o tratamento a ser realizado e a forma de administrar a sua própria ansiedade e a do paciente, são condicionantes de grande valia para a formação profissional. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento dos acadêmicos que, após a etapa laboratorial, vêem-se diante de seus pacientes na Clínica de Endodontia. Para tanto, foram formuladas 10 perguntas em forma de questionário e apresentadas a 200 acadêmicos de 5 Instituições de Ensino. O grupo escolhido de forma aleatória, foi composto por 73 homens e 127 mulheres. Duas mil respostas foram avaliadas e posteriormente analisadas através do teste estatístico X2  com significância de 1%. Concluiu-se que existe um consenso quanto a preocupação dos acadêmicos em manter um relacionamento humano e profissional com os pacientes, buscando transmitir confiança e competência.

B059

Influência do desgaste compensatório no preparo de canais curvos e atrésicos.          

R. S. PEREIRA*; A. ROLDI; S.R. FIDEL; J.E. VENTORIN; J.B.G. INTRA

UFES - FO-UERJ/RJ - Brasil, Tel. (027) 2250839

Efetuou-se um estudo em trinta e dois molares inferiores humanos extraídos para avaliar a influência do desgaste compensatório dos canais radiculares. Os dentes foram incluídos em blocos de resina acrílica e radiografados com lima K 08 no canal mésio-vestibular. As radiografias foram projetadas sobre papel, com aumento de 10 vezes, onde foram registrados o contorno externo do dente, canal radicular e lima, determinando-se o grau e o nível de curvatura pelo método de Schneider modificado que serviu de base para a distribuição equitativa dos dentes em dois grupos. No grupo I foi efetuado desgaste compensatório com broca de Batt, instrumentação anticurvatura até lima K 25, uso de GG # 2 nos 2/3 coronários e escalonamento até lima K 45. No grupo II usou-se a mesma técnica de instrumentação, com exceção do desgaste compensatório (brocas de Batt e GG). Os dentes foram radiografados novamente, com a lima K 25 e respectivamente   sobreprojetados. Posteriormente repetiu-se o mesmo processo após instrumentação com lima 30 para os dois grupos. Assim, determinou-se a formação de zip apical pelo método proposto por Cimis entre a lima inicial, lima K 25 e lima K 30 para cada dente. Os resultados demonstraram que no grupo I, 37,5% não apresentaram desvio apical, ao passo que no grupo II, somente 6,2%, evidenciando diferença estatisticamente significante entre os grupos ( t-test p<0,05). Possibilitando concluir que o desgaste compensatório é uma importante etapa no preparo dos canais radiculares.

B060

Análise “in vitro” da citotoxicidade de pastas de hidróxido de cálcio.

D. A. SALIM*, E. M. SANTOS, A. C. GUEDES-PINTO, M. M. M. JAEGER, R.P.D. DANIEL

Departamento de Odontopediatria e Patologia, FO-USP Fone: 011 8187902

Pastas a base de hidróxido de cálcio são rotineiramente utilizadas em terapia endodôntica. Essas pastas são compostas por diversas substâncias além do hidróxido de cálcio. Nosso objetivo foi avaliar a citotoxicidade “in vitro” de quatro pastas a base de hidróxido de cálcio, a saber Holland,  Callen,  Callen com PMCC e Pasta CFC. Os materiais foram colocados em lamínulas de vidro, que foram depositadas sobre células em cultura. Foram utilizados fibroblastos NIH-3T3, plaqueados em 1X104 células por placa de Petri. Nas culturas controle as lamínulas de vidro foram adicionadas sem substância. Nos experimentos de longo prazo, sobrevivência celular, os períodos experimentais foram 1, 3, 5 e 7 dias. Nesses períodos efetuamos a contagem celular, em triplicata para cada substância testada, pelo método de exclusão de células coradas pelo azul de Trypan, que forneceram dados para curvas de crescimento e de viabilidade celular. Nesses experimentos, observou-se que os grupos experimentais nos quais utilizou-se pasta Callen e pasta Callen com PMCC, a porcentagem de viabilidade celular manteve-se entre 80 a 100% durante todo o experimento. Os grupos experimentais que utilizaram pasta Holland e pasta CFC, apresentaram decréscimo na porcentagem de viabilidade celular a partir do 3º e do 1º  dia de experimento, respectivamente. Todas as substâncias testadas impediram o crescimento celular, porém destas substâncias,  a Pasta Callen apresentou maior número de células viáveis durante todo o experimento. Nossos resultados suportam a conclusão que a Pasta Callen foi significativamente menos citotóxica “in vitro” em cultura de fibroblastos do que as outras substâncias testadas.

B061

Avaliação comparativa da eficiência de corte das limas de níquel-titânio e de aço inoxidável.

E. M. MAIA FILHO*, I. BONETTI FILHO, M. TANOMARU FILHO, K.C. BONIFÁCIO 

FOAr.-UNESP (016) 232-1233 R:177

O objetivo deste estudo foi comparar, in vitro, a eficiência de corte das limas tipo K fabricadas de níquel-titânio e aço inoxidável. Foram utilizadas as limas Nitiflex (níquel-titânio), Flexofile e K-File (aço inoxidável), todas da marca Maillefer (Ballaigues, Suíça). Dez instrumentos de cada uma dessas limas, nos números 15 a 40 foram testadas, totalizando 180 limas. A eficiência de corte foi avaliada empregando 300 movimentos lineares sobre corpos-de-prova de resina, sob freqüente irrigação. A avaliação da eficiência de corte baseou-se na diferença entre a pesagem inicial e a final dos corpos-de-prova. Concluiu-se que: a eficiência de corte das limas Flexofile (aço inoxidável) e Nitiflex (níquel-titânio) nos números 15 a 35 foram significativamente maior que as limas Tipo K (aço inoxidável) nos mesmos números; as limas Flexofile, nos números 15 a 40, apresentaram uma leve superioridade em relação as limas Nitiflex, mas sem diferença estatística significante; a lima Flexofile número 40 apresentou ligeiro aumento da sua eficiência de corte, sem diferença estatística significante.

B062

Atividade antimicrobiana “in vitro” de cones de guta-percha e de pastas endodônticas.  

J.C. YAMASHITA*, J.M.P. CAMARGO, K.C. BONIFÁCIO, M. TANOMARU FILHO, L.A.B. DA SILVA, I.Y. ITO.

FOAr – UNESP; FORP-USP - (014) 224-3107

O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de cones de guta-percha convencionais, contendo hidróxido de cálcio e coloridos, e das pastas Calen e Calen/PMCC (SS White, Rio de Janeiro, RJ). Foram utilizadas seis cepas padrão: M luteus (ATCC 9341), S aureus (ATCC 25923), E faecalis (ATCC 10541), E coli (ATCC 25922), P aeruginosa (ATCC 2327) e C albicans (ATCC 1023); e nove cepas de campo: S aureus (saliva/penicilinase+ e MRSa), S epidermidis (saliva/penicilinase+), S mutans (saliva 1, 2 e 3),) e S sobrinus (saliva); e E coli (saliva). A avaliação foi realizada pelo método de difusão em ágar, pela técnica de duas camadas. A camada base foi obtida com 10,0mL de Muller Hinton Medium-MH (Difco) ou Brain Heart Infusion-BHIa (Difco), a 50°C. Logo após a solidificação, a camada seed com 5,0mL de MH ou BHIa, contendo os inóculos na concentração de 106 por mL, foi depositada sobre a camada base. Utilizando pinças esterilizadas, os cones de guta-percha e pontas de papel absorvente embebidas em pastas, foram aplicados sobre o meio de cultura. As placas foram pré-incubadas por duas horas à temperatura ambiente e incubadas a 37°C por 24 horas. Todos os testes foram realizados em duplicata. Após incubação, as placas foram otimizadas pela adição do gel de TTC a 0,05% em 1% de ágar, e a atividade antimicrobiana mensurada pelo tamanho dos halos de inibição. Não foram observados halos de inibição nos cones de guta-percha contendo hidróxido de cálcio. Nos cones de guta-percha convencionais e coloridos, halos de inibição de crescimento microbiano foram observados apenas frente ao M luteus (ATCC 9341) e S aureus (saliva/penicilinase+). Todas as cepas utilizadas foram sensíveis às pastas Calen e Calen/PMCC, com os valores de 3,0 a 14,0 milímetros.. As pastas à base de hidróxido de cálcio Calen e Calen/PMCC apresentaram atividade antimicrobiana in vitro frente a todos os microrganismos, incluindo microrganismos relacionados à infecções endodônticas persistentes, como P aeruginosa, E faecalis, S epidermidis e C albicans.

B063

Estudo radiográfico do limite de trabalho em dentes anteriores superiores.

H. WOLFF*;  L.K. SZMAJSER; R.A S. FIDEL; S.R. FIDEL;  M.S. FERREIRA

Escola de Odontologia - Disciplina de Endodontia - UNIGRANRIO - RJ - Brasil - (021) 6714251

Sabe-se que a análise radiográfica constitui o principal elemento para a obtenção do limite de trabalho no tratamento endodôntico, entretanto, o índice de discrepância entre o valor do comprimento obtido radiograficamente e a respectiva medida anatômica é considerado alto, principalmente na maxila. O objetivo deste trabalho foi verificar em um grupo de 75 dentes humanos extraídos, 25 incisivos centrais superiores, 25 incisivos laterais superiores, 25 caninos superiores, com cavidades de acesso pré-realizadas, nos quais se introduziu uma lima tipo flex-R #15 (Moyco) ajustada no forame apical, procedimento comprovado com o auxílio de uma lupa com aumento de 4x através de 3 examinadores calibrados, a coincidência desta com o ápice radiográfico. Em seguida os dentes foram radiografados usando-se a técnica do paralelismo com auxílio de um posicionador radiográfico, obtendo-se os seguintes resultados:  em 64% dos incisivos centrais houve coincidência da extremidade da lima com o ápice radiográfico, 32% a lima apresentava-se a 0,5mm aquém do ápice radiográfico e em 4% a lima ultrapassou em 0,5mm. Nos incisivos laterais, 56% houve coincidência com o ápice radiográfico, 40% estiveram aquém 0,5mm e 4% estavam 0,5mm além do ápice. Quanto aos caninos, houve uma coincidência de 60%, enquanto que 40% ficaram 0,5mm aquém. De posse dos resultados obtidos, os autores concluíram que o método radiográfico se mostrou eficiente para  a obtenção do limite de trabalho porém, o operador deve atentar para as possíveis distorções, em torno de 30%, que limitam sobremaneira quando do seu uso em técnicas de preparo até o ápice radiográfico.

B064

Avaliação das propriedades dos cones de papel absorvente após esterilização.

L.K. SZMAJSER*; K.A L.V. SANTIAGO; H. WOLFF; R.A.S. FIDEL; S.R. FIDEL

Escola de Odontologia - Disciplina de Endodontia - UNIGRANRIO - RJ – Brasil – (021) 6714251

Os cones de papel absorvente são usados na terapia endodôntica com a função principal de promover a secagem das paredes dos canais radiculares, permitindo uma aderência adequada do material obturador, pois sabe-se que a presença de umidade pode impedir um perfeito selamento apical. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade e a velocidade de absorção de cones de papel de três marcas (Dentsply, Odahcam e Tanari), após terem sido submetidos a diferentes métodos de esterilização (autoclave, estufa e esterilizador de bolinhas de vidro). Foram utilizados 160 cones (n.º 40) de cada marca, divididos em grupos de 20 cones para cada meio de esterilização. A capacidade de absorção foi verificada pesando-se os cones numa balança Marte, com precisão de 0,001g enquanto secos e após umidificação por 20 segundos em soro fisiológico à 0,9%, deixando-se escorrer o excesso por 30 segundos. A velocidade de absorção foi analisada observando-se o tempo transcorrido para 0,5ml de soro fisiológico à 0,9% percorrer 10mm de distância demarcada no cone. Após análise estatística, os resultados mostraram que quanto a velocidade de absorção, as marcas podem ser classificadas em Dentsply > Odahcam > Tanari, sendo que a estufa e a autoclave aumentaram a velocidade e o esterilizador de bolinhas diminuiu. A capacidade de absorção foi semelhante nas três marcas, havendo pouca alteração quanto ao método de esterilização. Os autores concluíram que deve ser dada preferência a estufa e a autoclave para a esterilização dos cones de papel absorvente devido à melhora na velocidade de absorção.

B065

Avaliação da concentração de cloro em diferentes marcas de Líquidos de Dakin.

E. L. Siqueira, M. A. Nicoletti, M. Santos

Departamento de Dentística-FOUSP / Faculdade de Ciências Farmacêuticas-UNIP - (01) 5505-8246

Soluções cloradas tem sido consideradas um importante meio para desinfecção dos canais radiculares. Entre nós, a associação de hipoclorito de sódio a 0,5% ao creme de Endo PTC tem mostrado bons resultados como auxiliar na instrumentação. Devido ao baixo índice de cloro nessas soluções é crítica a concentração dessa substância em marcas comerciais de Líquido de Dakin para desenvolver sua ação naquela associação. O objetivo desse estudo foi investigar a concentração de cloro em 3 marcas comerciais (C, D e E) e dois preparados de farmácias de manipulação (A e B) testados por titulometria. O pH também foi avaliado. Observou-se que a concentração de cloro na marca A foi 0,33%, na B foi 0,27%, na C foi 0,28%, aferiu-se 0,45% na D e a marca E foi 0,04%. O pH atingiu valores entre7.75 e 11.31. Os resultados permitiram concluir que: 1. Todas as marcas mostraram concentrações abaixo das determinadas pelas farmacopéias Britânica e Martindale; e 2. As soluções preparadas em farmácias de manipulação não possuiam concentrações melhores que as marcas comerciais.

B066

Desinfecção do sistema de canais radiculares. Avaliação microbiológica, histopatológica e histomicrobiológica em dentes de cães. 

J.A.SOARES*,  M. R. LEONARDO,  L. A . B. SILVA, I. Y.  ITO

FOAr-UNESP/FORP-USP. Fax: (016) 2321438

Dentes de cães com canais radiculares infectados, portadores de áreas radiolúcidas periapicais, foram avaliados microbiologicamente antes e após o preparo biomecânico, bem como após a aplicação dos curativos de demora à base de hidróxido de cálcio, Calen/PMCC e Calasept, por 15 e 30 dias. Os resultados foram submetidos ao teste Kruskal-Wallis. Verificou-se que o preparo biomecânico reduziu significativamnete (p<0.05) a infecção dos canais radiculares; contudo, não se registrou a diferença significativa da ação antimicrobiana dos dois curativos de demora, nos dois períodos de avaliação, quer seja pela técnica da cultura microbiológica dos canais radiculares ou pela análise histomicrobiológica. Acusou-se maior frequência de cocos e bacilos gram-positivos nas lacunas cementárias, canais do delta apical e túbulos dentinários. Nas secções coradas pela hematoxilina/eosina observou-se para os curativos de demora Calen/PMCC, significativa redução da intensidade do infiltrado inflamatório e da reabsorção cementária, bem como reação periapical delimitada por estrutura fibrosa, caracterizando favorável quadro de reparação apical e periapical. Em contrapartida, a pasta Calasept determinou permanência de acentuada inflamação periapical. Os curativos de demora apresentaram diferentes quadros histopatológicos em função do veículo e do tempo de ação, embora sem diferença em termos microbiológicos.

B067

Avaliação morfológica de reabsorções apicais em dentes portadores de lesões periapicais.

F. V. VIER*, J. A. FIGUEIREDO,  A. A. S. LIMA

Pós – Graduação em Odontologia – Área de Concentração: Endodontia – ULBRA/RS - Fone: 051 – 477 – 4000. e mail: vier@ulbranet.com.br

O objetivo do estudo foi avaliar  presença e extensão de reabsorção apical de cemento e dentina em raízes portadoras de lesões periapicais. Para tanto, 31 dentes extraídos associados a presença de tecido proliferativo compatível com alteração patológica periapical foram selecionados. As lesões periapicais sofreram avaliação histopatológica, onde 29,03% resultaram em tecido conjuntivo denso, que foi usado como controle negativo, 81,81% em granulomas e 18,18 % em cistos. As superfícies apicais dos dentes foram avaliadas através de MEV. Os ápices dos dentes com granulomas e cistos mostraram, freqüentemente, a presença de lacunas de reabsorção com aparência de favos de mel. Em alguns espécimes a reabsorção encontrava-se generalizada ao redor de todo forame apical, enquanto que em outros haviam grupamentos de lacunas de tamanhos variados, em sítios específicos, separadas por áreas de cemento não reabsorvido. Alguns espécimes de cistos e granulomas não mostraram nenhuma reabsorção cementária. Num dente pôde-se observar a presença de um aglomerado de cocos recobrindo o ápice. Foi utilizado o teste do X², a um p<0,05 e a moda apontou os valores médios. Concluiu-se que as reabsorções em tecido conjuntivo denso e granulomas não diferiram estatisticamente, apresentando uma distribuição de freqüência similar. O cisto diferiu estatisticamente dos demais, apresentando valores maiores de reabsorção. O granuloma abscedido foi estatisticamente superior ao simples, quanto à presença e severidade de reabsorção externa periapical. Parece haver correlação entre o agudecimento de lesões periapicais e a presença de reabsorção externa apical.

B068

Influência dos métodos de esterilização sobre cones de papel absorvente.

C. H. KUBO*, A. P. M. GOMES, A. O. C. JORGE, I. BALDUCCI.

Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP.

A esterilização pelo método do calor seco (estufa) tem sido utilizada em Odontologia há muitos anos, entretanto, com o crescimento da preocupação com métodos eficientes de controle da infecção cruzada, tem-se difundido a utilização da autoclave (esterilização pelo calor úmido sob pressão). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do método (estufa ou autoclave) e do número de esterilizações sobre a capacidade e velocidade de absorção dos cones de papel absorvente empregados em Endodontia. Foram analisados 70 cones de papel número 40, divididos em três grupos (um grupo controle e dois grupos experimentais), dos quais dez cones de cada subgrupo experimental foram submetidos a um, cinco e dez ciclos de esterilização em estufa (170°C/1 hora) ou autoclave (134°C/15psi/15 minutos). Após cada ciclo de esterilização, os cones foram avaliados quanto a capacidade e velocidade de absorção à solução de hipoclorito de sódio a 1%. Os dados foram submetidos à análise estatística por meio dos testes da ANOVA (dois critérios) e Tukey (5%). Pôde-se concluir que, quanto à capacidade de absorção, não ocorreram diferenças estatisticamente significativas entre os dois métodos de esterilização avaliados. Houve melhora significativa quanto à velocidade de absorção dos cones com os dois métodos de esterilização, embora não tenham ocorrido diferenças estatísticas entre os resultados no ciclo um, cinco ou dez.

B069

Relações anatômicas exocraniais do nervo corda do tímpano.

R. L. Navarro*, J. A. C. Navarro, J. C. Andreo

Departamento de Anatomia-FOB/USP - Fone/fax: 0055 14 2238575 - e-mail: jnavarro@usp.br

O presente trabalho objetiva contribuir ao estudo das relações anatômicas do nervo corda do tímpano (NCT) em sua trajetória exocranial, até comunicar-se com o nervo lingual. Vinte hemi-cabeças de indivíduos adultos, de ambos os sexos, formolizadas a 10% e desmineralizadas em ácido nítrico a 5%, foram disseccadas ao microscópio cirúrgico DF Vasconcelos, com objetiva de 200mm e oculares de 12,5mm. Ao deixar a base do crânio, pela  fissura petrotimpânica, o NCT apresenta trajetória súpero-inferior e póstero-anterior, apoiado na superfície medial da espinha do esfenóide e  envolvido pelo ligamento esfenomandibular, que nela se origina.Verificou-se que o NCT cruzou superficialmente a espinha do esfenóide em 14 (70%) casos e, encaixado num  sulco ósseo, nessa face da espinha, em 6 (30%) casos. Em todos os casos o NCT, relacionou-se por lateral com a artéria meníngea média, plexo venoso, nervos auriculotemporal e alveolar inferior para, logo abaixo, encontrar-se com  o nervo lingual, por posterior, em ângulo aproximado de 40º,  a meia altura, entre a base exocranial e o forame mandibular. Considerando-se a importância dos componentes funcionais sensoriais gustatórios, secretomores e sensitivos gerais do NCT, pode-se aventar a possibilidade de  o mesmo estar sujeito a distúrbios funcionais por compressões fibróticas, ósseas ou traumas.

B070

Desvio apical de canais radiculares preparados com limas manuais e rotatórias.

R.C. MARTINS *, L.R. BARROS, M.G.A. BAHIA, A.M.A. FONSECA.

Departamento de Odontologia da PUCMG./Pós Graduação em Endodontia. - rcmartins@newview.com.br

O propósito deste estudo foi investigar a manutenção do trajeto original do canal radicular, sem provocar desvios, sobretudo na região apical, após a limpeza e formatação com instrumentos rotatórios de NiTi ProFile Taper .04 Series 29 e limas manuais tipo K de aço inoxidável convencional. O tempo gasto, e as falhas ocorridas durante a instrumentação também foram avaliados. Foram selecionadas raízes mesiais de 32 molares humanos inferiores, recém-extraídos, com curvatura variando entre 260 e 400. Os 64 canais foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 32 , onde o grupo 1 foi formatado com limas manuais e o 2 com instrumentos rotatórios. As radiografias de odontometria e CT foram digitalizadas e sobrepostas, e a quantidade de transporte foi avaliada em relação ao terço apical do canal, que foi dividido em três porções: coronária, média, apical. O grupo 1 apresentou uma média de desvio maior na porção apical, e o 2 na porção coronária, entretanto essas diferenças não foram estatisticamente significativas. O grupo 2 foi estatisticamente mais rápido que o 1, e apresentou duas fraturas e uma deformação de limas. A manutenção do trajeto original do canal foi satisfatória perante a utilização dos instrumentos rotatórios de NiTi ProFile Taper .04 Series 29 e limas K de aço inoxidável convencional. Ambos se mostraram seguros e eficientes na limpeza e formatação do SCR, entretanto os instrumentos rotatórios formataram os canais de maneira significativamente mais rápida que os manuais.

B071

Quantificação da extrusão apical de debris e irrigante: Técnicas manuais vs. Técnicas rotatórias.

N.V. Gomes*, F.B.Teixeira, A.A.Zaia, B.P.F.A.Gomes, C.C.R.Ferraz.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - (019) 430-5215

O principal objetivo do tratamento endodôntico é a completa descontaminação da câmara pulpar e dos canais radiculares através do preparo químico-mecânico e posterior selamento, tanto apical como coronário. Estudos recentes têm demonstrado que, independente da técnica utilizada, há extrusão apical de raspas de dentina, restos necróticos de tecido pulpar, soluções irrigadoras e microrganismos durante a instrumentação dos canais radiculares. O controle da extrusão de debris durante o preparo químico-mecânico é um importante fator na escolha da técnica de instrumentação, a fim de se evitar complicações pós-tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a quantidade de debris e irrigante extruídos apicalmente em 60 dentes monorradiculares instrumentados por 2 técnicas manuais (Técnica híbrida e Forças balanceadas) e 1 técnica rotatória (Quantec 2000). A técnica híbrida causou a maior extrusão de debris, sendo estatisticamente diferente (p<0,05) das outras duas técnicas testadas. Esta técnica também apresentou maior extrusão de irrigante, sendo estatisticamente diferente apenas em relação a técnica do Quantec 2000. Conclui-se que a extrusão de debris e irrigante é inerente à instrumentação endodôntica, apesar da técnica rotatória Quantec 2000 ter apresentado melhores resultados. Pode-se também verificar correlação positiva entre a massa de debris e o volume de irrigante extruídos.

 

Apoio FAPESP.98/13464-3

B072

Hidróxido de cálcio e alumínio: avaliação de pH em diferentes veículos.            

A. A. SOUSA*, M. SANTOS, R. M. VEIGA

Depto de Dentística  e Endodontia – Faculdade de Odontologia – USP - (011) 8653072

O hidróxido de cálcio como medicação intracanal é utilizado por promover ação antimicrobiana  e moderar o processo inflamatório do periápice, favorecendo o reparo da região. Suas características se dão em função de sua alcalinidade, elevando e mantendo o pH da área afetada. Nota-se também seu uso na Medicina como antiácido, fazendo um paralelo com o hidróxido de alumínio. Determinou-se, neste estudo, a comparação entre os hidróxidos de cálcio e alumínio veiculados com solução anestésica e polietilenoglicol a fim de se avaliar a elevação e manutenção do pH promovidas por estes enquanto medicação intracanal. Realizou-se o estudo mediante divisão de grupos: -hidróxido de cálcio e anestésico; -hidróxido de cálcio e polietilenoglicol; -hidróxido de alumínio e anestésico; -hidróxido de alumínio e polietilenoglicol. As pastas obtidas foram utilizadas como medicação intracanal para raízes de dentes humanos previamente seccionadas e instrumentadas padronizadamente. Selou-se a entrada dos canais com amálgama após inserção das medicações, mantendo-se as raízes imersas individualmente em solução de cloreto de sódio tamponada em pH=7 a 37ºC em estufa, realizando-se medições do pH nos tempos experimentais de 1 hora, 1 dia, 7 dias, 15 dias e 30 dias. Através de análises das diferenças estatísticas significantes verificou-se que a solução anestésica como veículo tanto do hidróxido de cálcio como do hidróxido de alumínio conseguiu manter constante o pH. O hidróxido de cálcio, independente do veículo, manteve o pH elevado, apresentando diferença estatística significante apenas no tempo experimental de 30 dias, além de ter sido mais eficaz que o hidróxido de alumínio durante todo o período do estudo.

B073

Análise de marcas de água sanitária e indicações para uso endodôntico.

C.M.M.SOARES MARTINS*. M. S. CABREIRA

Centro de Estudos, Odontoclínica Central do Exército, RJ - (021) 254-2322

O objetivo deste estudo foi analisar a viabilidade do uso da água sanitária na terapia endodôntica. Dezoito amostras foram analisadas, sendo seis marcas comerciais diferentes e três lotes de cada.As marcas estudadas foram: Ajax, Brilhante, Brilux, Clorox, Q-Boa e Super-Globo.Os seguintes componentes foram analisados: teor de cloro ativo, teor de hipoclorito de sódio, alcalinidade cáustica ( em NaOH ), alcalinidade por carbonato de sódio ( em Na2CO3 ), pH da solução mãe e pH da solução diluída a 1%. Os resultados foram analisados seguindo as normas especificadas na Portaria n. 89 (de 24/08/94), da Secretaria DE Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, que regulamenta a fabricação de água sanitária. Os resultados mostram que, com exceção de duas marcas comerciais, não houve diferença significativa na composição das amostras e que a diferença maior se encontra nos valores de hidróxido de sódio (NaOH), que pode ter valor significativo com relação à toxidade da solução e à sua estabilidade e capacidade de liberar cloro nascente. Com as análises apresentadas pode-se concluir que algumas marcas comerciais de água sanitária podem ser uma alternativa viável para uso endodôntico, como soluções irrigadoras.

B074

A radiografia digital na Endodontia.

H. DAVIDOWICZ, A. F. G. CUSTÓDIO*, A. A. M. MOURA

Departamento de Endodontia - Universidade Paulista - (011) 822-2356             

O tratamento endodôntico caracteriza-se por diferentes fases podendo estas ser comparadas aos elos de uma corrente, isto é, ocorrendo o fracasso em uma das fases todo o tratamento fica comprometido. A odontometria constitui-se no momento da determinação da área de trabalho do endodontista que deve se ater ao interior do conduto radicular, nunca ultrapassando o c.d.c. Para esta etapa os aparelhos eletrônicos, diferentes cálculos matemáticos associados à imagem e outras técnicas radiográficas como a radiografia digital, são de grande ajuda. É objetivo do presente estudo a observação da mensuração do conduto radicular através da radiografia digitalizada pelo sistema SCHICK(tecnologies inc.) em relação ao método matemático/radiográfico periapical segundo PAIVA e ANTONIAZZI. Foram selecionados vinte elementos dentários unirradiculares devidamente montados em um manequim modelo L.C.PARDINI(Sem Limites). Após o isolamento absoluto conduziu-se as cirurgias de acesso, esvaziamento parcial do conteúdo endodôntico com auxílio de limas e hipoclorito de sódio a 1% com final irrigação do conduto. A odontometria foi conduzida segundo PAIVA e ANTONIAZZI com posterior comparação às medidas fornecidas pela radiografia digital SCHICK(tecnologies inc.).Através da análise das mensurações obtidas constatou-se ter a radiografia digitalizada uma maior acuracidade em relação ao comprimento real do dente de 23% quando comparada a odontometria pela técnica de PAIVA e ANTONIAZZI. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas frente aos testes Wil Coxon e Análise de variância Frilman. A técnica radiografica digital mostrou-se mais rápida devido a simplicidade de passos técnicos e reduziu a exposição do paciente à radiação cerca de 60% menos que a técnica periapical, bem como com maiores detalhes anatômicos.   

B075

Análise comparativa in vitro de duas técnicas de preparo cervical.

T. GUIMARÃES *, T. COUTINHO, R. KREBS, G. DE DEUS, R. GALINDO

Departamento de Clínicas Cirúrgicas. FO-UERJ - (021) 284-9910

O preparo dos dois terços cervicais de raízes achatadas foi avaliado após a utilização de duas diferentes técnicas de instrumentação rotatória. Para tal, foram selecionadas 20 raízes mesiais de molares inferiores com  curvatura variando de moderada a severa. Os dentes, com os acessos coronários já realizados, foram incluídos em blocos de resina com guias metálicas ajustáveis e seccionados 3mm abaixo da bifurcação das raízes, através de um cortador de tecido duro de precisão. A superfície exposta, após o corte, foi registrada no computador, através do Sistema de Análise de Imagens, com o intuito de avaliar a espessura radicular entre os canais mesiais e a parede distal da raiz mesial, assim como a área dos canais mesiais. Após a leitura, os segmentos foram colocados, através das guias, na posição original. Para o preparo dos canais, foi feito um alargamento inicial até a lima K #15.No canal mésio-vestibular foram utilizadas as brocas de Gates-Glidden (GG4,GG3,GG2) e no mésio-lingual, utilizou-se o Orifice Shaper (4,3,2,1) e procedeu-se nova leitura. A análise estatística dos resultados, utilizando previamente o teste de Smirnov-Kolmogorov e, em seguida, a análise de variância (ANOVA), demonstrou que a diferença não foi significante (p›0,05) para a espessura entre os canais e a parede distal da raiz mesial, sendo significante para a medidas das áreas dos canais mesiais. A espessura remanescente entre os canais mesiais e a furca encontrava-se de acordo com as medidas de segurança. Concluiu-se que a broca de Gates-Glidden proporcionou maior alargamento cervical dos canais, sendo tão segura para a instrumentação quanto o Orifice Shaper. A quantidade de tecido dentário desgastado pelos 2 instrumentos foi maior em direção à furca sem, no entanto, provocar danos à estrutura radicular. 

B076

Análise clínico-radiográfica da presença de ramificações radiculares visualizadas após tratamento endodôntico.

I.QUADROS*, R.NAKAGAWA, A.A.ZAIA, B.P.F.A.GOMES

Endodontia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba- FOP-UNICAMP - (019) 430-5215

O tratamento endodôntico tem como objetivo a descontaminação dos canais radiculares por meio do preparo químico-mecânico e sua completa obturação. Entretanto, isto nem sempre é totalmente alcançado na clínica devido as complexidades anatômicas de muitos canais radiculares e conseqüente limitação no acesso pelos instrumentos, irrigantes, medicamentos intracanal e materiais obturadores. O objetivo deste trabalho foi investigar clínica-radiograficamente a presença de ramificações dos canais radiculares visualizadas após o tratamento endodôntico. Foram analisados  305 casos de tratamentos endodônticos realizados pelos alunos do 4o ano da Faculdade de Odontologia de Piracicaba –UNICAMP no ano de 1998. Os dentes foram instrumentados segundo a técnica híbrida preconizada por Valdrighi et al. (Leonardo, M. R. & Leal, L. M. Endodontia Tratamento de canais radiculares 2ed., São Paulo, Editora Média Panamericana, 1992), tendo como irrigante o NaOCl 0,5% . Os canais foram obturados com a técnica de condensação lateral. Canais acessórios foram demonstrados em 4,9% (n=15) do total da amostra, sendo que os dentes mais envolvidos foram os pré-molares (n=5/80), molares (n=4/118), incisivos (n= 4/75) e caninos (n=2/32). Estudos anteriores in vitro da mesma equipe detectaram a presença de 60% de canais laterais nos 30 molares inferiores investigados. Canais do tipo interconduto foram encontrados em 6,6% dos casos e deltas apicais em 25,8%. Concluímos que a presença de canais acessórios detectada clinicamente é menor do que a constatada em estudos in vitro. Além disso, a presença de tais canais enfatiza a necessidade de preparo químico-mecânico e de obturação adequados dos canais principais, de maneira que, por extensão, estas ramificações possam ser seladas.  

(FAPESP 96/05584-3 e 98/11631-0)

B077

Avaliação “in vitro” do índice de fratura de limas profile.    

A.O. BRITTO*, T. C. A. BERLINCK, T. COUTINHO FILHO,K. R. C. DIAS

Dep. Procedimentos Clínicos Integrados- FO-UERJ Tel: 587-6373  Fax: 587-6382

A utilização segura de sistemas rotatórios de níquel-titânio tem mobilizado diversos pesquisadores, motivando a realização de vários estudos como o de CAYÒN, M.R. et al. J. ENDOD. 23,6:383-386,1997 e o de DIETZ et al. J. ENDOD. 24,4:273,1998.Como não há nenhuma recomendação oficial do fabricante quanto ao número máximo de utilizações das limas do sistema ProFile de Taper.04, este trabalho buscou testar o limite de fadiga para fratura , desse material, com o intuito de colaborar com a segurança na utilização. Foram formados 4 grupos destinando-se uma caixa de limas sortidas (nº 2 ao nº 7) para cada grupo, sem se pré-estabelecer o número de dentes para cada grupo. Foram utilizados os canais mésio vestibulares de molares inferiores. O sistema foi utilizado com o motor trabalhando em 150 rpm. A seqüência de utilização foi estabelecida seguindo as orientações de um vídeo instrucional fornecido pelo fabricante, sendo ela: 4-5-3-2-3-4-5-6, contando-se uma utilização a cada vez que o instrumento era inserido na seqüência. Cada grupo de limas foi utilizado até que uma lima do conjunto sofresse fratura. Anotava-se então, o número de utilizações daquele instrumento até a ruptura. Um instrumento (lima nº 3) fraturou durante a 10ª utilização (5º canal), dois instrumentos (limas nº 4 e nº 5) fraturaram durante a 26ª utilização (13º canal) e um instrumento (lima nº 5) durante a 34ª utilização (17º canal). Obteve-se como um bom limite para a utilização o valor inferior a 26ª utilização, o que corresponde a instrumentação de 12 canais com o mesmo grupo de instrumentos.

B078

Estudo comparativo da ação de limas manuais de aço inoxidável e níquel-titânio em relação ao transporte apical.

A. J. A. PEREIRA*, R. A. S. FIDEL, S. R. FIDEL, P. A. EGREJA

Departamento Proclin - Faculdade de Odontologia - Uerj - Rio de Janeiro - (021) 295-8890

O objetivo do presente trabalho foi comparar a ação de limas manuais de aço inoxidável e de níquel-titânio com relação à promoção de transporte apical em canais mesio-vestibulares de molares superiores extraídos. Trinta molares superiores extraídos com curvatura dos canais mesio-vestibulares variando de 23º a 29º (método de Schneider) foram selecionados para este estudo. As raízes foram divididas aleatoriamente em dois grupos de quinze cada um: grupo I (limas de aço inoxidável Flexofiles – Maillefer, Milford, E.U.A.), grupo II (limas de níquel-titânio SureFlex – Maillefer, Milford, E.U.A.). Foi empregada a técnica da dupla exposição radiográfica das imagens para avaliar a ocorrência de transporte apical após a instrumentação com emprego de limagem circunferencial pela técnica step-back, até o instrumento memória nº 25. Embora a ocorrência de transporte apical tenha sido maior nos canais do grupo I, a diferença não foi estatisticamente significativa. (Teste de Fisher ) (p>0.05)

B079

Descontaminação química de cones de guta-percha com várias soluções de hipoclorito de sódio.

K.C.CARVALHO*, B.P.F.A.GOMES, C.C.R.FERRAZ, F.B.TEIXEIRA, F.J.SOUZA-FILHO.

Endodontia. Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP - (019) 430-5215

Um dos objetivos principais do tratamento endodôntico é reduzir o número de microrganismos do canal radicular. Todo o cuidado deve ser tomado para impedir a contaminação dos instrumentos ou materiais obturadores pelo operador, como também impedir com que instrumentais contaminados entrem no canal radicular. Cones de guta-percha são frequentemente contaminados pelo operador durante o uso. Os objetivo deste estudo foram: a) investigar a efetividade de várias soluções de hipoclorito de sódio (NaOCl) em desinfetar cones de guta-percha artificialmente contaminados, e b) determinar o periodo ótimo de imersão necessário para atingir este efeito. Cones de guta-percha foram contaminados com culturas puras de B. subtilis, C. albicans, S. aureus, E. faecalis and S. sanguis. Os cones foram então imersos em 7 ml de uma das 5 concentrações de NaOCl utilizadas (0,5%; 1%; 2,5%; 4%; 5,25%) por diferentes períodos (45 s; 1, 3, 10, 15, 20, 30 e 60 min). Eles foram transferidos para tubos contendo BHI + 0,6% de tiosulfato de sódio, agitados, subtransferidos para tubos de BHI, incubados a 37oC e observados diariamente para verificação de crescimento microbiano durante 7 dias. Todas as culturas foram subcultivadas em agar sangue de carneiro e testadas quanto a pureza através da morfologia do Gram e produção de catalase. Todos os testes foram feitos em triplicatas e foram usados controles negativos (BHI + cones estéreis) e positivos (BHI + cones contaminados).Todos os organismos não cresceram a partir de 45 s de exposição ao NaOCl a 5,25% e a partir de 60 min de exposição ao NaOCl a 0,5%. Os testes microbiológicos indicam que o NaOCl é um metodo efetivo de descontaminação dos cones de guta-percha e o periodo de imersão necessário para atingir este efeito é inversamente relacionado ao aumento da concentração. (FAPESP 96/05584-3)

B080

Avaliação da eficácia da radiografia na obtenção da odontometria. Estudo “in vitro”.

ARAÚJO, C.R.*; SAÚDE, S.; FILHA, M.C.       

Departamento de Saúde - UE de Feira de Santana -  (079) 972-0762

O objetivo deste estudo foi avaliar “in vitro” a efetividade da radiografia quando da realização da odontometria, utilizando a comparação da imagem radiográfica com a situação real do dente. Sessenta dentes unirradiculares foram coletados e realizou-se a cirurgia de acesso à câmara pulpar sendo uma lima K introduzida nos canais radiculares, ultrapassando o forame apical. Realizou-se tomadas radiográficas do conjunto lima - dente, utilizando a técnica do parale-lismo para que pudesse ser comparada a situação real da extremidade da lima ( além do ápice ) com a situação radiográfica da lima ( além, no limite ou aquém do ápice ). Os resultados mostraram que 50% da amostra apresentou radiograficamente a extremidade da lima aquém ou no limite do ápice, logo pode ser concluído que, na análise estatística, o estudo radiográfico foi, significativamente diferente do real.

 

Unitermos: Odontometria – Comprimento de Trabalho – Radiografia.

B081

Cárie de mamadeira. Prevalência em áreas com e sem fluoretação da água de consumo.                          

J.M.L. OLIVEIRA, R.S. VIEIRA, I.C.S.ALMEIDA*, S.F.T. FREITAS.

Departamento de Estomatologia. Disciplina de Odontopediatria.UFSC (048) 331-9920

O objetivo deste trabalho foi o de verificar a prevalência da cárie de mamadeira e  índice ceo em crianças de 13 a 48 meses de idade, de áreas com e sem flúor na água de abastecimento público, da cidade de Florianopólis. Foram examinadas 550 crianças, destas 380 de creches localizadas em áreas com flúor na água de abastecimento e 162 de creches localizadas em áreas não fluoretadas . Foram diagnosticadas 21 crianças como portadoras de cárie de mamadeira, perfazendo um percentual de 3,81%, sendo 10 pertencentes à região fluoretada e 11 pertencente à região não fluoretada. As 10 crianças com cárie de mamadeira das regiões com flúor apresentaram um ceo médio de 8,60 e as 11 crianças das regiões sem flúor apresentaram um ceo médio de 7,18. Para as crianças de 13 a 24 meses, o ceo encontrado foi de 0,2, para as crianças de 25 a 36 meses o ceo foi de 0,77 e para as crianças de 37 a 48 meses, 1,93. Estes dados submetidos ao teste T de Student, mostraram não haver diferença estatisticamente significante  na prevalência da cárie de mamadeira e no índice ceo nas regiões com e sem flúor. Os resultados nos levam a concluir que os maus hábitos alimentares e de higiene bucal estão relacionados no estabelecimento da doença e que o flúor parece não desempenhar papel fundamental na prevenção da cárie de mamadeira.

B082

Fluxo e pH salivar de indivíduos submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço.

 A. A. S. LIMA*, M. A. Z. FIGUEIREDO

Doutorado em Estomatologia Clínica/FOPUC-RS (051)339-1322 r. 2554 - adillima@zipmail.com.br

Um dos grandes problemas para os indivíduos submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço é o desenvolvimento de xerostomia pós-radiação. Quando esta ocorre, há um comprometimento da fisiologia bucal tornando o indivíduo mais suscetível  às infecções e à doença cárie. O presente estudo objetivou acompanhar o comportamento da velocidade do fluxo salivar mecanicamente estimulado (VFSE) e o pH da saliva total em um grupo de 42 indivíduos portadores de câncer bucal e que receberam tratamento radioterápico padronizado. Seis amostras de saliva total foram coletadas de cada indivíduo, sendo a primeira antes do início do tratamento; a segunda quando o paciente recebera a dose de 1500 cGy; a terceira após a última sessão de radioterapia e as três últimas em intervalos subseqüentes de 2 meses. Os resultados demonstraram que os indivíduos sofreram uma diminuição de 50% na VFSE ao receberem a dose de 1500 cGy, o que representa cerca de ¼ do tratamento recebido. Ao término da radioterapia, a VFSE média era de 0,33±0,185ml/min e seis meses depois 0,20±0,208ml/min, na qual figuram, respectivamente, uma perda em torno de 64 e 78% dos valores normais (ANOVA, teste de Tukey P<0,05). Já o pH salivar também sofreu uma discreta diminuição em função do tratamento empregado. O pH médio antes do tratamento era 7,6±0,6 reduzindo-se a 6,8±0,5 por até 6 meses depois (ANOVA, teste de Tukey P<0,05). Baseados nestes resultados, concluímos que a saliva dos indivíduos irradiados na região de cabeça e pescoço sofre alterações qualitativas e quantitativas, o que os  tornam pacientes especiais e merecedores medidas profiláticas redobradas.

B083

Correlação epidemiológica de prevalência de cárie entre mães e bebês.

M.S. BENEDETTO*, C.G.D.C. ZARDETTO, M.J.S. BÖNECKER, M.A.C. BARRETO, M. S N.P. CORRÊA 

Dept. Ortodontia e Odontopediatria FOUSP- SP tel./fax 5511 8187854

A proposta do presente trabalho foi avaliar a correlação da prevalência de cárie dentária e necessidade de tratamento dental materno-infantil. Foram realizados exames clínicos intra-bucal, de acordo com os critérios estabelecidos pela OMS, em 100 pares mãe/bebê atendidos no Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário da USP-SP. As mães possuíam em média 28 anos de idade e os bebês 18 meses. Os índices epidemiológicos utilizados foram o CPOD para as mães e ceod para os bebês, e os valores médios obtidos foram respectivamente 15.2 (desvio padrão 6.8), e 0.6 (dp.1.3). As 59 mães e 20 bebês que apresentaram um ou mais dentes com lesão de cárie ativa foram considerados com necessidade de tratamento dental e possuíam em média 3 dentes acometidos. O ceod dos bebês de mães que possuem necessidade de tratamento (0.78) foi o dobro do ceod encontrado em bebês de mães que não possuem necessidade de tratamento (0.39). A criança a qual a mãe possui uma atividade fora do lar está mais protegida contra atividade de cárie, ou seja, tem 3 vezes mais chance de não ter cárie quando comparada à criança que a mãe não possui um emprego. Outros fatores como idade e higiene bucal materna, não foram significantes. Apesar de não haver correlação estatística entre mãe e filho quanto a prevalência e necessidade de  tratamento de cárie, (p=0.387), os resultados mostraram que do ponto de vista epidemiológico, há uma tendência da mãe que apresenta necessidade de tratamento o filho também apresentar.

B084

Substituto salivar em pacientes aerostômicos com Síndrome de Sjögren Primária.

M. R. ALVES *,D. MIGLIARI, E. BIRMAN, W. MESSINA.

Dep. Estomatologia (FOUSP) e  Clínica de Reumatologia - HC-FMUSP - damiglia@siso.fo.usp.br

Baseando-se nas alterações bucais causadas pela xerostomia severa, desenvolvemos um estudo clínico-terapêutico em 21 pacientes xerostômicos, portadores da Síndrome de Sjögren primária, diagnosticados segundo o critério da Comunidade Européia. O objetivo foi avaliar, por método simples cego, a resposta clínica do uso de substituto salivar (gel umidificante oralbalance**) frente aos sintomas de xerostomia e ardência e às funções de mastigação e deglutição. A metodologia adotada envolveu, numa primeira etapa, a utilização por 90 dias do gel oral, que, em seguida,  foi substituído pelo gel placebo de idêntica apresentação e usado por igual período. Tanto no período do gel oral como no gel placebo, o fluxo salivar, medido pela saliva total estimulada (ácido cítrico a 2%), foi avaliado. Os resultados mostraram que o gel oral não interferiu no fluxo salivar e não houve diferença significativa com o gel placebo (p = 0,806 - teste de Levene). Os  pacientes relataram melhora nos sintomas   de   xerostomia (p < 0,10) e de ardência (p < 0,05), e também  nas funções de mastigação  (p < 0,05) e  deglutição  (p < 0,05 - teste de Mc Nemar). Os resultados permitem concluir que o gel umidificante oral avaliado apresenta propriedades terapêuticas importantes produzindo alívio de sintomas associados à xerostomia crônica e severa, como se observou no grupo de pacientes avaliados.

 

* Bolsista CAPES

 

** Oralbalance, Laboratórios Laclede de Pesquisa Científica, Gardena, Califórnia, USA.

B085

Incorporação de fluoreto por esmalte humano adjacente ao Dyract- Estudo in situ.

M. MONICO*; M. TOSTES.

Disciplina de Odontopediatria – FO-UFF, Niterói, RJ - (021) 609-9673

O objetivo deste trabalho in situ foi avaliar o potencial do compômero Dyract (Dentsply) na prevenção da desmineralização do esmalte. Foram utilizados 10 terceiros molares humanos hígidos, extraídos por razões clínicas, divididos em 4 fragmentos (4 grupos), pertencentes ao 1/3 médio das coroas dentárias, onde canaletas, com brocas #229, foram preparadas e posteriormente restauradas da seguinte forma: Grupo 1- Dyract com condicionamento ácido de esmalte e dentina (DYR AA); Grupo 2- Dyract sem condicionamento ácido (DYR); Grupo 3- TPH; e Grupo 4- controle. Os materiais foram manipulados segundo as recomendações do fabricante, e o adesivo utilizado para todos os grupos foi o Prime & Bond 2.1 (Dentsply). Após permanecerem por 30 dias em dispositivos intra-orais, utilizados por 10 voluntários, análise de dureza foi realizada ao longo da interface dente/ restauração (corte longitudinal). Os valores de dureza foram, então, convertidos em volume de mineral (Featherstone, 1983), e posterior teste t pareado foi aplicado para as distâncias de 20, 50, 75, 100, e 150µm da superfície externa do esmalte; para as distâncias de 50 e 100µm da interface dente/ restauração foi aplicada a análise de variância ANOVA e o teste t Bonferroni. A perda total de mineral foi comparada ao grupo controle. O Dyract, aplicado com ambas as técnicas, foi capaz de inibir a desmineralização do esmalte, adjacente às restaurações, quando comparado ao TPH. O DYR foi mais efetivo do que o DYR AA nas análises a 20, 50, e 100µm da superfície externa do esmalte.

B086

Efeito do tratamento crônico com isoproterenol sobre a atividade NADPH-diaforase nas glândulas salivares de ratos.

R. V. Guarnieri* ,  E. A. Del Bel

Fisiologia, FORP-USP (016) 602-4050

A enzima Sintase do Óxido Nítrico (NOS) está presente  nos núcleos dos nervos responsáveis pelo controle da salivação, assim como nas glândulas salivares. Neurônios que contém a enzima NOS são idênticos àqueles que coram-se para NADPH-d sendo um marcador histoquímico da NOS. O tratamento crônico com isoproterenol (IPR) em ratos tem efeito sialadenotrófico nas glãndulas salivares submandibular (SMG) e parótida (PTG). Este estudo analisa a presença de NADPH-d  nas glândulas salivares maiores de ratos,  controle e tratados cronicamente com IPR. Foram utilizados ratos Wistar machos (130-150 kg), divididos em grupo controle (n=6, salina  s.c., duas vezes por dia durante 8 dias), e o grupo teste (n=7, IPR 10mg/kg, s.c., duas vezes por dia durante 8 dias). As glândulas salivares foram retiradas, pesadas, fixadas em PFA4% tamponado, por 2 horas e crioprotegidas em sacarose 30%/PB por 24 horas e congeladas, sendo cortadas em criostato. Observamos um aumento de peso de 160% na SMG (teste T, p< 0,001) e 282% para PTG (teste T, p<0,001). A glândula sublingual (SLG- teste T,  p= 0,534) não sofreu alteração de peso. Os ductos salivares apresentaram-se corados em azul para a atividade NADPH-d e foram quantificados manualmente em cada glândula. Observamos uma diminuição do número de ductos, na PTG (p< 0,001), SMG (p=0,029) e SLG (p= 0,039 (Teste-t). Este estudo corrobora a  participação do NO no controle fisiológico da secreção salivar.

 

Apoio financeiro: FAPESP, CNPq.

Apoio Técnico: CA da-Silva EC Zieri and S Saltareli e F Pitta.

B087

Efeitos do laser de Nd:YAG sobre a dentina de dentes decíduos.

S.I. MIYAKI*, I. WATANABE, E.Y. TANJI, C.P. EDUARDO.

Disc. Odontopediatria e Dpto. Dentística - FOUSP - Depto. Anatomia - ICB USP. Tel: (011) 818 7835.

O objetivo deste estudo in vitro foi de avaliar ao microscópio eletrônico de varredura, os efeitos da irradiação do laser de Nd:YAG pulsado sobre a dentina de dentes decíduos. Foram utilizados quinze segundos molares decíduos inferiores que tiveram a face lingual desgastada com profundidade aproximada de 1,3 mm para exposição da superfície dentinária. As amostras foram divididas aleatoriamente em três grupos: G1 (n=5): não recebeu tratamento e serviu como controle; G2 (n=5): as amostras receberam a irradiação do laser de Nd:YAG com potência média de 0,6 W, freqüência de 15 Hz, 40 mJ de energia por pulso e densidade de energia de 57 J/cm2; G3 (n=5): irradiação do laser de Nd:YAG com potência média de 1,0 W, freqüência de 10 Hz, 100 mJ de energia por pulso e densidade de energia de 141 J/cm2. Nos grupos 2 e 3, a irradiação foi realizada numa área de 3mm de largura por 2 mm de altura, que foi pintada com tinta nanquim, iniciadora de absorção. Todas as amostras foram desidratadas em álcoois, cobertas com ouro e examinadas ao microscópio eletrônico de varredura. Observou-se que as amostras não irradiadas (G1) apresentaram a superfície dentinária coberta pela smear layer. Já as amostras que sofreram a irradiação do laser de Nd:YAG (G2 e G3), apresentaram os túbulos dentinários abertos com evidências de fusão e recristalização da dentina, sendo estas mais nítidas no G3. Dentro da metodologia empregada, concluiu-se que a irradiação do laser de Nd:YAG pulsado pode remover a smear layer e modificar a morfologia da superfície dentinária de dentes decíduos.

B088

Avaliação de bochechos fluoretados preparados por farmácias de manipulação.

C. N. PIEROBON*, C. M. TABCHOURY, J. A. CURY.

Depto Ciências Fisiológicas, FOP – UNICAMP. jcury@fop.unicamp.br

Produtos odontológicos para prevenção preparados por farmácias de manipulação têm adquirido grande representatividade, porém seu preparo correto é questionável, considerando concentração adequada do princípio ativo e reatividade. No presente trabalho foram avaliados bochechos fluoretados (BF) contendo NaF a 0,05%, adquiridos em 06 farmácias de manipulação da cidade de Piracicaba, SP. Os BF foram codificados como A, B, C, D, E, F e comparados a uma solução preparada no laboratório de Bioquímica Oral da FOP-UNICAMP (lab). A concentração de flúor (F) foi determinada utilizando-se eletrodo específico acoplado a um analisador de íons previamente calibrado com padrões de 1 a 10 µg F/ ml. A reatividade dos BF foi determinada utilizando-se 12 blocos de esmalte dental bovino com lesão artificial de cárie, para cada tratamento, os quais ficaram sob agitação por 30 min. com 20 ml de cada BF. Como controle foi utilizada água destilada deionizada (ADD). Flúor formado foi determinado removendo-se camadas de esmalte com HCl 0,5 M seguido de análise com eletrodo específico. A espessura da camada de esmalte removida foi determinada pela dosagem colorimétrica de fósforo. Os resultados de µg F/ml nas soluções A, B, C, D, E, F e lab foram respectivamente: 40,76; 233,33; 223,65; 228,87; 231,53; 209,47; 223,65. Os resultados (média±dp) de F formado no esmalte (µg/g) na 1a camada a 9,44±2,35µm da superfície dos blocos tratados com ADD e as soluções A, B, C, D, E, F, lab foram respectivamente: 663,92±276,35a; 2707,23±546,88b; 4781,70±923,82c; 2948,16±420,72b; 3551,73±693,04bd; 2912,10±454,04b; 4142,90±758,26cd; 3493,71±681,21bd. Médias seguidas de letras distintas diferem estatisticamente (p<0,05). Os resultados sugerem que existem diferenças nos bochechos fluoretados adquiridos com relação à concentração e reatividade do flúor.

FAPESP-Proc.98/11657-9

B089

Efetividade do diagnóstico ”in vitro” da lesão proximal em dentes permanentes.

A. D.LOGUERCIO; R.MICHELOTTO*; M.PORTOLAN; A.V.MASIERO; A. N. BARBOSA; A. R. ROMANO 

UFPEL, RS * anaromano@uol.com.br

A conformação anatômica da estrutura dentária e localização no arco dificultam o diagnóstico e o planejamento correto de tratamento para as superfícies proximais posteriores. Assim, nos propusemos avaliar a efetividade “in vitro” do exame clínico criterioso (EC) associado ao exame radiográfico interproximal (RX) e também a separação temporária (ST) para diagnosticar presença de lesão em dentina e de cavitação na superfície proximal. Foram selecionados 48 sítios de 24 pré-molares humanos provenientes de um banco de dentes, montados em manequins articulados e fixados na cadeira odontológica simulando a situação clínica. Os exames  foram conduzidos utilizando critérios pré-definidos, na seqüência dos métodos, por quatro examinadores calibrados, alunos de Pós-Graduação em Dentística, Após, os sítios foram seccionados, avaliados na lupa estereoscópica (10X) e fotografados. Comparando os dados do diagnóstico com o “Padrão Ouro”, a sensibilidade/especificidade média para detectar lesão em dentina foram, respectivamente de, 0,59/0,93 para o EC,  0,64/0,88 para RX e 0,60/0,83 para ST. Quanto a presença de cavidade foram de 0,81/0,81 para EC, 0,88/0,71 para RX e 0,88/0,75 para ST. Nas duas situações os valores não foram estatisticamente significante. De acordo com a metodologia utilizada, podemos concluir que o EC complementado ou não pelos métodos RX e ST  substimaram o número de lesões proximais que acometiam  dentina. No entanto, mostraram a grande maioria das lesões com presença de cavidade, importante no planejamento de tratamento para esta superfície. Mais estudos devem ser conduzidos visando melhorar o diagnóstico, evitando assim, sobretratamentos invasivos.

Apoio FAPERGS e CAPES

B090

Comparação: Duraphat X Bioride sobre contagem S. mutans na dentição decídua.            

M. MOREIRA*, E. COLLINA, D. BARBOSA

Departamento de Odontopediatria - Universidade de Garulhos - (011) 5512-7228

Vários estudos têm relatado correlação entre a prevalência de cárie nas dentições decídua e permanente. KLOCK & KRASSE, J. Dent. Res., 64: 1985 e ALALUUSUA et al.,Pediatric Dent., 9:126-130, 1987 consideram a contagem de Streptococcus do Grupo Mutans (S. Mutans) para indicar a atividade de cárie determinada pela população infantil. O objetivo do trabalho é comparar a ação do Verniz Fluoretado (Duraphat) e do Diamino Fluoreto de Prata 12% (Bioride) sobre a contagem de S. Mutans na dentição decídua, após uma  única aplicação. Foram selecionadas 30 crianças, nas idades entre 3 e 5 anos, dentição decídua, ambos os sexos, nível sócio-econômico médio-alto que, com  a aprovação da Comissão de Bioética, foram divididas em dois grupos de 15 crianças. Após a limpeza profissional com escova dental infantil, pasta profilática e fita dental, cada grupo recebeu aplicação tópica de uma das substâncias através de hastes flexíveis com pontas de algodão em campo seco com gaze, sob luz ambiente e isolamento com roletes de algodão. Foram efetuadas duas coletas de saliva e respectiva contagem de UFC de S. Mutans/mL de saliva, uma antes da aplicação e a outra após uma semana. Verificou-se uma diminuição acentuada na contagem final do grupo que recebeu Bioride. Pelo Teste de Hipótese realizado, o tratamento com Bioride na intenção de reduzir o número de UFC de S. Mutans/mL de saliva, nesta amostra, mostrou-se mais eficiente (a= 0,05).O potencial bactericida do Bioride parece ser melhor, sendo, portanto, o mais indicado para a prevenção e sobretudo para o tratamento de crianças com alta atividade de cárie e dentição decídua, devendo ser reconsiderado como um material de eleição em Odontopediatria, principalmente em Saúde Pública.  

B091

Efeito do peróxido de carbamida a 10% sobre a microdureza do esmalte em função do tempo de clareamento. 

J. A. RODRIGUES*, R. T. BASTING, A. L. RODRIGUES Jr., M. C. SERRA

FOP/UNICAMP – FOAr/UNESP - Fone: (019) 430-5340  

O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a microdureza do esmalte dental humano submetido ao clareamento com peróxido de carbamida a 10% em função do tempo. Dois materiais clareadores foram analisados: Rembrandt/Den-Mat Corporation (REM) e Opalescence/Ultradent (OPA). Os géis clareadores foram aplicados diariamente sobre fragmentos de esmalte durante 8 horas, mantendo-os em saliva artificial por 16 horas. O grupo controle (CON) foi constituído por fragmentos de esmalte armazenados em saliva artificial. Ensaios de microdureza foram realizados antes e após 1, 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias do início do clareamento. A Análise de Variância, seguida do teste de Tukey, mostrou diferenças significativas de dureza (a<0,00001) do sétimo ao quadragésimo segundo dias.

                          0d                          1d                          7d                          14d                          21d                          28d                          35d                          42d            

REM                   222,55a                                 218,81a                          177,34a                          165,99a                          162,10a                          134,33a                          122,31a                          130,76a            

OPA                   224,13a                                 239,82a                          303,64b                          287,36b                          303,15c                          279,45c                          272,60c                          255,41b            

CON                   217,55a                          233,65a                          219,52a                          204,14a                          222,70b                          216,91b                          208,68b                          215,89b            

O método da regressão polinomial mostrou um aumento da microdureza do esmalte tratado com Opalescence até o vigésimo primeiro dia, seguido por uma diminuição até o quadragésimo segundo dia. Para o material Rembrandt, uma diminuição da microdureza do esmalte foi verificada durante todo o período. Alterações da microdureza do esmalte dental humano submetido ao clareamento com peróxido de carbamida a 10% foram observadas em função do tempo, mostrando a necessidade da correta seleção do material clareador. Apoio da FAEP – Processo nº 209/98

B092

Potencial cariogênico de diferentes tipos de leite.

R. C. R. PERES*, L. C. COPPI, P. L. ROSALEN, E. M. FRANCO, M. C. VOLPATO, A. R. HECK

Dept. de Ciências Fisiológicas, FOP - UNICAMP. Tel/Fax 55-19-430-5308/430-5218.

O objetivo do trabalho é avaliar a cariogenicidade de diferentes tipos de leite, utilizando modelo animal de cárie sujeito a um alto desafio cariogênico. O experimento foi realizado utilizando 70 ratas Wistar spf livres de estreptococos mutans. Os animais foram infectados com Streptococcus sobrinus 6715 e receberam dieta 2000, água com sacarose à 5% ad libitum, à fim de estabelecer a infecção pelo microrganismo. Aos 25 dias de idade, os animais foram submetidos à cirurgia de dessalivação. Os ratos foram divididos em 7 grupos que receberam ad libitum: (1) água destilada esterelizada; (2) leite bovino; (3) leite humano; (4) Nan IIâ; (5) Nestogeno IIâ; (6) Ninho em crescimentoâ; (7) água com 5% de sacarose. Os grupos controles (1 e 7) receberam dieta essencial NCP#2, duas vezes ao dia, por sondagem estomacal. O consumo de líquidos consumido foi registrado diariamente e os animais foram pesados ao final de cada semana. Após 21 dias, os ratos foram sacrificados e avaliados quanto a microbiota oral e o índice de cárie pelo método de Keyes. Os resultados foram tratados estatisticamente através da ANOVA e Kruskal-Wallis. Os animais permaneceram saudáveis durante todo experimento e adquiriram peso, exceto o grupo 1. Não houve diferença estatisticamente significante quanto a porcentagem de S. sobrinus entre os grupos 2 a 7 (47-33%), entretanto, foram maiores que o grupo 1 (0,2%; p<0,01). Os índices de cárie de sulco e [superfícies lisas], são os que se seguem: (1) 12,0 ±5,6 [2,3 ±1,2]; (2) 24,0 ±10,4 [3,9 ±3,3]; (3) 29,6 ±6,4 [29,4 ±8,4]; (4) 33,5 ±10,3 [23,0 ±12,0]; (5) 26,6 ±10,9 [19,6 ±17,5]; (6) 25,5 ±9,0 [19,5 ± 14,4]; (7) 47,9 ±7,8 [83,0 ±17,4]. Concluímos que a sacarose foi a mais cariogênica, enquanto o leite bovino o menos cariogênico quando comparado com outros leites estudados, portanto devem ser usados com grande cautela.

Apoio financeiro FAPESP proc. # 9804779-0, CAPES e CNPq

B093

Avaliação da efetividade e correlação de métodos de diagnóstico de lesões cariosas proximais.

S. F. M. GONÇALVES *, M. R. GONÇALVES, V. G. GOUVEIA 

Departamento de Odontologia Infantil e Social. F. O. Araçatuba - UNESP - (018) 620-3235

As lesões cariosas de superfícies proximais se destacam por sua grande incidência, tanto pelo fato da região propiciar o acúmulo de placa bacteriana, quanto pelas dificuldades de higienização e de diagnóstico precoce. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade e a correlação da inspeção visual + sondagem (IV+S), radiografia interproximal (RXI), separação dental + inspeção visual (SD+IV) e separação dental + inspeção visual + sondagem (SD+IV+S) no diagnóstico de lesões cariosas proximais sem e com cavitação. Foram examinadas, por 2 profissionais, 127 superfícies de 27 pacientes de faixa etária entre 4 e 12 anos de idade, utilizando-se os 4 tipos de exames. Como método de validação para lesões cariosas com cavitação foi utilizada a dupla impressão das áreas interproximais com silicona de condensação. Em relação às lesões cariosas sem cavitação, os valores médios de sensibilidade encontrados para os exames de IV+S, RXI, SD+IV e SD+IV+S  foram de 54%, 35%, 99%, e 100%, respectivamente. Em relação às lesões cariosas com cavitação, a sensibilidade foi de 14%, 15%, 16%, e 42%, respectivamente. A correlação entre os métodos de separação dental e a impressão revelaram que de 65 casos, em média, nos quais o método indicou ausência de lesão cariosa, 6 foram diagnosticados como possuindo cavitação pelo método de validação.  Os resultados sugeriram que a utilização da separação dental aumenta a eficácia no diagnóstico de lesões cariosas proximais, e que o método de impressão com silicona pode ser indicado como um método auxiliar definitivo de diagnóstico de lesões com cavitação.

B094

Avaliação do conhecimento de métodos de diagnóstico e terapêutica para superfícies oclusais

F. M. SOUZA*, S. G. BARROS, C. F. BRANDÃO, A. CASTRO ALVES

Departamento de Odontologia Social da Univ. Federal da Bahia. E-mail: alvesac@ufba.br

Este estudo avaliou o conhecimento dos alunos de graduação da Faculdade de Odontologia da UFBa quanto aos métodos de diagnóstico e terapêutica indicados para as superfícies oclusais (SO). Foram aplicados 150 questionários aos alunos do 7o-10o período, constituídos de duas partes: a 1a abordando os métodos viáveis para o diagnóstico e a 2a em que eram questionados com relação a estes métodos e procedimentos clínicos, através da análise de 6 fotografias clínicas. Os dados foram analisados no EPI-INFO 6.02. 141 questionários foram incluídos na amostra. Os resultados demonstraram ser a associação de métodos o meio de escolha no diagnóstico de SO, sendo os exames visual, tátil e radiográfico os mais conhecidos (78,7%). Com relação ao uso da sonda, 27% dos alunos relataram seu uso em SO não cavitadas, enquanto 83,7% relataram usar na presença de cavitações, sendo 95,8% com o propósito de testar a consistência do tecido. Na análise de fotografias clínicas, na ausência de lesão, prevaleceu a associação dos exames visual e tátil (50%). Para os casos das lesões ativas não cavitadas, 49,6% adotariam o método visual, enquanto 31,2% usariam a sonda. Para os casos das lesões cavitadas, a radiografia foi considerada um importante meio de diagnóstico (41,1% e 63,8%). Quando foi analisado o status da SO nas fotografias, houve uma grande concordância com relação ao verdadeiro diagnóstico das SO cariadas e hígidas, a exceção das SO apresentando selamento biológico. Houve uma correlação positiva entre o diagnóstico e a terapêutica indicada pelos alunos para as SO (c2=37,7;p<0,001), exceto para o selamento biológico. Os resultados sugerem a associação de métodos ser a mais utilizada para as SO, sendo a sonda frequentemente utilizada.

Apoio financeiro: CAPES

B095

Avaliação in vitro do Nd:YAG laser na remoção de cárie.

W. H. TIZUKA, E. Y. TANJI*, C. P. EDUARDO

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP - (011) 9155-5816

O objetivo deste estudo foi avaliar em microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura, a possibilidade da remoção seletiva de dentina cariada pela irradiação com o laser de Nd:YAG, utilizando um evidenciador de cárie como iniciador de absorção. Quarenta dentes humanos extraídos, sendo dez íntegros e o restante com dentina cariada, sem comprometimento pulpar, foram utilizados neste estudo dividindo-se em quatro grupos. Grupo 1 – dentina sadia sem nenhum tratamento (controle-dentina); Grupo 2 – dentina cariada sem nenhum tratamento (controle-cárie); Grupo 3 – dentina cariada evidenciada com Seek Caries®-Ultradent; Grupo 4 – dentina cariada não evidenciada. Nos grupos 3 e 4, o tecido cariado foi inicialmente removido com instrumentos cortantes rotatórios, mantendo apenas uma camada final de dentina cariada, sendo em seguida irradiados com 100 mJ de energia, 10 Hz de taxa de repetição e 1 W de potência do laser de Nd:YAG, com a fibra óptica em contato. As observações em microscopia óptica revelaram a presença de tecido cariado nos grupos irradiados com o laser de Nd:YAG. Em microscopia eletrônica de varredura, áreas de dentina fundida e recristalizada foram observadas tanto no grupo 3 com no 4. Os espécimes tratados com o evidenciador de cárie apresentaram maiores superfícies modificadas pelo laser, sugerindo o efetividade do iniciador de absorção; porém a completa remoção da cárie não foi observada neste estudo.

 

Apoio financeiro da FAPESP – Processo 97/04418-5

B096

Comparação in vivo de métodos de diagnóstico de cárie oclusal.

F. M. FLÓRIO*, A. C. PEREIRA, J. A. RODRIGUES, J. C. RAMACCIATO, Y. B. O. LIMA, M. C. MENEGHIM.

Dep. O. Social - FOP/UNICAMP -  019-4305209 apereira@fop.unicamp.br

Este estudo teve como objetivo comparar os métodos de diagnóstico por transiluminação, radiográfico digitalizado interproximal e inspeção visual superfícies oclusais de primeiros molares permanentes, em relação à abertura de cavidade. A amostra foi constituída por 115 crianças,  6-8 anos de idade, sendo examinados um total de 440 dentes. Cada exame foi realizado por um único examinador, previamente calibrado, sendo que o diagnóstico definitivo da decisão de tratamento para a abertura de cavidade foi realizado pelos três examinadores em conjunto. Esta decisão de tratamento teve os seguintes critérios: presença de microcavidade ou cavidade pela inspeção visual ou evidência radiográfica mínima na JAD. Foram abertas 58 superfícies oclusais (13,2%). Os resultados apontam que todas as cavidades diagnosticadas pela inspeção visual se apresentavam em dentina após abertura de cavidade. 69,4 % das microcavidades se localizavam em esmalte, 25,0 % das superfícies oclusais abertas e sem evidência radiográfica apresentavam-se em dentina, enquanto 61,2% das superfície com radiolucência na ½ externa da dentina apresentavam-se em dentina  enquanto que este percentual aumentava para 100 % quando a radiolucência evidenciava ½ interna de esmalte. Do total de superfícies abertas e sem evidência de cárie pelo FOTI, 20,7 % apresentavam-se em esmalte e dentina após abertura de cavidade. Conclui-se que o único critério seguro para decisão de tratamento seria a presença de cavidade, enquanto que a presença de mancha branca junto com, microcavidade podem refletir em um  prognóstico negativo; com relação ao exame radiográfico podemos considerar que radiolucência em dentina pode ser um critério para decisão de tratamento.                        

 Apoio: FAPESP Nº 97/2161-7

B097

Diagnóstico de cárie oclusal utilizando inspeção visual, laser fluorescente e ECM: Reproducibilidade intra e inter examinadores.

A.C. PEREIRA*, E.H. VERDONSCHOT, M.C.D.N.J.M. HUYSMANS.

Departamento Odonto Social, FOP-UNICAMP , Universidades de Nijmegem e Gronigen – Holanda -  019-4305209. apereira@fop.unicamp.br.

O objetivo deste estudo foi avaliar a reproducibilidade  de alguns métodos para o diagnóstico de cárie oclusal e sob condições in vitro comparará-los entre si. Dois observadores conduziram os seguintes exames : Inspeção visual,  ECM (Electrical Conductance Measurements) e DIAGNODENT (laser fluorescente), um instrumento que reporta as medidas da fluorescência de materiais orgânicos em lesões de cárie. Os dados foram coletados de 230 sites oclusais pré definidos  provenientes de 102 molares permanentes extraídos. Anteriormente ao exame todos os sites foram fotografados. Na fase piloto observou-se um erro inter A reproducibilidade intra examinador apresentou valores de correlação de 0,95 e 0,75 para o Diagnodent em relação aos examinadores I e II, respectivamente, e 0,83 e 0,93 para o ECMsurface, enquanto para a inspeção visual observou-se um valor de KAPPA de 0,28 e 0,67. A reproducibilidade interexaminador mostrou valores de correlação de 0,97 e 0,57 para o Diagnodent e o ECM , respectivamente e um valor de KAPPA de 0,44 para a Inspeção visual. As correlações entre as medidas do Diagnodent e inspeção visual foram de 0,25 e 0,16 para ambos os observadores. Os valores das correlações entre o Diagnodent e o ECM foram de 0,13 e 0,17, para os examinadores I e II, respectivamente. Conclui-se que a reproducibilidade dos métodos Diagnodent e ECM foi boa mas a correlação do Diagnodent com outros métodos apresentou valores baixos.

B098

Estudo comparativo de diferentes métodos de diagnóstico de cárie para superfícies proximais de dentes posteriores.

A. C. PEREIRA, F. L. MIALHE*, M. C. GERALDI, M.C. MENEGHIM.

(Dep. de Odontol. Social- FOP/UNICAMP).019-4305209. apereira@fop.unicamp.br.

A diminuição na prevalência de cárie verificada nas últimas duas décadas no Brasil e no mundo tem trazido consigo uma mudança na velocidade e morfologia da lesão cariosa, o que repercute no diagnóstico da cárie dentária que é a chave das decisões de tratamento. O objetivo deste trabalho foi comparar “in vitro” 3 métodos de diagnóstico para superfícies proximais (FOTI, R-X digitalizado e Clínico Visual) em relação ao exame Histológico (“Gold Standard”). Previamente a fase experimental foi realizado um estudo piloto onde houve a calibração dos dois examinadores engajados no estudo. A amostra consistiu de 32 dentes permanentes (pré-molares e molares), os quais foram desinfetados e limpos. Foram escolhidos dois sites em cada dente, um localizado na superfície mesial e outro na distal e todas os sites foram fotografados. Posteriormente foram realizados os três exames (Clínico Visual, FOTI e R-X digitalizado) com intervalo de 5 dias entre os mesmos e finalmente preparadas as lâminas histológicas. Terminada a fase experimental foi realizada a reprodutibilidade do estudo onde se verificou valores de Kappa para os erros inter-examinadores de 0,70 (FOTI), 0,72 (Rd) e 0,67 (Visual), enquanto os valores para o erro intra-examinador foi acima de 0,61. Os resultados mostraram valores de sensibilidade altos para os três exames, ou seja, o FOTI apresentou 0,85, o exame Rd 0,92-0,96 e o Visual 0,87, enquanto verificou-se valores de especificidade de 0,85-0,87 para o FOTI, 0,82-0,84 para o Rd e 0,86-0,91 para o exame visual. Baseado na relação custo-benefício conclui-se que o FOTI podería ser um excelente método auxiliar de diagnóstico para as superfícies proximais de dentes posteriores.

B099

Possível participação da membrana basal no início da formação do cemento em molares de ratos.

S.A. TOMAZELA-HERNDL* & V.E. ARANA-CHAVEZ

Depto. Histologia, ICB/USP, São Paulo, SP. Fone/Fax (011) 818-7308.

Apesar da literatura ser bastante abrangente no que diz respeito ao estudo da origem e constituição do cemento, vários aspectos ainda são duvidosos, sobretudo no que se refere à primeira camada de cemento. Tem sido discutido se a mesma tem origem ectomesenquimal (a partir de células do folículo dentário ou mesmo da papila dentária) ou epitelial (a partir de células da bainha epitelial de Hertwig). Com a finalidade de observarmos a participação da  membrana basal interna (MBi) da bainha foram utilizados molares de ratos com 10-18 dias. Os animais foram divididos em dois grupos com relação à abordagem dos eventos. Um grupo foi preparado para análise imunohistoquímica, com a marcação para laminina e colágeno tipo IV. Outro grupo foi preparado de maneira convencional para observação ultra-estrutural, sendo parte da amostra descalcificada e outra não; nesta, alguns espécimes não foram contrastados. Os espécimes foram observados e fotografados em MET Jeol 1010. A marcação imunohistoquímica revelou a presença tanto de laminina como de colágeno IV na membrana basal interna da bainha mesmo em fase avançada da mineralização dentinária. Os resultados obtidos indicam que a mineralização da primeira camada justaposta à dentina radicular começa em região de MBi, sugerindo que constituintes estruturais da mesma possam funcionar como substrato para seu processo de mineralização.

B100

Estudo da disposição dos túbulos e canalículos na dentina superficial através da MEV. 

R. ANDIA-MERLIN, N. GARONE-NETTO, V.E. ARANA-CHAVEZ*.

Deptos. Histologia e Dentística, USP, S.P., Telefone (011) 818-7308.

Os canalículos dentinários originam-se da profusa ramificação dos túbulos da dentina. Entretanto, sua fina espessura torna difícil a aplicação de métodos para estudar a complexa disposição dos canalículos ao longo da dentina. No presente estudo foi utilizado um sistema adesivo empregado rotineiramente nos tratamentos restauradores com o intuito de observar, através da sua penetração, a disposição dos túbulos e canalículos dentinários pela microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foram utilizados, para tanto, 12 terceiros molares inclusos hígidos, extraídos e armazenados em água destilada a 4oC. Foi cortado o terço oclusal, transversalmente ao longo eixo do dente., sendo desgastada a superfície de dentina remanescente com lixa de papel de granulação 600, até retirar todo o esmalte. A seguir, a dentina foi condicionada com ácido fosfórico a 37%, sendo lavada e seca com leve jato de ar. Após colocação do “primer” e adesivo (Scotchbond Multipurpose, 3M) e da resina (Z100, 3M), seguindo as instruções do fabricante, os espécimes foram armazenados em água destilada a 37oC por duas semanas e então fraturados longitudinalmente ao longo eixo do dente, no entido vestíbulo-lingual e processados para MEV, sendo examinados e fotografados em microscópio eletrônico de varredura Jeol 6100. Os resultados mostraram túbulos com trajeto sinuoso e algumas regiões de entrecruzamento, sempre apresentando profusa ramificação, que resulta nos numerosos canalículos. A orientação dos canalículos dentinários na dentina superficial examinada foi muito variada, seguindo, muitas vezes, trajeto no sentido da polpa, além de freqüentes regiões de entrecruzamento e anastomose.

B101

Análise da ação anticárie  do TiF4 através da MLP.

A. P. MORAIS*, I. P. R. SOUZA, P. J .SOARES FILHO

Depart. Odontopediatria, FO/UFRJ. andmor@altavista.net  (021) 568-4486

O objetivo deste trabalho, cruzado, duplo-cego, realizado in situ, foi avaliar o esmalte dental humano (esm), decíduo (D) e permanente (P), submetido a um grande desafio cariogênico após aplicação de tetrafluoreto de titânio (TiF4) a 1%. Cinco voluntários utilizaram dispositivos intrabucais contendo fragmentos dentais durante duas etapas (TiF4 e Controle) de 14 dias cada, gotejando 8 vezes ao dia glicose 25%. Após o uso, o esm de 40 fragmentos (20 D e 20 P), foi cortado transversalmente à superfície anatômica do dente, desgastado até uma espessura de 200 ± 50µm e foi submetido à análise por microscopia de luz polarizada (MLP), sendo a água o meio de imersão. Foram realizadas tomadas fotográficas coloridas das regiões de esm estudadas, sobrepondo a elas uma mascara reticulada transparente para a quantificação das 3 colorações de esm encontradas: o amarelo (esm hígido), o azul e o vermelho (lesão de cárie). Os dados da MLP (teste de Mann-Whitney) não revelaram efeito estatisticamente significativo para o TiF4, porém esta microscopia foi capaz de indicar uma tendência para as áreas comprometidas pela lesão de cárie serem menos extensas no grupo TiF4, com uma área de lesão (vermelho + azul) com 16,1% no grupo TiF4 contra 12,53%no grupo Controle. Não houve diferença significativa entre o esm D e o P na avaliação. Os dados permitem sugerir que apesar de não prevenir a lesão de cárie na sua totalidade, o TiF4 modificou o padrão da lesão formada, amenizando-a.

B102

Biofilme e atividade de cárie: sua correlação em crianças HIV+.

A. RIBEIRO*, A. THYLSTRUP, R. VIANNA, I.P. SOUZA

Odontopediatria – FO-UFRJ/IFF/HJ/University of Copenhagen - (021) 440-0028

O objetivo deste trabalho foi verificar a correlação entre a presença e maturação do biofilme (biof.), e a atividade de lesões cariosas, em crianças infectadas pelo HIV (HIV+). Foram examinadas 61 crianças HIV+, com idade entre 13 meses e 14 anos (média 5,74+3,25), durante o Programa terapêutico-preventivo à doença cárie, desenvolvido no Instituto Fernandes Figueira e no Hospital Jesus, RJ. Após aprovação pelo Comitê de Ética e consentimento escrito dos responsáveis, os exames foram realizados sobre uma maca, c/ lanterna, gaze e espelho. Para avaliar o biof., foram utilizados os escores: (0) ausência de biof.; (1): biof. fino nos dentes anteriores (DA); (2) biof. fino, difuso e facilmente removido pela gaze, em + de 50% dos dentes posteriores (DP); (3): biof. espesso e firmemente aderido (maduro) em DP; (4): biof. espesso e firmemente aderido em DP e fino em DA; (5): biof. espesso e firmemente aderido em DP e DA. Após limpeza profissional com dentifrício fluoretado, a atividade de cárie foi analisada (esmalte: opaco, com mancha branca, com ou sem cavitação – Carvalho et al., Comm. Dent. Oral Epidemiol., 20:187-92, 1992; e dentina: descoloração amarela ou castanha, amolecida e úmida - BjØrdal et al., Caries Res., 31:411-17, 1997). Os resultados foram: 6,9% das crianças apresentaram biof. (0) e 39,7% possuíam biof. (5). O número de lesões ativas variou entre 0 a 52 (mediana: 5,00+1,51) e inativas entre 0 a 26 (mediana: 2,00+0,72). Apenas 9 crianças não apresentaram lesões ativas. A correlação entre atividade de cárie e presença de biof. maduro foi significante (rs=+0,75; p<0,001; Coeficiente de Correlação de Spearman). A presença e maturação do biofilme sobre as superfícies dentárias está fortemente correlacionada ao desenvolvimento e atividade de cárie em crianças HIV+.

B103

Reprodutibilidade de diagnóstico visual detalhado em cáries oclusais.

A.R.C. DIAS*, D.F. CÔRTES, A.S.MIKALAUSKAS, A. C. LAMOSA.

F. O. - Universidade Estadual Rio de Janeiro (dcortes@poweline.com.br).

O objetivo deste estudo foi avaliar a reprodutibilidade do diagnóstico visual de cáries oclusais entre acadêmicos e dentistas, utilizando-se detalhados critérios de diagnóstico propostos por Ekstrand et al.(Caries Res., 32:247-254, 1998). Três acadêmicos e 3 dentistas previamente treinados avaliaram 89 superfícies oclusais de molares extraídos. Os critérios visuais incluíam: saudável; mancha pigmentada; mancha branca visualizada apenas em superfície seca; mancha branca em superfície molhada; sombra em esmalte solapado por cárie dentinária   ou   quebra   de   esmalte;   cavidade  dentinária. A  reprodutibilidade inter-examinador (estatística Cohen’s Kappa) variou de 0,61 a 0,65 entre acadêmicos, de 0,51 a 0,75 entre dentistas, e de 0,49 a 0,75 entre acadêmicos e dentistas. A reprodutibilidade intra-examinador (Cohen’s Kappa) em 51 superfícies variou de 0,70 a 0,94 (substancial a quase perfeita). Quando foram consideradas as diferentes profundidades de lesão, foi  encontrada   diferença  estatisticamente   significante (p<0,05) apenas entre um dentista e um acadêmico e entre um dentista e outro dentista (ANOVA e Kruskal-Wallis). A reprodutibilidade do diagnóstico visual detalhado em oclusais variou de moderada a substancial e não foram encontradas diferenças consideráveis de diagnóstico de acadêmicos e dentistas. Os novos critérios detalhados de diagnóstico visual de oclusais foram aprendidos tanto por dentistas quanto por acadêmicos com pouca experiência clínica, o que suporta sua aplicabilidade in vivo.

 Apoio FAPERJ

B104

Comparação de dois selantes ionoméricos após avaliação clínica de 24 meses.

A. C. PEREIRA, V. PARDI *, R. T. BASTING, C. PINELLI, M. C. MENEGHIM, G. M. B. AMBROSANO.

Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP. Tel:(019) 430 5209. apereira@fop.unicamp.br

Os selantes de fóssulas e fissuras têm sido um importante veículo para a prevenção da cárie dentária. Este estudo tem como objetivo verificar clinicamente a retenção e efetividade na prevenção da cárie dentária dos materiais ionoméricos VITREMERÒ e KETAC-BONDÒ, usados como selantes oclusais. A amostra inicial foi representado por 200 escolares de 6-8 anos de idade, os quais apresentavam os primeiros molares permanentes hígidos. As crianças foram divididas em  grupo controle e grupo experimental (A e B). No grupo experimental A foi aplicado o material Ketac-Bond nos dentes 16 e 46 e no experimental B foi aplicado o material Vitremer nos dentes 26 e 36. Efetuaram-se avaliações clínicas aos 6, 12 e 24 meses após a aplicação do selante. A análise estatística verificou que houve diferenças estatísticamente significantes (teste Mann-Whitney) entre os graus de retenção dos grupos experimentais A e B nas 3 avaliações, sendo que o material Vitremer apresentou melhores resultados, embora os valores de retenção possam ser considerados baixos. Com relação a incidência de cárie , houve uma diferença estatisticamente significante (teste c2) entre os grupos experimentais (A e B) e o grupo controle, com percentuais de incidência de C+O (cariado + obturado) de 93,2 %, 78,5 % e 45,1 menores para o grupos experimentais nas avaliações de 6, 12 e 24 meses. Conclui-se que embora os selantes ionoméricos apresentassem percentuais de retenção em  superfície oclusal baixos, os mesmos foram efetivos na prevenção da cárie, apresentando percentuais de incidência de cárie menores que o grupo controle.

 

Apoio: FAPESP: 96/5278-0

B105

Avaliação clínica de um ionômero de vidro modificado utilizado como selante, combinado ou não com uso de adesivo.

C.R.M.D. RODRIGUES, P. C. BERNARDO*, J. A. S. PAIVA, , J. M. SINGER.

Disc. Odontopediatria–FOUSP (011) 818.7835

Sabendo-se do papel do flúor na Odontologia Preventiva, cada vez mais procura-se materiais restauradores com propriedades de liberação deste íon. Dentre os selantes oclusais, grande expectativa existe em relação aos cimentos de ionômero de vidro , particularmente os modificados por resina, por possuírem melhores propriedades. O objetivo deste trabalho foi testar um destes cimentos, VITREMER (3M), aplicado com 2 técnicas: de acordo com o fabricante, ou combinado com um sistema adesivo(Scothbond multi uso). A avaliação foi realizada em 159 dentes, molares ou pré-molares, após 6 e 12 meses observando-se a retenção do selante, e a presença ou ausência de lesão de cárie. A retenção foi avaliada com escores de 0= retenção total, 1= retenção parcial e 2= retenção nula. Foi utilizada a técnica de Mínimos Quadrados Generalizados para avaliar os efeitos de tratamento e tipo de dente. Os resultados indicaram não haver diferença entre molares e pré-molares; em relação à técnica testada, houve maior retenção para o grupo com adesivo (p<0,0001) com escore médio de 0,13 +0,05, contra o escore de 1,05 +0,09 para o grupo sem adesivo. Concluiu-se que a técnica modificada , com adesivo, propiciou significativamente melhor retenção que a técnica convencional, não havendo diferença entre molares e pré-molares. Apenas um dente, do grupo sem adesivo  desenvolveu lesão de cárie, após a perda do material.

B106

Morfologia e microanálise da pérola do esmalte.

A. A. NEVES*, N. AZAMBUJA JR., R. G. JAEGER, M. FARINA.

Dep. Anatomia-UFRJ e Dep. Patologia Bucal-FO/USP-SP Tel:(021)290-0587 e-mail: mfarina@anato.ufrj.br

O objetivo deste estudo foi determinar as orientações dos túbulos dentinários e dos prismas de uma pérola de esmalte e comparar a sua razão Ca/P com a das estruturas dentárias normais. Para isto, foi utilizado um 3.o molar superior humano, portador de uma pérola no cemento que foi seccionado na altura do esmalte cervical, longitudinalmente e transversalmente pelo centro da pérola, obtendo-se ½ e ¼ da mesma para análises, juntamente com estrutura do dente para controle. As seções foram preparadas para microscopia eletrônica de varredura (MEV) através de abrasão, polimento, tratamento com ácido fosfórico 37% v/v por alguns segundos, e metalização no vácuo, com carbono. Eletromicrografias foram obtidas, bem como espectros de raios X (Microscópio LEO 430i; sistema de análise Link–Oxford). O mesmo espécime foi incluído em Epon, desgastado, polido até ±80mm de espessura e analisado por microscopia de contraste interferencial (DIC). A pérola revelou-se ser composta, com um núcleo de dentina que por MEV e DIC apresentou padrão tubular longitudinal em toda a sua  extensão até a junção com o esmalte da pérola. O esmalte, embora com estrutura geral dos prismas desorganizados, apresentou linhas incrementais que não formaram círculos completos ao redor do anel de dentina. A relação Ca/P para o esmalte da pérola (1,55) foi menor do que a do cemento (1,68), esmalte (1,68) e dentina (1,66). O esmalte que forma a pérola, embora estruturado em prismas, é menos denso e mais desorganizado do que o esmalte normal. A menor razão Ca/P pode ser causada por um maior conteúdo de matéria orgânica ou por ser uma estrutura mais facilmente desmineralizada do que o esmalte verdadeiro pela sua menor compactação.                                                    

Apoio financeiro: PIBIC/CNPq/PRONEX

B107

Componentes do CPOD dos 6 aos 12 anos e distribuição das lesões na dentição.

M. L. A. NEVES*, A. A. NEVES.

Disciplina de Odontopediatria - FO/Gama Filho -RJ e FO/UFRJ. Tel: (021) 560-6137. E-mail: alineves@unisys.com.br 

Os objetivos deste estudo foram: obter o índice CPOD de uma amostra da população que procura o serviço de Odontopediatria da FO/Gama Filho-RJ e apresentar o padrão de ataque das lesões segundo tipos morfológicos dentários nesta faixa etária. Para isto, foram avaliados 345 prontuários de rotina da clínica de graduação. Os critérios de inclusão abrangeram: idade entre 6 e 12 anos; nenhum dente selado e exame clínico inicial completo, sendo 162 prontuários selecionados. Foram anotados a idade do paciente, o status de cada dente e o índice CPOD. A média de idade dos pacientes foi de 8,6±1,9 anos e do CPOD 3,72±3,75. A média do CPOD em cada faixa etária foi: 6 anos: 0,83±1,37 (n=24); 7 anos: 2,65±2,10 (n=34); 8 anos: 3,21±1,78 (n=23); 9 anos: 3,37±2,06 (n=27); 10 anos: 3,88±2,37 (n=26); 11 anos: 4,58±2,94 (n=12); 12 anos: 10,75±6,41 (n=16), com diferença significativa (p<0,05; Kruskal-Wallis) principalmente entre 6/7 e 11/12 anos. A distribuição do ataque entre os elementos dentários foi diferente em todas as idades principalmente entre os incisivos centrais e 1,os molares (p<0,01; Qui2) e está demonstrada na tabela abaixo:

Dente    Idade                          6             7             8             9             10             11             12            

Incisivo central             2%             4,76%             4,8%             7,7%             8,7%             2,1%             29,7%            

1.o Molar                          25,3%             62,5%             77,2%             74%             76,9%             77,1%             89,1%            

O índice CPOD apresentado por esta população foi bastante elevado, porém, ainda assim é possível perceber diferenças no padrão de ataque entre os vários tipos morfológicos dentários, o que ressalta o caráter sítio-específico da cárie dental.

B108

Estudo de valores limites para índices de cárie na dentição decídua.

L. M. CERQUEIRA*, M. S. C. F. ALVES, A. L. S. PINHO, M. J. BÖNECKER.

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DA UFRN. NATAL-RN FONE: 084-2154133/ FAX:0O objetivo deste trabalho foi estudar uma escala de valores limites para análise dos índices de prevalência de cárie na dentição decídua (ceo-d, ceo-s, Knutson), visto que não existe na literatura parâmetros para se analisar esses dados. Esta escala foi aplicada no estudo de CERQUEIRA et al (1998), no qual foram examinadas 437 crianças de 0 a 36 meses de idade na cidade de Natal-RN. Na metodologia, utilizou-se a meta da OMS que preconiza  o CPO-D para crianças de 12 anos igual a 3,0, além do numero médio de dentes erupcionados nas crianças examinadas na pesquisa. Foram obtidos os seguintes resultados:

ïndices               classificação     0ï¾6                          6ï¾12                          12ï¾18                          18ï¾24                          24ï¾30                          30ï¾36            

ceo-d                 Baixa                          ceo-d= 0,0             0,0£ceo-d £0,2 0,0£ ceo-d <0,4             0,0 ceo-d <0,7   0,0£ ceo-d <0,8             0,0£ ceo-d <0,9            

                          Moderada                                                             0,4£ ceo-d £0,8             0,7£ ceo-d £1,3             0,8£ ceo-d £1,7             0,9£ ceo-d £1,8            

                          alta                          ceo-d >0,0      ceo-d >0,2      ceo-d >0,8      ceo-d >1,3      ceo-d >1,7      ceo-d >1,8     

ceo-s                  Baixa                          ceo-s = 0,0        0,0£ ceo-s £0,2             0,0£ ceo-s <0,5             0,0£ ceo-s <0,8             0,0£ ceo-s <1,1             0,0£ ceo-s <1,3            

                          Moderada                                                             0,5£ ceo-s £1,0             0,8£ ceo-s £1,4             1,1£ ceo-s £2,4             1,3£ ceo-s £2,6            

                          alta                          ceo-s>0,0     ceo-s > 0,2        ceo-s > 1,0        ceo-s > 1,4        ceo-s > 2,4        ceo-s >2,6     

Knutson             Baixa                                       0,0 ï¾ 2,0                             0,0 ï¾ 5,0                                     0,0 ï¾ 10,0       

                          Moderada                      2,0 ï¾ 5,0                                     5,0 ï¾ 10,0                                  10,0 ï¾15,0     

                          alta                                       5,0 ï¾ 10,0                           10,0 ï¾ 15,0                                  15,0 ï¾ 25,0     

                          Muito alta                    +10,0                                                    +15,0                                                    +25,00            

Conclui-se que a escala de valores estudada pode ser usada como parâmetro na análise dos dados de prevalência de cárie na dentição decídua, embora se observe a necessidade da aplicação desta escala em outros estudos.

 

84-2154101

 

B109

Avaliação do grau de fluorose dental em crianças de 7 a 12 anos de idade.

VALOIS, C.A.; SOVIERO, V.M.*; CRUZ, R.A.

Odontologia-UNESA-UERJ Tel.(021) 503 7293 soviero@compuland.com.br

O objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de fluorose dental e a utilização de produtos fluoretados em escolares de 7 a 12 anos de idade, residentes em Nova Iguaçu-RJ. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estácio de Sá, um questionário sobre a utilização de produtos fluoretados foi distribuído para as mães de 106 crianças, das quais 102 foram examinadas. Os dados obtidos foram analisados através do Programa EpiInfo 6.04 e o teste Qui-quadrado foi utilizado. A água de abastecimento público atualmente é fluoretada na concentração de 0,8ppm, tendo sido utilizada por 92,5% da amostra. Das 106 crianças, 66 (62,3%) escovavam os dentes com dentifrício fluoretado 3 vezes ou mais por dia e apenas 30 (28,3%) das mães haviam sido orientadas sobre o efeito negativo da ingestão exagerada de flúor. De toda amostra, 14 (13,2%) crianças utilizavam produtos fluoretados para bochecho e a aplicação tópica profissional havia sido realizada em 97 (91,5%). A fluorose, classificada de acordo com o Índice Thylstrup-Fejerskov, foi encontrada em 34.3% das crianças e os graus observados variaram de 1 a 5. Todos os dentes foram afetados em algum grau, sendo o 2o pré-molar o dente que apresentou graus mais elevados, enquanto o 1o molar permanente, os graus mais baixos. A prevalência de fluorose dental foi de 34,3% e sua presença não pôde ser atribuída a uma única forma de utilização de fluoreto (p>0,05), mas sim, à utilização de diversos compostos fluoretados em conjunto, incluindo a água de abastecimento.

B110

Edulcorantes e pH endógeno de medicamentos pediátricos.

K. T. LIMA, I. C. S.ALMEIDA, E. L. SENNA

Curso de Pós-Graduação em Odontopediatria - Univ. Fed. de Santa Catarina - (048) 234-0966

Tendo em vista o estabelecimento da associação entre a ingestão freqüente de medicamentos e o aumento na prevalência/atividade da cárie dentária, este estudo se propôs a avaliar 54 medicamentos pediátricos mais vendidos na região sul do Brasil (segundo o relatório Dados de Distribuição de Drogas), quanto ao edulcorante presente na sua constituição e o pH endógeno de cada um deles, apresentados sob a forma de gotas, solução, suspensão e xarope. Os medicamentos foram divididos em 09 grupos, conforme sua classe terapêutica: analgésico, antialérgico, antibiótico, antiepilético, antiinflamatório, antiparasitário, broncodilatador, descongestionante e mucolítico. A identificação do edulcorante foi feita pela leitura da bula  de cada medicamento ou por informações fornecidas pelos respectivos laboratórios. A determinação do pH foi feita por meio de pHmetro (Quimis 400A). Os resultados mostraram que os medicamentos que apresentam a sacarose como edulcorante principal correspondem a 75% dos analgésicos, 66% dos antialérgicos, 100% dos antibióticos, 50% dos antiepiléticos, 60% dos antiinflamatórios, 100% dos antiparasitários, 50% dos broncodilatadores, 50% dos descongestionantes e 25% dos mucolíticos. Quanto ao pH endógeno, as médias aquém do pH crítico de 5.5 foram encontradas nos broncodilatadores (3.61), antiinflamatórios (4.37), antialérgicos (4.50), descongestionantes (4.81), antibióticos e mucolíticos (5.15) e antiparasitários (5.30). Conclui-se, portanto, que 63,3% dos medicamentos avaliados apresentam a sacarose como principal edulcorante e 74,2% apresentam seu pH endógeno inferior ao pH crítico de 5.5.

B111

Histopatologia da lesão de cárie oclusal em molares decíduos

A. R. ROMANO, N. VILLA 

Universidade  de São Paulo, SP - (0532) 782635  

O conhecimento microscópico da lesão de cárie dentária determinam parâmetros para avaliação do seu estabelecimento, progressão e controle. Esta pesquisa avaliou a  histopatologia da lesão de cárie de sítios oclusais de dentes molares decíduos humanos extraídos por motivo ortodôntico. Estes sítios foram classificados, por um único examinador calibrado, de acordo com as características visuais, dados da anamnese e exame da cavidade bucal em cinco grupos: sadio, lesão mancha branca, lesão ativa em esmalte pigmentado, lesão inativa em esmalte pigmentado e lesão ativa em dentina. A avaliação histopatológica foi conduzida e fotografada em lupa e em microscopia de luz polarizada.  A zona superficial  e o corpo da lesão mostraram variações decorrentes da porosidade tecidual. A zona escura  estava presente em 67% dos casos, sendo 40% nas lesões de mancha branca e em 80% nas lesões pigmentadas. A zona translúcida estava presente na metade das lesões avaliadas em permount. Nas lesões em dentina de molares decíduos humanos, decorrentes da presença, na superfície oclusal, de lesões de cárie com ou sem microcavitações foram registradas, em todas as amostras, as três zonas clássicas: zona de esclerose, zona de desmineralização e zona de destruição e contaminação. A lesão de esmalte oclusal mostrou a presença das quatro zonas clássicas descritas para lesão inicial em esmalte, sendo que a zona escura estava freqüentemente acompanhando lesões consideradas inativas. As reações da dentina de molares decíduos humanos, decorrentes da presença, na superfície oclusal, de lesões de cárie com ou sem microcavitações foram semelhantes às descritas para os dentes permanentes.

B112

Efeito da própolis de Apis mellifera sobre as glucosiltransferases.

H. KOO*, J. A. CURY, P. L. ROSALEN, Y. K. PARK, W. H. BOWEN.

Laboratório de Bioquímica Oral - FOP–UNICAMP / Center for Oral Biology – U. of R., NY, USA (jcury@foO extrato etanólico da própolis (EEP) tem demonstrado inibição da atividade da glucosiltransferase (Gtf) bruta em solução. No presente estudo foi analisado o efeito da própolis de duas regiões brasileiras sobre a atividade das glucosiltransferases individuais e purificadas em solução e aderidas sobre a superfície de hidroxiapatita tratada com saliva (HAS).  Os EEPs (10%, v/v; em etanol 80%, v/v) de Minas Gerais (MG) e Rio Grande do Sul (RS) foram testados quanto a capacidade de inibição das Gtf B (síntese de glucano insolúvel), Gtf C (glucanos solúvel/insolúvel) e Gtf D (glucano solúvel). Uma enzima adicional, Gtf G (glucano solúvel) de Streptococcus sanguis também foi analisado. Os EEPs inibiram eficientemente a atividade de todas as enzimas em solução (75 a 95%) nas concentrações de 1,25 a 5,0 mg de própolis/mL e em superfície de HA (40 a 95%) nas mesmas concentrações. Entretanto, a atividade inibitória do EEP sobre os Gtfs aderidas na superfície de HA não foi tão efetiva como a observada nas mesmas enzimas em solução. De modo geral, o EEP de RS demonstrou maior redução da atividade das Gtfs B e C do que o EEP de MG. Por outro lado, EEP de MG apresentou ser mais eficiente na inibição das Gtfs D e G. Em acréscimo, foi testado um dos compostos isolados da própolis, o flavonóide aglicona quercetina, quanto ao seu efeito sobre as Gtfs. A quercetina inibiu fortemente a atividade da Gtf G em solução (70% de inibição na concentração de 15,6 mg/mL). Os resultados demonstraram que o EEP é um potente inibidor das enzimas Gtfs, porém o seu efeito sobre a atividade da Gtf foi variável dependendo da região de coleta da própolis. É evidente a importância do isolamento e a identificação dos princípios ativos da própolis.

(CAPES - Proc. 0574 / 98-20)

p.unicamp.br)

B113

Efeitos do cobre no epitélio palatino de fetos de rato. Estudo morfometrico.

A.A. CAMPOS*, R.A. LOPES, M.A. SALA, S.A. LACERDA, L.I.YUGOSHI, L.G.BRENTEGANI.

Depto. Mofologia, Estomatologia e Fisiologia. Fac. Odontologia de Ribeirão Preto – USP

A proposta desse trabalho foi estudar os efeitos de doses subteratogênicas de cobre no desenvolvimento do epitélio do palato de fetos de ratos. Realizou-se a injeção endovenosa de 4 mg de sulfato de cobre/kg de peso corporal no 10º dia de prenhez em ratas (wistar) e solução salina em outro grupo de ratas, denominadas de controle. Os fetos foram colhidos no 20º dia de prenhez e fixados em solução de alfac durante 24 horas. Após a fixação, 5 fetos de cada grupo foram escolhidos, suas cabeças foram separadas dos corpos, cortadas sagitalmente e embebidas em parafina. Foram realizados cortes semi-seriados de 6 mm de espessura e corados com hematoxilina e eosina. Essas lâminas foram utilizadas para o exame histopatologico, cariométrico e estereológico do epitélio do palato anterior (duro) e posterior (mole) A análise estatística dos resultados foi realizada através da utilização do teste não-paramétrico de Mann-Whitney. Palato duro e mole: As camadas basal e espinhosa do epitélio do palato dos animais tratados com cobre, mostraram-se menores e com núcleos alongados em relação aos animais do grupo controle. Esses resultados foram estatisticamente significantes (a<0,01). Por outro lado, não foi encontrada diferença estatisticamente significante na espessura da camada espinhosa do palato posterior (mole). A espessura da camada basal e do epitélio total thickness do epitélio palatino  eram menores nos animais tratados com cobre. Foi constatada a ausência da camada de ceratina nos animais do grupo tratado. Pode-se concluir que a administração de cobre induz a redução do epitélio palatino de fetos de rato.

B114

Proliferação celular no tumor neuroectodérmico melanótico da infância.

P. E. A. de SOUZA*, F. MERLY, D. M. F. MAIA, W. H. CASTRO, R. S. GOMEZ

Departamento de Patologia e Cirurgia - Faculdade de Odontologia da UFMG  - Fone: 55-31-291 1199 r.26; Fax: 55-31-292 7282; e-mail: rsgomez@net.em.com.br

O tumor neuroectodérmico melanótico da infância (TNMI) é uma neoplasia benigna rara que acomete principalmente a maxila de crianças com menos de 1 ano de idade. Acredita-se que a origem desta lesão seja de células da crista neural. O TNMI possui uma população celular bifásica: uma população neuroblástica (células pequenas e fortemente coradas) e uma população melanocítica (grandes células epitelióides contendo melanina). O objetivo desse estudo foi comparar a expressão imunohistoquímica de proteínas associadas ao ciclo celular nas populações de células neuroblásticas e melanocíticas do TNMI. Três casos de TNMI foram selecionados. A expressão imunohistoquímica de MDM-2, p53, PCNA, Ciclina A e Ciclina D1 foi avaliada utilizando-se complexo streptavidina-biotina-peroxidase. Os resultados demonstraram, imunomarcação para MDM-2, PCNA, Ciclina A e Ciclina D1 apenas nas células epitelióides, as quais contém melanina. Esses resultados sugerem que a expressão de MDM-2 pode ser importante para o desenvolvimento do TNMI e que a população de células melanocíticas, e não a de células neuroblásticas, é o componente proliferativo do tumor.  

Apoio: CNPq, FAPEMIG, FUNDEP

B115

Estudo comparativo entre reações liquenóides e líquen plano na mucosa bucal.

F. C. G. SAMPAIO GÓES*, M. A. MATSUMOTO, A. CONSOLARO

Departamento de Estomatologia-Disciplina de Patologia FOB-USP. Tel. (014) 2358251

As reações imunopatológicas na mucosa, especialmente na camada basal recebem várias terminologias: líquen plano, reação, lesão e displasia liquenóides. A falta de padrão distinto gera controvérsias e discussões nos serviços de anatomopatologia e de estomatologia. Para contribuir com o discernimento destes quadros e termos, propusemo-nos  a analisar microscopicamente 100 casos de líquen plano e 100, de reações liquenóides bucais, para verificar a possibilidade de padrões morfológicos específicos. Nos arquivos da Patologia da FOB-USP foram resgatados 100 casos de líquen plano e 100 descritos como lesão ou reação liquenóide. Muitas reações liquenóides estavam justapostas a diagnósticos de hiperplasia fibrosa inflamatória. Na metodologia repetiu-se os procedimentos de análise comuns aos serviços de patologia a partir de cortes corados em HE. Os critérios de análise foram: 1.Na mucosa bucal: espessura, configuração, queratinização, alterações na membrana basal, displasia; 2.Na submucosa: grau, predominância, profundidade e distribuição do infiltrado inflamatório, congestão vascular, proliferação angioblástica, presença de melanófagos e outros. Comparando-se os dados pôde-se inferir que os quadros microscópicos são semelhantes e indistingüíveis. Há porém diferenças na distribuição do infiltrado inflamatório e sua relação com o epitélio em função da sua qualificação antigênica difusa ou focal. A distribuição focal é mais comum nas reações liquenóides. Em casos de lesões liquenóides, identificáveis clinicamente, a diferenciação entre reação liquenóide e líquen plano não é possível de ser feita com segurança e precisão nas colorações de rotina. Nenhum casos de displasia liquenóide foi identificado.

Apoio: CAPES

B116

Influência da matriz extracelular na expressão das integrinas a2, a3 e a5 na linhagem celular HSG

S.V.L. LODUCCAa; A. MANTESSOb; D.M. WILLIAMSc; V.C. ARAÚJOd  - a,b,d    Disciplina de Patologia Bucal, FOUSP - c  Department of Oral Pathology, St. Bart’s and the Royal London School of Medicine and - Dentistry  -  London University - tel: (011) 818 79 02

As interações entre células e matriz extracelular (MEC) são importantes em processos fisiológicos e patológicos. Estas interações são mediadas pelas integrinas, família de moléculas de adesão que proporciona ancoragem entre células e MEC, sendo as integrinas a2b1, a3b1 e a5b1 as principais responsáveis pela adesão célular ao colágeno, laminina e fibronectina. Este estudo investigou a influência da MEC na expressão das  subunidades a2, a3 e a5 das integrinas, na linhagem celular HSG (derivada de adenocarcinoma de glândula salivar). As células HSG foram cultivadas sobre lamínulas de vidro com e sem tratamento de Matrigel®. Após o período de incubação de 2 dias, procedimento de imunofluorescência foi realizado, utilizando-se os anticorpos anti integrinas a2, a3 e a5. Os resultados foram visualizados por microscopia de epifluorescência, podendo-se observar marcante aumento da imunoexpressão das integrinas estudas nas células cultivadas sobre o Matrigel®. Estes reultados sugerem que a expressão de integrinas pode ser modulado por componentes de MEC, podendo ser de fundamental importância na migração celular e em processos de invasão tumoral e metástase.

B117

Indução de apoptose em células cultivadas do carcinoma adenóide cístico humano. 

F. T. SALLES; A. M. HESPANHOL*; P. L. GALDINO; M. M. M JAEGER

Disciplina de Patologia Bucal- FOUSP tel (011) 8187902

O carcinoma adenóide cístico é uma neoplasia maligna que ocorre em qualquer região da cavidade bucal, mais preferencialmente em glândulas salivares menores do palato. Indução de apoptose por várias drogas diferentes tem sido utilizada na terapia de tumores malignos. Apoptose, ou morte celular programada, é um tipo de morte celular puntual, onde há controle genético e ausência de resposta inflamatória. O objetivo do estudo foi induzir  apoptose em células de linhagem do carcinoma adenóide cístico, denominada CAC2, utilizando brefeldina-A.  Sabe-se que essa droga causa apoptose atuando no complexo de Golgi.  As células foram tripsinizadas, centrifugadas e ressuspendidas, sendo então recolocadas em frascos contendo meio de cultura sem soro contendo 375µM de brefeldina A.  Os frascos ficaram em estufa a 37°C por 20 h e, posteriormente, as células foram tripsinizadas. Parte dessas células foi colocada sobre lamínulas de vidro cobertas com polilisina e a seguir fixadas, permeabilizadas e coradas para evidenciação do DNA através da fluorescência pelo Hoechst.  Outra parte das células foi processada para análise em microscopia eletrônica de transmissão (MET). Por fluorescência, depois confirmado em MET, observamos a presença de corpos apopóticos em larga escala, e células em vários outros estágios de apoptose.  A brefeldina A causa apoptose em células cultivadas do carcinoma adenóide cístico, sendo interessante analisar a atividade dessa droga in vivo com vistas ao tratamento do tumor. Esse trabalho foi financiado pela FDCTO e CNPq.

B118

Estudo imuno-histoquímico de queilites actínicas.

J. N. SANTOS*, E. F. MARTINEZ, E.TODDAI, V. C. ARAÚJO

Patologia Bucal–FOUSP tel (011) 8187902

As queilites actínicas são lesões que ocorrem no lábio inferior e resultam da exposição excessiva à radiação ultravioleta. Sabendo-se que tais lesões podem sofrer transformação maligna, estudamos proteínas implicadas na diferenciação e controle do ciclo celular através da técnica imuno-histoquímica. Para tal, utilizamos anticorpos contra citoqueratinas (CKs) 7, 8, 10, 13, 14, 16, 17, 18 e 19, bem como anticorpos contra proteínas Ki-67, PCNA, p53 e p21 em 12 casos de queilites actínicas provenientes dos arquivos da Disciplina de Patologia Bucal da FOUSP. O revestimento epitelial das lesões mostrou-se positivo para o Ki-67 e para o PCNA com leve variação entre as camadas. A CK 10 exibiu imunomarcação desde a camada espinhosa alta até a córnea. A CK 13 estava presente nos queratinócitos das camadas suprabasais, sendo substituída pela CK 16 em áreas hiperparaqueratinizadas. A CK 14 foi expressa em quase todas as camadas epiteliais. As alterações no padrão de queratinização indicam que houve modificação no grau de diferenciação epitelial. Além disso, a imunomarcação da p53 associada à ausência de expressão da p21 indica que a proteína p53 é mutante nos casos estudados.

 

B119

Quantificação e identificação de Cândida sp em saliva total de pacientes HIV positivo”.

N. R. Melo, K. G. Zecchin*, J. J. Junior, F. H. Aoki. “

Departamento de Diagnóstico Oral, Área de Patologia e Semiologia – FOP/UNICAMP. Fone: (019) 430-5213. E-mail: kgzecchin@zipmail.com.br

Desde a caracterização da AIDS no início dos anos oitenta, aumentou o número de pacientes imunossuprimidos com as mais variadas expressões clínicas associadas. Uma delas, a candidose bucal, infecção fúngica muito comum, assumiu posição de importância causando assim intensificação dos estudos associados a esta doença. O presente estudo teve por objetivo determinar a contagem e identificação do gênero Candida na saliva total de pacientes portadores do HIV, correlacionando com aspectos clínicos e parâmetros laboratoriais. Foram avaliados 188 pacientes portadores do HIV que utilizavam inibidor de protease HIV (Indinavir), em combinação com outros antiretrovirais. Os pacientes foram submetidos a exames clínicos e laboratoriais periódicos e padronizados para determinação de indicadores de saúde geral e bucal tais como situação sorológica, clínico-epidemiológica, marcadores laboratoriais, fluxo salivar e análise microbiológica da saliva. A candidose bucal foi encontrada em 32% dos pacientes e nestes a contagem de UFC/ml foi significantemente maior (p=0,00) do que nos que não apresentaram esta manifestação bucal. A densidade de colonização por Candida mostrou correlação inversa com a contagem de glóbulos brancos (p=-0,0004), dosagens de TGO (p= 0,01) e TGP (p=0,02). C.albicans correspondeu a 75,8% das espécies identificadas.   

 

Apoio financeiro FAPESP, processo 97/07020-2.

B120

Estudo “in situ” da remineralização de lesões de cárie em esmalte.

S. Scherer, M. Maltz*, L. Santos; E. Rossoni.

Departamento de Odontologia Preventiva e Social, Faculdade de Odontologia, UFRGS, 0513165015.mmaltz@vortex.UFRGS.br

O presente estudo propõe-se a avaliar o ganho mineral de lesões de cárie após a remoção periódica de placa bacteriana e uso de dentifrício fluoretado. O trabalho constou de dois períodos experimentais. Durante o primeiro período experimental (21 dias), seis voluntários usaram aparelhos de acrílico palatinos removíveis com dois blocos de esmalte coberto por uma tela para propiciar maior acúmulo de placa. As amostras foram submetidas, extra-oralmente, a 6 desafios cariogênicos com solução de sacarose (10%). Neste período experimental não foi realizada remoção de placa dos blocos e os voluntários realizaram sua higiene bucal com dentifrícios sem flúor. No segundo período experimental (75 dias) foi removida a tela de sobre os blocos de esmalte e os mesmos foram higienizados duas vezes ao dia com dentifrício fluoretado. O conteúdo mineral foi analisado pelo método de microdureza Knoop (KHN). A dureza superficial inicial média dos blocos de esmalte foi de 315,99 ± 15,09 KHN. Após o primeiro período experimental, observou-se uma redução da dureza para uma média de 160,36 ± 33,52 KHN. A análise dos blocos após o processo de remineralização, mostrou um aumentou da dureza superficial. Após 30 dias com controle de placa e uso de dentifrício fluoretado a dureza superficial aumentou para uma média de 238,50 ± 27,57 KHN e após 75 dias para uma média de 279,79 ± 23,08 KHN. A média das diferenças entre os dois tratamentos foi significativa a nível de 1% (test T Student Pareado). Conclui-se que os blocos de esmalte com lesões de cárie quando submetidos à higiene bucal e uso de dentifrício fluoretado por 75 dias apresentaram aumento de microdureza, entretanto inferior a inicial.

CNPq / UFRGS

B121

Avaliação  Quantitativa do AgNOR e PCNA em Ameloblastomas.

J.C. MUNERATO*,  M. SANT´ANA FILHO

P.P.G. em Patologia Bucal - UFRGS Fone/Fax: (051)3165023

Os ameloblastomas são tumores odontogênicos agressivos e com invasibilidade local; e muitos estudos visam, ou a correlação, ou a justificativa destas características clínicas com os aspectos histológicos. Atualmente, as análises da atividade proliferativa das células, de origem epitelial, do neoplasma se destacam. Dentre estas: a técnica AgNOR, que visa a identificação por prata das regiões organizadoras nucleolares, e a detecção imunohistoquímica do antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA) são alguns dos métodos utilizados. Neste estudo foram selecionados dez (10) casos de ameloblastomas, do laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da UFRGS, e seus cortes histológicos foram submetidos à técnica AgNOR  e a detecção imunohistoquímica do PCNA. Os casos foram analisados pela contagem de mil (1000) núcleos celulares, em cada corte. O número médio de AgNORs por núcleo foi de 1,527 ± 0,257(DP), e o número médio de células PCNA positivas foi de 586 ± 277,302(DP). Os resultados obtidos indicam que o número de AgNORs por núcleo não é um parâmetro confiável na avaliação da atividade proliferativa tumoral quando comparado ao número de células PCNA positivas.

 

Apoio financeiro: CAPES

B122

Estudo da expressão de actina de músculo liso em células do mioepitelioma cultivadas em matriz extracelular.

S. P. H. MIYAGI*, P. T. OLIVEIRA, R. G. JAEGER, M. M. M. JAEGER  

Patologia Bucal-FOUSP e Histologia-FORP-USP - (011) 520-3248

Moléculas da matriz extracelular (MEC) são moduladoras-chave de morfo e citodiferenciação de células cultivadas do adenoma pleomórfico de glândula salivar (Jaeger et al., Virchows Arch., v.430, p.467-77, 1997).  Como no adenoma pleomórfico, a matriz extracelular (MEC) pode ser abundante no mioepitelioma e poderia ser fator de inibição da expressão da actina de músculo liso (AML) nas células mioepiteliais neoplásicas (Jaeger et al., Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod., v.84, p.663-7, 1997).  Assim, decidimos avaliar a influência de moléculas da MEC na expressão da actina de músculo liso em linhagem celular mioepitelial derivada do mioepitelioma humano (M1).  Células M1 foram cultivadas sobre plástico (controle) e sobre componentes da MEC.  Foram utilizados laminina, colágeno tipos I e IV, Matrigel (membrana basal reconstituída) e fibronectina.  Após indução por 1 dia  ou por 3 passagens nessas condições, foi realizada imunofluorescência para  detectar a AML nas células M1.  Tanto células controle quanto tratadas exibiram positividade à AML. Os filamentos de AML nas células M1, independentemente do substrato utilizado, distribuíam-se em feixes paralelos entre si e dispersos por todo o citoplasma.  Adicionalmente, quando cultivadas sobre Matrigel, células M1 passaram a exibir fenótipo estrelário, com prolongamentos citoplasmáticos longos e delgados.  Nossos resultados sugerem que componentes isolados da MEC (laminina, colágeno tipos I e IV e fibronectina) e a membrana basal reconstituída (Matrigel) não influenciam a citodiferenciação relacionada à expressão da AML na linhagem M1.

 

Esse trabalho teve suporte financeiro da FUNDECTO.

B123

Marcadores de proliferação celular em ceratocistos odontogênicos: efeito da inflamação.      

PAULA* AMB, CARVALHAIS JN, GOMEZ RS, BARRETO DC, MESQUITA, RA

Departamento de Clínica, Patologia e Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFMG. - Tel : (031) 291-1199  Fax : (031) 291-5600

A expressão imunohistoquímica das proteínas PCNA e Ki-67 e a expressão histoquímica das AgNORs já foram utilizadas com o objetivo de se avaliar a atividade proliferativa em várias lesões benignas e malignas. Um estudo desses marcadores de proliferação foi realizado em vinte casos de ceratocistos odontogênicos com a finalidade de se avaliar a relação entre a proliferação das células epteliais e o processo inflamatório dentro da cápsula dessas lesões. Um aumento estatisticamente significante de células positivas para PCNA, Ki-67 e o número de AgNORs foi detectado em ceratocistos odontogênicos inflamados. Esses resultados sugerem que a inflamação induz à uma maior atividade proliferativa nas células epteliais de ceratocistos inflamados comparado às lesões não-inflamadas. As imlicações biológicas de nossos achados necessitam de futuras  investigações.

 

Apoio : Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG).

B124

Proliferação celular em folículos pericoronários: efeito do envelhecimento.

P.  Azeredo*, T. H. Siqueira* , F.  Merly, W. H. Castro, R. S. Gomez

Departamento de Clínica, Cirurgia e Patologia da FO - UFMG - Fone: (031) 291-1199 - R:26  -  Fax: (031) 291-5600; e-mail: rsgomez@net.em.com.br

O propósito do presente estudo foi avaliar atividade proliferativa de fibroblastos de folículos pericoronários de diferentes faixas etárias. A atividade proliferativa foi estudada através da expressão imunohistoquímica da ciclina D nestas células. Dez folículos pericoronários removidos de pcientes entre 10 e 16 anos (Grupo 1), 21 e 28 anos (Grupo 2) e acima dos 30 anos de idade (Grupo 3) foram selecionados nos arquivos do laboratório de Patologia Cirúrgica da Faculdade de Odontologia da UFMG. Para quantificação do número de células positivas para ciclina D foram selecionados oito campos histológicos aleatórios (400x). As médias dos três grupos foram comparadas pela análise não paramétrica de Kruskall-Wallis. A média do percentual de células mesenquimais no folículos pericoronários de pacientes do Grupo 1 não foi estatisticamente diferente do Grupo 2. O Grupo 3 apresentou menor expressão de ciclina D do que os grupos 1 e 2. Estes resultados demonstram diminuição da atividade proliferativa no componente mesenquimal de folículos pericoronários com aumento da idade do paciente.

 

Apoio: FAPEMIG, CNPq e FUNDEP 

B125

 Eficiência de materiais seladores, frente a substâncias clareadoras.     

Autores: R. A. CARVALHO*,  H. A. DANTAS,  I. F. ANDRADE, S. LAUAR

Departamento de Odontologia – Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Fone: (084) 982.2374 – Fax: 2211840

Esse trabalho verificou a eficiência de três materiais seladores;   Cimpat Blanc, IRM e Resina Composta Fotoativada , frente ao curativo de demora à base de Perborato de Sódio e Peróxido de Hidrogênio a 30%, utilizados no tratamento de clareação de dentes não vitais. Foram utilizados sessenta dentes humanos anteriores hígidos, que após extração foram armazenados em solução de formol a 10% até o momento de sua utilização, que teve início com os preparos cavitários,   remoção do conteúdo pulpar, seguidos da impermeabilização da superfície externa. Em seguida, os dentes foram divididos em três grupos de vinte dentes cada GI, GII e GIII, e estes  em subgrupos, sendo dez  controle (A) e dez experimental (B), efetuado o tampão cervical com cimento de fosfato de zinco, colocados o curativo de demora e selados com o material provisório correspondente a cada grupo. Finalmente, foram imersos em saliva artificial com azul de metileno a 0,5 %, termociclados durante 07 dias, lavados e seccionados longitudinalmente para análises em microscópio estereoscópio e estatística. De acordo com os resultados obtidos, parece lícito concluir que:  os três materiais seladores temporários testados, não foram capazes de impedir a infiltração marginal do corante via coronária; o curativo de demora utilizado teve influência sobre o vedamento propiciado pelos materiais, na seguinte ordem crescente: GIII (Resina Composta Fotoativada), GI (Cimpat Blanc) e GII (IRM); os materiais seladores  exibiram grau de infiltraçào marginal na seguinte ordem crescente, a partir do material mais efetivo: GIII ( x = 1,65 ); GI ( x = 3,05 ) e    GII ( x = 3,85 ).

B126

BMP e osteonectina em lesões  fibro-osseas benignas: estudo comparativo

A. ETGES* ; A. P. V. SOBRAL ; F. B. SOUSA; F. D. NUNES

Patologia Bucal; FO-USP - (011) 8187902

As lesões fibro-osseas (FOL) compreendem um grupo diverso de lesões, caracterizado pela substituição de tecido ósseo normal por tecido fibroso e material mineralizado. Esta denominação não é um diagnóstico em si, mas apenas descreve um processo patológico. Esse processo, no entanto, é pouco conhecido quanto a suas características moleculares. Várias proteínas não colagênicas tem sido identificados no osso, entre elas a osteonectina e as proteínas morfogenéticas do osso (BMPs). Estudos anteriores sugerem que a osteonectina é um marcador da diferenciação do osteoblasto, importante também no processo de mineralização. As BMPs pertencem à família do fator transformante de crescimento, e estimulam a diferenciação de células mesenquimais indiferenciadas em osteoblastos. Objetivando estudar a presença da osteonectina e da BMP em lesões fibro-ósseas, nos propusemos a comparar a marcação imunohistoquímica destas moléculas. Doze lesões fibro-ósseas (4 displasias fibrosas - DF; 4 displasias cementiformes - DC; e 4 fibromas ossificantes - FO) pertencentes aos arquivos da Disciplina de Patologia Bucal da FOUSP, foram utilizadas. A osteonectina mostrou forte marcação na maioria das células dos FO e DC quando comparado com a BMP. Já a BMP apresentou intensa positividade nas DF. Concluimos que nossos resultados sugerem diferenças no processo de mineralização entre as FO/DC e as DF.

B127

Avaliação citopatológica de leucoplasias antes e após biópsia.             

R. PESCHKE*, P. V. RADOS, M. SANT’ANA F.º, O. QUADROS , J. J. D. BARBACHAN 

P. P.G. Patologia Bucal – UFRGS - Fone/fax: (051) 316 5023

A leucoplasia é definida como uma placa branca, que não pode ser caracterizada, clínica ou patologicamente, como nenhuma outra enfermidade, O.M.S., Oral Surg., 46: 518-539, 1978.  Avaliou-se as variações citopatológicas em esfregaços obtidos de leucoplasias da mucosa bucal, em pacientes adultos de ambos os sexos, antes e após a realização da biópsia.  Foram obtidos raspados de 16 leucoplasias, fixados e corados pela técnica de Papanicolaou. As lesões foram então biopsiadas e avaliadas microscopicamente.  Trinta dias após a biópsia fez-se novo exame citopatológico.  As lâminas foram observadas ao microscópio em toda sua extensão contando-se 100 células por esfregaço.  Os resultados foram submetidos ao teste t-student . Não foram observadas diferenças significativas entre as médias de células superficiais sem núcleo antes e após a biópsia, encontrou-se, porém, diferenças entre as médias de células superficiais com núcleo e intermediárias.  O quadro citopatológico das leucoplasias sofreu modificações após a realização da biópsia, observou-se aumento na quantidade de células superficiais com núcleo e diminuição das intermediárias.

 

CAPES

B128

Análise  salivar  em  crianças  com  déficit  de estatura para idade.

F. V. G., ABREU*, I. P. R., SOUZA, L. A. ANJOS, P. D. BECHARA

Doutorado em Odontopediatria - FO - UFRJ, Fac. de Nutrição - UFF, Fac. de Química - UFRJ. (5521 611-3120)

O objetivo deste trabalho foi avaliar algumas análises salivares de crianças desnutridas (GD) comparando com crianças eutróficas (GE). Avaliou-se crianças de 3 - 5 anos de idade que freqüentavam escolas públicas da zona periurbana da cidade de Santos Dumont - MG. Para a análise antropométrica utilizou-se o padrão do NCHS - OMS em 104 crianças, sendo que 9 crianças (8,6%) constituíram o GD (igual ou inferior ao percentil 3 do índice A/I) e 95 (91,4%) constituíram o GE (superior ao percentil 3 do índice A/I). Foi feito exame clínico para avaliação do índice ceo-d seguindo os critérios da OMS.  Realizou-se o exame do fluxo salivar (FS) e da concentração salivar (CS) dos íons cálcio, fosfato e fluoreto. Para a avaliação da CS destes íons foi utilizado o método da Cromatografia de íons. O índice ceo-d médio das crianças do GD foi de 6,1 ± 5,6 e do GE foi 4,6 ± 3,7 (p=0,5307 - Kruskal-Wallis), porém o GD teve ceo-d médio 1,3 vezes maior que o GE. O FS médio para o GD foi de 1,2 ± 1,1 ml/min e para o GE foi 1,6 ± 1,1 ml/min (p=0,1715 - c2), não havendo diferença significante entre o FS e o índice ceo-d das crianças (p=0,5980 - Kruskal-Wallis). A média da CS de fluoreto foi 85,9 ± 49,9 no GD e 90,4 ± 52,7 no GE; para o fosfato foi 235,4 ± 90,6 no GD e 233,6 ± 69,2 no GE e para o cálcio 88,5 ± 63,8 no GD e 62,8 ± 16,5 no GE, não havendo diferença estatisticamente significante entre o GD e o GE (Kruskal-Wallis) e nem em relação ao índice ceo-d. As crianças do GD tiveram índice ceo-d médio maior do que as do GE, porém não se pôde relacionar este fato com o fluxo salivar e nem com a concentração salivar de fluoreto, fosfato e cálcio destas crianças.

B129

 Interação entre isoproterenol e pilocarpina no fluxo salivar.     

W. A. SAAD*, S. SIMÕES, J. E. N. SILVEIRA, R. SAAD, L.A.A .CAMARGO, A. F. PEREIRA

Departamento de Fisiologia F. O.  Araraquara, UNESP/Departamento de Odontologia Taubaté - UNITAU - (016) 232-1233

Neste trabalho procurou-se estudar a participacão dos receptores beta-adrenérgicos do sistema nervoso central  no controle do fluxo salivar induzido pela injecão  central  de pilocarpina. Foram utilizados ratos Holtzman machos com peso entre 250-300g. Os mesmos tiveram cânulas de demora implantadas no ventrículo lateral (VL),atraves das quais eram injetadas as drogas. A injecão no VL de pilocarpina induziu uma copiosa dose dependente curva de secrecão salivar quando comparada aos animais controles em que se injetou salina 0.15M NaCl. Por outro lado a injecão no VL de isoproterenol (5umolul) também induziu secrecão de saliva (68±4 mg/7min). No grupo de animais em que se injetou centralmente a pilocarpina (40ug/ul) e posterior isoproterenol notou-se que a quantidade de pilocarpina necessária para estimular o fluxo salivar diminuiu. Assim na dose de 20ug/ul  de  pilocarpina a secrecão salivar foi de 81±7 mg/7min) sendo reduzida para o fluxo de 50mg/7min quando combinada com o isoproterenol. Estes resultados contribuem para uma  possível  interacão  medica mentosa no controle da xerostomia e sindrome de Sjogren”s.

 

FAPESP e CNPQ

B130

Efeito da goma de mascar com flúor na placa e na microbiota cariogênica.

P.R.SILVA *, A.G.R.C. OLIVEIRA, G. A. MACHADO,  J.A. CURY, N.A. SALIBA

Departamento Social - UNESP -Araçatuba - (011) 452-3533

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficácia de uma goma de mascar com flúor na redução de placa nos níveis salivares de estreptococos do grupo mutans utilizando uma amostra composta por 15 indivíduos de 7 anos e ambos os sexos. Foi testada também uma goma com sacarose e, como controle foi utilizada uma goma de mascar básica (sem açúcar em sem flavorizantes). Após receberem  profilaxia profissional, os indivíduos foram instruídos a se absterem de higiene oral por um período de 72 horas durante o qual utilizaram uma das três de gomas de mascar, com intervalos de 10 dias entre as fases do experimento. A contagem de estreptococos do grupo mutans, expressa pelo número de Unidades Formadoras de Colônias-UFC, foi determinada pela cultura de amostras de saliva em Ágar MSB. O acúmulo de placa foi determinado pelo índice proposto por Silness & Löe em 1964. Nos resultados o índice de placa dos indivíduos que fizeram uso da goma de mascar com flúor apresentou uma média significativamente menor em relação à média da goma básica (p<0,01) e em relação à média da goma com sacarose (p<0,001). Não houve diferença significativa para o  numero de colônias de estreptococos do grupo mutans (medida pelo teste “t”) com o uso dos três tipos de goma de mascar. Os resultados do estudo sugerem que a goma de mascar com flúor pode reduzir o acúmulo de placa mas não causa alteração no número de estreptococos do grupo mutans na saliva.

B131

Avaliação de um programa odontológico educativo/preventivo em escolares tratados em faculdade de odontologia.

M. F. T. B. BIJELLA, M. F. B. BIJELLA*, E. S. PEREIRA JÚNIOR

Disciplina de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Bauru – USP(014) 235 8218

O objetivo deste estudo foi avaliar um programa educativo/preventivo desenvolvido com crianças de 7 a 11 anos de idade tratadas na clínica de graduação da FOB. As crianças durante o tratamento curativo na graduação realizam paralelamente um programa educativo/preventivo, ficando em manutenção nesse programa até o irrompimento do 2o molar permanente, em torno de 12 a 13 anos de idade. As crianças são, inicialmente, avaliadas quanto a presença de cárie (exame clínico inicial), quanto a higiene bucal (índice de higiene de PODSHALEY E HALEY) e quanto ao conhecimento sobre as doenças bucais e os métodos para preveni-las. Após esta avaliação inicial são realizadas palestras com a criança e com os pais e/ou responsáveis sobre a importância da saúde bucal, as quais são repetidas mensalmente e depois a cada 3 meses. Além das palestras as crianças são orientadas na prática pela THD sobre o uso de evidenciador de placa, do fio dentário e da correta escovação e remoção da placa bacteriana, em frente a um espelho e, também, a fazer bochechos de flúor que pode ser diário (NaF a 0,05%) ou semanal (NaF a 0,2%), de acordo com o risco de cárie da criança. A criança retorna semanalmente para essa aprendizagem, que varia de acordo com sua habilidade. Após esse período o retorno é mensal, sendo a avaliação da higiene bucal e da presença de cárie realizados a cada 3 meses. O índice de placa de 97 crianças foi avaliado inicial, 3, 6, 9, 12, 24, 36 e 48 meses, obtendo-se as seguintes médias: 3,38; 2,59; 2,12; 1,68; 1,36; 0,75; 0,40 e 0,18. Os resultados dos índices de placa foram  analisados estatisticamente pelo teste de Student Newman Keuls com p = 9,05.10-151 . Os testes estatísticos demonstraram que houve diferença estatisticamente significante entre todos os períodos avaliados, sendo que na avaliação de 36 e 48 meses há uma tendência de uniformidade dos níveis de placa bacteriana. 

B132

Eficiência de um programa para a educação e motivação da higiene buco-dental.

C.M.BARBIERI, S.M.H.C.A.  AGUIAR

Departamento de Odontologia Infantil e Social. Fone(018)6203235- E-mail:saguiar@foa.unesp.br

No  presente trabalho, avalia-se a eficiência de um programa cujo objetivo é a educação e a motivação da higiene buco-dental, direcionada aos excepcionais portadores de disfunções motoras e deficiência mental, internados e assistidos em uma entidade assistencial.  Infelizmente, estes indivíduos, por não possuírem habilidades motoras para a realização de suas atividades da vida diária, são totalmente dependentes dos enfermeiros responsáveis por eles. Portanto, não são capazes de realizar suas escovações dentais, ficando esta atividade a cargo desses enfermeiros. A partir desta observação, optou-se pela instituição de um programa para a “Educação e Motivação”, destes enfermeiros.  E, os resultados obtidos foram altamente satisfatórios, pois houve uma marcante redução dos índices de placa dental nesses pacientes, em virtude da assimilação de técnicas mais adequadas para a realização de suas higienes buco-dentais e, conseqüentemente a aquisição deste hábito como uma rotina saudável e necessária para o bem estar  destes indivíduos especiais.

 

Palavras Chaves: Motivação; Assistência Odontológica para excepcionais; Deficientes; Odontologia preventiva.

B133

Condições clínicas e hábitos relacionados ao câncer bucal.

I. m. g. BRANDÃO*, S. A. S. MOIMAZ, n. a. saliba, r. m. arcieri, c. a. saliba                

Depto. Odontologia Infantil e Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP - (018) 622-8331

O consumo de álcool e o uso do tabaco são considerados entre outros como fatores de risco para o câncer bucal. O objetivo deste estudo foi avaliar as condições clínicas extrabucais e da mucosa oral assim como certos hábitos possivelmente relacionados ao câncer bucal. O grupo de estudo foi composto pelos  153 indivíduos, de 8 a 84 anos de idade, que compareceram às Unidades Básicas de Saúde da zona rural de Araçatuba-SP, durante as atividades desenvolvidas na Campanha de Prevenção do Câncer Bucal. Os exames foram realizados por 4 examinadores, treinados para aplicação dos critérios preconizados pela OMS (1999). Os resultados demonstraram que 5,9% dos indivíduos apresentaram alterações extrabucais, sendo que as condições mais frequentemente observadas foram a presença de ulcerações, feridas ou lesões (44,4%); 22,2% apresentaram alterações intrabucais, sendo que as condições mais  observadas foram a presença  de candidíase (26,4%) e de outras condições (61,7%); 15,7% tinham o hábito de fumar, 17,0%  o do consumo de  bebidas alcoólicas e 6,53% ambos os hábitos. Os resultados comprovam a necessidade de orientação da população estudada, quanto aos riscos de hábitos não condizentes com bom nível de saúde bucal, assim como da importância da identificação e tratamento precoces de alterações físicas potencialmente relacionadas ao cancer bucal.

B134

Análise Retrospectiva da relação entre padrão de doença cárie de filhos e mães em um centro municipal de saúde.

R.AROUCA, L.F. BASTOS, M. RENDEIRO*, L. OLIVEIRA.

Odontologia Social – UFF /UNIGRANRIO/ UVA - (021) 5953348

O estudo retrospectivo pressupõe a identificação de indivíduos acometidos ou não por determinada condição e a comparação da freqüência de exposição a um fator considerado de risco em 2 grupos. Nesta pesquisa a condição em questão é a doença cárie, mensurada pelos índices CPO-D e ceo-d. O fator de risco é ser filho de uma mulher com alto índice da doença. O objetivo desse trabalho é comparar a freqüência de exposição a mães, com índices elevados de cárie dentária nos grupos de alta ocorrência (A) e de baixa ocorrência (B) obtidos entre pacientes pediátricos em um centro Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Foram examinadas 41 crianças, o ceo-d dos 19 que se encontravam em fase de dentição decídua e a soma dos valores de ceo-d e CPO-D  dos 22 que apresentavam dentição mista foram coletados. As 34 mães foram examinadas para o levantamento do CPO-D . Classificou-se em grupo A ( alto padrão de cárie) as crianças que apresentavam ceo-d ou ceo-d + CPO-D maior que o valor da mediana destes índices ( ceo-d>5 e ceo-d + CPO-D>6). Os demais indivíduos foram classificados como não acometidos. Considerou-se como exposta ao fator de risco a criança cuja mãe tivesse CPO-D maior que a mediana da população examinada(CPO-D > 18,5). Foi utilizado o teste qui-quadrado, entre indivíduos do grupo A e B aplicado com nível de significância de 5%(a=5%).Foram feitas 3 análises através deste teste, em crianças com dentição decídua ; mista e no total (decídua +mista). O teste não apontou significância estatística para as diferenças de exposição ao fator de risco entre grupos A e B, das 3 análises. Conclui-se que na população estudada o elevado padrão materno de cárie dentária não constitui fator de risco para ocorrência de altos índices nas dentições decídua e mista de seus filhos.

B135

Avaliação do plantão de emergência da FOP/UNICAMP (resultados preliminares).

R B Brito Jr.*; J.Jorge.Jr.; R D.Coletta; P.Agustin V.

Patologia – FOP/UNICAMP 019-430531

Os serviços de emergências odontológicas são oferecidos por várias instituições brasileiras. Entretanto não há estudos verificando a eficácia do tratamento emergencial e satisfação dos pacientes com o serviço. Os objetivos deste trabalho foram: verificar o grau de aderência do paciente ao tratamento odontológico regular, antes e após a emergência; oferecer sugestões para melhorias no serviço de emergências da FOP/UNICAMP(SE) e verificar o nível de satisfação do paciente com este serviço. Foram examinados pacientes que utilizaram o SE. Os pacientes foram convocados para consulta com realização de questionário, exame clínico e radiografia panorâmica. As informações obtidas foram digitadas em banco de dados construído com auxílio de software EPI-INFO 6.0â e analisadas estatisticamente. Dentre os 200 pacientes atendidos, 25% estavam na segunda década de vida e havia proporção de 1:2 entre mulheres e homens. Houve predomínio da população branca que residia na mesma cidade onde o serviço era oferecido. Antes do atendimento no SE, 39,5% dos pacientes só comparecia ao dentista em caso de dor e 25,5% freqüentavam regularmente o consultório dentário. Depois da consulta, 43,0% dos pacientes passaram a freqüentar o dentista só em emergências e 31,5 regularmente. A maioria dos pacientes (74,5%) relatou que seu problema havia sido resolvido após a consulta, 38% dos pacientes relataram que gostaram de tudo no SE e 63,5% disseram não ter qualquer queixa. Os pacientes sugeriram que o SE deve manter-se como está (28%) e oferecer continuidade ao tratamento (10%). Tais resultados indicam que o grau de aderência destes pacientes ao tratamento odontológico regular não é satisfatório, que a maioria dos pacientes ficou satisfeita com o serviço e que o SE deveria oferecer tratamento continuado após a emergência.

B136

Mudança qualitativa no perfil da pesquisa científica odontológica no Brasil.

C. F. SILVA FILHO1-2, E. F. CORMACK* 1-3 , E. L. SOARES 1

Doutorado em O. Social - UFF 1 , UGF 2 e UFRJ 3 - (021)  611-5157

O objetivo desse trabalho foi descrever a mudança no perfil da produção científica na área odontológica no Brasil. Foram analisados os resumos  contidos nos Anais da XIV (n=382) e XV (n=540) Reuniões Anuais da SBPqO em 1997 e 1998. Cada resumo foi classificado em ao menos uma categoria, a saber: Biológicos (B)- relacionados a ciências biológicas básicas, efeitos biológicos de apenas um material ou técnica de tratamento; Materiais (M)- comparação ou teste de materiais, equipamentos e produtos para consumo odontológico; Técnicos (T)- comparação ou descrição de técnicas e procedimentos; e Sociais (S)- relacionados às ciências humanas e/ou saúde pública. Os resumos foram categorizados de acordo com a metodologia e/ou conclusões descritas em cada um, sendo analisados simultaneamente por dois pesquisadores. Os resultados para as diferentes áreas, nos anos de 1997 e 1998, foram: B = 34,0 e 31,6%;  M = 28,7 e 29,1%;  T = 20,0 e 18,5%;  S = 17,3 e 20,8%, respectivamente. Houve um incremento no percentual de trabalhos científicos nas áreas M (0,4%) e S (3,5%), e uma diminuição nas áreas B (2,4%) e T (1,5%). Concluiu-se que a pesquisa odontológica no Brasil, apesar de estar centrada nas áreas Biológica e  de Materiais, vem apresentando um crescimento na área Social, com uma conseqüente aproximação da atividade científica ao contexto social na qual está inserida, caso essa tendência, se confirme nos próximos anos.

B137

Conhecimento e atitudes de médicos em relação à cárie de mamadeira em crianças HIV+.

G. F. CASTRO*, M. B. PORTELA, A. RIBEIRO, I. P. R. SOUZA, L. SANTOS     

FO/IPPMG/UFRJ    (e-mail:glorinha70@hotmail.com)

Crianças jovens infectadas pelo HIV (HIV+) estão mais expostas aos fatores de risco a cárie de mamadeira (CM) devido ao constante uso de medicamentos açucarados, associados com amamentação noturna e negligência em relação a higiene bucal. O objetivo deste trabalho é verificar o conhecimento e atitudes de todos os médicos do Ambulatório de AIDS Pediátrica/IPPMG (n=12) que atendem as crianças HIV+, em relação a essa doença. Cada médico preencheu um questionário contendo perguntas objetivas sobre CM e práticas preventivas. Usou-se o teste do Qui-quadrado para análises estatísticas. A média de idade foi 34,1± 8,5 anos; 83,3% era mulher; 50% tinha mais de 10 anos de formado; e com exceção de 2 residentes (16,7%), 83,3% eram pediatras. Todos (100%) sabiam o que era CM mas apenas 50% considerou maior o risco de uma criança HIV+ apresentar a doença. Destes, 83,3% (5) considera que o risco seja maior devido a deficiência imune. Nove profissionais (75%) acreditam que o uso de medicamentos com muito açúcar pode aumentar esse risco, mas a prática de orientar o paciente a ingerir o medicamento com líquido açucarado (83,3%) foi independente deste conhecimento. Apesar de 50% do profissionais já terem recebido informações de como prevenir a CM, apenas metade desses (50%) instrui os responsáveis, mostrando uma não correlação destas variáveis (p=0,50). Todos (100%) acham que o médico tem responsabilidade na prevenção da doença CM mas conclui-se que apesar de informados e instruídos, poucos são os profissionais que atuam diretamente nesta prática (41,7%). Um enfoque maior, com campanhas sobre saúde bucal, deve ser dados aos profissionais que lidam com pacientes com doenças sistêmicas, que são mais sujeitos a diversas infeções bucais, o que pode vir a piorar seu prognóstico.

B138

Avaliação comportamental durante a assistência odontológica na primeira infância.               

F. L. MELHADO*, A. C. B. DELBEM, R. F. CUNHA.

Depto. Odont. Inf. e Soc.; Fac. Odont. Araçatuba - UNESP. %:(018)6203235  E-mail: adelbem@foa.unesp.br

A maioria dos estudos credita ao comportamento as dificuldades no atendimento de bebês. Este estudo tem o propósito de avaliar o comportamento destes durante a assistência odontológica. Para o desenvolvimento do presente trabalho foram analisados 696 prontuários de pacientes assistidos na Bebê Clínica de Araçatuba, com idades variando entre 0 e 3 anos e, foram divididos em 6 grupos de acordo com a faixa etária: grupo I-0 a 6, II-6 a 12, III-12 a 18, IV-18 a 24, V-24 a 30, VI-30 a 36 meses. Os estímulos avaliados foram  entrada no consultório,  exame clínico, e  fisioterapia bucal, durante as quatro primeiras sessões. Os comportamentos foram classificados em Colaborador (C), Não Colaborador (NC). Para a análise dos resultados foi utilizado o teste do Qui-Quadrado de Pearson e, quando necessário, o teste da partição do Qui-Quadrado para tabela 2 x N (p<0,05). No total das quatro sessões, a porcentagem de NC, na faixa etária de 6–30 meses (65,5%) é significantemente maior que nos grupos I(30,1%) e VI(49,5%). Durante a 1ª sessão, a porcentagem de NC, nos grupos II, III, IV, V e VI(65,6%) é significantemente maior que no grupo I(16,5%). Durante a 2ª sessão, a porcentagem de NC, nos grupos II, III, IV, V, VI(66,7%) é significantemente maior que no grupo I(21,5%). Durante a 3ª sessão, a porcentagem de NC no grupo II (67,9%) é significantemente maior que no grupo I(40,9%). Durante a 4ª sessão, o mesmo teste não mostrou diferença significante entre as porcentagens de NC e C nas faixas etárias estudadas. Das faixas etárias estudadas, aquelas em que os bebês exibiram um comportamento colaborador foram: 0 a 6 e 30 a 36 meses.

B139

Atitudes dos pediatras, em  relação à saúde bucal, frente às crianças de 0 a 3 anos.

C. V. C. GODOY*, S. B. RABELLO, M. VASCONCELOS

Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF, Niterói – RJ- (021) 234-3562

Apesar da cárie ser uma doença multifatorial e infecto-contagiosa, a adoção de medidas educativas e preventivas pode torná-la evitável,controlando-se alguns fatores moduladores como a dieta e os hábitos de higiene bucal.Procedeu-se a seleção da amostra através da utilização do registro no Conselho Federal de Medicina, regional Rio de Janeiro, perfazendo-se um total de 100 pediatras selecionados aleatoriamente.Utilizou-se um questionário estruturado,contendo perguntas abertas e fechadas num total de 22 questões.Os dados coletados mostraram que, embora 91% dos pediatras conheçam o processo da doença cárie, 62 % deles indicam a amamentação noturna.Deste grupo,    64 % recomendam a adição de açúcar.Do total de pediatras consultados, 43% só indicam a higienização bucal após a erupção do 1º dente.A indicação para o cirurgião-dentista foi realizada por 65% dos profissionais, sendo que em 61% o motivo principal foi a presença de cárie.Concluímos que,sendo o pediatra o 1º profissional a ter contato com a criança e os seus responsáveis,é fundamental a sua intervenção precoce na prevenção da cárie,através da divulgação de hábitos de higiene bucal e dieta menos cariogênica.É importante que o trabalho multidisciplinar seja estimulado na busca do cuidado integral do indivíduo,numa abordagem de promoção de saúde.

B140

Comportamento de pacientes infantis frente a equipamentos de proteção.

A.  BOMFIM; C. MITCHELL; B. H. OLIVEIRA, S. MARÇAL

FAC. DE ODONTOLOGIA / UERJ   fax: (021) 5876382    email: arbomfim@rio.nutecnet.com.br

Hoje em dia, é indiscutível a necessidade de se usar equipamentos de proteção contra infecções na prática odontológica.  Este trabalho objetiva verificar a importância atribuída por pais ao uso de barreiras de proteção pelos dentistas e conhecer suas opiniões à respeito do impacto que as mesmas possam ter sobre a aceitação do tratamento odontológico por seus filhos.  A coleta de informações foi feita sob a forma de entrevista, empregando-se um questionário e fotografias que mostravam o mesmo indivíduo, do sexo feminino, sem qualquer equipamento de proteção (A), com luvas e máscara (B) ou jaleco, gorro, máscara, luvas e óculos de proteção (C).  A amostra foi constituída por 200 pais de crianças com idades entre 3 e 12 anos, atendidas no ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro.  Constatou-se que 66% dos pais preferem que seus filhos sejam atendidos por um profissional usando equipamento completo (C) e que, ao mesmo tempo, 18,5% deles permitiriam que um dentista sem qualquer proteção (A) efetuasse esse atendimento.  Verificou-se que 54,5% das crianças já haviam se consultado com um dentista.  Dessas, apenas 32,1% teriam dificuldade em aceitar o tratamento feito por um profissional que se apresentasse como em C, enquanto o mesmo ocorreria com 53,8% das crianças que nunca tinham ido ao dentista (Teste Qui-Quadrado, p=0,0019).  A importância do uso de equipamentos de proteção contra infecção por dentistas é reconhecida pela maioria dos entrevistados que não consideram que os mesmos possam ter efeito negativo sobre o comportamento de crianças que já tenham recebido tratamento anteriormente.

B141

Revisão do tratamento odontológico: um caminho para a promoção de saúde?              

J.H.V.SERRÃO*; J.L.G.C. SILVEIRA;  W.W.N. PADILHA

Pós-graduação em Odontologia Social - UFF - RJ - (024) 522-0877

Este trabalho objetivou avaliar a eficácia do Programa de Saúde Bucal da SMS do Rio de Janeiro em andamento no CMS - Marcolino Candau. A partir da revisão do tratamento odontológico, procurou-se levantar o percentual de pacientes encaminhados para o PI (procedimento individual - cirúrgico-restaurador) ou para o PS (promoção de saúde - atividades educativas e preventivas). O método de abordagem utilizado foi o Indutivo com procedimento estatístico descritivo e analítico [Teste X2]. A amostra foi composta por 182 crianças agendadas para revisão, no período de jul/nov de 1998. Utilizou-se a técnica de Documentação Indireta através de pesquisa documental, a partir do “livro de Promoção de Saúde” e das fichas clínicas de pacientes de 3 a 14 anos inscritos no Programa. Resultados: 1) 51% encaminhadas para o PS, sendo 55% de alto risco de cárie e 45% de baixo risco; 2) 49% encaminhadas para o PI, sendo 79% de alto risco e 21% de baixo risco; 3) das 90 crianças que estão no PI, 23% já passaram no PS pelo menos uma vez; 4) das 92 crianças do PS: 31% já iniciaram o tratamento no PS e 69% são oriundas do PI. 5) das 29 crianças que já iniciaram o tratamento no PS, 62% permanecem no mesmo e 38% foram encaminhadas ao PI. A análise estatística demonstrou uma diferença significante ao nível de 1% (p=0,01) entre freqüência de risco de desenvolver a doença e manifestação da mesma. Embora exista uma freqüência equivalente entre pacientes controlados (PS) e com atividade de cárie (PI), o Programa de Saúde Bucal mostrou-se eficaz ao reduzir a atividade de doença em relação ao alto risco estimado inicialmente.  

B142

Abordagem odontológica aos pacientes com Síndrome de Down.

R. R. JORGE*, L. ZARRANZ, T. A. SERPA, L. F. BASTOS

Departamento de Pós-graduação em Odontologia Social da UFF-RJ - (021) 710-2178

A Síndrome de Down, ou Trissomia do cromossomo 21, é causada por anomalias cromossômicas que resultam na ocorrência, em dose tripla de material do cromossomo 21. A incidência é de 1 a 3% da população do mundo, 1 indivíduo em cada 700 a 800 nascimentos, é portador da Síndrome de Down. O objetivo deste trabalho foi avaliar  o comportamento dos cirurgiões-dentistas em relação ao atendimento odontológico a estes pacientes. Para tanto, foram aplicados questionários respondidos voluntariamente por 110 cirurgiões dentistas com idade entre 24 e 71 (x=38,40) que realizam atividades em consultórios particulares no bairro de Icaraí no município de Niterói (R.J) e APAE-Niterói, apresentando tempo de exercício profissional variando de 01 à 40 anos (x=14,79 + 10,05)Os resultados encontrados mostraram que a maioria dos profissionais consultados (66%) não atendem portadores de Síndrome de Down em consultório particular, apesar de 76% da totalidade possuir algum conhecimento sobre a etiologia da Síndrome de Down e suas implicações na cavidade oral. Com relação ao atendimento a estes pacientes 85% alegam haver deficiência em sua formação acadêmica e 49% destacam a necessidade do paciente ser encaminhado a uma instituição especializada. Assim,77% encaram o tratamento a pacientes especiais com Síndrome de Down como uma especialização dentro da odontologia. Concluímos que a maioria dos profissionais consultados que realizam atividades odontológicas em consultórios particulares (instituições não especializadas) não atendem portadores de Síndrome de Down pois consideram haver despreparo técnico-científico devido a inadequação do currículo universitário considerando a necessidade de encaminhamento desses pacientes à consultórios especializados.

B143

Nível sócio-econômico como preditor  da presença de hábitos bucais deletérios.

l.bittencourt*; j.Johnsen; a.Modesto; e.Bastos; r.Gleiser.

Odontopediatria FO-UFRJ - (021) 557-8665

Considerando o fator sócio-econômico de uma população como preditor de risco para determinadas doenças, este trabalho verificou a prevalência de hábitos de sucção (HS) em crianças de ambos os sexos, entre 4 e 6 anos de idade, da Ilha do Governador–RJ, e relacionando- os com o nível sócio-econômico da família. Utilizou como  indicadores sociais a escolaridade, a renda familiar, o tamanho da família, o no. de filhos e quem cuidava de criança, entre outros. Houve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa-UFRJ e consentimento dos pais para a realização desta pesquisa.  Duzentos e trinta e nove alunos de uma Escola Municipal foram examinados clinicamente, enquanto seus pais ou responsáveis foram submetidos a uma entrevista estruturadaOs resultados foram analisados pelo teste Qui- quadrado. Dos hábitos bucais deletérios, o mais encontrado foi a sucção de chupeta ( 55,6%), seguido da onicofagia (13,4%) e da sucção digital (7,5%). As maiores frequências dos indicadores estudados em relação aos HS foram:

 Hábitos             Escolaridade             Escolaridade     Renda                           Tamanho           Número de             Responsável

de Sucção             do   pai                          da mãe                              Familiar             da família   filhos                          pela criança

                          1º grau                          1º grau                          1 salário             Até 4                          Até 2 filhos    Outra pessoa

                          incompletoi       incompleto             mínimo                          Pessoas                                                  diferente da mãe            

Presente             72 (58,5%)             82 (57,3%)             58 (39,7%)             94 (64,4%)             107(73,3%)      40 (27,4%)            

Ausente             36 (46,2%)             45 (48,9%)             31 (33,3%)             51 (54,8%)             60 (64,5%)             24 (2,8%) 

Não foi evidenciada relação direta, estaticamente significante, entre a presença de hábitos de sucção e o nível sócio-econômico das famílias, porém foram observadas tendências de maiores freqüencias de hábitos de sucção em níveis mais baixos.

B144

Avaliação do processo da educação num programa de saúde bucal.

J. MIASATO*, U.MEDEIROS, M.MISSEL, R.SILVEIRA

DeptoOdontologia – UNIGRANRIO - D.Caxias-RJ/UFRJ/UEL  massao@unigranrio.br

O objetivo deste trabalho foi avaliar o processo da educação, destinados a mães de pacientes em tenra idade (bebês), que participam de um programa de prevenção em conjunto com a prefeitura do município de Duque de Caxias. Foram avaliadas 213 mães que freqüentaram a Bebê – Clínica da UNIGRANRIO – D.Caxias no período de Dezembro/98 a Abril/99. As mães assinaram o termo de consentimento. Como critério de inclusão os bebês deveriam ter até 1 ano de idade ou a presença dos 8 incisivos. Antes da reunião (To), as mães responderam a um questionário com 9 questões abertas e fechadas, com a possibilidade de 13 acertos. Em seguida houve demonstração de como realizar os procedimentos de higienização da cavidade bucal e dentes dos bebês.  Após 1 semana (T1) e 3 meses após (T2), as mães responderam ao mesmo questionário e receberam orientações e reforços individualizados. Em relação ao número de acertos foi observado que: T1 – To apresentou m=4,56 (ep=0,188) com p<0,001 (Teste “t” Student); T2 – T1 apresentou m=0,414 (ep=0,257) com p=0,11 (Teste “t” Student). Para a avaliação de T2 a amostra contava com 86 pacientes, pois os demais não completaram 3 meses. Quanto à mudança de comportamento entre os tempos T1 e To, avaliou-se a variável higienização. Observou-se que 91% dos que não efetuavam a higienização (To), passaram a higienizar em T1( p<0,001, teste do Qui-quadrado de McNemar). Pode-se concluir que o treinamento foi eficaz na mudança do comportamento das mães para a realização da  higienização na cavidade bucal dos bebês.

B145

Metas da OMS para o ano 2000: cárie no centro-oeste paulista.

N.E. Tomita*, A. PAVARINI, E.S. Lopes.

Depto. de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva. Faculdade de Odontologia de Bauru-USP. Tel: 55-14-235 8256, Fax: 55-14-223 4679

Visando avaliar a saúde bucal de crianças do centro-oeste paulista e compará-las às metas da OMS para o ano 2000, este estudo transversal foi delineado. Utilizando a recente metodologia proposta pela OMS (1997), foi realizado um levantamento epidemiológico no Estado de São Paulo, em 1998. No primeiro estágio dos procedimentos amostrais, foram sorteados os municípios de acordo com o porte e fluoretação das águas de abastecimento, por região; no segundo estágio, foram sorteadas as unidades amostrais secundárias (escolas) e, no terceiro estágio, os elementos amostrais (indivíduos). Neste trabalho, é reportada a prevalência de cárie (CPOD), à idade-índice de 12 anos, para os municípios da DIR-X-Bauru. Os resultados são apresentados na Tabela. Apesar da implementação de ações coletivas em saúde bucal no Estado de São Paulo, observam-se prevalências muito elevadas de cárie nos municípios de médio porte, independente da fluoretação das águas. Este fato propicia uma importante discussão sobre a importância de avaliar alguns determinantes socioeconômicos, além da vigilância sobre a qualidade e regularidade da fluoretação. Entre os municípios grandes (com ou sem flúor) e os de pequeno porte (com flúor), valores CPOD muito próximos à meta estabelecida pela OMS podem ser observados.

             COM FLÚOR  SEM FLÚOR 

PORTE               Município           (n)             CPOD             Município           (n)             CPOD            

Grande              Bauru                          (1055)             3,42             Jaú                          (1031)             3,49            

Médio                              Pederneiras       (1055)             7,15             Barra Bonita   (939)             6,31            

Pequeno                          Pongaí                          (474)             3,44             Cabrália Pta.       (394)             5,46            

B146

Ensino de metodologia na graduação: uma experiência de prática em pesquisa.

J.L.G.C. da SILVEIRA*, W.W.N. PADILHA

Pós-graduação em Odontologia Social - UFF - RJ -  (021) 413 - 0288 R: 238

Este trabalho objetivou avaliar a prática de pesquisa como processo de ensino-aprendizagem da Disciplina de Metodologia Científica na graduação. Considerou-se como prática de pesquisa a realização pelo graduando das seguintes etapas: definição do tema e do problema; construção e qualificação do projeto, coleta de dados, apresentação do painel e publicação do artigo científico. A metodologia de abordagem utilizada foi a indutiva com procedimento comparativo e estatístico, com amostragem não-probabilística por tipicidade (Marconi et Lakatos, Técnicas de Pesquisa, SP: Atlas S. A., 37-53, 1996), constando de 40 trabalhos de pesquisa científica, sendo 15 realizados em 1994 (G1:momento da implantação da prática) e 25 realizados em 1998 (G2:após 8 semestres de prática). Na técnica de análise documental foram considerados aspectos lógicos (coerência interna) e formal (definição correta). Os dados obtidos foram submetidos ao teste exato de Fischer. Encontrou-se, como freqüência positiva, no G1 e G2, respectivamente, quanto à coerência entre: 1)Objetivos e Resultados:40% e 84% (p=0.01), 2)Metodologia e Conclusão: 20% e 76% (p=0.01); Aspecto Formal: 1) Definição de Objetivo:67% e 100% (p=0.01), 2) Definição da Amostra:7% e 36% (p=0.05) 3) Realização de análise estatística:0% e 12% (não significante), 4) Construção de Gráficos e tabelas:20% e 96% (p=0.01). Concluiu-se que houve um aprimoramento da aprendizagem de metodologia científica a partir da prática de pesquisa. Tal melhoria foi estatisticamente significante, exceto para utilização, como rotina, de testes estatísticos nos trabalhos analisados.

B147

Elaboração e avaliação de programa em saúde oral para pré-escolares.

K. BOTELHO*, H. MOREIRA, M.L. SANTANA, V. COLARES, A. ROSENBLATT, A SEVERO, P. ZARZAR

Coordenação da Pós-Graduação, FOP-UPE – (081) 458 1288.

Este trabalho teve como objetivo a elaboração e avaliação de um programa educacional em saúde dirigido à 126 crianças pré-escolares, na faixa etária de 1 ano e 6 meses a 7 anos, de ambos os sexos que frequentam uma escola particular na cidade do Recife. A metodologia constou de reuniões para sensilibizar e educação de pais, professores e funcionários com relação a saúde oral; palestra lúdicas com as crianças; introdução de higiene oral supervisionada após o lanche escolar; e adequação do lanche coletivo para torná-lo não cariogênico. Verificou-se que houve uma participação ativa dos professores e funcionários com relação às informações fornecidas e a higiene oral dos alunos; as crianças mostraram-se receptivas e participativas. Os objetivos propostos nesse programa foram satisfatoriamente alcançados.

B148

Infecções sistêmicas na primeira infância e sintomas de erupção dentária.

M.E.RAMOS *, S.C.A. DE PIRO, F.M.CARVALHO, V.M. SOVIERO, L.MONTE ALTO

FO-UERJ-UFRJ-UNESA. Tel. 021 295 7011 – soviero@compuland.com.br

O objetivo deste trabalho foi avaliar se os sintomas relatados durante a erupção dos dentes decíduos poderiam estar associados à doenças sistêmicas. Este trabalho faz parte do Projeto Odontologia Médica aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário-UERJ. Foram entrevistadas 202 mães de crianças registradas no Ambulatório de Pediatria do hospital abordando aspectos relativos à erupção dentária, tais como cronologia e sintomas, além da história médica na primeira infância. O Programa EpiInfo foi utilizado para análise dos dados, empregando o teste Qui-quadrado. A erupção do primeiro dente decíduo ocorreu, em média, aos 6,1 meses e 131 (64,9%) crianças apresentaram algum sintoma, sendo 94 (71,8%) somente na erupção dos primeiros dentes e 37 (28,2%) na erupção de todos os dentes decíduos. A febre foi o sintoma mais frequente (58,8%), seguido da diarréia (45%), da irritação (29,8%) e da sialorréia (28,2%). Na fase de erupção dos dentes, 165 (81,7%) crianças tinham hábito de levar objetos à boca, sendo que em 42,4% dos casos este objetos não recebiam assepsia conveniente. Das 202 crianças, 81 (40,1%) tiveram uma ou mais infecções sistêmicas até os 30 meses de vida, sendo 61,8% nos primeiros 12 meses. A ocorrência destas infecções foi menos frequente nas crianças que receberam aleitamento materno exclusivo até os 6 meses (p<0,01) A associação entre a ocorrência de infecção e o relato de sintomas durante a erupção dentária foi significativa estatisticamente (p<0,05), demonstrando que as crianças com debilidade sistêmica foram as que mais apresentaram relato de sintomas de erupção dentária. Os resultados sugerem que os sintomas normalmente associados à erupção dentária podem, na verdade, ser provenientes de infecções sistêmicas.

B149

Avaliação das medidas de proteção profissional dos cirurgiões - dentistas.          

R. S. GAMA *, J. M. MIASATO, U. V. MEDEIROS, M. MACEDO.

Odontopediatria - UNIGRANRIO, Doutorando em Odontologia , FO.-UFRJ (021) 611-3120

O presente trabalho tem por objetivo avaliar as medidas de proteção profissional (MPP) utilizados pelos Cirurgiões-Dentistas do município de Campos dos Goitacazes - RJ. Utilizou-se  como referência das MPP, o Manual “Hepatite, AIDS e Herpes na prática Odontológica” editada pelo Ministério da Saúde em 1996, direcionado aos Cirurgiões-Dentistas(C-D) de todo o país. O trabalho foi realizado no mês de abril de 1999, em Campos dos Goitacazes -RJ. Foram distribuídos 102 questionários nos consultórios dentários, contendo perguntas abertas e fechadas, abordando a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI), a  imunização do  profissional, o manejo adequado frente aos acidentes de trabalho com sangue e fluidos bucais, e o destino dos dejetos e resíduos odontológicos.  Foram respondidos 79 questionários, com média de 14 anos de formado, sendo 53,2% do sexo feminino. Em relação as imunizações, 10,12% dos entrevistados tinham sido imunizados contra tétano, difteria, hepatite, sarampo, rubéola e tuberculose, e 7,5% não receberam nenhuma imunização. Somente 13,9% faziam uso de todos os EPI (luvas, máscaras, óculos, avental e gorro) e 79,7% utilizavam luvas, máscaras e óculos. 39,2% já haviam sofrido acidentes com material contaminado e em 93,6% dos casos realizaram a limpeza correta da ferida. Em apenas 11,3% dos entrevistados, realizaram o procedimento padrão em relação ao destino dos dejetos e resíduos odontológicos. Os resultados demonstram uma necessidade de maior conscientização dos C-Ds acerca do cumprimento das MPPs, a fim de se preservar a sua integridade, do paciente e do  meio ambiente.

B150

Professores   do   ensino   fundamental:   possíveis  agentes  multiplicadores de saúde bucal,

M.A.P. FUSCELLA, L.M.A.G.FERNANDES* , M.M. ARAÚJO

Departamento de odontologia/ CMOS-UFRN-NATAL/RN - (084) 211-6925

Considerando-se que o professor é um ator social fundamental no processo ensino-aprendizagem de seus alunos e que as ações educativas em Saúde Bucal são essenciais, principalmente no que diz respeito à prevenção da cárie e da doença periodontal. Esta pesquisa se propôs a analisar a atuação, como agentes multiplicadores de Saúde Bucal, de professores do ensino fundamental do colégio Americano Batista, localizado em Natal / RN. Os  professores, foram capacitados no referido tema pela pesquisadora, uma cirurgiã-dentista. Esses professores tiveram 6 semanas para abordar o assunto de forma integrada em suas disciplinas. Para a  avaliação desse trabalho, aplicou-se um questionário aos alunos antes do início do Programa e após 6 semanas, para verificar o rendimento deles em relação aos conhecimentos adquiridos. Utilizou-se também o método da observação participativa, pelo qual, a pesquisadora pôde analisar a atuação desses professores através do registro dos acontecimentos ocorridos durante as aulas. Como relação ao resultado do questionário, aplicou-se a  análise inferencial, onde se pôde concluir que através do teste do sinal, no qual se comparou a média de acertos antes e depois do programa, por série, obteve-se significância estatística na 5ª série (p=0,0003) e na 7ª série (p=0,039). Ou seja, ficou confirmado que o Programa contribuiu em termos de acrescentar e corrigir conhecimentos para esses alunos. Portanto, concluiu-se que os professores conseguiram atuar como agentes multiplicadores de Saúde Bucal.

B151

A representação da anatomia mandibular do idoso utilizada no ensino odontológico.

V. B. PINHEIRO*, G. I. V.  TOLOZA, R. I. ABREU, M. U. ALVES, W. PADILHA

Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF / Niterói – RJ - (021) 239-2837

Este trabalho teve por objetivo analisar as formas de apresentação da anatomia mandibular no idoso, em uso no ensino odontológico. A metodologia empregada foi a indutiva, com procedimento comparativo. A técnica de pesquisa foi a observação direta extensiva, através da pesquisa documental. Foram utilizados 20 livros textos e 05 atlas de anatomia humana disponíveis nas bibliotecas das Faculdades de Odontologia e Medicina da UFRJ, da UFF, da UERJ e da Biblioteca Nacional, nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói. Esta amostra compos-se de edições lançadas entre 1904 e 1998, em 04 línguas e originárias de 06 países diferentes. A partir da análise dos textos ou gravuras foram identificadas as seguintes situações: a) forma de apresentação da mandíbula do idoso, b) justificativa para a forma apresentada, c) explicação para a perda dos elementos dentários, d) patologias provocadas pela perda dos elementos dentários e e) relação entre a anatomia óssea e a idade. Foram obtidos os seguintes resultados, para livros e atlas em conjunto: 96% apresentam a mandíbula do idoso como edentula; 96% apontam o avanço da idade como justificativa para forma mandibular; 96% não explicam a perda de elementos dentários, sendo que 4% atribuem esta perda a processos patológicos; as patologias provocadas pela perda dentária citadas foram: atrofia óssea  100%, prognatismo - 8%, compressão do nervo mentoniano - 4% e má oclusão - 4%; e 96% apresentam o edentulismo como consequência de uma situação natural, decorrente do avanço da idade. Concluíu-se que a forma anatômica da mandíbula do idoso apresentada é inadequada, sendo concebida como normal, quando, na verdade, tais alterações são de ordem patológica. Entretanto, este fato não é mencionado, nem abordadas as sua causas.

B152

Avaliação da importância da estética bucal na seleção de funcionários.

S. A. LUZ ; A. M. G. VALENÇA

Pós-Graduação em Odontologia Social, UFF, Niterói, RJ (086) 986-4397

O presente estudo se propôs a avaliar, em estabelecimentos comerciais da cidade de Niterói (RJ), a importância da estética bucal na seleção de funcionários. A amostra foi composta por estabelecimentos do setor de Variedades (Va), Alimentação (A) e Vestuário (Ve), num total de 105 lojas, localizadas nos Plaza Shopping (PS) e  Barcas Shopping (BS). A escolha dos dois estabelecimentos deveu-se a terem público-alvo de distintos níveis sócio-econômico. Utilizou-se um questionário, respondido pelos funcionários responsáveis pela seleção, a cerca dos aspectos: a- prioridade para a boa aparência no processo de seleção; b- importância da avaliação do sorriso e dos dentes na aparência do candidato; c- razões da importância da avaliação do sorriso; d- possibilidade de contratação de candidato com falta visível de elementos dentários; e- normalidade da perda de dentes por cárie; f- oferta de assistência odontológica. Não houve diferenças estatisticamente significativas, através do teste não paramétrico de X2 (p>0,05), para os aspectos: a) Priorizar a boa aparência – PS  7,8%; BS 11,5%; b) Considerar importante a avaliação do sorriso e dos dentes– PS 100%; BS 94,3%; c) Apontar a boa higiene como a razão da importância da avaliação do sorriso - PS 45,6%; BS 40,2%; d) Contratar candidato com falta visível de elementos dentários - PS 42,3%; BS 56,6%; e) Considerar normal a perda de dentes: PS 9,6%; BS 18,7%. A oferta de assistência odontológica foi significativamente maior (p<0,05) no PS (19,2%) em relação ao BS (5,7%). Não houve diferença estatisticamente significativa, ao se utilizar o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (p>0,05), em relação aos aspectos analisados, nos diferentes setores (Va, A e Ve), tanto para o PS e  quanto para o BS. Pôde-se concluir que a estética bucal é um fator levado em consideração na seleção de funcionários, particularmente por estar associada a higiene bucal, sendo a falta de elementos dentários um aspecto excludente na obtenção de emprego.

B153

Lesões traumáticas: avaliação na clínica de odontopediatria da UFBa.

A. CASTRO ALVES *, F. RAYNAL, E. FERREIRA, D. M. PIRES

Dep.Odont. Social da Univ. Fed. da Bahia. Odontopediatria - alvesac@ufba.br

Foram avaliadas 1168 fichas de pacientes com a proposta de determinar a prevalência de traumatismo na Urgência da Odontopediatria da UFBA, no período de 1994-98. Os dados foram inseridos no Epi-6.02 e aplicado o c2. A prevalência de trauma foi de 10,93% (128 crianças), de 9 meses a 15 anos de idade (5,3 ± 3,5), sendo 53 meninas e 75 meninos. A região ântero-superior foi a mais afetada (97,7%). Foram registrados 126 pacientes com envolvimento dental. Dos 73 (57%) traumatizados na dentição decídua os incisivos centrais superiores foram os mais envolvidos, como na maioria dos casos com dentição permanente. Foram observadas 180 lesões traumáticas, das quais 79 em tecidos duros, principalmente a fratura não complicada de coroa (49,4%). Das 75 lesões em periodonto, 62,7% corresponderam as luxações com a intrusão em maior prevalência (59,6%). Foi observado ainda que 3 lesões ocorreram em apenas tecidos moles e 23 foram diagnosticadas tardiamente; 56,6% necroses e 21,7% reabsorções. Crianças com dentição decídua sofreram a maioria das fraturas coronárias complicadas (55,2%) e das intrusões (82,1%), neste caso 95,7% para as de 0-3 anos (c2=59,87, p<0,01). Na dentição permanente prevaleceram as fraturas coronárias não complicadas (87,2%). A frequência de trauma foi maior na dentição decídua. Os incisivos centrais superiores decíduos e permanentes foram os mais afetados, com a prevalência maior nos meninos.

B154

Avaliação clínica longitudinal do paciente atendido na Bebê Clínica da UFRGS.

D.B.ROSITO, M.C. FIGUEIREDO, J.A. MICHEL, S.C. SCHERER

Faculdade de Odontologia - UFRGS - (051) 969-8463

O objetivo deste estudo longitudinal de 8 anos de acompanhamento foi avaliar o perfil de 491 infantes entre 0 e 45 meses de idade cadastrados na Bebê Clínica da F.O.UFRGS, fazendo uma análise comparativa com o perfil do paciente atual que não mais ingressa em sua totalidade por livre demanda, mas é captado por meio de programa informativo-educativo. Além disso foi proposta a mensuração do resultado do tratamento proposto para esta população. A metodologia empregada neste estudo foi a coletânea de dados obtidos de fichas clínicas que abordavam exame clínico (controle de placa, distribuição do motivo da consulta pela faixa etária e avaliação de atividade de cárie inicial e final dos pacientes). Dentre os resultados obtidos destaca-se que a despeito do motivo mais prevalente para a primeira consulta continuar sendo a cárie dentária (51,2%), o motivo prevenção demonstrou crescimento em relação às avaliações prévias, atingindo 32,7% dos casos. A procura de pacientes no primeiro ano de vida atingiu 11,7% do total de pacientes ingressados. Houve declínio no número de pacientes cariativos (61,7%) que procuraram atendimento em relação aos dados da última avaliação. Conclui-se que houve aumento do número de pacientes ingressos na faixa etária de 0-1 ano, tendo como consequência o aumento da procura para a prevenção, a despeito do principal motivo para a primeira consulta ainda ser a cárie dentária. Houve também diminuição do número de pacientes cariativos no exame inicial no último ano comparado à análise da contagem total de pacientes ao longo dos 8 anos de programa.

B155

Avaliação do tipo de material restaurador utilizado em dentes posteriores na Clínica Odontológica da F.O.UFMA. 

C. M. C. ALVES*,  D.S. SILVA, A.L.A. PEREIRA, A.F.V. PEREIRA

Fac. de Odontologia da Univ. Federal do Maranhão - MA - (098) 236-1558

Mudanças na prevalência de cárie, desenvolvimento de novos materiais restauradores e preocupação com a toxicidade do mercúrio nas restaurações de amálgama têm estimulado o interesse científico na busca de novos tratamentos (ALBERTINI, 1997). O objetivo desta pesquisa foi verificar a utilização do amálgama  nas clínicas da faculdade de odontologia da UFMA . Foram examinadas restaurações em dentes posteriores de pacientes com faixa etária entre 13 e 70 anos. Foi elaborada uma ficha, com um questionário onde constavam informações referentes ao sexo e idade do paciente, o dente onde foi realizada a restauração, as faces restauradas, dados sobre a profundidade da cavidade, se a restauração seria ou não protegida, além do material de escolhido para a restauração e o motivo desta escolha. De acordo com os resultados encontrados, observou-se que 62,14% das restaurações realizadas foram de resina composta, enquanto que as restaurações de amálgama correspondem a 37,86%. Em cavidades rasas e médias, a resina composta foi o material de escolha em 86,1% e 66,7%  respectivamente, e nas cavidades profundas, houve o predomínio do amálgama, correspondendo a 67,7%. O principal motivo para a utilização do amálgama foi “maior resistência ao desgaste e à fratura” enquanto que para a resina foi o “fator estético”. Dentro dos limites desta pesquisa podemos concluir que: 1) A escolha de resinas como material restaurador para dentes posteriores é cada vez  maior; 2) Há uma tendência nesta escolha, embora nem sempre a  indicação seja a mais correta.

B156

Epidemiologia descritiva dos casos de câncer de boca atendidos no Centro Oncológico da Região de Araraquara.

L. H. M. NEVES *, M. J. MENDONÇA

(Dep.O. Social, FOAr – UNESP);  fone:(55)(16)232-1233;  fax:(55)(16)222-4823; lune@techs.com.br

Essa pesquisa teve como objetivo, fazer um estudo epidemiológico descritivo dos casos de câncer de boca atendidos no Centro Oncológico da Região de Araraquara (CORA), no período de 1988 a 1997, segundo as variáveis sexo, idade e localização anatômica do tumor. Dos prontuários dos pacientes atendidos nesse período, foram selecionados para análise, os casos de câncer classificados como 140 a 145, segundo a 9a revisão da CID. Foram observados 235 casos de câncer de boca, dos quais 185 ocorreram no sexo masculino e 50 no feminino. A ocorrência de casos antes dos 40 anos de idade foi muito pequena, sendo que a idade média encontrada para os homens foi de 63,5 anos e, para as mulheres, 66,5 anos. No sexo masculino, a maior proporção de casos foi observada no grupo etário de 60 a 69 anos (28%) e, no sexo feminino, no grupo acima dos 79 anos (26%). Para ambos os sexos, o câncer de língua foi o mais freqüente (35% dos casos masculinos e 24% dos casos femininos), seguido pelo câncer de assoalho (22% e 14%) e pelo câncer de lábio (14% e 12%). A mais alta razão masculino/feminino foi observada para o câncer de assoalho (5,8:1) e, a mais baixa, para o câncer de gengiva (0,4:1). Conclui-se que, no CORA, no período em estudo: o número total de casos de câncer de boca encontrado para os homens foi superior ao encontrado para as mulheres, sendo observada uma razão masculino/feminino de, aproximadamente, 4:1; a grande maioria dos casos de câncer de boca ocorreu em pessoas com mais de 40 anos de idade (97% dos casos); a língua foi a localização mais freqüente, correspondendo a 33% do total dos casos de câncer de boca observados.

B157

Odontologia no pré-natal, uma necessidade.

S. BARROSO*, J. MIASATO, L. DAMASCENO, C. SILVA, T. GRAÇA

Curso de Pós-Graduação em Odontologia Social  - UFF - Niterói - RJ - (021) 455-1737

O propósito deste estudo foi avaliar os conhecimentos de saúde geral e de saúde bucal em uma amostra de 141 gestantes atendidas em 2 Unidades de Saúde de Niterói, RJ, no período de julho a outubro de 1998. As gestantes apresentavam idade entre 14 e 40 anos (Md=22,0; Me=23,7 +5,8); escolaridade média de 6,4 anos e a renda familiar de 3,1 salários mínimos. Foi observado que 91,6% estavam orientadas sobre a importância da amamentação natural. Destas; 72,3% acreditam que o leite materno evita doenças; enquanto que 27,7% responderam que o leite natural alimentava ou desenvolvia o recém-nascido. 61,7% foram orientadas nos Postos de Saúde e as demais 38,3% receberam informações de familiares, de amigos ou assistiram na TV. No entanto, quando indagadas; (1) se a gravidez enfraquecia seus dentes e; (2) se os antibióticos “estragavam” os dentes das crianças, as respostas foram as seguintes expressas abaixo: 

                                                      Respostas (%)                                Sim            Não          Não Sabe

                                                      Perguntas

                                                             (1)                                                                  59,6           12,8             27,6

                                                             (2)                                                                  89,4             2,8               7,8                                                                                                                                           

                                                   

Os resultados sugerem a inclusão da Equipe Odontológica no atendimento pré-natal, visando melhorar os conhecimentos das gestantes em relação à saúde bucal.

B158

Grau de conhecimento dos Cirurgiões - Dentistas sobre lesões bucais de sífilis adquirida.

N.A.TATO*,M.U.ALVES,W.PADILHA,L.M.CORREIA,V.A.PEREIRA., C.F.FELICIANO

Pós-graduação em Odontologia Social-UFF,UNIG,UNESA - (021) 239-2837

O  presente trabalho tem por objetivo analisar  o grau de conhecimento do Cirurgião-Dentista quanto ao diagnóstico das manifestações bucais da sífilis adquirida, durante a anammese e exame clínico de rotina. O método utilizado foi o indutivo através de questionários dirigidos a uma amostra representativa da população alvo constituída por Cirurgiões-Dentistas pertencentes às Forças Armadas. Após o tratamento estatístico dos dados coletados, constatou-se  que 31% dos Cirurgiões-Dentistas realizam  anamnese do paciente frente a uma lesão bucal não identificada e 29% o encaminham para o especialista. Quando questionados a respeito das  possibilidades diagnósticas através de documentação fotográfica de placa mucosa, 38% responderam corretamente, seguidos de 29% que suspeitaram tratar-se de ulceração aftosa recorrente. Diante de um paciente que afirma ser portador de sífilis, 31% encaminham-no ao especialista. Dos entrevistados, 53% afirmam que a importância do diagnóstico da sífilis pelo Cirurgião-Dentista está em evitar o desenvolvimento da doença., assim como o tratamento da sífilis primária é de sua competência apesar de não se julgarem capazes de o fazer.  Conclui-se, através da presente pesquisa de campo  que os profissionais envolvidos estão atualizados e preparados para o diagnóstico das manifestações bucais da sífilis, embora  a grande maioria não se considere apto a   tratar tal condição, o que nos leva a questionar se os cursos de graduação em Odontologia estão realmente preparando os graduandos para atuar como promotores de saúde e não somente como meros técnicos de última geração.

B159

Verificação das expectativas das crianças com relação ao tratamento odontológico.

V. J. PAVAN*, M. L. R. SOUSA, R. S. WADA, A. B. MORAES.

Departamento de Odontologia Social FOP/UNICAMP;FCL/UNESP. Fone: (019) 433-9868.

O objetivo deste trabalho foi verificar se crianças de 6 anos que não tinham experiências prévias em tratamentos dentários  apresentariam, assim mesmo, sinais de preocupação enquanto aguardavam o atendimento odontológico.  As entrevistas individuais (n=63) foram realizadas pela pesquisadora VJP através de questionário padrão com 3 perguntas sequenciais: Q1“Daqui a pouco você vai ser consultado pelo CD, como está se sentindo?”;Q2 Imagine que será o próximo a ser atendido, como se sentirá?”;Q3 “Imagine que está sentado na cadeira do CD, como se sentirá?”. As respostas abertas foram agrupadas em 4 tipos de reações. A maioria respondeu “muito divertido” (46,03%) na Q1; na Q2 “um pouco preocupado” (41,27%) e na Q3 “tenso ou ansioso”(47,6%). Utilizou-se o teste de McNemar para verificar mudanças de categorias ocorridas devido à proximidade do evento, agrupando-se as reações das crianças em 2 categorias: preocupados e não-preocupados. O teste foi estatisticamente significante (p<0,05) para Q1 e Q2 evidenciando-se um aumento significativo de tensão e ansiedade à medida em que se aproximava o momento de ser atendido. Na Q1:39,68% das crianças estavam um pouco preocupadas ou com medo de sentir dor, aumentando para 80,95% na Q2 (um pouco preocupado, tenso, ansioso). Em Q3 a porcentagem de crianças um pouco preocupadas, tensas, ansiosas diminuiu para 68,25%. Entretanto deve-se ressaltar o fato de que a porcentagem de crianças tensas (22,22%) em Q2 dobrou em Q3 (47,62%). O grau de ansiedade das crianças aumentou conforme a proximidade do atendimento ou sugestão do mesmo, demonstrando ainda, que mesmo nestas crianças que não tinham experiências prévias em tratamentos dentários há a presença de um alto grau de ansiedade e tensão previamente ao atendimento odontológico.

 

B160

Estudo das medidas lineares e angulares dos arcos dentários superiores e inferiores e sua importância pericial. 

T. A. SALIBA*, D. F. NOUER, C. A. SALIBA, E. DARUGE. 

Departamento de Odontologia Legal – FOP-UNICAMP - (018) 623-8900

O estudo das medidas lineares e angulares dos arcos dentários apresenta grande importância pericial, permitindo a diferenciação de indivíduos quanto ao sexo. No presente trabalho, efetuou-se uma análise objetiva, no sentido de avaliar as dimensões comprimento e largura dos arcos dentais, busca do possível dimorfismo sexual. Deste modo, foram realizadas 100 tomadas radiográficas, do tipo oclusal, em 50 indivíduos, dos quais 25 eram do sexo masculino e 25 do feminino, na faixa etária entre 20 a 24 anos, todos apresentando arcos dentários superiores e inferiores completos. As imagens radiográficas foram transferidas para um computador, com auxílio de um Scanner, quando posteriormente os traçados e as medições foram realizadas, utilizando-se o Software “Corell Draw”, versão 6.0. Os resultados foram submetidos à análise de variância. As medidas lineares relativas aos pré-molares e molares, do arco superior, apresentaram diferenças estatisticamente significantes, enquanto que no arco inferior, apenas as medidas dos molares apresentaram diferenças significantes. As medidas angulares do arco superior não apresentaram diferenças estatisticamente significantes, entre os  sexos, enquanto que, no arco inferior, apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre os sexos, executando-se os ângulos relativos aos pré-molares e molares diretos. Podemos concluir que a técnica empregada permite a realização do registro de medidas angulares e lineares dos arcos dentários superiores e inferiores de maneira segura, para aplicação em perícia de natureza Odonto-Legal. As medidas lineares tem maior importância no processo de identificação.

B161

Saúde bucal dos escolares em Paulínia: Avaliação por cinco anos.

P.R.GOMES*; M.L.R.SOUSA & R.WADA.

Departamento de Odontologia Social. Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP.  Fone (019) 874-5676

O objetivo deste trabalho foi avaliar a saúde bucal do grupo de escolares com 12 anos de idade envolvidos em programas preventivos desde 1994 no Município de Paulínia. Utilizou-se o índice CPO  além de duas outras formas de avaliação da saúde bucal: crianças livres de cárie (tanto na dentição decídua como na permanente, ou seja, ceo=o e CPO=0) e o Coeficiente de Saúde Bucal no qual o numerador é representado pelo número de dentes hígidos e o denominador pelo total de dentes irrompidos. A média de dentes irrompidos foi de 25 dentes. O CPO foi de 3,0 em 1994; 2,9 em 1995; 2,1 em 1996; 1,8 em 1997 e 1,4 em 1998, apresentando decréscimo de 53% em cinco anos. A partir desses dados, obteve-se um coeficiente de correlação igual a 0,978. O Test t realizado mostrou-se estatisticamente significante (p<0.01), evidenciando a existência de uma correlação negativa, isto é, uma tendência de decréscimo no índice CPO ao longo do período em questão. A porcentagem de crianças livres de cárie mais do que triplicou no mesmo período, sendo de 13,2% em 1994 e 42,7% em 1998. Houve também um aumento progressivo dos dentes hígidos em relação ao número de dentes irrompidos (88,4% em 1994; 88,2%  em 1995; 91,5% em 1996; 92,7% em 1997 e 94% em 1998). Os resultados indicaram que os escolares do Município de Paulínia vem melhorando sua saúde bucal ao longo dos anos e que provavelmente o Município, em continuando com seus programas preventivos atuais, atingirá antes do ano 2010 a meta proposta pela OMS de CPO menor que 1 para este grupo etário.

B162

A utilização de dentes naturais nas Reuniões Anuais da SBPqO.

I. M. M. DUARTE*, C. A. WADA, J. C. P. IMPARATO

Disciplina de Odontopediatria da FOUSP-SP  crmdrodr@siso.fo.usp.br  (011) 818 7854

A evolução científica traduz-se principalmente pelo aprimoramento de conceitos que formam a base do conhecimento. Numa visão mais específica, tem-se observado na área odontológica a utilização de dentes naturais para a realização de pesquisas diversas (in vivo, in situ e/ou in vitro). O objetivo deste trabalho foi avaliar a quantidade de pesquisas que são conduzidas com envolvimento direto de dentes naturais. Para analisar essa hipótese. Foram revisados os anais da 14ª e 15ª Reuniões Anuais da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica, referentes aos anos de 1997 e 1998, respectivamente. Desta forma, somou-se o número total de trabalhos e a partir desse dado obteve-se o número relativo àqueles que utilizaram dentes. Observou-se que no ano de 1997 foram apresentados 382 trabalhos, sendo 78 (20,4%) envolvendo dentes naturais (humanos, bovinos, caninos e roedores). Desse total, 2556 dentes foram humanos (97 decíduos e 2459 permanentes). No ano de 1998 encontrou-se o total de 540 trabalhos, com 139 (25,74%) conduzidos com dentes naturais (humanos, bovinos, caninos e roedores), totalizando 5309 dentes humanos (93 decíduos e 5216 permanentes).Concluímos que os dentes naturais, especialmente os humanos, são muito reaproveitados nas pesquisas, porém há necessidade de uma padronização em relação aos métodos de armazenamento, desinfecção e esterilização, com citação nos resumos de tais etapas para uma possível comparação de resultados. Além desses fatos é imprescindível que se comece a tratar o dente humano como um órgão e com ética, mencionando sempre a origem e investindo na organização de Bancos de Dentes Humanos

B163

O consumo em peso de dentifricio fluoretado utilizado por crianças de 2 a 7anos.

E. B. MENDES*, M. N. MELLO, V. S. ANTUNES, W. W. N. PADILHA

Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF / Niterói – RJ - (021) 430-6609

Este trabalho objetivou verificar a quantidade, em peso, de dentifrício fluoretado que é utilizado por crianças e relacioná-la com o uso de água de abastecimento, orientação sobre a quantidade a ser disposta e o tamanho da escova. A metodologia utilizada foi a indutiva, com procedimento estatístico. A técnica empregada foi a observação direta em pesquisa de campo do tipo quantitativo-descritivo. O universo amostral compos-se de responsáveis e crianças participantes do programa preventivo da SMS/RJ, em dois postos de saúde. A amostra foi definida por conveniência, reunindo 120 crianças entre 2 e 7 anos. Padronizou-se o creme dental a partir da sua disposição pelo responsável ou pela criança sobre um saco plástico que cobria a escova, o qual era retirado sem perda de creme dental, vedado, e acondicionado em ambiente refrigerado até a pesagem. Esta foi feita em laboratório do INMETRO (DIMEL). Os resultados obtidos foram: 95,9% da amostra utiliza água de abastecimento público; 48,3% dos participantes já havia sido orientado sobre a quantidade correta; o peso de creme dental médio utilizado foi de 0,56g (s = + 0,39) correspondendo a 0,84mg de flúor; 50,8% das amostras estavam abaixo de 0,5g; O teste estatístico do X2 foi significante para a relação orientação recebida x tamanho da escova (p<0,05); e em relação a orientação recebida x peso utilizado (p<0,01). Não foi significante para a relação idade x tamanho da escova (p>0,05); tamanho da escova x peso utilizado (p>0,05) e para idade x peso utilizado (p>0,05). Em conclusão, podemos afirmar que a orientação profissional interferiu positivamente no uso do creme dental fluoretado, principalmente em relação a quantidade de creme dental e a adequação do tamanho da escova. A quantidade de fluoreto utilizada pode levar estas crianças a uma superexposição a este íon.

B164

Incidência e tratamento de traumatismo facial por projétil de arma de fogo Rio de Janeiro.

L. R.  XAVIER*, L. E. L. P. QUINTANILHA, W. W. N. PADILHA

Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF / Niterói, RJ -  9617-0295

Este estudo objetivou apresentar a incidência e descrever os tratamentos emergenciais utilizados para os traumatismos provocados por projétil de arma de fogo (PAF), nos principais hospitais públicos da cidade do Rio de Janeiro. A metodologia foi a indutiva, com procedimento estatístico descritivo e técnica de observação indireta com análise dos prontuários do setor de emergência dos hospitais Souza Aguiar e Miguel Couto. Dentre todos os prontuários foram utilizados aqueles refrentes ao traumatismo facial, cobrindo o período de 1996 a 1999. Foram registrados os dados referentes a idade, sexo, cor, local da fratura, e procedimentos operatórios realizados. Os resultados obtido foram: Total de casos - 56; A idade variou de 10 a 77 anos; Os pacientes do sexo masculino foram 44 (78%), do sexo feminino 4 (7,1%) e 8 não informaram. Quanto a cor 44% foram brancos, 41% pardos e 15% negros. Foram registrada 25 fraturas. As fraturas mais frequentes foram: 15 (60%) na mandíbula, 1 (4%) na maxila, 2 (8%) envolvendo mandíbula e maxila, 3 (12%) no zigomático, 1 (4%) envolvendo a mandíbula e o zigomático, 2 (8%) ossos nasais e 1 (4%) no septo nasal. Como tratamento emergencial considerou-se os exames diagnósticos e de localização do projétil, encontrando-se 54 exames radiográficos de 14 modalidades e 10 exames laboratoriais de 4 modalidades. Os procedimentos realizados foram 120 compondo-se de 16 ações diferenciadas. Os mais frequentes foram : vacina antitêtânica : 26; sutura, 20; reposição volêmica 19;  medicação 15. Concluíu-se que a incidência foi inespecífica, com destaque para o sexo masculino. Os atendimentos emergenciais não seguiram um protocolo de tratamento específico e apresentaram particularidades ainda não descritas na literatura.                  

Projeto com apoio PIBIC / CNPq / UFF

B165

Identificação odontolegal pesquisas indexadas no MEDLINE 94 - 99.

F. IGAI*, R. F. H. MELANI, E. K. ANZAI, R. N. OLIVEIRA

Departamento de Odontologia Social FOUSP. (011) 818.7891  rogerio@fo.usp.br

Propomos a realização de um estudo sobre a expressividade da Odontologia Legal no campo da Identificação médico legal baseada em quantificação, classificação e análise  dos artigos publicados e indexados no MEDLINE no período de 1994 a1999. O estudo foi realizado através de pesquisa eletrônica no MEDLINE (via Internet). Utilizamos como extratores principais os termos : Forensic Dentistry Identification seguidas de algumas categorias obtidas através de uma revisão literária. Feita a análise quantitativa, obtivemos 206  artigos referentes à Odontologia Forense , publicados desde 1994, destes  81 específicos sobre identificação humana. Analisamos e separamos nas seguintes categorias principais: Identificação individual, marcas de mordida, Antropologia Forense, protocolos, desastres de massa e crimes de guerra.O número de trabalhos publicados nos últimos cinco anos é significativo, comprovando a importância e aplicabilidade da Odontologia Forense como auxiliar na identificação médico legal, desde a parte de documentação até a extração de DNA presente na polpa dental, sobreposição de imagens entre outros.  Existem casos onde sem a colaboração do odonto legista uma identificação torna ‑ se inviável.

B166

Uso, frequência e marca de produtos de higiene oral.     

S.R.AMARAL*; S.R.M.FERREIRA; J.H.V.SERRÃO; J.L.G.C.da SILVEIRA; W.W.N. PADILHA  

Pós-graduação em Odontologia Social - UFF / F.O.- UFF - RJ - (021) 396-5730

Os objetivos desta pesquisa foram: verificar o uso, a freqüência e a marca de produtos de higiene oral disponíveis no mercado (enxaguante-antiplaca, escova dental, fio dental e dentifrícios), verificar relatos de alterações na cavidade oral após o uso contínuo desses produtos pelos usuários, investigar a origem da  prescrição e critérios adotados para a compra desses produtos. O método utilizado foi o Indutivo com procedimento estatístico descritivo, sendo realizada uma Observação Direta Extensiva, tendo como instrumento um formulário, cujas perguntas foram destinadas a 200 transeuntes, escolhidos aleatoriamente, no centro de Niterói-RJ. Obteve-se: 66% dos entrevistados receberam recomendação profissional quanto ao uso dos produtos, sendo que o fio dental aparece com 53% das recomendações; 33% utilizam soluções fluoretadas, das quais 46% por recomendação do dentista, 43% utilizam uma vez/dia, 30% a marca Colgate Plax, 80% relataram benefícios após o uso deste produto; dos que utilizam fio dental, 62% foi por recomendação do dentista, 32% uma vez/dia, 37% utilizam a marca Johnson & Johnson, 55% relataram benefícios; 26% dos entrevistados utilizam dentifrício da marca Sorriso, 59% relataram escovar os dentes 3 vezes/dia. Critérios de compra mais adotados: fio dental - 25% pelo preço; dentifrício 38%, escova 36% e enxaguante 30% pela mídia; este último com 26% de recomendação profissional. O critério predominante na escolha da compra dos produtos foi a marca, sendo o marketing o principal incentivador.As pessoas demonstram não saber a importância do flúor e a necessidade da escovação da língua, entretanto são bem orientadas com relação à freqüência do fio e da escova.

B167

Características sócio-econômicas dos pré-escolares atendidos na clínica extramuro da FOP/UNICAMP.

E. A. DRESSANO*, MLR SOUSA, M.F. TAGLIETTA, R.S.WADA, V.J.PAVAN

Depto. Odont Social. FOP-UNICAMP. F: (019) 433-5347

Os objetivos deste trabalho foram verificar as características sócio-econômicas das famílias dos pré-escolares atendidos na clínica extramuro da FOP/UNICAMP, além de ser um estudo exploratório para verificar a relação existente entre saúde bucal e a procura pelo cirurgião dentista.. Foram enviados questionários, através dos agentes de saúde, para 246 famílias. Destas 69 tinham renda familiar entre 1-2 salários-mínimos (G1); 120 tinham renda familiar entre 3 a 5 salários mínimos (G2) e 57 tinham renda familiar entre 6 a 10 salários mínimos (G3). As crianças tinham em média 6,2; 6,3 e 6,4  anos de idade no G1; G2 e G3, respectivamente e apresentaram ceo 3,4; 3,5 e 3,2 respectivamente, sendo que o percentual de crianças livres de cárie foi de 36,2%(G1); 29,2%(G2) e 31,6%(G3). O número médio que as crianças escovavam os dentes por dia foi de 2,2; 2,4 e 2,5 para G1; G2 e G3, respectivamente. O número médio de moradores por habitação foi de 5,0; 4,8 e 4,9 para G1,G2 e G3. No G1 42,6% das crianças já haviam ido ao dentista, sendo 62,5%% no G2 e 68,4% no G3 que já haviam ido ao dentista anteriormente.  Os dados sugerem uma tendência do grupo de crianças mais pobres procurar menos o dentista e possuir maior porcentagem de crianças livres de cárie. Isso suscita a hipótese da relação inversa entre ir ao dentista e ser livre de cáries. Esta hipótese necessita ser melhor explorada, assim como já foi levantada em outros trabalhos da literatura internacional.

B168

Traumatismo bucal na dentadura decídua de pacientes fissurados.

M. R.GOMIDE*, C. M. LONTRA, B. COSTA, L.T. NEVES.

Depto. Odontopediatria – HRAC-USP-Bauru – (014)2358141

Por não existir na literatura estudos sobre a ocorrência de traumatismo bucal na dentadura decídua de portadores de fissura de lábio e/ou palato, realizou-se esta pesquisa através de uma entrevista aos pais de 1001 pacientes do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-USP, de 6 a 59 meses, de ambos os sexos, a fim de verificar esta prevalência. Os dados revelaram uma ocorrência de 38%, sendo 81% de trauma em tecidos moles e 19% de traumatismo dentário. Deste último, 37% constituíram fraturas dentárias e 24% avulsão. As quedas foram as causas de 92% dos traumatismos e os acidentes de apenas 8%. 76% da amostra apresentava fissura com envolvimento do lábio e desta 40% sofreram trauma. Quando se realizou o testec2 não se detectou associação positiva entre a ocorrência de trauma e a presença de fissura no lábio. A partir destes resultados verificou-se que portadores de fissura de lábio e/ou palato apresentaram prevalência e causas de traumatismos bucais semelhantes a crianças não fissuradas.

 

B169

Conhecimento e atitudes em saúde bucal de profissionais que atendem crianças hospitalizadas.

E.M.M.B. COSTA*; G. CASTRO; M.E. RAMOS; I. CHIANCA; I.P.R. SOUZA

Odontopediatria - UFRJ-UERJ-UNESA-FOA. Tel. (021) 295 7011

O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de conhecimento e atitudes relacionados à saúde bucal de profissionais que atendem crianças hospitalizadas. Após a aprovação do Comitê de Ética do Hospital Universitário-UERJ, foram distribuídos 100 questionários no Setor de Pediatria contendo questões sobre prevenção, controle e tratamento de doenças bucais. Obteve-se o retorno de 52% dos questionários, dos quais 27% de médicos, 42% de auxiliares de enfermagem, 2% de assistentes sociais e 29% de enfermeiros. Os dados foram armazenados no Programa EpiInfo 6.04 e o teste Qui-quadrado foi empregado para testar associação entre variáveis categóricas. Em relação à estomatite, 75% conheciam a doença e 83,7% sabiam como preveni-la. Os médicos e os enfermeiros conheciam mais sobre as conseqüências da estomatite quando comparados aos auxiliares de enfermagem (p<0,001). Em relação a cárie, apenas 47% conheciam sua etiologia, sendo que os médicos, quando comparados aos outros, mostraram maior conhecimento tanto sobre as causas (p<0,01), como sobre suas conseqüências (p<0,05). Todos foram unânimes em relatar que a cárie é uma doença que pode ser prevenida e 98% sabiam como fazê-lo. Medidas de prevenção à cárie eram adotadas no hospital por 78% dos entrevistados, principalmente pelos auxiliares de enfermagem e enfermeiros (p=0,08). No entanto, somente 33% destes adotavam medidas corretas. Concluiu-se que o conhecimento sobre doenças bucais foi menor entre os profissionais de nível técnico. Por serem estes os profissionais que atuam diretamente no atendimento da criança hospitalizada, sugere-se que seja implantado um programa de educação para saúde bucal voltado para este grupo.

B170

Percepção do usuário do SUS do Processo Saúde-Doença.

R.N. SALCIARINI*;F.F.D’AMATO;J.L.G.C. SILVEIRA; J.H.V. SERRÃO; W.W.N. PADILHA 

Pós-graduação em Odontologia Social – UFF - Niterói – RJ - (021) 710-7058

Este estudo teve por objetivo avaliar as noções do usuário do SUS em relação ao processo saúde-doença, relacionando-as com o Marco Conceitual da prática odontológica, segundo o modelo Tradicional ou Integral definido por Mendes. Utilizou-se o método de abordagem Indutivo, com procedimento tipológico e estatístico (teste X2). A Amostra abrangeu 50 acompanhantes de crianças inscritas no Programa de Saúde Bucal do CMS Belizário Penna SMS-RJ, no período de março/abril de 1999. A técnica empregada foi a de Observação Direta Extensiva, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário estruturado com 6 perguntas fechadas que pretenderam verificar: 1) a participação comunitária no SUS; 2) noções da determinação social da doença; 3) atribuições da rede de atendimento na promoção da saúde; 4) reconhecimento da delegação e distribuição de funções na equipe de saúde; 5) noções de saúde e cidadania. 6) integração das ações curativas, preventivas e educativas. Observou-se que 58% das respostas apuradas possuíam elementos que as identificavam com o modelo de prática Integral proposto por Mendes, contrapondo-se ao modelo Tradicional. A análise estatística revelou diferença singificante, ao nível de 1%, entre as respostas obtidas, que caracterizaram dois grupos distintos, identificáveis segundo o modelo Tradicional ou Integral, com predominância do segundo. Há um reconhecimento, por parte do usuário do S.U.S., de que o acesso aos serviços e a manutenção da saúde são também determinados pelas condições sociais e de cidadania, com uma  maior identificação com os princípios que norteiam o modelo Integral.

B171

Estudo histológico de matrizes ósseas desmineralizadas sobre o reparo ósseo.

R.R. GARCIA*, J.R. ALBERGARIA BARBOSA

Depto. de Diagnóstico Oral – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp - (021) 430-5274

O desenvolvimento de materiais que possam induzir a neoformação de tecido ósseo perdido evita a necessidade de uma segunda cirurgia para obtenção de enxerto ósseo autógeno. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar histologicamente o efeito de dois tipos de matrizes ósseas desmineralizadas, sobre o processo de reparo ósseo em calvária de coelhos.Foram utilizados dezoito coelhos e em cada calvária foram preparadas duas cavidades ósseas cirúrgicas, sendo uma do lado direito e a outra do lado esquerdo da sutura parietal. As cavidades do lado esquerdo foram utilizadas como controle e preenchidas apenas com sangue do animal. No grupo I, as cavidades do lado direito foram preenchidas com uma matriz óssea desmineralizada de origem bovina (OSSEOBOND®). No grupo II, as cavidades do lado direito foram preenchidas com uma matriz óssea desmineralizada de origem humana (DEMBONEä). Os animais foram sacrificados nos períodos pós-operatórios de 3, 7 e 15 semanas. A análise das amostras sob microscopia ótica revelou que no grupo I as partículas foram reabsorvidas mais rapidamente que no grupo II. Nos períodos de 7 e 15 semanas a neoformação óssea foi melhor nos grupos I e II em relação as cavidades de controle. Nos grupos I, II e nas cavidades controle a neoformação óssea foi melhor evidenciada após 15 semanas, apesar de não ter ocorrido regeneração óssea completa em nenhum dos grupos estudados.

 

Apoio Financeiro: FAPESP   nº 97/04123-5

B172

Efeito da esterilização em autoclave, sobre propriedades mecânicas das miniplacas de titânio, utilizadas em fixação interna.

V. A., Pereira Filho*; L.A., Passeri

Depto. de Diagnóstico Oral – FOP-Unicamp - (019) 4305274

As placas e parafusos de titânio têm grande utilização na fixação de fraturas faciais e em cirurgias ortognáticas. Esse material permanece acondicionado em caixas e recebe múltiplas esterilizações através de calor úmido, em autoclave. Nesse trabalho, foram avaliados os efeitos dessa forma de esterilização sobre as propriedades mecânicas das miniplacas de titânio (sistema 2,0 mm, Engimplan®). Para isso, foram utilizados quatro grupos de quinze placas, testadas em máquina de ensaio universal (M.E.U.), quanto à resistência à tração, à flexão e à compressão. O grupo I, ou grupo controle, não foi exposto à ação  da autoclave, o grupo II recebeu um ciclo de esterilização, o grupo III, dez ciclos e o grupo IV, vinte ciclos.              Após sessenta ensaios mecânicos do tipo destrutivo, obteve-se uma planilha de dados com duas variáveis: força e deformação. Transformava-se, dessa forma, esta planilha em um gráfico do tipo força versus deformação, a partir da qual se realizaria o cálculo para obtenção do limite de escoamento (se), em cada unidade experimental testada, com o objetivo de se obter uma variável numérica, que possibilitasse a comparação entre os grupos. Foram feitos testes estatísticos, a fim de se compararem as variáveis estudadas. Analisando-se os resultados, conclui-se que não houve diferença entre os grupos, nos ensaios de tração e de compressão. Entretanto, foi possível observar diferenças, entre os grupos, no teste de flexão.

 

Apoio Financeiro: CAPES

B173

Avaliação da Dexametasona e Meloxicam no Edema e Trismo

E. G. BASTOS*, E. D. DE ANDRADE, R. MAZZONETTO

Departamento de Diagnóstico Oral -Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp - (019) 430-5274

A tentativa de se encontrar meios para a redução do desconforto pós-operatório nas cirurgias de terceiros molares, como a dor, o edema e o trismo tem sido objetivo de muitos estudos na literatura odontológica, onde a avaliação de novas drogas anestésicas, analgésicas ou antiinflamatórias, tem sido realizada com este propósito. O objetivo deste trabalho foi comparar, clinicamente, a eficácia de duas drogas de ação antiinflamatória (dexametasona e meloxicam), administradas em dose única pré-operatória, no controle do edema e trismo, após exodontia de terceiros molares inferiores inclusos. Foram selecionados 16 pacientes adultos, com idade variando entre 15 e 27 anos, sem nenhum comprometimento local ou sistêmico, com indicação de exodontia de terceiros molares inferiores inclusos, bilateralmente e em posições similares. As drogas foram administradas, na primeira ou segunda cirurgia, aleatoriamente de forma duplo-cego. Fez-se avaliação do edema através da variação de pontos de referências faciais, e do trismo através da variação da distância interincisal. As mensurações foram registradas nos períodos pré-operatório e pós-operatório de 24 e 48 horas, sendo que os valores obtidos em cada avaliação receberam análise estatística. De acordo com os resultados, concluiu-se que não houve diferença significativa na limitação de abertura bucal, quando se compararam os tratamentos com o meloxicam ou dexametasona. Já em relação ao edema a dexametasona mostrou uma maior eficácia.

 

B174

Fratura do assoalho orbital: incidência e correlação com traumas faciais.

E. BERGAN* ; I. GANDELMANN ; M. A. CAVALCANTE; F. RODRIGUES; P. C. REIS; R. MACEDO; M. GUEDES.

Especialização em CTBMF-F.O.UFRJ - (021) 396-8747

As fraturas do assoalho orbital normalmente ocorrem devido a um traumatismo facial que podem vir ou não associados à outros tipos de danos as estruturas da face. Nas fraturas do assoalho orbital pode haver restrição do movimento ocular, por encarceramento dos  músculos extrínsecos do globo, como, diplopia e enoftalmia, com queda do globo ocular, ocasionando deformidade facial. As fraturas do assoalho orbital são relatadas na literatura como sendo fraturas associadas àquelas do complexo zigomático, e numa causuística de 1117 pacientes tratados pelo Serviço de Cirurgia Oral e Maxilo Facial do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e do Hospital Municipal Souza Aguiar, foi observado a incidência de fraturas de assoalho orbital, associadas com fraturas do complexo zigomático e do tipo Le Fort III. Deste total de pacientes, 989 apresentaram fraturas do complexo zigomático e 183 deles, fraturas do tipo Le Fort III. Foram encontrados 15 fraturas do assoalho orbital  associados com fraturas do complexo zigomático, o que equivale à uma incidência de 1,5 %, e também 5 fraturas do assoalho orbital associadas com fraturas do tipo Le Fort III, o que equivale à uma incidência de 2,7%. Concluímos assim, que as fraturas do assoalho orbital estiveram mais associadas com as fraturas do tipo Le Fort III. Partindo destes resultados obtidos, o Cirurgião Buco Maxilo Facial deve se preocupar quando houver presença de fraturas do tipo Le Fort III, em avaliar também, possíveis fraturas do assoalho orbital conjuntas, para que as mesmas não deixem de ser tratadas.

B175

Análise microbiológica da alveolite de ratos diabéticos não controlados.

A. ARANEGA*, T. OKAMOTO, E. Jr. GAETTI-JARDIM.

Dep. Cirurgia e Clínica Integrada da Fac. de Odont. Araçatuba- UNESP - (018) 563-1483

A microbiota do alvéolo infectado de ratos (Rattus novegicus, albinus, Wistar) diabéticos e controles foi avaliada qualitativa e quantitativamente após extração do incisivo superior direito e indução da alveolite. Imai et al. Can. J. Microbiol. 30: 186-91, 1984. Para isso foram utilizados 32 animais, sendo 19 submetidos à inoculação de estreptozotocina (35mg/Kg), dissolvida em tampão citrato 0,01M, enquanto 13 receberam apenas a solução tampão, atuando como controle. Após a verificação do estado glicêmico dos animais, todos os dentes supra-mencionados foram extraídos e induziu-se a alveolite através de salina pré-reduzida e epinefrina. Após verificação da instalação da alveolite, realizou-se no 4º e 10º dias após a cirurgia, a coleta microbiológica em 12 animais diabéticos e 10 controles. Os espécimes de pús coletados foram transferidos para o laboratório para o isolamento microbiano, o qual foi realizado após inoculação em ágar McConkey, ágar BBE, ágar CVE, ágar Sabouraud e ágar sangue, que foram incubadas em anaerobiose, a 37ºC por 2, 3, 4, 5 e 15 dias, respectivamente. A identificação dos isolados foi realizada pela determinação de suas características fenotípicas. A microbiota isolada de ambos os grupos foi submetida aos testes estatísticos de T Student e Fisher. Verificou-se que nos dois grupos os anaeróbios obrigatórios foram predominantes e não foram observadas diferenças estatisticamente significantes na microbiota dos animais diabéticos e controles.

B176

Estudo químico, macroscópico e da resistência à flexão de placas e parafusos de titânio usados na fixação interna rígida.

A. E. TRIVELLATO*, R. MAZZONETTO, S. CONSANI.

Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, Faculdade de Odontologia de Piracicaba–Unicamp - (019) 430-5274

O objetivo deste estudo foi comparar quatro sistemas de placas e parafusos de 2,0 mm utilizados em fixação interna rígida, sendo duas marcas nacionais (Engimplan e Bucomax) e duas importadas (Synthes e W. Lorenz). Foram realizadas as seguintes análises: composição química, através de espectrometria por dispersão de energia (EDS) e espectrometria de emissão atômica (AES), macroscópico através de medidas padronizadas e de resistência à flexão. Os resultados obtidos permitem concluir que as marcas nacionais apresentaram um comportamento inferior, em relação a padronização das dimensões das placas e parafusos avaliados, influenciando nos resultados dos testes de flexão, onde estas se comportaram da mesma maneira. Entretanto, a marca comercial  W. Lorenz utiliza liga de titânio-6alumínio-4 vanádio para a confecção dos parafusos, fato responsável pelo melhor resultado no teste de flexão, que qualquer outra marca. Os demais parafusos e placas apresentaram-se constituídos de titânio comercialmente puro, de acordo com a EDS e posteriormente confirmados pela AES.

 

Apoio Financeiro: Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

B177

Avaliação clínica da eficácia de placas reconstrutivas nas fraturas mandibulares.

F. M. ELIAS, I. A. BERENGUEL*, B. M. AVELAR, W. A. JORGE

Serviço de Urgências Buco-Maxilo-Faciais - HU - USP - SP - (011) 275-9698

Nas fraturas complexas e cominutivas da mandíbula, a utilização de placas reconstrutivas visa conter fragmentos ósseos e ou manter o perímetro do arco, até que haja condições locais satisfatórias para a enxertia óssea. No entanto, em certas ocasiões, a perda do alinhamento ósseo devido à deformação da placa, afrouxamento de parafusos ou infecção. (RAVEH et al.; J. Oral. Maxillofacial. Surg., 42: 281-94, 1994; SMITH et al.; J. Oral. Maxillofacial. Surg., 51: 1320-6, 1993.).O objetivo deste trabalho é avaliar clinicamente a eficácia das placas de titânio da marca OSTEOMEDâ como métodos de contenção das fraturas complexas e estabilização dos fragmentos das fraturas cominutivas da mandíbula. Para este estudo, foram avaliados nove pacientes operados entre 1995-1998, quatro com fraturas complexas e cinco com fraturas cominutivas da mandíbula, nos quais foram utilizadas placas reconstrutivas de titânio da marca OSTEOMEDâ. Nos quatro pacientes com fraturas complexas, não houve complicações pós-operatórias, sendo o mais antigo operado há 17 meses . Nos cinco pacientes com fraturas cominutivas houve perda do alinhamento em um, após seis meses, infecção e mobilidade em três, após seis, dez e vinte e quatro meses e ausência de complicações em um, após oito meses. Os autores concluíram que:1.A placa avaliada mostrou-se eficaz na contenção das fraturas complexas da mandíbula e no alinhamento e estabilidade das fraturas cominutivas por um período mínimo de seis meses. 2.Quando for necessário reconstrução mandibular com enxertos ósseos, estes devem ser realizados preferencialmente antes de 06 meses, tão logo o paciente apresenta condições locais e sistêmicas para o procedimento.

B178

Avaliação da resitência à tração, de parafusos monocorticais de 1,5mm.

L. R. S. RABÊLO*, L. A. PASSERI

Depto. Diagnóstico Oral - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp - (019) 430-5274

O objetivo deste trabalho foi avaliar  a resistência à tração de três marcas diferentes de parafusos, de 1,5 mm de diâmetro, inseridos de maneira monocortical em tíbias de coelhos. Foram testados 30 parafusos de titânio,  divididos em 3 grupos de acordo com a marca comercial  (W. Lorenz, Synthes e Engimplan). Os parafusos foram inseridos em fragmentos ósseos removidos de tíbias de coelho, que  foram armazenadas em solução fisiológica e congeladas à temperatura de -18°C, até a realização dos testes. Os segmentos ósseos foram incluídos em resina acrílica quimicamente ativada, no interior de cilindros de PVC. Cada segmento recebeu um parafuso inserido de maneira monocortical. Os corpos-de-prova foram levados a uma máquina de tração universal, onde por meio de um dispositivo adaptado ao mordente inferior da mesma, foram submetidos a testes de tração, a uma velocidade de 6 mm/min. Foi aplicada análise estatística não paramétrica de Kruskal-Wallis, ao nível de 5% de probabilidade, em prova bilateral. Os resultados indicaram diferenças estatisticamente significantes entre a tração exercida para remoção dos parafusos do grupo W. Lorenz, quando comparados ao grupo Engimplan. Os maiores valores de tração foram alcançados pelo grupo W. Lorenz, e os menores pelo grupo Engimplan. O grupo Synthes não apresentou diferenças estatisticamente significante, quando comparados aos demais.

 

Apoio financeiro: FAPESP

B179

Avaliação da osteotomia vertical em pacientes classe III esquelética com e sem disfunção articular.

P.J.A. MEDEIROS, K.C. OLIVEIRA, V.F. BARROS*, M.S. MIRANDA.

Dept. Diagnóstico e Cirurgia da FO-UERJ Fax:587-6382

A osteotomia vertical bilateral do ramo mandibular tem se mostrado a técnica de eleição quando se deseja o recuo da mandíbula. Os pacientes portadores de prognatismo mandibular eventualmente experimentam algum grau de disfunção da articulação temporomandibular (ATM), tendo maior propensão de desenvolvê- la que os pacientes não prognatas. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da osteotomia vertical, sem fixação interfragmentária, em pacientes portadores ou não de disfunção da ATM, baseado na função mandibular, comparando- se os resultados obtidos com os parâmetros pré- operatórios. Doze pacientes foram submetidos a esta técnica operatória, dentre os quais sete apresentavam sinais de disfunção da ATM. Nas fases pré- operatória imediata e pós- operatória de seis meses foram mensuradas a abertura máxima bucal, a lateralidades direita e esquerda e a protusiva dos pacientes, utilizando-se um medidor milimetrado padronizado. Foram avaliados também o número de contatos oclusais em ambas as fases. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística pelos testes: Qui-quadrado (p<0.05), de Wilcoxon (p>0.05) e “t”de Student. Concluiu-se que houve diminuição significativa no grau de disfunção da ATM entre as fases pré e pós- operatorias (x2 =5.93). Entre as duas fases, as lateralidades direita (t = -2.98) e esquerda (t = -2.96) aumentaram consideravelmente. Houve diminuição importante na abertura máxima bucal (t = 9.23). Estatisticamente, o número de contatos oclusais (W = -1.39) e protusiva (t = 0.77) não apresentaram diferenças entre as duas fases.

B180

Fatores que influenciam a dor pós- operatória na remoção dos terceiros molares inferiores.

P.J.A. MEDEIROS, V.F. BARROS, M.S. MIRANDA*

Dept. de Diagnóstico e Cirurgia da FO-UERJ Fax:5876382

O pós- operatório da cirurgia dos terceiros molares inferiores inclusos pode ser influenciado por fatores variados e complexos. O objetivo deste estudo foi avaliar a dor pós- operatória na cirurgia de terceiros molares inferiores inclusos, relacionando este sintoma com a idade, sexo, posição do dente, tipo de acesso cirúrgico, técnica cirúrgica e tempo cirúrgico. Participaram deste estudo 20 pacientes saudáveis, apresentando os terceiros molares inferiores inclusos com a mesma classificação de posição de ambos os lados. Do total de pacientes, 10 são do sexo feminino e 10 do sexo masculino, com idade variando entre 16 e 21 anos. Todos os pacientes foram submetidos a exodontia bilateral, realizando- se osteotomia e odontossecção conforme a necessidade do caso. Utilizou- se de um lado, retalho por descolamento de papilas e do outro, após o intervalo de 30 a 60 dias, retalho em “L”. Após cada extração a dor foi classificada pelo paciente nos primeiros cinco dias pós- operatórios, variando de intensa a ausente, sendo também anotados o número de doses analgésicas utilizadas durante este período. A partir dos dados obtidos foram aplicados os testes “t” de Student, Qui-quadrado e Wilcoxon. Conclui-se que a dor foi mais intensa nos primeiros dias pós- operatórios, mas não houve diferença significativa da mesma quando foram analisados a idade, o sexo, a posição do dente e o tempo cirúrgico(p>0.05). Estatisticamente, houve uma menor intesidade de dor no retalho em “L”e uma maior quando utilizou-se odontossecção (p<0.05). Entretanto, a distribuição quanto ao número de doses analgésicas foi semelhante em ambos os retalhos utilizados.

 

FAPERJ- Processo nº E-26/150.309/97

B181

Permeabilidade nasal em fissurados de lábio e palato após cirurgia ortognática.

I.E.K.TRINDADE, R.M.SUGUIMOTO, I.K.TRINDADE*.

Laboratório de Fisiologia, HRAC/FOB-USP, e-mail:ingetrin@usp.br

A fissura lábio-palatina está freqüentemente associada à má-oclusão dentária e a deformidades esqueléticas como a hipoplasia maxilar. Em casos de discrepância maxilo-mandibular acentuada, que não respondem ao tratamento ortodôntico, torna-se necessária a cirurgia ortognática (CO), que modifica a morfologia nasal externa e interna. O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito da CO sobre a permeabilidade nasal de indivíduos fissurados, através de avaliação rinomanométrica. Para tanto, foram avaliados 19 pacientes com fissura de palato ± lábio, com idade entre 16 e 36 anos, nos quais se determinou a área de secção transversa mínima nasal na respiração de repouso, de acordo com o método de Warren (Amer.J.Orthod., 86:306-14,1984). Todos foram submetidos à osteotomia do tipo Le Fort I com avanço maxilar, associada a outros procedimentos envolvendo nariz, palato, maxila e/ou mandíbula; as avaliações foram feitas antes da cirurgia (PRE) e, em média, 45 dias (POS1) e 9 meses (POS2) após. Os valores médios (±DP) da área nasal foram: PRE=34±11mm2, POS1=43±14mm2, POS2=46±19mm2, sendo que em POS2 a média foi significantemente maior que no pré-operatório (p<0,05). Em POS1, valores aumentados em relação ao PRE foram constatados em 63% dos pacientes; em POS2, a proporção aumentou para 74%. Além disso, 73% de um total de 11 pacientes que apresentaram área nasal subnormal em PRE, passaram a apresentar valores normais em POS2. Os resultados mostram que a cirurgia ortognática melhora a permeabilidade nasal em parcela considerável de indivíduos com fissura lábio-palatina, efeito que é particularmente relevante para aqueles que apresentam obstrução nasal antes da cirurgia.

Apoio financeiro: CNPq

B182

Reparação dos tecidos moles adjacentes à osteotomia sob irrigação.

D. G. BENOTTI*, J. L. SANTIAGO, A. GIOVANINI, E. SANTOS

Depto. de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial - FOUSP - (011) 818-7832

Apesar da concordância entre os estudos no que diz respeito a necessidade de irrigação durante a osteotomia realizada com instrumentos cortantes rotatórios, poucos comentam se a irrigação pode interferir na reparação dos tecidos moles adjacentes à ferida óssea. Objetivou-se avaliar as diferenças relativas aos estágios de reparação do tecido mole exposto à poeira óssea e, em contrapartida, sob efeito de irrigação. Para tal avaliação, três grupos de três ratos cada foram submetidos a osteotomias em ambos os lados da mandíbula. Os cortes foram feitos de forma circunferencial na cortical externa, com irrigação constante de soro fisiológico no lado direito e sem a irrigação no esquerdo. Os animais foram sacrificados após 2, 7 e 21 dias de pós-operatório. A mandíbula de cada rato foi preparada para análise descritiva por microscopia óptica em cortes transversais à ferida óssea. Em cada lâmina, foi analisada a incorporação de “pó de osso” e vascularização nos tecidos moles adjacentes, presença de tecido osteóide, formação de osso cortical e tipos celulares presentes na ferida e áreas vizinhas à ela. Baseados nestes fatores descritos, visualizou-se uma semelhança na reparação entre os dois lados no 2o e 7o dia de pós-operatório. Porém, os cortes no 21o dia do lado não irrigado apresentaram tecido de granulação ainda intenso se comparado ao lado irrigado no mesmo período. Baseado na metodologia empregada pelo trabalho e seus resultados, parece que é certo afirmar que osteotomias realizadas com o auxílio de motor de alta rotação e instrumentos cortantes rotatórios, sem irrigação de soro fisiológico, resultam em um atraso na reparação dos tecidos moles adjacentes à ferida óssea somente notável na fase final do processo inflamatório local.

B183

Análise  epidemiológica  das fraturas  de  mandíbula.

A . SAUD* , I. GANDELMANN, M . A. CAVALCANTE,  R. PINHEIRO , S. MANDARINO

Dep. Clínica Odontológica - Especialização CTBMF - FO/UFRJ - (021) 719-3631

Dentre as fraturas encontradas no complexo maxilo-facial, as de maior incidência são as do 1/3 inferior da face , devido principalmente a proeminência e posição da mandíbula em relação ao esqueleto facial. Os principais componentes envolvidos são: fator dinâmico, composto pela intensidade e direção do impacto, e o fator local , relativo ao formato anatômico do osso mencionado. Estes dois fatores possuem influência decisiva na localização do traço de fratura. Visando uma melhor compreensão deste tipo de trauma, o estudo analisa quais os fatores etiológicos e a localização dos traços de fratura que mais freqüentemente acometem a mandíbula. Foram estudados 646 pacientes , portadores de 1019 fraturas de mandíbula, sem distinção de sexo e idade, atendidos pelos serviços de CTBMF do HMSA-RJ e do HUCFF-FOUFRJ. A seguinte classificação foi adotada: (1) Localização - côndilo, coronóide, ramo, ângulo, corpo, sínfise e processo alveolar ; (2) Etiologia - acidentes de tráfego, esportes, quedas, agressão, PAF, trabalho. Os dados obtidos foram : (1) Localização: côndilo- 33,2%, coronóide- 1,9%, ramo- 4,5%,ângulo-11,6%, corpo-30,7%, sínfise -11,8%, processo alveolar-6,3%; (2) Etiologia: acidentes de tráfego- 44,2%, esportes- 9,0 %,  quedas- 4,0% , agressões-29,3 %, PAF-6,4%, trabalho-7,1%.Concluímos então que os fatores etiológicos mais comuns são os acidentes de tráfego e as agressões, o que retrata a vida diária de um grande centro urbano. A localização mais comum encontrada foi na região de côndilo, seguida pelo corpo mandibular. Isto se deve pela 1ª ser a região de menor resistência e a 2ª a maior região anatômica da mandíbula, logo a mais exposta a traumatismos.  

B184

Análise comparativa de diferentes técnicas para tratamento do ceratocisto odontogênico

R. PRADO*; I. H. A GANDELMANN; M. A CAVALCANTE; E. L. F. PINTO

Doutorado - FOUFRJ - (021) 494-3001

O ceratocisto odontogênico desperta maior interesse em relação aos demais cistos maxilares pelo índice de recorrência após tratamento cirúrgico, que pode variar de acordo com a opção de técnica cirúrgica. O presente estudo tem como objetivo avaliar a eficácia de 6 diferentes técnicas cirúrgicas utilizadas em 39 cistos diagnosticados histologicamente, fazendo comparação entre os índices de recorrência. As técnicas analisadas foram: enucleação com curetagem e fechamento primário em 16 casos (41%) com 5 recidivas (31,3%); enucleação com curetagem, utilização de solução de Carnoy e fechamento primário em 10 casos (25,6%) com uma recidiva (10%); marsupialização em 4 casos (10,2%) com uma recidiva (25%); enucleação com tamponamanto e curativo aberto em 4 casos (10,2%) com 3 recidivas (75%); marsupialização com enucleação posterior em 3 casos (7,7%) sem recidivas; e ressecção em bloco utilizada em  casos (5,1%) sem recidivas. Os dados obtidos permitiram concluir que, considerando as particularidades de cada caso, as técnicas de marsupialização com enucleação posterior e ressecção em bloco foram as mais seguras; e que a utilização da solução de Carnoy se mostrou uma opção mais eficaz quando adicionada à enucleação com curetagem severa e fechamento primário.

B185

Modelo para estudo da resposta tecidual frente a fratura experimental em ramo de mandíbula em ratos.

F. C. RABEQUE; M. M. CARVALHO; J.G.C. LUZ; E. SANTOS.

Depto C.P.T.M.F.–FOUSP, (011) 818 7887

Fraturas mandibulares estão entre os mais freqüentes sítios das fraturas maxilo-faciais na população. Entretanto, estudos sobre sua reparação são escassos. Alguns estudos experimentais realizados na mandíbula referem reparação através de calo ósseo. Por outro lado, fraturas em diferentes regiões da mandíbula podem se reparar de modo diverso. Assim, foi desenvolvido um modelo para estudo da resposta tecidual diante da fratura de ramo de mandíbula. Foram utilizados 15 ratos adultos, pesando em média 240g. Sob anestesia geral o ramo mandibular direto foi exposto por incisão submandibular e uma osteotomia linear bicortical foi reliazada com baixa-rotação e broca cônica sob irrigação. Os animais foram sacrificados após 24 horas, sete dias, 15 dias, um mês e três meses. O exame radiográfico das hemimandíbulas mostrou um preenchimento progressivo, embora parcial, do traço de fratura, especialmente na parte superior. Os cortes foram corados com hematoxilina e eosina. Os dados histológicos mostraram inicialmente exuberante exsudato neutrofílico e serofibrinoso no traço de fratura. A seguir, áreas extensas de neoformação óssea sobre as corticais externas, bem como tecido de granulação no sítio de fratura, foram observadas. Após um mês, o osso neoformado a partir das corticais externas preenchia em parte o sítio da fratura. Após três meses, as áreas dos cotos estavam remodeladas e o traço de fratura preenchido por tecido fibroso. Concluímos que a resposta tecidual frente a fratura de ramo de mandíbula em ratos ocorre por exuberante neoformação óssea a partir das corticiais externas, sendo concluída por um preenchimento parcial do traço de fratura por tecido ósseo.

B186

Análise cefalométrica vertical do perfil tegumentar no retroposicionamento mandibular.

J. R. LAUREANO FILHO*, L. A. PASSERI, G. M. B. AMBROSANO

Departamento de Diagnóstico Oral – Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/Unicamp) - (55)-(019)-Tel.430-5274 Fax. 430- 5318 laureano@hotmail.com

As alterações dos tecidos moles faciais promovidas pela cirurgia ortognática, têm sido bastante estudada, tentando prever a direção e quantidade destas mudanças em relação ao movimento esquelético. O presente estudo avaliou as alterações do perfil do tecido mole facial em pacientes com prognatismo mandibular submetidos a recuo, utilizando para isto a análise cefalométrica de proporções verticais dos tecidos moles faciais (Epker & Fish, Dentofacial deformities, Mosby, 1986, p. 3). Foram confeccionados cefalogramas sobre as telerradiografias tomadas em norma lateral pré-operatória e pós-operatória, no mínimo de seis meses, de 10 pacientes submetidos a este tipo de procedimento cirúrgico-ortognático. Os dados obtidos foram submetidos ao teste t pareado, mostraram uma redução significante em duas proporções G-Sn:Sn-Me’ e Sn-Stms:Stms-Me entre os traçados pré (1:1,12 e 1:2,60) e pós-operatório (1:1,06 e 1:2,30), respectivamente. Já a razão Sn-Li:Li-Me’, apesar de apresentar-se diminuida, não foi estatisticamente significante. A distância interlabial (Stms-Stmi) se manteve dentro dos padrões normais, tanto no pré como no pós-operatório. As demais medidas apresentaram-se maior que o padrão, tanto no pré como no pós-operatório. Baseado neste estudo podemos concluir que o retroposicionamento mandibular leva a um encurtamento do terço inferior da face e que esta análise de proporções verticais demonstra bem as alterações promovidas pelo recuo mandibular.

 

Apoio: FAPESP (proc. 97/05578-6)

B187

Saúde Bucal: Avaliação do conhecimento e percepção do idoso.

D. Thame*; M. R. Sposto; S. R. C. Silva.

Departamento de Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia, UNESP, Araraquara, SP, Brasil - (011) 7287-2550

O envelhecimento da população causa aumento da necessidade de promoção da Saúde  Bucal voltada para o idoso. A implantação de programas educativos e de assistência odontológica adequados as necessidades do idoso devem ser baseados, entre outros fatores, na avaliação do conhecimento e percepção desta população sobre saúde bucal. Este trabalho avaliou o conhecimento e a percepção do idoso em relação aos hábitos de higiene e cuidados com a saúde bucal. Foram entrevistados 200 indivíduos (59 anos e mais) pertencentes a grupos de convivência de 3ª idade do município de Araraquara, SP, Brasil. A amostra era composta predominantemente por mulheres (80%), do lar (55%), com educação primária incompleta (60%), renda de 2-5 salários mínimos (56,5%), casadas (92%) e portadoras de prótese (94%). Mais da metade não demonstrou nenhum conhecimento sobre cárie (51%) e gengivite (69%). Entretanto, o aumento da escolaridade, renda, visita ao Dentista e recebimento de orientação de higiene foram determinantes somente sobre os conhecimentos sobre gengivite, mas não cárie, não melhorando também os hábitos da higiene bucal e das próteses. A visita regular ao Dentista (47%) foi verificada em pessoas com maior renda e escolaridade. Encontramos baixo índice de conhecimentos sobre saúde bucal e hábitos de higiene, independente da situação sócio-econômica. Porém, os conhecimentos sobre gengivite aumentaram na parcela mais favorecida da população, provavelmente devido a um maior acesso ao Dentista. Adicionalmente os idosos que moravam sozinhos apresentaram baixa freqüência de visita ao Dentista (30%).

B188

Um olhar sobre problemas de saúde bucal: percepção da terceira idade.  

H.H. PAIXÃO, I.A. PORDEUS*, A.T. MACHADO, R.T.M. LIMA.

Depto. Odontologia Social e Preventiva, Faculdade de Odontologia/UFMG. Telefax: 031-291-0541

Com o envelhecimento das populações, o profissional de odontologia deve apresentar uma postura adequada frente a este grupo. Assim, conhecer o impacto de alguns problemas de saúde bucal na terceira idade foi objeto desta pesquisa. Foi desenvolvido um estudo qualitativo envolvendo 30 mulheres (60+ anos), sendo que 53% apresentavam até 8 anos de educação formal e 47% mais de 8 anos. A maioria (80%) fazia uso de algum tipo de prótese, dessas 25% possuíam prótese total superior e inferior. Através de análise de conteúdo, observou-se que a maioria relacionou a perda dentária à experiência negativa. O uso de prótese inspirou sentimentos de rejeição, vergonha (60 anos - “Me atormenta.  Dia e noite ... P’ra começar eu tenho vergonha de tirar a minha dentadura perto do meu marido, dos meus filhos, dos meus netos.”), artificialidade (75 anos - “Eles me pediram para sorrir, mas eu não quis porque quando estou sorrindo tenho a nítida impressão de estar fazendo careta porque os dentes não são naturais.”) e medo de se ver em situações constrangedoras (75 anos - “Outro dia eu ‘tava conversando com uma conhecida e minha dentadura saiu do lugar, quase caiu no chão ... É horrível.”). Enfatizaram ainda a dificuldade de participação em eventos sociais, culminando com restrição a contatos interpessoais. Foi relatado também que as próteses alteram a aparência da face, modificando o rosto e, conseqüentemente, são vistas como um objeto artificial incorporado ao corpo, agredindo-as psicologicamente (60 anos - “As minhas (próteses) nunca doeram. Mas dói na minha mente. É a pior dor.”). Conclui-se que, para uma melhor prática odontológica, é essencial que os CD compreendam, além dos aspectos técnicos, os processos psicossociais envolvidos durante o atendimento de indivíduos na terceira idade.

Apoio: CNPq, PIBIC-PRPq/CNPq.

B189

Lesões bucais em idosos.

M. P. GUIMARÃES*, L. MARCHINI, E. MORAES

Depto. Biopatologia e Diagnóstico, Fac. Odont. UNESP, S. J. Campos, SP - (012) 321-8166 R:1206

O aumento do número de pessoas idosas em relação aos demais grupos etários da população é um fenômeno mundial. No Brasil, esta mudança do perfil populacional vem ocorrendo de modo rápido, fazendo com que as atenções de diversos setores da sociedade voltem-se para os idosos. Neste contexto, destaca-se a importância dos cuidados com a  saúde na terceira-idade. Assim, o cirurgião-dentista, como parte integrante da equipe de profissionais de saúde, deve conhecer as alterações fisiológicas do processo de envelhecimento, bem como as patologias mais freqüentemente relacionadas com o aumento da idade. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo realizar um levantamento, entre os registros do laboratório de Patologia da FOSJC, das lesões bucais encontradas em pacientes com mais de 65 anos, grupo que representou 6,06% (260 pacientes) de todos os casos (4287 pacientes). Foi possível observar que as hiperplasias foram as lesões mais prevalentes (28,85%), seguidas das neoplasias malignas (20,38%), pré-câncer (9,61%) e das neoplasias benignas (9,23%). Embora a maior prevalência seja de hiperplasias, o conjunto de pré-câncer e neoplasias malignas representaram 29,99% das lesões observadas, o que torna esta faixa etária um grupo que merece especial atenção dos cirurgiões-dentistas, exigindo exames clínicos acurados.

B190

Saúde oral em pacientes usuários de prótese dentária integrantes da UnATI-UFPE.

C. M. F. GUERRA *, S. L. M. GONÇALVES

Dep. de Prótese e Cirurgia Buco-Facial do Curso de Odontologia da UFPE - (081) 268-6822

O envelhecimento da população brasileira e de outros países em desenvolvimento tem ocorrido de forma acelerada. Considerando-se a situação de crise permanente em que se encontra a saúde no Brasil, o desenvolvimento de formas de atendimento odontológico diferenciado ao idoso ainda caminha a passos lentos, sendo absolutamente insuficiente o número de instituições formadoras de recursos humanos nesta área e consequentemente escassas a produção científica. Em vista do exposto, os autores realizaram um estudo epidemiológico das condições de saúde oral em 250 indivíduos usuários de prótese dentária integrantes da Universidade Aberta da Terceira Idade ( UnATI ) da Universidade Federal de Pernambuco. Para tanto, foi utilizado um questionário específico associado ao exame clínico. Constatou-se que 19% dos indivíduos usavam prótese fixa; 81% usavam prótese removíveis totais e / ou parciais; destes 93% faziam escovação e higienização de suas próteses de várias formas. No Exame clínico foi observado a presença de lesões em diversas regiões da cavidade oral sendo as mais prevalentes Queilite Angular (22% ) e Etomatite Protética ( 45% ). Em vistas dos resultados, os autores concluíram que a maioria das lesões estavam associadas ao uso da prótese com escovação inadequada. Havendo necessidade da criação de programas em saúde pública voltados especificamente para essa parcela da população.

B191

Conhecimento dos  cirurgiões-dentistas em relação ao diagnóstico do câncer bucal.

D.L. NASCIMENTO*, M.V. GUIMARÃES, M.C. DANTAS, M.M. RENDEIRO, L.H. TAVARES.

FO UNIGRANRIO / UFRJ (021) 560-6137

Objetivo desse estudo foi verificar o nível de conhecimento dos CDs, em relação ao diagnóstico do câncer bucal. Foi aplicado um formulário com perguntas abertas e fechadas a 54 cirurgiões-dentistas  que exerciam atividade somente em consultório particular, no município de Duque de Caxias. Os dados foram tabulados e analisados  sob a forma de percentual, onde obtivemos os seguintes resultados: 94% dos entrevistados diziam ter informação sobre meios de diagnóstico do câncer bucal.. 72,2% indicam aos seus pacientes o auto exame para diagnóstico de lesões precursoras do câncer bucal . Com relação ao conhecimento sobre as causas do câncer bucal, entre os entrevistados 50% atribuem ao uso de próteses mal adaptadas, 9,7% por falta de treinamento dos CDs para diagnóstico precoce, 4,5% por uso incorreto de substâncias químicas, 4,5% por formação de cistos, 4,5% por recidiva de outras lesões cancerosas e 18,18% não souberam responder. Com relação aos fatores predisponentes ao câncer bucal, segundo os CDs pesquisados 100% acreditam que o tabagismo seja um fator predisponente.. 88,8% atribuem a radiação solar, 83,30% ao abuso no uso do álcool, 83,30% hereditariedade, 72,20% radiações ionizantes, 66,6% mutações genéticas,61,20% má higiene bucal e 50% ao estresse. Com base nas respostas obtidas observamos que dentre a amostra selecionada os profissionais consideram-se aptos a diagnosticar a doença; porém verificou-se que esses conhecimentos são restritos, faltando-lhe s experiência e treinamento para detecção precoce da doença; o que facilitaria a cura e minimizaria as seqüelas do câncer bucal.

B192

Avaliação da citopatologia por P.A.A.F. em lesões da região submandibular.

S. L. M. GONÇALVES*, M. JOÃO.

Depto. Clín. Odontológica - Doutorado/UFRJ - tel: (021)719.4279 - fax: (021)622.1030 - e-mail: sergiomg@nitnet.com.br

Com o intuito de avaliar a positividade da punção aspirativa por agulha fina (P.A.A.F.) no diagnóstico inicial e/ou provisório de lesões nodulares na região submandibular, foram analisados 171 pacientes, onde obtivemos 180 lâminas através da PAAF. Os casos foram revisados de forma retrospectiva, de 1994 à 1997, nos serviços de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Anatomia Patológica do INCa-RJ. Os resultados foram comparados entre a positividade da punção e sua correlação com os resultados histopatológicos das peças cirúrgicas. No estudo citopatológico, obtido pela PAAF, foram encontradas 155 (86,11%) amostras com boas condições diagnósticas e 25 (13,89%) consideradas insatisfatórias para diagnóstico. Das 155 amostras válidas, 99 (63,87%) apresentaram diagnóstico citopatológico maligno, enquanto que 56 (36,13%) foram benignos. Quando realizado o exame histopatológico nas 155 amostras, foram confirmadas 97 lesões malignas e 58 benignas, identificando 2 resultados falso-positivos. O estudo obteve uma precisão de 98,71% (153 das 155 amostras), com uma especificidade de 96,55% (56 das 58 lesões benignas) e sensitividade de 100% (97 das 97 malignas). Baseado nesses resultados concluiu-se que a PAAF é um método preciso e eficaz para diagnóstico inicial e/ou provisório quando aplicada nas lesões nodulares submandibulares.

B193

Qualidade da imagem radiográfica: Preferência pessoal e dose de exposição.

L.C. PARDINI*; P.C.A. WATANABE

(Lab. Análise Controle da Imagem Radiográfica Odontológica-FORP/USP,Brasil - FAX (016) 6330999

Um dos principais métodos de radioprotecão são o filtro de metal e o tipo de filme radiográfico. A preferência pessoal em relação tipo de filme pode expor inutilmente o paciente. Número atômico do filtro(Z) possibilita aumento do poder da filtração. O propósito desse é demonstrar a aplicação clínica relacionado com a imagem, a dose de exposição, preferência pessoal(dentista) quando associado com o Filtro Zn(Z=30) e o tradicional Al(Z=13). No presente trabalho foi usado aparelho de raios-X (70 kVp/10 mA; DFF 40cm; solução e filme (Kodak); 4 filmes E(P-21); 4 filmes D(F-58); Filtro Zn(0,15mm); Filtro Al(2mm) avaliação da dose (mR). Metodologia: Exposição de um “Phantom” que simulava as condições clínicas (área dental de 47,46,45,44). Foi utilizado, separadamente, Filtro de Al e de Zn em técnica radiográfica com os filmes D e E, com os códigos AlD, AlE, ZnD, ZnE. Oito radiografias do “Phantom” foram avaliadas por 120 dentistas que atribuíram valores de aceitação de 1 a 5 para a imagem (contrasta e densidade) em duas fases de análise. Os resultados mostraram: 1) Análise individual da imagem com média de aceitação da radiografia e a dose: 5(AlD-43Rm); 4,9(AlE-21mR); 4,9(ZnD-23mR); 4,5(ZnE-11mR) e 2) Análise do conjunto das 8 radiografias: 4,8(AlD); 4,6(AlE); 4,5(ZnD); 3,5(ZnE). Existência de diferenças estatísticas significantes (p <0.01) entre grupos de Filmes e Filtros, em relação às preferências pessoais. Podemos afirmar que a associação AlD é a favorita (média de aceitação 5 ou 4,8) mas expõe o paciente a maior quantidade radiação (43 Rm), e pode ser substituída pela ZnD (média de aceitação 4,9 ou 4,5) que expõe o paciente a menor quantidade (23mR)de radiação.

CNPq - Processo: 301042/94-2

B194

Avaliação do desenvolvimento dentário em radiografias digitais.

M. P. O.TONHEIRO*,  L. SANTOS-PINTO,  R. C. L. CORDEIRO. 

Departamento de Clínica Infantil. Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP. Fone-0162-232-1233. Email-pinto@foar.unesp.br.

O  crescimento  e  desenvolvimento  de  dentes  permanentes  tem  sido  estudado  através de métodos   de  comparação   de   imagens  radiográficas  com  esquemas  representativos  de  estágios  de mineralização. Com a  introdução  das  imagens  digitais na  odontologia, novos conceitos vêm sendo introduzidos no diagnóstico radiológico. O presente  estudo  teve como objetivo  avaliar  comparativamente as   imagens  radiográficas  convencional, digital direta  e  digitalizada na determinação do estágio de crescimento e desenvolvimento dentário. Imagens radiográficas convencional e digital do  segundo  premolar  inferior esquerdo foram obtidas de 30 crianças entre 6 e 12 anos de idade e  avaliadas por 4 examinadores com diferentes especialidades:  examinador A (docente de clínica integrada), B (clínico geral), C (endodontista) e D (pesquisador e odontopediatra), que analisaram os estágios de crescimento e desenvolvimento dentário segundo Nolla  (Nolla, C. M.,  J. Dent. Child., 27:254-66, 1960). Aos  dados obtidos foram aplicados a análise estatística  de  variância (p£0,05),  testes adicionais F de Snedecor e análise de proporção de concordância para a obtenção da  reprodutibilidade inter examinadores  e nível de repetição para  cada  examinador  (concordância intra examinador). Os escores de estágio de calcificação  atribuídos às imagens analisadas nas radiografias convencional e digital direta foram estatisticamente diferentes, tendo sido o examinador B (clínico geral) o menos reprodutivo. Pela análise dos dados obtidos pudemos concluir que os escores de  estágios de calcificação atribuídos às imagens analisadas foram diferentes e modificaram-se em função do tipo de radiografia analisada e das características  profissional do examinador.

B195

Efeitos da força ortodôntica em dentes tratados endodonticamente.

M. R. MENDONÇA*, R. HOLLAND; M. H. C. ALMEIDA.

Departamento de Odontologia Infantil e Social. Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. E-mail: marcosrm@foa.unesp.br

O objetivo deste estudo foi avaliar se existe diferença quantitativa no grau de reabsorção radicular apical entre dentes tratados endodonticamente e dentes com vitalidade pulpar, quando submetidos à movimentação ortodôntica. Foram utilizados 32 primeiros premolares advindos de 8 indivíduos, de ambos os sexos, com idades entre 13 e 18 anos. Para os  dentes superiores, 8 primeiros premolares do lado direito fizeram parte do Grupo A, e foram submetidos a uma força ortodôntica de intrusão com intensidade de 180g, por um período de 90 dias, e com ativações a cada 30 dias. O Grupo B foi composto por 8 primeiros premolares superiores do lado esquerdo, que 30 dias antes da aplicação da força de intrusão, foram submetidos ao tratamento endodontico. Para os dentes inferiores foram formados os GRUPOS C, composto por 8 primeiros premolares esquerdos sob a ação da força ortodôntica e o D, com 8 primeiros premolares do lado direito, que antes da força ortodôntica foram tratados endodonticamente. Os comprimentos dentários foram comparados antes e depois da movimentação, pelo uso de radiografias periapicais analisadas no sistema de imagens digitalizadas Digora (SOREDEX – FINLÂNDIA). Os resultados mostraram que, para os dentes superiores, houve uma quantidade de reabsorção radicular apical significativamente maior nos dentes com vitalidade pulpar em relação aos dentes com tratamento endodôntico (p<0,01). Quanto aos dentes inferiores, a diferença não foi estatisticamente significante quando os dois grupos foram comparados. Nas condições experimentais deste estudo concluímos que a quantidade de reabsorção radicular em dentes com vitalidade pulpar e tratados endodonticamente, no aspecto clínico, foi semelhante.

B196

Gengivite em pacientes diabéticos insulino dependentes. Estudo imunohistoquímico.

J,Y. KAWAMURA*, M.H.C.G. MAGALHÃES

Departamento de Patologia Bucal-  FOUSP (011) 818- 7859/ 818- 7894

As periodontopatias em pacientes portadores de diabete insulino dependente (DID) são bem conhecidas pela sua alta prevalência e severidade. Vários estudos têm demonstrado alterações metabólicas e imunológicas gerais nessa patologia. Porém poucos pesquisaram os fatores imunológicos locais na gengivite do diabético. Por essa razão nos propusemos a avaliar a presença quantitativa e qualitativa das células inflamatórias envolvidas na gengivite do paciente portador de diabete em comparação à gengivite do paciente não diabético. Foram estudados 10 fragmentos de gengiva acometidos por gengivite, sendo 5 de pacientes portadores de DID e 5 de indivíduos não diabéticos ( grupo controle). A avaliação dos elementos celulares foi feita  através da técnica da imunohistoquímica da streptavidina- biotina. Os valores percentuais para os antígenos estudados foram, para o grupo de estudo e grupo controle, respectivamente, os seguintes: CD45RO 1,69% e 5,52%; CD68 0,84% e 5,51%; cd20 1,35 e 2,56%; elastase 26,75 e 33,455; OPD4 1,45% e 0,59%; S100 2,8% e 2,61%; IgG 0,09% e 0,17%; IgM 2,79% e 0,155; IgA 0,06% e 0,41%. Concluimos que existe uma diminuição significativa de alguns elementos inflamatórios na gengivite do paciente diabético, em relação ao paciente não diabético.

B197

Prevalência de Pérolas de Epstein e Nódulos de Bohn em neonatos.

R.N. FONOFF* , A.M.G.MARTINS, A.CHELOTTI.

Disciplina de Odontopediatria  da Universidade Paulista - UNIP - (011) 296-7595

Existem alterações que podem ser encontradas na cavidade bucal de neonatos, mas muitas vezes não são detectadas por apresentarem tempo de vida curto. Destacam-se neste quadro os remanescentes epiteliais chamados de Pérolas de Epstein(PE) e os restos de glândulas salivares denominados de Nódulos de Bohn(NB). O objetivo do presente trabalho foi verificar a prevalência e características destas alterações e relacioná-las quanto ao sexo, peso ao nascimento e tempo de desaparecimento. A amostra constou de 110 neonatos com menos de 48 horas de vida, de ambos os sexos, nascidos no Hospital Cristo Rei em São Paulo, S.P. Após o preenchimento de um questionário sobre o bebê e consentimento por escrito dos pais para a realização da pesquisa, os neonatos foram examinados com o objetivo de constatar a presença de PE e NB. Os achados foram anotados em ficha específica, segundo a classificação de Fromm (J Dent Child,v.34,n.3,p.275-285,Jul.1967).  Os resultados mostraram 68,2% dos neonatos com presença de PE e apenas 3,6% com NB. Com relação ao sexo, 71% dos meninos apresentaram PE  e 3,3% NB; enquanto as meninas apresentaram 64,7% de PE e 3,9% de NB. Em relação ao peso ao nascimento, as alterações foram mais freqüentes em neonatos com peso normal. Quanto ao desaparecimento, 100% dos NB desapareceram até 10 dias após o nascimento; entretanto 26,6 % das PE que foram acompanhadas ainda permaneceram até 30 dias. Conclui-se que PE e NB  são freqüentes na cavidade bucal de neonatos, merecendo atenção especial dos pediatras e odontopediatras quanto ao correto diagnóstico e possíveis esclarecimentos aos pais.

B198

Reclassificação histopatológica das neoplasias de glândulas salivares na FOA- UNESP.

M.H.CANTISANO*, N.P. MORAES, M.M.CRIVELINI.

FO-UERJ/UNIG, FOA-UNESP- Brasil-Tel  (021) 512.6305

As neoplasias de glândulas salivares constituem um grupo heterogêneo de lesões de grande variação morfológica e por esta razão apresentam muitas dificuldades na classificação histológica. Foram revisadas 80 lâminas sobre neoplasias de glândulas salivares da Disciplina de Patologia Bucal da FOA-UNESP, no período compreendido entre 1966 a 1997. O diagnóstico histológico foi baseado na classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 1991. Os resultados obtidos foram: Quarenta e nove casos (61,25%) de neoplasias benignas e 31 casos (38,75%) de neoplasias malignas. O adenoma pleomórfico, com 43 casos ou 87,76% da casuística, foi o tipo histológico prevalente entre as neoplasias benignas, seguido do adenoma canalicular, mioepitelioma e do papiloma ductal invertido. Entre as neoplasias malignas, o adenocarcinoma polimorfo de baixo grau de malignidade, foi o mais comum (10 casos ou 32,26%), seguido do carcinoma adenóide cístico, carcinoma mucoepidermóide, carcinoma de células acinares, carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma. Na amostra estudada pode-se concluir que: 1) O estudo comparativo do diagnóstico das neoplasias de glândulas salivares, antes e após a classificação de 1991, revelou que o diagnóstico inicial foi modificado em 15 casos ou 18,75% da amostra; 2) Seis casos (40,00%) de neoplasias classificadas inicialmente como benignas se tornaram malignas; 3) Tres casos (20,01%) de neoplasias benignas permaneceram como benignas; 4) Cinco casos (33,34%) de neoplasias malignas permaneceram como malignas; 5) Apenas 1 caso (6,66%) classificado originalmente como maligno foi considerado benigno; 6) Os resultados foram estatisticamente significantes ao nível de 5%.

B199

Cardiopatia em pacientes  especiais.

R. FORONDA, H. M. GONÇALVES*, F. J. YAMAGUCHI, M. H. C. G. MAGALHÃES

Departamento de Estomatologia – CAPE - FOUSP - (011) 822-3289

Endocardite infecciosa (EI) é uma doença grave que se desenvolve em indivíduos com defeitos cardíacos estruturais pré-existentes. Após uma bacteremia, microorganismos podem se alojar e danificar o endocárdio. Procedimentos cruentos ou simplesmente a má condição bucal podem estabelecer a bacteremia e levar à uma EI. O objetivo desse trabalho foi estudar retrospectivamente a frequência de cardiopatias congênitas de risco para EI entre pacientes especiais portadores de distúrbios neuro psico motores e doenças sistêmicas atendidos no Centro de Atendimento a Pacientes Especias da FOUSP. Foram consultadas 1551 prontuários para se obter informações da anamnese, exame clínico e condição bucal. Deste total, 95 (6,1%) pacientes, com idades entre 6 e 56 anos, exibiam cardiopatia congênita. A maioria dos pacientes (63,2%) eram do sexo feminino. Em relação à doença principal relacionada à cardiopatia foram encontrados 40 (42,1%) pacientes portadores de síndrome de Down, 15 (15,7%) com retardo mental, 29 (30,5%) com doenças variadas e 11 (11,5%) com a cardiopatia propriamente dita. A condição bucal desses pacientes apresentava-se boa em 16,8% dos casos, regular em 21% e má em 30,5%. Concluimos que é grande a frequência de pacientes portadores de cardiopatias congênitas associadas à desordens neuro psico motoras e por essa razão torna-se fundamental a anamnese direcionada à esse tipo de problema na clínica odontológica.

B200

Bochecho com azul de toluidina para detecção de carcinomas iniciais em clínica odontológica.

M. A. Onofre*, D. A. Godoi, S. C. Silva, M. R. Sposto, C. M. Navarro.

Serviço de Medicina Bucal – Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP. Fax: 016 222 4823

O diagnóstico precoce do câncer bucal nem sempre é fácil devido à diversidade de aspectos clínicos e ausência de sintomas. A detecção de atipias celulares pode ser facilitada pela coloração com azul de toluidina. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do bochecho com azul de toluidina no diagnóstico de carcinomas iniciais em atendimento odontológico de rotina. Avaliou-se 182 pacientes, 101 homens e 81 mulheres, com idade média de 45,6 anos. Realizou-se exame bucal e bochecho com solução aquosa do corante a 1%. Os pacientes com lesões foram encaminhados para um centro especializado. Foram realizadas biópsias em 21 pacientes, nas seguintes lesões: a) de risco ou suspeitas de malignidade e b) benignas, sem risco de malignização, nas quais esse procedimento foi necessário para o diagnóstico. Determinou-se a sensibilidade, a especificidade e os valores prognósticos positivo e negativo. Dos pacientes analisados, 55% tinham lesões bucais: 35,2% apresentavam candidoses, 9,3% lesões epiteliais potencialmente malignas (LEPMs), 3,3% úlceras traumáticas, 3,3% úlceras aftosas recorrentes, 2,7% hiperqueratoses traumáticas, 2,2% hiperplasias reacionais e 2,2% outras lesões, totalizando 106 lesões. Destas, 51 retiveram corante. Não se observou retenção de corante em mucosa normal. Foi diagnosticado um carcinoma de células escamosas microinvasivo em LEPM. A sensibilidade e o valor prognóstico negativo foram 100%, a especificidade 52% e o valor prognóstico positivo 2%. O bochecho com azul de toluidina, na amostra analisada, foi eficiente para detectar carcinomas iniciais. Entretanto, o uso da coloração no atendimento odontológico de rotina pode confundir o cirurgião-dentista devido ao elevado índice de resultados falso-positivos em lesões benignas sem risco de malignização.            

Apoio CNPq 52.3062/94-0 e FAPESP 96/5297-8

B201

Filtração adicional da radiação X em odontologia. Estudo comparativo entre Al e Cu.

P.C.A. WATANABE*; L.C. PARDINI;  E.S. ARITA

Universidade São Paulo – Fac. Odonto. Ribeirão Preto – LACIRO - (016) 602-3993

Todas as radiações ionizantes são perigosas e podem produzir mudanças biológicas nos organismos vivos. A filtração adicional do feixe principal dos raios X, é um dos principais meios de reduzir dose de exposição a radiação para radiodiagnóstico. O propósito deste estudo é analisar comparativamente a qualidade da imagem radiográfica e a dose de radiação obtida com a utilização de filtração adicional de Alumínio, 2,0mm e Cobre 0,08mm e 0,13mm, objetiva e subjetivamente. Essa comparação foi realizada utilizando-se filmes radiográficos dos grupos “D” e “E”. Todo o controle dos fatores de exposição foi realizada pelo aparelho “NERO”. Os resultados deixaram evidente uma supremacia da qualidade das imagens dos grupo “D” sobre os filmes do grupo “E”, mas a dose de exposição foi cerca de 64% menor para os filmes do grupo “E”. os filmes do grupo “D”, que utilizaram filtração adicional com 0,08mm de Cobre, apresentaram imagem radiográfica com a mesma qualidade dos filmes que receberam radiação filtrada com 2,00mm de Alumínio, subjetivamente, e dose de radiação 14% inferior a esse padrão (Al). Os filmes do grupo “E”, que receberam radiação filtrada com Cobre(0,08 e 0,13mm) foram avaliados subjetivamente, com a mesma qualidade dos filmes padrões(2,00mm de Al). Conclui-se que quando da utilização dos filmes radiográficos do grupo “D”, deve-se utilizar filtração adicional do feixe principal de raios X com o elemento cobre 0,08mm ao invés de 2,00mm de Alumínio. A utilização de filtração adicional de Cobre quando da exposição de filmes radiográficos do grupo “E”, depende de uma melhor análise, apesar da sensível redução da dose de exposição a radiação (28%) em relação ao padrão (Al) e da avaliação dos examinadores, que não fizeram significativa diferenciação entre os grupos de filmes que receberam radiação filtrada com Alumínio e com cobre.

B202

O azul de  toluidina como marcador de áreas para biópsia em lesões brancas da boca, frente às escolhidas clinicamente.   

S. F. BUENO*, F. R. X. SILVEIRA  

Depto. De  Estomatologia - FOUSP - Fone: (011) 818-7901- E-mail: frxsilve@fo.usp.br

O azul de toluidina (AT) tem sido bastante  utilizado como auxílio diagnóstico em lesões da mucosa bucal com potencial de transformação maligna. Em tese, células atípicas têm uma maior quantidade de DNA, permanecendo coradas após a técnica, pela afinidade do AT por ácidos, evidenciando áreas da lesão que provavelmente apresentam um maior grau de atipia. Este trabalho avaliou a eficácia da coloração de AT, como marcador de áreas para biópsias, em lesões brancas da mucosa bucal, frente a áres escolhidas clinicamente. A técnica  foi utilizada através de swab (solução aquosa de AT a 1%) em vinte e cinco pacientes portadores de lesões brancas, após a escolha de uma área clinicamente representativa, Após 30 segundos, foi removido o excesso com ácido acético a 1%. Onde houve positividade para o corante, em sítio diferente do escolhido clinicamente, duas biópsias foram executadas. O material foi analisado histopatologicamente e os resultados foram comparados: dez lesões não retiveram o corante e destas, três (30%) mostraram hiperqueratose sem atipia. Uma das lesões foi diagnosticada como carcinoma in situ. Uma lesão corou totalmente, apresentando hiperqueratose com atipia discreta. Das 14 lesões que coraram parcialmente, duas mostraram diagnóstico de hiperqueratose sem atipia, uma carcinoma in situ e 11 hiperqueratose com diversos graus de atipia. Em relação às duas áreas biopsiadas da mesma lesão, 50% dos pares de biópsias confirmaram a propriedade do AT em corar áreas mais atípicas, e nos outros 50%, a parte corada dos pares de biópsias mostrou atipia menor ou igual à parte não corada. O AT apresentou sensibilidade de 65% e especificidade de 60%, não mostrando sensibilidade para detecção de carcinoma in situ.

B203

Avaliação da Imagem, Sensibilidade e Latitude de Atuais Sistemas Digitais

A. E. OLIVEIRA, S. M. ALMEIDA, F. HAITER NETO, F. N. BÓSCOLO

Departamento de Diagnóstico Oral - Área de Radiologia - Faculdade de Odontologia  Piracicaba - UNICAMP

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade da imagem, sensibilidade e escala dinâmica de três sistemas digitais (Sens-A-Ray*, Digora**, CDR***), filme E-speed**** e filme digitalizado. Cinco foram os objetos de análise, sendo três regiões anatômicas de crânios macerados, uma escala de densidade de alumínio e um bloco de alumínio com orifícios. Foram utilizados 50, 60 e 70 kVp, com tempos de exposição de 0.05, 0.08, 0.13, 0.2, 0.4, 0.8 e 2s. Para obtenção das imagens, medições de dose foram realizadas a fim de se fazer uma avaliação mais objetiva da relação entre tempo de exposição versus dose. A qualidade das imagens foi analisada subjetivamente de forma padronizada, em função do tempo de exposição e kilovoltagem, sendo que a variação destes fatores propiciou ainda que fossem avaliadas a sensibilidade e a escala dinâmica dos sistemas. Foram realizadas 525 radiografias (21 doses x 5 objetos x 5 sistemas), avaliadas por seis avaliadores, que se utilizaram de uma classificação de 0 a 4. Os resultados mostraram que o sistema Digora ofereceu a melhor qualidade de imagem e escala dinâmica, seguido pelo filme digitalizado, com os sistemas CCD situando-se no extremo oposto destas condições. O sistema que demonstrou a maior sensibilidade foi o CDR e em seqüência o Digora. Portanto com base no conjunto de situações avaliadas, concluiu-se  que o Digora apresentou o melhor desempenho, pela sua boa qualidade de imagem e sensibilidade, aliadas a sua ampla escala dinâmica.

*Regam Medical System, Sundsvall, Suécia

** Soredex, Helsink, Finlândia

*** Schick Technologies Inc. Long Island City – Estados Unidos

**** (E-speed Plus EP 21 nº 2) – Eastman Kodak Co., N.Y.            

B204

Câncer bucal: avaliação do tempo decorrente entre a detecção da lesão e o início do tratamento. 

E. G. Costa*, C. A. Migliorati

Departamento de Estomatologia - FOUSP -  camigli@fo.usp.br

Este trabalho teve o objetivo de determinar o tempo que decorre desde o momento que uma lesão maligna bucal é detectada até o momento em que o paciente inicia a terapia da lesão em centro especializado. Para tanto, 15 pacientes consecutivos (9 homens e 6 mulheres), portadores de lesões malignas da cavidade bucal, encaminhados para diagnóstico e tratamento à Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), Disciplina de Semiologia, foram acompanhados sem que a rotina de manejo destes pacientes fosse alterada. Após um ano, observou-se que em média os pacientes aguardam 19.3 dias para receberem o diagnóstico de câncer. Do momento do diagnóstico até o início da terapia da lesão decorreram em média 65.7 dias. O tempo médio decorrido entre a primeira visita à FOUSP e o início do tratamento foi de 84 dias. Baseados no fato de que o diagnóstico precoce do câncer bucal e o tratamento imediato são fatores importantes na diminuição da alta morbidade e mortalidade causadas por esta doença, acreditamos que o serviço de diagnóstico e tratamento de pacientes portadores de câncer bucal que serve os pacientes da FOUSP deva ser reavaliado.

B205

Candidose em estomatite protética: avaliação de medicação alopática e fitoterápica.

L. C. S. VASCONCELOS*, M. C. C. SAMPAIO

Departamento de  Clínica Social e Odontologia Social - UFPB - (083) 246-4203

Procuramos avaliar em usuários de próteses, apresentando estomatite protética associada à candidose, a ação de dois medicamentos, um alopático como o miconazol (Daktarin gel oral), e outro fitoterápico Punica granatum L., derivado da romã. Pacientes, após exame e diagnóstico clínico foram submetidos à coleta de amostras das áreas afetadas, através do uso de “swabs” para cultura, isolamento e identificação dos fungos presentes, apresentando positividade para Candida albicans. Foram divididos em dois grupos de 30. O grupo A medicado com miconazol e o B com o extrato da romã, ambos na forma de gel. Foram utilizados por quinze dias, em três aplicações diárias e na mesma proporção. Dois dias após o término do tratamento, procedeu-se nova coleta para avaliação fúngica pós tratamento. Pode-se observar clinicamente uma melhor resposta, embora discreta da alopatia frente a fitoterapia. Em relação à Candida albicans, uma significativa redução foi observada, diminuindo consideravelmente a positividade de Candida para ambos.(17,7% e 27,7%), embora maior no grupo fitoterápico. Conclui-se que, no tratamento da candidose associada à estomatite protética, tanto a alopatia quanto a fitoterapia, apresentaram bons resultados, necessitando-se porém avaliar as possibilidades, de que ora por maior número de aplicações ou mesmo um período mais longo de uso, a fitoterapia, por suas vantagens como preço, inocuidade, fácil aplicação, gosto, possa atingir ou mesmo superar a droga alopática.

B206

PCNA e p53 em ameloblastoma e tumor odontogênico adenomatóide.

C. A. G. BARBOZA*, L. B. DE SOUZA, L. P. PINTO, A. L. L. COSTA

Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral - UFRN - mstpator@odonto.ufrn.br

O ameloblastoma destaca-se entre os tumores odontogênicos pela sua capacidade infiltrativa, alto índice de recidiva e pela frequência com que tem sido relatado nas várias séries estudadas. O tumor odontogênico adenomatóide (TOA), apesar de compartilhar a origem epitelial com o ameloblastoma, apresenta-se como uma lesão de comportamento biológico indolente. O objetivo do presente estudo foi avaliar a expressão do PCNA e da proteína p53, através da técnica da streptavidina-biotina, em 17 casos de ameloblastoma, sendo 7 casos com predomínio do padrão folicular, 4 casos plexiforme, 3 casos com associação dos padrões folicular e acantomatoso, 2 casos com predominância do arranjo basalóide e um caso desmoplásico, e 8 casos de TOA. A análise quantitativa foi realizada utilizando-se um índice (IP) calculado através da relação do número de células PCNA e p53 positivas por 1000 células contadas ao acaso em cada caso estudado, multiplicado por 100. Todas as lesões exibiram positividade para o PCNA e a proteína p53, sendo que nos casos de ameloblastoma houve forte marcação para o PCNA e uma marcação de intensidade moderada a fraca para a p53. Os casos de TOA apresentaram forte marcação para o PCNA e fraca marcação para a p53. Os índices de positividade foram comparados nos 5 grupos de tumores através da análise de variância. Concluímos que o ameloblastoma apresentou índice de marcação maior do que o TOA tanto em relação ao PCNA quanto à p53. Considerando-se os subtipos histológicos do ameloblastoma, observou-se diferença estatisticamente significativa entre o padráo folicular e o TOA, na expressão da p53.

 

Apoio financeiro: CNPq - CAPES

B207

Prevenção do Câncer Bucal e Educação da Comunidade.

M.R.S. QUIRINO*, A.C.P. MACHADO, I.G.C. PRADO, P.G.TAVARES

Fac. Odontologia - Universidade de Taubaté - Fax: (012) 232 29 47

Campanhas relacionadas à Prevenção do Câncer Bucal tem sido comentadas e realizadas atualmente. Pensando nesta problemática, nos adiantamos e já realizamos 15 campanhas em anos consecutivos na cidade de Taubaté; instituindo a distribuição do “Manual de Auto-Exame” à partir da décima campanha. O objetivo deste trabalho é apresentar os dados obtidos nos últimos cinco anos, avaliando a prevalência de lesões da mucosa, bem como os fatores de risco para o câncer bucal. Após divulgação prévia sobre a campanha, os indivíduos procuraram o posto de atendimento de forma voluntária; onde além da realização do exame clinico pelos alunos, sob supervisão dos professores da Disciplina de Diagnóstico Bucal, receberam orientação e o manual para realizarem o auto-exame e, o que fazer diante de alterações. Foram examinados 1800 indivíduos, sendo encontrado 467 (25,9%) casos de lesões com caráter variado, incluindo lesões potencialmente cancerígenas (10,6%) e casos de câncer bucal (3,1%). Concluimos portanto, que as campanhas tem contribuido não só para o diagnóstico precoce, bem como para a conscientização dos indivíduos em relação ao câncer bucal, visto que a cada ano o número tem aumentado e ainda, dobrado no ano de 1998 em relação à 1997.

B208

Qualidade diagnóstica das imagens radiográficas convencional e digitais da cárie dentária.

G. M. TOSONI*, A. L. A. CAPELOZZA, L. C. M. LOFFREDO, O. TAVANO, G. SCAF

F.O. Araraquara – UNESP e F.O. Bauru – USP, Brasil - (016) 232-1233 R:224

O objetivo deste trabalho foi verificar a reprodutibilidade intra e interexaminador e a validade das radiografias convencional e digital no diagnóstico de cáries proximais e oclusais. Dezesseis dentes foram montados em um modelo e radiografados utilizando-se filmes Kodak Ektaplus e a placa de imagem do Sistema Digora. Dois observadores radiologistas interpretaram as imagens convencionais e as digitais com os recursos de ampliação, inversão e terceira dimensão. Classificaram as superfícies dentárias com escores de 0 a 5, determinando a presença e a extensão de lesão cariosa. Os dentes foram seccionados para validação em exame microscópico. Foi utilizada a estatística Kappa para verificar a reprodutibilidade intra e interexaminador. A sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos foram obtidos. Pela radiografia convencional, a reprodutibilidade intra-examinador foi boa nas superfícies proximais e oclusais, e a interexaminador foi regular nas superfícies proximais e boa nas oclusais. Pela digital, a reprodutibilidade intra-examinador foi distinta para os dois examinadores apresentando valores que variaram entre regular e ótimo. Nas proximais, a reprodutibilidade interexaminador da radiografia digital variou de regular a boa e, nas oclusais,  de boa a ótima. Sobre o aspecto de validade não houve diferenças significativas entre as imagens convencional e digitais.

B209

Manifestações buco-faciais em crianças com AIDS e controles.

V.L. BOSCO; E.G.BIRMAN

Faculdade de Odontologia- USP - egbirman@siso.fo.usp.br (011) 818 7883

O aumento do número de pacientes pediátricos portadores do HIV em nosso meio, levou-nos a avaliar as  manifestações buco-faciais em 30 crianças  entre  dois e  seis anos,  de ambos os sexos, contaminadas verticalmente e confirmadas com AIDS, pelos  testes ELISA e Western Blot,  pacientes  ambulatoriais  da   Santa   Casa   de   Misericórdia  de   São Paulo-SP.  Seus prontuários   apresentavam   os   dados   globais   analisados,   ressaltando-se   a avaliação da

imunossupressão (contagem de CD4),   tratamentos instituídos e condições atuais, além  das   demais  observações de interesse geral.   Um grupo controle  foi representado pelo mesmo  número  de  crianças   sadias,  não transfundidas, sem fatores de risco,  pareadas  por idade e sexo.  Após  exame clínico pudemos   detectar   no   grupo   teste,   34 manifestações  representadas    predominantemente  por  linfadenopatias  cérvico-faciais  em   40% (12/30), gengivites   inespecíficas em 33,3% (10/30), candidíases  em 23,3% (7/30), sendo  quatro do tipo pseudomembranoso e três eritematoso, além do aumento da glândula parótida em 13,3% (4/30),   com   apenas  um   caso  de   ulcerações  3,3%  (1/30),  frente   a  ausência   total  de manifestações   bucais   nos   controles.  As lesões  encontradas nestes pacientes diferem das observadas   em  trabalhos   anteriores  e  em  adultos.   Foi  verificada  maior prevalência de linfadenopatia nas crianças com imunossupressão mais acentuada (CD4<500 cél/mm3).   Os resultados   observados  confirmam  a  tendência  de que os aspectos bucais vem se alterando frente  aos  novos  tratamentos  com  as atuais drogas, merecendo ainda maior atenção para o diagnóstico e tratamento destas lesões.

B210

Diagnóstico da Lesão Oclusal em Dentina de Molares Permanentes,

A. V. MASIERO*, A. R. ROMANO, K. K. MARINI, C. RHODEN, A. C. COLPO

Programa Especial de Treinamento da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas - (0532) 220406

Dentro da filosofia de promoção de saúde o diagnóstico da lesão de cárie é fundamental, especialmente na superfície oclusal. Assim, nos podemos avaliar a efetividade “in vivo” dos métodos de diagnóstico: inspeção visual (V), visual com lupa (VL), radiografia interproximal (RX) e transiluminação com fibra óptica (FOTI) na detecção de cárie em nível de dentina na superfície oclusa lde molares permanentes. Foram selecionados 40 sítios de 30 molares permanentes de 12 pacientes com idade média de 12 anos. Os exames foram conduzidos na seqüência dos métodos, por dois examinadores calibrados, chegando a um consenso de diagnóstico: 0-lesão em esmalte, 1-até 1/3 de dentina, 2-em mais de 1/3 de dentina, 3- em contato com a polpa. De posse do consentimento esclarecido, os sítios foram fotografados, preparados, avaliados e restaurados. Os resultados revelaram que 12 sítios eram escore 0, 15 eram 1, 8 eram 2 e 5 eram escore 3. Comparando os dados do diagnóstico com o “Padrão Ouro”, a sensibilidade/especificidade para diagnóstico de lesão em nível dentina foram de, respectivamente, 0,89/0,66 tanto para o V como para o VL, 0,64/1,0 para o FOTI e, 0,64/0,92 para o RX. Os valores do V e VL foram significante em nível de 1% comparado ao FOTI e RX. Considerando  a lesão profunda em dentina (escores 2 e 3) a sensibilidade/especificidade foram, respectivamente, de 054/0,96 para o V, de 0,77/1,0 para VL, de 0,62/1,0 para FOTI e 0,92/0,96 para o RX. O RX foi significante ao nível de 5% quando comparado ao V. De acordo com a metodologia utilizada, podemos concluir que a inspeção visual criteriosa auxiliada por um RX interproximal nos permitem detectar a grande maioria das lesões oclusais em dentina de molares permanentes.

Apoio FAPERGS e CAPES

B211

Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante: estudo comparativo com germes dentários humanos. 

B.S. BEAUCLAIR*, E.P. DIAS. 

Departamento de Patologia - UFF.   epd@netgate.com.br

O Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante (TOEC) é uma neoplasia rara caracterizada por três componentes básicos: células epiteliais, substância amorfa eosinofílica e calcificações. Apesar de sua natureza reconhecidamente odontogênica e epitelial, sua origem celular e a natureza da substância amorfa ainda não foram estabelecidas (Mori et al.,Oral Pathol.,17:236-240,1988; Pindborg et al.,APMIS Suppl, 23:152-157,1991.). Foi realizado um estudo morfológico comparativo entre um caso de TOEC e germes dentários humanos em diferentes estágios da odontogênese. As seguintes técnicas foram utilizadas: HE, PAS, Alcian Blue pH 2,5, Vermelho Congo, um painel de Citoqueratinas (CKs), Colágeno IV, Laminina, Vimentina, Proteína S-100 e Actina de Músculo Liso, além de estudo ultraestrutural do tumor. As células tumorais apresentaram positividade difusa para Laminina e Ck 8, e positividade focal para Vimentina e Ck 7. No germe dentário em fase do sino, as células do epitélio interno do órgão do esmalte apresentaram positividade difusa para Laminina, focal para Ck 7 (região próxima ao diafragma epitelial), e focal para Vimentina (restrita à região próxima ao ápice coronário). A substância amorfa demonstrou apenas congofilia à microscopia de campo claro e birrefringência verde à luz polarizada, sugerindo natureza amilóide do material. O esmalte dentário apresentou congofilia, mas não demonstrou propriedades físicas de amilóide. Estes achados sugerem que as células tumorais do TOEC podem ter origem das células do epitélio interno do órgão do esmalte, e que sua população celular é heterogênea, sendo composta por células epiteliais em diferentes estágios de diferenciação. A substância amorfa apresenta semelhanças histoquímicas (congofilia) com a  matriz de esmalte,  o que deve ser objeto de estudos futuros com técnicas mais sensíveis.

B212

Análise radiográfica na definição do planejamento pré-cirúrgico em implantes osseo-integrados em maxila

P. C. SANTOS*, A. L. T. O. LIMA, R. E. OLIVEIRA 

Universidade de São Paulo - NAPEM: Núcleo de Apoio à Pesquisa em Materiais Dentários – FOUSP - (011) 818-7840

Condições patológicas e qualidade óssea são normalmente diagnosticáveis nas radiografias intra-orais e/ou panorâmicas. Estas técnicas, entretanto, fornecem dados incompletos à respeito das dimensões volumétricas, sendo então necessária a tomografia à avaliação da forma do processo alveolar e sua dimensão vestíbulo-lingual. Informações pré-cirúrgicas precisas da disponibilidade óssea são decisivas para o prognóstico dos implantes osseointegrados. O objetivo deste estudo foi avaliar a discrepância entre 153 medidas realizadas entre a crista do rebordo remanescente e o assoalho da fossa nasal de radiografias panorâmicas e tomografias lineares de 43 pacientes. Foram consideradas as medidas que possuíssem pelo menos 4,0 mm de distância vestíbulo-palatina, espessura mínima para instalação adequada do implante. Nas radiografias panorâmicas, 20,9% das medidas foram maiores do que as das tomografias entre 2 e 4 mm, 30,7% maiores entre 4 e 6 mm, 20,3% maiores entre 6 e 8 mm, 9,2% maiores entre 8 e 10 mm e 2% maiores, acima de 10 mm. Dos resultados podemos concluir que 83% das medidas das radiografias panorâmicas foram maiores que 2 mm, representando risco entre planejamento e execução cirúrgica, contra-indicando este exame para o planejamento definitivo das dimensões dos implantes.

B213

Visualização Radiográfica da Distância entre o Instrumento Endodôntico e o Ápice Dental (RDD x convencional).

N.F.  CLASEN*, A. H. F. SILVA, C.E. AUN

Departamento de Dentística, Disciplina de Endodontia-FOUSP - Fone:(011)818.7839

Desde a introdução das Radiografias Digitais Diretas (RDD) em Odontologia em 1989, estas vêm sendo estudadas em Endodontia, visando verificar sua eficácia como substitutas da película radiográfica convencional. Muitos estudos mostram, porém, sua limitação na visualização de instrumentos de fino calibre, devido à baixa resolução. O presente estudo visa avaliar a eficácia das RDD na visualização de limas #15, em relação à radiografia convencional. Foram utilizados 5 incisivos centrais, cujas cirurgias de acesso foram previamente executadas. A odontometria foi determinada pela medida real do dente menos 1 milímetro. Os dentes foram fixados com silicone em um alvéolo de um crânio seco, e radiografados com a técnica do paralelismo, tanto para a radiografia convencional (filme D-speed por 0,8 segundo), como para a digital (Trophy-RVG 97 –FOUSP– por 0,18 segundo). As RDD foram avaliadas usando-se os seguintes recursos de imagem: natural, zoom, inversão, inversão com zoom, relevo, relevo com zoom. Cada imagem foi examinada por três endodontistas, que estimaram a distância entre a ponta das limas e o ápice dentário, através do método visual. Concluiu-se que a estimação da distância entre a ponta do instrumento ao ápice dentário, quando avaliada na tela do monitor (RDD), foi muito semelhante à observada na radiografia convencional, não havendo diferença estatisticamente significante. No entanto, quando do uso do zoom, a estimação das medidas foi menos exata, talvez pelo fato da ampliação da imagem fazer com que o profissional perca suas referências de milímetros.

B214

Influência da angulagem na qualidade de radiografias periapicais.

V.S. SILVA*, F.S. MORAES, E. GARRITANO, L.C. MAIA., A.M.G. VALENÇA

Pós-graduação em Odontologia Social - UFF– Niterói – RJ, Brasil - (021) 712-2974

A proposta do presente estudo foi avaliar a influência dos erros de angulagem vertical (AV) e horizontal (AH) na qualidade das radiografias obtidas no período de 1990 a 1996 por alunos da Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense. Foram analisadas ao negatoscópio 420 radiografias periapicais realizadas com a técnica da bissetriz, utilizando filmes Ultra-Speed Kodak sem o auxílio de posicionadores. Os dados foram tabulados e analisados através do teste não paramétrico do Qui-quadrado com nível de significância de 1%. Do total de radiografias analisadas, 266 (63,33%) foram consideradas adequadas quanto à AV, enquanto 154 (36,67%) foram insatisfatórias (p<0,001). Dentro das radiografias inadequadas, observou-se que 120 (77,92%) estavam alongadas e 34 (22,08%) encurtadas (p<0,01). Quanto à AH, obteve-se 341 (81,19%) radiografias adequadas e 79 (18,81%) inadequadas, apresentando sobreposição de faces dentárias (p<0,01). Comparando-se as radiografias adequadas quanto à AV e à AH , observou-se que o número de acertos (341 – 56, 18%) nesta última foi maior do que na  AV (266 – 43,82%), sendo esta diferença estatisticamente significante (p<0,01). Com relação às radiografias inadequadas, a situação se inverte, com 154 (66,09%) insatisfatórias para AV e 79 (33,91%) para AH, sendo (p<0,01). Embora os alunos saibam, na maioria dos casos analisados, executar as tomadas radiográficas com angulagem vertical e horizontal adequadas, dentro dos erros encontrados, houve maior dificuldade na angulagem vertical com tendência em se errar mais por alongamento da imagem do que por encurtamento, o que influenciou na qualidade das imagens obtidas.  

B215

Interferometria holográfica aplicada ao estudo da distribuição de tensões em dente submetido a carregamentoL.

R. Batista1*, M.Muramatsu1, M.Mori2, T. N. Campos2, E. Nakao2 , A. Secco31 - Instituto de Física - USP.2

Depto. de Prótese, FO - USP - 3- Instituto de Ciências Biomedicas - USP - fone +55 011 818-6772 fax +55 011 813-4334 - e-mail: mmuramatsu@if.usp.br

Uma das aplicações inovadoras na holografia situa se na área de interferometria. Existem alguns métodos distintos de grande utilidade em ensaios não destrutivos, para deteccão micrometrica em objetos sujeitos a tensões vibrações, aquecimento ,etc. .No método de dupla exposição faz se um primeiro holograma do objeto e em seguida antes de revelar numa mesma placa faz-se uma perturbação. Como resultado obtém-se duas ondas reconstruídas  que se sobrepõem e interferem, dando origem a um padrão de franjas que traduz o deslocamento ou deformações dos  vários pontos do objeto. Isto é, as variações de tensões e deslocamento em dentes, próteses e ossos.No trabalho estudamos alguns efeitos de tensões em dentes através das franjas obtidas pela dupla exposição pode contas estas franjas e obter o deslocamento e a tensão no objeto analisado. A forca é perpendicular as franjas logo podemos mapear as linhas de tensões aplicadas no dente, tendo assim uma mapa da tensão em três dimensões. Serão mostrados alguns exemplos  de ensaios  para diferentes cargas aplicadas.Utilizou-se alguns exemplos de ensaios para diferentes cargas aplicadas a um dente cortado transversalmente e fixo num substrato de resina como objeto de estudo das tensões.Através do arranjo holográfico obtem-se hologramas de dupla exposição. Estes hologramas são registrados em placas holograficas de alta resolução (5000linhas /mm). Paralelamente a esse trabalho estão sendo testados outros meios de registros utilizando cristais fotorefrativos  que tem a vantagem de não necessitar do processamento fotográfico.Esta técnica pode ser usada para analise de tensões em prótese , materiais dentários, ortodontia ,endodontia e para registro e documentação em odontologia.

B216

Prevalência e posicionamento radiográfico de terceiros molares

E. GARRITANO*, L. C. MAIA, C. M. R. SOUZA, V. S. SILVA, E. L. SOARES

Pós-graduação em Odontologia Social - UFF - Niterói - RJ, Brasil - (021) 712-2974

O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência dos terceiros molares e sua posição intra-óssea. Para tanto, foram analisados 601 laudos radiográficos panorâmicos obtidos na Clínica Maximagem (Valença - RJ), no período de 1997 à 1998 em pacientes entre 13 a 70 anos de ambos os sexos. Os resultados foram submetidos ao teste não paramétrico do Qui-quadrado com nível de significância de 5%. Quanto ao sexo, homens e mulheres se comportaram de forma semelhante em relação à proporção de dentes não formados e/ou ausentes, com odontogênese alterada, erupcionados e retidos (p > 0,05); entretanto no sexo masculino houve maior propensão a dentes posicionados normais durante a odontogênese (p < 0,05). Não houve associação estatisticamente significante entre sexo e hemi-arco dos dentes erupcionados, o mesmo ocorrendo com dentes retidos e ausentes (p > 0,05). Houve diferença estatística altamente significante entre posicionamento dos dentes retidos e os arcos afetados (p << 0,001), com predominância de dentes em posição mésio-angular (68%) no arco inferior e na posição vertical (39,3%) no arco superior. Não houve associação entre  idade e arco afetado em relação aos dentes ausentes (p>0,05). Conclui-se que independentemente do sexo, não houve diferença na prevalência  dos  dentes ausentes e/ou não formados, erupcionados e retidos. Não existindo associação entre o sexo e o hemi-arco dos dentes erupcionados, o  mesmo ocorrendo com dentes retidos e ausentes. O posicionamento dos dentes retidos, porém está sobre forte influência do arco, fato que não ocorre nos dentes ausentes, onde o arco e idade do paciente não são fatores associados.

B217

Uso Tópico de Própolis em Úlceras Aftosas Recorrentes

M. A. LOTUFO*, E. G. BIRMAN, M. T. SCHIMIZU, P. E. C. CARDOSO

Depto de Estomatologia FOUSP (011)8187883 e-mail p-monica@siso.fo.usp.br

As úlceras aftosas recorrentes (UAR) ainda são um desafio para o cirurgião dentista. Assim visamos avaliar o efeito terapêutico de um produto natural, a própolis, que apresenta numerosas propriedades, destacando-se, entre outras as antimicrobianas, antiinflamatórias e  imunomoduladoras, que podem contribuir na redução de alguns problemas associados a UAR. De 70 pacientes examinados, 40 apresentaram UAR do tipo minor (fator de inclusão) com média de idade de 38,5 (desvio padrão 13,10), sendo 25 mulheres e 15 homens, que freqüentaram a FOUSP, no período de aproximadamente um ano. O tratamento consistiu do uso tópico de uma solução de própolis purificada e liofilizada na concentração de 5%, tendo como veículo propilenoglicol. Os pacientes utilizaram a solução, segundo nossa orientação, aplicando-a ao primeiro sinal premonitório do aparecimento das aftas e durante suas recorrências, três vezes ao dia. A sintomatologia e o tamanho das lesões não foram avaliados devido a sua subjetividade Os resultados indicaram uma redução do número, freqüência e tempo de duração das lesões, os quais foram avaliados estatisticamente através do teste do c2, demonstrando significância ao nível de p<0.01. Frente aos resultados obtidos consideramos a própolis um produto que possue uma ação medicamentosa eficaz, sem apresentar efeitos adversos, facilidade de aplicação, beneficiando os portadores de UAR, merecendo ainda mais estudos para consolidar seu uso para tratamento destas  lesões.

B218

Aferição técnica da sonda periodontal de 2a geração, Vivacare TPS.

G. E. RAPP, A C.F. MOTTA*

Departamento de Diagnóstico e Terapêutica - Faculdade de Odontologia - UFBA - (071) 336-5976/336-5776

Alguns fatores influenciam os resultados da sondagem durante o exame periodontal, dentre eles, a carga de sondagem. Uma carga entre 20 a 25gf (grama-força) tem sido sugerida como apropriada (Magnusson et al., J. Clin. Periodontol 15 (3): 185-188, 1988). Sondas de carga controlada foram introduzidas no mercado para reduzir este fator variabilidade no exame periodontal. A sonda de 2a geração (Pihlstrom BL, J. Periodontol., 63: 1072-1077, 1992), Vivacare TPS é bastante eficaz na realização da sondagem (Perry et al., J. Den. Res., 72: 329, 1993) além de apresentar vantagens no que se refere a reproductibilidade, validade e tactibilidade (Mayfield et al., J. Clin. Periodontol., 23: 76-82, 1996). O objetivo deste estudo foi aferir a sonda periodontal Vivacare TPS quanto a sua carga. A amostra correspondeu a 150 sondas (Vivacare TPS probe - Vivadent) sendo 101 do tipo Flexible plastic screening surveyor e 49 do tipo Reading metal tactily sensor. As sondas foram fixadas em uma prensa de ensaio de Índice de Suporte Califórnia (ISC), tendo-se o cuidado de manter cada sonda com a extremidade ativa em seu eixo vertical. Utilizando-se uma balança digital de precisão acoplada àbase da prensa, foi aplicada uma velocidade lenta conduzindo, assim, a balança em direção à sonda. A carga foi determinada quando as 2 linhas indicadoras de carga da sonda coincidiam. Os resultados absolutos revelaram que, em média, as sondas Vivacare-TPS - Flexible plastic screening surveyor apresentaram uma carga de 23,52gf enquanto as sondas Reading metal tactily sensor apresentaram uma carga de 23,55gf. Este estudo demonstrou que a sonda Vivacare TPS apresenta uma carga dentro do padrão considerado aceitável mas, entretanto, foge das especificações do fabricante que corresponde a 20 gf.

B219

Efeito do tempo de aplicação do adesivo na resistência de união à dentina sem  colágeno.

V. P. A. SABOIA*1; L.A.F2. PIMENTA

Faculdade de Odontologia da UFC 2-Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - Brazil - lpimenta@fop.unicamp.br

O hipoclorito de sódio a 10% tem sido usado para remover a camada de colágeno da dentina e aumentar a força de união dos adesivos. Este estudo avaliou o efeito do tempo de aplicação do adesivo na resistência de união à dentina após a remoção do colágeno. Cento e vinte incisivos bovinos recém-extraídos  foram preparados e divididos em 8 grupos: G1- Prime & Bond 2.1(Pb) aplicado seguindo-se as instruções do fabricante(PB); G2– os mesmos procedimentos do grupo 1 exceto que a dentina foi tratada com NaOCl a 10% por 1 minuto após o condicionamento ácido e o adesivo foi aplicado à superfície úmida da dentina com um intervalo de 5 segundos (s) entre as aplicações(PBH/5); G3- Pb com intervalo de 30 s (PBH/30); G4- Pb com intervalo de 60 s (PBH/60); G5- Single Bond (Sb) aplicado de acordo com as instruções do fabricante(SB); G6– foram seguidos os os mesmos procedimentos do grupo 2 usando-se Single Bond (SBH/5); G7- Sb com um intervalo de 30 s(SBH/30); G8- Sb com um intervalo de 60 s; (SBH/60). Foram confeccionados cilindros com resina composta Glacier e os espécimes estocados por 1 semana em água destilada a 37 OC. O teste de cisalhamento foi realizado à uma velocidade de 0,5mm/min. Os valores médios obtidos (MPa±DP) foram analisados estatisticamente (ANOVA e SIDAK; p £ 0,05) e os resultados foram os seguintes: PB=6,69 ± 2,35(c); PBH/5=11,2± 5,26(ab); PBH/30=12,85± 3,84(ab); PBH/60=14,53± 5,59(a); SB=7,21± 4,04(bc); SBH/5=9,61± 4,83(ab); SBH/30=8,86± 5,87(bc); SBH/60=10,00±4,70(ab). A remoção do colágeno aumentou a resistência ao cisalhamento do adesivo à base acetona (Pb).

B220

Avaliação qualitativa da microinfiltração marginal, utilizando-se três sistemas adesivos diferentes.

V. G. Arias*, I. T. Campos, L. A. F. PIMENTA

Pimenta Odontologia Restauradora - FOP/Unicamp  (019) 430- 5340 e-mail: lpimenta@fop.unicamp.br 

Apesar da grande evolução dos materiais adesivos, um problema ainda não solucionado é a ocorrência da microinfiltração marginal. O objetivo deste trabalho “in vitro” foi analisar qualitativamente através a  penetração de corante, a eficácia de três sistemas adesivos dentinários hidrófilos em reduzir a microinfiltração na interface de restaurações classe II, empregando condicionamento total em esmalte e dentina. Foram coletados e selecionados 60 molares humanos, sendo confeccionadas duas cavidades do tipo “ slot vertical” sob refrigeração constante, nas superfícies mesial e distal com margem cervical em dentina. As 120 cavidades foram divididas aleatoriamente em 3 grupos (n=40), empregando-se os adesivos: Grupo1:Optibond Solo (OB); Grupo2: Amalgambond Plus (AMB+); Grupo3: Etch & Prime 3.0 (EP). Os sistemas adesivos foram aplicados seguindo as instruções do fabricante e as cavidades foram restauradas com resina composta Z-100 (3M) em três incrementos polimerizados por 40 s. cada. Após o polimento destas restaurações, os grupos foram submetidos à termociclagem de 2000 ciclos (5 ± 1 o C e  55 ± 1 o C por 1 minuto em cada banho). Em seguida, os dentes foram imersos em solução aquosa de azul de metileno à 2% durante 4 horas, cortados e analisados em lupa estereoscópica MEIJI 2000 (35X). Os  índices de microinfiltração foram registrados em escores (0-4) e submetidos à análise estatística (Kruskall- Wallis e Wilcoxon) , sendo os resultados expressos através das soma das ordens: grupo1: OB=1994,00(a); grupo2: AMB=2294,00 (b); grupo3: EP=2972,00 (c), onde letras diferentes representam diferença estatística significante (p £ 0,05). Conclui-se que o adesivo auto-condicionante EP não foi tão efetivo no controle da microinfiltração marginal em dentina da mesma forma que os adesivos OB e AM+. Já o adesivo OB se mostrou mais efetivo no controle quando comparado com o AMB+. FAPESP

Processo # 98/01536-0

B221

Análise da rugosidade superficial de amálgama dental submetido a soluções ácidas.

J.I.L.REIS*, U.F.FONTANA, J.J.MOREIRA NETO, L.MELO SANTOS, L.C.LOFREDO

Depto. de Odont. Restauradora, FOAr - UNESP-SP - (016) 222-6977

O objetivo deste estudo foi avaliar a rugosidade superficial do amálgama dental condicionado com soluções ácidas por diferentes períodos de tempo. O modelo estatístico utilizado foi o da análise de variância (ANOVA). Noventa corpos-de-prova em amálgama (Dispersaloy), com 5,30 mm de diâmetro por 1,50 mm de profundidade, foram utilizados. Estes foram armazenados  por 168 horas, ou 7 dias, em uma estufa regulada a 370 + 10 C, sob umidade relativa de 950 + 5%. Decorrido esse tempo, foram submetidos ao processo de acabamento e polimento metalográfico mediato. Concluído o polimento, procedeu-se à leitura da rugosidade superficial dos corpos-de-prova, sendo três leituras para cada um. Logo após, foram armazenados em estufa a 370 C + 10 C, durante quatro dias, tendo então recebido tratamento superficial com três ácidos: nítrico a 30%, fluorídrico a 10% e clorídrico a 18%, com os tempos de condicionamento: sem tratamento (controle negativo) 30”, 60”, 90”, 300”. Em seguida, foram realizadas novas leituras da rugosidade superficial. Os resultados mostraram que houve variabilidade não significativa para cada um dos fatores, ácido e tempo, bem como para sua interação no nível de 5%. Concluiu-se que as soluções ácidas usadas nesta pesquisa não alteraram a superfície dos amálgamas quando estas estavam devidamente polidas.

 

Apoio financeiro: CAPES

B222

Resistência à fratura de estruturas dentais com restaurações com “inlays” adesivas.   

P. A. BURMANN*, P. E. C. CARDOSO, L. F. SOARES, L. CASAGRANDE

Programa Iniciação Científ. Odontologia – Convênio UFSM-USP  - pafburma@fatec.ufsm.br

A indicação de sistemas adesivos e preparos parciais como opção conservadora para restaurações indiretas pressupõe seu bom desempenho em estudos “in vitro”, tais como a análise da resistência à fratura do conjunto restauração-remanescente dental. Desta forma, foi proposta desta pesquisa quantificar a resistência à fratura de dentes pré-molares superiores restaurados com “Inlays” MOD de diferentes materiais - 1 liga metálica (Pors-on 4 - Pd-Ag), 1 cerâmica de baixa fusão (Fortune) e 1 polímero reforçado (Art Glass), cimentadas com os sistemas Scotchbond Multiuso Plus/Resin Cement (3M) e Bond 1/Cement It (Jeneric Pentron); também foi avaliado, o desempenho de um grupo de restaurações diretas de resina composta (Z-100/Single bond 3 M). Como grupo controle positivo foram usados dentes hígidos, enquanto que o controle negativo era constituído por dentes com cavidades preparadas e não restauradas. As cavidades MOD padronizadas, tipo “inlay”, tinham a configuração e dimensões correspondentes a uma ponta diamantada 4137 (KGS – Brasil). A técnica restauradora para todos os grupos foi conduzida de acordo com as instruções dos fabricante dos sistemas utilizados. Todos os corpos de prova foram submetidos aos ensaios de resistência à fratura em máquina de ensaios Riehle com velocidade de 0,5 cm/min. A análise estatística dos dados (ANOVA e Tukey) revelou semelhança entre a média de resistência à compressão do grupo de dentes hígidos (192,89 Kgf/cm2) e a obtida nos grupos dos dentes restaurados com os diferentes materiais (de 134,89 à 192,58 Kgf/cm2); já a resistência à fratura do grupo dos dentes apenas preparados (47,56 Kgf/cm2) foi estatisticamente inferior aos grupos de dentes hígidos (192,89 Kgf/cm2), Pors-on 4/SMUP/Resin cement (192,56 Kgf/cm2) e Fortune/Bond 1/Cement It (177,42 Kgf/cm2).

B223

Base de proteção em dentes tratados endodonticamente submetidos a clareamento.

M. L. PORTES *, C. ANAUATE NETTO, J. CARLIK, S. OLIVEIRA

Departamento de Endodontia, Universidade de Mogi das Cruzes (011)4798-1002

A reabsorção radicular cervical externa pode ocorre após o clareamento de dentes tratados endodonticamente, por ação de substâncias clareadoras no ligamento periodontal, passando através dos túbulos dentinários. Para evitar tal passagem, indica-se o uso de uma base protetora sobre a obturação do canal radicular, vedando os túbulos dentinários cervicais. Foram utilizados 32 incisivos centrais superiores humanos extraídos, submetidos ao tratamento endodôntico. Os dentes foram divididos em quatro grupo, sendo um controle e três experimentais, que receberam como base de proteção um Cimento de Ionômero de Vidro Convencional, um Cimento de Ionômero de Vidro Híbrido e um Compômero, respectivamente. Os dentes foram submetidos ao clareamento dental com peróxido de hidrogênio 30% e perborato de sódio por 5 dias. Decorrido esse período foi aplicada a solução corante de azul de metileno a 2% para evidenciar uma possível infiltração do agente clareador nos túbulos dentinários cervicais. Os dentes foram seccionados longitudinalmente para verificar tal infiltração, que foi classificada em ausente, leve, moderada e severa. A partir dos resultados pode-se concluir a real necessidade da colocação de uma base de proteção sobre a obturação do canal radicular e que o Cimento de Ionômero de Vidro Convencional apresentou menor infiltração que os demais, com diferença estatisticamente significante a nível de 1%.

B224

Interface resina composta- fibra de carbono: estudo da adesão.

A.F.QUINTAS*, J.BOCANGEL,E.MATSON, M.A.BOTTINO, M.A.J.ARAÚJO.

Materiais Dentários e Prótese FOSJC- UNESP/ Dentística F.O. -USP- (012) 321-8166 R:1305

A literatura relata problemas relativos à união entre resinas compostas para núcleos de preenchimento e pinos lisos de fibra de carbono. Os fabricantes introduziram uma versão serrilhada desse pino, no intuito de solucionar esse problema, mas esses pinos têm menor rigidez que a versão lisa. O objetivo desse estudo foi o de avaliar, em microscopia eletrônica de varredura, o tipo de falha que ocorreu na interface entre a resina do núcleo de preenchimento e a fibra de carbono. Os espécimens foram obtidos por meio de quatro tipos de tratamento superficial sobre pinos de fibra de carbono lisos (C-Post,BISCO) e aplicou-se resina composta para núcleo de preenchimento (Core-Flo, BISCO) sob pressão; as amostras foram submetidas a ensaio de tração. A resina dos núcleos de preenchimento foram removidas, na maioria das vezes, durante o ensaio; parte das amostras tiveram as resinas removidas manualmente, com a finalidade de permitir a observação ao MEV. A extremidade coronária dos espécimens foi seccionada e analisada ao MEV (500X), comparando-se às imagens obtidas dos mesmos pinos após o tratamento superficial, porém sem a aplicação da resina composta . Comparando-se as imagens dos quatro grupos, imediatamente após o tratamento e depois da remoção da resina, verificamos que o Grupo A (jateamento) foi o que apresentou maior adesão, seguido pelo Grupo B (tratado com pontas diamantadas de granulação média); nos demais Grupos (C, com pontas diamantadas para facetas laminadas, e D, usinados), o resultado foi semelhante entre si, porém com muito menor adesão da resina sobre suas superfícies, quando comparados aos Grupos A e B.

B225

Microinfiltração in vivo em decíduos: restaurações ocluso-proximais – Vitremer, Z100.

A. B. FUKS, F. B. ARAUJO*, A. S. PINTO

Disciplina de Odontopediatria – FO. UFRGS, Brasil – Hadassah School of Dental Medicine, Hebrew University of Jerusalem, Israel - (051) 316 5027

A penetração de um corante, em conjunto com a termociclagem para simular condições bucais, tem sido amplamente utilizada para avaliar a microinfiltração. Em vista disso, o presente estudo procurou avaliar, através do significado da penetração do corante, a microinfiltração in vivo de restaurações ocluso-proximais em molares decíduos. Foram confeccionadas 85 restaurações, sendo 33 com Vitremer – 3M, 34 com Z100 – 3M e 18 com amálgama (grupo controle), em 25 crianças. Após 20-22 meses, 18 dentes esfoliaram (7 Vitremer, 9 Z100 e 2 amálgama). Os dentes extraídos foram isolados com cera utilidade, fixados a um polidor e imersos em azul de metileno. Posteriormente, foram embebidos em resina acrílica e seccionados através de cortes mésio-distais e verticais. A infiltração marginal foi avaliada nas margens oclusais e cervicais, através do grau de penetração do corante. Mínima infiltração foi encontrada na margem oclusal da maioria dos dentes e somente uma restauração de Vitremer obteve escore severo. A penetração severa do corante, foi observada na margem cervical da maior parte de restaurações com Vitremer e Z100. Nenhuma diferença significante foi encontrada entre os dois grupos (Fischer Exact probability test p = 0,58). Os resultados obtidos sugerem que os materiais Vitremer e Z100 não puderam eliminar a microinfiltração na margem cervical de restaurações ocluso-proximais em molares decíduos.

B226

Análise morfométrica comparativa, à luz da computadorização, de pontas diamantadas (estudo in vitro).

A. M. FOSSEN*, D. M. FICHMAN, M. D. NOVELLI, M. N. YOUSSEF

Dep. Dentística – Faculdade de Odontlogia – USP-SP - (011) 7396-8349

O trabalho visa estudar o comportamento das pontas diamantadas, por meio da análise computadorizada das grandezas área, perímetro e fator de forma. Foram ensaiados 60 instrumentos divididos em 2 grupos, os quais continham diferentes tamanhos de partículas de diamante A ¾ (grossa); B (média) ¾, e em 3 subgrupos “a”, “b” e “c”, referindo-se, respectivamente, aos tempos menor, normal e maior da eletrodeposição. Para cada subgrupo foram utilizadas 10 pontas diamantadas, que receberam avaliação nos  tempos de uso t1 = 0, t2 = 5, t3 = 10 e t4 = 15 minutos. Tanto o perímetro como a área dos instrumentos projetados diminuíram em função do tempo de uso, o que demonstra um desgaste progressivo. O fator de forma aumentou já que este é a relação entre área e perímetro. O fator tempo, ou seja, duração de utilização dos instrumentos foi sempre altamente significante (nível de 0,1%). Quanto ao fator eletrodeposição, este mostrou-se altamente significante em nível de 0,1% para perímetro e fator de forma; para a área, apresentou significância de 5%. O tempo de utilização das pontas agiu decisivamente para diminuir o perímetro e a área e, conseqüentemente, para aumentar o fator de forma. O fator tamanho de diamante não foi significante para o perímetro, mas mostrou-se altamente significante para área e fator de forma. Estes apresentaram-se maiores para para as partículas de diamante do grupo A (grossa). Todas as interações em que aparece o fator tempo foram significantes, com exceção da interação tempo (T) versus diamante (D) considerando-se o perímetro e o fator de forma. Somente a interação dupla diamante (D) x eletrodeposição (E) foi significante considerando-se a área.

B227

Microinfiltração de dois materiais ionoméricos após condicionamento ácido.

M. João, A. F. Monnerat, D. G. Pontes*, F. A. Falcão

Faculdade de Odontologia UERJ e Instituto de Odontologia UGF – RJ - Brasil - (021) 294-3176

O objetivo deste estudo foi avaliar se o condicionamento dental com diferentes tipos de ácidos influenciaria na microinfiltração de restaurações classe V utilizando Ionômero de Vidro Modificado por Resina (IVMR) e Resina Composta Poliácido Modificada (RCPM). Foram utilizados 60 dentes bovinos divididos em 6 grupos: 1A: ácido fosfórico 37% + RCPM; 1B: ácido fosfórico 37% + IVMR; 2A: ácido poliacrílico 40% + RCPM; 2B: ácido poliacrílico + IVMR; 3A: RCPM controle; 3B: IVMR controle. As cavidades classe V foram preparadas (2mm x 2mm x 2mm)  sobre a junção amelocementária, restauradas de acordo com os grupos e polidas. Depois de armazenados em água destilada a 37o C durante 48h, os dentes foram mergulhados em solução de nitrato de prata a 50% por 24 horas e imersas em solução reveladora por 15 minutos. As amostras foram seccionadas e avaliadas de acordo com o seguinte escore: 0– sem penetração; 1– penetração até 1mm; 2– penetração além de 1mm até parede axial; 3- penetração além  da parede axial. A análise estatística foi feita por testes ANOVA e Bonferroni, encontrando-se diferença estatística entre os grupos (p<0,01 para margem em esmalte e p<0,05 para margem em cemento). Os melhores resultados na margem em esmalte foram encontrados nos grupos 1A e 2A e, em cemento, no grupo 1A. O material que promoveu menor microinfiltração foi a Resina Composta Poliácido Modificada, sendo que em margem de cemento o melhor condicionamento é o feito com ácido fosfórico a 37%.

B228

Análise sob MEV  dentina de dentes decíduos condicionada com ácido e microabrasionada.

V. S. CANTISANO*; M. de W. M.  SOUCHOIS; H.R. SAMPAIO FILHO ; H. S. A. MELLO.

Departamento de Odontologia Preventiva e Comunitária - FO-UERJ - (021) 294-3176

O objetivo deste estudo foi avaliar dois tratamentos distintos em três áreas diferentes de dentina de dentes decíduos extraídos. Selecionou-se três molares decíduos apresentando uma área de dentina hígida, uma com lesão de cárie e outra com restauração de amálgama. Eles foram seccionados transversalmente, obtendo-se seis amostras, uniformizadas com lixas d’água e divididas em  três grupos experimentais - um de dentina hígida, outro de dentina sob restauração e um terceiro de dentina sob cárie . Das  áreas de dentina hígida separou-se dois terços onde se aplicou ácido fosfórico a 37% durante sete e quinze segundos. Uma micro-abrasão com jateamento de carbonato hidrogenado de sódio foi feita nas outras áreas. A análise sob MEV foi feita por três examinadores calibrados e os resultados submetidos a tratamento estatístico pelo método KRUSKALL WALLIS, o qual mostrou diferença entre os grupos: jato de carbonato em dentina hígida versus jato de cabonato em dentina sob cárie; jato de carbonato em dentina hígida versus jato de carbonato  sob restauração

( H= 35,00; p< 0,01), e não foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos; jato de carbonato sob restauração versus jato de carbonato em dentina sob cárie. Com relação ao grau de limpeza promovido pelo ácido fosfórico, não foi observado diferença estatisticamente significante. Conclui-se, assim, que o ácido fosfórico a 37% aplicado por sete ou quinze segundos sobre dentina de dentes decíduos é capaz de promover uma remoção efetiva da lama dentinária.  A micro-abrasão, apesar de também ser eficiente nas áreas de maior calcificação dentinária, ocasiona  alterações na superfície de dentina hígida.

B229

Infiltração em restauração Classe II com base em resina “Flow” e compômero.

N.B. SOARES* ; D. PORTO ; G. NEVARES  ; M. SANTIAGO

Depto. de Dentística - FOUERJ. Doutorado UFRJ - (021) 234-1563

O objetivo deste trabalho foi avaliar IN VITRO a infiltração marginal nas regiões gengival e oclusal de cavidades Classe II com resina condensável ALERT (JENERIC/PENTRON), usando-se a resina de baixa viscosidade FLOW-IT (JENERIC/PENTRON) e o compômero DYRACT(DENTSPLY) como base . Foram utilizados 18 molares recém extraídos, divididos em 3 grupos de 6 dentes, e preparadas cavidades Cl.II nas faces mesial e distal, totalizando 12 amostras para cada grupo. Os 3 grupos receberam sistema adesivo de 5ª geração BOND 1 (JENERIC/PENTRON).Grupo I-ALERT; Grupo II-FLOW-IT + ALERT e GrupoIII-DYRACT + ALERT. Em seguida, os dentes passaram pelo processo de ciclagem térmica (500 ciclos entre 5 - 55º C ), foram impermeabilizados, imersos em solução de Nitrato de Prata à 50% por 24 horas e incluídos em resina. Após a imersão, as amostras foram seccionadas, fotografadas e avaliadas por 3 profissionais devidamente calibrados, usando uma escala quantitativa de 0-3  segundo Retief et al( J. Prost. Dent., 47 : 496-501, 1982 ). Foram avaliadas as áreas gengival e oclusal e aplicados os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney.

                                                    Oclusal %                                                 Gengival %       

                                       0             1             2             3                          0             1             2             3            

Gr I                                 69,4             11,1             11,1             8,3                          0             0             16,6             83,3            

Gr II                                 86,1             13,8             0             0                          0             47,2             47,2             5,5            

Gr III                                88,8             11,1             0             0                          25             66,6             8,3             0            

Em relação à gengival, houve diferença significativa entre os grupos (p<0,05). Nenhuma das técnicas empregadas foi eficiente para impedir a infiltração marginal na região gengival.

B230

Adesão de materiais estéticos posteriores.

F. COSTA* ;F. SILVA ;G. SANTOS ;J. AMARAL e K. DIAS

Grupo PET F.O .UERJ  RJ - TEL./ FAX: (021) 587- 6382.

O objetivo desse estudo foi avaliar a adesão de três materiais resinosos ao esmalte e cemento / dentina de dentes humanos permanentes. Trinta molares recém extraídos e conservados em água destilada foram selecionados para este estudo. Cada dente recebeu cavidades tipo classe V por Vestibular e por Lingual, com 3 mm de diâmetro e de profundidade, com o bordo oclusal em esmalte e o bordo cervical em cemento/dentina. Após o preparo cavitário, os dentes foram separados em 3 grupos: Grupo 1 - Solitaire; Grupo2- Dyract AP; Grupo3- Ariston, restaurados com os materiais segundo as instruções dos fabricantes e receberam acabamento e polimento com discos de Soft-lex de duas granulações diferentes 10 segundos cada, 24 horas após a restauração. Posteriormente, os dentes foram submetidos a ciclagem química por 7 dias, sendo mantidos em soluções desmineralizantes  por ciclos de 6 horas alternados por soluções remineralizantes por ciclos de 16 horas. Entre as trocas de soluções, os dentes foram lavados em água corrente. Posteriormente, os dentes foram imersos em solução de Nitrato de Prata a 50%  por 24 horas, revelados por 20 minutos e  seccionados. A micro infiltração foi avaliada em uma escala de 0( ausente)  a 3 ( máxima) por dois avaliadores calibrados. Os resultados foram tratados estatisticamente por Anova e testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (P W 0,05).Os postos médios dos grupos foram GI 45,50 ;GII 29,73 e GIII 32,89 e os das regiões foram E=29,39 e D=41,61. O material ARISTON apresentou o pior resultado, e o DYRACT AP e o SOLITAIRE resultados semelhantes. As margens de esmalte apresentaram menor infiltração do que as de dentina.

B231

Estudo comparativo entre procedimentos de lavagem na resistência da união de botão ortodôntico ao esmalte.

J.R. MIKAMI*; S. CONSANI;  M.A.C. SINHORETI; M. MORAES 

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP - (019) 430-5274

Durante procedimentos orto-cirúrgicos, muitas vezes o cirurgião-dentista utiliza soro fisiológico na lavagem do ácido fosfórico no momento da colagem do botão ortodôntico. Este estudo tem como objetivo verificar o efeito da lavagem da superfície do esmalte condicionado com soro fisiológico e água destilada, e além disso, verificar o padrão de condicionamento da estrutura do esmalte em microscopia eletrônica de varredura. Nas faces vestibulares de 20 dentes humanos do grupo molar embutidos em resina acrílica, realizou-se condicionamento com ácido fosfórico a 35% (3M) por 30 segundos. Em metade das amostras a superfície foi lavada com água destilada e a outra metade lavada com soro fisiológico. Em seguida, os botões foram colados com a resina composta Concise Ortodôntico (3M), seguindo as orientações do fabricante. Os corpos-de-prova foram armazenados por 24 horas em água a 37ºC e em seguida levados a uma máquina de ensaio Instron com velocidade de 0,5 mm/min. para o tracionamento até ocorrer descolagem do botão. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey em nível de 5% de significância. Além disso, duas amostras foram condicionadas, lavadas com os dois métodos e cobertas com uma camada de ouro-paládio para observação em M.E.V. Pode-se verificar que o método de lavagem com soro fisiológico obteve a média de 9,06 MPa e não diferiu estatisticamente (p>0,05) da água destilada (7,64 MPa). As fotomicrografias mostraram que os padrões de condicionamento foram semelhantes, não permanecendo resíduos de sais do soro fisiológica sobre o esmalte.   

B232

Estudo comparativo ”in vitro” da ação de diferentes soluções de própolis na superfície dentinária avaliação ultra-estrutural em M.E.V.

C.A.C. GERALDINI*, S.M. RODE.

Depto. Mat. Odontol. e Prótese, Fac. Odontologia de São José dos Campos, UNES P - (011) 448-2286

A própolis é um produto natural, coletado pelas abelhas, dos brotos de árvores, flores e pólen e conhecida por suas propriedades biológicas: atividade antibacteriana, anti-inflamatória, cicatrizante, fúngica, etc. Neste trabalho avaliou-se “in vitro” o extrato etanólico de própolis como agente de limpeza na superfície dentinária de 15 dentes, provenientes de um banco de dentes extraídos, que foram divididos em cinco grupos. Com instrumento diamantado removeu-se o esmalte e, com brocas carbide, cilíndricas lisas n0 56, cortou-se aproximadamente 1 mm de dentina, em alta rotação sob abundante refrigeração ar/água, para produzir uma camada de esfregaço. Em seguida estas superfícies foram tratadas com diferentes concentrações etanólicas de própolis e com etanol 70% puro, utilizando-se bolinhas de algodão estéril para aplicação de cada substância esfregando-a por 30 segundos, considerando-se como controle onde foi apenas utilizado o spray água/ar. Os espécimes, após serem lavados com água e secos, foram fixados em um posicionador metálico de alumínio, metalizados com ouro e avaliados em microscópio eletrônico de varredura, modelo DSM 950-ZEISS, do Centro Técnico Aeroespacial – CTA, Divisão de Materiais Raros. Observou-se que, morfologicamente, as soluções estudadas, quando comparadas ao grupo controle, removeram parte da camada de esfregaço, sem expor os túbulos dentinários. O extrato etanólico de própolis a 10% promoveu uma camada  regular cobrindo a superfície dentinária e a 20% e 30% apresentou partículas com formas esferoidais de vários tamanhos que ficaram sobrepostas ao esfregaço dentinário, o qual se apresentava regular e com poucos detritos, sugerindo ação de limpeza das substâncias utilizadas.

B233

Adesivos de 5a geração : condicionamento ácido  total x primers auto-condicionantes.

C. R. G. TORRES *, M. A. M. ARAÚJO

Dep. de Odont. Restauradora, F. O. de São José dos Campos – UNESP, (012) 321-8166

A finalidade deste estudo foi comparar, através da análise da microinfiltração marginal, o desempenho de quatro sistemas adesivos dentinários de 5a geração. Foram empregados vinte terceiros molares humanos, divididos em quatro grupos, nos quais foram realizados preparos cavitários tipo slot vertical nas faces mesial e distal, com término gengival em dentina/cemento. Os dentes foram divididos em 4 grupos, de acordo com o adesivo utilizado. Os grupos I e II receberam os sistemas de frasco único One Step (OS) e Single Bond (SB), respectivamente. Nos grupos III e IV foram aplicados os sistemas auto-condicionantes Clearfil Liner Bond 2 (CLB2) e Etch & Prime 3.0 (E&P). Os sistemas adesivos foram utilizados segundo as recomendações dos fabricantes, sendo então procedida a restauração com resina composta Prisma TPH. As amostras foram submetidas à termociclagem (500 ciclos a 5oC + 5 e 50oC + 5) e posteriormente imersas em fluoresceína sódica a 2% por 15 h, sendo então seccionadas no sentido mésio-distal. A avaliação foi realizada em microscópio de epifluorescência por dois examinadores, atribuindo-se escores de 0 a 3 conforme o grau de infiltração marginal. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística empregando-se os testes de Kruskal-Walis e Dunn’s. Foram observadas diferenças significantes entre os grupos (P = 0,018). Baseado na média dos ranks *, foi possível estabelecer a seguinte ordem crescente de intensidade da microinfiltração : SB (13,2 *) < OS (16,7 *) < CLB2 (25,1 *)  < E&P (27,0 *). Os sistemas de frasco único/condicionamento total apresentaram os menores índices de microinfiltração, contudo, somente o SB exibiu significativamente menos microinfiltração que o E&P.

B234

Modelo estatístico para pesquisa odontológica: modelo linear generalizado.   

MENEZES*, M.R.A.; CORDEIRO, G.C.; CABRAL FILHO, E.J.

Faculdade de Odontologia de Pernambuco, FOP / UPE, Recife - PE, Brazil - (081) 231-0005

Os modelos log-lineares(GLIM) são destinados à análise de dados dispostos sob forma de frequência, isto é contagens.. A idéia básica é explicar  através as frequências observadas, f’s, dispostas em uma tabela de contingência caracterizadas por várias variáveis explicativas. A denominação modelo log-linear deve-se ao fato de usarmos a função logarítmica para representar a estrutura linear do modelo. O ajustamento do modelo log-linear aos dados possibilita calcular os efeitos principais e as interações de todos os fatores.Isto pode ser feito através do “software” GLIM, versão 3.77.Apartir deste ajustamento pode-se inferir sobre a significância das variáveis explicativas e suas interações. A escala de interpretações dos resultados encontrada, bastante consistente, nos permite ampliar as observações e os resultados dos nossos trabalhos científicos. Neste trabalho tem-se como variável dependente a frequência de respostas correspondente à associação entre grau de penetração, tipo de adesivo, examinador e face. Cada variável foi codificada e caracterizada. O teste do qui-quadrado foi usado para investigar a veracidade do modelo de interesse.O modelo conteve todos as interações dois a dois dos fatores  e teve 32 parâmetros ajustados aos 72 dados, com desvio de 30.776 com 40 graus de liberdade. O ponto crítico foi calculado ao nível de significância de 5%. O desvio sendo superior ao ponto crítico calculado a partir dos graus de liberdade do modelo, torna o modelo inadequado aos dados em questão. e-mail: menezesm@hotlink.com.br

B235

Microinfiltração em resina composta: comparação entre técnicas de fotopolimerização e armazenagem

TANGO, R N*; KIMPARA, E T

Depto Mat. Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP - (021) 321- 8166 R:1305

Essa pesquisa in vitro objetiva comparar níveis de microinfiltração em duas técnicas de fotopolimerização de resinas compostas e armazenagem. Foram tomados quatro grupos (A,B,C,D) de dentes premolares humanos extraídos, sendo que cadao era composto por quatro dentes escolhidos aleatoriamente. Nesses dentes foram preparadas cavidade Classe II na proximal. Cada preparo foi submetido ao condicionamento ácido, aplicação de adesivo e receberam cinco incrementos de resina composta fotopolimerizável. Nos grupos A e B a fotopolimerização foi feita pela transparência através de esmalte, atentando para a duplicação do tempo de exposição em relação aos grupos C e D, em que a incidência do feixe de luz foi realizada diretamente sobre o material restaurador. Após 24 horas os dentes do grupo A e do C foram levados à termociclagem, os dos grupos B e D foram ao mesmo processo após uma semana, período no qual permaneceram em água. A seguir os mesmos foram imersos em azul de metileno a 0,5 % por 4 horas, foram lavados e incluídos em resina acrílica. As peças obtidas sofreram cortes seguindo-se o longo eixo do dente, nos permitindo observar o limite restauração-dente, que foram avaliados por 4 observadores calibrados que atribuíram notas de 0 a 4 conforme grau de microinfiltração e os resultados submetidos à análise estatística. O teste estatístico realizado foi o não paramétrico(Kruskal-Wallis) onde não houve diferença significante talvez pelo pequeno número de amostras, uma vez que as médias apontam uma diminuição da microinfiltração na técnica direta com armazenagem de 1 semana. Baseados nos valores mínimos pode-se concluir que o nível de microinfiltração se mostrou maior na técnica direta termociclada após 24 horas; e quando armazenados por 1 semana apresentaram melhoras; quanto a técnica da transparência, a termociclagem após 24 horas ou 1 semana não mostrou grandes diferenças.

B236

 Avaliação da microinfiltração do ionômero, compômero e resina composta. Estudo “in vitro”.

M.M.A. PONTES*, R.A. SANTOS

Faculdade de Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco  - (081)2416805

O tratamento adequado da lesão cervical, independente de sua etiologia,sempre representa um desafio aos clínicos. A técnica restauradora é difícil, principalmente pela pouca profundidade destas lesões, além de que as cavidades estão situadas junto à gengiva marginal livre, e algumas até estão situadas subgengivalmente. O objetivo deste estudo foi avaliar a habilidade de selamento marginal à dentina e ao esmalte de três diferentes sistemas de restaurações cervical. Foram feitos preparos do tipo classe V em 60 pré-molares recém-extraídos e divididos aleatoriamente em três grupos de 20, armazenados em solução salina e restaurados com compósito resinoso de poliácido modificado (Dyract-Dentsply), compósito resinoso (Z100-3M) ou cimento resinoso modificado de ionômero de vidro (VITREMER-3M). Foi observada a infiltração marginal quanto ao grau de penetração do corante (Fucsina básica a 0,5%). Os 60 espécimes foram submetidos ao processo de termociclagem, correspondendo ao um total de 135 ciclos, com variação térmica de 5ºC a 55ºC, com tempo fixado em 20 segundos para cada ciclo e cortados com disco de aço. Os três examinadores avaliaram os espécimes através de uma lupa com 20x, sob os seguintes critérios: grau 0 (ausência de corante), grau 1 (penetração do corante na parede gengival), grau 2 (penetração na parede gengival e axial) e grau 3 (penetração  do corante em direção à parede pulpar). Foi feito o teste estatístico de Kruskal-Wallis. Os resultados mostraram que houve diferença estatisticamente significante na habilidade de selamento marginal entre os três materiais avaliados, sendo o compômero(Dyract) o material que apresentou o maior percentual de avaliação no grau 0 e menor no grau 3. 

B237

Avaliação da resistência à fratura de raízes debilitadas reconstruídas morfologicamente com materiais adesivos.

L.R. MARTINS; G.M. MARCHI

FOP-UNICAMP (019) 430-5340

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a resistência à fratura de raízes debilitadas preenchidas com materiais adesivos, empregando-se dentes unirradiculares com núcleos fundidos cimentados, nas seguintes condições: controle positivo (preparo convencional), controle negativo (raízes debilitadas), raízes preenchidas com ionômeros, raízes preenchidas com ionômero fotoativado, raízes preenchidas com sistemas adesivo/compósito. Os materiais testados foram: ionômero tipo II modificado (Chelon Silver), ionômero tipo III (Ketac-Bond), ionômero fotoativado (Vitremer), compósitos (Herculite XRV e Z 100). Após remoção da coroa clínica dos dentes, eram preparadas as raízes para receberem os devidos tratamentos. Confeccionados os padrões em resina acrílica, os mesmos eram incluídos e fundidos. Obtidos os núcleos em liga de Cu-Al, eram adaptados e cimentados no interior do conduto. Os corpos de prova eram então submetidos a carregamento em máquina de ensaio universal até ruptura da raiz. Os resultados foram expressos em kgf, tabulados e analisados estatisticamente. Concluiu-se que: entre os materiais testados o compósito Z 100 teve melhor desempenho que todos os demais e inclusive quanto ao controle positivo; o ionômero Vitremer, o compósito XRV e o Chelon Silver apresentaram resultados semelhantes entre si e ao controle positivo; o ionômero Ketac-Bond teve comportamento desfavorável em relação a todos os outros e semelhante ao controle negativo.

B238

Auto-condicionamento: estudo comparativo da infiltração marginal em esmalte e dentina.

M. N. CORREIA*, C. H. V. SILVA, J. A. M. JIMENEZ, F. A. BEZERRA Jr, S. L. MOREIRA

Faculdade de Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco (081)458-1186

A proposta deste estudo foi avaliar comparativamente o grau de infiltração marginal com o emprego de um sistema adesivo auto-condicionante em esmalte e dentina. Sessenta preparos cavitários tipo classe II, mesiais e distais com términos cervicais em esmalte e dentina respectivamente, foram confeccionados em 30 pré-molares extraídos de humanos, e restaurados com o emprego do sistema adesivo Prime & Bond 2.1 (sem condicionamento ácido prévio), e Dyract (Dentspy) até o ângulo áxio-pulpar, sendo a caixa oclusal restaurada com resina composta TPH (Dentsply). Os corpos de prova foram termociclados (500 ciclos térmicos de 5ºC-55ºC, com tempo de imersão de 15 segundos cada banho), imersos em fucsina básica 0,5 por 24 horas, lavados, seccionados para verificar a infiltração marginal através dos escores de zero (sem infiltração) a 3 (máxima infiltração). Os dados obtidos evidenciaram melhores resultados para a dentina auto-condicionada que para o esmalte, quanto a capacidade de selamento marginal. Entretanto, não houveram diferenças estatísticamente significantes quando foi empregado o teste de KRUSKALL WALLIS.

B239

Resistência de colagem com Compósito em esmalte : influência do adesivo. .

I.BARROS*,A.CHEVITARESE,G.QUEIROZ,R.REIS

Universidade Federal do RiJ - (021) 453-4516

O objetivo do trabalho foi verificar a resistência ao cisalhamento da colagem de compósito (Concise Ortodôntico) com a utilização de dois tipos de adesivos: Prime & Bond 2.1 e o selante do próprio Concise. Vinte incisivos bovinos foram incluídos com resina acrílica autopolimerizável em anéis de PVC de modo que as faces vestibulares, planificadas com lixas #120, #400 e #600 respectivamente, ficassem perpendiculares à base do anel. Pastilhas de Compósito Ortodôntico com 0,4cm de diâmetro e 0,2cm de espessura foram coladas com Concise Ortodôntico (após serem lixadas com lixa # 600) sobre a superfície do esmalte. Este foi polido com pedra pomes e água em taça de borracha por 5 s, lavado por 20s e seco por15s, seguindo-se o condicionamento ácido com gel de ácido fosfórico a 37%, lavado por 30s e seco com jato de ar. No grupo 1 (10 dentes), aplicou-se nas pastilhas de Concise o adesivo do próprio Concise e realizou-se a colagem. No grupo 2 (10 dentes), aplicou-se sobre as pastilhas de Concise o adesivo Prime & Bond 2,1 e procedeu-se a colagem. Os resultados da análise estatística com o teste de Wilcoxon mostraram diferença significativa. Concluímos que a resistência ao cisalhamento foi superior quando utilizado o adesivo do próprio Concise.

B240

Microinfiltração de dois sistemas adesivos em dentes decíduos e permanentes

A . I.F. SCAVUZZI*, R.B. BEZERRA, P.C.T. DUARTE

Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS - BA - (071) 342-6320

O propósito desse estudo “in vitro” foi avaliar a microinfiltração de dois sistemas adesivos, sendo um monocomponente, Single-Bond - 3M (SB) e outro autocondicionante, Etch & Prime 3.0 – Degussa (EP), em margens de esmalte e dentina de dentes decíduos e permanentes. Para tal foram utilizados 56 dentes humanos, sendo 28 molares permanentes e 28 molares decíduos, os quais receberam preparos de classe V (V e L), com margem oclusal em esmalte e a cervical em cemento-dentina, perfazendo um total de 112 preparos. Os espécimes foram divididos em 4 grupos, a saber: G I – decíduos + SB, G II- decíduos + EP, G III- permanentes + SB e G IV- decíduos + EP. Os adesivos foram utilizados de acordo com as instruções do fabricante e a seguir todas as cavidades foram restauradas com uma resina composta (Z-100/3M). Os espécimes foram armazenados em solução fisiológica a 37o C por 24h e após o acabamento e polimento foram submetidos a 800 ciclos térmicos (5-55o C) com 10 seg. de imersão em cada banho, corados em solução de azul de metileno a 2% por 4h, lavados e seccionados. A avaliação foi realizada em uma lupa esterioscópica (40x) por 3 examinadores calibrados utilizando-se de escores pré-estabelecidos (0 a 4). Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística através do teste não paramétrico de MannWhitney, onde concluiu-se que: 1- em esmalte tanto de decíduos como de permanentes o SB apresentou o menor grau de infiltração marginal; 2- em cemento-dentina de decíduos o EP apresentou o menor grau de infiltração marginal e 3- em cemento-dentina de dentes permanentes não houve diferença estatisticamente significante entre os dois sistemas adesivos.

B241

Ação do TiF4 sobre dentina com e sem “smear layer”. Estudo no MEV.

M.E.O. SANTOS*, O. CHEVITARESE, N.S. ALMEIDA,  P.D. BECHARA.

Departamentos de Odontopediatria/Química - UFF/USP/UFRJ - Brasil - (021) 712-6048

 

Os compostos fluoretados são os materiais mais utilizados na prevenção da cárie dentária através de soluções tópicas na superfície do esmalte dentário. Tem sido recomendados também após a realização dos preparos cavitários antes da inserção dos materiais restauradores em cavidades envolvendo esmalte/dentina (ROLLA, SEXAGAARD & ROLLA) proporcionando maior resistência aos tecidos duros do dente (FEATHERSTONE). O propósito deste estudo foi observar no MEV a morfologia da superfície da dentina com e sem “smear layer” sob a ação do TiF4. Um total de 12 dentes decíduos (molares) foram utilizados. As coroas foram seccionadas abaixo da junção amelo-dentinária transversalmente ao longo eixo da raiz (2 mm de espessura). As secções foram polidas com lixas d’água # 600, lavadas e secadas por igual tempo de 30s e divididas em duas metades (experimental e controle) no sentido M/D por fita adesiva. Dois grupos de 5 secções cada foram formados. Grupo A: aplicação do TiF4 a 1% por 60s na superfície das secções. Na superfície do lado experimental, aplicação de H3PO4 gel a 37% por 20s. Grupo B: aplicação de H3PO4 gel a 37% por 20s na superfície de todas as secções. No lado experimental, aplicação do TiF4 a 1% por 60s. Duas secções não sofreram nenhum tratamento. A lavagem e secagem após aplicação dos materiais foi por tempo igual de 20s. As amostras foram preparadas para observação no MEV. Resultados: Grupo A-não houve diferença na superfície experimental com a superfície controle, sugerindo que o TiF4 proporcionou significante resistência à ação do H3PO4; Grupo B- a superfície experimental apresentou um discreto depósito quando comparada com a superfície controle, sugerindo uma interação entre o TiF4 e a superfície da dentina. 

B242

Efeito do agente irrigador em dentes inclusos submetidos a tracionamento.

K. S. MOREIRA*, C. PERCINOTO, A. C. B. DELBEM.

Depto. Odont. Inf. e Soc.; Fac. Odont. Araçatuba - UNESP %% (018) 620-3235  - E-mail: adelbem@foa.unesp.br

O processo de lavagem da superfície do esmalte, após o ataque ácido, é um passo importante para o sucesso da técnica de tracionamento dental através da colagem. Assim, o objetivo deste trabalho foi comparar duas alternativas de lavagem. Para isto, foram utilizados 15 dentes pré-molares extraídos, a partir dos quais obteve-se 30 blocos de esmalte (6x6x3mm) da superfície vestibular. A seguir as superfícies foram condicionadas com ácido fosfórico a 37% por 60 segundos, sendo que metade dos blocos foram lavados com soro fisiológico e, a outra metade, com água destilada. Essas metades pertenciam a um mesmo dente, sendo a seguir aplicada a resina composta. Secções longitudinais medianas foram obtidas de cada amostra e adelgaçadas a uma espessura aproximada de 100µm. A seguir, realizou-se a desmineralização das amostras em ácido nítrico a 40% para eliminação da estrutura dental, restando apenas o adesivo e suas projeções, que foram examinados em microscopia óptica comum. As médias dos prolongamentos da resina foram 9,54 e 15,29µm, para a lavagem com soro fisiológico e água destilada, respectivamente, diferindo significativamente a nível de 5%. Concluiu-se que a lavagem com água destilada promoveu prolongamentos maiores e mais constantes.  

B243

Avaliação in vitro da microinfiltração marginal de restaurações classe v  de materiais restauradores estéticos. 

M.F. AMATO*; M.A. CHINELATTI; R.G. PALMA DIBB; T. NONAKA

(Depto de Odontologia Restauradora – FORP/USP f: (016)602-4078)

O propósito deste estudo foi avaliar in vitro a infiltração marginal de duas resinas composta modificadas  por poliácido (RCMP) comparando-as com um cimento de ionômero de vidro modificado por resina (CIVMR) em restaurações classe V.  Foram confeccionados 30 preparos de classe V em pré-molares e  caninos humanos recém extraídos. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos, um de cada material testado, com 10 restaurações em cada grupo. Os preparos cavitários foram restaurados com os seguintes materiais: Vitremer (V- 3M), F2000 (F2- 3M) e Freedom (F- SDI). Após a restauração os dentes foram armazenados por 7 dias em 100% de umidade relativa a 37ºC, e realizado então o acabamento e polimento. Realizou-se então a ciclagem térmica, em seguida os dentes foram impermeabilizados com esmalte cosmético deixando 1mm em torno da restauração sem isolar  e imersos em solução de nitrato de prata a 50% durante 8 horas. Os dentes foram lavados, seccionados longitudinalmente  e avaliados seguindo um escore de 0 a 3. Os dados foram analisados estatisticamente pelos  testes de Wilcoxon e Kruskal-Wallis.  Na análise dos dados observou-se que o V apresentou melhores resultados  quando comparado ao F2 e ao F.  O Vitremer mostrou melhor vedamento marginal na região cervical em relação aos outros materiais testados sendo que estes últimos  não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre si.  Já na região de esmalte todos os materiais  apresentaram bom vedamento marginal não havendo diferenças significantes entre eles.   Concluindo que o CIVMR é bem indicado para restaurações com término cervical em cemento/dentina, porém ainda não se tem um material restaurador que promova o vedamento completo da margem em cemento/dentina.

B244

Efeito do selamento superficial no vedamento de restaurações classe V com resina composta.

R.P. Ramos*; D.T. Chimello; M.A. Chinelatti; R.G. Palma Dibb; J. Mondelli

Depto de Odonto. Restauradora – Fac. Odontologia de Ribeirão Preto/USP - (016) 610-8386

O objetivo deste experimento foi avaliar in vitro a eficácia de três diferentes agentes de cobertura(Fortify, Protect-it! e Optiguard) no selamento marginal de restaurações classe V com resina composta fotopolimerizável(Prodigy). Para tanto, foram selecionados vinte dentes pré-molares humanos, extraídos dentro de um período de seis meses, nos quais foram preparadas cavidades de classe V com margem oclusal em esmalte e margem cervical em cemento, nas faces vestibular e lingual. Os dentes, divididos em quatro grupos com dez  restaurações cada um, foram restaurados recebendo previamente o adesivo dentinário. Após o acabamento e polimento, cada grupo recebeu a cobertura de um selante específico de superfície, à exceção do grupo controle que não recebeu selamento. Ao término dessas fases restauradoras, os corpos-de-prova foram submetidos à ciclagem térmica, depois imersos em solução de nitrato de prata a 50% (agente traçador) por 8 horas e finalmente seccionados longitudinalmente para posterior análise ao microscópio óptico, num estudo cego com três examinadores. A infiltração marginal foi avaliada nas interfaces oclusais e cervicais e comparada entre os quatro grupos, sendo empregados os Testes Kruskall-Wallis e  Wilcoxon. Na região oclusal houve melhor vedamento marginal, sendo que nesta região não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais (p> 0,05). Já na região cervical o Fortify e o Protect-it! apresentaram melhores resultados que o grupo controle, não havendo contudo diferença entre os três agentes de cobertura. O Optiguard mostrou resultados semelhantes ao grupo controle(sem selamento).

B245

 Infiltração em restaurações classe II de resina composta.        

BISPO, L. B.*; BRUCOLI, H. C. P.; KAWAGUCHI, F. A.; TANJI, E. Y.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP - (011) 6742-3512

O trabalho teve como objetivo a avaliação quantitativa da infiltração do corante Rodamina B a 0,1 % na parede gengival de restaurações  classe II preparadas a 1 mm da junção cemento-esmalte (Coli,P. et al., Oper Dent, 18:33-36,1993 e Holan,G. et al., Oper Dent, 22:217-221,1997). Foram realizadas duas caixas proximais, com suas dimensões padronizadas com paquímetro e confeccionadas com turbina de alta rotação em 20 pré-molares. Cada cavidade proximal recebeu  um dos seguintes tratamentos: 1) parede gengival plana, perpendicular ao longo eixo do dente; 2) parede gengival com uma canaleta realizada; 3) Idem anterior e irradiada com Nd:YAG laser com energia de 80 mJ e freqüência de 10 Hz. Após aplicação de adesivo STAINâ, as cavidades foram restauradas com a resina composta GLACIERâ (SDI). Após 21 dias foi realizado o acabamento e polimento da resina conforme recomendação do fabricante. Posteriormente, os dentes foram impermeabilizados, deixando-se somente a parede gengival exposta ao corante. Todos os dentes foram termociclados e incluídos em resina, desgastados e fotografados. Três examinadores avaliaram as fotografias através de scores. Pelo teste de Kruskal-Wallis, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos analisados.

B246

Desempenho clínico de restaurações ocluso-proximais – Vitremer, Z100 – em decíduos.

F. B. ARAUJO, A. B. FUKS, L. B. OSÓRIO, A. S. PINTO*

Disciplina de Odontopediatria – FO. UFRGS, Brasil – Hadassah School of Dental Medicine, Hebrew University of Jerusalem, Israel - (051) 316 5027

A literatura vem discutindo intensamente sobre o material restaurador mais indicado para as cavidades ocluso-proximais de molares decíduos. Em vista disso, foi avaliado o desempenho clínico de 85 restaurações ocluso-proximais em molares decíduos de 25 crianças. Destas, 33 foram restauradas com Vitremer (VTR) – 3M, 34 com Z100 (CMP) – 3M, e 18 com amálgama (AMG) -grupo controle. Deste total, 8 restaurações não foram avaliadas devido a ausência dos pacientes ao exame e 18 dentes esfoliaram. Assim, este trabalho relata a análise de 59 restaurações (22 VTR, 23 CMP e 14 AMG) em um período de 12 – 19 meses. A aparência superficial, coloração, adaptação e descoloração marginal, forma anatômica e cárie secundária foram avaliadas de acordo com critérios de Cvar & Ryge. O ponto de contato foi considerado como A (bom), B (falho) ou C (sem contato). Aos 12 – 19 meses, em relação à aparência, 15 restaurações com VTR permaneceram com A e 7 baixaram para B, enquanto 21 de CMP apresentaram A e 2 mudaram para B. As restaurações de AMG não demonstraram alterações. Com relação à coloração, 5 VTR e 1 CMP tiveram análise B e o restante A. A adaptação marginal foi A para 14 VTR, B para 6 e C para 2. Dezoito (18) CMP receberam A, 4 B e 1 C, enquanto 12 AMG foram consideradas A, 1 B e 1 C. Quanto à descoloração marginal, foram consideradas B 2 com VTR e 2 com CMP e a forma anatômica baixou para B em 8 VTR, 5 CMP e 1 AMG. Cárie secundária esteve presente em 1 VTR e o ponto de contato foi B para 3 restaurações de VTR. Embora o CMP tenha apresentado melhor resultado que o VTR em alguns parâmetros, estas diferenças não foram significantes (p > 0,05). Todos os materiais apresentaram bom desempenho, mas uma avaliação a longo prazo deve ser conduzida.

B247

Análise da umectabilidade e penetração de selantes sobre dentes decíduos.

A. C. C. ZUANON*, C. A. PANSANI, M. CILENSE.

Depto. Clínica Infantil, F. de Odontologia de Araraquara-UNESP.Fone-(016)232-1233.E-mail:infantil@foar.unesp.br

A retenção dos selantes ao esmalte dental após condicionamento ácido, ocorre devido a capacidade  do material em “molhar”, adaptar e penetrar na superfície dental, formando tags, os quais promovem união mecânica e contato interfacial íntimo com esta superfície. Este estudo procurou analisar a correlação entre umectabilidade e penetração dos selantes FluroShield e SealDent, após 30, 60 e 120 segundos de condicionamento ácido. Após realizada a medida dos tags por meio de microscopia óptica, e utilizada a análise fotográfica para a medida dos ângulos de contato entre os materiais e a superfície dental, observou-se que independente do material, quanto maior o tempo de condicionamento ácido, maior foi a penetração com tags de 20.14, 20.83 e 23.47 mm para 30, 60 e 120 segundos de condicionamento respectivamente. Com relação ao ângulo de contato, foram observados valores de 24o, 30.9o e 29.3o para 30, 60 e 120 segundos de condicionamento ácido. Quando analisados os materiais, o selante FluroShield apresentou média de penetração de 18.92 mm e ângulo de contato de 50.7o, enquanto valores médios de 24.27 mm e 5.5o foram encontrados para o selante SealDent. Os autores puderam concluir que existe relação direta entre penetração e redução do ângulo de contato, com conseqüente aumento da umectabilidade a medida em que se aumenta o tempo de condicionamento ácido.

B248

Microinfiltração em restaurações de resina composta variando-se o sistema adesivo .

N. GARONE NETTO; M. G. SANTOS *; M. KURAMOTO JR.; T. N. MACEDO.

Dep. Dentística- Fac. de Odontologia, Univ. São Paulo, (011)818-7843

                            

O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a microinfiltração ocorrida em restaurações de classe V restauradas com resina composta (Z-100, 3M), utilizando-se sistema adesivo de um passo ou  auto-condicionante. 10 molares humanos íntegros foram divididos em dois grupos. Preparos de classe V (vestibular e lingual) com margem oclusal localizada em esmalte e margem gengival em dentina foram executados nestes dentes. Os espécimes do grupo 1 (n=10) foram restaurados após condicionamento de esmalte e dentina com ácido fosfórico à 37% por 15 segundos e aplicação do adesivo de um passo (Single Bond, 3M). Os dentes do grupo 2 (n=10) foram restaurados após a aplicação do adesivo auto condicionante (Clearfil Liner Bond 2, J. Morita, EUA). Os corpos de prova foram mantidos em água destilada à 37º C por 48 horas, e após o polimento foram submetidos a ciclagem térmica (700 ciclos, 5-55oC, 1 min.), seguida de imersão em solução de AgNO3 50% por 8 horas. Foram executados cortes longitudinais e avaliadores calibrados analisaram os cortes por escores (0-3) para infiltração. Os dados foram submetidos ao teste estatístico não- paramétrico de Kruskal Wallis (p<0,05). Concluiu-se que: os adesivos foram efetivos no vedamento das margens de esmalte, apesar das técnicas de utilização diferentes. Os adesivos utilizados não eliminaram de maneira eficaz a penetração do corante nas margens em dentina.

B249

Avaliação da retenção e efetividade de selantes em molares decíduos e permanentes.

C.L.F. SALLES*; G.A. PUCCA Jr; M.C.T. BORTOLINI; U.S.G. SUGA;

Departamento de Odontologia/UEM-PR. E-mail: sallesca@sercomtel.com.br.

A superfície oclusal dos molares apresentam cicatrículas e fissuras de difícil higienização que podem favorecer a retenção de placa bacteriana, especialmente naqueles dentes em fase de erupção, aumentando, assim, o risco à cárie. O objetivo deste trabalho foi avaliar clinicamente a retenção e efetividade de selantes de fóssulas e fissuras de pacientes da Clínica Integrada Infantil do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. Foram avaliados 202 molares (123 permanentes e 79 decíduos) de 45 crianças que receberam o selamento entre os anos de 1995 e 1998. Os períodos de controle variaram de 6 a 36 meses. Empregou-se a inspeção visual da área corada, estando a superfície seca e bem iluminada, com auxílio de espelho bucal e da sonda exploradora nº 5, realizada por 2 examinadores calibrados. Os critérios para a avaliação da retenção do selante foram: totalmente selados, perda parcial ou total, molares não selados, restaurados ou ausentes. Os dentes com perda parcial ou total do selante foram avaliados quanto a presença ou não de cáries. Observou-se que 16% dos selantes soltaram no período compreendido de 6 a 12 meses, subindo para 53% no período de 13 a 24 meses; 8,4% dos molares avaliados apresentaram-se cariados e ou restaurados devido a perda parcial e/ou total do selante. No período de 6 a 12 meses, um dente  apresentou-se cariado após a perda parcial ou total do selante. No segundo ano de controle este número subiu para 5 e no terceiro foram 9 os dentes cariados. Baseado na proposição e metodologia empregadas foi-nos possível concluír que faz-se necessário um controle clínico e radiográfico mais rigoroso dos dentes selados em intervalos de tempo inferiores a 6 meses e se indicado reaplicar o selante. É preciso também melhorar a padronização clínica da técinca pelos acadêmicos.

B250

Resistência à fratura, comparativa, de molares decíduos restaurados.

A. P. CALDEIRA*, A. MUENCH, R. Y. BALLESTER, J. F. F. SANTOS

Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia USP-SP  Fax (011) 818-7840.

Determinou-se a resistência à fratura de molares decíduos restaurados e íntegros. Dentes ensaiados: 1os e 2os molares inferiores e superiores (1MI, 1MS, 2MI e 2MS). Os preparos cavitários foram do tipo MOD, com duas distâncias intercuspídicas, DI (1/3 ou 1/2). Materiais usados: amálgama (Ama), Velvalloy (SS White); inômero de vidro modificado por resina (Ion), Vitremer (3M); resina composta (Res), Z100 (3M); Os materiais foram manipulados conforme instruções dos fabricantes e os dentes restaurados foram imersos em soro fisiológico, por 7 dias. A direção da carga formava 30o com o eixo do dente, aplicada, através de uma esfera, em nicho nos limites dente/restauração; localizado mais medianamente na linha mésio-distal nos dentes 1MS e 2MI e mais nas cúspides proximais nos dentes 1MI e 2MS. A estatística usada foi a análise de variância e teste de Tukey. Conclusões: pequenas perdas de estrutura dental podem ser restauradas, satisfatoriamente, com o amálgama e iônomero de vidro modificado; mas cavidades extensas devem ser restauradas com resina composta para reforçar a estrutura dental, como um todo.

Médias (kp) de resistência à fratura (com letras iguais há semelhança, p<0,05; n=7)

Dente                 Integro                          DI 1/3 Ama                   DI 1/3 Ion        DI 1/3 Res       DI 1/2 Ama      DI 1/2 Ion        DI 1/2 Res      

1MI                     71,6 c                          16,2 mno                   50,9 efg                          57,1 efg                          17,3 mno      9,9 o                          44,7 ghi            

2MI                     122,8 ab         49,0 fgh                          28,1 jklm             112,3 b                          16,0 mno      28,3 jklm             62,0 cde      

1MS                   134,8 a                          21,9 klmno                 34,2 ijk                          59,5 cdef      20,1 lmno      22,4 klmn      48,1 fgh            

2MS                   69,9 cd                          49,4 fgh                          37,9 hij                          59,1 def                          31,4 jkl                          13,7 no                          60,4 cdef     

B251

Influência dos laseres Nd:YAG e Er:YAG na resistência à tração de compômero.

R. TATEIGI*, R. A. YATSUDA, E. Y. TANJI, E. MATSON, C. P. EDUARDO

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP - (011) 270-4110

O objetivo deste estudo foi comparar a influência da irradiação de superfícies dentinárias com os laseres de Nd:YAG (l = 1064 nm) e Er:YAG (l = 2940 nm), através da medição da resistência à tração de compômero. Trinta terceiros molares humanos extraídos íntegros tiveram suas superfícies dentinárias das faces vestibulares expostas e foram divididos aleatoriamente em três grupos. Grupo 1- Superfícies dentinárias irradiadas com Er:YAG laser com 60 mJ de energia e 2 Hz de frequência, por 20 segundos, com uma fina camada de água sobre a superfície da dentina, no modo não-contato e focalizado. Grupo 2- Superfícies dentinárias irradiadas com Nd:YAG laser com 80 mJ de energia e 10 Hz de frequência, por 20 segundos, com iniciador de absorção (tinta nanquim), no modo contato. Grupo 3- Controle sem irradiação. Aplicou-se o agente de união e o compômero (Dyract-Dentsply), seguindo as instruções do fabricante, de modo a preparar as amostras para testes de tração. A análise estatística dos resultados demonstrou não haver diferença significante entre os três grupos. Os parâmetros de irradiação dos laseres de Nd:YAG e Er:YAG utilizados neste estudo não puderam determinar uma diferença na resistência à tração do compômero à superfície dentinária.

B252

Estudo pela MEV da interação entre fibrilas colágenas e “tags/microtags” de um adesivo convencional.

R. ANDIA-MERLIN*, N. GARONE-NETTO, M.A.C. LUZ, V.E. ARANA-CHAVEZ.

Deptos. Dentística e Histologia, USP-SP, Fone (011) 818-7841.

Um dos aspectos menos conhecidos no que diz respeito a adesão à dentina é a interação entre as fíbrilas colágenas e os elementos do sistema adesivo. Com o propósito de estudar esta interação, foram utilizados 15 terceiros molares inclusos hígidos, extraídos e armazenados em água destilada a 40C. Após inclusão em resina epóxica; cada dente foi cortado transversalmente ao seu longo eixo obtendo-se dois discos de dentina de 1mm de espessura. Foi produzido “smear layer” com lixa de papel de granulação 600 e a seguir, a dentina foi condicionada com ácido fosfórico a 37%, sendo os discos lavados e secos com leve jato de ar. Após colocação do “primer” e adesivo (Scotchbond Multi-Purpose, 3M) e da resina (Z100, 3M), seguindo as instruções do fabricante, os discos foram armazenados em água destilada a 37oC por duas semanas e então fraturados em sentido vestíbulo-palatino e processados para M.E.V, sendo finalmente examinados em microscópio eletrônico de varredura Jeol 6100. Os resultados mostraram uma camada híbrida com “tags” de aproximadamente 100mm, e de extensos e finos “microtags”. As fibrilas colágenas da dentina apresentavam-se em intimo contato com os “tags” e especialmente com os “microtags” do sistema adesivo.

B253

Microinfiltração em cavidades  Cl II restauradas com um material “inteligente”          

E. M. A. RUSSO*, R.C.R.CARVALHO, A. P. ANDRADE, A. F. PAGLIARI

M. V. CARDOSO  Dep. de Dentística da Fac. de Odontologia da USP – SP - -0(011) 203-6798

O objetivo deste trabalho foi avaliar “in vitro” a infiltração marginal em cavidades de Cl II restauradas com um material restaurador “inteligente” após a desmineralização e remineralização. Dez molares humanos íntegros armazenados em solução solução salina a 0,9% receberam preparos de Cl II com instrumentos diamantados de nº 1093 em alta-rotação. A margem gengival mesial foi localizada em esmalte e a  margem gengival distal em dentina. Foram inseridos em resina acrílica e divididos em 2 grupos com 5 espécimes cada. As cavidades foram restauradas com Ariston pHc (Vivadent)  seguindo as orientações do fabricante. Os espécimes do grupo A (controle) foram mantidos em água  destilada a 37º C por 7 dias.  Os espécimes do grupo B foram imersos alternadamente por 2 horas em refrigerante  ácido (coca-cola) e por 2 horas em saliva humana, por 3 vezes consecutivas perfazendo um total de 12 horas. Em seguida foram armazenados em saliva humana por 12 horas. Após 7 dias todos os dentes foram cobertos com esmalte exceto 1mm ao redor das restaurações e imersos em solução aquosa de AgNO³ a 50%. As restaurações foram cortadas no sentido M-D. O grau de penetração variou de zero (sem infiltração) a 3 (infiltração máxima). O teste Kruskal-Wallis mostrou que não houve diferença estatística entre os grupos. Concluímos que houve infiltração marginal e que entre esmalte e dentina esta infiltração não apresentou diferenças  estatisticamente significantes  quando as amostras foram imersas em água destilada ou em solução ácida.

B254

Adesão “in vitro” de restaurações classe V após clareamento dental interno..

M. S. SHINOHARA*, J.A. RODRIGUES, L.A.F. Pimenta

FOP - UNICAMP - Fone: 55-19-430-5340 e-mail: lpimenta@fop.unicamp.br

Após o clareamento, muitos dentes necessitam de novas restaurações estéticas. Estudos têm revelado alterações na adesão de compósitos em dentes submetidos à ação de agentes clareadores. Este trabalho realizou uma avaliação qualitativa, da adesão de compósitos à dentes submetidos ao clareamento dental interno com a técnica walking bleach. Foram utilizados 120 dentes bovinos, divididos aleatoriamente em 3 grupos (n=40) 1-pasta de perborato de sódio e água (PS), 2- gel de peróxido de carbamida 37% (PC) e 3-controle (não clareados). Após 3 semanas de clareamento, foram confeccionadas cavidades classe V padronizadas, na junção amelo-cementária, restauradas com sistema adesivo (Singlebond/3M) e compósito (Z-100/3M). Os grupos foram submetidos à termociclagem de 1500 ciclos (5 ± 1 / 55 ± 1 o C por 1 minuto em cada banho), imersos em solução de azul de metileno à 2% durante 4 horas, cortados e analisados em lupa estereoscópica MEIJI 2000 (35X). Os índices de microinfiltração foram registrados em escores (0-4), considerando a infiltração nas paredes incisal em esmalte e cervical em dentina.

                                                                  Esmalte                                       P = 0,063                 Dentina                                       P < 0,05            

                                                                 Mediana             n             Soma das ordens             Mediana             n             Soma das ordens            

Perborato de sódio                              0                          37             2104,5         a                        1                          37             2313,5          a          

Peróxido de carbamida               37%                          0                          35             2200,0         a                        1                          35             2416,0          a          

Controle                                                    0                          37             1690,5         a                        0                          37             1265,5          b          

Para a análise estatística foram usados os testes de Kruskal-Wallis e de Wilcoxon (p£0,05). Concluiu-se que o uso de PS ou PC interferem na adesão de restaurações classe V em compósito com margens em dentina, não interferindo em margens em esmalte. Apoio Fapesp (proc. nº 99/00810-3)

B255

Estudo da Capacidade adesiva de braquetes metálicos colados em ambiente úmido..

Santos, P.C.F.*; Miranda Jr., W. G., Campos, B.G.P, Santos, H.M.G.

Faculdade de Odontologia.-USP DDD(011)-818-7812

A partir do advento da técnica do condicionamento ácido das superfícies dentárias preconizado por Buonocore em 1955, a colagem direta de acessórios ortôdonticos se tornou possível. Porém, Swason & Beck ,em 1960, e Newman, em 1966, citaram os efeitos deletérios da umidade na capacidade adesiva dos braquetes. Artün & Bergland mostraram os prejuízos da aplicação do ácido fosfórico a 37% ao esmalte. Adesivos ortodônticos tem sido desenvolvidos para reduzir os efeitos negativos da umidade e do condicionamento. Este trabalho avaliou a resistência adesiva à força de tração de 40 braquetes metálicos(Abzil-Lancer) colados em 40 pré-molares com o adesivo fotopolimerizável associado ao agente adesivo hidrófilo(Transbond-XT+ Transbond MIP) e com o cimento resinoso modificado fotopolimerizáveis de ionômero de vidro(CRMFIV) da marca Fuji Ortho LC que dispensa o ataque ácido, comparando aos valores apresentados pela resina composta quimicamente ativado(Concise Ortodôntico-3M-Brasil) e pelo adesivo fotopolimerizável(Transbond-XT-3M-Unitek). A taxa de adesivo remanescente no dente foi observada através de microscopia ótica. A análise de variância constatou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, comprovado pelo teste de Tukey. As amostras coladas com o adesivo quimicamente ativado e com o adesivo fotopolimerizável associado ao agente adesivo hidrófilo, apresentaram valores similares, porém estatisticamente superiores aos demais grupos. A taxa de remanescente de adesivo foi menor para o CRMFIV e maior para a resina composta. Concluímos que, o adesivo fotopolimerizável associado ao agente adesivo hidrófilo mostrou elevada adesão, enquanto o CRMFIV mostrou capacidade de adesão clinicamente aceitável e reduzida taxa de remanescente de adesivo na superfície dentária.

B256

Efeito da técnica restauradora e do sistema adesivo na microinfiltração em restaurações de classe II em compósito.

C. M. AMARAL*,L. A. F. PIMENTA, A. L. RODRIGUES JR. 

Dentística Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp (019) 430.5340

Uma das principais falhas das restaurações é atribuida à microinfiltração marginal devido a contração de polimerização das resinas compostas. O objetivo deste trabalho foi avaliar qualitativamente a microinfiltração em restaurações classe II em resina composta, empregando a técnica com incremento único ou com 3 incrementos, e compara dois sistemas adesivos: um de frasco único - Single Bond (SB) - 3M e um auto-condicionante - Etch & Prime 3.0 (EP) - Degussa. Cavidades classe II foram preparadas nas superfícies mesial e distal com a margem gengival em dentina de 60 terceiros molares humanos recém-extraídos. As 120 cavidades foram divididas aleatoramente em quatro grupos (n=25). Grupo 1: EP restaurado com a técnica de incrementos múltiplos (EPM); Grupo 2: EP restaurado com a técnica de incremento único (EPU); Grupo 3: SB restaurado com a técnica de incrementos múltiplos (SBM) e Grupo 4: SB restaurado com a técnica de incremento único (SBU). Depois que as restaurações foram polidas, os dentes foram submetidos a termociclagem com temperaturas de 5 and 55o C por 1 minuto, por 1000 ciclos. Após a termociclagem, os dentes foram cobertos com esmalte de unha exceto 1 mm da margem gengival, e em seguida imersos em solução corante de azul de metileno a 2% por 4 horas. Os dentes foram então seccionados e as restaurações classificadas de acordo com o grau de penetração de corante. Os resultados através da soma das ordens foram: Grupo 1 - EPM = 1221.00; Grupo 2 - EPO = 1319.00; Grupo 3 - SBM = 1098.00; Grupo 4 - SBO = 1412.00. A análise estatística de Kruskal Wallis demonstrou não haver diferenca estatisticamente significante na microinfiltração entre as diferentes técnicas para restaurar cavidades de classe II ao nível de significância de p<0.05. A técnica incremental e os sistemas adesivos testados não foram capazes de eliminar a microinfiltração em margem gengival de restaurações de classe II em resina composta.

B257

Liberação de flúor de cimentos de ionômero de vidro com protetores – estudo in vitro.

I. V. A. PEREIRA*, O. TARZIA,  A. PAVARINI, P. E. B. C. RIBEIRO

Disciplina de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Bauru – USP(014) 235 8218

O objetivo deste estudo foi quantificar a liberação de flúor de um cimento de ionômero de vidro  convencional (Chelon Fil-ESPE) e um fotopolimerizável (Vitremer – 3M) nas primeiras horas e durante 28 dias, e comparar o grau de liberação de flúor dos corpos de prova recobertos por diferentes materiais protetores. Confeccionou-se 48 corpos de prova que foram divididos em dois grupos e, cada grupo em quatro subgrupos. O grupo I do Chelon-Fil foi dividido em GIa (sem proteção-controle), e os que receberam proteção, GIb (vaselina), GIc (verniz) GId (finish gloss). O grupo II do Vitremer foi dividido em GIIa (sem proteção-controle), e os com proteção, GIIb (vaselina), GIIc (verniz), GIId (finish gloss). A liberação de flúor foi quantificada em fluorímetro (em água deionizada, onde o corpo de prova estava mergulhado) nos períodos de 1,6,12, 24 horas e 4,7,14,28 dias. Após a quantificação observou-se ao final de 28 dias os seguintes valores de flúor acumulado (expresssos em mgF-mm2): GIa (4,99), GIb (4,32), GIc (2,21), GId (1,52), GIIa (1,67), GIIb (1,26), GIIc (1,28) e GIId (0,75). Os resultados foram avaliados pela variância a um critério em um nível P<0,05 e pelo teste Student-Newman-Keuls. Todos os grupos, independente do material protetor, liberaram maior quantidade de flúor nas primeiras horas. O grupo GIc e GId liberaram menos flúor quando comparados ao GIa e GIb com diferenças estatisticamente significante. Os grupos GIIb e GIIc não tiveram diferenças estatisticamente significantes, sendo que o GIId liberou menos flúor quando comparado ao GIIa, GIIb e GIIc. O grupo Chelon Fil liberou mais flúor do que o grupo do Vitremer com todos os protetores testados.

 

Apoio Financeiro: Cnpq Processo no 121987/97-3

B258

Resistência à fratura de dentes tratados endodonticamente.

B. CARLINI Jr.*, L.A.M.S. PAULILLO

Departamento de Dentística - FOP/UNICAMP. E-mail:carlinibruno@yahoo.com

O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de pinos intra-radiculares pré-fabricados em reforçar dentes anteriores tratados endodonticamente, sem uma ou duas cristas marginais, bem como, estudar o padrão de fratura. Oitenta incisivos centrais foram divididos em oito grupos experimentais - dentes com duas cristas marginais removidas: restaurados com resina composta (G1), pino pré-fabricado metálico e resina (G2) e pino de carbono e resina (G3); dentes com uma das cristas marginais removidas: restaurados com resina composta (G4), pino metálico mais resina (G5) e pino de carbono mais resina (G6); dentes somente com acesso endodôntico restaurados com resina composta (G7); e dentes íntegros como controle (G8). Os espécimes foram submetidos ao carregamento tangencial de compressão (0,5mm/min), num ângulo de 135o. As médias dos valores (Kgf) foram: G8=101,80 (±27,81)a; G1=99,09 (±18,57)a; G7=96,33 (±27,03)a; G5=93,76 (±6,19)a; G3=91,88 (±15,98)a; G4=83,50 (±83,50)a; G2=80,45 (±15,89)a. A análise estatística não apresentou diferença significativa entre os grupos (ANOVA/Duncan; a= 0,05). Nas condições deste estudo, pinos intra-radiculares não reforçam dentes anteriores tratados endodonticamente. A variável crista marginal não influenciou na resistência à fratura de dentes anteriores restaurados com resina composta. A avaliação do padrão de fratura demonstrou forte  correlação entre  presença de pinos intra-radiculares e fraturas radiculares longitudinais (c2/ f=0,66; a=0,01).

 

Apoio financeiro: FAPESP.

B259

Efeito do tempo na deposição superficial de corante em compósitos.

P. CHAVES*, J. R. LOVADINO, M. GIANINNI, L. VALDRIGHI

FOP-UNICAMP -Área de Dentística (019)430-5340 e-mail:pchaves@yahoo.com

O valor estético de uma restauração de resina composta depende de seu acabamento/polimento, do brilho e da cor da mesma. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do tempo entre a fotopolimerização e o acabamento e polimento de dois compósitos, na deposição superficial de corante. Foram confeccionados corpos de prova em resina composta fotopolimerizável Z-100 (3M) e Charisma (Kulzer). Utilizando uma matriz individual de aço inox, foram confeccionados quatro grupos, contendo dez unidades das duas marcas de resina em cada grupo. Todos os corpos de prova receberam um tratamento inicial com lixas de óxido de alumínio, refrigeradas com água, ficando posteriormente armazenados durante período pré- estabelecido (1, 7 ,60 e 120 dias). Em seguida, cinco corpos de prova de cada grupo e marca de resina, receberam acabamento/polimento com discos de lixas Sof-Lex (3M), aleatoriamente. Os testes de pigmentação foram realizados com azul de metileno a 2%. Das soluções obtidas com o pó de cada corpo de prova triturado e diluído em 3,5 ml de álcool etílico P.A., foram realizadas leituras em aparelho de espectofotometria (Beckman), previamente calibrado para o corante. A análise dos dados a partir das leituras de absorbância nos permitiu concluir que: as variáveis resina (p = 0,0001), tempo (p = 0,0005)e a interação dessas duas  foram significantes (p < 0,01) pelo teste t-student. Houve diferenças entre as resinas a partir dos 60 dias, sendo que a resina Charisma apresentou uma pigmentação estatisticamente maior do que a resina Z-100 e que o envelhecimento é diretamente proporcional à pigmentação.

 

Apoio financeiro: FAPESP - Proc.97/07376-1.

B260

Efeito das técnicas de secagem dentinária sobre a resistência ao cisalhamento de sistemas adesivos.

A.N.K.KONNO, S. CONSANI, M.A.C SINHORETI, L. CORRER SOBRINHO, M.F.DE GOES

Fac. Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - (011) 6950-6339

O propósito desse estudo foi avaliar a resistência ao cisalhamento de dois sistemas adesivos sobre a dentina umedecida. Foram utilizados 80 dentes humanos divididos em 5 grupos, de acordo com o método de secagem da dentina, ou seja, grupo 1 - jato de ar (controle); grupo 2 - leves jatos de ar por 3 segundos; grupo 3 - bolinha de algodão (Johnson’s & Johnson’s); grupo 4 - papel absorvente (Klabin) e grupo 5 - dentina seca pelo processo empregado no grupo 1 foi reumedecida com o produto Aqua Prep (Bisco). Além disso, cada grupo foi subdividido em 2 subgrupos de acordo com o sistema adesivo utilizado, ou seja, One Step (Bisco) ou Scotch Bond Multi-Purpose Plus (3M). Os dentes foram incluídos em resina acrílica autopolimerizável e desgastados até se obter uma superfície lisa e plana de dentina. Em seguida, a superfície foi condicionada, seca com um dos métodos propostos e cada sistema adesivo foi aplicado seguindo as instruções do fabricante. Logo após, uma matriz de aço inox (4mm de diâmetro e 5mm de altura) foi posicionada e o compósito restaurador Z 100 (3M) foi aplicado em camadas polimerizadas por 40 segundos. Os corpos-de-prova forma armazenados a 37o C e 100% de U.R. por 24 horas e submetidos ao ensaio de resistência ao cisalhamento em uma máquina Instron, com velocidade de 0,5 mm/min. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey em nível de 5% de significância. Verificou-se que para o sistema adesivo SBMP Plus não houve diferença entre os grupos 1 (5,78 MPa), 2 (5,46 MPa), 3 (6,16 MPa), 4 (5,47 MPa), e 5 (5,17 MPa) (p>0,05). Já com o material One Step, os grupos 3 (5,81 MPa), 4 (5,41 MPa) e 5 (5,40 MPa) foram superiores ao grupo 1 (3,11 MPa) (p<0,05). O grupo 2 (3,95 MPa)foi inferior estatisticamente (p<0,05) somente ao grupo 3  e não diferiu dos demais (p>0,05).

B261

Resistência ao cisalhamento da união de uma resina composta às superfícies de porcelana e liga metálica.

S. E. BERNARDI*, M. A. M. R. SILVA

Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, USP - (014) 234-3232

O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência adesiva por meio de ensaios de cisalhamento da união cerâmica/resina composta e liga metálica/resina composta, em função da utilização de três diferentes sistemas adesivos. Foram confeccionados 60 cilindros de uma liga de Ni-Cr (Durabond MS II), sendo que em 30 deles foi aplicada uma camada de 1,5 mm de cerâmica (Duceram). Todos os espécimes foram abrasionados com uma ponta diamantada. As superfícies metálicas foram limpas com ácido fosfórico a 37,5% antes da aplicação do agente silano, do sistema adesivo e do opacificador e da inserção da resina composta. Nas superfícies cerâmicas foi realizado o condicionamento com ácido fluorídrico a 9,5%, a aplicação do agente silano, do sistema adesivo e a inserção da resina composta. Os corpos-de-prova foram divididos em 6 grupos de 10 espécimes cada: 1-superfície metálica+Optibond; 2-superfície metálica+Scotchbond Multi-Uso Plus; 3-superfície metálica+Single Bond; 4-superfície de porcelana+Optibond; 5-superfície de porcelana+Scotchbond Multi-Uso Plus; 6-superfície de porcelana+Single Bond. Foram armazenados em água destilada a 37oC durante 24 horas antes da realização dos testes de cisalhamento em uma Máquina Universal de Ensaios, a uma velocidade de 0,5mm/min. Foram obtidas as seguintes médias em Kg/cm2: grupo 1- 41,20; 2- 45,73; 3- 45,37; 4-62,14; 5-63,09  e 6-51,18. A análise de variância permitiu as seguintes conclusões: a união resina composta/porcelana apresentou resistências adesivas estatisticamente superiores à união resina composta/metal. Com relação aos sistemas adesivos utilizados, o Scotchbond Multi-Uso Plus foi o que obteve os melhores resultados seguido pelo OptiBond e Single Bond. Entretanto, esses resultados não apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre si.

B262

Substrato dentário X amálgama-adesivo: resistência adesiva e infiltração marginal.

C. H. V. SILVA*; M. N. CORREIA; A. L. S. BUSATO

Faculdade de Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco - (081) 458-1186

 

A proposta deste estudo, in vitro, foi verificar a influência do substrato dentário fisio-patologicamente alterado sobre a união do amálgama ao dente. 20 molares permanentes inclusos foram selecionados e utilizados como grupo controle (grupo 1), enquanto o grupo teste foi constituído por 20 molares e pré-molares humanos com processos patológicos extensos de cárie (grupo 2). Conservou-se apenas a parede circundante vestibular e o soalho de cada espécime, dimensionados com 4mm de altura e 6mm de largura, sendo então restaurados com Sistema de Cimentação Adesiva Enforce com Flúor (Dentsply) e amálgama GS.80 (SDI). Os 40 corpos de prova foram termociclados (500 ciclos térmicos de 5ºC-55ºC, com tempo de imersão de 15 segundos cada banho). 10 espécimes de cada grupo foram submetidos a teste de cisalhamento em máquina de ensaios universal Kratos (subgrupos 1.B e 2.B) para verificação da força e tensão máxima de adesão. Os espécimes restantes, de cada grupo, sofreram teste de infiltração marginal (subgrupos 1.A e 2.A) com  imersão em solução de fucsina básica por 24 horas, lavagem, secagem e seccionamento longitudinal com disco diamantado para leitura do grau de penetração do corante (de zero – sem penetração à 3 – com penetração máxima). Os dados obtidos foram submetidos aos testes estatísticos: MANN-WHITNEY, KAPPA e t-Student, mostrando que não houve diferenças estatísticamente significantes entre os substratos dentários estudados, apesar da resistência adesiva média encontrada ser de 12,7 MPa e 9,5 Mpa, e o selamento marginal total ser de 90% e 60% para os subgrupos de substrato dentário hígido e alterado fisio-patologicamente, respectivamente.

B263

Resistência adesiva à dentina materiais restauradores fotopolimerizáveis empregando duas técnicas de polimerização. 

A. DE ROSSI*; R.G.PALMA DIBB; T. NONAKA.

Depto Odontologia Restauradora – FORP/USP, fone(016)602-4078.

O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência adesiva à dentina entre dois compômeros e uma resina composta fotopolimerizável usando duas técnicas de polimerização. Foram usados 60 molares humanos que foram incluídos em resina acrílica. Após a inclusão, os dentes foram desgastados até a exposição da dentina com o auxilio de lixas d’água de granulação 120 a 600. Os dentes foram aleatoriamente divididos em três grupos para cada material, F2000 (3M), Freedom (SDI) e Prodigy (KERR) e em dois subgrupos para cada técnica de polimerização, única (u) e incremental (i). O sistema adesivo usado foi do kit dos materiais de acordo com especificações dos fabricantes. Após o tratamento da dentina foi feito um cone de resina usando matriz de teflon. Para o subgrupo 1 o material foi incluído em um único incremento e polimerizado por 60 segundos e para o subgrupo 2, foram inseridos 3 incrementos com cerca de 1 mm  e polimerizado por 40 segundos cada um. Os corpos de prova foram mantidos em água destilada por 24 horas em estufa a 37°C.  Após o período determinado a resistência adesiva foi testada em Máquina Instron (0,5mm/min). Os resultados em MPa para os grupos foram: F2000 (i): 16,16 (±2,40) e  (u): 13,82 (±2,86); Freedom (i): 9,30 (±0,93) e (u): 5,32 (±0,95);  Prodigy (i): 19,44 (±4,97) e (u): 9,15 (±4,75). A análise estatística foi feita usando o ANOVA e teste de Tukey. Com base nos resultados pode-se concluir que entre as técnicas, a incremental ofereceu melhor resistência adesiva que a único incremento e entre os materiais, o Prodigy apresentou resultados estatisticamente maiores que o F2000 e este, superior ao Freedom. Para o F2000 não houve diferença estatisticamente significativa (p>0.01) entre as duas técnicas realizadas.

B264

Avaliação da microinfiltração de resina flowable em restaurações classe V. 

D.T.CHIMELLO*; R.P.RAMOS; M.A.CHINELATTI; R.G.PALMA DIBB

Depto de Odontologia Restauradora, FORP-USP, fone: (016)602-4078.

O objetivo deste estudo foi avaliar a microinfiltração ao redor de restaurações classe V, utilizando-se uma resina fluida (“flowable composite”) em comparação com um compósito híbrido e um ionômero de vidro modificado por resina.  Cinquenta  cavidades classe V foram preparadas nas superfícies vestibulares e linguais de 25 dentes humanos (pré-molares e caninos), estando a margem oclusal em esmalte e a cervical em cemento. Os espécimes foram divididos em 3 grupos, sendo os grupos 1 e 2 formados por 10 espécimes cada, e o grupo 3 por 5 dentes. Grupo 1: os preparos vestibulares receberam Paama 2 + Wave; os preparos linguais foram restaurados com Paama 2 + Glacier. Grupo 2: Optibond Solo + Wave e Optibond Solo + Glacier, nas cavidades vestibulares e linguais, respectivamente. Grupo 3: Vitremer foi inserido tanto nas cavidades vestibulares quanto nas linguais. Após 48 horas as restaurações foram polidas, os dentes foram termociclados, imersos em uma solução de nitrato de prata a 50%, incluídos em resina e seccionados. A penetração do traçador foi medida por meio de escores e os resultados analisados através dos testes de Kruskall-Wallis e Wilcoxon.  Os resultados revelaram que não houve diferença estatisticamente significante entre a resina fluida e a híbrida, quando o mesmo sistema adesivo foi utilizado. Porém na comparação entre os sistemas adesivos o Optibond Solo foi superior que o Paama 2. O Vitremer mostrou um melhor selamento nas margens cervicais que a Wave e a Glacier, mas o desempenho dos três materiais foi semelhante nas margens oclusais. Nenhum dos materiais restauradores selaram completamente a interface dente/restauração nas margens cervicais, porém o ionômero de vidro modificado por resina mostrou maior eficiência.

B265

Efeito da radiação gama na força de adesão e na morfologia dentinária.        

M. SPERANDIO*; D.T. OLIVEIRA; J.B. SOUZA; R. ROSSA. 

Deptos. de Estomatologia/Patologia e Dentística – FOB/FO-USP. (014) - 2359515, sperandiomarcelo@usa.net

A esterilização pela radiação gama consiste em um método que não necessita de altas temperaturas, altas pressões, produtos químicos ou gases, sendo por isso muito usado na indústria de alimentos bem como na clínica médica e na odontológica para esterilização de dentes humanos extraídos. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da radiação gama na força de adesão de resina composta à dentina assim como na sua morfologia. Pré-molares humanos íntegros e recém-extraídos foram divididos em 2 grupos: A -  controle e B –  radiação gama. Os dentes foram seccionados na junção coroa/raiz e apenas as coroas encaminhadas para esterilização. Em seguida, foram incluídas em resina epóxica e o esmalte da face vestibular removido expondo a dentina subjacente. O sistema adesivo SBMPPlus foi aplicado sobre uma área previamente delimitada de 3mm de diâmetro após 15 segundos de condicionamento com ácido fosfórico 37%. Um cilindro de 3mm de diâmetro de resina composta XRV Herculite foi obtido e os espécimes foram então armazenados em água destilada a 37°C por 24 horas até o teste de cisalhamento. Fragmentos dentários de ambos os grupos experimentais foram preparados para análise em microscopia eletrônica de varredura. Os valores médios obtidos do teste de adesão dentinária (MPa) foram A – 10,03 ± 2,44 e B = 9,67 ± 5,11 e não houve diferença estatística significante entre os dois grupos de acordo com o teste Tukey (p<0,05). Nenhuma alteração marcante foi detectada na morfologia dentinária avaliada ao microscópio eletrônico de varredura. Os resultados obtidos demonstraram que a radiação gama não afetou a força de adesão do SBMPPLUS à dentina e também não alterou a morfologia dentinária, o que reforça sua indicação como um dos métodos para esterilização de dentes humanos extraídos.

Apoio financeiro: FAPESP - Processo número 97/11602 – 7

B266

Avaliação “in vitro” da micro-infiltração das resinas compostas condensáveis. 

L.ZITTO M., I.G.ROMANI, L.A.G.PIRES

Dept.Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil - Email: liviazitto@netmarket.com.br

Objetivo deste trabalho foi observar o comportamento das resinas compostas condensáveis quanto à infiltração. Neste trabalho foram utilizados 40 dentes molares permanentes hígidos, após a profilaxia, foram confeccionadas 2 caixas nas faces proximais, com diâmetro de uma ponta diamantada # 2094 ( KG Sorensen), profundidade de 2mm abaixo da JCE. Os dentes foram divididos em 4 grupos de 10: grupo I: restaurados com Ariston pHc ( Vivadent); grupo II: com A.L.E.R.T.( Jeneric / Pentron); grupo III: com Solitaire( Hereaus Kulzer). Nos grupos acima foram realizados condicionamento ácido com ácido ortofosfórico à 37% e sistema adesivo Bond-One (Jeneric / Pentron), o grupo IV foi restaurado com Ariston pHc usando o próprio liner do material. As resinas foram inseridas em incrementos de mais de 2mm, fotopolimerizadas com uma intensidade de luz de 600 m W / cm2, por 40 s . Após, 700 termociclos ( 5O C, 37O C e 60O C), as raízes foram seladas com Vitremer ( 3M) e impermeabilizados, deixando uma área de 2mm  na interface cemento-restauração. As amostras foram imersas em corante por 48h à 37O C.Observadas em microscópio ótico de 25x de aumento. Através da análise estatística (Kruskal Wallis) e comparação múltipla ao nível de significância de 5% se observou que os grupos I e II tiveram o melhor desempenho quanto à infiltração ( não havendo diferença estatística entre eles), seguido do grupo IV, o grupo III mostrou os níveis mais altos de infiltração. Através dos resultados podemos concluir que estas resinas têm alta capacidade de união com as paredes da cavidade, podendo serem utilizadas em áreas críticas à infiltração, a resina Solitaire deve ser utilizada em incrementos de 2mm.    

B267

Infiltração em fissuras seladas com um selante resinoso e um compômero selante.

R.S. VIEIRA*, J. OLIVEIRA, V.L. BOSCO, M.J.C.ROCHA, I. C. S. ALMEIDA

Departamento de Estomatologia, Disciplina de Odontopediatria –UFSC - (048) 331-9920

O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a infiltração marginal e a presença de bolhas em um  selante resinoso e num compômero selante. Foram utilizados 120 dentes, terceiros molares e estes divididos em dois grupos. No grupo I, com 60 dentes, foi utilizado o selante Vitroseal e no grupo II, também com 60 dentes, foi utilizado o selante FluroShield. Em ambos os grupos, os dentes foram limpos com uma pasta de pedra pomes, as superfícies oclusais condicionadas por  30 segundos com ácido fosfórico a 37%, lavados e secos com jatos de ar. Os selantes nos dois grupos foram polimerizados por  40 segundos. Após, os dentes sofreram ciclagem térmica (500x, 5oC – 55oC) e ficaram imersos numa solução de fuccina básica a 5%, por  48 horas. Os dentes a seguir foram seccionados, num sentido longitudinal, mésio-distal, em três locais da coroa e as secções analizadas num esteroscópio com 25x de aumento, para observação da penetração do corante e presença de bolhas de ar na massa do selante. 40 espécimens (71,4%) do grupo I e 42 (80,7%) do grupo II não apresentaram infiltração e em 40 espécimens de cada grupo não foram encontradas bolhas de ar no interior da massa de material. Estes dados foram submetidos ao teste de Mann Whitney e ao teste de proporções e estes mostraram não haver diferença estatisticamente significante entre os dois grupos compararados, em relação à infiltração marginal e presença de bolhas de ar no interior da massa de material.

B268

Avaliação da microinfiltração de resinas condensáveis associadas ou não às resinas flow.

A. D. TEDESCO*, E. VARGAS, P. R. DE CAMPOS.

Univ. Gama Filho, Rio de Janeiro, RJ, Brasil - Tel: (021) 5997272 r.6166

Este estudo tem como objetivo avaliar a microinfiltração em restaurações classe II de resinas compostas condensáveis associadas ou não às resinas flow, utilizando uma resina convencional como referência. Cavidades padronizadas do tipo “slot” vertical foram confeccionadas em 50 molares humanos hígidos recém-extraídos, com término cervical em cemento. As cavidades foram restauradas com: grupo 1- Bond 1 + Alert (Jeneric/Pentron); grupo 2 - Bond 1 + Flow-it! + Alert (Jeneric/Pentron); grupo 3 - Prime & Bond NT + SureFil (Dentsply); grupo 4 - Prime & Bond NT + Dyractflow + SureFil (Dentsply) e grupo 5 - Single Bond + P60 (3M). Os sistemas adesivos, a inserção dos materiais e o tempo de polimerização seguiram as especificações do fabricante. Os dentes foram armazenados em água destilada (24 h / 37ºC) e após acabamento e polimento (tiras de lixa-3M), submetidos à ciclagem térmica, corados com solução de nitrato de prata a 50% (24 h) e seccionados no sentido longitudinal. Três avaliadores calibrados avaliaram a infiltração marginal atribuindo scores de 0 (menor) a 3 (maior) através de uma lupa estereoscópica. Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA teste de Kruskal Wallis e Mann Whitney (p < 0,05).Os postos médios obtidos foram: grupo1=220,15; grupo2=199,77; grupo3=124,17; grupo4=111,20 e grupo5=97,93. Foi notada diferença estatisticamente significante entre o grupo 1>grupo 2>grupos 3, 4 e 5, os quais foram estatisticamente iguais. Os autores concluíram que a resina condensável SureFil associada ou não ao Dyractflow apresenta controle de infiltração marginal em cemento semelhante à resina convencional P60; e que  a resina condensável Alert associada à Flow-it! apresenta resultados melhores do que quando utilizada isoladamente, sendo estes inferiores aos da SureFil e P60.

 

B269

Avaliação da microinfiltração em preparos classe V restaurados por compômeros.

M.R. MARTINS *, A. F. MONNERAT, M. L. SOUZA

Dentística Restauradora FO-UERJ e Doutorado FO-UFRJ - (021) 575-6362

O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a microinfiltração em preparos classe V limitados por esmalte-cemento, restaurados com 4 diferentes compômeros e um cimento de ionômero de vidro.  Duas cavidades classe V, sendo uma por vestibular e outra por lingual, com 2 mm de profundidade e 4 mm de dimensão cérvico-oclusal e mésio-distal foram preparadas em 25 dentes molares e pré-molares recém extraídos, totalizando 50 cavidades.  Os dentes foram divididos aleatoriamente em 5 grupos: G1 - F2000 (3M);  G2 - Freedom (SDI);   G3 - Compoglass F  (Vivadent);  G4 - Dyracty AP (Dentsply);  G5 - Ketac Fil plus (ESPE)).  Após serem restaurados segundo instruções do fabricante, os dentes foram polidos com discos Sof-Lex (3M).  em seguida os dentes foram  estocados a 37o C em 100% de umidade por 7 dias, corados com nitrato de prata a 50% e seccionados.  A microinfiltração foi avaliada por um escore de 0 a 3 por 2 avaliadores calibrados. Os resultados foram tratados estatisticamente pelos testes Kruskal-Wallis e Tukey (p<0,01). Os postos médios em esmalte e  cemento foram respectivamente:  G1 - 69,8 /  64,95;  G2 - 35,0 / 64,95; G3 - 50,03 / 64,72;  G4 - 48,42 / 28,35;  G5 - 49,25 / 66,35.  Os autores concluíram que a microinfiltração em cemento foi superior à do esmalte em todos os materiais.  Os menores valores de microinfiltração em esmalte seguiram a seguinte ordem G2 < G5 < G4 < G3 < G1 com diferença estatística entre G2 e G1.  E, em cemento seguiram a seguinte ordem:  G4 < G1 < G2 < G3 < G5 com diferença estatística  entre os grupos G5 e G4, G5 e G1, G3 e G4, G3 e G1.

B270

Escolha de material restaurador estético para pacientes de alto risco - Estudo in vitro

A. CARDOSO; M. S. MIRANDA*; K. DIAS; A. TEDESCO & E. LOPES

Dentística - FO. UERJ. & UFRJ Fax: (021)587-6382. e. mail-cervante@uerj.com.br

O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, a eficiência e três materiais ionoméricos em situações de alto risco de cárie, simuladas com ciclagens de desmineralização e remineralização. Foram selecionados para o estudo Trinta dentes permanentes clinicamente livres de caries e restaurações. Cada dente recebeu dois preparos tipo classe V, com uma margem em esmalte e outra em cemento/dentina. Os dentes foram distribuídos, uniformemente, em três grupos: Grupo I (Vitremer–3M), Grupo II (Dyract-Dentsply) e  Grupo III (Chelon-fil-ESPE)). Após restaurados seguindo as recomendações dos fabricantes, os dentes foram submetidos às ciclagens de desmineralização e remineralização por 14 dias. A seguir, foram imersos em solução de Nitrato de Prata a 50% por 24 horas incluídos em resina e cortados longitudinalmente no sentido vestíbulo-lingual.. Três examinadores calibrados avaliaram o grau de microinfiltração ocorrido ao redor da restauração na margem de esmalte e na margem de dentina ou cemento. Para a classificação da microinfiltração foi utilizado um escore em graus de 0 a 3 sendo o significado do escore 0- ausência e 3  infiltração até a polpa. Os resultados foram tratados estaticamente pelos testes de Kruskal-Wallis e Mann Whitney (p£0,05). Os postos médios foram: Gr I= 22,55, Gr II= 20,45 e Gr III= 46,00. Os resultados mostraram que os dentes restaurados com Vitremer e Dyract apresentaram um grau de infiltração significativamente,  menor do que restaurados com Chelon-fil.. Baseados nos resultados os autores, considerando o controle de microinfiltração, concluíram que o Vitremer e o Dyract são mais indicados que o Chelon-fil para restauração estéticas em pacientes de alto risco.

Apoio Financeiro: Capes

B271

Resistência ao cisalhamento de diferentes sistemas adesivos hidrófilos sobre esmalte.

A.T. Hara, C.M. Amaral, M.A.C. Sinhoreti*; L.A.F. Pimenta

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP – fone: (019) 430-5340

Sistemas adesivos de frasco único e auto-condicionantes têm sido desenvolvidos  como sendo uma alternativa mais rápida e fácil em relação aos sistemas adesivos de vários frascos. No entanto, é importante que eles promovam uma forte união entre o material restaurador e a estrutura dental. A proposta deste estudo foi comparar a resistência da união ao cisalhamento sobre o esmalte bovino de quatro sistemas adesivos hidrófilos: um de “múltiplos frascos” (Scotchbond Multi-Uso, 3M), dois de “frasco único” (Stae, SDI; Single Bond, 3M) e um auto-condicionante (Etch&Prime 3.0, Degussa). Cento e vinte incisivos bovinos foram obtidos, incluídos em resina de poliéster, polidos com lixas de granulação 600 para padronizar as superfícies de esmalte, e distribuídas aleatoriamente em quatro grupos (n=30). Cada sistema adesivo foi usado seguindo as instruções do fabricante. Após foram construídos cilindros da resina composta Z100 com 3 mm de diâmetro por 5mm de altura sobre a área tratada. As amostra foram armazenadas em ambiente úmido por uma semana, e a resistência de união foi determinada usando uma máquina de testes universal (EMIC), a uma velocidade de 0,5 mm/min.. As médias de resistência de união foram (Mpa + D.P.): Single Bond: 24,28 MPa + 5,27 (a); Scotchbond Multi-Uso: 21,18 + 4,35 (ab); Stae: 19,56 + 4,71 (b); Etch & Prime 3.0: 15,13 + 4,92 (c). A ANOVA revelou diferenças significantes nas médias (p<0,01) e o teste de Tukey mostrou diferenças estatísticas, que são expressas pelas diferentes letras em cada grupo. Pode ser concluído que o sistema auto-condicionante não promoveu uma boa união à superfície do esmalte, como os de frasco único e multiplos frascos.

B272

Express apresentou maior capacidade de Propriedades mecânicas de três siliconas em condições de temperatura/umidade da cidade do Recife.

C. M. F. GUERRA; S. M. GONÇALVES; V. L. S.  PIMENTEL*

Dep. de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da UPE – PE - (081) 326-6342

As siliconas, entre os elastômeros, são os materiais de moldagem que mais evoluíram nas duas últimas décadas. Na procura de uma silicona que melhor se adeqüe a realidade regional da cidade do Recife, foi que avaliamos comparativamente a capacidade de alongamento, resistência à tração e estabilidade morfodimensional de três siliconas (Express da 3M do Brasil, Aquasil da Dentsply, Silon da Herpo) sob condições extremas, que desafiam as propriedades divulgadas pelos fabricantes. Para todos os testes realizados, os materiais foram proporcionados e manipulados de acordo com as especificações do fabricante e realizados na temperatura ambiente e umidade relativa do ar da cidade do Recife. Foram confeccionados 30 corpos de prova de cada material, segundo um modelo padronizado para testes em materiais borrachóides fornecido pela Fabrica RALL Ltda. A análise estatística para efeito comparativo empregou o teste qui-quadrado de associação, com nível de significancia de 5%. As comparações de diferença significativa foi feita através do teste de Kruskal - Wallis ( P < 0,001), utilizando-se para obtenção dos cálculos estatísticos o SAS na versão 6.2.  Observou-se que em relação a estabilidade morfodimensional, a silicona Silon sofreu alterações a partir de 48 horas, tornando-se significante nos sete dias de teste, o que não ocorreu com as siliconas ess e Aquasil. Na resistência a tração e capacidade de alongamento, as siliconas Express e Aquasil apresentaram os melhores resultados, entretanto a silicona alongamento(68,7) do que a Aquasil ( 46,2) e Silon ( 21,5). Conclui-se que perante as condições ensaiadas a Silicona Express apresentou melhores propriedades mecânicas.

B273

Infiltração marginal em restaurações classe V usando diferentes materiais restauradores. 

A. SARTORI; E. FORMOLO; C.S. MOTA*; F. F. DEMARCO

Faculdade de Odontologia - UFPel – RS - (0532) 226690

A proposta deste trabalho foi comparar a  infiltração marginal de 5  materiais restauradores adesivos. Cinqüenta cavidades padronizadas de Classe V foram confeccionadas em 25  dentes humanos extraídos e livres de cáries. A parede cervical foi colocada em cemento e a oclusal em esmalte. Os dentes foram aleatoriamente divididos em 5 grupos (n=10) e restaurados com os seguintes materiais: Grupo I – cimento de ionômero de vidro modificado por resina Vitremer (3M); Grupo II – compômero Dyract (Dentsply); Grupo III – resina flow Flow-it (Jeneric/Pentron); Grupo IV – compômero F2000 (3M); Grupo V- cimento de ionômero de vidro Vidrion  R (SS White). Os materiais foram usados conforme  a indicação do  fabricante. Após acabamento e polimento os dentes foram submetidos a termociclagem, seguida de imersão em azul de metileno. Depois de secionados os dentes foram avaliados quanto a infiltração marginal, com base num escore padronizado. Os dados quando submetidos a análise estatística (testes não paramétricos de Kruskal Wallis e Mann-Whitney) demonstraram  não haver diferenças estatisticamente significantes  de infiltração em cemento (p> 0,05). Em esmalte houve diferença estatisticamente significante, exibindo o Vidrion R maiores valores de infiltração que os outros grupos ( p< 0,01). A infiltração em cemento foi maior que aquela em esmalte (p<0,01). Foi possível concluir que os diversos materiais testados apresentaram valores similares de infiltração, com exceção do cimento de ionômero de vidro em esmalte.

B274

Condicionamento ácido X NRC – Efeito no vedamento marginal de materiais estéticos.

K. C. K. YUI*, R. M. ARAÚJO, S. E. P. GONÇALVES 

Dep. Odont. Rest., Fac. Odont.UNESP, S. J.Campos, S.P. (012) 312-8166 Ramal 1303

A finalidade desta pesquisa foi a de realizar estudo “in vitro” para avaliar e comparar a eficiência do vedamento marginal de restaurações estéticas classe V utilizando no condicionamento de esmalte/dentina um novo material – NRC (“Non Rinse Conditioner-Dentsply”), e condicionamento com ácido fosfórico 37%. Foram realizados 40 preparos em dentes bovinos recem-extraídos e armazenados em freezer. Os preparos classe V foram realizados com ponta diamantada 1092 ((Sorensen) nas faces V e L com as seguintes dimensões: extensão OG – 2,0 mm, MD – 3 mm e profundidade – 1,5 mm. A parede gengival do preparo foi feita 1 mm abaixo do limite esmalte/cemento, e a parede oclusal em esmalte. Os dentes foram divididos em 4 grupos. Grupo 1: NRC + adesivo NT (“Nano Technology” – Dentsply) + resina composta TPH Spectrum (Dentsply); Grupo 2: NRC, + NT + Diract AP (Dentsply); Grupo 3: Ácido fosfórico 37% (Dentsply), + NT + TPH Spectrum; Grupo 4: Ácido fosfórico 37% + NT + Diract AP. A infiltração foi evidenciada por meio do nitrato de prata 50%, após ciclagem térmica de 300 ciclos entre as temperaturas 5° C ± 2 e 55° C ± 2; os dentes foram seccionados no sentido OG em 2 fatias e analisados em Lupa Estereoscópica Zeiss (10x), atribuindo-se escores de 0 a 4. Os resultados foram submetidos à análise estatística de Kruskal-Wallis e Teste de Wilcoxon, sugerindo que: 1) Não houve diferença significante entre as paredes O e G para os grupos 1, 2 e 3, porém, para o grupo 4 houve menor infiltração na parede oclusal (p<0,05); 2) Quando se comparou os grupos em relação à parede oclusal, o grupo 4 apresentou os menores valores (p<0,05); 3) Não houve diferença significante entre os 4 grupos com relação à parede gengival (p>0,05). Conclusão: Nenhum tratamento foi efetivo no vedamento marginal.

B275

Microinfiltração em restaurações de resina composta substituídas após o clareamento dental caseiro.

I. T. CAMPOS* 1, A. L. F. BRISO1, L. A. F. PIMENTA1, A. L. RODRIGUES JR2

FOP-UNICAMP(019)-4305340; 2-FOA-UNESP -  (019) 430-5340

O objetivo deste trabalho in vitro foi avaliar qualitativamente, através de penetração de corante, quanto tempo após o término do clareamento caseiro, com gel de peróxido de carbamida a 10%, deve-se esperar para substituir as restaurações de resina composta. Foram realizados preparos cavitários padronizados, do tipo classe V, na junção esmalte-dentina/cemento, de 100 dentes humanos recém-extraídos, e os mesmos foram restaurados com sistema adesivo/resina composta. Os corpos-de-prova foram clareados por três semanas e aleatoriamente divididos em cinco grupos(n=20): restaurações substituídas 21 dias após o término do tratamento clareador (A-T21), 14 dias após, (B-T14), 7 dias após  (C-T7), imediatamente após o término do tratamento clareador (D-T0), e um grupo controle (E), no qual as restaurações não foram trocadas. Concluídas as substituições das restaurações, os corpos-de-prova foram submetidos a 1000 ciclos térmicos(5+/-1oC a 55+/-1oC). Os dentes foram imersos em solução de azul de metileno a 2% por quatro horas. Para a análise qualitativa dos corpos-de-prova, os dentes foram seccionados e a microinfiltração avaliada em lupa estereoscópica(45X). Para o esmalte, a soma das ordens foram: grupo A-T21- 768,0; B-T14-1068,0; C-T7:873,0; D-T0-1296,0; E-controle-1045,0. Para a dentina, a soma das ordens foram: grupo A-T21- 735,5; B-T14-760,0; C-T7:1360,0; D-T0-1292,5; E-controle-902,0. A análise estatística dos resultados (Kruskal-Wallis e teste de Comparações Múltiplas , p<0,05) demonstrou que, para a região em esmalte, os menores valores de microinfiltração foram os do grupo A-T21. Para a dentina/cemento, os menores valores de microinfiltração foram os dos grupos A-T21 e B-T14. Concluiu-se que, para a substituição das restaurações de resina composta com margens tanto em esmalte, quanto em dentina/cemento, devem-se aguardar 21 dias após o término do clareamento caseiro.

Apoio: FAPESP Projeto: 97-01121-1

B276

Avaliação da rugosidade superficial de cimentos de ionômero de  vidro.

M. T. SASAKI*, R. C. S. P. SILVA, M. A. M. ARAUJO, D. F. M. KRABBE, A. J. DAMIÃO

Dep. Odont. Restauradora, Fac. Odont. – UNESP, São José dos Campos – SP. (012)321-8166

Foi realizado um estudo experimental onde se avaliou a rugosidade superficial de três cimentos de ionômero de vidro após acabamento e polimento com dois sistemas diferentes de polimento, utilizando-se dois tipos de agentes lubrificantes. Os cimentos utilizados foram: Dyract (Dentsply), Vitremer (3M) e Vidrion R (SS White). Confeccionou-se 60 corpos de prova (c.p.) de aproximadamente 9x3mm a partir de tubetes anestésicos e divididos em três grupos de vinte. Após uma semana de armazenamento em água a 37ºC, todas as amostras tiveram o mesmo acabamento, realizado com broca de 12 lâminas. O polimento foi realizado da seguinte forma: dos 20c.p. de cada material, 10 foram polidos com discos SofLex de granulação fina e extra-fina (3M), sendo cinco c.p. lubrificados com manteiga de cacau e cinco com ácido poliacrílico em gel; os demais c.p. foram polidos com pontas siliconadas verde e cinza (K.G.Sorensen), sendo cinco lubrificados com manteiga de cacau e cinco com ácido poliacrílico em gel. Mediu-se o parâmetro de rugosidade superficial RA para todos os c.p., em rugosímetro Perthometer S8P, antes e após o polimento, sendo que para cada um deles, efetuou-se no mínimo cinco medições para efeito de amostragem estatística (600 medições ao total). Aplicou-se aos dados obtidos o método estatístico da análise de variância (ANOVA) e o teste de TUKEY. Conclusões: Quanto ao material restaurador, o Dyract apresentou menor rugosidade se comparado ao Vidrion R e Vitremer; em relação ao polimento, os discos SofLex apresentaram resultados superiores às pontas e quanto aos agentes lubrificantes , ácido poliacílico em gel e manteiga de cacau, não apresentaram diferenças significantes.

B277

Avaliação da resistência à compressão, resina composta e Ionômero de  vidro.

M.M.A. PONTES, R. BRAZ*

Faculdade de Odontologia de Pernambuco– Universidade de Pernambuco  - (081) 2416805

Nos últimos anos, modificações radicais ocorreram nos procedimentos restauradores, o que fez com que o profissional buscasse restituir a forma e a função perdida do elemento dentário através de um material restaurador estético, resistente à mastigação, aderente à estrutura dental, com boa adaptação marginal, biocompatível e, sobretudo, um material que exercesse uma ação terapêutica como a liberação de fluoretos para o meio bucal. As resinas compostas têm evoluído para oferecer estas propriedades, assim como outros materiais têm sido lançado para suprir estas mesmas necessidades. Recentemente o Compômero, material classificado como uma resina poliácida modificada, passou a ser indicados para os dentes posteriores. A presente pesquisa foi realizada com o propósito de analisar comparativamente “in vitro”, a resistência à compressão entre a resina Composta (TPH Spectrum-Dentsply) e o compômero (Dyract-Dentsply), tendo como grupo controle o ionômero de vidro híbrido (Vitremer-3M). Para realização deste estudo foram confeccionados 60 corpos de prova de 5mm de comprimento, 2mm de largura e 3mm de espessura, a partir de uma matriz pré-fabricada de metal e previamente isolada com uma fina camada de vaselina. Os corpos de prova foram divididos em 3 grupos: sendo o grupo A(DyracT), o grupo B(Resina TPH) e o grupo C(Vitremer), e armazenados em solução salina por 24 horas a 37ºC para cura do material, e em seguida submetidos à força compressiva na máquina Kratus, com capacidade para 200 kg, modelo 175. Os dados obtidos foram tabulados e analisados estatisticamente pelo teste de Kruskall-Wallis, indicando diferença de resistência significante do grupo A em relação aos outros dois gupos.

B278

Estabilidade dimensional do poliéter relacionada com manipulação e vazagem.

M. JOÃO, A. F. MONNERAT, C. MADUREIRA*, M. M. SOUZA

Faculdade de Odontologia UERJ e Instituto de Odontologia UGF – RJ -  (021) 532-1033 /  543-6770

A estabilidade dimensional é de fundamental importância na qualidade do modelo e, por fim, na adaptação da restauração. O objetivo deste estudo foi avaliar a estabilidade dimensional de moldagens realizadas com poliéter (IMPREGUM F -ESPE/DFL) em função do tempo de vazagem e da técnica de manipulação. Foram obtidas 36 moldagens (18 por manipulação manual; 18 por manipulação mecânica com PENTAMIX –ESPE/DFL) de um padrão considerado como controle (2 molares humanos hígidos fixados com gesso pedra). Este simulou a distância de uma ponte fixa com ausência de um elemento. A vazagem com gesso tipo IV foi feita 1 hora, 72 horas e 7 dias após a moldagem. Os corpos de prova e o modelo padrão foram assim divididos: Grupo 1 - Controle; Grupo 2 - Mecânica / 1hora; Grupo 3 - Mecânica / 72 horas; Grupo 4 - Mecânica / 7 dias; Grupo 5 - Manual / 1hora; Grupo 6 - Manual / 72 horas; Grupo 7 - Manual / 7 dias.  A deformação das amostras foi avaliada com auxílio de um paquímetro digital que mediu a distância entre 2 pontos localizados um em cada dente do padrão e nos respectivos modelos. Na comparação múltipla - testes ANOVA e Tukey – feita entre os grupos foi encontrada diferença significativa somente entre os grupo 5 e 1 (controle). O poliéter pode ser vazado até 7 dias após a moldagem independente do tipo de manipulação, entretanto se a manipulação for manual, deve-se aguardar um tempo superior a 1 hora para a vazagem.

B279

Efeito de diferentes soluções de fluoreto de sódio a 0,05% na translucidez do cimento de ionômero de vidro.

A. B. E. CATIRSE*, P. P. N. S. GARCIA, S. A. M. CORONA, W. DINELLI

Odontologia Restauradora. F.O.R.P. - USP - (019) 602-3982

O objetivo deste estudo foi avaliar “in vitro” os efeitos causados por diferentes soluções de fluoreto de sódio a 0,05% na translucidez de um cimento de ionômero de vidro, no que se refere ao número de aplicações. Para isso, utilizou-se o cimento de ionômero de vidro Chelon Fil. Três diferentes soluções de fluoreto de sódio a 0,05% foram utilizadas como meio de imersão: Fluordent reach (S1), Fluorgard (S2) e Oral-B (S3).  Cinco corpos de prova com 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura do cimento foram preparadas para cada solução. Para a determinação dos valores percentuais de translucidez foi utilizado o aparelho de eletroforese de JOUAN. Foram realizadas 21 leituras para cada corpo de prova: a primeira antes da imersão na solução e as outras, a cada 15 minutos após a imersão nas soluções fluoretadas. Os resultados foram submetidos a análise estatística de variância, onde observou-se   que não houve diferença estatísticamente significante para a variável estudada. Concluiu-se que o efeito da translucidez do cimento de ionômero de vidro (Chelon Fil) imerso em diferentes soluções fluoretadas não foi significante quando submetidos a 20 aplicações

B280

Estabilidade de cor de dois compósitos para restaurações indiretas.

D.K.OYAFUSO*, M.P.NEISSER, M.K.ITINOCHE

Depto. Mat. Odontol. e Prótese - Fac. Odont. São José dos Campos - UNESP - (011) 3865-5517

Uma nova geração de materiais, denominada “segunda geração de compósitos para laboratório”, tem sido introduzida no comércio odontológico, necessitando estudos mais profundos sobre seu comportamento. Esta pesquisa verificou a estabilidade de cor de dois materiais, Targis (Ivoclar) e Artglass (Heraeus/Kulzer). Para tanto, foram confeccionados 15 corpos-de-prova para cada material, com 8,00mm de diâmetro x 1,00mm de espessura e divididos em 3 grupos com 5 espécimes. O primeiro grupo (G1) foi considerado controle e permaneceu armazenado em H20 destilada a 37 °C. O segundo grupo (G2) foi termociclado em H20 destilada (1000 ciclos entre 5 e 55 °C). Simultaneamente, o terceiro grupo (G3) foi termociclado em solução de café. Os registros de cor das amostras foram obtidos antes e após armazenagem e termociclagem, com auxílio de um colorímetro (X-Rite 404), utilizando o sistema CMYK que foi, posteriormente, convertido no sistema CIE Lab a fim de podermos quantificar os dados e compará-los com a literatura pertinente. Os dados obtidos foram tratados estatisticamente pelo método ANOVA. Pelos resultados obtidos podemos concluir que o G3 apresentou maior variação de cor para os dois materiais (p>0,05). Com relação aos compósitos analisados, Targis apresentou maior variação de cor em relação ao Artglass (p>0,05).

B281

Termociclagem e pigmentação de resina composta e híbridos de ionômero e resina composta.

F.M.GOMES*, J.A. FEIJÓ, J.R.LOVADINO, R.D. MURRER

Depto. de Odontologia Restauradora, FOP – UNICAMP - jrolo@merconet.com.br

Há uma preocupação cada vez maior do cirurgião-dentista em manter a mimetização dental conseguida em restaurações estéticas. A incorporação de pigmentos pelo material restaurador é uma das causas da perda desta característica. Em estudos de incorporação de pigmentos é muito utilizada a metodologia de envelhecimento artificial por termociclagens. O objetivo deste trabalho foi estabelecer quantitativamente o efeito da termociclagem na incorporação de pigmentos por uma marca comercial de resina composta, Z100 (3M) e um cimento de ionômero de vidro modificado por resina composta, Vitremer (3M). Para isto foram confeccionados 80 corpos de prova, para cada material, medindo 4 mm de diâmetro e 2 mm de altura. Os corpos de prova de cada material foram divididos em 4 diferentes grupos experimentais (I, II, III e IV) segundo o número de ciclos térmicos a que seriam submetidos. Estes por sua vez foram subdivididos em dois grupos: grupo A submetido a termociclagem e grupo B mantido como controle. Ao final o número de termociclagens para cada grupo foi: IA=4000 ciclos; IIA=3000 ciclos; IIIA=2000 ciclos; IVA=1000 ciclos. Após a seqüência de termociclagem os corpos de prova foram corados, triturados e preparados para leitura em aparelho de espectofotometria. Os dois materiais responderam semelhantemente à metodologia. A análise de variância e o teste de Tukey-Kramer não demonstraram diferença significante entre os corpos de prova do grupo B. No grupo A houve diferença significante quando se aumentou a quantidade em número superior a 1000. A diferença de 1000 ciclos térmicos não é suficiente para evidenciar o aumento na incorporação de pigmentos pelo material testado, o que ocorre quando a diferença de ciclos é igual ou superior a 2000.

FAPESP proc no 96/07426-6.

B282

Avaliação da morfologia do esmalte dental após tratamento clareador.

A. D. TEDESCO, E. VARGAS, M. I. DE C. NUNES*, R. D. BOTTREL, P. R. DE CAMPOS

Univ.Gama Filho, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Tel: (021)599-7272   r.6166

Este estudo tem como objetivo avaliar possíveis alterações sofridas na superfície do esmalte dentário após clareamento com peróxido de carbamida a 10% (Droga André - SP) por 126 horas. Utilizou-se 30 incisivos humanos recém-extraídos, os quais foram moldados com silicona de condensação (Optosil / Xantoprem – Bayer) e vazados em resina epoxy (Araltec). As amostras foram metalizadas e observadas em MEV para análise inicial. Os dentes foram divididos em 3 grupos que receberam o seguinte tratamento: grupo 1 - 6 horas de clareamento por 21 dias; grupo 2 - 9 horas (6 horas + 3 horas) por 14 dias e grupo 3 - 18 horas (6 horas + 6 horas + 6 horas) por 7 dias. O tratamento consistiu em manter os dentes submersos no gel clareador pelas horas descritas, com intervalos de 2 horas entre as trocas de gel para os grupos 2 e 3; e mantidos em água destilada no restante do tempo. Após completar as 126 horas, os dentes passaram por nova moldagem e as amostras obtidas em resina epoxy foram observadas em MEV para comparação com as amostras iniciais. Os autores concluíram que o tempo utilizado para o clareamento provocou um aumento dos poros naturais do esmalte, sem comprometimento estrutural, independente dos grupos analisados.

B283

Polimento de resinas compostas com a pasta “polident”.         

C. MAGNANI*, F. L. ROSELL, F. M. BEVILACQUA, S. T. PORTO NETO, R. MAGNANI

Departamento de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP - (016) 232-1233 / r.123

O objetivo deste estudo foi comparar a resistência à compressão axial e à tração diametral de um compômero (Dyract – Dentsply) e três cimentos de ionômero de vidro, um convencional (Chelon-Fil – Espe), um reforçado por metal (Chelon-Silver), e um híbrido (Vitremer- 3M). Foram confeccionados vinte corpos de prova de cada material, com o diâmetro de 6mm e altura de 12mm de acordo com as especificações ISO-7349, sendo dez destinados ao teste de compressão axial e dez ao de tração diametral. Logo após sua obtenção foram revestidos com o agente de união Heliobond, a fim de protegê-los dos fenômenos de embebição e sinérise, e armazenados em água destilada a 37ºC por 15 dias. Foram então, ainda úmidos, submetidos aos testes de compressão axial e tração diametral em uma máquina universal de ensaios Losenhausenwerk (Dusseldorf) numa velocidade de 1mm/min. No momento da fratura, a carga determinada pela máquina foi registrada e a resistência à compressão axial e à tração diametral calculadas em Mpa. Os resultados foram tratados estatisticamente através da análise de variância (ANOVA) e do teste de comparações múltiplas de Bonferroni e demonstraram que, tanto com relação à compressão axial quanto com relação à tração diametral, o Dyract apresentou valores superiores, com diferença estatística significante (p<0.05) quando comparado aos outros cimentos testados. O Vitremer mostrou valores significativamente superiores p<0.05) aos do Chelon-Fil e do Chelon-Silver, não havendo, entre estes dois últimos, diferença estatística significativa (p>0.05).

B284

Resistência à compressão axial e tração diametral de materiais ionoméricos.

M. RAMOS*, R. MUSSEL, F. NAMEN, M. BATITUCCI, K. DIAS

Depto. de Dentística. Faculdade de Odontologia UERJ. Fax: (021) 568-8192

O objetivo deste estudo foi comparar a resistência à compressão axial e à tração diametral de um compômero (Dyract – Dentsply) e três cimentos de ionômero de vidro, um convencional (Chelon-Fil – Espe), um reforçado por metal (Chelon-Silver), e um híbrido (Vitremer- 3M). Foram confeccionados vinte corpos de prova de cada material, com o diâmetro de 6mm e altura de 12mm de acordo com as especificações ISO-7349, sendo dez destinados ao teste de compressão axial e dez ao de tração diametral. Logo após sua obtenção foram revestidos com o agente de união Heliobond, a fim de protegê-los dos fenômenos de embebição e sinérise, e armazenados em água destilada a 37ºC por 15 dias. Foram então, ainda úmidos, submetidos aos testes de compressão axial e tração diametral em uma máquina universal de ensaios Losenhausenwerk (Dusseldorf) numa velocidade de 1mm/min. No momento da fratura, a carga determinada pela máquina foi registrada e a resistência à compressão axial e à tração diametral calculadas em Mpa. Os resultados foram tratados estatisticamente através da análise de variância (ANOVA) e do teste de comparações múltiplas de Bonferroni e demonstraram que, tanto com relação à compressão axial quanto com relação à tração diametral, o Dyract apresentou valores superiores, com diferença estatística significante (p<0.05) quando comparado aos outros cimentos testados. O Vitremer mostrou valores significativamente superiores p<0.05) aos do Chelon-Fil e do Chelon-Silver, não havendo, entre estes dois últimos, diferença estatística significativa (p>0.05).

B285

Acuidade dimensional de modelos a partir de diferentes materiais de moldagem.

R.C.S. RODRIGUES*; R. F. RIBEIRO, R. P. A. ANTUNES, M. G. C. MATTOS 

Depto. de Materiais Dentários e Prótese – FORP-USP – (016)602-4005 - rribeiro@forp.usp.br

Desde a introdução de materiais elásticos para moldagens, Sears (1937), vários estudos foram realizados demonstrando suas qualidades e as dificuldades técnicas e equipamentos especiais necessários à sua utilização. Novos estudos levaram à introdução do hidrocolóide irreversível, o qual, embora de fácil manipulação, não apresentava a mesma qualidade de resultados. Appleby et al. (1980), Fusayama et al. (1982) e Herring et al. (1984) realizaram estudos que atestaram a viabilidade da combinação de hidrocolóides reversível/irreversível, com uma técnica mais fácil e bons resultados. Neste estudo testamos um sistema combinado de hidrocolóide reversível/irreversível (LBH, Kottler Research Co., USA) e outros materiais de moldagem de uso corrente ( mercaptana, Coe-Flex, e poliéter, Impregum). Moldamos uma matriz metálica de um preparo onlay para um molar inferior, mantida em estufa a 37o C. Cada material foi manipulado estritamente de acordo com as instruções dos fabricantes. Produzimos  modelos em gesso tipo IV (Vel-Mix, Kerr). Sacados, os modelos foram medidos, determinando-se as dimensões mésio-distal (M-D) e vestíbulo-lingual (V-L), tendo como referência o ângulo áxio-pulpar interno das caixas preparadas em cada face, utilizando um paquímetro digital (Mitutoyo). Os dados foram submetidos à análise estatística (teste de Friedman). Observamos que não há diferença estatisticamente significante entre modelos obtidos a partir de moldes de LBH e os demais, e diferença estatisticamente significante a nível de 5% entre modelos obtidos a partir de moldes de mercaptana e poliéter. Frente aos dados obtidos neste estudo podemos concluir que o sistema combinado hidrocolóide reversível/irreversível produz modelos com boa acuidade dimensional, oferecendo vantagens quanto à facilidade técnica de manipulação proporcionando, ainda, vantagens econômicas em função do custo inferior em relação aos demais materiais de moldagem comumente utilizados.

B286

Desajuste cervical de coroas provisórias obtidas por duas técnicas e resinas. 

S. C. Dias*, D. M. Rodrigues, R. C. S. Rodrigues, D. G. Frizzas, R. F. Ribeiro 

Depto. de Materiais Dentários e Prótese – FORP-USP – (016)602-4005 - rribeiro@forp.usp.br

A adaptação de coroas provisórias pode variar de acordo com o tipo de resina e técnica utilizada na sua confecção. O objetivo deste trabalho foi verificar o desajuste cervical de coroas de resina acrílica para  provisórias: Duralay (Reliance Dental Mfg.Co.) e Dencor (Clássico) confeccionadas in vitro simulando a técnica clínica na qual são obtidas diretamente sobre o dente preparado. Utilizamos uma matriz metálica com 10mm de diâmetro, 7mm de altura e 0,8 mm de ombro. Sobre a matriz foi realizado um alívio em resina Duralay vermelha com espaçamento oclusal de 1,5mm e axial de 0,8mm, seguindo a espessura do ombro cervical. A seguir moldamos o conjunto com elastômero (Zetaplus-Oranwash, Zhermack) e alginato (Jeltrate, Dentsply). A matriz foi isolada e a resina manipulada de acordo com as instruções do fabricante. Atingida a fase plástica o molde foi preenchido e assentado sobre a matriz. Durante o assentamento, sobre o conjunto, mantivemos um peso de 500g num período de 7 minutos, até a polimerização da resina. As coroas foram removidas e os excessos recortados sob lupa (aumento 4X). Foram confeccionadas 05 coroas para cada material e técnica. O desajuste cervical foi medido com auxílio de uma microscópio de medidas lineares e angulares (Nikon) em dois lados da matriz, obtendo-se a média dos dois. Os resultados obtidos demonstram que a associação elastômero-Duralay apresentou as menores médias de desajuste, sendo a associação alginato-Dencor a de pior comportamento. Pela análise estatística (Teste de Krusal-Wallis) observamos diferenças estastisticamente significantes: a nível de 5% entre Duralay-elastômero X Duralay-alginato e Duralay-alginato X Dencor-alginato, e a nível de 1% entre Duralay-elastômero e Dencor-elastômero. Para a resina Dencor não houve diferenças estatisticamente significantes entre as técnicas. Por estes dados podemos concluir que, embora o desajuste esteja dentro da recomendação da ADA (<40mm), pela associação molde de elastômero/Duralay obtivemos coroas provisórias com menor desajuste cervical.

B287

Alterações dimensionais das resinas acrílicas ativadas termicamente frente a diferentes ciclos de polimerização e formas de inclusão.

P.I. SERAIDARIAN*, E.T. KIMPARA, B.N. CAVALCANTI, H. CERVEIRA NETTO

Depto Mat. Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP. - Fone: 321-8166, ramal: 1305

Sabe-se o quanto é crítica a estabilidade dimensional das resinas acrílicas ativadas termicamente, principalmente no que diz respeito à adaptação e sucesso das próteses com apoio em mucosa, uma vez que os princípios de retenção, estabilidade e equilíbrio oclusal são altamente dependentes desse fator. Por este fato, neste trabalho procurou-se analisar quais ciclos de polimerização e quais formas de inclusão que levariam à melhores resultados, provocando menor alteração dimensional, partindo-se de padrões previamente estabelecidos. Foram realizados três corpos de prova para cada grupo avaliado, sendo quatro diferentes tipos de polimerização e três diferentes formas de inclusão, totalizando 36 corpos de prova. Os resultados foram tabulados e sofreram análise estatística pelo teste de ANOVA. Concluiu-se que a utilização de um ciclo de polimerização longo e a inclusão em gesso comum sem muralha de gesso pedra foram as que apresentaram melhor desempenho, causando menor contração de polimerização que, segundo os autores, sugeriria um comportamento da resina acrílica ativada termicamente com gesso comum, semelhante ao processo de expansão do revestimento e contração da liga em fundições.

B288

Estudo comparativo do titânio e ligas de Ni-Cr e Co-Cr.

S. CROSARA*; O. L. BEZZON

Fac. Odont. de Rib. Preto-USP, olbezzon@forp.usp.br

O objetivo do presente trabalho foi o de realizar um estudo comparativo entre propriedades físicas do Titânio puro processado pelo método da cera perdida em relação às ligas de Ni-Cr e Co-Cr, no que diz respeito à fusibilidade e dureza superficial. No ensaio de fusibilidade, foram obtidos 8 corpos de prova para cada condição a ser testada. Foi utilizado o método proposto por Whitlock, que utiliza como padrão de fundição, uma malha de poliéter contendo 100 espaços vazios, que depois é fixada em pinos de cera de 2mm de diâmetro e, na união, presos a um pino formador de canal de alimentação de 3,0mm de diâmetro. A inclusão dos corpos de prova para as ligas de Ni-Cr e Co-Cr foi feita com revestimento Termocast, e para a liga de Ti, utilizou-se o revestimento Rematitam Plus. Para o ensaio de dureza foram obtidos 6 corpos de prova para cada condição. As medidas de dureza foram realizadas por meio de um aparelho Testor HT1 do Departamento. de Materiais Dentários e Prótese da FORP-USP, onde uma pré-carga de 3,0Kg era aplicada e em seguida a alavanca era acionada. Após a retirada desta carga o valor de dureza era obtido. Após análise estatística pelo teste de Kruskal-Wallis observou-se que o titânio apresenta uma fundibilidade inferior às ligas de Ni-Cr e Co-Cr e também uma menor dureza superficial em relação às mesmas ligas.

 

APOIO FAPESP-Processo 96/11874-4

 

B289

Avaliação da resistência ao cisalhamento entre  metal/polímero de vidro e metal/cerâmica.

F.E.TAKAHASHI*, M.K.ITINOCHE, D.K.OYAFUSO, M.A.BOTTINO

Depto. Mat. Odontol. e Prótese - Fac. Odont. São José dos Campos - UNESP - (021) 322-7269

Com o intuito de quantificar a resistência ao cisalhamento entre a união de uma liga de NiCr a um polímero de vidro e a uma cerâmica odontológica, confeccionou-se 20 cilindros de NiCr (Litecast B) de 4 mm de diâmetro por 4 mm de comprimento divididos em dois grupos com 10 amostras. No primeiro grupo (G1) foi aplicado o polímero de vidro (Artglass), e no segundo (G2), cerâmica odontológica (Ceramco II). A superfície das estruturas metálicas a ser aplicada o material estético, recebeu jateamento com óxido de alumínio de granulação de 250 mm previamente à inserção do material estético. As amostras concluídas foram estocadas em água destilada a 37ºC por 24 horas, e após, foram submetidas à ciclagem térmica (500 ciclos / 5 e 55ºC). O ensaio mecânico foi realizado por meio da máquina Instron, que apresentou em Mpa, os valores no momento da ruptura dos materiais. A análise estatística pelo teste Mann-Whitney revelou diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos. O G2 foi o que apresentou os maiores valores de resistência ao cisalhamento (58,69 ± 22,54 Mpa). Entretanto, o G1 exibiu resultados mais estáveis (14,79 ± 4,29 Mpa).

B290

Microdureza do amálgama adesivo realizado com ligas esférica e convencional.

M. R. MATSON*, H. R. LEYGOW, M. L. TURBINO

Departamento de Dentística da FOUSP – SP - ( 011) 280-3274

Com o surgimento da técnica denominada de amálgama adesivo, muitos trabalhos sobre o tema foram desenvolvidos, e alguns aspectos da técnica, como vantagens e desvantagens já foram documentados por vários autores. Um ponto importante a ser levantado é quanto ao tipo de liga para Amálgama utilizado nesta técnica. A quase totalidade dos trabalhos mostram o uso de ligas do tipo esferoidal, mas no Brasil a grande maioria dos profissionais se utilizam de ligas convencionais para as restaurações com amálgama de prata. Neste trabalho avaliamos a microdureza de restaurações de amálgama quando da utilização de dois tipos de ligas de amálgama de prata, uma esférica (Velvalloy plus) e outra convencional (Velvalloy), variando-se também a técnica restauradora, ou seja, técnica convencional e a técnica do amálgama adesivo. Para tal estudo foram utilizados 12 dentes  recém extraídos, formando-se 4 grupos. Os dentes foram seccionados no sentido axial resultando em 24 corpos-de-prova. Para cada corpo-de-prova foram feitas medições quanto à microdureza do material restaurador a distancias de 10, 20, 30, 60 e 100 micrometros da parede pulpar do preparo cavitário. Pela análise de variância verificou-se que a microdureza das restaurações de amálgama nas regiões próximas às paredes cavitárias foi menor para a técnica adesiva em relação à técnica convencional, para as duas ligas utilizadas. Na comparação entre as ligas, a esférica promoveu maior dureza às restaurações nas duas técnicas utilizadas (p < 0,01).

B291

Avaliação in vitro da capacidade de liberação e adsorção de flúor de compômeros.

A.C.D. RAMIRES-ROMITO*; S.I. MYAKI; C.R.M.D. RODRIGUES; L.E. RODRIGUES FILHO

Disc. Odontopediatria–FOUSP. e-mail:p-anac@siso.fo.usp.br

O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a liberação e recarregamento de flúor em quatro resinas compostas modificadas por poliácidos – compômeros (Compoglass FÒ - Vivadent;  Dyract APÒ - Dentsply; FreedomÒ - SDI e F 2000Ò - 3M). Para cada material foram preparados 3 discos, seguindo as recomendações dos fabricantes, de 1.64 cm2 de área. Foram armazenados em 3 ml de água deionizada a 37º C, trocada diariamente, e a liberação não cumulativa de flúor foi determinada após 1, 2, 7, 14, 21 e 28 dias. Para medição, foi adicionado TISAB II e utilizado um eletrodo específico de Flúor (Orion 9609). No 30º dia os corpos de prova receberam aplicação de gel de NaF 2%, por 4 min, sendo realizadas novas análises, após 1, 2 e 3 dias de imersão em água deionizada, para verificar a capacidade de “recarregamento” dos materiais. Após realização da ANOVA pôde-se concluir que o Compoglass FÒ liberou significativamente mais flúor (p < 0,05) do que os outros materiais (Compoglass FÒ = 4,12 mg/cm2; F 2000Ò = 2,41 mg/cm2; FreedomÒ = 2,14 mg/cm2; Dyract APÒ = 1,78 mg/cm2). A liberação foi diminuindo gradualmente do 1º ao 28º dia, não havendo diferenças significativas na comparação entre dias consecutivos. Todos os materiais mostraram capacidade de liberar flúor, principalmente, no 1º dia após o tratamento com NaF a 2%, observando-se redução significativa da liberação nos 2 º e 3º dias.

B292

Avaliação rugosimétrica de diferentes técnicas de polimento de resinas compostas indicadas para dentes posteriores.

B. RIBEIRO*, N. PEREIRA, J. FIGUEIREDO, L. YASSUMOTO, R. NAVARRO, E. MATSON, M. ODA

Dept. Dentística - FOUSP / UFMS  - (011) 818-7843

Novas resinas compostas para dentes posteriores surgem prometendo aumento da resistência ao desgaste e estética, sendo cada mais indicadas na substituição de restaurações de amálgama. O objetivo deste estudo foi comparar a rugosidade superficial (Ra em mm) entre resinas compostas para dentes posteriores, sendo duas consideradas condensáveis (Alert e Solitaire) e uma híbrida convencional (Degufil mineral) submetidas a diferentes técnicas de polimento (discos abrasivos Sof-Lex, Super Snap, pontas siliconizadas Enhance). Confeccionaram-se 10 corpos de prova circulares, com 4mm de altura por 6mm de diâmetro, para cada grupo, num total de 90 amostras, armazenadas em água destilada (24 h) e posteriormente submetidas aos polimentos. Foram realizadas análises rugosimétricas, através de quatro leituras de cada amostra, com o aparelho rugosímetro (Surftest 211- Mitutoyo). Os resultados foram submetidos aos testes ANOVA e Tukey (nível 1%) concluindo que: não houve diferença estatisticamente significante entre as resinas Solitaire e Degufill mineral; a resina Alert apresentou uma rugosidade estatisticamente superior comparada as outras resinas; a rugosidade obtida através do polimento com as pontas Enhance foi estatisticamente superior ao sistema de discos abrasivos (Sof-Lex e Super Snap); não houve diferença estatística entre os sistemas de discos de polimento utilizados.

B293

Estudo da resistência ao cisalhamento de resinas compostas fotopolimerizáveis indicadas para dentes posteriores.

N. PEREIRA*, B. RIBEIRO, J. FIGUEIREDO, L. YASSUMOTO, R. NAVARRO, E. MATSON, A MATOS

Dept. Dentística - FOUSP/ UFMS- Brasil- 011-818-7843

Muitos pacientes questionam a realização de restaurações estéticas em dentes posteriores em substituição ao amálgama. O objetivo deste estudo foi comparar a resistência ao cisalhamento de três resinas compostas fotopolimerizáveis, indicadas para restaurações de dentes posteriores, sendo duas utilizadas na técnica direta (Z-100 e Solitaire) e uma de uso laboratorial (Solidex). Foram confeccionadas 25 corpos de prova cilíndricos para cada grupo, num total de 75 amostras, mantidas por 24 h em água destilada a temperatura ambiente e posteriormente submetidas as forças de cisalhamento na máquina de ensaios universal INSTRON modelo 4442, regulado para uma carga de 50Kgf a uma velocidade de 0,5mm/min. Os resultados obtidos foram submetidos aos testes estatísticos ANOVA e Tukey (nível de 1%) concluindo que: as resinas compostas testadas apresentaram diferenças estatisticamente significantes quanto a resistência ao cisalhamento; a resina indireta (Solidex) apresentou resistência inferior as resinas diretas; entre as resinas diretas testadas, a resistência ao cisalhamento da resina Solitaire foi superior a Z-100.

B294

Sistemas de opacificação: resistência de união com uma liga de Ni-Cr.

S.DEKON, M.GOIATO

Departamento de Materiais Odontologicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP - (018) 6203200 r:245  e-mail: janaina@foa.unesp.br

O sucesso das restaurações metalo-ceramicas depende da eficiência da união da porcelana ao metal. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a resistência de união metalocerâmico, comparando dois sistemas de porcelana de opacificação: uma do tipo tradicional pó/líquido e a outra em forma de pasta. A liga utilizada foi de Ni-Cr sem berílio.  O método utilizado foi uma modificação do teste de cisalhamento idealizado por SHELL; NIELSEN, J.Dent.Res.,41(6):1424-37,1962. Os resultados mostraram não haver diferenças estatísticamente significantes entre os dois sistemas, no entanto outras propriedades inerentes aos sistemas metalocerâmicas deverão ser realizados no futuro.

B295

Avaliação de veículos para pastas de polimento de cerâmicas odontológicas. 

G.B.CAMACHO*, D. VINHA, T. NONAKA, M. GONÇALVES

*Dep. Odont. Rest. da Fac. Odont. de Pelotas, UFPEL. Dep. Odont. Rest. e Mater. Dent. da Fac. Odont. de Ribeirão Preto, USP - Email: camacho@forp.usp.br

A estética tem tido grande ênfase na Odontologia atual. Novas técnicas e materiais surgiram e continuam a surgir com este propósito como as inlays, onlays e facetas laminadas cerâmicas. Estas restaurações, apesar dos aparentes bons resultados estéticos, funcionais e com uma boa resistência necessitam de um tratamento superficial mecânico adequado após sofrerem algum tipo de desgaste. Neste trabalho foi realizada uma análise de quatro veículos para pastas de polimento mecânico (taça de borracha, escova, roda de feltro e disco SuperSnap) que poderiam ser empregadas sobre porcelanas odontológicas. Foi feita uma análise superficial das superfícies após terem sofrido a ação dos veículos associados a duas pastas diamantadas (CrystarPast e Diamond Excel) com o auxílio de um aparelho rugosímetro. A análise estatística dos dados originais apontou para uma significância entre os veículos não ocorrendo o mesmo entre as pastas. Os resultados mostraram que todos os veículos foram efetivos no polimento. O emprego da roda de feltro, escova e disco SuperSnap apresentaram desempenhos semelhantes entre si mas superiores à taça de borracha. Estes resultados sugerem que esses três sistemas podem ser empregados no Consultório Dentário.

B296

Avaliação da rugosidade de compósitos fotoativados com laser de Argônio.

M.POLONIATO*;A.MIRAGE;P.E.C.CARDOSO;J.F.F.SANTOS;C.P.EDUARDO

Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia USP-SP - Fone/Fax (011) 818-7840

Este trabalho tem por objetivo avaliar a rugosidade de compósitos (Prodigy-Kerr; Z100-3M; Heliomolar Ro-Vivadent; Durafill VS–Kulzer), quando fotoativados com laser de Argônio (600mw/cm2 por 10 seg com comprimento de onda de 488nm)e luz halógena (600mw/cm2 por 40 seg com intervalo de comprimento de onda de 400–500nm), em diferentes atmosferas (normal e saturada de N2). Para isto, foram selecionados 64 molares hígidos que receberam preparos cavitários com 3mm de profundidade e 3,1mm de largura. As cavidades foram preenchidas em 3 camadas, seguindo-se os tempos de polimerização de cada fonte fotoativadora. Nas restaurações realizadas em atmosfera saturada de N2, 10 segundos antes da fotoativação de cada camada, libera-se o gás na área de emissão de luz. Então, as restaurações eram submetidas a 1.000.000 de ciclos mecânicos e a rugosidade avaliada através do rugosímetro (211 série 178-MITUTOYO). Após a análise estatística dos resultados foi observado que: o compósito Durafill VS apresentou o maior valor de rugosidade quando fotoativado pelo laser de Argônio, independente do tipo de atmosfera; já os compósitos Z!00 e Prodigy tenderam a apresentar os menores valores de rugosidade quando fotoativados pelo laser de Argônio em atmosfera saturada de N2.

 

Apoio Financeiro CNPq

B297

Comparação da intensidade do feixe luminoso em mW/cm2 em fotopolimerizadores

H.R.LEWGOY*, C.ANAUATE NETTO, M.C.ABREU, M.R.MATSON, M.N.YOUSSEF

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da UMC, UnG e USP - SP - (011) 845-9500

Se a potência das unidades fotopolimerizadoras for afetada pelo envelhecimento dos aparelhos, pode ocorrer uma deficiência na completa polimerização das resina compostas, por toda a extensão de uma cavidade. O objetivo deste estudo foi o de verificar, se a intensidade de luz emitida por aparelhos fotopolimerizadores é alterada pelo tempo de sua utilização em anos. Os grupos avaliados foram compostos por vinte aparelhos cada, e divididos da seguinte forma: O grupo 1, por fotopolimerizadores com até no máximo 1 ano de utilização; O grupo 2, por fotopolimerizadores com mais de 1 ano e até 5 anos de utilização; o grupo 3, por fotopolimerizadores com mais de 5 anos e até 9 anos de utilização; e o grupo 4, por fotopolimerizadores com mais de 9 anos de utilização. Foram realizadas medições, com o auxílio de um radiômetro em 80 aparelhos fotopolimerizadores, verificando a intensidade da luz emitida em mW/cm2 (micro-Watts por centímetro ao quadrado). A potência dos aparelhos de fotopolimerização foi aferida, através de três medições consecutivas, convertidas em  média simples aritmética. A partir desses dados foi realizada a estatística, pela análise de variância e teste de Tukey a 5%, onde constatou-se existirem diferenças estatisticamente significantes entre todos os grupos avaliados. Pode-se concluir que o envelhecimento das unidades fotopolimerizadoras, provoca uma diminuição estatisticamente significante na potência de emissão do feixe luminoso dos aparelhos.

B298

Avaliação comparativa da radiopacidade de cinco cimentos endodônticos .

A. R. OLIVEIRA*, A. P. MESQUITA, P. SCELZA, C. E. N. OJEDA, R. F. COSTA, M. F. Z. SCELZA 

Endodontia UFF/OCEx email scelza@rio.nutecnet.com.br

Um dos requisitos necessários para os cimentos endodônticos é a radiopacidade, a qual contribui na facilidade de visualização da qualidade da obturação na radiografia. Este trabalho objetiva averiguar comparativamente, através do fotodensitômetro, a radiopacidade dos cimentos Sealer plus, Sealer 26, N-Rickert, Fill Canal, Endomethazone. Confeccionaram-se anéis metálicos de dez milímetros de diâmetro interno e dois milímetros de altura, para deposição dos cimentos. Inseriu-se cada material teste em três anéis, que após o seu endurecimento foram posicionados em um filme EO41 Ekta Speed Plus, juntamente com um dispositivo metálico utilizado para comparação da escala de radiopacidade (stepwedge). Radiografaram-se os quinze corpos de prova num total de três tomadas para cada conjunto, usando o aparelho com 60KVp e 10mA com uma distância foco-filme de quarenta centímetros e um tempo de exposição de um segundo. Para a leitura das radiografias utilizou-se o fotodensitômetro Nalumi co. LTD (Tokio, Japan). As médias dos resultados das leituras foram analisadas pelo teste Kruskal Wallis, com nível crítico de cinco por cento. Concluiu-se que, tendo como parâmetro o stepwedge, a ordem crescente de radiopacidade foi: Sealer 26 que registrou uma radiopacidade igual a 7mm de espessura de alumínio, Fill canal, Endomethazone, N-Rickert e Sealer Plus que eqüivaleram a uma espessura maior que 10mm de alumínio. No entanto não houve diferença estatisticamente significante (5%) entre o Fill Canal e Endomethazone, assim como entre N-Rickert e Sealer Plus.

B299

Adição de sulfato de zinco a cimentos ionoméricos.

P.W.OSINAGA; R.Y.BALLESTER; A.MUENCH; A.C.LASCALA; R.H.GRANDE*

Depto. de Materiais Dentários, FOUSP – rhmgrand@siso.fo.usp.br

Neste estudo foram avaliadas cinco propriedades do Ketac-Fil (Espe) e do Vitremer (3M), sem e com adição de ZnSO4 (5% e 10%). Para os ensaios de solubilização foram obtidos dezoito corpos-de-prova (c.p.) pela norma ISO 7489 modificada. Trinta e seis c.p. foram submetidos ao teste de resistência à flexão (método dos três pontos). Setenta e dois c.p. foram avaliados quanto à liberação de F (eletrodo específico) e de Zn (espectrometria). A inibição do crescimento de S. mutans foi mensurada pelos halos formados ao redor de noventa e seis c.p. (1 hora e 15 dias de idade). As três últimas propriedades foram analisadas antes e após recarga dos c.p. em soluções de NaF (1500 ppm), e NaF (1500 ppm) mais ZnSO4 (10 mM). Os seguintes resultados (significância a 0,1%) foram obtidos: 1) a solubilização foi mais acentuada nos cimentos com maior proporção de ZnSO4 (0,58%), porém dentro dos limites aceitos; 2) a resistência à flexão não foi influenciada pela proporção de ZnSO4, sendo maior para o Vitremer (63,9 MPa) do que para o Ketac-Fil (29,4 MPa); 3) a liberação média de Zn (0,446 ppm) e de F (7,1 ppm) foi maior nos cimentos (Ketac-Fil e Vitremer, respectivamente) com maior proporção de ZnSO4, e na fase anterior às recargas; 4) as recargas não restabeleceram os níveis iniciais de F e Zn desprendidos; 5) os halos de inibição só foram significativamente diferentes de zero para os cimentos com maior proporção de ZnSO4, especialmente para o Vitremer (2,3 mm), e para os espécimes com idade de 1 hora. A adição do ZnSO4 não foi prejudicial à solubilização e resistência à flexão dos cimentos, propiciou maior liberação de flúor, e maior inibição do crescimento de S .mutans.

B300

Avaliação da microdureza de resinas compostas condensáveis.

P. A. BURMANN, L. F. SOARES, A. MALLMANN*, B. SILVEIRA, E. PLÁCIDO

Progr. de Iniciação Científica em Odontologia– Conv. UFSM-USP - pafburma@fatec.ufsm.br

Atualmente existe no mercado Odontológico uma nova gama de resinas compostas “condensáveis”, que certamente merece maiores avaliações tanto “in vivo” como “in vitro”. Um dos métodos laboratoriais mais utilizados é o teste de microdureza superficial. A proposta desse trabalho é avaliar essa propriedade em diferentes resinas compostas indicadas para restaurações em dentes posteriores. Foram confeccionados 3 corpos de prova (CP) de cada resina a ser testada: Z100 -3M (Z1), Alert - Jeneric Pentron (ALE), Alert (nova fórmula) - Jeneric Pentron(ALN), Solitaire –Kulzer (SOL), Sculpt-it - Jeneric Pentron (SCU), Definite –Degussa (DEF), Pyramid Esmalte - Bisco (PYE), Pyramid Dentina –Bisco (PYD), Filtec P60 -3M (P6), Filtec Z 250 -3M (Z2), Surefil - Dentsply (SU) e Prodigy Condensável –Kerr (PRC). Todos os CPs foram embutidos em tubos de PVC com resina acrílica e polidos em uma politriz (Struers), com o acabamento final realizado com feltro branco e pasta de diamante. Os CPs foram armazenados em água destilada à 37oC por 24 horas antes do teste. Foram realizadas 5 leituras de dureza Knoop em cada corpo de prova em um microdurômetro (Durimet), totalizando 15 medições para cada material. Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste de ANOVA e Tukey. Foi constatada diferença estatística (p<0,001) entre os materiais testados. As médias de microdureza e o Tukey constam na tabela abaixo:

             Z 1             ALE             SU             PYE             P6             ALN             DEF             Z2             PYD             SCU             PRC             SOL             Tukey            

             136,9             130,9             129,6             115,9             113,6             105,7             99,2             90,9             85,9             78,6             68,57             50,8             17,9            

Os maiores valores de microdureza foram obtidos pelas resinas Z100, Alert, e Surefil. A resina condensável Solitaire apresentou o valor mais baixo de microdureza.

B301

Adaptação  marginal  de inlays de porcelana em função de diferentes cimentos  resinosos. 

R.G. FONSECA*, C. M. BUSSADORI, C. A. S. CRUZ, G. L. ADABO 

Departamento de Materiais  Odontológicos e Prótese da Fac. Odontol. Araraquara - UNESP  - 55-16- 232-1233

O emprego de restaurações estéticas em Odontologia tem aumentado gradativamente nos últimos anos em função da crescente demanda dos pacientes. Entretanto, apesar do avanço tecnológico, existem ainda alguns fatores, tais como a adaptação marginal que, além de não ser completamente controlada, exerce uma forte influência na longevidade das restaurações. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a adaptação marginal de restaurações do tipo inlay de porcelana em molares humanos devidamente preparados, em função do agente de cimentação. Foram confeccionadas trinta restaurações, cujas adaptações nas regiões oclusal, proximal e cervical foram analisadas anteriormente à cimentação em um microscópio de medição Carl Zeiss-Jena. Após a leitura inicial, as restaurações foram cimentadas, empregando-se três diferentes marcas comerciais de cimentos resinosos: 1) Variolink (Vivadent); 2) Enforce (Dentsply) e 3) Cimento Resinoso Dual (3M). A seguir, foi realizada uma nova medida da adaptação marginal, apenas na região cervical. Os valores de adaptação obtidos antes e após a cimentação foram analisados estatisticamente. Concluiu-se que a adaptação marginal na região proximal, anteriormente à cimentação, foi pior do que na região oclusal e que todos os agentes cimentantes analisados promoveram um aumento significativo na adaptação marginal após a cimentação, não tendo havido diferenças significativas de comportamento entre os mesmos.

 

Apoio financeiro : FAPESP

B302

Análise da rugosidade superficial de sete resinas compostas condensáveis e 4 híbridas.    

P. E. C. CARDOSO, A. MALLMANN, B. SILVEIRA*, L. CASAGRANDE

Programa de Iniciação Científica em Odontologia – Convênio UFSM-USP - capel@fo.usp.br

A utilização de resinas compostas condensáveis em dentes posteriores constitui-se em forte tendência atual. É desejável que estas restaurações apresentem-se, após seu acabamento, com baixa rugosidade superficial. Considerando os efeitos da rugosidade superficial no resultado final da restauração, esta pesquisa quantificou os valores de rugosidade de superfície das seguintes resinas: Z100 - 3M (Z1), Alert - Jeneric Pentron (AL), Alert Nova Fórmula - Jeneric Pentron (ALN), Solitaire – Kulzer (SOL), Sculpt-it - Jeneric Pentron(SCU), Definite – Degussa(DEF), Pyramid Esmalte – Bisco (PYE), Pyramid Dentina – Bisco (PYD), Filtec P 60 -3M (P6), Filtec Z 250 -3M (Z2), Surefil – Dentsply (SU). Para cada resina, foram confeccionados 3 corpos de prova (CP), com dimensões de 5mm x 2mm x 1mm, que após um período de 24 horas em água destilada, foram embutidos em resina acrílica e regularizados na politriz Struers. Para o polimento final foi utilizado o sistema Viking (KG Sorensen), seguido de escova de Robinson com as pastas Poli I, Poli II e Foto Gloss (KOTA). Para a avaliação da rugosidade foram realizadas 5 leituras para cada CP, em um rugosímetro (Mytutoyo –Surf Test 301) com escala Ra. Os resultados estão dispostos na tabela abaixo:

             ALE             ALN             SU             PYD             Z 1             PYE             Z2             DEF             SOL             P6             SCU             Tukey            

             0,7             0,58             0,41             0,25             0,18             0,17             0,15             0,14             0,12             0,1             0,07             0,23            

As resinas compostas condensáveis apresentaram diferentes graus de rugosidade variando entre 0,7 mm para a resina Alert e 0,1 mm para o material P60.

B303

Avaliação comparativa da dureza superficial de três compósitos em função do tempo decorrido após a polimerização.

M.E.B. BAGLIONI-GOUVÊA*, P.C. PACINI, R.M. PUPPIN-RONTANI, L. CORRER-SOBRINHO, R.S. CENTENARO

Áreas de Odontopediatria e Materiais Dentários – FOP/UNICAMP - (019) 433-3606

O propósito deste estudo foi avaliar a influência do tempo de armazenamento (24hs e 7 dias) na dureza superficial de 3 tipos de compósitos fotopolimerizáveis: Z 100 (3M), TPH (Dentsply) e Helio Progress (Vivadent), através do grau de dureza Knoop (KHN). Foram confeccionados 10 corpos de prova cilíndricos (diâmetro – 5,0 mm; altura - 2,5 mm), para cada material. A inserção do material foi realizada em incrementos de volumes iguais, fotopolimerizando cada incremento individualmente por 40 segundos. Após a inserção do segundo incremento, foi colocada matriz de poliéster sobre a resina, previamente à polimerização. Os corpos de prova foram mantidos em água destilada, em estufa a 37oC, por 24hs e 7 dias. Previamente à análise de dureza, as amostras foram polidas com lixas (180, 400 e 600 de granulação) e pasta de diamante (3 mm e 1mm). Foram realizadas 5 penetrações em cada amostra utilizando máquina  Durimet (Leitz Wetzear), com carga de 100 gramas por 30 segundos. Os resultados  foram submetidos à análise de variância e ao Teste de Tukey (p<0,05). Os autores verificaram diferenças estatisticamente significantes entre as médias de dureza superficial para os compósitos Z100 (113,4), TPH (59,9) e Helio Progress (38,2) em 24hs. O mesmo foi observado para a análise aos 7 dias sendo que o maior número de dureza foi apresentado pelo compósito Z100(101,5) seguido por TPH (70,8) e Helio Progress (31,5). Comparando-se a dureza superficial aos 7 dias e 24 hs, observou-se diminuição nos valores médios para os compósitos Z 100 (101.5) e Hélio Progress (31.5).Entretanto, o oposto foi encontrado para o compósito TPH, os valores encontrados  após 7 dias foram maiores que os da primeira avaliação, em 24 horas.

B304

Resistência da união metaloplástica das resinas artglass e dentacolor. 

L. S. A. TAROZZO*, M. G. C. MATTOS, R. F. RIBEIRO, O. L. BEZZON, M. SEMPRINI

Departamento de Materiais Dentários e Prótese / FORP - USP / (016) 602.3000 R:4005

Uma união segura entre os sistemas resinosos e as estruturas metálicas de próteses é de total importância para o sucesso dos tratamentos reabilitadores orais (Rothfuss et al., J. Prosthod. Dent, 79:270-2, 1998). O objetivo deste trabalho foi analisar a resistência ao cizalhamento da união metal-resina empregando-se 5 tipos de retenção na estrutura metálica: retenção química; retenção mecânica com esferas 0,4 mm; retenção mecânica com esferas 0,6 mm; associação química/mecânica com esferas 0,4 mm, associação química/mecânica com esferas 0,6 mm; em 2 ligas comerciais de NiCr: Wiron 99 e Wirocer; e 2 tipos de resinas: Dentacolor e Artglass. A resistência ao cizalhamento foi realizada em uma amostra contendo 120 corpos-de-prova cilíndricos de resina unidos na extremidade de 1 haste de metal de 6 mm de comprimento e 3 mm de diâmetro incluídos em 1 anel cilíndrico de gesso pedra, e levadas até uma máquina universal de teste de cizalhamento. A técnica utilizada foi a de SHELL & NIELSEN (J. Dent. Res. 41: 6, 1962) adaptada por BEZZON (Tese Livre-Docência. Ribeirão Preto. FORP-USP, 1995). Os resultados obtidos foram analisados estatísticamente, com o software GMC, versão 7.1, a análise de variância e o teste de Tukey foram utilizados. A resistência da união metal-resina mostrou diferença estatisticamente significante entre as retenções testadas, entretanto, não houve diferença estatisticamente significante entre as ligas e as resinas, para o nível de significância de 1%. (FAPESP) – Processo no 98/ 13106-0.

B305

Acuidade dimensional de modelos obtidos em resina epóxica e gesso. 

D. M. RODRIGUES*; R. F. RIBEIRO, R. C. S. RODRIGUES, D. G. FRIZZAS 

Depto. de Materiais Dentários e Prótese – FORP-USP – (016)602-4005 - rribeiro@forp.usp.br

Os gessos odontológicos são o material mais utilizado na confecção de modelos e troquéis para fabricação de restaurações indiretas. Alguns trabalhos relatam vantagens da resina epóxica em relação ao gesso: excelente reprodução de detalhes, alta resistência à compressão, fratura e desgaste. O objetivo deste estudo foi avaliar a alteração dimensional de modelos de resina epóxica (Sikadur 32, Sika) e de gesso pedra tipo IV (Vel-Mix, Kerr). Foi obtido um molde de silicone (Elite Double, Zhermack) de um manequim odontológico com quatro pilares metálicos sextavados, simulando um arco parcialmente desdentado. A partir do molde foram obtidos modelos em gesso e resina epóxica, vazados na região correspondente aos dentes, complementados por uma base em gesso pedra tipo III. Todos os materiais foram manipulados de acordo com as instruções dos respectivos fabricantes. Os materiais utilizados foram proporcionados com o mesmo peso, sendo a resina epóxica preparada com proporção de 2:1 entre base e catalisador. Para cada modelo foram determinadas 06 medidas, tomadas com paquímetro digital (Mitutoyo) pelo lado externo dos pilares e denominadas: A-B, A-C, A-D, B-C, B-D e C-D. Submetendo os dados à análise estatística, análise de variância complementada pelo teste de Tukey, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os modelos de resina epóxica e gesso. Destacamos que a resina epóxica determina uma tempo muito maior para sua polimerização, o que pode acarretar dificuldades quando trabalhamos com materiais de moldagem que requerem vazamento imediato e condições específicas de armazenagem. Dentro dos parâmetros utilizados neste estudo podemos concluir que a resina epóxica constitui material indicado para a confecção de modelos odontológicos. Novos estudos, no entanto, são necessários para avaliar outros aspectos que não a acuidade dimensional.

B306

Fundibilidade de uma liga de cobalto-cromo sob técnica de inclusão mista.

D. G. Frizzas*,   A. F. P. Carreiro, R. F. Ribeiro, M. G. C. Mattos, O. L. Bezzon 

Depto. de Materiais Dentários e Prótese – FORP - USP – (016)602-4005 - rribeiro@forp.usp.br

Inúmeros trabalhos foram realizados para melhorar a fundibilidade das ligas de cobalto-cromo, modificando sua copmosição ou desenvolvendo novas técnicas que melhorassem o processo de fundição. Carreiro et al. (Rev. Odontol. USP, no prelo) verificaram a capacidade de reprodução de detalhes e a textura superficial proporcionada por 3 revestimentos: Knebel (aglutinado por sílica), Termocast e Wirovest (aglutinados por fosfato), sob duas temperaturas de aquecimento do molde (900o  e 950o C). Concluíram que o revestimento de sílica, embora permitisse 100% de reprodutibilidade da tela, apresentava maior quantidade de nódulos que o revestimento fosfatado. Neste trabalho objetivamos a experimentação de uma técnica dupla de inclusão utilizando os 2 tipos de revestimento na busca de uma melhor qualidade da superfície metálica. Para a realização do ensaio foi utilizado o método descrito por Hinman et al. (1984). Foram obtidos 24 corpos-de-prova incluídos totalmente em revestimento fosfatado (Termocast e Wirovest) e 24 numa inclusão mista de revestimento fosfatado e sílica (Termocast/Knebel e Wirovest/Knebel). Para a inclusão mista, os corpos-de-prova foram inicialmente incluídos em revestimento fosfatado dentro de uma matriz de silicone e, após a presa desse revestimento, a inclusão foi completada com revestimento à base de sílica. A fundição foi realizada sob chama de gás-oxigênio. Após a desinclusão os corpos-de-prova foram jateados com óxido de alumínio. Submetendo os dados à análise estatística não-paramétrica pelo teste de Kruskal-Wallis foi observada diferença estatisticamente significante ao nível de 0.1%. A análise dos dados obtidos para este estudo permite concluir que a técnica de inclusão mista melhora significativamente os resultados de fundibilidade da liga de cobalto-cromo com boa qualidade superficial.

B307

Influência dos agentes cimentantes na remoção de coroas fixadas à núcleos metálicos.

L. H. M. PRATES*, S. CONSANI, M. A. C. SINHORETI, M. F. DE GOES,

UFSC e Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP - (048) 960-4515

O propósito do estudo foi avaliar o comportamento de 4 cimentos sobre a resistência à remoção, por tração, de coroas totais fundidas fixadas sobre preparos em núcleos metálicos fundidos. Foram utilizados 28 preparos padronizados para coroas totais, com expulsividade de 8o, diâmetro cervical de 9 mm, ombro de 0,75 mm e altura de 5 mm, fundidos em liga de prata (Pratalloy - Degussa) com técnica padronizada. Os preparos, montados em tubos de PVC com resina acrílica, foram moldados com silicona por adição (Express, 3M) e os enceramentos realizados em troquéis de gesso tipo IV (Vel Mix, Kerr). As coroas totais em liga de paládio/prata (Pors On 4, Degussa) foram confeccionadas com uma alça oclusal, através de técnica de fundição padronizada. Após a limpeza das coroas e núcleos com jato de óxido de alumínio (50 mm), os corpos-de-prova foram divididos em 4 grupos de 7. No Grupo 1 as coroas foram fixadas com cimento de fosfato de zinco (SS White) (controle). No Grupo 2 foi utilizado o ionômero de vidro convencional (Ketac Cem, ESPE). No Grupo 3 foi utilizado o ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer, 3M) e no Grupo 4, cimento resinoso e adesivo (Cimento de Resina e Scotchbond, 3M). Os materiais foram manipulados de acordo com os fabricantes e após 24 horas a amostra recebeu 500 ciclos nas temperaturas de 5 e 55o C. Os testes de remoção, por tração, foram realizados em máquina Instron com velocidade de 1 mm/min. Os resultados, em Kg, analisados por ANOVA e teste de Tukey (p £ 0,05) demonstraram semelhança entre os grupos 2 (125,94) e 3 (120,92), o mesmo ocorrendo entre os grupos 3 (120,92) e 4 (106,53). Por outro lado, o Grupo 2 (125,94) foi superior ao grupos 4 (106,53) e 1 (73,05 ).

FAPESP, Processo no 98/02531.   

B308

Grau de polimerização e dureza Knoop de resinas compostas.

C.M.L.S. CARVALHO *, M.F. DE GÓES, P.E.C. PERES, M.A  C. SINHORETI

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP – São Paulo - (019) 430-5345

O objetivo do trabalho foi avaliar a profundidade de polimerização de resinas compostas com composição orgânica e inorgânica modificadas, através da microdureza Knoop. Foram confeccionadas 5 amostras para os materiais divididos nos grupos: 1- Z100 (3M), 2- Alert (Jeneric/Pentron), 3- P60 (3M), 4 - Filtek Z250(3M) e  5 – Solitaire ( Kulzer). O material foi inserido em um só incremento em matriz cilíndrica de 5mm x 5mm e polimerizado com aparelho (XL1000-3M – 500mW) por 40 segundos. As amostras foram  armazenadas ao abrigo da luz a 37 oC em umidade relativa por 24 horas. Em seguida, as amostras foram fixadas a bases de resina acrílica, desgastadas longitudinalmente até a região central, polidas com lixas de granulação 400, 600, 1200, panos com pasta diamantada de 6, 3 e 1 mm e limpas em banhos de água destilada sob ultrassom entre cada procedimento. O ensaio de dureza  Knoop foi realizado com o aparelho Shimadzu HMV – 2000, carga de 25g com 4 impressões nas profundidades 1, 2, 3 e 4mm com distância de 1mm entre si. A análise de variância e o Teste de Tuckey foram aplicados ( p< 0,05). Para o grupo 1, os valores de dureza à 1mm foram estatisticamente diferentes em relação a 4 mm. Os demais grupos apresentaram diferença nos níveis de profundidade. Os valores de dureza dos grupos 3 e 4 não foram estatisticamente diferentes entre si e apresentaram diferença em relação aos demais. Os grupos 1, 2 e 5 são estatisticamente diferentes entre si. A ordem decrescente de dureza é: Alert > Z100 > P60 = Filtek Z250 > Solitaire. As resinas compostas mantiveram o valor de dureza nas profundidades de até 4 mm, exceto o grupo 1.

B309

Avaliação in vitro de algumas propriedades de cimentos resinosos.

R. C. FRAGA*,L. R. LUCA-FRAGA, L. A. F. PIMENTA: 

Depto de Odontoclínica, UFF; Depto. de Odontologia Restauradora, UNICAMP. – Brasil - Fone: 021-711-3896

Os cimentos resinosos têm demonstrado propriedades superiores aos cimento fosfato de zinco (Gorodovsky & Zidan. J Prosthet. Dent. 68: 269-74, 1992; Tjan & Li t. J Prosthet. Dent. 67: 478-84, 1992; Van Meerbeek et al  J. Oral Rehabil. 21, 57-66, 1994; White & Yu Z. J.  Prosthet. Dent. 68, 49-52, 1992). Este estudo teve como propósito testar três cimentos resinosos, utilizando-se um cimento a base de fosfato de zinco como controle, avaliando-se a capacidade de escoamento(9 repetições de cada grupo) pelo método de compressão entre duas placas de vidro; a degradação hidrolítica(12 repetições) através de pesagem antes e após o armazenamento em água destilada; e a radiopacidade(4 repetições), utilizando-se escores atribuídos por 3 examinadoresà radiografias em um estudo cego. A análise estatística dos resultados dos testes de escoamento e de hidrólise foi realizada através de análise de variância em nível de 5%. O teste de radiopacidade foi analisado estatisticamente pelo método de Mann-Whitney em nível de 5%. No teste de escoamento não foi observada diferença significativa entre os materiais incluídos neste estudo. Com relação à  hidrólise, o cimento fosfato de zinco apresentou um valor significativamente superior aos cimentos resinosos. O teste de radiopacidade indicou diferença estatisticamente significante entre todos os materiais testados, com o cimento fosfato de zinco apresentando um grau superior aos cimentos resinosos. Apesar da maior radiopacidade do cimento fosfato de zinco, os resultados dos outros testes sugerem que a aplicação de cimentos resinosos associados aos sistemas adesivos pode melhorar a performance das restaurações indiretas

B310

Radiopacidade de materiais restauradores estéticos comparados à estrutura dental.

A. T. HARA*, M. C. SERRA, F. HAITER-NETO, A. L. RODRIGUES Jr.

FOP UNICAMP / FOAr UNESP - e-mail: mcserra@fop.unicamp.br

A proposta deste estudo foi avaliar, quantitativamente, a radiopacidade de treze materiais restauradores, sendo um ionômero de vidro convencional (A-Ketac-fil/Espe), três ionômeros de vidro modificados por resina (B-Fuji II LC/GC Corp.; C-Photac-fil/Espe; D-Vitremer/3M), seis resinas compostas modificadas por poliácidos (E-Compoglass/Vivadent; F-Dyract/Dentsply; G-Freedom/SDI; H-F2000/3M; I-Resinomer/Bisco; J-Variglass/Dentsply) e três resinas compostas (L-Durafil VS/Kulzer; M-Tetric ceram/Vivadent; N-Z100/3M), em relação à estrutura dental. Confeccionaram-se vinte e um corpos de prova de cada material, com 2-mm de espessura por 4,5-mm de diâmetro. Utilizou-se um padrão dental nas mesmas dimensões, apresentando espessura de 1-mm em esmalte e 1-mm em dentina. Essas unidades experimentais foram aleatoriamente dispostas ao redor de uma escala de alumínio - com dez níveis de espessura - sobre películas radiográficas, e posteriormente radiografadas e processadas em condições padrões. A radiopacidade foi determinada por fotodensitometria. As médias para cada material foram: A: 1,45; B: 0,30; C: 0,46; D: 0,57; E: 0,25; F: 0,27; G: 0,79; H: 0,60; I: 1,16; J: 0,02; L: 1,53; M: 0,25; N: 0,47; e para o padrão dental: 0,85. Empregando-se a ANOVA e o Teste de Tukey obteve-se que,  em relação à radiopacidade, J > E = M = F = B > C = N = D = H > G = padrão dental > I > A = L. Concluiu-se que a radiopacidade de materiais restauradores estéticos não pode ser atribuída às suas diferentes classes. Materiais restauradores menos ou tão radiopacos quanto a estrutura dental devem ser evitados para restaurações em dentes posteriores.

 

Apoio Fapesp (proc. nº 97/12862-2)

B311

Avaliação da rugosidade e placa dental em cerâmicas após polimento.

C. C. L. MENDONÇA*, L. A. M. S. PAULILLO, J. A. CURY,C. T. DIAS

Departamento de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP (019)4305340

Em situações de grandes destruições coronárias, restaurações do tipo “onlay/inlay” cerâmicas são indicadas, preenchendo os requisitos estética e função. Porém, ajustes oclusais devem ser realizados após a cimentação, levando ao maior desgaste nos dentes antagonistas e acúmulo de placa dental. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a rugosidade, através de rugosímetro(Ra) de cerâmicas submetidas a acabamento e polimento, e o acúmulo de placa dental in situ em espectrofotometria nessas mesmas superfícies. Os cilindros cerâmicos foram divididos nos grupos experimentais: Sistema Kota (SK); Pasta diamantada (PD); Sistema Enhance (SE); Sistema Viking (VK); Ponta diamantada FF (FF); “glaze” final (C+); Ponta diamantada 2135 (C-). Os resultados obtidos através do Teste de Duncan para rugosidade foram: C- 1,185 (a); FF 1,007 (b); SE 0,964 (c); SK 0,937 (c,d); PD 0,912 (d); VK 0,911 (d); C+ 0,794 (e) e mostraram que os procedimentos realizados não foram capazes de promover a lisura superficial do “glaze” final. Para o estudo in situ foram confeccionadas placas palatinas, e posicionadas sete amostras correspondendo aos grupos experimentais. Nove voluntários utilizaram os dispositivos intra-orais durante três dias por semana, num total de sete semanas. Os aparelhos foram imersos em sacarose 20% para estimular a formação de placa dental, e após os períodos de utilização, esta foi extraída e quantificada. Os resultados obtidos através do Teste Duncan para oteste in situ foram: C- 0,513 (a); SE 0,512 (a); SK 0,502 (a); C+ 0,500 (a); FF 0,499 (a); PD 0,480 (a); VK 0,474 (a) e portanto não demonstraram diferença estatistica significativa em relação ao acúmulo de placa dental, entre os diferentes materiais de acabamento e polimento.         

Apoio financeiro FAPESP – Processo 97/05876-7                       

B312

Efeito do ângulo de convergência e dos cimentos na resistência à fratura de coroas In ceram.

L. CORRER SOBRINHO *, J.C. KNOWLES , S. CONSANI, M.A.C. SINHORETI

Departamento de Materiais Dentários - FOP/UNICAMP,BR e Eastman Dental Institute, UK - (019) 430-5348

O propósito deste estudo foi comparar a resistência à fratura de coroas In Ceram confeccionadas com ângulos de 8° e 16° de convergência oclusal total, fixadas sobre preparos com os cimentos de fosfato de zinco e ionômero de vidro RGI-Lutrex e Vivaglass Cem. Trinta coroas com 8 mm de diâmetro por 8,5 mm de altura foram confeccionadas para cada tipo de preparo em troquéis de metal, com aproximadamente as mesmas dimensões de um premolar. As coroas In Ceram foram fixadas sobre os troquéis de metal com os cimentos de fosfato de zinco e ionômero de vidro RGI-Lutrex e Vivaglass Cem. Todas as amostras foram armazenadas em água destilada a 37°C por 24 horas antes dos testes. Em seguida, as coroas foram submetidas ao teste de fratura numa máquina de teste universal (Instron) a uma velocidade de 1,0 mm/min.. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Mann-Whitney ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados indicaram que (1) – Não houve diferença estatística nos valores de resistência à fratura entre os preparos de 8° e 16° usando o mesmo tipo de cimento (Fosfato de zinco:  8o - 1883 N e 16o 1916 N; RGI-Lutrex: 8o 1145 N e 16o 1156 N; e Vivaglass Cem: 8o 1046 N e 16o 1150 N; (2) – As coroas fixadas com o cimento de fosfato de zinco sobre os preparos com 8° e 16° de convergência oclusal total (1883 N e 1916 N) foram significantemente mais resistentes do que aquelas fixados com os cimentos de ionômero de vidro  RGI-Lutex (1145 N e 1156 N) e Vivaglass Cem (1046 N e 1150 N) p<0,05.

 

Apoio financeiro da FAPESP - Processo 96/4208-8

B313

Tempo de condicionamento dentinário e sistemas adesivos: influência na microinfiltração marginal.

A . M. F. ARANHA* , E. A. CAMPOS, S. T. PORTO NETO, R. MAGNANI

Departamento de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP - (016) 232-1233 / r.123

A microinfiltração marginal é um dos fatores que mais tem chamado a atenção de pesquisadores e clínicos em Odontologia Restauradora. A adesão dos materiais restauradores à dentina ocorre através de sistemas adesivos que penetram no interior da dentina condicionada, com conseqüente obtenção de uma união micromecânica. O objetivo deste trabalho foi avaliar “in vitro” a microinfiltração marginal em cavidades classe V, em função de dois sistemas adesivos e do tempo de condicionamento do esmalte e dentina. Foram preparadas 40 cavidades classe V, nas faces V e L dos molares selecionados, sendo restauradas por resina composta híbrida TPH, utilizando-se dois sistemas adesivos, Single Bond e Prime & Bond 2.1 e variando-se o tempo de condicionamento com o ácido fosfórico 36%, 15s e 30s. Após a conclusão das restaurações, acabamento e polimento, os dentes foram isolados e submetidos a termociclagem em água e armazenados, posteriormente, durante 24 h na solução de rodamina B 0,2% a 37ºC. A microinfiltração marginal foi avaliada por inspeção visual através da lupa estereoscópica ZEiss (20x). Os dados foram submetidos à análise estatística não-paramétrica de Kruskall-Wallis ao nível de significância de 5%.De acordo com os resultados, pode-se concluir que nenhum sistema adesivo associado a resina composta foi capaz de evitar a microinfiltração marginal cervical e o sistema Prime & Bond 2.1 apresentou–se com melhor resultado para o tempo de 30s.

 

Apoio Financeiro: FAPESP

B314

Influência da escovação na dureza Knoop e rugosidade de materiais restauradores estéticos.

H. P. O.  BELLOTI*, S. CONSANI, L. CORRER SOBRINHO, M.A.C. SINHORETI

Departamento de Materiais Dentários – FOP – UNICAMP - Brasil - (019) 430-5348

O propósito deste estudo foi investigar a influência da escovação mecânica na dureza Knoop e rugosidade de superfície do Charisma e Artglass sob diferentes polimerizações. Vinte amostras com 7mm de diâmetro foram feitas em uma placa de teflon com 2,5mm de espessura, sendo o Charisma  polimerizado por 40 segundos. Dez receberam polimerização adicional pela água a 100o C, por 5 minutos. Dez amostras do Charisma e dez do Artglass foram polimerizadas no forno Uni-XS por 180 segundos. Cinco amostras de cada tratamento receberam acabamento e polimento e 5 não receberam (controle). A dureza Knoop foi efetuada no aparelho HMV-2000, com carga de 50 g por 30 segundos. Cinco penetrações foram feitas em cada amostra. A rugosidade foi verificada com o aparelho Prazis-Rug, antes e após as amostras serem submetidas a 30.000 ciclos numa máquina de escovação Equilabor. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste de Tukey (5%), e indicaram que: (1)-A rugosidade do Charisma polimerizado por luz (0,146mm) foi superior em relação ao Charisma com polimerização adicional pelo calor (0,132mm), Charisma polimerizado no forno Uni-XS (0,088mm) e Artglass (0,096mm) antes da escovação sem polimento, enquanto o Artglass foi mais rugoso após a escovação; (2)- A rugosidade após o polimento (antes e após a escovação) foi significantemente maior no Artglass (0,358mm) do que no Charisma polimerizado no forno Uni-XS (0,214mm); (3)-A dureza Knoop para o Charisma-forno Uni-XS (48,84) e Artglass (42,53) sem polimento antes da escovação foi significantemente maior do que no Charisma-luz (34,78) e calor (29,04). Após o polimento e escovação, a dureza do Charisma-forno Uni-XS (54,70) e do Charisma-calor (53,24) foi significante maior do que o Artglass (45,44) e o Charisma-luz (34,46).

B315

Influência do tratamento térmico nas propriedades mecânicas de resinas compostas fotopolimerizáveis.               

P. C. CARDOSO*, P. BURMANN, I. CORRÊA, T. MELLO, L. ANZILIERO   

Programa Iniciação Científica em Odontologia UFSM-USP - capel@fo.usp.br

Novos métodos para otimizar o grau de polimerização das resinas compostas vêm sendo propostos. Neste sentido, é possível melhorar as propriedades mecânicas das resinas compostas através de processos de pós-polimerização, que geralmente envolvem uma polimerização secundária por calor e/ou por fotopolimerização intensa. Entretanto, a polimerização complementar nem sempre constitui-se em alternativa de uso clínico viável. O presente estudo analisou a influência de um tratamento térmico pós-polimerização (TTP) sobre a microdureza e a resistência à flexão das resinas compostas: Z100 -3M (Z1), Definite - Degussa (DE), Filtec Z250 - 3M (Z2), e Heliomolar - Vivadent (HE). Os corpos de prova (CPs), 5 para cada condição experimental, foram confeccionados para os respectivos ensaios, de acordo com os padrões correntemente aceitos e discutidos na literatura. A fotopolimerização seguiu a recomendação dos fabricantes. Metade dos CPs foi levada à uma autoclave (Dabi Atlante) por 16 minutos à temperatura de 132 o C, sob pressão de 2,3 Kgf/cm2. Os ensaios de resistência à flexão e microdureza Knoop foram conduzidos de acordo com os padrões correntemente aceitos na literatura. A média dos resultados são encontrados na tabela abaixo:

                                       Z1             Z1+TTP             Z2             Z2+TTP             HE             HE+TTP             DE             DE+TTP            

Flexão (MPa)                          125,0             175,9                          174,2             195,1                          92,3             117,2                          105,9             162,4            

Microdureza                           133,6             191,8                          86,0             117,7                          39,6             61,2                          99,3             181,3            

A análise estatística dos dados (ANOVA e Tukey) indicou que o TTP elevou os valores de microdureza Knoop e resistências à flexão de todos os materiais testados (p<0,01).

B316

Estudo comparativo “in vitro” da dureza superficial de um cerômero (Targis-Ivoclar) frente à ação de soluções ácidas.

J. FALCON,  A. MARTINEZ, M.A. SARAVIA, J. POWERS

Faculdad de Odontologia, Univ. Per. Gayetano Heredia, Lima-Peru-Centro de Investigações de Biomateriais de Houston, U.S.A.- (0051) 13365934

O objetivo deste estudo foi comparar a ação de diferentes soluções ácidas na dureza superficial do cerômero Targis (Ivoclar). Foram elaboradas 18 espécimes de 16 x 10 x mm, segundo as recomendações do fabricante, foram usados 3 espécimes para cada grupo. Os espécimes foram submersos em cada solução durante alguns minutos. Gr. I: Controle (5min.); Gr. II: Sumo de limão (Citrus limonum) (5min.); Gr. III: Coca Cola (5 min.); Grupo IV: Café (Nescafé) (5 min.); Gr. V: ácido fluorídrico 7% (Ultra dent); Gr. VI: Flúor fosfato acidulado 1,23% em espuma (Sultán APF) (4 min.). Os espécimes foram lavados com água, depois se utilizaram o durômetro de Vickers (10 kg) e se realizaram 15 testes para cada grupo (n=15).

Os resultados mostraram x, desvio padrão (DS), coeficiente de variância (CV), ph (_)

                          Control                          G-II (2.47)   G-III (2.65)   G-IV (5.12)   G-V (2.00)   G-VI (3.00)  

X                        60.79                          60.23                          60.65                          59.94                          57                          58.77            

D.S.                   2.65                          1.52                          1.29                          1.19                          1.69                          0.92            

C.V.                   4.37%                          2.52%                          2.13%                          1.98%                          2.96%                          1.57%            

O teste de Anova mostrou diferenças altamente significativas (p<0.001) entre todos os grupos. O teste de Scheffe mostrou diferenças estatísticas altamente significativas entre o grupo V e os grupos II, III e IV. Entre o grupo V e grupo VI não mostrou diferenças significativas (p< 0.05). O ácido fluorídrico e flúor fosfato acidulado 1.23% em espuma (Sultán APF) produzem uma diminuição da dureza superficial neste cerômero.

B317

Remoção de manchas brancas através da técnica de microabrasão.

L. D. P. SIMOM*, M. R. C.VARGAS, D. DANTAS, R. UCHÔA, M. N. CORREIA

Odontologia Restauradora – FOP/UPE - (081) 458 1208

Foi realizado um estudo clínico comparativo de substâncias (ácido fosfórico a 37% e pedra pomes extra fina) para tratamento de lesões de manchas brancas em pacientes de ambos os gêneros na faixa etária de 09 a 15 anos provenientes da clínica da graduação e da Disciplina de Dentística e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Pernambuco – FOP/UPE. O procedimento inicial consistiu da seleção dos pacientes dentro de critérios pré-estabelecidos, orientação de higiene bucal e controle da placa bacteriana. As lesões selecionadas foram em número de 36, divididos em um grupo experimental com 20 lesões e grupo controle com 16 lesões. O tratamento foi comum a ambos os grupos diferindo no grupo controle, onde foi aplicada uma camada de flúor por 4 minutos a cada sessão enquanto que no grupo experimental esta etapa ficou por conta da remineralização salivar. O tempo de tratamento foi de seis sessões. Os dados colhidos a cada sessão eram codificados em ficha para análise estatística aos quais foram aplicados o teste de Comparação de Proporção Parcial ou Total, onde os dados estatísticos na pesquisa suportam as seguintes conclusões, a técnica de microabrasão associada com ácido fosfórico a 37% é efetiva para o tratamento de lesões de manchas brancas independente do uso ou não do flúor, sendo que os procedimentos em que o flúor foi aplicado houve o desaparecimento da lesão antes do grupo experimental.

B318

Avaliação da microdureza superficial de resina composta curada por LED 468nm.

C. KURACHI*, R. F. Z. LIZARELLI, V. S. BAGNATO                      

Depart. de Física e Ciência dos Materiais – Instituto de Física de São Carlos (USP) - Telefone: (016) 271-2012, cristina@ifsc.usp.br

A resina composta dental é um material restaurador de grande aplicação clínica. Um dos métodos de avaliação do grau de polimerização da resina composta é o teste de microdureza. Os autores compararam a microdureza do material curado por um diodo emissor de luz (tipo LED), com um pico de emissão em 468 nm (azul-violeta), e por um aparelho de fotopolimerização odontológico (K&M – São Carlos). Os parâmetros de utilização do LED foram: 3,5 V, 40 mA, resultando em 4,3 mW. Foram confeccionadas 5 amostras (Z100 cor A3 – 3M do Brasil) de cada grupo experimental sendo: I controle (lâmpada convencional – 40s), II (LED 40s), III (LED 60s), IV (LED 120s), V (LED 180s) e VI (LED 240s). O teste de microdureza foi realizado no aparelho mhp Microhardness Tester, aplicando uma carga de 160 g durante 30 s. Em cada amostra foram feitas 3 identações, após a leitura obteve-se a média das diagonais e aplicou-se a fórmula: MHV=1854,4xP/d2. A avaliação da microdureza como função do tempo de exposição demonstra que o LED obtém MHV dentro da faixa de valores obtidos pela lâmpada, a partir de 125s. A microdureza média dos materiais curados pelas duas fontes de luz se equivalem no tempo de 180s do LED. Esse resultado deve-se provavelmente à diferença entre as potências das duas fontes de luz, a lâmpada com 475 mW/cm2 e o LED com cerca de 11 mW/cm2. Concluímos que é possível a polimerização da resina composta com o LED (468 nm). O tempo de cura pode ser diminuído se certos parâmetros de utilização forem alterados. O uso de LEDs na cura de resinas pode vir a representar grandes simplificações em custo e instrumental neste tipo de processamento, podendo levar à outras aplicações para as resinas fotocuradas.

Apoio Financeiro: FAPESP, PRONEX e PADCT.

B319

A história do amálgama chegou ao fim?

C. B. B. FORTES*, S. M. W. SAMUEL 

Departamento de Odontologia Conservadora, Faculdade de Odontologia - UFRGS - (051)328-29-82 fortes@adufrgs.ufrgs.br.

O objetivo deste estudo  foi avaliar a frequência do uso de restaurações de amálgama na unidade SEDE do SESC de Porto Alegre. Foram analisadas 23.141 restaurações confeccionadas no segundo semestre de 1998. A análise dos dados mostrou que neste período foram realizadas 9.011(39%) restaurações de amálgama, 12.670 (55%) restaurações de resina composta e 1.460 (6%) restaurações de cimento de ionômero de vidro. As restarações de amálgama foram utilizadas em dentes posteriores, tanto em crianças quanto em adultos, as restaurações de resina composta foram utilizadas em dentes anteriores e posteriores e as restaurações com cimento de ionômero de vidro foram  utilizadas basicamente em crianças, tanto em dentes anteriores como em posteriores. Este resultado contraria a opinião de alguns especialistas de que o amálgama não sobreviveria até o final do século XX. Apesar da sua falta de estética, da sua falta de adesão à estrutura dentária, das considerações a respeito da toxicidade do mercúrio e da versatilidade de outros materiais, o amálgama não foi eliminado da Odontologia, principalmente devido ao seu baixo custo e durabilidade. Baseado neste estudo pode-se concluir que o amálgama ainda é um material restaurador de escolha, pois foi utilizado em 39% das restaurações.  Portanto, este material deve ser ensinado e valorizado, pois ocupa um importante lugar na Odontologia Restauradora. Os resultados desta pesquisa são válidos para a amostra descrita (23.141) e não devem ser tomados como universais, mas podem levantar indícios para amenizar algumas inquietações abordadas neste trabalho.

B320

Microinfiltração em restaurações classe V feitas com materiais restauradores híbridos.

M. R. L. RAGAZZI*; C. C. A. OLIVEIRA; R. R. BRAGA

Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia USP-SP - Fax (011) 818-7840

O objetivo do trabalho foi avaliar o grau de microinfiltração em restaurações classe V, com margens em esmalte e dentina, feitas com vários materiais híbridos. Foram testados dois ionômeros modificados, Fuji II LC (F) e Vitremer (V), e três compômeros, Dyract AP (D), Compoglass F (C) e F2000 (F2), sendo que estes foram testados com e sem condicionamento ácido. A resina composta Z100 (Z) foi utilizada como controle. Foram utilizados 41 molares, nos quais foram preparadas cavidades nas faces vestibulares e linguais. Os dentes restaurados foram submetidos a ciclagem térmica (700 ciclos, entre 5oC e 55oC). A solução de Ag NO3 a 50% foi usada como traçador. Cada restauração foi seccionada em duas regiões, fornecendo quatro faces para avaliação. Os graus de microinfiltração atribuídos variaram entre 0 (ausente) a 4 (traçador atingindo a parede axial).

             0                1               2                    3                                   4                                                0                         1                         2                       3                       4                        

             e       d       e       d       e       d       e       d       e       d                   e       d      e       d       e       d       e       d       e       d          

Z           3               -       5       3       1       3              -        1                 -      2           D s/           2       1                       7       2       -        -        -        1       -       5          

V          1               -       7       6       1       2              -        1                      -      -                           D c/     4       -             5       2       -        2       -        4       -       1          

F           -               -       9       1       -       5              -        3                 -      -                           F2 s/    3       -             5       1       -        2       1       3       -       3          

C s/       1               -       6       2       -       4              -        -        -      1               F2 c/    5       -       4       6       -        2       -        1       -               -

C c/      5               -       4       4       -       -              -        3                 -      1          

Feito o teste de Kruskal-Wallis, verificou-se que: todos os materiais testados apresentaram menor infiltração em esmalte do que em dentina. O condicionamento ácido não alterou o grau de infiltração dos compômeros. O Vitremer comportou-se melhor em dentina do que o Fuji II LC.

B321

Microdureza e profundidade de polimerização de resina composta condensável: laser x luz halógena.

F.S. NAUFEL, M.L. TURBINO, A MIRAGE; E. MATSON

Dentística, Fac Odontologia–USP–São Paulo-(011)8187839.

A evolução das resinas compostas levou ao uso de resinas condensáveis para restaurações de dentes posteriores. Como uma das vantagens desses materiais, os fabricantes têm apontado a maior profundidade de polimerização, possibilitando o uso de incrementos de até 5mm de espessura. O uso do laser vem se difundindo rapidamente, sendo o laser de Argônio o indicado para polimerização de resina composta. Neste estudo foi avaliada a microdureza Vickers de uma resina condensável (Alert), comparada com uma híbrida (Z100) polimerizadas com luz halógena a 40 segundos e com laser de Argônio a 10, 20 e 30 segundos. Essas medidas foram feitas nas profundidades de 0.5, 1.5, 2.5, 3.5 e 4.5mm. Os resultados mostraram que a resina Alert mostrou redução significativa de dureza a partir da profundidade de 3.5mm para a luz halógena (40 segundos) e laser a 10 segundos. Para laser a 20 e 30 segundos a redução mais acentuada se deu apenas a 4.5mm. A resina Z100 apresentou dureza maior que a Alert na profundidade de 0.5mm tanto para luz halógena como laser. Porém com luz halógena a redução na dureza ocorreu a partir de 2.5mm e com laser a 30 segundos a redução se deu a partir de 3.5mm.(p<0,05).

B322

Análise da dureza de diferentes materiais restauradores estéticos em relação a profundidade de polimerização.

R.G.PALMA DIBB*§; A.E.PALMA; E.MATSON

Depto de Odontologia Restauradora – FORP/USP; FDepto de Dentística – FOUSP - (016) 620-5962

O objetivo do presente trabalho foi analisar a dureza em relação a profundidade de polimerização de diferentes materiais restauradores estéticos.  Foram analisados duas resina compostas modificadas por poliácidos (Freedom – Fr, SDI e F2000 – F2, 3M), dois cimentos de ionômero de vidro modificados por resina (Vitremer-Vi, 3M e Fuji IILC-Fu, GC) comparando-os com uma resina composta microhíbrida (Prodigy – Pr, Kerr).  Foram confeccionados 3 corpos de prova, com matriz preta com 6mm de diâmetro e 3mm de altura adaptada em uma mesa e com uma lâmina de aço dividindo o cilindro em dois.  Os corpos de prova foram confeccionados numa única camada e polimerizada por 60 segundos.  Analisou-se a superfície voltada para a lâmina de cada hemi cilindro e avaliou-se a dureza em diferentes profundidades que foram: 0,4mm, 1,0mm, 2,0mm e 2,6mm da luz da lâmpada, após 24 horas mantidos em água destilada a 37ºC.  Os resultados obtidos foram:

Profundidade             0,4mm                          1,0mm                          2,0mm                          2,6mm

Material              Hv (±dp)    Hv (±dp)    Hv (±dp)    Hv (±dp)   

Freedom             33,78 (3,07)   33,48 (4,09)   28,84 (6,52)   22,15 (4,52)  

F2000                50,47 (3,68)   43,07 (8,17)   42,06 (4,41)   37,49 (6,70)  

Vitremer             35,66 (4,14)   36,59 (3,17)   34,62 (2,56)   31,48 (3,63)  

Fuji II LC             50,13 (8,10)   48,02 (6,36)   50,90 (4,92)   52,41 (8,29)  

Prodigy 56,57 (7,09)   49,23 (6,56)   44,27 (7,10)   38,37 (2,41)  

Os dados foram analisados estatisticamente pela ANOVA e o teste de Tukey. A Pr  e o Fu apresentaram os melhores resultados, porém o Fu manteve a dureza estatisticamente semelhantes mesmo nas diferentes profundidades analisadas.  Podendo concluir que para o Fu a presa do material se da não só pela luz ativadora.

B323

Avaliação clínica de restaurações classe V utilizando diferentes materiais restauradores estéticos. 

M.A CHINELATTI*, R.P. RAMOS, D.T.CHIMELLO,  R.G. PALMA DIBB, T. NONAKA.

Depto Odontologia Restauradora FORP-USP - (016)602-4087

O objetivo deste estudo foi comparar o comportamento clínico de dois compômeros: F2000 - 3M (F2) e Freedom - SDI (F) com um cimento de ionômero de vidro modificado por resina: Vitremer - 3M (V) no período de 6 meses. Foram selecionados 19 pacientes com pelo menos 3 cavidades classe V decorrentes de lesões cariosas e não cariosas (erosão, abrasão e abfração). No total foram realizadas 29 restaurações de cada material em dentes posteriores e/ou anteriores. Primeiramente realizou-se profilaxia, remoção do tecido cariado nos dentes que apresentavam cárie, retenção adicional na parede circundante oclusal ou incisal da cavidade e bisel no ângulo cavosuperficial oclusal ou incisal nas cavidades restauradas pelos compômeros. Em seguida os materiais foram inseridos sob isolamento absoluto, seguindo as instruções dos fabricantes. As restaurações foram acabadas após uma semana e avaliadas por dois examinadores previamente treinados, no Baseline e após 6 meses usando os critérios da USPHS. As características analisadas foram: cárie, forma anatômica, alteração de cor, descoloração marginal, textura superficial, integridade marginal e sensibilidade pós-operatória. No baseline todas as restaurações foram aceitáveis. Após 6 meses, retornaram 18 pacientes (26 restaurações de cada material),  mas 4 F2, 3F e 3 V restaurações apresentaram alteração de cor.  Três F2, 3 F e 2V apresentaram perda de forma anatômica.  Dois F2 apresentaram alteração na integridade marginal.  Um F teve descoloração marginal e 3F e 2V tiveram alteração na textura superficial. Após 6 meses pode-se observar que de modo geral todas restaurações se comportaram adequadamente.  Os resultados foram analisados pelo teste Qui-quadrado.  Não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais restauradores testados nem entre os dois períodos examinados.

B324

Cimentação de coroas totais e MOD com cimentos ionoméricos.

F. MARTINS*, S. CONSANI, M. A. C. SINHORETI, l. C. SOBRINHO

Disciplina Materiais Dentários, F. O. de Piracicaba - UNICAMP - (018) 623-8578

O objetivo deste estudo foi verificar a resistência à tração de coroas metálicas fundidas tipo coroa total e MOD, cimentados em dentes humanos, utilizando cimento de ionômero de vidro convencional Shofu Glasionomer ( grupo controle) e modificado por resina Vitremer 3M. Foram usados 64 dentes molares humanos hígidos recém-extraídos. Após a profilaxia, as raízes de cada dente foram incluídas com resina acrílica quimicamente ativada em tubos de P.V.C.. A coroa de cada dente foi preparada com broca diamantada em alta rotação refrigerada a jatos de ar/água, até a obtenção da forma de um preparo cônico para coroa total e um preparo estilizado tipo classe II de Black para as coroas inlays MOD. Em seguida, as coroas foram obtidas através da técnica de fundição da liga à base de Ni-Cr pelo método da cera perdida. Os corpos-de-prova foram divididos em oito grupos de 8 unidades cada, sendo quatro grupos para os preparos de coroa total e quatro para os preparos de coroas MOD, ficando metade cimentada com cada tipo de cimento ionomérico, com e sem ciclagem térmica, antes do teste de resistência à tração, que foi realizada através de uma máquina de ensaio universal, 24 horas após a ciclagem. Os autores concluíram que o cimento de ionômero de vidro modificado por resina composta Vitremer-3M, obteve as maiores médias de resistências às forças de tração ( 22,59 Kgf/cm2) em relação ao cimento de ionômero de vidro convencional Shofu Glasionomer, (19,04 Kgf/cm2) em todas as situações, exceto quando as coroas MOD sofreram tratamento térmico.

B325

Estudo da resistência ao cisalhamento entre ligas metálicas e cerômeros.

M.K.ITINOCHE*, E.T.KIMPARA, M.A.BOTTINO, M.P.NEISSER

Depto. Mat. Odontol. e Prótese - Fac. Odont. São José dos Campos - UNESP - (011) 3865-5517

O propósito deste estudo foi avaliar a resistência ao cisalhamento entre ligas metálicas (Au, NiCr e CoCr) e polímeros vítreos (Artglass e Targis). Para tanto, utilizou-se vinte estruturas metálicas de cada tipo de liga. Estas foram divididas em dois grupos: o primeiro para aplicação do polímero de vidro Artglass, e o segundo o cerômero Targis. A superfície das estruturas metálicas a ser aplicada recebeu jateamento com óxido de alumínio de granulação de 250mm, antes da aplicação do sistema adesivo do correspondente polímero. Em seguida, o material estético foi inserido no metal condicionado e polimerizado, conforme as recomendações do fabricante. As amostras concluídas ficaram estocadas em água destilada a 37ºC, por 24 horas, e, após, foram submetidas à ciclagem térmica. O ensaio mecânico foi realizado na máquina de ensaio universal (Instron) e os resultados foram analisados estatisticamente. Os resultados mostraram que o tipo de liga utilizada não influenciou nos resultados e que o cerômero Targis apresentou maior resistência ao cisalhamento do que o polímero de vidro Artglass, em todas as ligas testadas.

B326

Resistência à flexão de materiais restauradores estéticos indiretos.

A. A. CASTRO FILHO*, M. I. G. FERRERO, M. P. NEISSER

Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP. (012) 321-8166.

A indústria odontológica tem lançado, nos últimos anos, uma vasta gama de materiais restauradores que possibilitam ao Cirurgião-Dentista atender os reclamos estéticos de seus clientes. Com isto, eventualmente, a biocompatibilidade e as propriedades mecânicas são relegadas a um plano secundário. Esta pesquisa avaliou a resistência à flexão de dois materiais restauradores estéticos indiretos, Targis (Ivoclar) e Artglass (Heraeus/Kulzer), visto que os mesmos são utilizados na confecção de Próteses Parciais Fixas as quais, quando em uso, são submetidas a cargas complexas. Dentre estas podemos destacar as de compressão exercidas sobre pônticos intercalados entre retentores, gerando tensões flexurais. Para tanto, foram confeccionados 18 corpos-de-prova divididos em 2 grupos, um para cada material, a partir de uma matriz metálica com as seguintes dimensões: 10,00mm x 1,00mm x 2,00mm. A seguir, estes foram armazenados em H20 destilada a 37 °C durante 24 horas, após o que foram submetidos ao ensaio de resistência à flexão em uma máquina de ensaio universal (Wolpert) à uma velocidade de 0,5cm.min-1. Os valores obtidos foram submetidos ao teste t-Student, em nível de 5% de probabilidade. Os resultados demonstraram que houve diferença estatisticamente significativa entre Artglass e Targis, sendo que o primeiro apresentou os maiores valores para a resistência à flexão.

B327

Avaliação da resistência flexural de materiais restauradores diretos.

L.A. Salvio*; M.A.C. Sinhoreti; S. Consani; L. Correr Sobrinho; M.B. Cangiani

(Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP) ( 021) 430-5348

Uma das propriedades mais importantes dos materiais restauradores é a resistência à flexão frente aos esforços mastigatórios ocorridos na cavidade oral. O objetivo deste estudo foi verificar a resistência fllexural de onze materiais usados em restaurações estéticas diretas. Foram utilizados os materiais Solitaire (Kulzer), Revolution (Kerr), Degufill Mineral (Degussa), Z100 (3M), Prodigy (Kerr), Tetric Ceram (Vivadent), Silux Plus (3M), TPH (Dentsply), Vitremer (3M), Dyract (Dentsply), Compoglass (Vivadent). Foram confeccionados 10 corpos-de-prova de cada material com 20 mm de comprimento por 2 mm de largura e 2 mm de espessura. A manipulação e polimerização dos materiais foram feitas seguindo as instruções dos fabricantes. Após a confecção, os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada a 37ºC por 24 horas e levados a uma máquina de ensaio Instron com velocidade de 0,5 mm/min. para o ensaio de resistência flexural. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey em nível de 5%. Pode-se concluir que os materiais Tetric Ceram (148,35 MPa), Z100 (136,87 MPa), Degufill Mineral (132,95 MPa), Prodigy (128,85 MPa) e TPH (127,01 MPa) obtiveram os mais altos valores de resistência flexural, não diferindo estatisticamente entre si (p>0,05) e foram superiores aos demais materiais (p>0,05). Os produtos Solitaire (113,55 MPa), Dyract (108,97 MPa) e Compoglass (95,21 MPa) não diferiram entre si (p<0,05) e foram superiores estístiscamente aos produtos Revolution (82,58 MPa), Silux Plus (70,54 MPa) e Vitremer (65,48 MPa), os quais não diferiram entre si (p>0,05) e apresentaram os mais baixos valores de resistência flexural.

 

B328

Avaliação “in vitro” Infiltração marginal de restaurações “inlays” de cerâmicas puras utilizando-se dois tipos de cimento resinoso.          

P. ROCHA, C.R.P.  ARAUJO,  P.A. ARAUJO

Univ. Est. de Feira de Santana e Univ. São Paulo - (071) 353-7775

Os materiais restauradores estéticos têm evoluído, estando disponível a todo momento novos  produtos, para restauração e cimentação, sugerindo grandes avanços nesta área. O objetivo deste trabalho foi avaliar a infiltração marginal das incrustações cerâmicas, utilizando-se dois tipos de cimentos resinosos com distintos sistemas adesivos: 4-Meta (C&B Metabond-Parkell) e resina de carga inorgânica de vidro (PANAVIA21- J.Morita) Foram confeccionadas 40 incrustações cerâmicas, 20 com cerâmica DicorÒ e 20 com DUCERAM, sobre preparos em molares superiores humanos recentemente extraídos. Os espécimes foram cimentados de acordo com as normas dos fabricantes, em seguida submetidos a ciclagem térmica (50C a 550C por 10 s, 1000 ciclos), corados em fuccina básica 0,5% por 16h, lavados em água corrente e seccionados no sentido mésio-distal, verificando o nível de infiltração. Os resultados apresentaram baixos índices de infiltração, entretanto aplicado o teste Mann-Whitney, verificou-se significância estatística para maior infiltração do Panavia21 em relação ao C&B Metabond.

B329

Comparação da viabilidade celular após conservação em diferentes líquidos.

J.J. MOREIRA NETO*, C.A. Pansani, M.S. RADDI, K. DEVIENNE, C. BONACORSE

Departamento de Clínica Infantil–UNESP–email: jeomo@techs.com.br

A proposta desse estudo in vitro foi comparar a capacidade dos líquidos água, água de coco, água de coco bicarbonatada, solução fisiológica, leite e leite filtrado na manutenção da viabilidade de fibroblastos humanos, após vários períodos de tempo. A linhagem celular utilizada nos experimentos foi a McCoy e três métodos de análise foram realizados: azul de tripan que determina a viabilidade celular a partir da integridade da membrana plasmática, e os testes colorimétricos MTT-tetrazólio e vermelho neutro que analisam a capacidade de manutenção da viabilidade celular de acordo com o metabolismo das células a nível mitocondrial e lisossomal. Todos os testes foram acompanhados por controles positivo e negativo. De acordo com a análise de variância ANOVA e o Teste Least Significant o leite filtrado e não filtrado foram os meios que tiveram a maior capacidade de manutenção da viabilidade celular seguidos da solução salina fisiológica, água de coco bicarbonatada, água de coco e água. Nesse trabalho pode-se concluir que dos meios estudados o leite é o mais indicado para a manutenção de dentes avulsionados.

 

Apoio financeiro : CAPES

B330

Análise da relação côndilo/fossa mandibular no tratamento protético reabilitador.

V.C.P. AMORIM*; D. CRUZ LAGANÁ; A. L. ZANETTI

Depto. de Prótese da FOUSP – FONE: (011) 818-7886; FAX (011) 818-7888

Este estudo analisou a posição dos côndilos em relação às respectivas fossas mandibulares de doze pacientes portadores de Próteses Totais Superiores com mais de cinco anos de uso e parcialmente edentados no arco inferior (Classe I de Kennedy) não portadores de Próteses Parciais Removíveis, com o auxílio da tomografia lateral corrigida, anterior e posterior à reabilitação protética, por meio de novas Próteses Totais Superiores e Próteses Parciais Removíveis Inferiores. Foram usados três métodos para avaliar as imagens tomográficas:  método A (técnica de Eduardo, 1996); método B (medida do menor espaço articular anterior e posterior,por avaliação subjetiva) e método C (baseado em Kamelchuk, 1996). Verificou-se que na ausência dos dentes posteriores inferiores, os côndilos apresentaram posições mais posteriores nas respectivas fossas mandibulares e após o tratamento protético reabilitador ocorreu um reposicionamento condilar com uma predominância de posições concêntricas, sugerindo que a reposição dos dentes ausentes, por meio da Prótese Parcial Removível seja importante para a manutenção da harmonia do sistema estomatognático e  também para se obter posições condilares mais fisiológicas.

B331

Uso supervisionado de escova e fio dental em adolescentes.  

R. HALLA JÚNIOR*, R.V. OPPERMANN

Programa de Pós graduação em Periodontia -ULBRA-RS. F: (O51)4774000

Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito do uso do fio dental sobre a presença de placa visível e gengivite em um grupo de escolares que realizaram higiene bucal supervisionada. A partir de um levantamento periodontal realizado em 154 estudantes, foram selecionados 14 meninas e 19 meninos (14 a 19 anos), com os percentuais de sangramento gengival mais elevados e que não eram usuários declarados do fio. O estudo foi dividido em uma fase preliminar de 21 dias, seguida de 2 fases experimentais de 21 dias, intercaladas por um interstício também de 21 dias. O estudo foi cruzado com 2 grupos sendo que o uso adicional do fio à escovação foi designado a um dos grupos em cada fase. Instruções para escovação e uso do fio foram realizadas no início de cada fase, com reforços 2x por semana.  A presença de placa  no início e no final de cada fase foi determinada pela presença de placa visível (escores 2 e 3 do IPl de Silness & Löe, 1964) e a presença  de gengivite pelo ISG (Ainamo & Bay, 1975). Os resultados foram analisados pelo testes de Wilcoxon e Mann-Whitney para um nível de significância de 5%. Na 1a fase, a mediana do percentual de sangramento gengival proximal reduziu de 62,1% para 17,9% com o uso do fio e de 59,3% para 22,2% sem o uso do fio. Na 2a fase, as medianas do percentual de sangramento também se reduziram de 31,9% para 17,3% sem uso do fio e de 26% para 8,9% com o fio. A mediana do percentual de placa visível proximal, na 1a fase, reduziu de 29,8% para 6,1% com o uso do fio e de 35,7% para 14,8% sem o uso do fio. Na 2a fase, as medianas do percentual de placa visível também  se reduziram. As faces livres tiveram o mesmo comportamento das proximais. Conclui-se, através deste estudo que a inclusão do fio dental ao regime de escovação não representou melhoras significativas dos parâmetros avaliados tanto em faces proximais como livres.

B332

Regeneração tecidual guiada em retrações gengivais. Estudo histométrico em cães.           

M. Z. CASATI*, E. A. SALLUM, S. L. S. PEREIRA, A. W. SALLUM

Departamento de Prótese e Periodontia/Faculdade de Odontologia de Piracicaba–UNICAMP  - (011) 7223 - 5154, Fax (011) 7223-3983, e-mail: casati@tavola.com.br

O objetivo deste trabalho foi avaliar, histometricamente, o processo de cura de defeitos periodontais tipo retrações gengivais, criados cirurgicamente nos caninos superiores de  cinco cães, após serem tratados pela técnica de regeneração tecidual guiada utilizando-se de membranas reabsorvíveis de ácido poliláctico. Após a criação cirúrgica, os defeitos ficaram sujeitos a acúmulo de placa por três meses. Terminado este período, os defeitos bilaterais semelhantes foram aleatoriamente designados a receber os tratamentos: regeneração tecidual dirigida (Grupo teste) e retalho reposicionado coronariamente (Grupo controle). Após três meses de cicatrização, os animais foram sacrificados e os espécimes foram processados para análise histológica. Foram avaliados os seguintes parâmetros histométricos: cobertura radicular, extensão do epitélio sulcular e juncional, adaptação conjuntiva, novo cemento, novo osso e extensão do defeito. A porcentagem de recobrimento radicular observada nos grupos teste e controle foram similares, 93,7% e 95,6%, respectivamente. Foi encontrado maior quantidade de novo cemento no grupo teste (3,8 + 1,5mm) do que no controle (2,4 + 0,3mm). A extensão do epitélio sulcular e juncional foi superior para o grupo controle (3,0 + 0,9mm) do que no teste (1,9 + 0,8mm), o mesmo ocorrendo com a adaptação conjuntiva (0,8 + 0,5mm – grupo controle, 0,1 + 0,1mm – grupo teste). Em relação ao novo osso, houve similaridade nos resultados observados no grupo teste e no grupo controle, 1,1 + 0,5mm e 1,4 + 0,2mm, respectivamente. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes em nenhum dos parâmetros avaliados. Diante dos limites deste estudo pode-se concluir que ambos os procedimentos resultaram numa resposta favorável, quanto ao recobrimento radicular, sem diferenças estatisticamente significantes entre os tratamentos.

Apoio Financeiro FAPESP 97/04251-3

B333

Comparação entre instrumentações manual e ultra -sônica no tratamento da periodontite.

A. CHAPPER*,V.V. CATÃO, V.  MORAES , R. OPPERMANN

Mestrado em Periodontia da Universidade Luterana do Brasil - (051) 280-1049

A instrumentação manual é tida como capaz de produzir uma raspagem e alisamento radicular mais eficaz que os instrumentos ultra-sônicos. O objetivo do presente trabalho foi comparar a eficácia no tratamento da periodontite por meio de raspagem e alisamento manual (G1) e por meio de instrumentos ultra-sônicos (G2). Dentes monoradiculados de 20 pacientes com periodontite de adulto, após controle de placa supragengival, foram aleatoriamente distribuídos para receber uma das duas abordagens subgengivais. Os parâmetros clínicos, profundidade de sondagem (PS), nível de inserção clínica(NIC) e esxudato periodontal(SS),  avaliados antes e 90 dias após o tratamento foram realizados por uma examinadora calibrada e cega quanto aos grupos experimentais. Médias foram calculadas e as diferenças testadas por ANOVA (p<0,05). Medianas dos percentuais de distribuição das estratificações 4-5mm e 6 ou + mm também TTforam examinadas utilizando-se teste Kruskal-Wallis(p<0,05).Resultados mostram uma redução significativa na PS, NIC e SS em ambos os grupos para as faces livres e proximais: PS das faces livres do G1 e G2 , antes e após os tratamentos, foram 2,71/1,79mm e 2,85/1,85mm e das faces proximais 4,65/3,55mm e 4,47/3,21mm respectivamente; NIC das faces livres do G1 e G2, antes e após os tratamentos, foram 3,65/2,83mm e 3,40/2,97mm e das faces proximais4,48/3,75mm e 4,59/3,99mm respectivamente; SS das faces livres, antes e após os tratamentos, foram 46,96/16,62% e 44,29/23,83% e proximais 70,46/45,45% e 75,79/51,54% respectivamente.Pôde-se concluir que as duas modalidades terapêuticas de instrumentação subgengival, dentro do modelo de estudo proposto, foram igualmente eficazes no tratamento da periodontite.

B334

Avaliação clínica de uma hidroxiapatita reabsorvível no preenchimento de defeitos ósseos periodontais.

M. HOLZHAUSEN*, E. MARCANTONIO Jr., C. ROSSA Jr., A O. BOSCHI, L.A. SANTOS

Dep. Diagnóstico e Cirurgia, Fac. Odont. Araraquara – UNESP, (016)2321860.

A presente investigação teve como objetivo avaliar a efetividade clínica de uma hidroxiapatita  produzida pelo DEMA (HAF) no tratamento periodontal cirúrgico de bolsas infra-ósseas, utilizando-se como controle uma hidroxiapatita comercial (Osteogen®). Foram selecionados 10 pacientes que apresentavam bolsa periodontal profunda com defeito ósseo de 2 ou 3paredes. 90 dias após o término do tratamento periodontal básico os pacientes foram avaliados quanto a profundidade de sondagem (PS) e nível de inserção (NI) e realizado o procedimento cirúrgicocom r implante de um dos dois materiais (HAF ou Osteogen®). Durante 1 ano foi realizado controle de placa periódico destes pacientes e, a cada três meses os casos foram novamente avaliados quanto a PS e NI. Os dados obtidos foram analisados aplicando-se o teste t pareado para verificar a influência do tratamento realizado sobre os parâmetros clínicos após 12 meses, observou-se melhora significativa tanto para PS quanto para NI nos defeitos tratados com HAF (p<0.05), enquanto no grupo que recebeu Osteogen® apenas a PS foi reduzida significativamente (p=0.03). Para verificar a influência do tipo de hidroxiapatita sobre o percentual de melhora nos 3 períodos de avaliação foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis. O resultado desta análise demonstrou que não houve diferenças significativas para PS e NI entre os defeitos tratados com HAF ou Osteogen® (p>0.05). Além disso, foi observado que para ambos os materiais não houve diferenças significativas na PS e no NI entre os 3 períodos de avaliação. Portanto a HAF apresentou resultados clínicos similares aos do Osteogen® em defeitos ósseos periodontais de 2 ou 3 paredes.

B335

Desajuste marginal de coroas totais submetidas a três diferentes cimentos.

J. DUARTE*, P. L. A. SCABELL, M. A.  MASIOLI, O. A. FRAGA

Departamento de Dentística, FO- UERJ - odonto@uerj.br

A viscosidade e capacidade de escoamento de um agente cimentante são aspectos fundamentais no assentamento de coroas totais. O objetivo desse trabalho foi avaliar o desajuste marginal de coroas totais, submetidas a 3 diferentes tipos de cimento, sendo eles: Cimento de Fosfato de Zinco (S.S. White), Cimento Compômero (Principle - Dentsply) e Cimento Resinoso (Enforce - Dentsply). Foram simulados em barras de latão, 30 preparos coroas totais com base de 7 mm de diâmetro, 8 mm de altura e 6 graus de conicidade. Os casquetes foram fundidos em Ni-Cr. Os corpos de prova foram divididos em 3 grupos de 10. Grupo I – Cimento Fosfato de Zinco; Grupo II – Cimento Compômero , e Grupo III - Cimento Resinoso. O desajuste marginal dos casquetes sobre os preparos foi medido (aumento de 100x) em um microdurímetro HMV 2000 (Shimadzu), antes do uso dos agentes cimentantes (controle). Os cimentos foram manipulados e utilizados conforme recomendações dos fabricantes. Os corpos de prova foram mantidos em temperatura ambiente por 24 horas e  novamente examinados com o mesmo equipamento utilizado na medida inicial. Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA e teste de Tukey p£ 0,05. Quanto à análise dos dados antes da cimentação (AC) e depois da cimentação (DC), houve diferença estatisticamente significante entre os resultados, sendo AC=13,74 ± 5,86 e DC= 34,57 ± 18,51. Quanto aos materiais, a média e o desvio padrão dos grupos foram respectivamente: Gr I = 32,90 ± 20,70 ; Gr II = 29,60 ± 16,00 e Gr III= 13,96 ± 9,77. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos I e II. O grupo III mostrou o melhor resultado.

B336

Influência de técnicas de polimerização sobre a adaptação das bases de prótese total. 

R.L.X. CONSANI*, M.H.W.ALMEIDA, S.S. DOMITTI, S. CONSANI

Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, Brasil - (019) 433-0930

Este estudo verificou a adaptação das bases de prótese total, sob a influência de 3 técnicas de cura (convencional, calor seco e energia de microondas). Foram confeccionados 30 modelos em gesso pedra representando uma arcada superior desdentada,  divididos em 3 grupos de 10 elementos e incluídos pela técnica convencional, com os tratamentos: 1–resina Clássico e cura em água a 74o C, por 9 horas; 2–resina Clássico e cura por calor seco a 74o C, por 9 horas; e, 3–resina Acrom MC e cura em formo de microondas a 800 W, por 3 minutos. As bases foram fixadas nos modelos e confeccionados   3 cortes látero-laterais nas regiões correspondentes à distal de caninos (A); mesial dos primeiros  molares (D); e, região “pos-dam” (C), e 3 cortes ântero-posteriores, nas cristas dos rebordos direito (A) e esquerdo (C) e região mediana do palato (B). A alteração dimensional foi avaliada com microscópio comparador em 5 pontos em cada tipo de corte. Os resultados submetidos à análise estatística e ao teste de Tukey (5%) indicaram que:  Grupo 1-  não houve diferença estatística significante entre os cortes látero-laterais (A-0,024 mm, B – 0,060 mm e  C– 0,080 mm). Grupo 2 – o corte A (0,012 mm) foi semelhante ao B (0,036 mm) e o B ao C (0,054 mm), enquanto no Grupo 3, os dados monstraram o mesmo comportamento estatístico entre os cortes B (0,076) e C (0,092 mm), diferentes do A (0,000 mm), com melhor adaptação. Nos ântero-posteriores, o corte B (Grupo1- 0,104 mm; Grupo 2 – 0,120 mm e Grupo 3 – 0,142 mm) foi diferente estatísticamente dos cortes A e C, com maior desajuste. Independente da técnica e da localização dos cortes, não houve diferença estatística entre os cortes látero-laterais (0,054 mm) e ântero-posteriores (0,058 mm). 

 

Apoio FAPESP, Processo 96/3664-0.

B337

Tensões internas em prótese parcial fixa – método dos elementos finitos.

A.B. VASCONCELLOS*, M. MORI

Departamento de Prótese Dental da  Faculdade de Odontologia da USP -  SP - (021) 6204248

O objetivo desse estudo foi analisar a distribuição de tensões internas de von Mises, em uma prótese parcial fixa (PPF) metalocerâmica de três elementos, cujo pôntico é um 1o molar inferior, e em suas estruturas de suporte, através de carregamento estático aplicado em 2 modelos matemáticos bidimensionais obtidos pelo método de elementos finitos. Em um modelo, foram utilizados retentores intra-radiculares fundidos (RIRF) em ouro e, no outro, pinos pré-fabricados (Flexi-FlangeÒ / EDS) com núcleos em resina composta. A partir da imagem impressa de uma peça anatômica de estudo, digitalizada diretamente em um “scanner”, os desenhos foram confeccionados e suas imagens vetorizadas foram “exportadas” para o programa MSC/PATRAN 8.0, onde foram realizados o pré e pós-processamento, enquanto que a análise foi feita no MSC/NASTRAN 7.5, utilizando-se um carregamento de 100N distribuídos em 10 pontos das superfícies oclusais dos modelos. Os resultados mostraram que o RIRF em ouro desenvolveu uma menor concentração de tensões nos conectores da PPF, principalmente no conector mesial, enquanto que o pino pré-fabricado com núcleo em resina composta gerou maiores tensões de tração na região mésio-cervical do pré-molar, favorecendo `a falha marginal.

B338

Avaliação da condição clínica periodontal de um grupo de mulheres fumantes e não fumante.

A.L. C.CHASSOT; D.B. PAGLIOSA; V.B.MORAES*; M.P.DE AZEVEDO; R.V.OPPERMANN

Curso de Graduação e Pós-Graduação em Periodontia -  ULBRA - (051) 328-1551

O objetivo do presente estudo foi o de comparar a condição clínica periodontal entre funcionárias do setor de limpeza da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) fumantes e não fumantes. Foram examinadas 40 funcionárias, sendo 20 fumantes e outras 20 não-fumantes, com idade superior a 35 anos, sem alterações sistêmicas, sem história de tratamento periodontal no último ano, nem uso de  antibiótico nos  últimos seis meses. A análise da condição clínica periodontal foi realizada através dos índices de placa visível, sangramento gengival, profundidade de sondagem e perda de inserção por examinador cego e previamente calibrado. Os resultados encontrados mostraram menores valores de sangramento marginal em fumantes e ausência de diferença estatisticamente significativa quanto aos demais parâmetros clínicos periodontais (teste t de Student para amostras independentes, com nível de significância de 95%). Conclui-se que no presente  estudo  o  fumo não  foi  caracterizado como  fator  capaz  de  modificar   a severidade da doença periodontal.

 

Trabalho Vencedor do 8° Prêmio Estímulo Kolinos da ULBRA

B339

Análise microscópica da adaptação da região posterior de resinas acrílicas.

A A DEL BEL CURY*; GANZAROLLI, S. M.; RODRIGUES GARCIA 

Prótese e Peridontia-Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP - (019) 433-4736 - altcury@fop.unicamp

Uma adequada adaptação da região posterior das próteses é que garante uma retenção satisfatória e melhor restabelecimento das funções mastigatórias do paciente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a adaptação da região posterior de 72 bases de prótese, confeccionadas com resina acrílica termopolimerizável convencional Clássico (C) (controle) e resinas para cura em forno de microondas, Acron-MC (A) e Onda Cryl, (O). O método utilizado para verificação da desadaptação foi a medida do espaço (mm) entre o interior da base de resina e a superfície do modelo de gesso, em 09 pontos (P) diferentes do rebordo. Foram encontrados os seguintes resultados: Ponto 5 (linha média): Resinas C: 0,10 a (±0,007); A: 0,18 b (±0,02); O: 0,10 a (±0,007); Pontos 1 e 9 (fundo de sulco): Resinas C: 0,13 a (±0,003); A: 0,17 b (±0,03); O: 0,17 b (±0,01); Pontos 2 e 8 (médio-vestibular): Resinas C: 0,07 a (±0,02); A: 0,08 b (±0,01); O: 0,09 b (±0,01); Pontos 3 e 7 (crista do rebordo): C: 0,07 a (±0,01); A: 0,13 b (±0,08); O: 0,07 a (±0,004); Pontos 4 e 6 (médio-palatino): C: 0,10 a (±0,01); A: 0,14 b (±0,02); O: 0,10 a (±0,02). Os resultados obtidos foram submetidos ao teste de Tuckey, com nível de significância de 0,05 (p<0,05). Os autores concluíram que: 1) As resinas Clássico e Onda Cryl apresentaram melhor adaptação que a resina Acron, com exceção dos pontos 2 e 8;  2) Os pontos de maior desadaptação foram: Pontos 5, 1 e 9;  3) Os resultados obtidos na microscopia, apesar de apresentarem diferenças estatisticamente significantes, quanto as medidas, podemos afirmar que não possuem significância clínica..                                                     

 

Apoio financeiro: FAPESP - Processo 97/01380-7

B340

Alteração  linear de fundições em NiCr com 2 revestimentos fosfatados.

C. M. GOSHI*, F. E. TAKAHASHI

Disciplina de Prótese Parcial Fixa, Faculdade de Odontologia de S. J. Campos – UNESP - (012) 321-8166R:1305

Dentre os requisitos para o sucesso de uma fundição, Custer et al. (J. Prosthet. Dent.,19:273-280, 1968)destacam a fidelidade dimensional como essencial, porém nem sempre obtida. A literatura apresenta vasta gama de trabalhos explorando o comportamento dos materiais utilizados no processo de fundição, buscando obter fundições cada vez mais exatas. O objetivo deste trabalho foi verificar a alteração linear de fundições com liga de NiCr (Verabond II) obtidas com dois revestimentos fosfatados, sendo um com carga refratária a base de cerâmica granulada (Microfine), que permite a introdução do anel após a presa diretamente em um forno pré aquecido (750º C) e outro a base de cristobalita (Bellavest) de procedimento convencional. Corpos de prova em cera medindo 20x5x1,5 mm foram obtidos através de moldagem direta de uma placa de aço inoxidável, com características semelhantes às preconizadas nas especificações 11, 18, 19 da A.D.A para reproduções de detalhes. Dez corpos de prova foram incluídos com Microfine e 10 com Bellavest. Com o auxílio de um projetor de perfil com precisão de 0,001 mm, mediu-se a distância entre 2 pontos preestabelecidos na matriz. Os mesmos 2 pontos foram posteriormente medidos na peça metálica.  reproduzida em liga de NiCr, obtendo se assim, as medidas das possíveis alterações dimensionais. Os resultados mostram que a média da alterção linear das fundições com os 2 tipos de revestimento em relação a matriz, através do teste de Mann-Whitney, não apresentaram diferenças significante estatisticamente ao nível de 5%. Com isso se estabelece que o revestimento Microfine leva vantagem laboratorial, pois este dispensa o ciclo de expansão térmica, obtendo uma expansão desejada, em um curto espaço de tempo.

B341

Estudo das áreas dos contatos oclusais com sistema “Dental Prescale”.

H. S. TIBA*, H. SHIONO, K. ISHIGAMI, T. IGARASHI

Depto.Prótese - FOUSP - SP e NUSD Tokyo-Japão - (011) 818-7888

Este trabalho avaliou a influência de três silicones (alta, média e baixa viscosidade) para registro oclusal na extensão das áreas dos contatos oclusais(em mm2), tanto em “in vivo” (indivíduos do sexo masculino - classe I de Angle, sem sinais e/ou sintomas de disfunção das ATMs), como“in vitro” (dente artificial em resina) utilizando o filme DENTAL PRESCALE (DP). No estudo“in vivo”,registros interoclusais em DP foram tomados em 8 indivíduos,configurando 4 grupos experimentais: Grupo1-registros interoclusais em DP sem uso de silicona (controle);Grupo2-registros em DP+silicona de alta viscosidade;Grupo3-registros em DP+silicona de  média viscosidade;Grupo 4-registro em DP+silicona de baixa viscosidade.No estudo“in vitro”,foram tomados registros de contato oclusal em DP de um dente(molar) artificial em resina, variando-se a carga(0,48, 1, 2, 5 e 10kgf)e a viscosidade com o uso das três siliconas para registro oclusal.Os dados referentes às áreas de contato oclusal foram obtidos por meio da leitura no analisador de contatos oclusais OCCLUZER FDP 703(Fuji Photo Film Co)e tratados estatisticamente(ANOVA e teste de Tukey).Os resultados permitiram concluir que houve diferença significativa nas áreas de contato oclusal quando do uso da silicona de baixa viscosidade(7,26mm2) em relação às de médias e alta viscosidade(20,02 e 19,98mm2respectivamente) no estudo “in vivo”.A  variação das cargas determinou um significante aumento das áreas de contato(0,38, 0,51, 0,55, 0,91e 1,09mm2), enquanto a variação da viscosidade das siliconas para registro não promoveu diferença significante nas áreas de contato oclusal no estudo “in vitro”.

B342

Músculo pterigóideo lateral e ATM. Estudo macroscópico e microscópico de luz.

K. R. S. ZORZETTO*, C. MIZUSAKI, M. IYOMASA, F. B. OLIVEIRA, I. WATANABE, R. A. LOPES, A. M. de OLIVEIRA

Dep. Morf. Estomatol. Fisiol. FORP-USP  - (55-016)602-3975 / 633-0999, crismizu@usp.br

Os músculos da mastigação têm recebido atenção especial quanto à morfologia e à função. Langenbach et al., Anat Rec., 203:406-16, 1991, pesquisando no sistema mastigatório de coelhos, verificaram que o aumento na força dos músculos da mastigação ocorre à custa de restrição no grau de excursão mandibular. Bertilsson, Strom, J. Oral Pains, 9(1):17-23,  1995, fizeram uma coletânea de 100 anos sobre o músculo pterigóideo lateral, contribuindo de forma relevante para a interpretação dos exames complementares em casos de disfunção da ATM. Com o propósito de fornecer dados morfológicos que favoreçam a compreensão do funcionamento do sistema estomatognático aos pesquisadores que utilizam o gerbil Mongolian gerbillinae como animal experimental, estudamos a morfologia do músculo pterigóideo lateral  e da ATM neste animal empregando os métodos macroscópico e microscópico de luz em 10 animais. Para o estudo macroscópico, dissecamos a área, removemos o ramo da mandíbula e as observações  foram feitas na face medial e lateral. Para o estudo microscópico, fixamos em solução formolina 10% tamponada em solução tampão fosfato de sódio (pH 7,4). Foram processados pela técnica histológica rotineira e corados em HE. Nossos resultados permitiram concluir que o músculo pterigóideo lateral não apresenta fusos musculares. A ATM apresenta forma elipsóide  com longo eixo no sentido ântero-posterior. O disco articular apresenta-se bilaminar nas regiões posterior e laterais e, medialmente, a lâmina inferior do disco relaciona-se com a inserção do músculo pterigóideo lateral.

Financiado pôr FAPESP / processo de número 97/10472-2.

B343

Determinação da força de mordida na dentadura decídua.

A.M. RENTES*, M.B.D. GAVIÃO

Departamento de Odontologia Infantil - Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP - e-mail: alerentes@yahoo.com

A força de mordida é um componentes da função mastigatória, sendo necessário o conhecimento dos seus valores normais e os fatores responsáveis por sua variabilidade. O objetivo deste estudo foi determinar a força de mordida na dentição decídua em 30 crianças com oclusão normal (grupo I), mordida cruzada (grupo II) e mordida aberta (grupo III). A magnitude da força de mordida  foi determinada através de um tubo transmisssor pressurizado (sensor de pressão MPX 5700 Motorola), conectado a um circuito eletrônico com conversor analógico/digital. As crianças morderam o tubo com o máximo de força 3 vezes consecutivas, por 10 segundos, com 5 segundos de intervalo entre as avaliações, e o sinal foi transmitido diretamente ao computador. Foram obtidos o mínimo e o máximo valor, correspondentes à pressão inicial do tubo pressurizado e ao valor máximo da força de mordida, respectivamente, e as diferenças calculadas, sendo o maior valor considerado. A análise de variança e o teste de Tukey avaliaram as diferenças entre as médias. As médias da máxima força de mordida foram de 208,94 N, 246,80 N e 239,08 N para os 3 grupos respectivamente e não houve diferença estatisticamente significativa (p>0,05) pelo Teste de Tukey. A análise de correlação mostrou que o peso e a força de mordida apresentaram forte correlação positiva, enquanto a altura e a força de mordida, correlação positiva mais fraca, pelo teste de Pearson. Concluiu-se que o tipo de oclusão na dentição decídua não afeta a magnitude da força de mordida e o peso foi um fator de influência nesta magnitude.                                                                              

 

Apoio financeiro FAPESP e FAEP.

B344

Relação da Classificação de Angle com a severidade das más oclusões.

J.A.M. MIGUEL,  D.L. CUNHA*   

Disciplina de Ortodontia - Faculdade de Odontologia – UERJ/UNESA/UFRJ - jmiguel@trip.com.br

A Classificação de Angle tem sido o índice oclusal mais usado, embora seja incapaz de identificar o grau de necessidade para tratamento ortodôntico. O objetivo do presente estudo foi estimar o grau de severidade das más oclusões em pacientes da Clínica de Ortodontia da FO-UERJ utilizando o Componente de Saúde Dental (DHC) do IOTN (Brook PH, Shaw WC; Eur. J. Orthod., 11:309-32, 1989) e avaliar sua relação com a Classificação de Angle. Os escores do DHC representam uma escala crescente de severidade, variando de 1 (sem necessidade) a 5 (muita necessidade para tratamento ortodôntico). As avaliações foram feitas por um operador, em 271 modelos iniciais disponíveis, a partir de 300 pacientes consecutivos tratados ortodonticamente. O teste Qui quadrado foi utilizado para testar a hipótese de diferença significativa de severidade entre as Classes de Angle.

 

                                                    DHC

Cl. Angle             1             2             3             4             5             Total

Cl. I                    0             2             10             48             17             77

Cl. II                    0             2             8             71             71             152

Cl. III                   0             2             6             25             9             42

Total                  0             6             24             144             97             271Pode-se concluir que 56,1% da população estudada era Classe II de Angle e que 93,4% destes estavam incluídos nos níveis de maior necessidade para tratamento ortodôntico (DHC 4 e 5). A diferença dos níveis de severidade entre as Classes de Angle foi considerada significativa (p=0,001), sugerindo que os casos de severidade máxima (DHC 5) eram em sua maioria Classe II (73,2%).

B345

Prevalência de características da oclusão normal na dentição decídua.

R. I. FERREIRA*, A. C. ALVES, A. K. BARREIRA, C. D. SOARES

Depart. de Odont. Social da Fac. de Odonto. Univ. Fed. da Bahia-  0712645377

O objetivo deste estudo foi verificar os padrões oclusais normais da dentição decídua em crianças pré-scolares brasileiras. A amostra foi constituída por 356 crianças, de ambos os sexos (52% meninas e 48% meninas), selecionadas de um total de 693 examinadas, na faixa etária de 3-5 ½ anos (4,05±0,77), estudantes de 14 escolas particulares de Salvador. Crianças apresentando restaurações ou cáries proximais, dentes ausentes, mordida aberta anterior ou mordida cruzada anterior ou posterior foram excluídas. O exame de oclusão foi realizado na sala de aula, por dois examinadores utilizando uma espátula de madeira. Os dados foram analisados pelo EPI-INFO 6.02, usando o c 2. A freqüência do arco tipo I foi 43,3% para o superior e 46,3%, para o inferior. O arco tipo II esteve presente em 56,7% dos superiores e em 53,7% dos inferiores, entretanto, sem diferença entre sexos. A distribuição dos espaços primatas foi de 89,9% para o arco superior e 67,1% no arco inferior, diminuindo significativamente tal prevalência com o aumento das idades (p<0,01). A relação canina normal foi encontrada em quase 60% para ambos os lados. Nos 712 lados avaliados, 55,9% apresentaram plano terminal mesial para os segundos molares decíduos; 37,9% plano terminal reto e 6,2% degrau distal. Os resultados permitem concluir que a presença dos espaços inter-incisais, comumente relatados por outros autores, não foi o mais freqüente para ambos os arcos nesta amostra, entretanto, os espaços primatas foram os mais prevalentes. Os freqüentes padrões normais de oclusão para as relações canina e molar foram os de Classe I.

B346

Avaliação da eficiência mastigatória em crianças com oclusão decídua.

V.G. RAYMUNDO*, M.B.D. GAVIÃO

Departamento de Odontologia Infantil- FOP - UNICAMP - E-mail: vaneska_r@hotmail.com

A eficiência mastigatória é a medida da capacidade de fragmentação dos alimentos. Está relacionada com as condições da dentição e é quantificada pela determinação do tamanho das partículas trituradas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência mastigatória em 30 crianças de 3 a 5,5 anos de idade, com oclusão normal (grupo I), mordida cruzada (grupo II) e mordida aberta (grupo III). O material teste foram tabletes de silicona (Optosil - Bayer), os quais foram mastigados em 20 ciclos. As partículas foram expectoradas, peneiradas e o fluído residual evaporado e foram pesadas para avaliar se nenhum material havia sido perdido. O perímetro e a área das partículas foram mensurados por análise digital. Foram transferidas a uma base sem sobreposição das partículas e fotografadas por uma câmera. Utilizou-se o scanner (HP-SCANJET 4C/T) para as imagens as quais foram analisadas pelo Software Image Lab (Softium Informática Ltda-ME). Através dos pontos de referência nas fotos o sistema foi calibrado para transformar as dimensões das imagens digitalizadas (pixel) em dimensões reais (cm). Análise de variança e o teste de Tukey avaliaram as diferenças entre os grupos. As dimensões das partículas e as variáveis corporais (peso e altura) foram correlacionadas pelo teste de Pearson. Os resultados mostraram que as médias da área e perímetro das partículas foram 0,17cm e 2,33cm para o grupo I, 0,34cm e 2,34cm para o grupo II e 0,34cm e 2,23cm para o grupo II, com diferenças estatisticamente significantes: o grupo I apresentou maior quantidade e menores partículas que os outros dois grupos. Houve fraca correlação entre variáveis corporais e a área e o perímetro das partículas. Concluiu-se que a eficiência mastigatória foi dependente da oclusão e que as variáveis corporais não foram fatores de influência.

Apoio financeiro FAPESP - Processo 97/12112-3.

B347

 Tempo de serviço e estimativa de durabilidade de próteses totais.

C. R. LELES*, R. G. FONSECA, L. A. P. PINELLI, M. A. COMPAGNONI

Fac. de Odontologia de Araraquara (Unesp) – Depto de Materiais Dentários e Prótese (016)2321233

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a longevidade e estabelecer os períodos críticos que interferem no tempo de serviço de próteses totais. Foram entrevistados 103 pacientes, usuários de próteses totais duplas, tratados na Faculdade de Odontologia de Araraquara (Unesp), 70 do sexo feminino e 33 do sexo masculino (idade média = 65±11 anos). O tempo decorrido a partir da instalação das próteses variou entre 1 e 11 anos (média = 4,8 anos). Questionou-se a respeito do uso ou não das próteses e, em caso negativo, quanto tempo depois da instalação o paciente deixou de utilizá-las. A análise dos resultados foi realizada pelo método de Kaplan-Meier. Verificou-se que a estimativa do tempo médio de serviço das próteses foi de 7,5 anos, sendo de 8,1 anos para a superior e de 7,0 anos para a inferior. Verificou-se que 17,48% dos pacientes deixaram de utilizar a prótese superior antes do primeiro ano após sua instalação, enquanto 26,21% dos pacientes deixaram de utilizar a prótese inferior nesse mesmo período. No entanto, entre o primeiro ano de utilização até o final do período de observação de 11 anos, a porcentagem de durabilidade foi reduzida para 55,39% para a prótese superior e para 46,20% para a prótese inferior. Além disso, houve uma menor durabilidade das próteses nos pacientes do sexo masculino em comparação com o sexo feminino. Concluiu-se que o período mais crítico em relação à aceitação da prótese total é o da adaptação funcional, imediatamente após a instalação da prótese e que o tempo de serviço da prótese superior é maior que da prótese inferior, durante e após o período de adaptação funcional.

 

Apoio financeiro: FAPESP

B348

Avaliação da Estabilidade Dimensional de Siliconas em Função da Técnica de Moldagem.

G. PEDRAZZI*, S. SIÉSSERE, I. A. ORSI, O. ZANIQUELLI

Depto. de Materiais Dentários e Prótese- Fac. de Odontologia de Ribeirão Preto - USP - (016) 602-4007

O objetivo desse trabalho foi avaliar a estabilidade dimensional de siliconas de condensação e adição em função da técnica de moldagem (única e dupla) em vários intervalos de tempo. Para a confecção dos moldes foi utilizada uma matriz metálica, que era moldada com moldeiras individuais. Os materiais utilizados foram: Optosil - Xantopren, Speedex e Silon (siliconas de condensação) e Provil, Extrude, Aquasil e Express (siliconas de adição). Cada material era manipulado de acordo com as instruções do fabricante. Para efetuar a técnica de moldagem única, o material pesado era colocado na moldeira e sobre ele e na matriz, o material leve. Essa moldeira era levada à estufa (37°C) e colocada sobre a matriz, que estava posicionada em um dispositivo que simulava a pressão digital. Decorrido o tempo de polimerização, a moldeira era sacada e levada ao perfilômetro Nikon para a realização da 1a mensuração. Para a técnica de dupla moldagem era colocado um alívio sobre a matriz e realizada a moldagem com o material pesado; após a polimerização o alívio era removido e efetuada a moldagem com o material leve. Foram confeccionados 5 corpos-de-prova para cada material e para cada técnica e 3 mensurações em cada um. As mensurações seguintes foram realizadas após 15, 30 e 45 minutos, 1, 2, 3, 4 e 5 horas da obtenção dos moldes. Pelo teste t (student) na técnica de dupla moldagem, o material Aquasil (5h) mostrou o menor valor de alteração dimensional (p<0,01), com uma diferença em relação à matriz de 11,4µm, seguido pelo Extrude (inicial, p<0,01,11,5µm). Para a técnica de moldagem única os materiais que apresentaram menor alteração foram Speedex (5h), Provil (15 min), Silon (inicial) e Optosil-Xantopren (inicial). Conclui-se que para a técnica de moldagem única deve-se utilizar Speedex, Provil, Silon e Optosil-Xantopren e para a técnica de dupla moldagem, Aquasil e Extrude.

B349

Fóvea palatina: sua importância na confecção de próteses totais.            

K. M. Freitas*, R. A. Sousa, H. F. O. Paranhos, M. Semprini, M. G. C. Mattos

Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP; Depto. de Mat. Dentários e Prótese - (016) 602 4006 (016) 602 4015   

O objetivo deste trabalho é analisar, por meio de modelos de estudo, a presença das fóveas palatinas e a influência que  estes acidentes anatômicos apresentam na confecção de moldeiras individuais para pacientes desdentados. Tal análise é de grande importância na confecção de próteses totais, pois envolve a região de linha vibratória, considerada como uma referência na delimitação da zona de travamento posterior da área chapeável e, conseqüentemente influenciando na retenção da prótese. Esta região é delimitada , principalmente, pela vibração do palato mole quando o paciente emite o fonema “ah”. No entanto, quando outros fatores podem contribuir para a melhor delimitação desta área, estes devem ser levados em consideração. Foram utilizados para esta análise 80 modelos de gesso de pacientes dentados e 80 de desdentados, estes últimos com suas respectivas moldeiras individuais recortadas posteriormente no limite da linha vibratória, obtidos pelos alunos do curso de Odontologia da FORP-USP para confecção de próteses ou não. A análise dos resultados revelam que a fóvea palatina foi encontrada em 13,75% dos modelos de pacientes dentados e 42,50% dos desdentados. A maior incidência foi observada em modelos de pacientes dentados do sexo masculino que apresentavam palato tipo II, enquanto que para o grupo dos desdentados a maior incidência foi em pacientes do sexo feminino que apresentavam também palato tipo II. Nos pacientes desdentados que apresentavam fóveas palatinas, estas estavam situadas, em sua maioria,  1 milímetro posteriormente à linha vibratória. Pode-se concluir, portanto, que as fóveas palatinas, quando existentes, podem ser uma referência anatômica para a delimitação da zona de travamento posterior da área chapeável.

B350

Precisão dimensional de técnicas de transferência em sistemas de implantes.

M.A.A.NÓBILO*, G.E.P.HENRIQUES, M.F.MESQUITA, R.A.ZAVANELLI, J.L.L. SANCHEZ

Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - SP - (019) 430 5211

O sucesso na reposição de dentes naturais perdidos por meio de implantes representa um grande avanço no tratamento clínico. Porém, um dos desafios da implantologia oral é a obtenção de uma precisa transferência de moldagem e modelo de gesso. Foi propósito deste estudo avaliar a influência de alguns materiais de moldagens (silicona por adição Express -3M; silicona por condensação 5900 - 3M; e, poliéter - Impregum F – Espe) e dois diferentes sistemas de transferência:  transferentes quadrados unidos com resina acrílica Duralay e técnica de transferentes cônicos, sobre uma matriz em resina de poliestireno, representando uma mandíbula edêntula, contendo 5 implantes dispostos simetricamente na região inter-forâmes. Os centros geométricos dos implantes foram tabulados da A a E e três leituras lineares foram usadas como medidas originais. A alteração dimesional linear foi avaliada usando cinco  moldes para cada material de moldagem com uma das técnicas de transferência e modelos foram obtidos em gesso tipo IV contendo os análogos respectivos. As leituras dos análogos foram realizadas num microscópio comparador (Leitz), comparando-as com as medidas originais. Os resultados após teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade mostrou que para a distância A-C todos os três materiais de moldagem reproduziram os pontos referenciais da matriz, com valores sem diferença estatisticamente significativa entre si, nas duas técnicas de transferência. Para a distância A/E, com o material silicona por adição e com diferenças estatisticamente significativa entre si, a técnica dos transferentes quadrados evidenciou uma expansão e a técnica dos transferentes cônicos  uma alteração dimensional de contração. Para a distância B/D, com o material silicona por condensação foi encontrado um comportamento semelhante ao da distância A/E. Conclui-se que não houve diferenças significativas entre os materiais de moldagem, porém houve quanto à técnica de tranferência.

Apoio financeiro: Fapesp – processo 98/02514-0

B351

Reabilitação oral com prótese parcial removível, nível de infecção por mutans e seu controle.

E. P. ROCHA*, S. B. FRANCISCO, A. A. DEL BEL CURY , J. A. CURY

FOP - UNICAMP - SP- altcury@fop.unicamp.br

Estudos relacionam o uso da prótese parcial removível (PPR) com índices diferenciados de Streptococcus do grupo mutans (SM). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da PPR no índice de SM na saliva e verificar o resultado da aplicação do gel de clorexidina a 1%(CHX). Amostras de saliva de 32 pacientes foram coletadas imediatamente antes da instalação da PPR (baseline=T0), 8 dias após (T8), (T48), (T92), (T140) e (T189). As amostras foram homogeinizadas e diluições seriadas de 10-1 a 10-6 foram realizadas em solução estéril de tampão fosfato, 0,05 M, pH 7,0. Em duplicata, alíquotas de 25 mL foram semeadas em placas de petri com MSB. A seguir, as placas foram incubadas em estufa de CO2 (5,0%), a 370C, por 72 horas. Os resultados apresentaram diferença estatística (Test t, p<0,05) entre os valores de T0 e T48, respectivamente: (média ± d.p., em CFU de SM/mL de saliva) 2,26±4,43 x 106 e 0,47±1,48 x 108. A CHX foi aplicada em 29 voluntários, não reduzindo o índice de SM na saliva. Uma nova amostra foi testada “in vitro” pelo método de difusão em ágar, e aplicada em 15 voluntários. A seguir, amostras de saliva foram coletadas nos períodos: antes da aplicação da clorexidina (baseline=T0), 24 horas após (T24h) e 82 dias após (T82). Os resultados apresentaram diferença estatística (Sgn Rank, p<0,05) entre os valores de T0 e T24h, respectivamente: (média ± d.p., em CFU de SM/mL de saliva) 6,64±8,47 x 106 e 3,20±4,27 x 105. O índice de S. mutans na saliva retornou aos valores iniciais após 82 dias (T82). Concluiu-se que o uso da PPR promoveu aumento significativo de SM e que o gel de clorexidina a 1% foi eficaz na redução de SM durante 82 dias.

B352

A progressão da dureza de resinas para reembasamento imediato.

A. AZEVEDO*,  A. L. MACHADO, E. T. GIAMPAOLO, A. C. PAVARINA, C. E. VERGANI

Dep.Mat.Odont.Prótese. F.O. Araraquara–UNESP. Fax (016)2224823.

Considerando-se que o grau de polimerização pode exercer efeito nas propriedades físicas das resinas para reembasamento imediato, o grau de conversão pode ser um fator importante no sucesso final obtido. Neste estudo, o grau de polimerização de duas resinas (Duraliner II e Kooliner) foi avaliado, indiretamente, pela mensuração da dureza Vickers. Os corpos-de-prova foram preparados com a forma de discos com 13 mm de diâmetro e 8 mm de altura. De acordo com o fabricante da resina Duraliner II, após o reembasamento, o material pode ser colocado em água a 550 C por 10 minutos, para reduzir o monômero residual. Assim, neste estudo, os corpos-de-prova do material Duraliner II foram divididos em dois grupos, sendo um deles submetido ao tratamento térmico descrito acima. Os testes de dureza foram realizados após o armazenamento dos corpos-de-prova a seco à temperatura ambiente por 1, 24, 48 horas, 7, 30 e 60 dias. Oito valores foram registrados em cada intervalo de tempo, nos cinco corpos-de-prova dos três grupos avaliados. Os resultados submetidos à análise de variância, seguida pelo teste de Tukey ao nível de 95%, indicaram que: 1) Os valores Vickers para o material Duraliner II diminuíram de 1 hora para 48 horas e, a partir desse período, aumentaram até o tempo de 60 dias, nas duas condições em que foi testado; 2) Para o material Kooliner, a dureza aumentou gradualmente até 30 dias, período em que houve estabilização; 3) O material Kooliner  apresentou os maiores valores de dureza entre os períodos de 48 horas até 30 dias; 4) Não houve diferenças estatisticamente significantes na dureza das resinas para reembasamento após 60 dias de armazenamento a seco.           

  Apoio Financeiro: FAPESP.

B353

Disfunção de ATM em crianças de 04 a  07 anos.       

G. R. CIRANO*, C. R. M. D. RODRIGUES, M. D. M. OLIVEIRA, L. F. LOPES

Depto. Odontopediatria, Faculdade Odontologia da USP – SP – Fone: (011) 818-7835

A proposta deste estudo foi efetuar análise da prevalência de sintomas sugestivos de disfunção de ATM, fatores predisponentes e a correlação entre estes em crianças, em relação ao sexo e faixa etária. Os dados utilizados foram obtidos através da análise de questionários, os quais foram respondidos por responsáveis pelos participantes da amostra, sendo esta constituída por 180 crianças com idade entre 04 e 07 anos. A prevalência de sintomas foi de 32,2%, enquanto que os fatores predisponentes estiveram presentes em 80,6% da amostra. Para a análise dos resultados, foram utilizados os Testes de Correlação de Pearson, com teste de significância para coeficiente de correlação, e de Diferença de Duas Proporções (Teste “Z”). Não foram comprovadas diferenças significantes entre os sexos ou faixa etária para qualquer dado pesquisado (p>0,05). O sintoma mais comum foi a dor de cabeça freqüente (19,4%), seguido pela dor de ouvido (11,7%). Foi verificada uma alta prevalência de hábitos parafuncionais (72,2%), principalmente respiração bucal (41,1%) e bruxismo (33,9%). A prevalência de sintomas e fatores predisponentes de disfunção foi alta, observando-se existir uma correlação significante entre o número de sintomas e o número de fatores, em todas as faixas etárias, com exceção da idade de 7 anos, principalmente no sexo masculino; não foi comprovada a correlação de um fator predisponente isolado com o distúrbio articular, representado pela prevalência de sintomas.

B354Resistência da união entre resina acrílica e materias reembasadores resilientes.    

J. L. L. SANCHES*, M. F. MESQUITA, G. E. P. HENRIQUES, M. A. A. NÓBILO, R. A. ZAVANELLI

Departamento de Prótese e Periodontia - FOP -  UNICAMP. (019)4305211

Este trabalho teve por objetivo comparar a capacidade de adesão entre bases resilientes (Dentuflex, Ufi-Gel e Eversoft) e resina acrílica (QC 20), submetidas ou não à termociclagem. Foram confeccionadas 20 amostras para cada base resiliente. Metade das amostras recebeu termociclagem (1 minuto em água a 5oC e 1 minuto em água a 65oC), e a outra metade não. Para a confecção das amostras, incluímos matrizes metálicas em muflas, e o molde resultante foi preenchido com resina acrílica, dividida ao meio por um espaçador. Após a polimerização da resina, o espaçador foi retirado e as partes unidas com material resiliente. Metade das amostras foram submetidas a 3.000 ciclos, e a outra metade não recebeu tratamento. Em seguida, as amostras foram submetidas ao ensaio de resistência à tração da união em uma máquina de ensaio universal (EMIC-DL500MF), com velocidade de 5mm/min. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística através do teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. As maiores médias foram apresentadas pelo Dentuflex (3,32 MPa), e as menores pelo Ufi-Gel (0,18 MPa), ambos submetidos à termociclagem. Com base nos resultados obtidos, pudemos observar que: O material Dentuflex apresentou os maiores valores de resistência à tração da união, independentemente do tratamento recebido, apresentando diferença estatística em relação ao Eversoft e ao Ufi-Gel. O material Eversoft quando submetido à termociclagem apresentou valores estatisticamente superiores ao Ufi-Gel. Para os materiais Dentuflex e Eversoft, a termociclagem elevou os valores de resistência à tração da união, apresentando diferença estatística em relação ao controle, e para o material Ufi-Gel, a termociclagem teve efeito inverso.

Apoio financeiro: Capes

B355

Regeneração tecidual guiada no tratamento de lesões de bifurcação.

P. R. CURY*, NASCIMENTO, L.M.C., E. A. SALLUM, A. W. SALLUM

Departamento de Periodontia -  FO de Piracicaba -UNICAMP  - (014) 351-2390

Objetivou-se comparar clinica e radiograficamente a regeneração tecidual guiada (grupo teste), utilizando-se membranas reabsorvíveis de ácido poliláctico, com o tratamento cirúrgico convencional (grupo controle), em lesões de bifurcação classe II. A amostra consistiu de 9 pacientes, totalizando 19 lesões, 2 em cada um de 8 pacientes, 3 em um outro, determinadas aleatoriamente para os grupos teste e controle. Radiografias e parâmetros clínicos pré-cirúrgicos foram comparados aos obtidos 6 meses pós-cirurgicamente. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos (p>0,05) quanto ao ganho de inserção clínica vertical (controle: 1,16 mm, teste: 0,75 mm) e horizontal (teste: 2,5 mm, e controle: 1mm), redução da  profundidade de sondagem (controle: 2,51 mm, teste: 1,61 mm), recessão gengival  (teste 0,85 mm, e controle: 1,24 mm). No grupo teste, 3 lesões fecharam totalmente. Verificou-se perda de densidade óssea em ambos grupos: -2,38 (teste) e -13,11 (controle); p=0,043.  No grupo teste a área de ganho de densidade foi maior (42,19%) que no grupo controle (21,91%). Concluí-se que o tratamento de lesões de bifurcação classe II através da RTG, foi clinicamente similar ao tratamento convencional,  porém proporcionou possibilidade de fechamento de algumas lesões, menor perda de densidade e maior área de ganho de densidade que o tratamento cirúrgico convencional.

 

Apoio FAPESP: Processo 97/06492-8

B356

Avaliação de pacientes portadores de disfunção velofaríngea tratados com prótese de palato.

J. H. N. PINTO*, M. I. PEGORARO-KROOK

Setor de Prótese de Palato- HRAC-USP – Bauru – (014)2358086.

Este trabalho teve como objetivo avaliar, por meio de um questionário, o julgamento de pacientes portadores de disfunção velofaríngea, tratados com prótese de palato, em relação à mastigação, à fala, à estabilidade, à estética, à comodidade e à qualidade de vida. Além disto, o trabalho também comparou a inteligibilidade de fala nas condições, com e sem a prótese de palato, pelo julgamento de 5 fonoaudiólogos. A amostra consistiu em 48 pacientes, com idades variando entre 8 e 74 anos (X = 31,47+16,03), sendo 42 com insuficiência velofaríngea devido à fissura palatina congênita operada ou não, 2 com insuficiência velofaríngea devido à ressecção total ou parcial do palato (casos que tiveram câncer) e 4 com incompetência velofaríngea devido à paralisia total ou parcial do palato mole. Os resultados do questionário mostraram que: (1) a maioria dos pacientes referiu se alimentar usando a prótese (81,2%); (2) a maioria relatou melhora da fala com a prótese (85,4%); (3) a prótese ficou estável para a maioria dos pacientes, tanto na alimentação (75%), quanto na fala (91,7%); (4) a maior parte dos pacientes (79,2%) sentiu-se confortável em usar a prótese; (5) a estética com a prótese foi satisfatória para a maioria dos pacientes (97,9%); (6) a qualidade de vida da maioria dos pacientes (85,4%) melhorou com o uso da prótese. Em relação ao julgamento da inteligibilidade de fala pelos 5 fonoaudiólogos, concluiu-se que os resultados na condição, com prótese de palato, foram estatisticamente melhores que os resultados na condição, sem prótese, concordando com o julgamento dos próprios pacientes.

B357

Análise de três técnicas de moldagem.

C.A.ANDRADE*, F.A.SILVA, W.A.B.SILVA, F.A.PEIXOTO SILVA

Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba.(019) 430 5292 wilkens@fop.unicamp.br

O objetivo desse trabalho foi analisar três técnicas de moldagem: casquete (T1); massa-reembasamento (T2); moldagem simultânea (T3), utilizando-se a silicona por adição Express da 3M (M1), a silicona de condensação da 3M (M2) e a silicona de condensação Optosil-Xantopren da Bayer (M3).O corpo de prova foi confeccionado utilizando-se um modelo padrão onde dois elementos foram preparados, utilizando-se oito pontos de referência: O 2º PMI (pontos A,B,C e D) e o 2º MI (pontos I,J,K e L). O alívio para a moldagem foi padronizado em 2mm para T2 e T3, e em 0,3mm para T1. A pressão de moldagem foi de 400g para T1 (materiais de baixa viscosidade) e 1500g para T2 e T3 (materiais de alta viscosidade). Para cada técnica e material foram realizadas 10 moldagens, totalizando 120 modelos. Os moldes foram vazados em gesso tipo IV. Foram realizadas mensurações lineares nos modelos entre os elementos preparados, em oito pontos específicos: A-I(17,47mm); B-J(15,81mm); C-K(16,64mm); D-L(16,71), utilizando-se um microscópio comparador Leitz  Os resultados foram submetidos ao teste de Tuckey ao nível de 5% de probabilidade, sendo os mais precisos; T1 com M2 (A-I, 17,50mm; B-J, 15,80mm; C-K, 16,69mm e D-L, 16,72mm). De acordo com estes resultados os autores puderam concluir que, o material M2 obteve as melhores médias independentemente da técnica utilizada; a técnica T1 obteve os melhores resultados independentemente do material.

B358

Etiologia das perdas de globos oculares.

V. R. CÔAS*, A. C. C. NEVES, S. M. RODE

Depto Mat. Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP. - (012) 321-8166, ramal 1305

Este trabalho estudou a etiologia das perdas de globo ocular de pacientes atendidos no ambulatório do curso de pós-graduação em odontologia, área de concentração em prótese buco maxilo facial da Faculdade de Odontologia do Campus de S. José dos Campos - UNESP e do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté, no período de março de 1988 a dezembro de 1998. A prótese ocular é uma modalidade da prótese facial que visa à reparação das perdas ou deformidades do bulbo ocular, sejam elas totais ou parciais. O conhecimento da etiologia e da incidência das perdas dos globos oculares é de grande importância até no sentido de permitir uma orientação preventiva à sociedade. Após a coleta de dados em ficha apropriada como: idade da perda ou atrofia do globo ocular, etiologia (congênita, adquirida não esclarecida, adquirida traumática e adquirida patológica), sexo e tipo de cirurgia, os mesmos foram transcritos para uma folha de codificação e análise estatística pelo teste do Qui-quadrado foi realizada no sentido de verificar as freqüências em números e porcentagens das variáveis tratadas. A partir da avaliação das 171 fichas clínicas pudemos observar que as perdas de globos oculares de etiologia traumática são as mais freqüentes (53,80%), seguidas pelas patológicas (37,42%) e congênitas (6,43%). De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa concluímos que: as perdas de etiologia traumática são as de maior incidência, seguidas das patológicas e com menor incidência para as congênitas; com relação ao sexo houve predominância do masculino; a faixa etária mais freqüentemente atingida foi a 21 a 40 anos em todas as etiologias estudadas; a cirurgia mais empregada para remoção do globo ocular foi a enucleação; houve predominância da perda de globo ocular do lado esquerdo embora não apresentasse significância estatística.

B359

Adaptação de bases de prótese, segundo diferentes tipos de resfriamento.

S. M. GANZAROLLI, A. A. DEL BEL CURY, R.C.M. RODRIGUES GARCIA

Dep. Prótese e Peridontia-Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP           - (019) 893-1054

A adaptação das bases de prótese evita a formação de hiperplasias, e mantém uma adequada função mastigatória. Foi propósito deste trabalho  avaliar a adaptação de 72 bases de prótese, confeccionadas com resina acrílica termopolimerizável convencional Clássico (C) e resinas para cura em forno de microondas, Acron-MC (A) e Onda Cryl, (O) quando submetidas aos procedimentos de resfriamento brusco (RB) e convencional (RC) (grupo controle) das mesmas após polimerizadas. A avaliação foi realizada imediatamente após a demuflagem (TI) e após um período de armazenagem dessas bases em água, por 30 dias (AA). O método utilizado para verificação da desadaptação foi: a) Peso em gramas (g) da silicona de adição (Express-3M) interposto entre a base de resina e o modelo metálico, e pesada em balança de precisão de 0,001g. Foram encontrados os seguintes resultados: Independente da armazenagem em água: Resina C-RB: 1,00 a (±0,11); Resina C-RC: 0,72 a (±0,03); Resina A-RB: 1,00 a (±0,12); Resina A-RC: 0,70 b (±0,03); Resina O-RB: 0,95 a (±0,10); Resina O-RC: 0,76 c (±0,04). Os resultados obtidos foram submetidos ao teste de Tuckey, com nível de significância de 0,05 (p<0,05). Os autores concluíram que: 1) A resina Acron-MC apresentou melhor adaptação quando comparada com a resina Clássico, polimerizada em banho de água, e esta última mostrou-se melhor adaptada quando comparada com a resina Onda-Cryl, polimerizada por energia de microondas. 2) O resfriamento brusco potencializou a desadaptação das 03 resinas testadas. 3) A armazenagem em água não interfere nos resultados.          

                                             

 Apoio financeiro: FAPESP - Processo 97/01380-7

B360

Regeneração óssea dirigida com dois tipos de barreiras físicas.

F. S. MATUDA*, N. L. MACEDO, Y. R. CARVALHO, L. G. S. MACEDO

Fac. Odont. São José dos Campos - UNESP - (012) 321-8166 R: 1305

Este trabalho avaliou comparativamente a neoformação óssea com a utilização de dois tipos de barreiras físicas no tratamento de defeitos ósseos produzidos na tíbia de coelhos, mediante o uso da técnica de regeneração tecidual dirigida. Foram utilizados quatro coelhos adultos, nos quais executamos dois orifícios de 8.0mm de diâmetro em cada uma de suas patas posteriores, com brocas cirúrgicas e irrigação abundante com cloreto de sódio estéril a 0.9%. Na pata direita os defeitos foram recobertos com a barreira de politetrafluoretileno(PTFE) e na pata esquerda com a membrana Gengiflex. Os animais foram sacrificados após três meses para a análise histológica dos resultados. Os defeitos com barreira de PTFE apresentavam-se preenchidos completamente por tecido ósseo. Já nos defeitos com a membrana Gengiflex notou-se um preenchimento ósseo lamelar incompleto com áreas mostrando falta de continuidade das margens ósseas e algumas depressões. Dentro dos limites deste estudo experimental podemos concluir que a barreira não porosa de politetrafluoretileno cumpriu os objetivos e requisitos necessários para permitir a neoformação óssea natural, mostrando-se mais efetiva que a membrana Gengiflex no tratamento dos defeitos ósseos.

B361

Alterações periodontais após tratamento ortodôntico.

M. B. C. RIBEIRAL* ,  A. M. BOLOGNESE, E. J. FERES FILHO

Periodontia, F.O. da UFRJ, Rio de Janeiro, (021)560-6137/R2034

Em estudo prévio comparando pacientes de 17 a 26 anos ortodonticamente tratados há pelo menos 2 anos (experimental, N=53) ou não tratados (controle, N=51), foram observadas alterações periodontais (Ribeiral et al., SBPqO, 1998 #A148). O objetivo deste estudo foi, avaliar o controle de placa, idade, sexo, duração e tempo após o tratamento, tipo de maloclusão e tratamento com ou sem extrações dentárias, como fatores associados à profundidade de bolsa à sondagem (PBS) ³ 5mm. Esta condição foi 4 vezes mais frequente nos molares superiores do que nos inferiores e só foi observada no grupo experimental, de acordo com a seguinte prevalência: 67,9% dos pacientes sem bolsas, 13,2% com 1 a 3 sítios e 18,8% com mais de 3 sítios. Dentre as variáveis analisadas, somente o tratamento ortodôntico com extrações dentárias apresentou associação estatísticamente significante com a presença de PBS ³ 5 mm (p = 0,018, c2 = 4,27). Além disso, esta estava associada à defeitos ósseos, geralmente pequenos e de difícil identificação radiográfica. O tratamento ortodôntico, com extrações dentárias, pode predispor à ocorrência de sítios com profundidade de bolsa aumentada, principalmente nos sítios proximais de molares superiores.  Há necessidade de estudos para avaliar outras variáveis, que possam explicar tais alterações periodontais.

B362

Permeabilidade dentinária em função do tratamento com oxalato de potássio.

E. B. FRANCO, J. L. DIAS, M. C. GALLINA*, P. M. CARVALHO, P. G. TAVARES

Depto. Dentística. Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP. (014) 235-8265.

Tendo em vista a possibilidade da permeação do componente líquido durante procedimento clínico de cimentação, principalmente com cimento de fosfato de zinco, o objetivo deste trabalho foi avaliar a condutância hidráulica da dentina após o tratamento prévio com verniz (Copalite) e gel de oxalato monopotássio monohidratado (Oxa-gel). Foram utilizados 10 (dez) terceiros molares recém-extraídos que receberam preparos tipo coroa total. Os dentes foram distribuídos em dois grupos. No primeiro grupo a condutância hidráulica, dos cinco dentes preparados, foi avaliada primeiramente com a presença da smear layer, em seguida pelo condicionamento com EDTA a 0,5M (pH 7,4) (permeabilidade dentinária máxima) e por último pela aplicação do (Oxa-gel) por 3 minutos. No segundo grupo os dentes preparados receberam a aplicação de duas camadas de verniz a base de resina copal. A condutância hidráulica foi estabelecida em dispositivo similar ao utilizado por Pashley et al. (Dent. Mat. 1988: 4: 60-63). A média (em milímetros) da permeabilidade dentinária dos espécimes preparados foi:

             Smear layer     EDTA             Oxagel             Copalite            

             13,30                          28,0             10,20             1,25            

A utilização do verniz a base de resina copal (Copalite) mostrou uma redução significativa quando comparado ao Oxa-gel e pode representar um método mais efetivo no bloqueio dos túbulos dentinários previamente à cimentação de coroas totais.

 

Apoio: CNPq - Processo: 522332/94-3

B363

Atividade antimicrobiana do extrato de Punica granatum Linn na placa bacteriana .

J.V.PEREIRA, S.C.SILVA, L.J.COSTA, M.C.SAMPAIO*

Mestrado em Odontologia/UFPB - (083) 216-7409

A placa bacteriana (PB) é um fator determinante da doença periodontal, sendo seu controle indispensável para a saúde do periodonto. O controle mecânico é o mais eficiente, mas existem condições em que apenas este procedimento não é satisfatório, sendo necessário controle químico, onde, por exemplo a clorexcidina tem uma ótima ação. Propusemo-nos avaliar a eficácia  in vitro da Punica granatum (romã)  frente a três espécies do gênero Strectococcus, S. mitis, S.mutans e S.sanguis, comparandoe ao digluconato de clorexidina (clorexidina). O estudo foi realizado utilizando-se técnicas bacteriológicas, sendo a ativação das espécies bacterianas feita por inoculação em caldo tioglicolato de sódio e incubadas a 370C durante 18hs. O teste foi feito através da técnica de inundação na superfície do meio de cultura com a suspensão bacteriana e o extrato e clorexidina ambos colocados posteriormente. Para a clorexidina foi realizado o mesmo procedimento. Observou-se ação inibitória tanto da Punica granatum quanto da clorexidina, verificando-se inibição homogênea de acordo com o grau de concentração do extrato da planta. O extrato da Punica granatum apresentou in vitro atividade antibacteriana sobre as espécies bacterianas semelhante a ação da clorexidina, indicando boa respostas nos testes, merecendo no entanto, estudos in vivo para ser usado como uma terapêutica barata, acessível e que não traz contra-indicação.

B364

Efeito do estresse moderado num modelo de doença periodontal induzida por ligadura.

C. SUSIN*, C.K. RÖSING

Programa de Pós-Graduação em Odontologia/Periodontia - ULBRA-Canoas (051) 224-3986

O objetivo do presente estudo foi avaliar o papel de um modelo de estresse crônico variável de intensidade moderada na perda óssea alveolar induzida pela colocação de ligaduras em ratos. Foram utilizados 40 ratos wistar, que após estratificação por peso, foram distribuídos aleatoriamente cinco a cinco entre oito grupos experimentais. As ligaduras de fio de algodão foram colocadas nos segundos molares superiores no primeiro dia do experimento. O modelo de estresse constituiu-se na exposição dos animais a seis agentes estressores: luz piscante, isolamento, imobilização, imobilização com exposicão ao frio, exposição ao odor de sangue de rato, exposição a um novo ambiente. Com o objetivo de diminuir a adaptação dos animais ao modelo, o estresse era realizado em diferentes períodos do dia, sendo sua seqüência semanalmente alternada. Os animais foram sacrificados nos tempos de 30, 45 e 60 dias. Os grupos I, II e III receberam apenas ligadura. Os grupos IV, V, VI receberam ligadura e foram estressados a partir do primeiro dia de experimento. Os grupos VII e VIII receberam ligaduras e foram estressados apenas a partir do 29 dia, sendo sacrificados, desta forma, apenas nos dias 45 e 60. Análise histométrica da distância entre a junção amelocementária e a crista óssea foi realizada após o processamento das peças. Aos 30 dias, os grupos I (936,53 ± 84,77mm) e IV (796,36 ± 119,74mm) não diferiram estatisticamente (teste t independente, p=0,07). Dos grupos sacrificados aos 45 dias o grupo II (1007,75 ± 83,07mm) diferiu estatisticamente dos grupos  V (740,67 ± 67,36mm) e VII (823,24 ± 188,96mm) (ANOVA uma via, p=0,02). Os grupos III (840,35 ± 59,07mm), VI (784,10 ± 89,11mm)e VIII (863,65 ± 164,06mm) que foram sacrificados aos 60 dias não diferiram estatisticamente (ANOVA uma via, p=0,59). Conclui-se que os grupos submetidos ao modelo de estresse não diferiram do grupo controle, aos 30 e 60 dias, sendo que aos 45 dias apresentaram perdas óssea significantemente menores.

B365

Estudo comparativo da rugosidade radicular produzida por vários instrumentos periodontais.

E. O. B. MARTINS*, A. W. SALLUM, S. CONSANI

Departamento de Prótese e Periodontia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. - Fone: (018) 623-8578 / 986-2408; e-mail: martinsf@infocenter.com.br

O objetivo deste trabalho é avaliar, in vitro, o grau de rugosidade radicular deixado pelos vários tipos de instrumentos utilizados durante o processo de instrumentação radicular. Foram selecionados 90 (noventa) dentes unirradiculares, extraídos de pacientes que manifestavam periodontite avançada e indicados para exodontia. Em seguida, foram divididos aleatoriamente em nove grupos experimentais (dez dentes por grupo), instrumentados com os vários tipos de instrumentos: grupo1 - curetas manuais; grupo 2 - aparelho sônico; grupo 3 - aparelho ultrasônico; grupo 4 - ponta diamantada extrafina, em caneta de alta-rotação; grupo 5 - ponta diamantada extrafina, em caneta de baixa-rotação; grupo 6 - broca carbide multilaminada de 12 lâminas, em caneta de alta-rotação; grupo 7 - broca carbide multilaminada de 12 lâminas, em caneta de baixa-rotação; grupo 8 - broca carbide multilaminada de 30 lâminas, em caneta de alta-rotação; e, grupo 9 - broca carbide multilaminada de 30 lâminas, em caneta de baixa-rotação. Em seguida foram confeccionadas amostras de cada raiz, as quais foram submetidas à análise rugosimétrica, obtendo-se o “grau de rugosidade de cada raiz” ( Gr ). Estes dados foram submetidos à análise estatística. Os resultados mostraram que as rugosidades foram diminuídas significantemente após a instrumentação em todos os grupos (antes 1.7702; após 0.9223). Os autores concluíram que as curetas (1.011) apresentaram os menores valores de rugosidade residual mas não diferindo estatisticamente das brocas de 12 lâminas em alta (1.157) e baixa-rotação (1.228) , das brocas de 30 lâminas em alta-rotação (1.306) e das pontas diamantadas em baixa rotação (1.226). O uso das pontas diamantadas extrafinas em alta-rotação (1.462) apresentaram a maior rugosidade residual entre os grupos de brocas e não diferiram estatisticamente do uso de brocas de 30 lâminas em baixa-rotação (1.346). Mas a maior rugosidade residual foi encontrada no uso de aparelho ultrasônico (1.787) e este não diferiu estatisticamente do uso do aparelho sônico (1.593).

B366

Avaliação radiográfica do efeito da ciclosporina-A em ratos com doença periodontal induzida.

C.A. NASSAR*, P. OEHLMEYER, E. MARCANTONIO JR., R.A.C. MARCANTONIO, L.C. SPOLIDÓRIO, R.S.G. ABI RACHED

Dep. de Diagnóstico e Cirurgia - F.O.Ar. - UNESP. Fone: (016) 2321233

A ciclosporina-A (CsA) é uma droga imunossupressora muito utilizada em pacientes transplantados. Além de seus efeitos terpêuticos, a CsA apresenta alguns efeitos colaterais, dentre eles o crescimento gengival. Além disso, atua principalmente na diminuição da reação imunológica, particularmente em linfócitos, diminuindo assim, a reação inflamatória no local. Foi objetivo deste estudo avaliar a influência da CsA no desenvolvimento da perda óssea proximal em dentes de ratos com doença periodontal induzida por ligaduras. Foram utilizados 25 ratos, divididos em 3 grupos: G I (sem qualquer tratamento); G II (ligadura com fio de algodão nos 1os. Molares inferiores por 30 dias) e GIII (ligadura nos 1os. Molares inferiores por 30 dias e ciclosporina administrada a partir do 15o. dia). Os animais foram sacrificados no 300 dia, as peças removidas e radiografadas. A análise radiográfica demonstrou uma menor perda óssea proximal no GIII  em relação ao GII. O G I (controle) não apresentou perda óssea significativa. Pode-se concluir que o uso da CsA, influencia no desenvolvimento da doença periodontal, resultando em menor intensidade de perda óssea.

 

Auxílio Capes.

B367

Contribuição dos microrganismos periodontopatogênicos para o malodor oral.

S. L. SALVADOR, L. C. FIGUEIREDO*, E. MARCANTONIO JR., R. A. MARCANTONIO, E. P. ROSETTI. 

FCFRP-USP e FOAr-UNESP. (F: 016-602.4160).

A halitose é decorrente de compostos sulfurados voláteis (CSV) resultantes da decomposição de proteínas, peptídeos e mucinas por microrganismos putrefativos que residem na língua e bolsas periodontais. O objetivo deste estudo foi obter informações a respeito dos níveis de CSV e reação da hidrólise de BANA em indivíduos com profundidade à sondagem-PS > 3mm (Grupo I) e PS < 3mm (Grupo II-controle), e comparar esses valores com medidas organolépticas e condição gengival. Foram selecionados 40 indivíduos, sendo 20 do Grupo I (21-59 anos) e 20 do Grupo II (20-58 anos). A qualidade do hálito foi verificada organolepticamente e através de um monitor portátil (Halimeter™) capaz de medir em ppb a concentração de CSV. Os parâmetros clínicos (Índice de Placa-IP e Índice Gengival-IG) foram obtidos de seis dentes referência (16, 11, 26, 36, 31, 46). Amostras para o Teste BANA foram colhidas da superfície dorsal da língua, saliva e dos seis dentes referência. O Grupo I demonstrou valores significativamente maiores para os parâmetros: IP, IG, medidas organolépticas, CSV e resultados positivos para a hidrólise de BANA por amostras de placa subgengival (Teste U Mann-Whitney, p<0,01). Em indivíduos com PS>3mm, observou-se uma correlação entre os resultados da hidrólise de BANA por bactérias da placa subgengival e superfície dorsal da língua (p<0,01), e entre IG (p<0,01) e CSV (p<0,01), através da Correlação de Pearson. No Grupo II, observou-se uma correlação entre os resultados da hidrólise de BANA por bactérias da placa subgengival e profundidade à sondagem (p<0,05) e entre IP (p<0,05). Os resultados sugerem que as bolsas periodontais que albergam bactérias capazes de hidrolizar o substrato BANA podem ser consideradas reservatórios para a produção de CSV.           

 

 Apoio: Interscan Corporation.  

B368

Estudo comparativo da influência da ansiedade/depressão na progressão da doença periodontal.

L.CARVALHO*, S.FERREIRA, G. VILLORIA, R. SILVA, M. TOSTES, R. GALVÃO.

FOUGF, FOUFRJ - Rio de Janeiro. e-mail: luciah@webcorner.com.br

O objetivo do presente trabalho foi avaliar se os transtornos afetivos (ansiedade/depressão) influenciam no processo de progressão da doença periodontal após intervalo de reavaliação. 71 pacientes HIV+/aids (28 mulheres, 43 homens) com idade variando entre 19-60 anos foram examinados no Hospital-Dia do HUCFF-UFRJ, sendo esta amostra retirada do Estudo Longitudinal da Doença Periodontal em Pacientes Infectados pelo HIV. Todos dentes presentes na boca foram avaliados com sonda periodontal PCP-15 (HuFriedy), por um único examinador que fez medidas de profundidade de bolsa e nível de inserção à sondagem. A escala “Hospital Anxiety and Depression scale” (Zigmond, AS e Snaith, RP. Acta Psychiat. Scand. 1983: 67, 361-370) foi utilizada para estimar a presença de transtornos afetivos (ansiedade/depressão). Um questionário foi aplicado para avaliar o nível sócio-demográfico da amostra. Foram  realizados os testes do X² e Kruskal-Wallis para análise estatística. Dos 71 pacientes estudados, 65 (91,5%) apresentavam doença periodontal (pelo menos 1 sítio com perda de inserção ³ 4mm) no exame inicial, sendo que 28 (43,1%) apresentavam sinais de ansiedade e/ou depressão. Houve piora da doença periodontal (perda de inserção ³ 1mm)  em 63 dos 65 pacientes no intervalo do exame inicial e a primeira reavaliação 4 meses após. Dos 28 pacientes com doença periodontal e sinais de ansiedade e/ou depressão, 27 (96,4%) pioraram, e dos 37 pacientes sem sinais de transtornos afetivos, 36(97,3%) pioraram.  A prevalência  de doença periodontal foi alta. Comparativamente não houve diferença estatisticamente significativa na proporção de sítios com piora clínica, do total de sítios reavaliados após 4 meses, nos pacientes com e sem transtornos afetivos.

Apoio financeiro do Ministério da Saúde, Brasil.

B369

Determinação do biotipo periodontal delgado e espesso.

M.K. SONOHARA*, S.A.B. NISHIYAMA, P. BASSO

Departamento de Odontologia/UEM. - E-mail: mksonohara@wnet.com.br.

As características morfológicas dos tecidos periodontais estão relacionadas à anatomia dentária, principalmente à forma anatômica dos incisivos centrais superiores. O objetivo deste  trabalho  foi determinar os biotipos periodontais delgado e espesso, mediante a proporção largura/comprimento (L/C) das coroas clínicas dos incisivos centrais superiores, relacionando-a à prevalência da recessão gengival. A amostra consistiu de 38 indivíduos voluntários, acadêmicos do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá-UEM. Cada indivíduo foi submetido ao exame periodontal de medida de profundidade de sondagem e recessão gengival, seguida pela determinação do comprimento (C) e largura (L) da coroa, estabelecendo-se uma relação L/C para cada incisivo central, e posteriormente, os valores médios para cada indivíduo. A definição do biotipo periodontal baseou-se na forma da coroa, localização das áreas de contato proximal e arquitetura do tecido gengival. A partir dos dados clínicos, foram identificados 20 indivíduos com biotipo periodontal espesso (relação L/C >0,73) e 18 indivíduos com periodonto delgado (relação L/C £0,73). A prevalência de recessão gengival foi maior nos indivíduos com biotipo periodontal delgado (83,3%) comparado ao biotipo periodontal espesso (45%). Os autores concluíram que a  forma das coroas clínicas dos incisivos centrais superiores podem auxiliar na caracterização dos tecidos periodontais em espesso e delgado.

B370

Expressão do antígeno CD26 e atividade periodontal destrutiva.

P. Mª  A. L. MANNA*, J. E. COSTA, R. S. GOMEZ

Departamento de Cirurgia, Patologia e Clínica / FOUFMG - Telefone (031) 291-1199

Trabalhos recentes tem demonstrado que o anticorpo MIB-DS2/7 contra o antígeno CD26 reflete a produção de interferon gama e o fenótipo Th1 de linfócitos T. O objetivo deste estudo foi avaliar o percentual de células CD26 em bolsas periodontais com e sem atividade de perda de inserção. Dezessete pacientes com periodontite de início precoce foram submetidos a tratamento com instruções de higiene bucal, raspagem e alisamento radicular e avaliação do índice de placa. Após 45 dias, houve um acompanhamento por 09 meses com reavaliações mensais englobando medidas de profundidade de sondagem, perda de inserção clínica relativa e sangramento à sondagem através de sonda computadorizada. Biópsias de sítios com e sem perda de inserção com indicação cirúrgica foram coletadas e submetidas a processamento imunohistoquímico para identificação do antígeno CD26. Os resultados não mostraram diferenças com relação à expressão deste antígeno nos dois grupos de avaliação. Isto sugere que variações na percentagem de células CD26 não influenciam a atividade biológica de bolsas periodontais.

B371

Avaliação da padronização de sondas periodontais.

P. M. DUARTE*, G. R. NOGUEIRA-FILHO, V.A. TRAMONTINA, J.B. CÉSAR NETO, F.H. NOCITI Jr.

Departamento de Prótese e Periodontia – FOP/UNICAMP - Tel: (019) 4306631/Fax: (019)4305208, e-mail: getuliog@yahoo.com

O objetivo deste trabalho foi avaliar a marcação milimetrada e o diâmetro da ponta de 3 marcas comerciais de sondas periodontais disponíveis no mercado brasileiro (Williams – Neumar/Brasil, Williams – Golgran/Brasil e WHO - Hu Friedy/USA). Para isso foram utilizadas 120 sondas novas, sendo 50 Golgran, 35 Neumar e 35 Hu Friedy. Imagens digitais foram obtidas por um “scanner” (Deskscan HP 3000), medidas pelo programa “Corel Draw 6.0” e por um paquímetro digital (diâmetro das pontas). Os resultados (P<0,005) demonstraram que quanto a calibração da marcação milimetrada, todas as sondas nacionais tipo Williams apresentaram a 1a marca maior que 1mm, cuja distorção de calibração foi também observada nas outras marcações (3º, 5º, 7º e 10º milímetros); observou-se maior distorção nas pontas das sondas Neumar, sendo que as sondas WHO -Hu Friedy foram as que apresentaram medidas mais precisas.  Concluiu-se que não existe uma padronização das marcações das sondas periodontais tipo Williams na amostra analisada, sendo necessária uma maior precisão por parte dos fabricantes no controle destas distorções, haja vista a importância das sondas periodontais na mensuração do nível de inserção periodontal para o diagnóstico e plano de tratamento periodontais. 

B372

Análise de alterações dos cristais de gesso IV após desinfecção do alginato.

M.P. de MENDONÇA*, A.P. MENDONÇA, E.M.B. TINOCO**

Depto. de Clínica Integrada, FO - UGama Filho, RJ. **FO- U Estácio de Sá. FO-Unigranrio -RJ. Tel/fax: (021)392-8815. E-mail: mportesm@rio.nutecnet.om.br

A contaminação dos materiais de moldagem por fluidos da cavidade bucal possibilita a contaminação cruzada de indivíduos que manipulem a moldagem e o modelo sem as devidas barreiras de proteção. Por este motivo diversos métodos vêm sendo propostos para efetuar a desinfecção de alginatos, dentre eles a utilização de soluções de hipoclorito de sódio em spray e imersão. No entanto os alginatos são sensíveis ao tratamento químico e apresentam alterações de superfície após a utilização de certos métodos de desinfecção.  O aspecto da superfície e a reprodução de detalhes em troquéis de gesso obtidos por moldagens de alginatos, após desinfecção com hipoclorito de sódio, mostraram degradação na superfície (Hutichings, M.L. et al., Int.J. Prosth. v.9, n.3, p. 223-229, 1996). Objetivo deste trabalho é comparar as superfícies de três gesssos tipo IV após o contato com três alginatos (Jeltrate-Dentsply, LD Caulk, RJ, Brasil; Hydrogum-Zhemark Impression Materials, Italy; Greengel- Herpo Prod. Dent. Ltda, Brasil) tratados por 2 diferentes métodos de desinfecção. A análise das superfícies foi feita utilizando-se imagens com aumentos de x 100 e x 1000 geradas através de Microscopia Eletrônica de Varredura (Zeiss, Germany). Três examinadores analisaram vinte e sete amostras, representando as combinações dos gessos com os alginatos, que passaram pelos tratamento de spray ou imersão por 10 minutos em hipoclorito de sódio à 5,23% na diluição de 1:10, e grupo controle. Os tratamentos por spray e imersão utilizando hipoclorito de sódio demonstraram alterações no número e forma dos cristais de gesso na superfície das amostras quando comparadas ao grupo controle. 

B373

Soldagem a laser em prótese sobre implantes; estudo metalúrgico e de corrosão em Ti cp.

J.C. DINATO, M.P NEISSER*, M.A. BOTTINO, R.M. BEZERRA, P.C. SOUZA, A.C. GUASTALDI

Depto Mat. Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP - (012) 321-8166 R:1305

Uma prótese sobre implante suportada por um ou mais pilares, deve apresentar uma distribuição uniforme de forças e uma adaptação o mais perfeita possível, para que haja um assentamento passivo. As fundições em monobloco não permitem um assentamento passivo perfeito, motivo que nos leva a utilizar soldagem para unirmos os elementos das prótese. O processo de soldagem a laser é empregado nas próteses odontológicas em titânio comercialmente puro (Ti cp), por produzir um feixe de luz coerente, monocromático e concentrado de alta energia. Nesta pesquisa estudou-se a microestrutura e a resistência à corrosão do Ti cp., utilizado na confecção de próteses odontológicas aplicadas sobre implantes, após ser submetido ao processo de soldagem a laser, realizada em atmosfera de argônio, com impulsos de 270 v durante 12 ms. Foram feitas análise da composição química do Ti cp, estudo da microestrutura utilizando-se MEV, difração de raios X e medidas de dureza. A junta soldada apresentou três regiões distintas: metal base, zona afetada pelo calor (ZAC) e zona do cordão de solda. O metal base apresentou uma microestrutura granular, e o cordão de solda mostrou uma microestrutura mais refinada, do tipo martensítico e de maior dureza do que o metal base. Pela análise de dureza observou-se uma ZAC relativamente pequena quando comparada com outros processos de soldagem, como o de brasagem. Os ensaios eletroquímicos realizados em solução de NaCl 0,15 molL-1 à temperatura ambiente, para o metal base e cordão de solda, mostraram que a região da solda apresentou menor resistência à corrosão.

B374

Avaliação da efetividade do método de Tanaka-Johnston – considerando sexo e raça.

V. M. T. MARCHIONNI*, T. M. ARAÚJO, S. R. A. REIS, M. C. A. SILVA, D. N. REBELLO

Faculdade de Odontologia-UFBA, Departamento de Odontologia Social, Disciplina de Ortodontia. Tel: (071) 336-6973.

A importância de se observar, na dentadura mista, a relação entre o diâmetro mesio-distal da coroa de caninos e pré-molares não irrompidos e o espaço presente na arcada dentária para acomodação e alinhamento destes, deve-se à possibilidade de se interceptar uma maloclusão em desenvolvimento. No presente estudo, os autores avaliaram o método de predição de Tanaka-Johnston, com o objetivo de verificar sua efetividade para ambos os sexos e para diferentes raças na cidade de Salvador. Foram medidos o diâmetro mesio-distal dos incisivos inferiores, caninos e pré-molares já irrompidos na cavidade oral de 98 pacientes. Comparou-se os resultados obtidos a partir da aplicação das fórmulas de Tanaka-Johnston, com os valores reais, avaliando separadamente os sexos e as raças. A efetividade do referido método foi comprovada para as arcadas dentárias superior e inferior. Ao analisar os resultados, observou-se que os coeficientes de correlação foram maiores para o sexo feminino que para o sexo masculino. Em  relação a raça, a correlação entre os valores previstos pelo método de Tanaka-Johnston e os valores reais foi satisfatória para todas as raças, sendo maior na arcada superior para a raça mulato escuro (0,67), e na arcada inferior para a  raça mulato claro (0,74. Após a análise dos dados pode-se concluir que o método de Tanaka-Johnston é efetivo para predição do diâmetro mesio-distal de caninos e pré-molares não irrompidos para ambos os sexos e para as raças branca, mulato claro, mulato médio, mulato escuro e negra.

B375

Análise geométrica do posicionamento dos modelos em articulador semi-ajustável.

R. S. M. FERNANDES*, L. J. NUNES, M. A M. R. SILVA

Departamento Odontologia Restauradora, FORP / USP (5516 - 602 40 17)

O arco maxilar apresenta uma definida relação tridimensional com a base do crânio, que necessita ser transportada para o articulador, substituto mecânico da boca, de maneira a facilitar o estudo, planejamento e execução dos trabalhos odontológicos. O objetivo deste trabalho foi verificar a validade do dispositivo auricular de quatro arcos faciais e a técnica de montagem que melhor reproduz as relações maxilares. Foram utilizados os arcos faciais dos articuladores Artex Girbach Dental, Gnatus 8600, Gnatus modificado, Whip-mix 2240, e comparou-os com as cefalometrias lateral e com o valor real de cada paciente, obtido por cálculos geométricos. Od dados obtidos foram analizados pelo teste estatístico de Kruskal-Wallis, onde verificou-se que todos os arcos testados apresentavam uma pequena compensação nos dispositivos auriculares, levando ao posicionamento incorreto dos dentes do arco superior no articulador. Nenhuma das técnicas de montagem utilizadas reproduziu o relacionamento dos dentes ao eixo de rotação do paciente, para o articulador. Modificações nos arcos faciais necessitam ser realizadas, para que se obtenha um melhor desempenho destes instrumentos no transporte das relações maxilares para o articulador.

B376

Viabilidade dos enxertos autógenos obtidos com a utilização de coletores para osso. Estudo histológico e microbiológico..

A. BLAY*, W. R. SENDYK, S. TUNCHEL, M. V. LIMA, C. M. OLIVEIRA, M. FARIA

Depto de Periodontia e Implantodontia – UNISA –SP tel:212-0509

A utilização de enxertos autógeno é considerada a melhor opção nos  tratamentos cirúrgicos de reconstrução óssea . Na literatura periodontal a utilização de coágulo ósseo foi sugerida no final da década de 60. O objetivo deste estudo é de se considerar a utilização de coletores para osso como um método alternativo de se obter osso autógeno, no preenchimento de defeitos ósseos como fenestrações e deiscência. Trinta amostras foram obtidas durante a perfuração do tecido ósseo durante a instalação de implantes  em pacientes que foram submetidos ao Disciplina de Periodontia e Implantodontia de nossa Universidade. Estas amostras foram fixadas em solução de formol neutro a 10% por 24 horas para serem analisadas histologicamente, com o intuito de avaliar a presença de osteoblastos viáveis. Além disso, o material foi transportado em um meio de Tioglicolato e incubado por 24 horas  a 36 ± 1°C em aerobiose e anaerobiose. A avaliação do crescimento bacteriano foi feita através de seis meios seletivos de cultura ( Agar MacConckey , Agar Sangue, Agar Manitol, Meio Anaerokit LTD ,  Meio Anaerokit LTD – Bile e Anaerinsol ). Os resultados mostraram que se forem tomados certos cuidados para prevenir a contaminação com saliva durante o procedimento cirúrgico, este método de coletar osso autógeno pode ser potencialmente útil em situações aonde pequenas quantidades de osso sejam necessárias.

 

Suporte: UNISA

B377

Distribuição das tensões nos implantes osseointegrados e estruturas de suporte - análise não linear em função do diâmetro do implante.

C. L. Sendyk*, W. R. Sendyk, E. Matson

Depto. de Prótese Dental, Fac. de Odontologia, Universidade de São Paulo, Brasil - (05511) 883-5800

Utilizando uma imagem radiográfica de um modelo da região posterior de mandíbula analisou-se, através de análise não linear pelo método do elemento finito bidimensional, a distribuição interna e nas estruturas de suporte das tensões percebidas em uma prótese fixa unitária composta por um implante osseointegrado e sua respectiva coroa. Utilizamos implantes de 10 mm de comprimento e as coroas foram construídas em próteses metalocerâmicas com porcelana feldspática da Vita. Foi aplicada uma carga de 100 N na cúspide vestibular nas seguintes condições: (1) carga axial implante osseointegrado de 3,75mm de Æ; (2) carga axial implante osseointegrado de 5,00mm de Æ; (3) carga horizontal implante osseointegrado de 3,75mm de Æ; (4) carga horizontal implante osseointegrado de 5,00mm de Æ. As observações foram realizadas nas regiões referentes aos tecidos de suporte, coroa protética e estruturas internas que constituem o sistema de implante. Os resultados mostraram que existe grande tensão no pescoço do parafuso de ouro que suporta a coroa protética; concentração de tensões elevadas no pescoço do parafuso de titânio que prende o pilar intermediário ao implante; implantes de maior diâmetro melhoram a distribuição das tensões geradas e diminuem seu valor; as porções do osso cortical que envolvem o pescoço dos implantes foram as mais solicitadas; quanto maior for o diâmetro de um implante menor será o valor das tensões geradas no tecido ósseo cortical.

B378

Influência da preparação de leitos receptores na incorparação de enxerto ósseo autógeno. Estudo em cães.  

P.S.P Carvalho,  L W. Vasconcellos, J.P Urgell,  A.P F Bassi*, V.C. Mendes

Faculdade  de Odontologia de Araçatuba –UNESP - (018) 620-3242

As mandíbulas edêntulas apresentam uma atrofia progressiva em 50% de seu volume original com o passar do tempo, havendo casos de maior severidade, sendo que esta redução poderá evoluir persistindo apenas o osso basal. Assim realizou-se o estudo da influência na preparação dos leitos receptores na incorporação de enxertos ósseos autógenos em mandíbula, sendo utilizados seis cães com diferentes tipos de leitos receptores: corticalizados, perfurados e decorticalizados. Depois de 45 dias e 60 dias, os animais foram sacrificados, foram removidos blocos de tecido contendo o enxerto e tecido ósseo adjacente. As peças foram preparadas em laboratório e coradas com hematoxilina e eosina, e tricrômico de Masson. Os resultados obtidos mostraram que os enxertos de osso autógeno foram integrados aos leitos receptores, principalmente nos grupos perfurados e decorticalizados, sendo que os piores resultados ficaram com o grupo onde o enxertos foram realizados em corticais.

B379

Reparação óssea em áreas doadoras de enxerto. Um estudo comparativo.    

Vera L. G. Scanavacca*,  Wilson R. Sendyk, Regina H. G. Dottori, P. c. GASTALDO, A. SORATTO

FO - U de Santo Amaro - (013) 358-2889O uso de materiais para proteger a ferida cirúrgica em pacientes submetidos a enxertos de osso autógeno foi sempre uma preocupação em Implantologia. Esses materiais devem possuir algumas características ideais , tais como, biocompatibilidade, reabsorção e baixo custo .Alguns estudos nos mostram a eficiência e vantagens do agente hemostático  em serem reabsorvidos  dando espaço a formação óssea  no local de sua implantação .Este estudo tem como objetivo avaliar e comparar o potencial de crescimento ósseo em locais doadores de blocos ósseos, na presença dos materiais:  Celulose oxido regenerada (Surgicel)* e a combinação de Osso Alógeno Desmineralizado Seco-Congelado ( DFDBA) ** e Membrana bovina de colágeno (Collacote)***. Dez  pacientes entre 30 e 65 anos foram tratados na Universidade de Santo Amaro. Todos possuiam  boa saúde geral e  necessitavam de aumento de espessura óssea na maxila ou levantamento do assoalho do seio maxilar, por  meio de enxertos ósseos que  foram  removidos da região de mento ou ramo ascendente da mandíbula. Foram divididos em dois grupos; A e B .Grupo A:  em 5 pacientes o local doador foi preenchido com DFDBA** e Collacote*** . Grupo   B:    nos outros 5 pacientes  o local doador foi preenchido com Surgicel*. Análises  radiográficas  foram  feitas  antes  da cirurgia  e depois de 6 meses, antes da  reabertura. Depois de 6 meses amostras foram coletadas do local doador , com trefinas de menor  diâmetro para  análises  histológicas. Os  pacientes do grupo A  revelaram formação óssea com evidências de algumas partículas do material enxertado. A análise  histológica  dos pacientes do grupo B mostrou que havia formação de osso  trabecular  maduro com total  reabsorção do material enxertado, com ausência de respostas inflamatórias .Zonas radiopacas  foram observadas em ambos os grupos, sendo mais densa no grupo B . Ambos os  materiais  apresentaram biocompatibilidade, com nenhuma interferência no potencial de crescimento ósseo do local  doador.

B380

Alterações gengivais induzidas por ciclosporina A em camundongos irradiados ou não.

A.T. MELLER*, C. SANSONE, J.L. FUSER, S. ALLODI, J.C.A. QUEZADA, V.M. RUMJANEK

Periodontia/Hist.e Embr./Bioq.Méd.-UFRJ e Clín.São Carlos, RJ  - (021) 547-1140

Estabeleceu-se um modelo utilizando camundongos para estudar o aumento gengival por Ciclosporina A(CSA) para verificar se os animais depletados de linfócitos pela irradiação e reconstituídos com células hematopoéticas se comportariam como não irradiados após o tratamento com CSA. Os animais receberam uma dose diária i.p. de CSA 25mg/kg ou 40mg/kg (5 dias/semana) e foram observados clinicamente por até 22 semanas. Os não irradiados apresentaram modificações gengivais na 1a semana (40mg/kg) ou na 2a semana (25mg/kg) referentes a mudança de cor do róseo para o vermelho. A partir da 4 a semana detectamos alterações de volume. Por análise histológica verificou-se aumento de colágeno e fibroblastos, proliferação de vasos sangüíneos e em alguns casos infiltrado celular inflamatório. Animais irradiados e reconstituídos com células de baço de animais isogênicos, tratados com CSA(40mg/kg), tardaram a apresentar sinais de alteração gengival, somente vistos a partir da 4 a semana e em menor intensidade em relação ao grupo não irradiado. A mudança de volume só foi verificada a partir da 7a semana. Foi possível mimetizar em camundongos o aumento gengival induzido por CSA em pacientes tratados com esta droga. Semelhante ao verificado com pacientes transplantados, animais irradiados e reconstituídos com células linfóides apresentaram uma resposta menos intensa à droga que a observada em animais não irradiados. Estes experimentos sugerem a participação do sistema imune intacto na indução do aumento gengival.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq.

Agradecimentos: Sebastião Francisco Costa -Dep. Bioq. Médica UFRJ;   José Alcântara Melo e equipe da Clínica São Carlos

B381

Efeito da “Aloe Vera” na formação de placa in vivo.

E. PINHEIRO, S. TRIERWEILER, C.K. RÖSING, R.V. OPPERMANN

Departamento de Odontologia Conservadora, FOUFRGS, Porto Alegre, RS - ckrosing@zaz.com.br

O objetivo do presente ensaio clínico cruzado controlado é verificar a eficácia de um gel de “Aloe Vera” a 98% sobre o padrão de formação de placa bacteriana in vivo. Para a realização do  estudo, 10 acadêmicos de odontologia voluntários foram selecionados, e, deixando de realizar medidas mecânicas de controle de placa supragengival nos dentes ântero-inferiores, participaram de um desenho experimental cruzado, cada grupo começando com um agente. Os agentes aplicados foram o gel de Aloe Vera a 98% para o grupo experimental (E) e soro fisiológico para o grupo controle ( C). O experimento durou 21 dias com uma fase inicial experimental de 7 dias, 7 dias de interstício e 7 dias para a segunda fase. No início de cada fase, os voluntários receberam polimento dental. O parâmetro de análise ao final das fases experimentais foi o Índice de Placa de Silness & Löe (IPl). A análise dos resultados foi realizada através da distribuição de freqüência de escores 0, 1, 2 e 3 do IPl, sendo posteriormente aplicado o teste de Wilcoxon para um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que a frequëncia de escores 0 foi de 36,6% para ambos os grupos, a freqüência de escores 1 foi de 55% e 50,8% e a de escores 2 foi de 8,33% e 12,6% para os grupos E e C, respectivamente. Estes resultados não diferiram estatisticamente, nem quando a estratificação por faces livres e proximais foi realizada. Pode-se concluir que, com o presente desenho experimental, a utilização do gel de “Aloe Vera” foi semelhante à utilização da substância placebo.

B382

Movimentação dos dentes de próteses totais diante da técnica de processamento.

G. R. ZANETTI*, C. M. R. BARBOSA, P. S. NADIN, E. CARRILHO

Depto de Prótese e Periodontia, FOP - Unicamp - (019) 430 5295 / grzanetti@uol.com.br

A utilização de siliconas como material de inclusão e da energia de microondas na polimerização de próteses em resina acrílica facilitam e aceleram os procedimentos laboratoriais. Este estudo avaliou a influência do material de inclusão (gesso tipo III (G), silicona densa OptosilÒ Confort (O) e silicona densa LabormassÒ (L)) e da consistência da resina acrílica no momento da prensagem (fase filamentosa (F) e fase plástica (P)), na alteração das distâncias entre os dentes artificiais (17-27 (D1), 14-24 (D2), 17-21 (D3) e 27-11 (D4)) de próteses totais superiores, após polimerização por energia de microondas. Foram confeccionadas 60 amostras padronizadas com a resina Onda-Cryl®, divididas em 6 grupos. Os valores (%) das distâncias foram submetidos à ANOVA (p<0,05), e diante dos resultados (Grupo 1 (GF) D1=0,97±0,52; D2=0,77±0,19; D3=0,44±0,14; D4=0,58±0,40; Grupo 2 (GP) D1=0,99±0,70; D2=0,62±0,22; D3=0,58±0,47; D40,65±0,66; Grupo 3 (OF) D1=0,65±0,66; D2=0,50±0,28; D3=0,50±0,36; D4=0,71±0,63; Grupo 4 (OP) D1=0,64±0,20; D2=0,68±0,81; D3=0,38±0,20; D4=0,33±0,21; Grupo 5 (LF) D1=1,03±0,43; D2=0,93±0,43; D3=0,56±0,17; D4=0,67±0,49; e Grupo 6 (LP) D1=0,84±0,31; D2=0,62±0,35; D3=0,52±0,17; D4=0,42±0,12), observou-se que: não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos; o material de inclusão e a fase de prensagem da resina acrílica não influenciaram nas alterações das distância entre os dentes artificiais.

B383

Níveis de ruído produzido por turbinas em consutório odontológico.

H. M. M. R. SOUZA

Departamento de Prótese - FO - UERJ - (021) 413-5750

Este trabalho tem como objetivo analisar  experimentalmente os níveis de ruído produzidos por turbinas em consultório odontologico. Também pretende apresentar e aplicar uma metodologia alternativa nas pesquisas direcionadas para as relações saúde x trabalho, um delineamento experimental  conhecido como delineamento de sujeito único.  Cumpridas as etapas formais da pesquisa, foram iniciados os procedimentos observacionais. Cada profissional agendou 15 consultas para realização de preparos cavitários tipo classe I ou II, alternado a turbina “A” e a turbina “B”. O consultório odontológico foi equipado com uma câmera  vídeo- gravadora, monitor de televisão com videocassete, para que o momento de utilização da turbina pudesse ser devidamente registrado para futura análise, especialmente relacionando o seu uso à alteração do nível de ruído ambiental, demonstrado pelo dosímetro. Com uma duração média de utilização de 2 m. e 25s. no primeiro participante e de 3 m. e 21 s. no segundo, as duas turbinas observadas foram responsáveis pelos valores máximos de ruído detectados. Estes níveis situaram-se entre 74,4 dB(A) e 95,7 dB(A), com uma média de 79,82 dB(A) para a turbina “A” e 84,69 dB(A) para a turbina “B”. A análise estatística mostrou uma diferença estatisticamente significativa  (p < 0,05), tanto em relação aos valores máximos quanto aos valores médios, com a turbina “A” apresentando os valores menores. Os dados observados apontam  dois caminhos principais : a necessidade de se implementarem mudanças tecnológicas no equipamento analisado , e a implementação de um trabalho de conservação auditiva na tentativa de se oferecer uma melhor qualidade de vida aos profissionais de odontologia.