001
Estudo in situ do efeito do tempo de aplicação
na ação anticariogênica do flúor fosfato acidulado
R.S.VILLENA*, J.A.CURY.
Disciplina de Odontopediatria - FOUSP e Bioquímica FOP-UNICAMP - São Paulo, Brasil. Fone: 818-7835
O
efeito do tempo de aplicação tópica de flúor profissional não esta
ainda estabelecido e a maioria dos estudos tem avaliado unicamente a incorporação
de flúor (F) como parâmetro de eficácia. O
objetivo foi determinar a formação (logo após aplicação), retenção
(após 28 dias) e principalmente a ação anticariogênica do flúor gel fosfato
acidulado (FFA) após ser aplicado por 1 e 4 min. O estudo foi do tipo cruzado
com 3 etapas de 28 dias (Controle, FFA-1min e 4min), nas quais 15 voluntários
utilizaram dispositivos intraorais palatinos contendo 4 blocos de esmalte dental
(1 mm abaixo da superfície do acrílico) cobertos com uma tela plástica para
acúmulo de placa. Para determinar o F formado, 2 blocos adicionais foram
aderidos ao acrílico e retirados após aplicação. Os dispositivos intraorais
foram imersos em sacarose 10% 3x/dia e os voluntários utilizaram dentifrício não
fluoretado, porém bebiam água fluoretada. As determinações de F foram
realizadas com eletrodo específico após prévia remoção de 5 camadas
sucessivas de esmalte com HCl 0,5M. A quantidade de esmalte retirada foi
estimada pela dosagem colorimétrica de fósforo. Microdureza Knoop em secções
longitudinais foi determinada desde 10 até 90µm da superfície do esmalte. Os
resultados (média ± erro padrão)e significância (p<0,05) de F na primeira
camada e dureza foram:
Controle
FFA-1 min.
FFA-4 min.
Flúor formado (ppm)
470,4 ± 58,7 A
1370,9 ± 168,4 B 1847,9
± 229,3
Flúor retido (ppm) 854,2
± 77,7 A 1048,7
± 67,4 AB
1217,2 ± 98,4 B
Microdureza (a 10µm)
169,5 ± 6,5 A
212,3 ± 6,4 B
234,8 ± 7,0 B
Embora
a aplicação de F tenha sido eficiente, o tempo de aplicação não teve influência
na incorporação de F nem na ação anticariogênica do FFA. (Apoio
FAPESP proc. 96/0188-2).
002
Relação entre experiência de cárie em crianças HIV+
e seu grau de imunosupressão
G.F. CASTRO*, I.P. R.SOUZA, A.NEVES, A.FROTA
F.
O./IPPMG/NESC/UFRJ
O objetivo deste
trabalho é relacionar a experiência de cárie com o grau de imunosupressão de
55 crianças HIV+, pacientes do IPPMG-UFRJ, entre 1 e 13 anos de idade, de ambos
os sexos. O exame oral foi realizado por um único examinador com sonda
exploradora, espelho bucal, gaze para secar os dentes e lanterna para iluminação,
obtendo-se os índices ceo/CPOD (OMS). As crianças foram divididas em dois
grupos: Alta atividade (AA) e Baixa atividade de cárie (BA) sendo consideradas
AA aquelas com 1 ou + lesões em bateria labial superior e/ou mais de 10% dos
dentes com lesão de cárie. Foram também separadas pelo seu grau de
imunosupressão (Classificação do CDC-1994). Para análises estatísticas
foram usados o teste “t”, Qui quadrado e coeficiente de correlação de
Pearson. Das 55 crianças, 27 eram meninas e 28 meninos; a média de idade foi
6,67±3,31. A média de ceo foi 4,86±5,26
e a de CPOD 2,69±2,51. O grupo com imunosupressão grave (IG) (n=35) teve ceo médio
6,29±5,60 e CPOD 3,10±2,68; para os grupos de imunosupressão moderada (IM)
(n=12) e ausente (IA) (n=8) as médias de ceo foram 2,33±4,04 e 2,33±2,15 e de
CPOD foram 0±0 e 2,29±1,89, respectivamente. A diferença entre as médias de
ceo para os três grupos foi estatisticamente significante (p=0,03). Outros
resultados na tabela: (*p<0,05).
A
prevalência de cárie foi maior no grupo IG. O grupo AA teve 79,5% a mais de IG em relação ao BA. Houve correlação
negativa entre o percentual de T4 e
ceo. (Apoio CNPq-Proc 521652/95-2)
003
Experiência de
Cárie em Crianças Brasileiras de
0 a 12 Anos: Uma Pesquisa da UFF
M. TOSTES*, T. COUTINHO, L.A. CAVALCANTI
Disciplina
de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia - UFF Niterói - RJ – Brasil
O
estudo investigou
a experiência
de cárie (prevalência) em
307 pacientes
(0-12 anos) de ambos os sexos, atendidos pela 1a
vez na UFF entre 1992/1996, analisando a freqüência e cariogenicidade dos
alimentos ingeridos entre refeições. A amostra foi dividida em 5 grupos: I
(0-4 anos); II (5-6); III (7-8); IV
(9-11) e V (12 anos). As médias ceo e CPO-D coletadas dos grupos I e IV foram
distribuídas em escala adaptada de Grainger & Nikiforuk (J. Can. Dent.
Ass., 26: 531, 1960) segundo a severidade da doença cárie. O CPO-D do grupo V
foi classificado de acordo com escala de OMS (Moller, I.J. Copenhagen, WHO/EURO:
1188H, 1984). A dieta foi classificada de acordo com a freqüência de ingestão
em: baixa (0-1 lanche dia), moderada ( 2 lanches) e alta (> ou = 3 lanches),
enquanto que a cariogenicidade baseou-se na tabela da Universidade de Indiana.
Resultados: grupo I (ceo = 6,1; cárie rampante); grupo II (ceo = 7,0; risco
alto); grupo III (ceo = 4,9; risco baixo); grupo IV (CPO-D = 3,1; risco baixo) e
grupo V (CPO-D = 4,3; risco moderado). Quanto à cariogenicidade e freqüência
de ingestão, ambas foram altas na maioria das amostras (70,8% e 50%,
respectivamente).
Conclui-se
que, apesar da tendência mundial de redução do índice de cárie, nesta
população a experiência e severidade da doença continuam altas,
principalmente na faixa etária de 0-6 anos, provavelmente relacionada ao nível
sócio-econômico e ingestão freqüente de dieta cariogênica.
004
Efeito da profilaxia semanal no desenvolvimento in
situ de cárie dentinária
F. B.
SOUSA*1,
D.R. TAMES2
Depto.
Morfologia da UFPB- PB1; Depto.
Morfologia da UFSC- SC2
O
objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da remoção regular de placa dental
no desenvolvimento in situ de lesão cariosa dentinária em indivíduos
residentes numa área com água fluoretada e consumidores de dentifrício
fluoretado. Dez participantes (18-23 anos de idade) usaram um aparelho palatal
removível de acrílico (APR), com 2 espécimens dentinários (3 mm X 3mm X 2mm)
protegidos das forças mecânicas, por um período de 4 semanas. Uma solução
de sacarose a 50% foi aplicada 4 vezes ao dia em cada espécimen. Em cada APR, a
metade da amostra permaneceu intocada durante o período in situ (grupo
controle - GC- 10 espécimens), e a outra metade recebeu
profilaxia com pedra pomes e água semanalmente (grupo experimental- GE-
n=10). Após o período in situ, os espécimens foram analisados ao
microscópio eletrônico de varredura. Também foram analisados 5 espécimens
polidos. Os espécimens do GC apresentaram sinais de dissolução superficial,
em muitos casos associada com a presença de depósitos calcificados (cálculo
dental). No GE, foram observadas microescaras com sinais de desgaste, e também
presença de depósitos calcificados em vários casos, impossibilitando uma
avaliacão mais acurada da superfície dentinária subjacente. Naqueles que
permitiram observação direta da superfície, esta mostrou-se semelhante àquela
dos espécimens polidos.
Em
conjunto, conclui-se que o GE apresentou uma superfície menos porosa e mais
regular do que o GC, sugerindo uma menor desmineralização no GE, porém é
necessário um estudo em profundidade dos espécimens para conclusões
definitivas.
005
Influência de Bochechos Sobre os Níveis Salivares de Streptococus
Mutans e Lactobacilus
M. MIRANDA*; K. DIAS; G. RICHE;
J. VALLE
Faculdade
de Odontologia da U.E.R.J e U.F.R.J. - Rio de Janeiro,RJ. (021)5712904
O
objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de algumas soluções para
bochechos, sobre os níveis salivares de Streptococus Mutans (SM)
e Lactobacilus (LB), após sete dias de uso das mesmas.
Foi realizado um estudo duplo cego, onde participaram 52 pacientes voluntários,
divididos em 4 grupos de 13 pacientes cada. O grupo 1 utilizou clorexidina 0,12%
+ fluoreto de sódio 0,05% Duplak (DPK) HERPO, o grupo 2, Listerine (LIS)
AVON, o grupo 3, fluoreto de sódio 0,05% (FLU) e o grupo 4 um placebo
(PLA). Foram selecionados pacientes que não estavam sob efeito de qualquer
medicamento. Os pacientes não receberam orientação de higiene oral nem
procedimentos clínicos, como raspagem ou profilaxia. Foram recomendados à não
alterar seus hábitos de higiene oral, além da inclusão dos bochechos. Uma
coleta inicial de saliva estimulada, foi inoculada em dois meios de cultura
específicos. Foram utilizados os testes “Caritest SM” e “Caritest LB”
(HERPO). Os pacientes foram então orientados à bochechar 10 ml da solução,
durante 1 minuto e 30 segundos, duas vezes ao dia, durante sete dias
consecutivos. No oitavo dia foi feita uma segunda coleta de saliva e inoculada
da mesma forma que a primeira. Os testes foram analisados de acordo com o padrão
do fabricante, por dois profissionais calibrados. Foram estipulados escores, e
os resultados tratados estatisticamente por ANOVA e Teste Mann Whitney,
(p<0,05). Postos médios de LB 1º/ 2º testes: DPK 31,92/13,65 - LIS
23,46/25,19 - FLU 24,31/31,92 - PLA 26,30/35,23. Postos médios de SM 1º/2º
testes: DPK 29,50/12,92 - LIS 27,50/24,77 - FLU 24,15/33,65 - PLA 24,85/34,65.
Os
autores concluíram que: Duplak foi único eficiente para LB.
Duplak e Listerine foram eficientes para SM,
porém o Duplak foi melhor. Flúor
e placebo não mostraram ação
sobre SM
e LB.
006
Verniz Fluoretado: Efeito Terapêutico em Crianças de
Alto Risco
A.C. ALVES*, U.V. MEDEIROS
Dep.
Odontopediatria da FO-UFRJ – Brasil
O
objetivo deste estudo foi avaliar o efeito terapêutico-preventivo de um verniz
fluoretado (Duraphat®),
após seis meses, aplicado de modo intensivo em crianças com alto risco de cárie.
Os níveis salivares de estreptococos do grupo mutans (egm) foram determinados
por um método simplificado (Caritest-SM®). 105 crianças (Rio de Janeiro), de 6 -12 anos, com
altos níveis de egm (>2,5x105) e/ou com ao menos uma mancha branca ativa (mba) foram
distribuídas, aleatoriamente, em dois grupos, verniz fluoretado (V) e placebo
(P). Fluxo salivar e capacidade tampão não foram diferentes para ambos no baseline.
O exame foi realizado por um único examinador, utilizando luz natural, espelho
e sonda exploradora. Lesões de cárie cavitadas e incipientes foram registradas
em dentes decíduos e permanentes para determinar o índice de ceos/CPOS e,
adicionalmente, as lesões de mba. Ambos grupos receberam um programa preventivo
básico de educação para saúde, higiene oral, uso regular de dentifrício
fluoretado e adequação do meio bucal. Três aplicações de V ou P foram
introduzidas, uma a cada semana, realizando manutenção mensal. Avaliou-se as
mba no terceiro e sexto mês. Foram observadas 260 mba no baseline, onde
7/260 (2,7%) não foram avaliadas, 83/260 (31,9%) encontravam-se ativas, 10/260
(3,8%) cavitaram e 160/260 (61,6%) inativaram. A taxa de sucesso diferiu,
estatisticamente, entre os grupos V (76,7%) e P (40,4%) pelo teste do
qui-quadrado (p<0,0000001).
Os resultados sugerem o verniz fluoretado ter contribuído
para a remineralização de grande parte das lesões descalcificadas no baseline.
007
Permeabilidade do esmalte dentário
M. FERREIRA
JR.*, N. L. SILVEIRA, A. A. GARROCHO
Deptº
de Clínica, Patologia e Cirurgia, Faculdade de Odontologia da UFMG
Estudos
epidemiológicos relatam a diminuição da incidência de cárie com aumento da
idade do paciente. Este fato está relacionado, entre outros fatores, à maturação
pós-eruptiva do esmalte. O presente trabalho se baseia na revisão dos fatores
que influenciam essa maturação e suas conseqüências, bem como na avaliação
da permeabilidade do esmalte ao azul de metileno em relação à maturação pós-eruptiva.
Foram realizados testes in vitro utilizando-se dentes recém-extraídos.
Estes foram armazenados em formol tamponado, limpos e imersos em solução
corante de azul de metileno a 1% e mantidos em estufa bacteriológica a 45ºC
por um período de 4 horas. Após o período de imersão, os dentes foram
lavados em água corrente e deixados secar à temperatura ambiente. Todas as
superfícies foram analisadas em lupa esterioscópica para visualização das áreas
de marcação pelo corante. Os dentes também foram cortados em sentido
longitudinal na direção mésio-distal para análise da penetração do corante
através do esmalte. Os dentes inclusos e semi-inclusos apresentaram maior
permeabilidade ao corante comparados aos dentes com maior período de permanência
na cavidade bucal.
A
permeabilidade do esmalte dentário diminui com o aumento da idade pós-eruptiva
do dente, resultado da maturação pós-eruptiva do esmalte.
008
Comprovação clínica de cáries interproximais
diagnosticadas por Rx
M. G. VANNUCCI*, R. M. ARAÚJO, M.A.M. ARAUJO
Depto.
de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos -
UNESP - SP - Tel (012) 321-8166
O
diagnóstico de cáries interproximais é um desafio para a Odontologia em
virtude de seu acesso, consequentemente dificultando o plano de tratamento. Este
trabalho tem por finalidade detectar radiograficamente lesões de cáries
proximais e comprová-las clinicamente através
de acesso clínico. Foram triados 14 pacientes na clínica de Pesquisas Odontológicas
(GAPEC) onde foram detectadas 45 lesões interproximais através da técnica
radiográfica interproximal “Bitewing”. As radiografias foram analisadas
por dois examinadores que detectaram 12 lesões iniciais com
desmineralização abrangendo 1/3 do esmalte, 18 lesões até o limite
amelo-dentinário (LAD) e 15 lesões já em dentina. Em seguida, através de
acesso clínico com brocas ultra-conservadores, foi feita a comprovação clínica
das lesões observadas nas radiografias. Foi observado que das 12 lesões que
estavam em esmalte, 9 foram comprovadas através do acesso clínico em esmalte e
3 já em dentina; das 18 lesões no LAD, 6 estavam em esmalte, 2 no LAD e 10 em
dentina; das 15 lesões em dentina, 14
estavam em dentina e 1 em esmalte.
Foram realizados, após acesso clínico, preparos conservadores tipo slot. Das
45 lesões detectadas, 24 apresentaram diagnóstico radiográfico e acesso clínico
coincidentes. Foi aplicado o método estatístico de coeficiente de concordância
de Kappa aos dados obtidos, concluindo-se que: o grau de concordância (0,35)
foi baixo entre método de diagnóstico radiográfico e comprovação pelo
acesso clínico, o que confirma que o exame radiográfico é apenas sugestivo no
diagnóstico de cáries interproximais, necessitando de outros exames
complementares.
009
Perfil dos pacientes infantis em relação ao risco de cárie
- uma avaliação na Clínica de Prevenção (1992-1996) da Disciplina de
Odontopediatria da F.O.-UFF
T.C.A.GRAÇA
* ; A.M.G. VALENÇA. / Univ. Fed. Fluminense - Niteroi - RJ – Brasil
O
objetivo do presente
estudo foi avaliar o perfil dos pacientes infantis pertencentes à Clínica de
Prevenção da Disciplina de Odontopediatria da F.O.-UFF (1992-1996), situados
na faixa etária de 1 a 12 anos de idade, destacando o risco de desenvolvimento
da doença cárie, a partir dos determinantes clínicos apresentados pelos
pacientes. Foram analisadas 336 fichas clínicas, sendo encontrados os seguintes
resultados: 281(83,6%) crianças pertenciam ao grupo de alto risco à cárie;
230(68,4%) possuiam mancha branca ativa; 233(67,3%) consumiam açúcar mais que
quatro vezes ao dia entre as refeições; 270(80,3%) mostravam alta atividade de
cárie no passado imediato; 278(82,7%) portavam cavitação ativa; 279(83%)
apresentavam cárie de superfície lisa e 279(83%) possuiam sangramento
gengival.
Por
meio dos resultados obtidos pode-se concluir que é elevado o número de
pacientes infantis que apresentam alto risco à cárie, o que enfatiza a importância
de atitudes e medidas preventivas não apenas para à cárie dentária, mas também
para a doença periodontal, sendo de pouco significado clínico o
sobretratamento em crianças de baixo risco, quando considerado o perfil
apresentado pelos pacientes que procuram a rede de assistência pública, de uma
forma geral.
010
Tratamentos realizados pelos alunos de graduação da
Disciplina de Odontopediatria
(USP-SP)-13 anos de acompanhamento
A.L.CIAMPONI*,
A.C.GUEDES-PINTO / Depto.Odontopediatria e Ortodontia, FOUSP-SP - Tel (011)
818-7854
O
objetivo desse estudo
foi avaliar o perfil dos tratamentos realizados em crianças entre 4-10 anos,
por alunos de graduação (Disciplina de Odontopediatria-USP-SP) ao longo dos últimos
13 anos (1983-95). O número total de procedimentos realizados foi distribuído
em 4 grupos: TP (pulpotomia, penetração desinfetante), EXOD/DD, RES/ARC e F/S.
Os resultados (%) estão abaixo representados:
83
84 85
86 87
88 89
90 91
92 93
94 95
NPA
526 450
539 421
394 372
304 262
534 529
520 554
562
TP
15.98 17.29
15.23 16.39
21.35 14.29
14.94 10.42
9.32 9.19
7.63 8.38
5.80
EXOD/DD
14.49 17.34
12.13 16.86
18.87 19.71
13.85 11.98
13.71 11.49
10.32 12.29
11.65
RES/ARC
59.0 51.95
66.63 60.86
53.42 51.79
54.13 42.17
37.5 45.92
31.58 39.26
31.18
F/S
10.50 13.39
5.97 5.86
6.30 14.18
17.06 35.39
39.44 33.37
50.42 40.04
51.34
NTPROC
4823 2970
4730 3361
3313 3707
2309 2127
3551 3011
2304 3303
2857
Legenda:
NPA (Nº pac.atendidos), TP (Terapia Pulpar), EXOD/DD (Exodontia - dente decíduo),
RES/ARC (Restaurações (amálgama e resina composta)), F/S (flúor/selante),
NTPROC (nº total de procedimentos).
Conforme observado houve redução
no número de procedimentos curativos e aumento dos preventivos ao longo
dos anos.
Esses
resultados refletem, indiretamente, uma redução na prevalência de cárie,
provavelmente decorrentes da introdução da fluoretação da água de
abastecimento na cidade, utilização de dentifrícios fluoretados, bem como a
implementação de medidas preventivas junto aos pacientes atendidos pela
Disciplina.
011
Papel dos microorganismos na doença cárie em pares mães/crianças
portadoras de fissuras
lábio-palatinas entre 1 e 2 anos de idade
A.C.S.VILELA;
M. R. GOMIDE*; O.P.S. ROSA; R.S.S. ROCHA / HPRLLP - FOB - USP, CP 73, Bauru –
SP
As
evidências da transmissão de microorganismos (m.o.) entre humanos são
embasadas em estudos de pares mães/ filhos com níveis salivares maternos dos
m.o. influenciando a presença e os níveis salivares nos filhos. As crianças
portadoras de fissuras possuem alterações anatômicas predispondo-as a condições
favoráveis à cárie, ao menos na região próxima ao defeito. O objetivo deste
estudo foi avaliar alguns parâmetros da doença em
pares mães/crianças portadoras de fissuras lábio-palatina entre 12 e
24 meses (18±3,23). Participaram do estudo 45 pares mães/filhos matriculados
no HPRLLP. A amostra foi avaliada através de exame clínico, questionário e
quantificação de estreptococos mutans (e.m.), lactobacilos (lb) e leveduras na
saliva estimulada da mãe e não estimulada do bebê, utilizando-se
respectivamente o Caritest SM e LB e Dermatobac. O índice de cárie (CPO-S)
para o grupo de mães foi 53,42±34,83 e para as crianças (ceo-s) foi 2,88±9,84.
Os e.m. foram detectados em 90,9% e 44,4%, os lb em 77,7% e 27,5% (com níveis
variando de 103
a 106
UFC/ml) e as leveduras em 55,5% e 58,9% das mães e filhos respectivamente. Não
houve associações significantes entre as variáveis estudadas no grupo de mães
com a presença de cárie ou e.m. no grupo de crianças.
Através
do teste Quiquadrado (p<0,05), foram observadas, no grupo de crianças,
associações estatisticamente significante entre a presença de cárie e e.m.,
lb e leveduras e entre a presença de estreptococos mutans e lactobacilos e
leveduras. Houve uma associação estatisticamente significante das crianças
exibirem os microorganismos e cárie quando as mães apresentaram altas
contagens destes microorganismos e eram a principal cuidadora da criança. (Este
trabalho foi sustentado pela CAPES, Proc. nº 031/94)
012
Avaliação da placa bacteriana em crianças portadoras
de cálculo dental
P. P. L. CAZELLI*; L. FONSECA; M.N. SHIGETOMI
Curso
de Odontologia - UFES - Tel/Fax (027) 325-1353
É sabido que existem
teorias que procuram relacionar a formação de cálculos dentário com alterações
do pH da saliva e placa, ação dos fosfatases e microrganismos. Foram
selecionados pacientes com idade entre 6 e 15 anos, nos quais foram observados
presença de cálculo. Inicialmente foram aplicados índices de placa e cálculo
utilizando-se do método simplificado de Greene & Vermillion (1964). Logo após,
os pacientes foram submetidos a raspagem com auxílio de curetas periodontais e
o material colhido, colocado em papel de alumínio (20 x 15mm), previamente
pesado. O papel de alumínio, amostra de placa e de cálculo foram repesados e a
diferença entre as duas pesagens foi tomada como peso do material obtido. As
amostras foram diluídas em PBS (salina tamponada fosfatada esterilizada) e
semeadas nos meios de cultura: MS (Mitis salivarius); SB20;
agar Veillonella e Agar Rogosa. Nos treze pacientes encontramos uma média do índice
de placa de 1,74 e cálculo 0,34 (moderado). Quanto a presença de
microrganismos houve considerável crescimento de estreptococos mitis e
salivarius em 100% das amostras de placas e de cálculo com uma média de
unidade formadora de colônias (ufc) na ordem de 0.34x10-4,
0.63x10-5
e 1.96x10-6; estreptococos do grupo mutans
em ordem de 0,34x10-3, 0,51x10-4,
0,20x10-5
e 0,71x10-6 não sendo detectado
crescimento em 03 pacientes (23,07%),e a Veillonellla em 1,0x10-2
e 1.35x10-3.
Não foi detectada a presença de lactobacilos em todas as amostras. Verificamos
que nas amostras onde estavam presentes Veillonella havia grande quantidade de
estreptococos mitis e salivarius com ufc considerada alta (10-5
e 10-6) porém
com índice de cálculo (0,33 e 0,50) e de placa (1,67 e 1,17), considerados
moderados. (CNPq e prppg-ufes)
013
Efeito da escovação com gel fluoretado sobre lesões
cariosas incipientes
L. C. MAIA*, A. MODESTO, A. P .MORAIS
FO-UFRJ,
Rio de Janeiro
O
objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da escovação com gel fluoretado
(Oral B Minute Gel) sobre lesões cariosas incipientes. Após o exame de 50
crianças de 5 a 12 anos da Clínica de Odontopediatria da FO-UFRJ, foram
selecionados 40 dentes com manchas brancas ativas. A extensão das lesões foi
estimada com auxílio de uma sonda periodontal, medindo-se a maior distância
linear perpendicular ao longo eixo do dente (valores iniciais de 0,5 a 7,0 mm).
Foi realizada uma aplicação profissional semanal de l ml de gel por 1 minuto
com escova dentária. Após 5 semanas, as lesões foram avaliadas por inspeção
visual e consideradas remineralizadas se apresentassem superfícies brilhantes e
lisas (valores finais de 0 a 6,0 mm). Os dados a seguir foram analisados pelos
testes Binomial, de Wilcoxon e Qui-quadrado:
Dentes
Remineralização
Ausência de remineralização
Redução de tamanho Sem redução
Decíduos
(n=15) 9 (60%)
1 (6,67%) 5 (33,33%)
Permanentes
(n=25)
11(44%) 7 (28%)
7 (28%)
Dec.
+ Per. (n=40)
20(50%) 8 (20%)
12 (30%)
Houve remineralização em 28 lesões, 70% (p<0,01).
Das 28 lesões remineralizadas, 20 (71,43%) reduziram de tamanho (p<0,01). Não
houve diferenças significantes entre dentes decíduos e permanentes em relação
à remineralização.
Os
resultados sugerem que a aplicação profissional de gel fluoretado com escova
dentária é um método eficaz para a remineralização de lesões cariosas
incipientes.
014
Influência da própolis na cárie em molares de ratos
C. OTA*, E. MORAES,S. KHOURI, M.T. SHIMIZU
Departamento
de Patologia, Faculdade de Odontologia/UNESP - São José dos Campos / SP - Tel.
(012) 321-8166 - Fax (012) 321-2036
Esta
pesquisa teve como objetivo estudar o possível efeito da própolis na prevenção
de cárie dentária em ratos. Para tanto, obteve-se, à partir da própolis
bruta, um extrato de própolis purificado o qual foi lioflizado. Preparou-se uma
suspensão hidroalcoólica de própolis , na concentração de 1mg de própolis
liofilizada por ml da solução. Para a realização deste estudo foram
utilizados 60 ratos machos da raça Wistar com 22 dias de idade. Estes ratos
foram divididos em 6 grupos que receberam dietas distintas: o Grupo1 recebeu
dieta cariogênica e solução de própolis; o Grupo 2 ração triturada e solução
de própolis; o Grupo 3, dieta cariogênica e solução de propilenoglicol (1%);
o Grupo 4, ração triturada e solução de propileniglicol (1%) ; o Grupo 5 ração
triturada e água destilada e o Grupo 6, dieta cariogênica e água destilada. O
experimento teve a duração de 90 dias. Ao fim deste período, os ratos foram
sacrificados, as mandíbulas e maxilas fixadas em formol a 10%,
por 10 dias. À seguir, o material foi corado com fucsina básica 0,5% e
os preparos, lavados e divididos em dois, no sentido mésio-distal e ,à seguir,
observados ao microscópio estereoscópico. Pelos resultados obtidos,
observou-se que o grupo que apresentou maior número de cáries foi o Grupo 5
sendo seguido pelos grupos 3 e 1, consecutivamente.
Concluímos , assim, que a própolis ajuda na prevenção
de cáries em ratos.
Financiamento: FAPESP proc. 94/4865-3
015
Prevalência de cárie dentária em crianças de 0 a 36
meses de idade em diadema - Brasil
M.J.S. BÖNECKER*, A.C. GUEDES-PINTO, L.R.F. WALTER
Universidade
de São Paulo- São Paulo, Brazil - Tel./Fax (011) 818-7814
No
presente trabalho, avaliamos a prevalência de cárie dentária em crianças com
idade entre 0 e 36 meses. Durante o Dia Nacional de Campanha de Multivacinação,
cirurgiões dentistas calibrados realizaram exames clínicos em 548 crianças de
diferentes bairros do Município de Diadema, para obter amostra representativa
da população. As lesões de cárie (inicial e cavidade) foram anotadas por
superfícies, sendo que a prevalência de cárie foi avaliada através dos índices
de Knutson, ceo-d, e ceo-s e. Por não ter ocorrido diferença estatisticamente
significante na prevalência de cárie entre os sexos, os dados foram
trabalhados conjuntamente(p=0.01). Somente 8,92% de crianças com 1 ano de
idade, 34,50% das crianças com 2 anos, e 66,50% das crianças com 3 anos,
apresentaram ceo-d>1. Na amostra estudada, a proporção de crianças com
ceo-d>1 e o número médio do ceo-d
por criança aumentaram proporcionalmente de acordo com a idade. Os ceo-d e
ceo-s encontrados foram respectivamente 0.16 e 0.17 para crianças de 1 ano de idade, 0.87 e 1.13
para as de 2 anos, e 2.54 e
3.68 para crianças de 3 anos. Os dentes e superfícies acometidos por cárie
foram os mais prevalente nos índices ceo-d e ceo-s, porque haviam poucas
restaurações e nenhuma extração indicada.
Os
nossos resultados indicam a necessidade de que a primeira visita do paciente
infantil ao consultório odontológico ocorra antes do primeiro ano de vida.
016
Comparação
entre três índices de fluorose dentária na dentição permanente, em áreas
com
diferentes concentrações de flúor - A.C.
PEREIRA* , B.H.W. MOREIRA
Depto.
Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - Tel./Fax
(0194) 21-0063 R.126
Os
estudos referentes à fluorose dentária têm sido alvo de muitas pesquisas em
diversos países do mundo. O objetivo deste trabalho foi comparar os índices de fluorose dentária de DEAN, T-F e TSIF quanto às prevalências
por superfície, dente e localidade, além de verificar a correlação estatística
entre os mesmos. A amostra consistiu de 461 escolares , idade entre 12 e 14
anos, nascidos ou residentes desde os dois anos de idade, sendo 153 da cidade de
Cesário Lange com concentração de 1,4 ppm de flúor nas águas de consumo ,
142 de Piracicaba (0,7 ppm F) e 166 de Iracemápolis (<0,3 ppm F). O exame
foi efetuado após escovação dos dentes e consistiu do uso de sonda
exploradora, espelho bucal, secagem dos dentes e iluminação artificial. Os
resultados demonstraram que os dentes mais severamente afetados foram os pré-molares
e 2os
molares, ambas as arcadas, enquanto as superfícies oclusais foram as mais
atingidas.
Concluiu-se
que os três índices apresentaram prevalências semelhantes de fluorose nas
populações, ou seja, as percentagens de crianças afetadas nas três cidades
foram de 32,9%, 16,9 % e 4,2%, respectivamente, para o índice de Dean; enquanto
para o índice T-F as prevalências foram de 33,5 %, 17,6 % e 4,2 % e para o
TSIF foram estimadas percentagens de 32,8 %, 16,9 % e 4,2 %, respectivamente. Não
houve dificuldades para a utilização dos três índices, nos trabalhos de
campo, podendo-se sugerir o emprego de qualquer um deles em áreas com concentrações
de flúor semelhantes ao deste estudo.
017
Avaliação do Potencial Cariogênico de Alimentos da
Região Amazônica
J.M.R.VIEIRA1,
M.A.B.REBELO1*,
J.A.CURY2
Faculdades
de Odontologia da U.A.1 e UNICAMP2
A
capacidade dos alimentos produzirem na placa dental um pH menor que 5,6 é uma
dos indicadores de sua cariogenicidade em relação ao esmalte. O objetivo deste
trabalho foi avaliar este parâmetro em produtos da região Amazônica. O estudo
foi do tipo cruzado em quatro etapas, nas quais 19 voluntários consumiram peixe
(tambaqui), farinha de mandioca do tipo seca, farinha de mandioca d’água e
doce de cupuaçú. O pH da placa foi medido utilizando-se micro-eletrodo de paládio.
Os voluntários ficaram sem escovar os dentes por 48 h para acúmulo de placa.
No terceiro dia pela manhã, o pH da placa do espaço interdental dos dentes pré-molares
superiores e inferiores foi medido antes e 2,5,10,15,30 e 60 minutos após a
ingestão de 25 g de um dos alimentos, de acordo com o delineamento cruzado. Os
resultados obtidos mostraram que o pH inicial (média e desvio padrão da média)
da placa era 6,46 ± 0,13. Quando da ingestão de peixe o pH aumentou, atingindo
um valor médio máximo de 7,02 ± 0,17. Quando da ingestão do doce de cupuaçú
o pH diminuiu atingindo um valor médio mínimo 5,45 ± 0,14. Com as farinhas o
pH mínimo atingido foi de 6,31 ± 0,17. Analisou-se estatisticamente as diferenças
entre os grupos com relação ao pH em cada tempo, sendo observado diferença
significativa entre os tratamentos (p<0,05).
Os dados do presente trabalho permitem sugerir que o
doce de cupuaçú seria cariogênico, as farinhas não cariogênicas e o peixe
anti-cariogênico.
(Apoio:
Curso de Mestrado em Patologia Tropical e Sub-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
da Universidade do Amazonas e Laboratório de Bioquímica da F.O.P./UNICAMP).
018
Comparação entre quatro diferentes métodos de exame
para o diagnóstico da cárie dentária
M.C. MENEGHIM*, N.A. SALIBA, O. SALIBA
Depto.
Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP - Tel. (018)
624-5555 - Fax (018) 622-2638
O
autor propôs estudar três objetivos : a) comparar os resultados de quatro
diferentes métodos de diagnóstico da cárie dentária; b) efetuar testes de
validação para os exames clínicos, utilizando o exame radiográfico
interproximal para dentes posteriores e o FOTI para dentes anteriores; c)
avaliar a influência dos quatro métodos de diagnóstico sobre o índice CPOS.
Foram utilizadas 117 crianças do sexo masculino, de 12 anos de idade,
selecionadas por sorteio aleatório simples. Métodos de exame empregados: I -
exame utilizando-se somente espelho bucal plano; II - exame utilizando-se
espelho bucal plano e sonda exploradora; III - exame utilizando-se somente
espelho bucal plano; IV - exame utilizando-se espelho bucal plano e sonda
exploradora, sendo que os exames I e II foram realizados no pátio da escola sob
luz natural e os exames III e IV realizados em consultório odontológico
‘standard’.
Pode-se
concluir que : a) o método IV foi o que apresentou o melhor desempenho para o
diagnóstico da cárie dentária; b) os métodos de diagnóstico I, II, III e IV
apresentaram uma sensibilidade em relação ao FOTI de 0,23; 0,31; 0,43 e 0,54
respectivamente; c) os métodos de diagnóstico
I e II e os métodos de exames III e IV apresentaram uma especificidade
em relação ao FOTI de 1 para I e II e 0,99 para III e IV; d) os métodos de
diagnóstico I, II, III e IV apresentaram uma sensibilidade em relação ao
exame radiográfico interproximal de 0,16; 0,19; 0,14 e 0,23 respectivamente; e)
os métodos de diagóstico I, II, III e IV apresentaram uma especificidade em
relação ao exame radiográfico interproximal de 0,99; f) houve uma subestimação
do índice CPOS de 9,46% do método II, em
relação ao método IV, complementado
por FOTI e radiografia interproximal.
019
Incorporação de flúor no esmalte em função da freqüência
de exposição
à sacarose em região
de água fluoretada
M.A.B.
REBELLO; A.A. DEL BEL CURY* / Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP
Em
trabalho anterior (Cury et al J.Dent. Res. 74:499,1995) observou-se que a
concentração de flúor na placa dental era menor quanto maior
a freqüência de exposição à sacarose. No presente trabalho
procurou-se relacionar esta diminuição com a incorporação de flúor pelo
esmalte. O estudo foi do tipo cruzado em quatro etapas de 28 dias. Doze voluntários
utilizaram dispositivos intra-orais palatino contendo blocos de esmalte dental
humano, os quais foram colocados a 1.0 mm da superfície do acrílico e cobertos
com uma tela plástica para possibilitar o acúmulo de placa. Solução de
sacarose a 20% foi gotejada sobre os blocos de esmalte na freqüência de zero,
2x, 4x, 8x/dia, de acordo com o delineamento cruzado. Os voluntários utilizaram
para escovar seus dentes dentifrício não fluoretado porém consumiam água
fluoretada (média de 0,69 ppm). Ao final de cada etapa os blocos dentais foram
limpos e uma área da superfície do esmalte foi isolada para análise de flúor.
Quatro camadas sucessivas de esmalte foram removidas com HCl 0,5 M. Após cada
remoção o ácido era substituído e neutralizado com TISAB (20 g NaOH/l). Em
cada solução determinou-se flúor com eletrodo específico sendo a massa de
esmalte estimada pela dosagem colorimétrica de fósforo. Os resultados (g F/g
de esmalte) mais expressivos foram observados na primeira camada, sendo as médias
+ erro padrão em relação
a freqüência de exposição a sacarose de zero a 8x/dia
foram, respectivamente, de: 711,6 + 60,3B; 725,9 + 93,6B;
1.113,8 + 110,3A e 1.104,2 + 60,3A. As médias seguidas da mesma
letra não diferem estatisticamente (P<0,05).
Conclui-se que a incorporação de flúor no esmalte foi
conseqüência da freqüência de exposição à sacarose, entretanto ela não
explica isoladamente a redução de flúor na placa dental
(Apoio:
CNPq, Proc. 520763/94-7)
020
Estudo in situ da relação entre a freqüência
de ingestão de sacarose, cárie dental e contagem de estreptococos do grupo mutans na placa dental
S.B.FRANCISCO;
J.A. CURY. / Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP
A
relação quantitativa entre a freqüência de ingestão de sacarose, cárie
dental e contagem de estreptococos do grupo “mutans” não está bem
estabelecida. Foi realizado um estudo in situ do tipo cruzado (4 x4)
em 4 etapas de 28 dias, nos quais 12 voluntários utilizaram dispositivos
intra-orais contendo blocos de esmalte íntegros (3x3x2 mm). Os voluntários
gotejaram sobre os blocos de esmalte dental sacarose a
20%, na freqüência de 0 a 8 x/dia. Durante o período experimental, foi
utilizado dentifrício não fluoretado, sendo que a água consumida apresentava
0,70 ppm de flúor. Ao final de cada fase, a placa dental formada sobre os
blocos foi coletada, pesada, homogeneizada e diluída para contagem microbiológica,
utilizando-se meio seletivo SB20. Os blocos de esmalte foram limpos, embutidos,
cortados e polidos para a determinação da dureza Knoop (KHN). Foram realizadas
06 indentações a partir de 10 símbolo
109 \f “Symbol” \s 12m da superfície dental utilizando-se para isto
microdurômetro SHIMADZU HMV 2000. Os resultados (média ± erro padrão) da
contagem de estreptococos do grupo “mutans” em termos de UFC/mg em relação
à exposição à sacarose 0, 2, 4, 8x/dia, foram respectivamente: 26,72 ±
13,36A; 46,72 ± 30,81A; 102,44 ± 53,34A e 52,18 ± 21,48A.
Em termos de microdureza (KHN x µm) as médias ± erro padrão foram
respectivamente de: 26949,2 ± 632,1A; 25527,6 ± 785,0A; 24000,8 ± 1157,6A;
15887,4 ± 2739,2B. Análise estatística (P<0,05) mostrou diferença somente
em relação a perda de dureza quando da exposição à sacarose 8x/dia.
Conclui-se
que não houve relação entre freqüência de exposição a sacarose e contagem
de estreptococos do grupo “mutans”, entretanto quando da exposição 8x/dia
houve perda significativa de mineral.
(Apoio
CNPq Proc. 520763/94-7).
021
Avaliação da resposta de IgA Salivar
anti-estreptococos do grupo mutans
S.C. YAZAKI*, C.S.UNTERKIRCHER, C.Y. KOGA, A.O.C. JORGE
Depto.
de Patologia Fac. de Odontologia/UNESP, São José dos Campos/SP - Tel. (012)
321-8166 - Fax (012) 321-2036
A
cárie dental é uma doença infecciosa crônica. Para que uma lesão de cárie
se desenvolva quatro elementos são primordiais: hospedeiro susceptível,
microbiota patogênica, dieta cariogênica e tempo. Este trabalho estuda as
correlações existentes entre estreptococos, do grupo mutans, placa
bacteriana e anticorpos da classe IgA anti Streptococcus mutan,s em crianças
com e sem lesões de cárie. Para tanto utilizou-se o meio Mitis salivarius
bacitracina (DIFCO), para determinar o número de unidades formadoras de colônias
por mililitro de saliva (UFC/mL), o Índice de Higiene Oral Simplificado (IHOS)
para avaliar o índice de placa bacteriana e a técnica ELISA para analisar os níveis
de IgA salivar. Os resultados obtidos mostram que não existe uma relação
entre os números de UFC/mL e níveis de IgA específica, mas correlação
significante foi observada entre o índice de placa bacteriana e os níveis de
IgA salivar específica.
Estes dados sugerem que a placa dental representa um estímulo
mais relevante para a resposta de IgA que os números absolutos de S. mutans
na cavidade bucal. Além disso, esta correlação pode significar que os níveis
de IgA específica variam com a presença de certas amostras de S. mutans
com maior potencial para formar placa.
Apoio
finaceiro: PIBIC . CNPq
022
Testes-diagnóstico de cárie em superfícies oclusais
de dentes permanentes:
validade e confiabilidade
E.F.
FERREIRA*, I.A.PORDEUS, H.H.PAIXÃO. / Depto. Odontologia Social e Preventiva e
de Odontopediatria e Ortodontia, FO – UFMG
Com
o objetivo de verificar a validade e confiabilidade dos testes para diagnóstico
de lesão cariosa em superfícies oclusais de dentes permanentes, foram
examinados 33 dentes extraídos, sem nenhuma cavitação na superfície oclusal,
através dos testes visual, visual/lupa, radiográfico, radiográfico/lente e
uma combinação de visual/lupa e radiográfico/lente. Os testes apresentaram
boa especificidade e baixa ou nenhuma sensibilidade. Os resultados para valor
preditivo negativo encontrados foram bem superiores do que os de valor preditivo
positivo, demonstrando uma séria dificuldade dos testes em diagnosticar a doença,
sobretudo lesões incipientes de dentina. Ao verificar a confiabilidade pelo
teste Kappa, os testes visual e visual/lupa mostraram uma concordância
ótima. Todos os valores foram significantes estatisticamente.
Em
virtude da dificuldade de se detectar lesões incipientes de dentina, quando o
diagnóstico for duvidoso, a melhor decisão deverá ser o controle.
023
Prevalência de cárie dental e de estreptococos do
grupo mutans
em crianças de 12 a 30 meses de idade
R.O.MATTOS-GRANER*,
M.P. A.MAYER, F. ZELANTE. / Depto.de Ortodontia e Odontopediatria, Faculdade de
Odontologia da USP – SP
Existem
muitas evidências de que os níveis
salivares de estreptococos do grupo mutans
(SM) estão associados com a prevalência e o desenvolvimento da cárie
dental. No entanto, poucos trabalhos mostram uma correlação positiva entre o
desenvolvimento de cárie dental e os níveis salivares de SM em crianças mais
jovens. Este trabalho tem como objetivo avaliar a correlação entre cárie
dental e níveis salivares de SM em 142 crianças de 12 a 30 meses de idade da
cidade de Piracicaba - SP. O exame clínico foi realizado
por um único examinador, com auxílio de espelho intra-bucal e lanterna
portátil e após escovação dentária, sendo registradas as lesões de cárie
de todas as superfícies dentárias (ceos). Amostras de saliva não estimulada
foram coletadas através de espátulas de madeira estéreis, as quais eram
pressionadas sobre uma placas de petri contendo
meio seletivo para SM (agar “mitis salivarius” contendo 15% de sacarose e
3,3 mg/l de bacitracina). Após incubação a 37oC
durante 48h, em sacos pásticos contendo ar expirado, o número de colônias foi
estimado em uma área pré-determinada. 36% das crianças estudadas apresentaram
uma ou mais lesões de cárie e ceos médio foi de 0,62. SM foram detectados em
81% das amostras salivares. Das 142 crianças estudadas, 9% e 22% apresentavam
níveis salivares moderados (21 a 50
UFC) e altos (>50 UFC) de SM, respectivamente. Foi observada uma alta
correlação entre níveis salivares deste microrganismo e os índices de cárie
dental (correlação de Spearman - 0,545, p<0.001).
Estes dados sugerem que os níveis salivares de
estreptococos mutans estão fortemente associados com o desenvolvimento da cárie
dental em crianças de 12 a 30 meses de idade da cidade de Piracicaba.
Este
trabalho foi subvencionado pela FAPESP (proc.95/9131-0).
024
Avaliação clínica do “Variglass” utilizado como
selante, quando aplicado por
dentista, T.H.D. e graduando
R.T.BASTING*,
C.PINELLI, M.C.MENEGHIM, A.C.PEREIRA / Faculdade de Odontologia da UNICAMP -
FAX:(0194)210144
O selamento de fóssulas e fissuras é um dos procedimentos que
tem se mostrado mais eficaz na prevenção da cárie de superfície oclusal,
sendo que tal atividade pode ser realizada tanto pelo dentista quanto pelo
pessoal auxiliar. Em vista disso, o presente trabalho tem por finalidade
comparar as diferenças de retenção do “Variglass”, utilizado como selante
oclusal, quando aplicado por dentista, T.H.D. e graduando em Odontologia. Foram
seladas as superfícies oclusais de 370 primeiros molares superiores permanentes
de crianças entre 6 a 8 anos de idade, provenientes de escolas públicas do
município de Piracicaba. A técnica consistia em profilaxia com pedra pomes e
água, condicionamento ácido do esmalte por 30 segundos com ácido fosfórico a
37%, isolamento relativo, espatulação do material, aplicação do mesmo nos
sulcos e fissuras e fotopolimerização por 40 segundos. São apresentados os
resultados finais da avaliação de 6 meses e resultados preliminares da avaliação
de 12 meses.
Verifica-se que após 6 meses da aplicação, 83% dos
selantes clinicamente aceitáveis permaneceram retidos sobre a superfície
oclusal e, mesmo nos casos em que houve perda total do selante, não se
constatou presença de mancha branca ou lesão cariosa.
Concluiu-se,
também, que não há diferenças estatisticamente significativas em relação a
retenção do material quando aplicado por dentista, T.H.D. e graduando.
025
Prevalência de cáries após inclusão das lesões
cariosas incipientes
M.R. GONÇALVES*, C. PERCINOTO, S.F. M. GONÇALVES, F.
B. SOUZA
Depto.
Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP
As
lesões cariosas incipientes de esmalte sem cavitação (manchas brancas) não são
consideradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nos levantamentos
epidemiológicos, porém, trabalhos demonstraram um aumento numérico nos índices
CPOD e CPOS ao incluí-las. Baseando-se nestas evidências, foi objetivo deste
estudo determinar as alterações ocorridas no índice CPOS ao acrescentar as
lesões cariosas incipientes de esmalte em seus critérios de diagnóstico.
Foram examinadas 106 crianças de 12 anos de idade, de ambos os sexos, de duas
escolas estaduais de Araçatuba. Os exames foram realizados no pátio da escola
sob luz natural, utilizando espelho clínico e sonda exploradora. Para limpeza
dos dentes foi realizada escovação supervisionada e, para secagem, utilizou-se
compressas de gaze. Os resultados mostraram que 95,93% das superfícies
examinadas estavam hígidas, 0,74% cariadas e 0,14% apresentavam lesões
cariosas incipientes de esmalte. A média do CPOS foi 5,20 quando as lesões com
cavidade foram consideradas e, 5,38 quando as lesões iniciais foram incluídas.
Concluímos
que houve um aumento no número do CPOS quando incluímos as lesões cariosas
incipientes e que, apesar da pequena diferença quando excluídas, maior atenção
deve ser dada aos estágios iniciais da cárie dental durante os levantamentos
epidemiológicos devido a sua capacidade de indicar a atividade da doença e de
melhor orientar o planejamento dos programas preventivos e terapêuticos.
026
Estudo in vitro do tempo de aplicação tópica
na incorporação e ação anticariogênica do flúor
A.C.B. DELBEM*, J.A. CURY, C. PERCINOTO
Fac.
de Odont. de Araçatuba-UNESP e Fac. de Odont. de Piracicaba-UNICAMP
O
efeito do tempo de aplicação tópica foi avaliado em termos da habilidade de géis
tópicos acidulado e neutro em limitar a progressão da cárie. Para isto, 192
blocos de esmalte foram obtidos a partir de 3os
molares inclusos e os géis aplicados nos tempos de 1 e 4 minutos e após,
levados a ciclagens de desmineralização e remineralização in vitro
durante 14 dias. Os dados foram determinados pelo ensaio de microdureza(Knoop)
na superfície e em secção longitudinal do esmalte, e análise química para
flúor(ppm) formado e retido através de biopsia no esmalte em HCl e eletrodo
específico para íon flúor. Os resultados(média erro padrão), em microdureza
superficial, para respectivamente os tempos de 1 e 4 minutos, foram: a)Controle:
89,72 ± 8,29; b)Gel Acidulado: 168,85 ± 16,00 e 170,77 ± 21,91; c)Gel Neutro:
115,59 ± 15,84 e 117,95 ± 9,87; e para área integrada da microdureza em secção
longitudinal: a)Controle: 16114,18 ± 1653,16; b)Gel Acidulado: 28391,37 ±
1017,51 e 28956,41 ± 837,60; c)Gel Neutro: 19481,33 ± 1425,87 e 20787,77 ±
2095,17. Para o flúor formado os resultados foram: a)Controle: 363,67 ± 59,63;
b)Gel Acidulado: 1016,99± 92,73 e 1220,01 ± 82,31; c)Gel Neutro: 683,62 ±
56,82 e 642,27 ± 93,42; e para flúor retido: a)Controle: 1072,61 ± 1291,87;
b)Gel Acidulado: 957,38 ± 1268,65 e 870,73
± 1288,41; c)Gel Neutro: 1037,40 ± 1289,69 e 1035,33 ± 1268,65. A análise
de variância e o método de comparações múltiplas(p<0,05) revelaram
diferença significante entre as médias dos géis acidulado e neutro, tanto
para microdureza quanto para fluór formado, mas não para flúor retido, porém
o efeito do tempo não foi significativo.
Conclui-se
que o gel acidulado foi mais efetivo do que o neutro em limitar o processo da cárie,
embora o tempo de aplicação de 1 e 4 minutos não teve influência nesta ação.
027
Fluoreto recuperado após escovação profissional com
gel em prática coletiva
A.P. Morais*, A.Modesto,
E.R.Bundzman, L.C.Maia
FO-UFRJ,
Rio de Janeiro
O
objetivo deste estudo foi quantificar o fluoreto recuperado após escovação
com gel realizada em 122 crianças de 3 a 12 anos de duas escolas da rede pública
municipal do Rio de Janeiro. Uma escovação com dentifrício não fluoretado
foi efetuada por dois profissionais previamente calibrados, seguida de aplicação
(30 segundos para cada arcada), com escova contendo 1 ml (16 mg de
fluoreto) de gel de flúor fosfato acidulado a 1,23% (Oral B - Minute Gel). Após
a aplicação, a saliva e o gel expectorados foram coletados e adicionados ao
gel residual da escova, obtido através de lavagem com água deionizada. O
fluoreto recuperado foi quantificado através de um potenciômetro (Orion EA
940) e eletrodo combinado íon-seletivo para fluoreto (Orion 96-09). A partir
dos resultados, observou-se uma recuperação média de fluoreto de 11,79±0,94
mg (73,66%). Não houve diferenças estatísticas significantes (Teste t
de Student) na recuperação de fluoreto entre crianças de 3 a 6 anos, n=44
(11,89±1,36) e de 7 a 12 anos, n=78 (11,73±0,60).
Concluiu-se
que ocorre uma recuperação significante de fluoreto após a escovação
profissional com gel independente da idade, sugerindo-se a segurança deste método
em prática coletiva.
028
Quantificação de fluoreto álcali-solúvel após
aplicação de géis fluoretados
A. MODESTO*, A.R. VIEIRA, F. GLEISER, R. VIANNA
FO-UFRJ,
Rio de Janeiro
Este
trabalho teve por objetivo quantificar e comparar “in vitro” a aquisição
de fluoreto álcali-solúvel(CaF2)
após a aplicação, pelo período de 1 ou 4 minutos, de 3 géis fluoretados:
Flutop gel Cristal(SS White)-NaF 2%, pH7; Nupro acidulado
gel(Dentsply)-Monofluorfosfato acidulado(FFA) 1,23%, pH3,7 e Flúor Superácido(FSA)-Hidroslabor-NaF
0,6%, pH1,9. Foram utilizados 75 blocos de esmalte bovino desmineralizados
artificialmente e separados aleatoriamente em 7 grupos: C(controle)-sem
tratamento; NaF1 e NaF4-aplicação de gel neutro; FFA1 e FFA4-aplicação de
gel acidulado e FSA1 e FSA4-aplicação de gel superácido. Foi mensurado o CaF2
adquirido pelo esmalte através de um potenciômetro (Orion EA 940) e eletrodo
combinado íon-seletivo para fluoreto(Orion 96-09). Os valores de CaF2
formado (µgF/cm2)
são expressos na tabela a seguir, aos quais se utilizou o teste de Wilcoxon:
GRUPO C
NaF1 FFA1
FSA1 NaF4
FFA4 FSA4
Mediana
0,67 16,00
26,20 29,03
23,22 52,96
42,48
Mínimo
0,42 13,35
19,40 16,28
13,00 18,69
15,86
Máximo
1,93 69,10
218,06 134,66
86,38 136,50
145,85
Foram encontradas diferenças estatisticamente
significantes entre o grupo C e os demais grupos; entre NaF1 e FFA1 e entre NaF1
e FSA1 (p<0,01); e entre NaF4 e FFA4 (p<0,05).
Concluiu-se que o pH foi determinante do aumento na
aquisição de CaF2, enquanto que o tempo de aplicação dos géis não
interferiu significantemente.
029
Influência do acabamento e polimento na decisão de
substituição de restaurações antigas de amálgama - um estudo in vitro
A.V.
RITTER*, L.N. BARATIERI, J.C. OLEINISKY. UFSC/CCS/STM, / Disciplina de Dentística,
Florianópolis, SC
Tem
sido constatado que a dentística de substituição é responsável por grande
parte do tempo gasto pelo cirurgião dentista no atendimento à seus pacientes
(Elderton, Int.Dent.J. 43:17-24,1993). Por outro lado, o diagnóstico de cárie
secundária geralmente é realizado com base em critérios indefinidos
(Kidd,Operat.Dent.14:149-158,1989). O objetivo do presente trabalho foi avaliar
a influência do acabamento e polimento de restaurações antigas de amálgama
sobre a decisão de tratamento das mesmas quanto à sua manutenção ou
substituição.
40 dentes extraídos portadores de restaurações de amálgama
(Cl I e Cl II) executadas in vivo e livres de amplas lesões de cárie
foram numerados e submetidos ao exame individual por 60 voluntários (20 alunos
do CGO da UFSC e 40 CDs de Florianópolis, SC). Os examinadores responderam à
um questionário indicando se e por que razão substituiriam cada restauração.
Após esta primeira etapa, as restaurações foram submetidos à um procedimento
padronizado de acabamento e polimento. Em uma segunda etapa, os mesmos dentes e
suas respectivas restaurações, agora re-acabadas e re-polidas, foram
apresentados aos mesmos examinadores, para que respondessem às mesmas perguntas
da primeira etapa. Os resultados foram comparados.
Observou-se
que o acabamento e polimento resultou em uma reversão estatisticamente
significativa de decisões de substituição para não-substituição.
Na
primeira etapa, houveram 1106 decisões de substituição, enquanto na segunda
etapa houveram apenas 236. As principais razões para substituição foram forma
anatômica deficiente, margem valada e cárie secundária.
030
Concentração de íon flúor em águas minerais,
comparação com a especificada no
rótulo e implicações na
suplementação
I.M.G.
BRANDÃO*, A.VALSECKI JUNIOR / Depto.
Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Araraquara,UNESP-SP
O
aumento no consumo de água
mineral comercial em substituição à água de abastecimento público,
apresenta implicações
tanto em relação ao comprometimento dos benefícios advindos do consumo de água
com adequada e regular concentração
de íon flúor, como pelas dificuldades
da suplementação segura deste íon
nestas águas. Com base nisto, a concentração de íon flúor presente em 31
marcas comerciais de água mineral, foi analisada utilizando-se um analisador
específico de íons (SA-720;PROCYON) e eletrodo seletivo para íons flúor
(94-09;ORION). Foram obtidas de cada produto amostras em duplicata e
a média aritmética entre estas, comparada à concentração do íon
especificada no rótulo
do respectivo
produto, tendo as mesmas variado
entre 0,02 e 1,38 mg F-/l . Comparando-se a concentração obtida entre
águas provenientes da mesma fonte, sendo no entanto uma delas com gás,
obteve-se diferenças variando entre 0,05 e 0,91 mg F-/l
entre as mesmas. Apenas 25% dos produtos especificavam em seus rótulos o
teor de flúor, sendo que em apenas 3,10% houve concordância com os resultados
obtidos.
Considerando
os resultados obtidos, e o produto em questão como sendo a única fonte de água
consumida, em 68,80% dos produtos analisados deveria ser indicada a suplementação
de íon flúor, para que os benefícios do método
fossem obtidos; deveria ainda, ser exigido
pelos órgãos competentes, o cumprimento da legislação
referente a obrigatoriedade da especificação no rótulo da concentração
de íon flúor, devendo
a mesma ser
determinada através de análises químicas periódicas.
031
Concentração de polissacarídeos na placa bacteriana
exposta à diferentes adoçantes em um modelo in situ
M.
MALTZ*, E. ROSSONI, P. Z. CORRÊA. / DEOPS - Faculdade de Odontologia, UFRGS, RS
- Fax (051) 330-2951
O
controle da doença cárie em pacientes com alta atividade cariogênica pode
incluir, além do consumo racional de sacarose, o uso de substâncias adoçantes
sem poder cariogênico. O presente estudo tem como objetivo avaliar a produção
de polissacarídeos na placa bacteriana submetida
à freqüentes exposições de adoçantes comumente utilizados como substitutos
da sacarose. Sete indivíduos usaram aparelhos de acrílico palatinos removíveis
com quatro blocos de esmalte dentário. Os blocos de esmalte foram expostos
extraoralmente aos adoçantes, sete vezes ao dia, por um período de 28 dias. As
soluções-testes foram: sacarose 17%, Stevita® 2% (esteviosídeo 10%+lactose 90%), lactose 1,8% e
esteviosídeo 0,2%. Amostras de placa coletadas de dois blocos de esmalte foram
utilizadas para determinação da concentração de polissacarídeos solúveis
(solúvel em ácido) e insolúveis (solúvel em álcali) pelo método de DUBOIS
et al (1956). A concentração de polissacarídeos insolúveis (124,81±101,56
g/mg de placa) na placa bacteriana formada na presença de sacarose foi superior
aos outros adoçantes (Teste de Friedman, p<0,01). As concentrações de
polissacarídeos solúveis e insolúveis na placa bacteriana formada com lactose
(9,37±3,76 e 7,53±6,96 µg/mg de placa), Stevita®
(7,53±3,66 e 8,08±5,28 µg/mg de placa) e esteviosídeo (5,80±4,36 e 5,32±5,03
µg/mg de placa) foram semelhantes.
A Stevita®
é um produto comercial a base de lactose e esteviosídeo que ocasiona a formação
de placa bacteriana com baixas concentrações de polissacarídeos, tendo
portanto um potencial cariogênico menor do que a sacarose.
CNPq;
5221007193-3.
032
Estudo in situ da desmineralização dos blocos
de esmalte dentário expostos à
adoçantes a base de esteviosídeo
E.
ROSSONI*, P.Z. CORRÊA, M. MALTZ, A.A.DEL BEL CURY. FO, / UFRGS, RS, FO,
UNICAMP, SP
Substitutos
da sacarose podem ser utilizados para o controle de cárie em pacientes com alta
atividade cariogênica. O presente estudo avalia a desmineralização dos blocos
de esmalte dentário submetidos às soluções-adoçantes: sacarose 17%, Stevita®
2% (esteviosídeo 10%+lactose 90%), lactose 1,8% e esteviosídeo 0,2%. Sete
indivíduos utilizaram aparelhos de acrílico palatinos removíveis com quatro
blocos de esmalte dentário. Os blocos de esmalte foram submetidos a uma das
soluções, extraoralmente, sete vezes ao dia, por 28 dias. A desmineralização
dos blocos de esmalte dentário (n=134) foi avaliada através de medições de
microdureza de Knoop até a profundidade de 110 m da superfície externa do
esmalte. O tratamento com sacarose ocasionou extensa área de desmineralização
nos blocos de esmalte de todos os indivíduos. Os blocos de esmalte tratados com
lactose e Stevita®
não mostraram diferença estatística entre as médias de microdureza. As médias
de microdureza do esmalte com lactose em 10µm e 20µm diferiram
estatisticamente do esteviosídeo e do controle. No entanto, a Stevita® apresentou média de microdureza menor que o controle somente
na profundidade de 10 mm, p<0,05 (teste de Tukey). Os blocos de esmalte
tratados com esteviosídeo mostraram um perfil de microdureza semelhante aos
blocos de esmalte controle que não foram colocados na cavidade bucal.
O adoçante comercial Stevita®
a base de lactose e esteviosídeo mostrou um comportamento intermediário a
estes dois adoçantes, tendo um potencial cariogênico menor do que a sacarose.
CNPq; 5221007193-3.
033
Efeito do
bicarbonato na reatividade do flúor de dentifrício com o esmalte dental
humano
P. E.C.PERES*, J.A. CURY
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
O
fluoreto de cálcio (“CaF2”)
é considerado o mais importante produto da reatividade do flúor com o esmalte
dental. A adição de bicarbonato (HCO3_) aos dentifrícios
como substância tamponante e alcalinizante poderia melhorar o efeito cariostático
do flúor. Entretanto, a formação de “CaF2”
é inversamente proporcional ao pH. Assim, o HCO3 _ poderia
interferir com o efeito do flúor, além do fato de que não há comprovação
de que a adição de HCO3 _ a um dentifrício fluoretado melhore seu efeito. O objetivo
deste trabalho foi verificar laboratorialmente se HCO3 _ interfere com a reatividade do flúor de dentifrício com o
esmalte dental humano. Foram comparados 03 dentifrícios (A): Placebo de F-
e HCO3 _ , pH 6,88; (B): Flúor
(1450 ppm F) pH 7,28 e (C): Flúor (1450 ppm F) +
HCO 3 _
, Signal , pH 8,84. Os dentifrícios
fluoretados continham NaF e todos
eram à base de sílica.Para o teste de reatividade foram utilizadas partículas
de esmalte ( 0,074 à 0,105mm) obtidas a partir de 3os molares inclusos.Foram
avaliadas as concentrações de flúor total (FT), flúor fracamente ligado
(“CaF2”) e fortemente ligado (FA) formados no esmalte após 1 minuto de reação
com a suspensão dos dentifrícios (1:3) . Para análise de flúor foi
utilizado eletrodo específico ORION
96-09 e analisador de íons ORION EA 940. Os resultados de 06 repetições
foram analisados estatisticamente pela análise de variância e pelo teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade. As concentrações (média ± erro padrão.)
de FT , “CaF2” e FA para os tratamentos com os dentifrícios A, B e C foram,
respectivamente: FT : 75.50 ± 5.08 c; 189.50 ± 12.42 a ; 153.69 ± 7.61 b
; “CaF2” : <1.41 ± 0.37 b; 52.87 ± 9.17 a ; 40.63 ± 4.86 a ;
FA: 70.75 ± 3.99 b; 115.17 ± 7.89
a ; 104.91 ± 4.76 a, sendo que médias seguidas de letras distintas diferem
estatisticamente (P<0,05).
Os
resultados sugerem que in vitro o bicarbonato diminui a reatividade do flúor
com o esmalte dental humano.
034
Análise dos métodos aplicados em um programa de prevenção
da cárie dentária
C.M. FERON*, A. DELLA BONA
Universidade
Passo Fundo, RS
A
Faculdade de Odontologia
da Universidade de Passo Fundo (FOUSP) vem desenvolvendo um programa de prevenção
de cárie dentária desde o início dos anos 80, em uma comunidade escolar na
periferia de Passo Fundo-RS. Esse programa concentra-se especificamente na área
de prevenção primária, com aplicação de flúor e selante oclusal, além de
instruções sobre prevenção. Com o objetivo de avaliar os resultados desse
programa, foram examinados 84 escolares (1.592 dentes), com idade entre 6 e 13
anos, por um único profissional, que seguiu a metodologia do índice CPO-D. O
CPO-D médio/hígidos obtidos para os escolares de 6 a 13 anos foram,
respectivamente: 0,0/100,0; 1,08/87,6; 3,0/76,9; 2,27/82,5; 2,13/87,5;
4,47/82,4; 3,41/83,1; 6,42/76,0 e 2,84/84,5 como média de todas as idades. Os
resultados obtidos em 1985, quando se aplicou a mesma metodologia, com crianças
da mesma faixa etária, foram, respectivamente: 1,37/71,79; 2,02/80,46;
3,02/77,36; 5,19/67,62; 7,16/66,77; 5,83/78,01; 7,23/72,17; 11,32/60,61 e
5,39/71,84 como média de todas as idades. A média geral da necessidade de
tratamento (NT), que corresponde aos dentes cariados e com extração indicada,
para essa comunidade em 1995 foi de 0,42 (3,67 em 1985). A média geral de
tratamentos realizados, que corresponde aos dentes obturados e extraídos em
1995 foi de 2,42 (1,68 em 1985).
Sabendo-se
que a população estudada é similar mas as crianças analisadas são
diferentes, pode-se dizer que a metodologia aplicada neste programa de prevenção
de cárie dentária está fazendo diminuir a NT da comunidade alvo e que o índice
CPO-D médio tem se aproximado muito do preconizado pela O.M.S., que é de 3,0
para crianças de 12 anos no ano 2.000.
Apoio
FAPERGS n. 94/50529.2
035
Hábitos de higiene bucal e sua relação com o risco de
fluorose dental em área de água fluoretada
A.B.CORREA*, R.M.P. RONTANI
Depto.
Odontologia Infantil, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP – SP
Com
o objetivo de analisar a relação entre os hábitos de higiene bucal e o risco
de fluorose dental, os autores utilizaram uma amostra inicial de 500 crianças,
na faixa etária de 3 a 14 anos da
população de Rio Claro - SP, cidade com água de abastecimento fluoretada a níveis
considerados ótimos, distribuídas igualmente entre uma escola particular e uma
estadual de área urbana e rural respectivamente, através de análise de
questionários coicidentes entre pais e filhos, envolvendo os hábitos de
higiene bucal das crianças. Foram analisadas 392, cujas crianças fizeram parte
da amostragem do estudo. Os autores observaram os seguintes resultados : introdução
precoce da escovação com creme dental fluoretado; a criança é responsável
pela colocação de creme na escova e sua própria escovação sem qualquer
supervisão de um adulto; apresentam hábito de ingestão consciente de creme
dental; os cremes dentais preferidos foram os infantis; utilizaram para a escovação
os cremes dentais comuns.
Portanto,
associados seus hábitos de higiene bucal à quantidade ótima de fluor na água,
os autores concluíram que a amostra, principalmente na faixa etária de 3 a 7
anos, de risco à fluorose dentária, não diferindo entre escola particular e
estadual.
036
Modificação do perfil epidemiológico em escolares
numa perspectiva
de integração docente-assistencial
L.H.
MOREIRA*; M.A.A. SENNA. / Pós-Graduação em Odontologia Social, Univ. Federal
Fluminense, Niteroi, RJ – Brasil
O
presente estudo teve como objetivo a reestruturação da atenção odontológica
na Escola Municipal Heitor Villa Lobos( Niteroi, RJ) numa proposta de integração
docente-assistencial onde alunos e professor da Disciplina de Odontologia Social
e Preventiva VI da F.O.UFF, junto a profissionais de saúde oral da Unidade
Municipal de Saúde da área de abrangência da escola, professores, merendeiras
e pais destes escolares eram co-responsáveis pela modificação do perfil
encontrado quando do exame de todas as crianças em abril de 1994. Foram
realizadas reuniões com a equipe envolvida com vistas a uma razoável compreensão
do processo saúde/doença na cavidade oral. Levantamento de índice CPO e
Livres de Cárie (L.C.) por idade, foram escolhidos como indicadores na
avaliação do estudo. Constituiam rotinas do trabalho as atividades: escovação
semanal, evidenciação de placa, restrição à ingestão de qualquer alimento
em sala de aula, recomendação aos pais quanto a escovação noturna das crianças
e realização de restaurações e extrações indicadas.
Os
dados observados em 1994 (início do trabalho) e 1996(1a. avaliação) foram
respectivamente: 4 anos - 53%/ 58% L.C. e 1.66/2.08 CPO ; 5 anos - 46.6%/47%
L.C. e 3.73/2.41 CPO; 6 anos - 25.71%/40.07 L.C. e 3.25/2.40 CPO; 7 anos-
23.07%/34.0% L.C. e 4.07/3.0 CPO; 8 anos - 12.5%/29% L.C. e 4.0/3.1 CPO; 9 anos
- 10.52%/19.5% L.C. e 4.5/3.4 CPO ; 10 anos - 4.16%/24% L.C. e 4.37/2.9 CPO. A
partir dos resultados obtidos podemos concluir que houve significativa melhoria
dos indicadores observados.
037
Hábitos infantis na prevalência e severidade de cárie
em bebês
I.T. R.MORAES*, R.H.
OGATA., R.M.P. RONTANI
Departamento
de Odontologia Infantil. Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP
Com
o objetivo de avaliar a prevalência e severidade da cárie dental em crianças
brasileiras entre 0 e 3 anos de idade, da cidade de Piracicaba-SP, foram
analisadas 98 crianças, através da realização de exames clínicos. Foram
distribuídos aos pais questionários sobre dieta, tipo de amamentação e hábitos
de higiene bucal. Dos 98 pais, 64(65,3%) responderam ao questionário. Os
autores observaram que 63(64,3%) crianças estavam livres de cárie. Lesão
incipiente e cavitação foram observadas em crianças a partir de 17 meses.
Observou-se mais crianças com lesões incipientes (21,4%) que somente com
cavitação (1%). O número total de lesões cariosas registrado foi de 256. Os
dentes mais afetados por cárie foram os molares inferiores. Não foi encontrada
associação entre prevalência de cárie e higiene bucal.
Os
autores concluíram que a prevalência de cárie estava diretamente relacionada
à idade e ao hábito de amamentação prololongado, dentro da faixa etária e
da amostra estudadas.
038
Cariostático em dentes decíduos
M.A.L. de SOUZA, A.C.M. FOSSATI, F.L. de SOUZA*
Faculdade
de Odontologia, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil
Em
dentes decíduos o processo carioso ocorre mais rápido que em dentes
permanentes, alcançando a polpa. Para evitar a perda do dente e subsequente
perda de espaço, é importante manter este dente. O cariostático é uma das
maneiras de se tratar esta doença, quando não é possível, por diferentes razões,
fazer uma restauração definitiva. A proposta deste estudo era ver “in
vivo” como a cárie age quando o diaminofluoreto de prata a 10% é aplicado
nas lesões. Para realizá-lo 8 crianças foram selecionadas através de exame
clínico e radiográfico, na tentativa de encontrar primeiros molares decíduos,
com cárie oclusal atingindo dentina e que supostamente (pelo tamanho das raízes)
esfoliariam em 6 ou 12 meses. As lesões receberam 2 ou 4 aplicações semanais
de cariostático e as crianças retornavam a cada mês para exame clínico. Os
dentes foram extraídos um pouco antes de sua esfoliarão e as coroas
seccionadas no sentido cérvico-oclusal no centro da lesão. Metade do dente foi
preparada para microscopia ótica e a outra metade para análise através da
microscopia eletrônica de varredura. Das eletromicrografias foi encontrado que
os túbulos dentinários próximos ao cariostático estavam obliterados por bastões
sólidos ou ocos, lembrando a zona translúcida na dentina cariada. A análise
química destes bastões mostrou que eles são formados basicamente de cálcio e
fósforo. A analise em microscopia ótica mostrou que os túbulos haviam sido
invadidos por bactérias por uma longa distância.
Conclui-se,
a partir das imagens obtidas, que o cariostático é capaz de manter a obliteração
dos túbulos por um período mais prolongado que o normal, e que esta zona está
numa posição incomum se comparada com cáries de dentina não tratadas.
039
Análise microbiológica de instrumentos cortantes rotatórios,
coletados em consultórios particulares
E.M.A.
RUSSO*, M.P. A. MAYER, N.GARONE NETTO, R.C.R. CARVALHO.
/ Depto.de Dentística. FOUSP - SP - Tel./Fax (011) 818-7843
A
preocupação com a esterilizaçao do instrumental utilizado pelos Cirurgiões-Dentistas,
nos diferentes procedimentos operatórios, tem sido uma constante. Sabemos que
um universo de microorganismos patogênicos podem estar presentes nos
instrumentos odontológicos. Um dos itens que tem merecido atenção é a
esterilização dos instrumentos cortantes rotatórios, devido às dificuldades
em obter-se métodos eficazes e não
danosos para esses instrumentos. Os métodos disponíveis provocam alteração
de têmpera, perda de corte e corrosão dos materiais. Preocupados com isso,
face à possibilidade de ocorrer infecção cruzada, propusemo-nos a verificar
se profissionais de vários locais
da cidade de São Paulo, graduados em anos diferentes, realizavam esterilização
adequada dos instrumentos cortantes rotatórios que utilizavam. Foram coletados
106 instrumentos prontos para uso em consultórios, que foram transferidos para
um laboratório, com o auxílio de pinça estéril para meio de transporte,
VMGAIIS. As amostras eram, então, dispersas e inoculadas em agar sangue. Após
a incubação por 48 horas, em atmosfera de microaerofilia, realizavam-se as
leituras das placas, com o auxílio de uma lupa. Das 106 amostras analisadas,
74,53% não apresentaram crescimento de bactérias. Em 11,32% das amostras houve
crescimento pequeno, que poderia ter sido ocasionado por contaminação durante
a manipulação. Em 14,15%, constatou-se um crescimento de mais de 1000 colônias
de bactérias por instrumento.
Diante dos dados obtidos, podemos concluir que um número
significante de profissionais não está utilizando processos efetivos para o
controle microbiano nos instrumentos cortantes rotatórios.
Apoio:
Metalúrgica Fava Indústria e Comércio Ltda.
040
Avaliação microbiológica da desinfecção de moldes
de alginato
A. C. PAVARINA *; A.
C. PIZZOLITTO; C. M. C. BUSSADORI
Faculdade
de Odontologia de Araraquara-UNESP-SP
Atualmente,
a prevenção da infecção cruzada tem destacado-se no meio odontológico.
Modelos de gesso podem propiciar o desenvolvimento e a transmissão de
microrganismos patogênicos, via moldes contaminados do consultório para o
laboratório de prótese. Com base nisto, o objetivo deste trabalho foi
avaliar a eficácia de soluções desinfetantes na
inativação de microrganismos presentes sobre moldes de alginato. Para o
experimento, foram selecionados aleatoriamente 14 pacientes, e em cada um
realizadas três moldagens. Os
moldes foram lavados em água
destilada estéril, e encaminhados ao laboratório onde receberam tratamento
apropriado: GI- 30 minutos em recipiente esterilizado; GII- 30 minutos em solução
de glutaraldeído 2%; e, GIII- 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio
a 0,5%. Após 30 minutos, foram novamente
lavados, e com
um “swab” realizou-se a coleta
para o
exame microbiológico.Os
meios de cultura (1B
série) foram incubados em estufa bacteriológica, durante 48 horas, e
examinados visualmente. Se positivo, os microrganismos eram identificados. Se
negativos, um novo meio de cultura ( 2@
série) era preparado para verificação da possível atividade bacteriostática
do desinfetante. Todos os tubos foram repicados para o meio de agar
sangue e incubados em
microaerofilia por 48 horas, sequindo-se bacterioscopia,
isolamento e identificação das colônias desenvolvidas.
Segundo os resultados, o
Grupo I( sem tratamento) apesentou,
tanto no exame bacterioscópico ,
quanto na cultura, crescimento de microrganismos em todas as amostras. Os Grupos I e
II ( tratados com desinfetantes) apresentaram-se
desprovidos de microrganismos.
Conclusão:
as soluções desinfetantes testadas agiram integralmente nos moldes, inibindo o
crescimento dos microrganismos.
041
Resposta do complexo dentino-pulpar frente a utilização
de um sistema adesivo
J. HEBLING*, E.M.A.GIRO, C.A.S.COSTA
Dpto.
Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp
Muito
se tem discutido sobre o procedimento de condicionamento ácido total,
especialmente em cavidades profundas e sobre exposições pulpares. Para
determinar a resposta do complexo dentino-pulpar frente a utilização de um
sistema adesivo (All Bond 2), cavidades profundas de classe V foram
confeccionadas em 30 dentes pré-molares humanos. No grupo experimental esmalte
e dentina foram condicionados por 15 segundos com ácido fosfórico à 10%
procedendo-se em seguida, após lavagem e secagem da cavidade, a aplicação do
sistema adesivo e restauração com resina fotopolimerizável (Z-100). No grupo
controle, hidróxido de cálcio foi aplicado sobre a parede axial antes do
condicionamento ácido. Os dentes foram extraídos após 7, 30 e 60 dias. Para o
grupo experimental, observou-se aos 7 dias ruptura dos odontoblastos com aspiração
para o interior dos túbulos dentinários. A polpa coronária e radicular
exibiram alteração hialina do interstício, sendo que as células apresentavam
degeneração hidrópica, havendo ainda numerosos vasos sanguíneos dilatados e
hiperemiados. Com o decorrer dos períodos, o quadro histológico persistiu.
Quanto maior a espessura do remanescente de dentina entre o assoalho da cavidade
e a polpa, menor foi o grau de reação observado. Em apenas 3 espécimes, foram
observadas bactérias coradas nas paredes cavitárias. No grupo controle, o
tecido pulpar apresentou características de normalidade aos 30 e 60 dias,
enquanto que aos 7 dias, havia discreta ruptura de odontoblastos com poucas células
inflamatórias mononucleares.
Dentro
das condições experimentais realizadas, o sistema adesivo All Bond 2 foi
irritante ao complexo dentino-pulpar. Quanto mais profunda a cavidade dentária
maior foi a citotoxidade do material, a qual reduziu a possibilidade de formação
de dentina reacional.
042
Comparação da resposta pulpar ao scothbond MP e OZE
sobre polpas
de ratos mecanicamente expostas
C.A.S.COSTA*,
J.HEBLING, C.BENATTI NETO, L.C. SPOLIDORIO / Depto. Patologia, Faculdade de
Odontologia de Araraquara, Unesp
Estudos
têm mostrado discreta reação do tecido pulpar quando este é capeado com
sistemas adesivos. Muitos pesquisadores tem relatado formação de ponte de
dentina adjacente à exposição pulpar. Este estudo foi realizado para observar
a capacidade de reparação e formação de ponte de dentina de polpas
mecanicamente expostas que foram capeadas com o sistema adesivo Scothbond MP
(Sbmp - grupo experimental) e com o cimento de óxido de zinco e eugenol (OZE -
grupo controle). Em 24 ratos, 48 cavidades de classe I oclusal com exposição
da polpa foram realizadas, dais quais 24 foram capeadas com Sbmp e o restante
com OZE. As cavidades foram restauradas com a resina Z100. As maxilas foram
removidas após intervalos de 7, 15, 30 e 60 dias. Cortes seriados dos dentes
foram corados com hematoxilina e eosina e Brown e Brenn. Para o grupo
experimental, aos 7 dias houve necrose do corno pulpar adjacente ao material.
Com o decorrer dos períodos, o tecido pulpar não apresentou capacidade de
reorganização e formação de ponte de dentina. Aos 60 dias, a polpa estava
totalmente necrosada. No grupo controle, ocorreu reparação pulpar e formação
de ponte de dentina a qual se apresentava completa no último período de avaliação
(60 dias).
Estes
resultados sugeriram que o sistema Sbmp foi irritante, não permitindo a reparação,
nem a formação de ponte de dentina em polpas de ratos mecanicamente expostas.
043
Avaliação de quatro etapas de trabalho na endodontia
pré-clínica
I. WEINFELD*
Departamento
de Endodontia - I.M.E.S. – SP
A
endodontia pré-clínica dentro de um curso de graduação se ocupa do
adestramento do aluno em laboratório, antes de sua atuação frente ao
paciente. É nossa meta passar para o aluno a conduta motora ideal, familiarizá-lo
com os instrumentos e meios, simular, automatizar e procurar orientá-lo em
situações menos comuns. Faz-se necessário, portanto, acompanhar passo-a-passo
o aprendizado em vistas à detecção e solução de possíveis problemas. Com
tal finalidade constituímos uma amostra de 20 alunos, matriculados no 3o ano do curso de graduação em odontologia, de nossa
instituição e atuando na disciplina de Endodontia I. Avaliamos o desempenho
individual em quatro etapas da terapia endodôntica: abertura coronária,
odontometria, preparo do canal radicular e obturação de quatro dentes naturais
humanos montados em manequim - ICS, 1o
PMI, PMS e MI; definimos as falhas corrigidas em cada etapa sendo tabulados os
resultados. Considerando todas as etapas e o melhor desempenho obtivemos para o
PMI 72.5% de sucesso, 1o
PMS 70%, MI 67.5% e ICS
63.75%. Quanto ao desempenho de cada etapa a odontometria teve sucesso de
86.25%, o preparo do canal radicular 73,75%, a abertura coronária 57.5% e a
obturação 56.25%. A abertura coronária melhor sucedida foi a do MI (65%), a
odontometria, do PMI (95%), o preparo do canal radicular, do PMS (90%) e a
obturação, do PMI (65%).
Constatamos
que a seqüência de trabalho, o grau de dificuldade quanto ao desempenho de uma
manobra pela primeira vez (automatização) e a própria anatomia do canal
radicular, levaram, de forma geral, à obtenção do maior índice de sucesso em
relação ao PMI.
044
Resposta tecidual
ao ataque ácido direto sobre exposições pulpares
E.A.PASCON*, A.W. ALMEIDA, M.A.O.RODRIGUES, E P. C.ALVES
DEOCR
E DEMOR, Universidade Federal de Uberlândia, MG
O
ataque ácido direto, em polpas que sofreram exposição, tem sido recomendado
para se obter melhor adesão da resina composta às estruturas dentais.
Os autores estudaram o efeito da aplicação de ácido maleíco a 10%,
seguido da utilização do sistema Scotchbond e da resina restauradora Z100.
Foram utilizados todos os dentes intactos de um macaco (Cebus sp), sendo
que os incisivos serviram de controle negativo (sem tratamento) e os terceiro
molares serviram de controle positivo com Ca(OH)2.
Após profilaxia, os dentes foram isolados relativamente e cavidades de Classe I
ou V foram preparadas utilizando-se uma broca cone invertido #34 em alta rotação,
buscando deixar 1 mm de dentina remanescente sobre a polpa. A exposição pulpar
foi feita com uma broca esférica #2 em baixa rotação no centro da cavidade.
Cessada espontaneamente a hemorragia, o ácido foi aplicado por 30 seg. e
as cavidades seladas com o sistema de resinas. Após 30, 75, 120, e 150 dias, os
animais foram mortos e a mandíbula e maxila removidas em bloco. Após fixação
em solução de paraformaldeído a 4%, pH 7,3 em tampão cacodilato
e descalcificação, os espécimes foram preparados para exame histológico
de rotina.
Os
resultados mostraram intensa dissolução do tecido pulpar que esteve em contato
com o ácido. Não se observaram
elementos celulares, mas apenas restos necróticos e fibras colágenas mostrando
diferentes graus de dissolução. Na maior parte dos casos a pré-dentina foi
eliminada. Nas situações melhores, em algumas áreas marginais, os
odontoblastos, descolados da pré-dentina, estavam associados a macrófagos com
grande quantidade de partículas fagocitadas. Em alguns espécimes, essa reação
pareceu se estabilizar aos 120 e 150 dias, enquanto que em outros, o colapso
tecidual foi completo. O controle com Ca(OH)2
mostrou uma reação tecidual com deposição progressiva de tecido duro.
045
Efeito de misturas de PMCC - Furacin sobre a região
apical, após pulpotomia em dentes de cães
R.C.C.LIA*, M.R.B.OLIVEIRA, L.J.FLORIAM
Depto.
de Patologia, Faculdade de Odontologia Araraquara
– UNESP
A
possibilidade da ação à distância de substâncias antissépticas enérgicas
em pulpotomia são por vezes questionadas levando-se em consideração o
potencial e características de seus componentes. Assim, a avaliação da ação
por contiguidade às regiões apical e periapical é importante por determinar a
extensão de influência destes medicamentos. Nestas condições objetivou-se
analisar comparativamente o efeito no conjuntivo apical e periapical de dentes
de cães frente a misturas de PMCC na proporção 3,5:6,5 e 2,5:7,5 associados
ao Furacin, tendo como controle as regiões homônimas de dentes adjacentes do
mesmo animal. Utilizou-se 12 cães, que tiveram seus dentes pulpotomizados e
tratados com curativos de misturas de PMCC + Furacin por 5 min e posteriormente
selados com oze + 1 gota da solução teste e observados por 7, 45 e 90 dias,
quando foram avaliados histopatologicamente.
Concluiu-se
que um dependente da condição evolutiva de necrose pulpar, houve parcial ou
total manutenção da vitalidade do tecido conjuntivo das ramificações do
delta apical em sua maioria, sendo menos expressiva para a mistura PMCC 3,5:6,5
- Furacin. O periodonto apical acompanhou a resposta nas ramificações do delta
com infiltrado inflamatório, quando presente, de padrão mononuclear, variando
de não significativo à discreto, minimizado na condição PMCC 2,5:7,5 -
Furacin.
046
Compatibilidade biológica de uma pasta à base de
antibiótico e da pasta de Óxido de Zinco e eugenol, em contato com tecido
conjuntivo pulpar de molares de ratos
M.R.B.OLIVEIRA*,P.
B.MORAES, C.BENATTI NETO / UNESP, FOAr., Araraquara, SP
Vários
materiais odontológicos têm sido
utilizados na terapia endodôntica de dentes decíduos, bem como diversos
trabalhos de pesquisa com materiais à base de hidróxido de cálcio,
formocresol, óxido de zinco e eugenol e pastas à base de antibiótico têm
sido realizados com o intuíto de se desenvolver um material ideal para o
tratamento endodôntico. O objetivo deste trabalho é analisar de forma
subjetiva e comparativa, as reações do tecido conjuntivo pulpar do 1º molar
superior de ratos, provocadas por uma pasta à base de óxido de zinco e eugenol + antibiótico (Sintomicetina) e
(Tetrex) e óxido de zinco e eugenol (controle). Utilizou-se 20 animais,
divididos em 2 grupos de 2 animais, para períodos de 3, 7, 15, 30 e 45 dias.
Concluiu-se
que o material correspondente ao Grupo A permitiu formação de barreira
mineralizada evoluindo à padrão dentinário canalicular com decrescente
infiltrado inflamatório de predomínio mononuclear no decorrer dos períodos;
no Grupo B na maioria dos casos não foi observada formação de barreira
mineralizada.
047
Técnica de neutralização e cimentos, obturadores de
canais, avaliação
histopatológica em dentes de cães
M.TANOMARU-FILHO,
M.R.LEONARDO, L.S.UTRILLA, L.A.B.SILVA* / FORP-USP - Fax (016) 633-0999
Avaliou-se
radiográfica e histologicamente a reparação apical e periapical de pré
molares de cães com lesão periapical crônica induzida.
Realizou-se o tratamento endodôntico, variando-se a técnica de
neutralização e o cimento obturador. A
neutralização foi realizada pelo método mediato, com emprego do tricresol
formalina, mantido na câmara pulpar por 48 horas antes do preparo biomecânico
ou pelo método imediato, com emprego dos instrumentos
endodônticos e da soda clorada como solução irrigadora.
Para a obturação foram utilizados os cimentos Sealapex
ou Fill Canal, definindo os quatro grupos experimentais, no mesmo animal.
Após 270 dias da obturação dos canais radiculares foram realizadas
radiografias padronizadas para análise radiográfica do reparo das lesões,
sendo a seguir realizado o sacrifício dos animais.
Após processamento histológico de rotina, os cortes foram corados pela
hematoxilina e eosina, Tricrômio de Mallory e Brown & Brenn.
A análise radiográfica do reparo das lesões não
demonstrou diferença significante com relação as técnicas de neutralização
ou aos cimentos endodônticos empregados. A avaliação histopatológica mostrou
diferença significante do cimento obturador empregado, com melhores resultados
de reparo apical e periapical nos grupos onde foi empregado o cimento Sealapex.
A
presença bacteriana foi menor nos grupos onde foi utilizado o Sealapex.
048
Análise histopatológica comparativa de pastas à base
de hidróxido de cálcio, em dentes permanentes pulpotomizados
E.M.A.
GIRO*, R.C.C. LIA / Depto. Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de
Araraquara – UNESP
A
necessidade de um veículo adequado que mantivesse as propriedades biológicas
do hidróxido de cálcio e que lhe conferisse condições satisfatórias para o
uso clínico, nos estimulou a avaliar, comparativamente, através de análise
histopatológica, a reação do tecido pulpar remanescente de dentes permanentes
jovens humanos, após pulpotomia e utilização de pasta de hidróxido de cálcio
em água destilada - Grupo 1 e, pasta de hidróxido de cálcio + óxido de zinco
+ polietileno glicol 400 - Grupo 2. Foram realizadas pulpotomias em 30 pré-molares
que receberam curativo de corticosteróide/antibiótico por 48 horas e, em
seguida, 15 dentes tiveram o remanescente pulpar protegido com a pasta 1 e, os
outros 15 dentes, com a pasta 2. As cavidades foram, então, restauradas com amálgama,
tendo como base cavitária, uma camada de cimento de óxido de zinco e eugenol.
Decorridos 15, 30 e 60 dias, os dentes foram extraídos em número de 5 para
cada grupo, e receberam todo o tratamento laboratorial para permitir a análise
histopatológica que mostrou na área
subjacente ao material capeador, formação de barreira mineralizada com
características de dentina reparadora evoluindo em qualidade com o decorrer dos
períodos. No período de 15 dias, esta apresentou um estágio de evolução
mais avançado para o grupo 1 do que para o grupo 2 e, aos 60 dias as barreiras
eram bastante semelhantes para os dois grupos. O tecido pulpar subjacente à
barreira mostrou, em todos os períodos, aspecto de normalidade.
Podemos,
desta forma, concluir que ambas as pastas de hidróxido de cálcio são
biocompatíveis, e que, embora a barreira inicie sua formação mais
precocemente quando o veículo usado é a água destilada, no final de 60 dias a
qualidade da barreira é semelhante para ambos os grupos.
049
Resposta Pulpar do mta-agregado de trióxdio mineral -0
comparada ao hidroxido de cácio, em pulpotomias, histológico em dentes de cão
I.M.L.
SOARES*, I.J.SOARES. / Faculdade de Odontologia UFSC - Fax (048) 233-1562
O
presente estudo visou avaliar,
histologicamente, a resposta pulpar de dentes de cães, ao MTA - agregado de trióxido
mineral - comparada ao hidróxido de cálcio. As amostras constaram de 12
pulpotomias cujas polpas foram revestidas com pasta de hidróxido de cálcio em
propileno glicol (grupo I) e 28 pulpotomias onde as polpas foram revestidas com
MTA-agregado de trióxido mineral (Grupo II). Após a aposição do material de
revestimento foi colocada uma camada de cimento de Hidróxido de cálcio (Hydro
C) e os dentes foram restaurados com amálgama de prata. Decorrido o período de
90 dias, os animais foram sacrificados após a perfusão, as peças removidas e
processadas para análise histológica. Os cortes foram feitos seriadamente, no
sentido mésio-distal, com 6 micrômetros de espessura, abrangendo a cavidade
onde foram colocados os materiais de revestimento e obturação, bem como o
tecido pulpar remanescente, corados pela hematoxilina e eosina e analisados pela
microscopia ótica. O exame histopatológico constou de uma análise descritiva
e de uma análise quantitativa dos fenômenos mais marcantes ocorridos no local
da colocação do material de revestimento e no tecido pulpar remanescente. Os
dados foram registrados e submetidos à análise estatística através do teste
t de Student.
Pelos
resultados obtidos, foi possível concluir que em 91,66% dos dentes tratados com
hidróxido de cálcio e em 96,43% dos casos em que foi utilizado o MTA houve a
formação de barreira de tecido duro. Os percentuais de casos que apresentaram,
simultaneamente, barreira de tecido duro e tecido pulpar normal foi de 66,66%
dos espécimes tratados com hidróxido de cálcio, e de 82,14% nos dentes em que
se utilizou o MTA.
Não houve diferença estatística significativa, quer entre
os fenômenos reparativos, quer entre os fenômenos adversos ao reparo, entre os
materiais testados, com exceção ao item “continuidade da barreira de
dentina”onde ela foi significativa (p<005), evidenciando a semelhança de
comportamento do tecido pulpar frente aos dois materiais. Os resultados dessa
pesquisa sugerem a realização de estudos clínicos experimentais para avaliar
o comportamento do MTA como material de recobrimento pulpar.
050
Localização da atividade Nadph-Diaforase em polpas
dentais humanas
D.B. SOUZA; S.D.F. SEDREZ; M.R. KREUGER; D.R.TAMES
UFSC
– Brasil
Numerosos
dados na literatura, sugerem que a reação NADPH-diaforase positiva, pode
expressar a presença do sistema enzimático óxido nítrico sintetase (Nos) e a
conseqüente liberação do óxido nítrico (NO), que por sua vez, tem várias
funções no sistema nervoso central e periférico, sistema cardiovascular, macrófagos,
etc.
Com a finalidade de verificar uma possível reação
positiva para o NADPH e a sua localização, em polpas dentais humanas, foi
conduzido este estudo em polpas dentárias pertencentes a 3 terceiros molares
inclusos e hígidos, com indicação de extração cirúrgica. Deste material
foram obtidos 90 cortes semiseriados, por congelação, com 50µm de espessura e
submetidas a reação histoquímica para NADPH-diaforase.
As reações positivas foram observadas principalmente
na camada de condensação celular e com menor intensidade, em fibras nervosas
varicosas associadas a vasos sangüíneos e lisas não associadas a vasos
provavelmente pertencentes à inervação sensorial.
A fim de confirmar os dados preliminarmente encontrados,
outras 3 polpas, obtidas de maneira idêntica às anteriores, foram submetidas
ao mesmo método de estudo, porém em cortes mais finos de aproximadamente 10µm.
Os
resultados confirmaram os achados no estudo preliminar.
051
Qualidade seladora de obturações de canal realizadas
com cimento Ketac-Endo
S.GIANSANTE Jr.*, R. HOLLAND, S.S. MURATA, E. DEZAN Jr.
Dept°
Odont. Rest., Fac. Odont. Araçatuba, UNESP
As
primeiras análises sobre o selamento do canal radicular com o cimento
Ketac-Endo não mostraram o bom vedamento esperado (Holland et al.
Int. Endod. J., v.28, p.190-3, 1995). Diante disso, objetivou-se observar
se a técnica de obturação influenciaria o resultado obtido com esse novo
cimento. Assim, dentes humanos extraídos foram preparados biomecanicamente e
obturados pelas técnicas da condensação lateral (C.L.) e do cone único
(.C.U.), com os cimentos Ketac-Endo e Sealapex. Após a imersão dos espécimes
em azul de metileno à 2%, estes foram partidos ao meio e as infiltrações
marginais dimensionadas. Houve 2,37 (C.L.) e 3,89 (C.U.) milímetros de infiltração
com o cimento Ketac-Endo e 0,98 (C.L.) e 0,57 (C.U.) com o Sealapex.
A
análise estatística permitiu concluir-se que, para o cimento Ketac-Endo, a técnica
do cone único determina a obtenção de piores resultados.
052
Análise de resíduo pós preparo químico-cirúrgico de
canais achatados
I.U.ANTÓN*, M.E.L.MACHADO
Disciplina
de Endodontia-Departamento de Dentística-FOUSP-SP
O
presente estudo tem por objetivo avaliar a quantidade de resíduos encontrados
após o preparo químico-cirúrgico de canais radiculares achatados, quando da
utilização de duas técnicas: convencional e escalonada cérvico-apical com o
auxílio de brocas Gates-Glidden. Para tanto, foram selecionadas 30 raízes de
dentes recém extraídos fixados a formalina 10%, com anatomias semelhantes que
apresentavam achatamento vestíbulo-lingual. Isto posto, 15 canais foram
instrumentados pela técnica seriada convencional formando o grupo 1 (G1) e 15
canais foram preparados pela técnica cérvico-apical com brocas Gates-Glidden
constituindo o grupo 2 (G2). Concluídos os preparos, as raízes sofreram cortes
histológicos em seus diferentes terços e seus resíduos foram analisados em
microscópio óptico acoplado a um computador com placa digitadora de imagens,
sendo posteriormente efetuada a determinação de área e perímetro dos resíduos
encontrados. Da análise estatística dos resultados, pode-se observar que as raízes
pertencentes ao grupo 2 (G2), apresentavam a menor quantidade de resíduos.
Concluí-se portanto que a técnica cérvico-apical com
brocas Gates-Glidden promoveu melhor limpeza do conteúdo dos canais
radiculares.
APOIO
FINANCEIRO - FAPESP - PROCESSO 96/1498-5
053
Resposta pulpar de dentes decíduos após pulpotomia
seguida de irradiação laser de baixa potência
R.A.RIBEIRO*, C.R.M.D.RODRIGUES, T. ANDO, M. ISSÁO
Depto.
Ortodontia e Odontopediatria-Faculdade de Odontologia USP-SP - Tel. (011)
818-7835
Este
estudo avaliou histologicamente a resposta pulpar de dentes decíduos
pulpotomizados e irradiados, ou não, por um laser de baixa potência,
semicondutor de arseneto de gálio-alumínio, utilizando os segundos pré-molares
e os primeiros molares superiores e inferiores de nove cães. Os períodos
experimentais foram de sete, 15 e 30 dias (Grupos I, II e III, respectivamente).
Sob anestesia geral, seis elementos, em média, sofreram pulpotomia. Nos dentes
irradiados, cada entrada de canal radicular recebeu irradiação, colocando-se a
ponta do aparelho em contato com o tecido pulpar remanescente por 60 segundos,
resultando numa densidade de energia de 135,61 J/cm2. Todos os dentes tratados receberam uma camada de cimento de
óxido de zinco e eugenol na câmara pulpar e restauração com cimento
de ionômero de vidro. Os resultados sugeriram que no Grupo I, ocorreu uma
melhor resposta pulpar para os elementos pulpotomizados e irradiados, que
diminuiu no Grupo II. Houve um agravamento
das condições da polpa radicular no Grupo III inclusive com necrose total da
polpa presente em 60% destes elementos.
Nas condições experimentais conduzidas neste trabalho,
concluiu-se que irradiação laser de baixa potência está aquém da
expectativa clínica, não se constituindo, pois, no momento, em uma técnica
alternativa viável para
pulpotomia, apesar dos melhores resultados encontrados entre os elementos
irradiados do Grupo I.
Este
estudo foi financiado pela CAPES - PICD - MEC.
054
Efeito desmineralizador do ácido cítrico em diferentes
concentrações e períodos de tempo
C.F. Malheiros*, G. Gavini
FOUSP
- São Paulo – Brasil
Recentes
estudos têm mostrado a eficiência do ácido cítrico como agente
desmineralizador de dentina, atuando como substância química auxiliar no
tratamento endodôntico. Vinte dentes unirradiculares foram selecionados e
seccionados ao nível do colo e, desprezadas as coroas, promoveu-se o
esvaziamento do canal radicular com hipoclorito de sódio a 1%. Em seguida, cada
raíz foi seccionada em quatro partes, obtendo-se 80 fragmentos, que sofreram
dupla pesagem numa balança analítica da marca Mettler, especificação H34. Os
fragmentos foram aleatoriamente divididos em dois grupos e quatro sub-grupos,
com 10 unidades cada e imersos um a um nas soluções a serem testadas, aí
permanecendo por 15 minutos (Grupo A) ou 24 horas (Grupo B): A1 - ácido cítrico
a 05%; A2 - 10%; A3 - 15%; A4 - 25%; B1 - 05%; B2 - 10%; B3 - 15%; B4 - 25%;
Transcorridos estes períodos de tempo, as secções de dentina sofreram nova
pesagem, obtendo-se o peso final das mesmas. As porcentagens de descalcificação
foram obtidas através das diferenças de peso inicial e final dos fragmentos
nos grupos experimentais, a saber: A1 - 3,0%; A2 - 3,0%; A3 - 3,8%; A4 - 3,6%;
B1 - 28,3%; B2 - 38,7%; B3 - 39,0%; B4 - 31,4%. Os resultados de cada grupo
foram analisados separadamente, valendo-se do teste de Kruskal-Wallis, não se
observando, ao nível de significância de 5%, diferenças estatísticas entre
os sub-grupos experimentais.
No
tempo experimental de 15 minutos as soluções de ácido cítrico a 15% e 25%
comportaram-se de maneira idêntica. Nos grupos em que a solução
desmineralizadora permaneceu em contato com os fragmentos por 24 horas as soluções
de ácido cítrico a 10% e 15% apresentaram as maiores médias de descalcificação.
055
Avaliação da temperatura produzida pelos gases
refrigerantes na interface dentina-polpa
C.L. CALDEIRA*, C.E. AUN
Disc.Endodontia-UNICID-USP
- Tel. (011) 818-7839
A
determinação da vitalidade pulpar é um procedimento clínico essencial na clínica
diária em Odontologia.Os métodos mais usuais para avaliar a vitalidade da
polpa se utilizam de estimulação térmica pelo frio ( gelo e gases
refrigerantes) para sensibilizar a unidade neuro-sensorial
intrapulpar.O objetivo deste estudo é avaliar a temperatura produzida na
interface dentina-polpa e determinar a influência da espessura de esmalte e
dentina na transmissão do estímulo com gases refrigerantes. Neste estudo “in
vitro” o gás refrigerante(tetrafluoretano) foi aplicado na superfície
vestibular e as leituras de temperatura foram registradas na interface
dentina-polpa através de um termistor aos 0,5,10 e 20 segundos,em 03 faixas etárias
( I = 10 a 20 anos, II = 20 a 50 anos e III= acima de 50 anos) e em todos os
grupos dentários ( incisivos, caninos, pré-molares e molares superiores e
inferiores).
Os
autores verificaram que a transmissão de temperatura é diferente entre os
grupos de idade e dentários, em função da maior ou menor espessura de esmalte
e dentina encontrados.
056
Análise computadorizada de três técnicas para obtenção
de radiografias periapicais
L.G.SILVA*; J.L.LAGE MARQUES; P. R.PESSOA; M.D. NOVELLI
Disc.
de Endodontia, FOUSP-SP
Salientando
que radiografias capazes de expressar com fidelidade as alterações das
estruturas ósseas e periapicais são importantes no processo de elaboração do
diagnóstico, tratamento e controle, constituiu proposta desse experimento
avaliar o resultado da distorção da imagem resultante da aplicação de três
técnicas radiográficas periapicais. Para isso, foi desenvolvido um modelo
experimental composto de um crânio seco de humano adulto, submetido a um
desgaste na região apical do primeiro premolar superior direito com 5 mm de diâmetro,
no intuito de simular quadro clínico de perda óssea na região periapical com
dimensão conhecida. As radiografias foram executadas por três operadores e
depois do processamento, submetidas à análise por subtração computadorizada
com o auxílio do programa DIRACOM3 desenvolvido no Laboratório de Informática
dedicado à Odontologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São
Paulo. Cada uma das películas foi digitalizada possibilitando a análise
computadorizada da área total da região de perda óssea.
Os
resultados analisados permitiram concluir que as imagens obtidas pelos
operadores empregando a técnica do paralelismo com posicionador personalizado
(Grupo III) apresentaram menor distorção sendo este resultado suportado pelo método
ANOVA à 1%.
057
Avaliação do grau de desvio na instrumentação de
canais curvos com 3 diferentes tipos de limas
A.J.R. DE CASTRO* ; R.A.S. FIDEL
Dep.
Clín. Cir. , Fac. Odont., UFRJ – Brasil
O
presente trabalho teve como objetivo comparar o grau de desvio na instrumentação
com limas Ni-Ti em relação a
outros tipos de limas encontradas no mercado. Foram selecionados 30 molares
inferiores, nos quais a raiz mesial apresentava uma curvatura entre 30° e 45°,
medida através de radiografia, e divididos aleatóriamente em 3 grupos. A
instrumentação foi realizada pela
técnica Crown-Down (Oregon), até a lima de n°40. No grupo 1 foram utilizados
limas K-File (Maillefer), no grupo 2 limas tipo Flexofile (Maillefer) e no grupo
3 limas Nitiflex (Maillefer). Os resultados obtidos foram tratados estatísticamente
pela análise de variância ANOVA (F=127,73; P=0,000) e Teste t de Bonfferroni
(p<0,05), que demonstraram ser estatísticamente significantes.
Pelos
dados obtidos podemos concluir que os melhores resultados, com relação ao
desvio durante a instrumentação, foram apresentados pelas limas de Níquel-Titânio,
sendo superior as limas de aço inox.
058
Alteração morfológica e permeabilidade dentinária após
apicectomia com er:YAG laser
S.C.GOUW SOARES*, J.L. LAGE MARQUES, C.P. EDUARDO
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia da USP
O
objetivo deste estudo foi verificar através de Microscopia Eletrônica de
Varredura a alteração morfológica da superfície dentinária apical após
apicectomia com Er:YAG laser, juntamente com a alteração da permeabilidade
dentinária pela infiltração do corante de azul de metileno, analisado pela
microscopia óptica. Os cortes apicais foram executados com a irradiação do
laser de alta densidade de energia Er:YAG, pulsado, de comprimento de onda de
2,94µm, no modo não contato e presença constante de jato de água. Foram
utilizados 20 dentes extraídos, uniradiculares e endodonticamente tratados
divididos em 2 grupos. No Grupo I (10 espécimes) utilizou-se Densidade de
Energia de 35,31 J/cm2 e
no Grupo II (10 espécimes) de 56,50 J/cm2.
Pode-se afirmar que a
densidade de energia empregada no Grupo I proporcionou menores médias de
infiltração marginal e dentinária apical, quando comparadas com o Grupo II, não
existindo no entanto diferença estatísticamente significante (ANOVA).
Os
resultados obtidos permitiram concluir que a superfície irradiada com as duas
densidades de energia selecionadas removeram debris sem promover carbonização
e outros danos estruturais, comprovando ser o Er:YAG apto a ser empregado em
apicectomias.
059
Uso de calcitonina em 35 dentes traumatizados com
reabsorção substitutiva
W.B.ANDRADE; E.C.B.TORRESI; I.PROKOPOWITSCH*
Disciplina
Endodontia FOUSP - Tel. 818-7839
Nos traumatismos dentais, quando temos grande perda de
ligamento periodontal, na maioria dos casos instala-se a reabsorção radicular
externa do tipo substitutiva. Este processo caracteriza-se pela substituição
de cemento e dentina radicular por tecido ósseo, culminando com a perda do
elemento dental. No intuito de controlar e estabilizar este processo, utilizamos
a calcitonina sintética (Calsynar®100)
como medicação intracanal.
Avaliamos um total de 35 dentes, tratados no
G.E.D.P.J.T. por um período mínimo de um ano. Esses dentes foram divididos em
três grupos: G1 - “ótimo”, onde após a estabilização da reabsorção o
dente foi obturado; G2 - “bom”, dentes onde o processo de reabsorção ainda
está sendo controlado através do uso da medicação; G3 - “satisfatório”,
dentes perdidos após longo período de medicação intracanal.
Os resultados foram avaliados qualitativamente, onde
pode-se verificar que:
G1 - 38%; G2 - 34%; G3 - 28%
Assim,
frente aos resultados obtidos, podemos concluir que 72% dos dentes tratados
apresentam prognóstico favorável.
060
Avaliação in vitro da resistência ao
cisalhamento de dentessubmetidos
à duas técnicas de clareamento
E.L.
SIQUEIRA*; M. SANTOS; J.A. DI GIROLAMO NETO; / Depto. Dentística, Faculdade de
Odontologia da USP
O
clareamento de dentes
submetidos a terapia endodôntica prévia é prática amplamente utilizada.
Existe, contudo, alguma especulação a respeito de efeitos indesejáveis
especialmente no que respeita ao possível aumento na fragilidade das estruturas
dentais que passaram por tais procedimento. Os autores testaram a resistência
ao cisalhamento de dentes submetidos a duas técnicas de clareamento. Foram
utilizados 30 incisivos centrais superiores tratados endodonticamente divididos
em 3 grupos: controle negativo, clareamento com perborato de sódio associado ao
peridrol sem aplicação de calor, clareamento com as mesmas substancias
anteriores utilizando-se a aplicação de fonte de calor controlada.
Após
o teste do cisalhamento observou-se não haver diferenças estatisticamente
significativas entre os valores de resistência ao cisalhamento dos dentes
clareados, com ou sem emprego do calor, quando comparados com o grupo controle,
bem como entre aqueles submetidos ou não ao calor.
061
Avaliação comparativa sob m.e.v. de três técnicas de retratamento endodôntico
S.R.FIDEL., M.F. Z SCELZA*, J.H. ANTONIAZZI
Disciplina
endodontia Fac.Odont. USP
Na
prática endodôntica por vezes há necessidade do retratamento do canal
radicular, porém, sua completa desobstrução é de suma importância para
obtenção de sucesso. Na presente pesquisa foram utilizados 15 dentes humanos
unirradiculares obturados com guta percha/ cimento a base de óxido de zinco e
eugenol (Grossman) e armazenados durante o período de seis meses. Para a técnica
de retratamento foi selecionado o solvente eucaliptol e a instrumentação
obedeceu a técnica de Paiva & Antoniazzi (Endo PTC + Dakin). A seguir os
espécimes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos
para a irrigação final: Grupo I (05)- Dakin durante 1 minuto; Grupo II
(05)- EDTA durante 15 minutos: Grupo III (05)- ácido cítrico durante 1 minuto.
Todas as substâncias tiveram seus volumes padronizados. A seguir procedeu-se a
clivagem e o preparo para a MEV. A avaliação foi efetuada por 8 observadores
através do estudo das imagens fotográficas de cada terço classificando-as da
mais suja para a mais limpa.
Dos
resultados obtidos conclui-se que nos terços cervical e médio não houve
diferença estatisticamente significante. No apical o EDTA mostrou melhores
resultados que são significantes em relação ao ácido cítrico e Dakin.
062
Avaliação da presença do p-monoclorofenol e efeito
antimicrobiano residual do Calen +
p-monoclorofenol utilizados em
dentes de cães despolpados
A.H.G.
ALENCAR*, M. R. LEONARDO, L. A. B.
SILVA. / Faculdade de Odontologia Araraquara. UNESP - Tel./Fax (062) 285-6333
O
objetivo do trabalho foi avaliar a presença do p-monoclorofenol e o efeito
antimicrobiano residual da associação
Calen (hidróxido de cálcio + p-monoclorofenol quando utilizada como medicação
intracanal em dentes de cães despolpados e com reação periapical crônica
induzida. Foram induzidas reações periapicais em 80 canais radiculares de pré-molares,
superiores e inferiores, de quatro cães. Antes do preparo biomecânico, foi
realizada uma colheita do material para determinação de Unidades Formadoras de
Colônias. Após o preparo biomecânico, os canais radiculares receberam a
medicação intracanal. Decorridos os períodos de tempo de 2, 4, 7 e 14 dias, a
medicação intracanal do terço apical dos canais radiculares foi removida para
análise química, por meio do espectofotômetro, e para avaliação do efeito
antimicrobiano residual, utilizando a cepa padrão Micrococcus luteus
ATCC 9341, através da mensuração de halos de inibição de crescimento
bacteriano.
Os resultados mostraram que houve uma perda de
aproximadamente 50,0% de p-monoclorofenol na medicação após 48 horas, sem
perda significativa nos intervalos mais longos, estando ainda presentes na
medicação com 14 dias. Houve uma predominância de microrganismos anaeróbios
em relação aos estreptococos. São necessários mais estudos para estabelecer
o efeito antimicrobiano residual da associação Calen (hidróxido de cálcio) +
p-monoclorofenol.
Apoio
Financeiro: CAPES
063
Eficiência do preparo biomecânico e medicação
intra-canal em dentes necrosados
L. FONSECA*; I.C. LARANJEIRA; A. ROLDI
Curso
de Odontologia-UFES - Tel./Fax (027) 325-1353
O objetivo do trabalho
foi avaliar a presença de microrganismos em canais com polpas necrosadas antes
e após o preparo biomecânico e observar a redução de microrganismos, após o
curativo com hidróxido de cálcio durante 7 dias. Foram selecionados 15 dentes
uniradiculados, baseando-se na anamnese, exames clínico e radiológico ( com e
sem lesão periapical) e testes de vitalidade pulpar. Amostras foram obtidas com
cones de papel esterilizados e introduzidos em estufa a 37ºC e observados
durante 24, 48 e 96 horas. As culturas positivas foram semeadas em placas de
Petri contendo ágar sangue (As) e incubadas em anaerobiose (jarra de Brewer).
Após o crescimento, foram realizados esfregaços e corados com o método de
coloração de Gram. Os resultados mostraram que a cultura foi positiva em 15
(100,0%) das amostras, antes do preparo biomecânico; após o preparo biomecânico,
14 (93,3%) amostras foram positivas e 1 (6,67%) negativa; após o curativo com
hidróxido de cálcio, 9 (64,28%) foram positivos e 5 (35,73%) negativos. Por
outro lado, antes do preparo biomecânico foram detectados cocos Gram-positivos
em 15 (100,0%) amostras e os bacilos Gram-positivos, presentes em 12 (80,0%) e
ausentes em 3 (20,0%); após o preparo biomecânico os cocos Gram-positivos
foram observados em 15 (100,0%) amostras e os bacilos Gram-positivos em 8
(53,3%) e ausentes em 7 (46,6%); após o curativo de demora com hidróxido de cálcio
os cocos Gram-positivos estavam presentes em 8 (57,15%) e ausentes em 6
(42,85%), enquanto os bacilos Gram-positivos em 4 (28,6%) e ausentes em 10
(71,4%) das amostras.
064
Emprego do cimento N-Rickert modificado. Avaliação da
infiltração marginal apical
S. R. FIDEL*, A. C. BOMBANA, L. L. TEIXEIRA, H. F. PESCE
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - Tel. 818-7839
As
propriedades selantes dos cimentos endodônticos têm ocupado largo espaço na
pesquisa dado o importante papel dessa propriedade física. De outra parte,
buscando melhorar as propriedades anti-sépticas, com freqüência os clínicos
agregam outras substâncias aos cimentos, destacando-se nesse objetivo o iodofórmio.
Saber se essa prática modifica o comportamento físico desse cimento foi o
objetivo desta pesquisa.
Trinta dentes humanos, extraídos por motivos diversos,
foram preparados e obturados com três variações na composição de um mesmo
cimento endodôntico: N-Rickert (G1); N-Rickert acrescido de 1g de iodofórmio
(G2); N-Rickert modificado pela remoção de 1g de óxido de zinco (da composição
original) adicionando-se 1g de iodofórmio. Após a obturação dos canais as raízes
foram externamente impermeabilizadas com esmalte para unhas - exceto em 1 mm ao
redor do forame apical - e mergulhadas por 72 horas em solução de
azul-de-metileno 0,5%, pH 7,4. Posteriormente os espécimes foram clivados e
medidas lineares da infiltração do agente treçador efetuadas em microscópio
comparador.
O
tratamento dos dados pelo teste de Kruskal-Wallis mostrou diferenças estatísticas
significantes entre os três grupos em nível de 1% ( a= 0,01) com as médias:
1,54 (G1); 3,31 (G2); 5,03 (G3), revelando que o acréscimo de iodofórmio ao
cimento N-Rickert, nas duas condições experimentais propostas, interfere
significativamente na capacidade de selamento do cimento.
065
Estudo in vitro da microinfiltração marginal do
n-butil-2-cianoacrilato frente
a três materiais usados nas retrobturações
R.A.S.
FIDEL* , T.A. BERLINCK, R.G.S. GALINDO, R.L. KREBS. / Dep. Clín. Cir. , Fac.
Odont., UERJ - RJ – Brasil
O
presente estudo tem como objetivo avaliar “in vitro” a capacidade de
selamento apical promovida pelo n-butil-2-cianoacrilato quando utilizado em
obturação retrógrada. Foram utilizados 40 dentes caninos humanos, extraídos
recentemente e cujas obturações dos canais foram padronizados e os elementos
divididos aleatóriamente em quatro grupos com dez dentes cada. Em seguida, cada
grupo, após apicetomia e preparo apical, recebeu um dos seguintes materiais:
grupo A - guta-percha (Dentsplay); grupo B - amálgama de prata sem zinco
(Degussa): grupo C - ionômero de vidro (Ketac Bond - ESPE Premier) e grupo D -
n-butil-2-cianoacrilato (B.Braun). Os corpos de prova foram impermeabilizados,
corados, lavados, seccionados longitudinalmente e avaliados numa escala de 0 a 3
por três avaliadores calibrados com auxílio de
microscópio. Os resultados foram tratados estatísticamente,
utilizando-se ANOVA (F= 5,63) e Teste t de Bonfferroni (p<0,05) observando-se
que houve diferença significativa entre os diversos grupos.
Pelos
dados obtidos podemos concluir que os melhores resultados foram apresentados
pelo n-butil-2-cianoacrilato e o pior pelo ionômero de vidro.
066
Bactérias nas estruturas de dentes com necrose pulpar e
periapicopatias crônicas
F. C. RIBEIRO*; L. R. NEUVALD; L. A. A TAVEIRA; A.
CONSOLARO
Departamento
de Patologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP
O
trabalho objetiva observar a presença de bactérias no sistema de canal
radicular e no interior de granulomas apicais, correlacionando-as com eventuais
áreas de reabsorções radiculares externas. O material deste estudo
constituiu-se de 40 raízes dentárias com lesões periapicais firmemente
aderidas a seus ápices, de pacientes adultos, ambos os sexos, entre 21 e 72
anos de idade, procedentes da Clínica de Cirurgia da Faculdade de Odontologia
de Bauru e de consultórios particulares, e de 20 lâminas, em cortes obtidos
para fins de diagnóstico microscópico, selecionadas nos arquivos do Laboratório
de Anatomia Patológica do Departamento de Patologia da Faculdade de Odontologia
de Bauru, Universidade de São Paulo, cujos diagnósticos foram compatíveis com
granulomas apicais. Os espécimes foram analisados através da microscopia óptica
empregando as técnicas de coloração Hematoxilina-Eosina e Brown e Brenn.
Os
resultados evidenciaram grande quantidade de bactérias na lume do canal
principal, como também nos tubulos dentinários, mas não necessariamente em
todos. Observamos também áreas de reabsorção de cemento na região
periapical contendo bactérias em seu interior, bem como placa bacteriana
representando colônias microbianas. Concluímos que bactérias localizadas em
áreas inacessíveis, como canais acessórios, túbulos dentinários, lacunas de
reabsorções radiculares externas, cementárias e ou dentinárias oferecem
dificuldades para a terapia endodôntica.
067
Atividades antimicrobiana in vivo da clorexidina
utilizada como solução
irrigadora de canais radiculares
K.C.
BONIFÁCIO*, P.
NELSON FILHO, M. TANOMARU-FILHO, M.R. LEONARDO. /
FORP-Rib.Preto-USP
O
objetivo deste trabalho
foi avaliar in vivo a atividade antimicrobiana do gluconato de clorexidina a 2%
(FCFRP-USP) como solução irrigadora do sistema de canais radiculares, por meio
da técnica de cultura e medidas de halos de inibição, em dentes com necrose
pulpar e lesão periapical radiograficamente visível. Foram utilizados 17
canais radiculares de incisivos e molares permanentes de 12 pacientes. Após a
abertura da cavidade de acesso realizou-se a primeira colheita do conteúdo dos
canais, com cones de papel absorvente esterilizados e colocados em tubos
contendo RTF. Procedeu-se então o preparo biomecânico com a solução
irrigadora em teste, e selados com mecha de algodão esterilizada e cimento de
óxido de zinco e eugenol. Os canais permaneceram vazios por 48 horas, quando,
sob mesmas condições assépticas, introduziu-se o cone de papel absorvente
esterilizado, removendo-o após 30 segundos, o qual foi depositado em placa
semeada com cepa padrão Micrococcus luteus - ATCC 9341 e incubada a 37oC,
por 24 horas. A seguir foi realizada a segunda colheita para a avaliação
microbiológica. Os resultados monstraram que todos os canais radiculares
apresentavam microrganismos anaeróbios em números contáveis, tornando adnumeráveis
em 4 (23,5%) casos, na segunda colheita. Estreptococos
do grupo mutans, presentes inicialmente em 8
(47,0%) casos, sofreram redução
em 100% dos casos. A atividade antimicrobiana residual foi detectada em todos os
casos.
Estes
dados permitem concluir que a clorexidina apresenta atividade antimicrobiana e
efeito residual in vivo após 48 horas de permanência no Sistema de Canais
Radiculares.
068
Efeitos da infiltração subperióstea da dexametasona
no tratamento da dor
decorrente da periodontite apical aguda
H.C.
UTRINI* , S.R. FIDEL, M.D.B. MANGELLI
A utilização de
corticosteróides para o alívio da dor inflamatória e do edema dos tecidos
pulpares e periapicais há muito vêm
sendo utilizado na terapêutica. O objetivo do presente
experimento é avaliar os efeitos da dexametasona (Decadron) em pacientes
portadores de dor inflamatória aguda decorrente das periodontites apicais. Para
tal foram selecionados vinte pacientes, de ambos os sexos na faixa etária de 25
a 50 anos, portadores de
periodontite. Desprezam-se da amostra pacientes
gestantes ou lactantes, portadores de herpes simples labial ou ocular,
cardiopatas, hipertensos, renais e diabéticos não compensados. Os
procedimentos clínicos foram: anestesia do dente envolvido com xilocaína
a 2% ,volume padronizado, isolamento do dente , acesso, irrigação e secagem do
canal. Em seguida , com auxílio de uma seringa carpule , foi injetada
dexametazona na região apical do dente envolvido, empregando-se a técnica
infiltrativa subperióstica.
Os pacientes foram orientados , quanto ao preenchimento da escala de
avaliação da dor em três horários pré-determinados;
6, 12 e 24 horas pós tratamento ,cujos dados obtidos ,podemos concluir que
em 40% dos pacientes tratados não houve
uma resposta de reparação
satisfatória. E, nos 30% dos casos houve uma redução para um quadro de dor
leve.
069
Estudo da infiltração marginal nas retrobturações em
dentes tratados endodonticamente
T. BERLINCK*, A. TAVARES, K. MARINELLI, P.
MAIA
Dep.
Clin. Cir., Fac. Odont., UERJ - RJ – Brasil
O
objetivo deste estudo
foi avaliar a infiltração marginal nas retrobturações do amálgama de prata
com zinco e sem zinco associados a adesivo dentinário e, se existem variações
quando hidratados por 15 dias. Oitenta dentes humanos recém extraídos foram
submetidos a tratamento endodôntico, apicetomia e preparo apical padronizados e
retrobturados com os seguintes materiais:Grupo I : amálgama de prata com zinco;
Grupo II: amálgama de prata com zinco + Scothbond Multi Purpose; Grupo III: amálgama
de prata com zinco (15 dias); Grupo IV: amálgama de prata com zinco + Scothbond
Multi Purpose (15 dias); Grupo V: amálgama de prata sem zinco; Grupo VI: amálgama
de prata sem zinco + Scothbond Multi Purpose; Grupo VII: : amálgama de prata
sem zinco (15 dias); Grupo VIII: : amálgama de prata sem zinco + Scothbond
Multi Purpose(15 dias). Os grupos controle positivo e negativo foram de três
dentes cada. Os corpos de prova foram impermeabilizados, corados, seccionados e
submetidos a três avaliadores calibrados (LUPA 10X). As médias de infiltração
obtidas neste trabalho foram: Grupo I: 161,67; Grupo II: 83,12; Grupo III:
128,85; Grupo IV: 102,75; Grupo V: 145,57; Grupo VI: 129,35; Grupo VII: 72,57 e
Grupo VIII: 140,13. Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA
Kruskal Wallis e Teste Mann Whitney (p<0,05).
Baseados
nos resultados, os autores concluíram que: 1 - nenhum material estudado
apresentou selamento hermético; 2 - O zinco e o adesivo não foram eficazes;
3 - Os grupos VII, II e IV mostraram melhores resultados do que os grupos
VIII, V e I.
070
Capacidade de limpeza do E.D.T.A. empregando-se duas técnicas
de aplicação
L.B. GONÇALVES, L.M.SASSONE*, R.A.S.FIDEL, R.L.KREBS
Dep.Clin.Cir.
FO-UERJ - RJ – Brasil
O
E.D.T.A. (Ostby, 1957) é um quelante específico para o íon cálcio e, conseqüentemente
para a dentina, o que facilita a instrumentação de canais atrésicos e que
quando usado como “toilete” final, fornece uma maior limpeza da superfície
da parede dentinária. Partindo desse princípio, este trabalho teve como
objetivo avaliar in vitro a capacidade de remoção do magma dentinário.Foram
utilizados 10 dentes humanos ( incisivos centrais superiores ), os quais foram
instrumentados com limas tipo K (Maillefer ) até o número 40 a 0,5 mm do
forame apical. A solução irrigadora utizada durante a instrumentação foi o
hipoclorito de sódio a 5%. Ao final da instrumentação, os dentes foram
divididos em dois grupos ( I e II ). No grupo I, foi utilizada irrigação final
com 10 ml de E.D.T.A., enquanto que no grupo II foi utilizado 0,1 ml, sendo que
neste grupo procedeu-se a recapitulação com as limas tipo K de números 10 e
40.Os dentes foram processados histologicamente e os resultados obtidos
utilizando-se microscopia óptica com o auxílio do sistema M 42. O tratamento
estatístico feito através de ANOVA ( terço médio F= 8,28 e P=0 e terço
apical F= 1,14 e P= 0,369 ) e Teste t de Bonferroni ( terços médio e apical
p< 0,05), observando-se que houve diferença estatística no terço médio.
Pelos
dados obtidos podemos concluir que os melhores resultados foram apresentados
pelo grupo II.
071
Análise do selamento apical proporcionado pelas técnicas
de
compressão hidráulica e condensação lateral
M.D.B.
MANGELLI* , L.B. GONÇALVES, H.C. UTRINI.
/ Dep. Clin. Cir, Fac. Odont., UERJ - RJ – Brasil
Há
décadas , a obturação tridimensional e hermética do sistema de canais
radiculares é considerada fator primordial no sucesso do tratamento endodôntico
. Baseado neste fato , este trabalho tem como objetivo avaliar comparativamente
a capacidade de selamento apical proporcionado pela Técnica da Condensação Lateral , utilizando-se cones
de guta-percha padronizados e pela Técnica da Compressão Hidráulica
com cones de guta-percha medium .Foram selecionadas 12 raízes mesiais de molares inferiores, perfazendo um
total de 24 canais .Todos os canais foram instrumentados pela Técnica dos
Movimentos Oscilatórios (De
Deus ) e o cimento obturador
utilizado foi o Fill Canal ( Dermo
Laboratório Ltda. )Os canais
foram aleatoriamente divididos em dois grupos (
I e
II ).O grupo I
teve sua obturação feita pela Técnica da Condensação Lateral e o
grupo II pela Técnica da Compressão Hidráulica .Promoveu-se, então, infiltração
com corante (tinta nanquim )
, submetendo estas raízes subseqüentemente
à técnica de transparência por diafanização .Os resultados foram
obtidos através do teste ANOVA ( F= 1.17 ; P=
0.302 ) e pelo teste t Bonferroni ( p< 0.05 ), não havendo diferença
estatística significante entre os dois grupos.
Pelos
dados encontrados, podemos concluir que as duas técnicas se equivalem, uma vez
que os resultados mostraram o mesmo padrão de infiltraçào marginal apical.
072
Técnica morfométrica
computadorizada da
obturação do
canal radicular
J. C.G. BIFFI*; C.A.G. MANIGLIA
e E. A. PASCON
DEOCR
- ENDODONTIA - Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil
Com
o intuito de analisar através da avaliação computadorizada, os elementos
presentes no canal após a sua obturação, procurou-se estudar
quantitativamente os valores; de áreas de guta-percha, remanescente pulpar,
cimento e espaços vazios. Foram utilizados 80 raízes, mésio vestibulares e
palatinas de primeiros molares superiores. Após instrumentação pela técnica
telescópica e obturação com condensação lateral, as raízes
foram divididas em 5 secções transversais, através de um disco
diamantado sob forte jato de água. As imagens das 400 seccões foram capturadas
por intermedio do programa Dental View, e armazenadas em disquetes. Através do
programa Autocad versão 12 Windows, cada uma das imagens foram processadas, traçando-se
sobre as linha limítrofes de cada elemento contido nos canais, uma linha que
correspondia ao contorno das mesmas. Desta forma podiam ser identificados
quaisquer conjuntos de estruturas dentro do canal ou mesmo serem agrupados ou
colocados em destaque. Tais contornos foram utilizados para o cálculo das áreas
que cada elemento ocupava no interior do canal, ou seja guta-percha, cimento,
polpa, vazios.
Os
resultados foram tabulados, e através da análise estatística
observaram-se com relação às cinco secções analisadas diferenças
significativas apenas com relação à guta-percha. Os valores das áreas de
guta-percha foram mais elevados, seguidos pelos valores de cimento. Os valores
das áreas de remanescente pulpar, aparecem em terceiro lugar seguidos pelos
espaços vazios.
073
Análise de massa dos resíduos de Ca (OH)2
pós medicação intracanal
M. P. A. ZINET*, A. C. BOMBANA, M. I. GONÇALVES
Faculdade
de Odontologia da Universidade de São Paulo - Tel. (011) 818-7839
A
dissociação do Ca (OH)2
em íons Ca e OH fundamenta seu uso como medicação intracanal em Endodontia.
Esse produto é levado ao interior dos canais radiculares em associação a
diferentes veículos. Concluída a fase medicamentosa impõe-se o total
esvaziamento dos canais radiculares para o bom assentamento dos materiais
obturadores. Uma avaliação do volume remanescente de Ca (OH)2
no interior de canais radiculares, constituiu o objetivo deste trabalho. Trinta
dentes humanos, unirradiculares tiveram seus canais preparados e medicados
segundo três grupos: G1 - Pasta Calen; G2 - Ca (OH)2
+ óleo de oliva e G3 - Ca (OH)2
+
solução anestésica. Todos os espécimes foram armazenados por 60 dias em
estufa a 37º C e 100% de umidade relativa. Após isso, metade dos dentes de
cada grupo foi esvaziado por reinstrumentação e a outra metade apenas por
agitação do conteúdo do canal, em ambas condições empregando-se como fármaco
auxiliar uma solução detergente-furacin seguindo-se, ao final do esvaziamento,
irrigação-aspiração dos canais com o mesmo produto. Posteriormente os dentes
foram clivados e submetidos à avaliação visual com lupa e os resíduos
medicamentosos, remanecentes nos canais radiculares, submetidos à
espectrofotometria de ultravioleta. Os dados da análise de massa, quando
tratados pelo teste de Kruskal-Wallis, evidenciaram diferenças significativas
entre as duas formas de esvaziamento do canal, indepentemente do veículo
utilizado
Concluindo-se
ser fundamental reinstrumentar o canal após ter sido medicado com Ca(OH)2
para adequada remoção desse produto, não sendo recomendável a simples prática
de agitação do conteúdo, mesmo que seguida de irrigação-aspiração.
074
Influência das substâncias químicas auxiliares na
infiltração apical marginal
pós-obturação do canal radicular
M.
B. LIMA e SÁ*, J. H. ANTONIAZZI,
M. CICCHI, M. R. L NUNES. / Faculdade
de Odontologia da UNITAU
Objetiva
o presente trabalho, avaliar a influência de diferentes substâncias químicas
auxiliares do preparo do canal radicular na adaptação do material obturador,
cimento e cone principal, na região apical do canal ( nicho ou ombro apical ).
Para tanto, foram utilizados 40 dentes humanos anteriores recém extraídos,
divididos em quatro grupos de dez dentes: grupo I- instrumentados com soro
fisiológico; grupo II- instrumentados com água oxigenada/soda clorada ( técnica
de Grossman ); Grupo III-
instrumentados com Endo-PTC/líquido de Dakin ( técnica de Paiva &
Antoniazzi ); grupo IV- instrumentados com ácido cítrico a 50%, posteriormente
obturados com cimento de N-Rickert e cones de guta-percha acorde Paiva &
Antoniazzi, e colocados em azul de metileno para medir o grau de infiltração.
Os resultados demonstram ocorrer uma menor infiltração marginal apical no
grupo IV, seguido dos grupos III, II e I .
A
menor infiltração no grupo em que se utilizou o ácido cítrico, deveu-se
provavelmente ao aumento da permeabilidade dentinária da região apical,
propiciando uma maior penetração do cimento nos túbulos dentinários.
075
Comparação da flexibilidade das limas tipo K ,
Flexofile , Hedstroen e Nitiflex
R.C. PALLOTTA*, M.E.L. MACHADO
Academia
Brasileira de Medicina Militar – Endodontia
O
objetivo do presente
trabalho é mensurar e comparar a flexibilidade de quatro tipos de lima :
K-file, Flexofile, Hedstroen e as novas limas de Niquel-Titânio , associando a
força que estes instrumentos exercem para voltar a sua posição original
quando submetidos a uma tensão . Foram selecionadas 2 limas de nos
15 a 40 correspondentes de cada tipo de instrumento . As limas eram posicionadas
em uma uma prensa de madeira , a qual era acoplada
um transferidor . Em sua parte ativa um dinamômetro era adaptado . Este
conjunto permitia ao operador transferir ao instrumento diferentes graus de
curvatura podendo então ser medida a força que o instrumento oferece para
voltar à sua posição original , este procedimento era repetido até que o
instrumento sofresse deformação permanente . Obteve-se então , com relação
à deformação permanente que , para curvaturas de 50 , todas as limas K já se
apresentavam deformadas ,as Flexofile e tipo H após o calibre de 25 e para as
de NiTi não foi observada deformação alguma . Com relação à força
exercida para voltar a sua posição original ,
se tomarmos como exemplo a lima de n40 em um ângulo de 30 , teremos uma
lima K já deformada , uma força de 256gf e outra de 290gf para as limas tipo
Flexofile e tipo H , respectivamente , e uma força de 90gf para as limas de
NiTi .
A
partir da análise desses resultados , os autores puderam concluir que a) as
limas de nitinol exercem menor força para voltar à sua posição original do
que as outras ;b) as limas de nitinol não sofreram deformação permanente para
esta amostra , enquanto as outras limas sofreram ;c) quanto maior o calibre do
instrumento , maior a força que ele exerce para voltar a sua posição original
.
076
Avaliação quantitativa de preenchimento e extrusão do
Ca(OH)2
p.a. em dentes simulando a situação de rizogênese incompleta
A.
T .ARAKI*, J. L. LAGE MARQUES, J.H. ANTONIAZZI
/ Disciplina de Endodontia - FOUSP
- SP - Brasil fone/fax: 818-7843
O
preenchimento completo do canal radicular possui relação direta com a potência
do medicamento intracanal de hidróxido de cálcio, por sua vez a extrusão do
material pelo ápice pode provocar um aumento da fagocitose associado a um
aumento da inflamação e diminuição da velocidade de reparação, desta
maneira, busca-se um preenchimento controlado, evitando ao máximo o
extravasamento. Com intuito de avaliar “in vitro” os diferentes métodos de
inserção da pasta de hidróxido de cálcio., observou-se a relação existente
entre a quantidade de preenchimento e a extrusão do material. Foram empregados
como amostras experimentais, 40 dentes unirradiculares com desenvolvimento
completo, submetidos ao preparo dos canais simulando a situação de ápice
aberto. Os espécimes foram preenchidos com auxílio dos seguintes métodos: G1,
propulsor de Lentulo; G2, calcador Paiva; G3, cone de guta-percha; G4, cone de
papel; G5, lima envolvida em algodão. Os dados foram obtidos pelo método da
pesagem (tanto do dente como do resíduo extruído) utilizando balança de
precisão, de modo que: (pesagem 1), antes da inserção do medicamento;
(pesagem 2), imediatamente após a inserção do medicamento; (pesagem 3), após
a desidratação da pasta de hidróxido de cálcio.
Foi possível concluir que a técnica aplicada no grupo
2 (calcador Paiva) proporcionou a inserção da maior quantidade de pasta,
enquanto o maior extravasamento ocorreu pelo método G3 (cone de guta-percha). A
análise estatística pelo método de Kruskal-Wallis confirmou diferença
estatisticamente significativa.
FAPESP
- processo 95/6966-4
077
Insucessos e falhas do tratamento endodôntico em alunos
e pacientes
residentes no Vale do Paraíba - SP
M.
R. L. NUNES* , M. CICCHI. /
Faculdade de Odontologia da UFRJ
O
presente trabalho teve pôr objetivo avaliar quantitativa e qualitativamente os
tratamentos endodônticos em três grupos de pacientes residentes na Região do
Vale do Paraíba Paulista, e verificar se os resultados estão compatíveis com
os avanços técnicos e científicos da Endodontia atual. Os critérios
utilizados nesta avaliação foram clínicos e radiográficos, meios estes,
amplamente utilizados na aferição do sucesso ou insucesso endodôntico. De um
total de 567 tratamentos endodônticos aferidos, 245 foram considerados como
insucesso ( 43,01% ). Os dentes que apresentaram estatisticamente maior incidência
de falhas foram: incisivos centrais superiores e laterais superiores ( 46,95% ),
seguidos dos primeiros molares inferiores (42,86
% ). Quando foram analisados os erros técnicos, verificou-se sua ocorrência em
318 dentes ( 87,2%). Os generalistas são responsáveis pôr 86,84% das falhas
encontradas, enquanto que os especialistas concorrem com 58,54% ).
À
luz dos resultados, nota-se que a atuação dos profissionais da área de
Odontologia, sejam eles, especialistas ou generalistas, deixa muito a desejar
quanto a qualidade final do tratamento endodôntico. O avanço técnico-científico,
visa facilitar o tratamento endodôntico, elevando as taxas de sucesso, o que não
parece estar sendo utilizado pêlos profissionais da região abrangida nesta
amostra.
078
Avaliação quantitativa in vitro da extrusão de
material durante o preparo
das paredes do canal radicular
M.
CICCHI*, M. R. L. NUNES. /
Faculdade de Odontologia da UNITAU
O
presente trabalho teve como propósito, realizando ou não o esvaziamento prévio
do eventual conteúdo do canal, avaliar a quantidade de material extruído via
forame apical durante o preparo químico-cirúrgico de suas paredes, tendo em
conta a posição do dente na arcada superior ou inferior e sob a ação de
diferentes substâncias químicas (soro fisiológico, água oxigenada\soda
clorada, Endo PTC\líquido de Dakin) .
Foram utilizados 70 dentes humanos recém extraídos, 35 incisivos superiores e
35 incisivos inferiores, montados em manequim endodôntico, adaptado a um
suporte para fixação em cadeira odontológica. Em contato com a
região apical dos dentes, dentro de uma canaleta existente na base do
manequim, foram colocados pequenos blocos de esponja de limpeza a fim de coletar
o material extruído. Todos os dentes do experimento, independentemente da condição,
apresentaram quantidades coletáveis de material extruído; nos grupos em que se
utilizou soro fisiológico, sem esvaziamento prévio, ocorreu apenas extrusão
de material sólido.
Os
resultados indicam ser a extrusão de material via forame apical inerente ao
processo de instrumentação e independe da execução ou não do esvaziamento
prévio ou da substância química auxiliar utilizada. A técnica de Grossman e
de Paiva & Antoniazzi, previnem a formação do tampão dentinário na região
apical do canal.
079
Avaliação da atividade antimicrobiana de soluções
irrigantes em dentes com necrose pulpar
C.M. FERREIRA*; K.C. BONIFÁCIO; I.C. FRÖNER
Faculdade
de Odontologia de Rib.Preto - USP - Fax:
(016) 633-0999
O
objetivo deste trabalho é comparar “in vivo” a atividade antimicrobiana do
gel de Papaína a 0,4% (FCF-USP), detergente de Mamona a 10% (IQSC-USP) e
hipoclorito de sódio a 0,5% (FORP-USP) em dentes com polpa necrosada com ou sem
lesão periapical. Após a cirurgia de acesso, a câmara pulpar foi irrigada com
soro fisiológico esterelizado. Com 4 cones de papel absorventes estéreis, em
condições assépticas, realizou-se a primeira colheita. O preparo biomecânico
foi realizado com limas tipo K e brocas Gates-Glidden utilizando as soluções
irrigantes em avaliação. Os canais radiculares foram secos com cones de papel
absorvente estéril e realizou-se o curativo de demora com algodão estéril,
guta-percha e material restaurador provisório. Após 72 horas, foi realizada a
segunda colheita, também em condições assépticas. As amostras foram
transportadas em solução RTF, submetidas a diluição decimal até 10 -4,
semeadas em placas com os meios ágar mitis salivarius, ágar sacarose
bacitracina - SB20 e ágar sangue, e incubadas em microaerofilia pelo sistema de
chama de vela durante 48 horas a 37 °C. O número de unidades formadoras de colônias
(UFC) foi enumerado com microscópio estereoscópico sob luz refletida. Os
resultados demonstraram que o detergente de Mamona e o hipoclorito de sódio a
0,5% apresentaram atividades antimicrobianas semelhantes na diminuição do número
de anaeróbios, S.mutans e estreptococos. No entanto, o gel de papaína
apresentou menor atividade sobre esses microrganismos, em comparação com as
outras soluções avaliadas.
Estes
dados permitem concluir que o detergente de mamona e o hipoclorito de sódio
apresentam eficácia como agentes antimicrobianos, podendo ser utilizados no
tratamento de canais radiculares com necrose pulpar.
080
Uma técnica facilitada de diafanização dental
M. SANTOS*; F. L.
H. V. SANTOS; E. L. SIQUEIRA
Depto.
de Dentística da Faculdade de Odontologia da USP - São Paulo, Brasil.
O
estudo da anatomia dental interna e dos resultados técnicos da obturação do
canal radicular poderia ser incrementado se fosse possível ver seus detalhes
diretamente através da estrutura dental. As técnicas convencionais de
diafanização de dentes permitem esta observação direta, porém encerram
procedimentos demorados e trabalhosos. Os autores propõem a utilização
em 10 dentes hígidos e extraídos e 10 dentes com tratamento endodôntico
completo da técnica simplificada com a utilização de banhos de hipoclorito de
sódio a 2,5% por 7 dias, ácido clorídrico a 25% por 24 horas, álcool 70%,
80% e 95% e salicilato de metila. A transparência conseguida foi tal a
possibilitar a observação em todos os espécimes de anatomia detalhada do
sistema radicular, com canais e intercondutos bem como detalhes da distribuição
do material obturador, cimento e guta percha naqueles espécimes com canais
tratados.
Conclui-se
assim que esta metodologia pode ser aplicada com sucesso no estudo da anatomia e
das técnicas de obturação de canais radiculares.
081
Cárie e fluorose
dental em
escolares de 7-19 anos em Araraquara,
SP, Brasil, 1995
E.L.DINI1 *, A.L.R.FOSCHINI2,
I.M.G.BRANDÃO2
1.Faculdade
de Odontologia, UNESP, Araraquara; 2. Prefeitura Municipal,
Araraquara, SP
O
objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de cárie e fluorose dental
em crianças e adolescentes de Escolas Públicas de Araraquara, SP, Brasil, em
1995. Amostragem sistemática foi utilizada para o sorteio das crianças e
adolescentes com idades de 7 a 19 anos, matriculados nas 34 Escolas Públicas de
Araraquara, SP, em 1995. Uma
amostra de 1956 crianças e adolescentes foi examinada por duas examinadoras,
previamente calibradas, usando o índice CPOD para cárie e o índice de Dean
(World Health Organization - Oral health surveys. Basic methods. Geneva:
WHO, 1987), para fluorose dental. Os resultados mostraram índice CPOD (desvio
padrão) de 0,3 (± 0,9), 2,6 (± 2,3), 4,6 (± 3,9) e 6,7 (± 4,4) aos 7, 12,
15 e 18 anos, respectivamente. A
porcentagem de escolares livres de cárie para a dentição permanente foi de
83,1%, 27,2%, 15,7% e 6,5% aos 7, 12, 15 e 18 anos, respectivamente. Os
resultados também mostraram que 94,2% dos escolares de 7-19 anos não
apresentaram fluorose dental, 4,9% tinham o grau muito leve e 0,9% grau leve.
A meta preconizada pela OMS/FDI para o ano 2000, de que
em média as crianças aos 12 anos apresentem CPOD menor ou igual a 3, foi alcançada
nesta população, e esforços devem ser conduzidos para que sejam atingidas as
metas para o ano 2010. A prevalência
de fluorose dental observada não é problema de saúde pública nesta população,
até o presente momento.
Apoio:
FUNDUNESP - Processo 425/94.
082
Aplicação da estatística Kappa para avaliação da
concordância intra e interexaminadores
L.H.M.NEVES 1*,
E.L.DINI 1,
I.M.G.BRANDÃO 2
1.
Faculdade de Odontologia de Arararaquara- UNESP; 2. Prefeitura Municipal de
Araraquara). Telefax (016) 232-4823
Na
realização de levantamentos epidemiológicos que envolvam mais de um
examinador, é de fundamental importância a calibração prévia dos
examinadores, de modo a prevenir a falta de uniformidade na interpretação,
compreensão e aplicação de critérios. Neste trabalho avalia-se a concordância
intra- e interexaminadores obtida em um treinamento para calibração feito por
dois examinadores, previamente à realização de um levantamento das condições
dentais de crianças e adolescentes de Araraquara, SP (índices CPOD, CPOS e
ceo). Para avaliação da concordância intra-examinadores, 20 crianças/adolescentes
foram examinadas duas vezes por dois examinadores. Para avaliação da concordância
interexaminadores, 32 crianças/adolescentes foram examinadas uma vez por cada
um dos examinadores. Aos dados obtidos foi aplicada a estatística Kappa (k)
para verificação do grau de concordância entre os dois exames realizados por
um mesmo examinador, e entre os exames realizados pelos dois examinadores. Os
resultados encontrados foram: para o primeiro examinador,
k= 0,73 para CPOD e CPOS, e k= 0,81 para ceo; para o segundo examinador,
k= 0,81 para CPOD e CPOS, e k= 0,80 para ceo; entre os dois examinadores, k=
0,74 para CPOD e CPOS, e k= 0,68 para ceo. Esses valores foram estatisticamente
significantes (p <0,01). Considerando-se que os valores de Kappa entre 0,40 e
0,75 indicam concordância moderada a boa, além do acaso, e os valores maiores
ou iguais a 0,75 indicam concordância excelente, além do acaso, conclui-se
que os graus de concordância obtidos são aceitáveis, variando de bom a
excelente.
083
Conhecimentos e práticas de higiene bucal em crianças
e professoras
L.P.
Ribeiro*, F. K. Almeida, A.R. Vieira, L.S.S.G. Primo
UNIGRANRIO
/ FOUFRJ
Foi
realizado um estudo descritivo com o objetivo de determinar conhecimentos e práticas
de higiene bucal (HB) em crianças e professoras de escolas particulares do
município de Duque de Caxias, RJ. Para tal, foram aplicados 2 questionários
mistos, um em 164 crianças de 6 a 11 anos (da 1 à 4 série do 1 grau de 3
escolas) e outro em 34 professoras das mesmas séries, analisando também o
conteúdo dos livros sobre HB adotados pelas escolas.
Os resultados foram correlacionados com sexo (M e F), faixa etária (6-8
e 9-11) e tamanho da família das crianças (até 2 filhos: P; + 2 filhos: G),
analisando sua freqüência e percentual. A
média de idade foi 8,46 anos (8,26 sexo F e 8,66 sexo M). 32,92% da amostra não
foi orientada por dentista sobre HB; 93,9% faz HB sozinha, sendo que há
supervisão em 85,97% (feita pela mãe: 61,70%), e esta é feita em todas HB em
67,37% da amostra. 55,48% escova a língua e 60,36% usa fio dental; a maioria
faz HB 3 vezes ao dia (71,34%), geralmente com movimentos verticais, horizontais
ou combinação dos dois. A escolha
da escova em 50,6% é feita pela criança, a sua substituição em 57,92% é
determinada por mãe/pai, e o dentista só influiu na escolha em 1,82%. 96 crianças pertenciam ao grupo P, sendo a supervisão da HB
maior neste grupo (90,62%) do que no G (79,41%). 92,30% das 91 crianças da
faixa 6-8 fazem HB sozinhas, e 97,26% na faixa 9-11.
88,23% das professoras orientam as crianças quanto à HB, e a técnica
é o fator mais importante, porém 70,58% não a definiram quando questionadas.
Apenas um livro de ciências apresentou conteúdo satisfatório sobre HB.
Como
1/3 da amostra não foi orientada por dentista sobre HB, há a necessidade também
de elevar o nível de conhecimento das professoras e melhorar o conteúdo sobre
o assunto nos livros escolares.
084
Avaliação de estratégias de ensino na educação e
prevenção de traumas dentários
em crianças de 6 a 8 anos de idade
M.L.
GARBARINO*; M.C. SKELTON; D.V. PEREIRA / Faculdade de Odontologia - USP, Brasil
O
presente trabalho teve por objetivo avaliar o aprendizado de (100) crianças de
6 a 8 anos de idade inclusive em duas escolas, uma pública: Circo Escola Nossa
Senhora Rainha da Paz (50) e uma particular, Escola Joana D’Arc (50) que foram
submetidas a métodos educativo e preventivo. Foram avaliadas três estratégias
de ensino: a orientação direta atraves de uma palestra, a projeção de slides
acompanhado de som e a projeção de vídeo, contendo cada uma a mesma informação.
Avaliou-se de forma imediata e mediata (após 1 mes) através de uma prova,
consultando-se conhecimentos sobre causas, primeiros socorros e medidas
preventivas de traumatismos dentários. Os resultados indicaram que o método de
ensino com palestra apresentou uma maior compreensão da informação (74 %),
seguido do vídeo (70 %) e da projecção de slides acompanhado de som (65 %).
Na Escola Joana D’Arc houve uma perda de 11, 26 % de retenção da informação
como média entre a primeira e a
segunda avaliação. Não foi possível avaliar a perda de informação no Circo
Escola Nossa Senhora Rainha da Paz pela falta da maioria das crianças.
Após
a análise pode-se concluir que a estratégia de ensino com palestra foi bem
aceita e por tanto, pode ser
considerada como um método adequado na aplicação de campanhas educativas na
área de Saúde Pública voltado à prevenção de traumatismos dentários em
crianças de 6 a 8 anos de idade.
085
Perfil do usuário de serviços públicos de saúde
quanto a aspectos de saúde bucal
B. UNFER*,
M. C. V. BATISTA, N. A. SALIBA, O. SALIBA
Pós-graduação
em Odontologia Preventiva e Social-UNESP-Araçatuba-SP
Tendo
em vista a necessidade da implementação de educação em saúde bucal na rede
pública de saúde, torna-se importante conhecer o perfil dos usuários e seu
conhecimento sobre flúor, transmissibilidade e risco de cárie dentária. Foram
entrevistados 150 usuários de serviços públicos de saúde na cidade de Santa
Maria-RS. Os resultados indicaram que 66% dos entrevistados pertencem à faixa
etária entre 21 e 40 anos, 77% são do sexo feminino, 61% não completaram o 10.
grau e 31% apresentam renda entre de 1,5 a 3 salários mínimos. Com
relação ao flúor, 85% afirmaram usar creme dental, entretanto
68% disseram que não costumam usar flúor, e somente 15% relatou usá-lo
através do creme dental. Com relação à transmissibilidade da cárie dentária,
47% afirmaram que não é transmissível,
e aqueles que afirmaram ser transmissível, 44% disseram ser através da escova
dentária.Quanto ao risco de cárie, 85% afirmaram que existe possibilidade de
algumas pessoas terem maior risco e outras não, e para 25% dos entrevistados os
cuidados pessoais determinam a ocorrência da doença.
Dos resultados obtidos é lícito concluir que a presença
feminina nos setores públicos de saúde implica na responsabilidade pela atuação
precoce no que concerne aos aspectos preventivos de saúde bucal que devem ser
dados às mães ou futuras mães, reforçando os temas abordados neste trabalho.
O uso e benefício do flúor deve ser enfatizado, tendo em vista que sua presença
no creme dental e na água de beber não está sendo reconhecida.
Apoio
financeiro: CAPES
086
Clínica Odontológica Infantil Integrada no curso de
graduação da UnG
M.Moreira*, M.G.Garducci, A.P.
Lino
Departamento
de Odontologia da UnG-SP
Sendo
a educação a garantia mais eficaz da construção de uma modernidade aceitável,entende-se
que a Universidade deva ter consciência de sua missão e compromisso real com a
prestação de serviços de boa qualidade (Mezomo,Revista
UnG,1(1)11-15,1996).Tendo em vista as experiências obtidas em diversas instituições
de ensino e que o conhecimento deva incorporar a capacidade de aprender a
aprender e renovar-se constantemente ,os autores propõe um processo de
desenvolvimento global e integrado no ensino clínico da odontopediatria e
ortodontia no curso de graduação da Universidade de Guarulhos,UnG,por julgarem
que os currículos e métodos de ensino tradicionalmente aplicados,não atendem
as necessidades dos futuros profissionais da Odontologia.
Para tanto,foram necessárias alterações
curriculares,bem como dos métodos de ensino e
dos critérios de avaliação da aprendizagem,concretizado em termos práticos
com a criação da Clínica Odontológica Infantil Integrada(C.O.I.I.),na qual
sob a supervisão clínica conjunta de professores de ambas as disciplinas ,o
aluno executa um único planejamento terapêutico,que atenda todas as
necessidades do paciente infantil.
Como
pontos positivos da C.O.I.I.,constatou-se uma menor fragmentação na aplicação
dos conhecimentos pelos alunos com consequente maior objetividade e
melhor aproveitamento do tempo de atendimento clínico.
087
Avaliação da deglutição e maloclusão dental
anterior,na dentição mista
M.Moreira*,V. H.T. C.T.erra,
A.P. Lino
Departamento
de Distúrbios da Comunicação Humana da PUC-SP
A
deglutição atípica é uma
disfunção de etiologia complexa,sendo entendida ora como causa ,ora como
consequência de maloclusão.É interessante perceber que na época de trocas
dentais,ocorrem ausências dentais isoladas ou parciais ,que provocam
consequentes adaptações funcionais transitórias da língua e musculatura
bucal..Esta pesquisa investiga se a deglutição atipica,nos conceitos formais
,não estará presente,em crianças na fase inicial de dentição
mista,independente ou não da presença de maloclusão e qual seria a associação
mais frequente entre maloclusão de segmento anterior e deglutição atípica.Examinou-se
170 crianças de ambos os sexos,de 6 a
8 anos completos,em fase de dentição mista.Todas as crianças foram submetidas
à um exame de deglutição e ao exame clínico
ortodôntico,onde avaliou-se a relação dos primeiros molares
permanentes,trespasse anterior dos arcos dentários e tipo de oclusão no
segmento dentário anterior.Os resultados mostram que a deglutição atípica,no
início da dentição mista estava presente em 92,1% da casuística.25,2% dos
deglutidores atípicos apresentavam normoclusão. A deglutição atípica
foi encontrada em 100% dos indivíduos portadores de maloclusão de Classe III
de Angle e 100% dos portadores de mordida aberta anterior.
Na
avaliação da deglutição devemos rever os conceitos diagnósticos formais e
onde as mudanças naturais da forma da cavidade bucal induzam modificações
funcionais ,sugerimos o conceito de deglutição de desenvolvimento.
088
Estudo da prevalência da erupção ectópica na dentição
mista
M.Moreira, Flávia
R.C.Fernandes*, Luciana F. F. Otácio
Unicid
- UnG – SP
A
erupção ectópica
pode acontecer durante a formação dental,como resultado da formação
dental desviada do sentido oclusal.Estes desvios acontecem no período intra-ósseo
da erupçãoe podem resultar em alterações da cronologia,sequência favorável
de erupção e aumentar o risco de maloclusão,O objetivo deste trabalho é
verificar a prevalência da erupção ectópica na nossa população, sexo e
faixa etária mais afetada,seu comportamento em relação à localização
noarco ,dente mais afetado e etiologias.Examinamos 363 crianças,de ambos os
sexos,na faixa etária de 6 a 12 anos,dentição mista.Todas as crianças foram
submetidas ao exame clínico e radiográfico periapical completo.A base para a
pesquisa foi o exame radiográfico,sendo selecionados todos os casos,em que
algum dente em erupção na fase intra-óssea apresentasse desvio do padrão
oclusal ou axial normal,sendo considerado portanto,como erupção ectópica.
Os
resultados mostram que 5% da casuística apresentou erupção ectópica.A erupção
ectópica foi mais prevalente no sexo feminino,63%;no arco inferior,72%.A maior
incidência aconteceu nas faixas etárias de 6-7 anos e 10-11 anos.Os dentes
mais afetados foram os segundos pré-molares inferiores.As causas mais
relacionadas são ocorrências clínicas na dentição decídua
antecessora:perdas precoces,rizólise irregular das raízes,anquiloses,retenções
prolongadas.Salienta-se a importância da radiografia panorâmica ,na época da
dentição mista.
089
Percepção e necessidades em saúde bucal dos
estudantes de 1o. grau de Niteroi - RJ
E. L. SOARES* ; F. L. GELSOMINO ; J. L. S. A.
HURST
Pós-Graduação
em Odontologia Social, UFF, Niteroi, RJ, Brasil
O presente estudo tem o propósito de abordar a percepção e
as necessidades em saúde bucal de 312 alunos da 5a. série do 1o. grau,
pertencentes a rede pública municipal de Niteroi, RJ. Os dados foram coletados
em sala de aula, utilizando-se um questionário, contendo uma questão sobre saúde
geral e duas questões sobre saúde bucal. Buscou-se conhecer a visão dos
estudantes sobre saúde bucal e colher informações que possam oferecer subsídios
para o desenvolvimento de programas de Educação em Saúde Bucal na escola. Os
dados foram obtidos para permitir uma contextualização dos problemas de saúde
em geral e a real posição que a saúde bucal ocupa no cotidiano da população
escolar.
Como
resultado detectou-se que os estudantes pouco ou nada sabem sobre saúde bucal.
As contradições percebidas apontam para a necessidade de se repensar a Educação
em Saúde Bucal no âmbito escolar.
090
Hábitos de sucção de dedo e chupeta: Aspectos
Psico-sociais e Econômicos
E.C.V. DADALTO*, R.S. WILHELM, E.P. S. BASTOS
UFES
– Brasil
Na
abordagem dos hábitos de sucção, a criança deve ser considerada em sua
totalidade e não apenas a nível de hábito-dentes. Aspectos sociais,
culturais, psicológicos e econômicos podem interferir na freqüência destes hábitos
(LARSSON, E. & DAHLIN, K. G.: Am. J. Orthod., 87: 432-5, 1985). O presente
trabalho teve como objetivo verificar a freqüência de hábitos de sucção de
dedo e chupeta de acordo com tipo de amamentação, horário de trabalho da mãe
e nível sócio-econômico.
A avaliação dos hábitos e entrevista com o responsável
foi realizada em 600 escolares de 03 a 12 anos da cidade do Rio de Janeiro,
sendo 280 da faixa etária de 03 a 06 anos e 320 de 07 a 12 anos. Foi verificado
que 44% das crianças do nível sócio-ecnômico baixo e 29,5% do nível médio-alto
sugavam dedo/chupeta, sendo esta diferença estatisticamente significante pelo
teste qui-quadrado. Quanto ao tipo de amamentação, apenas 9% das crianças que
usavam mamadeira não apresentaram estes hábitos de sucção. A maior
porcentagem de hábitos foi observada quando as mães trabalham em expediente
integral (44,5%).
A
freqüência de hábitos de sucção de dedo e/ou chupeta foi menor entre as
crianças amamentadas pelo seio materno, nos casos em que as mães trabalhavam
em meio expediente e no nível sócio-econômico médio-alto.
091
Análise do aprendizado de escolares após uma sessão
de motivação
A.C.C. ZUANON*, J. HEBLING, E. M. A. GIRO
Depto
de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP - SP -
Tel./Fax (0162) 32-1233
Diante
da grande prevalência da doença cárie, os métodos de higiene bucal são os
mais efetivos, principalmente a escovação, que quando realizada, geralmente se
faz de forma inadequada. Deste modo o cirurgião dentista deve transmitir
conhecimentos, dispertar entusiasmo
e interesse, educar e motivar o paciente. Assim, propomos realizar uma atividade
motivacional com 116 crianças, voltada para prevenção, através de um método
audio-visual interativo desenvolvido na forma de teatro de fantoches, para
analisarmos o grau de aprendizado das mesmas. Para isto, solicitamos que elas
fizessem duas redações, sendo uma antes e outra imediatamente após a
apresentação, de modo que pudessemos compará-las. Após instruções sobre o
uso do flúor, do fio dental, da dieta alimentar, da importância de frequentar
o dentista periodicamente entre outras, observamos que antes do teatro, 3,5% das
crianças citaram a existência e consequências da bactérias em relação aos
dentes, sendo que após a motivação, 71,5% mostraram conhecimento em relação
ao microrganismo. A necessidade de escovar os dentes foi a frase mais
encontrada, sendo que após a motivação o percentual de citações aumentou de
77 para 81%.
Concluimos
então, que o uso da técnica audio-visual mostrou-se eficiente ao analisarmos
os resultados a curto prazo e que tais conceitos devem ser transmitidos de
acordo com o nível intelectual da cada grupo.
092
Características sócio-econômicas e perspectivas
profissionais de formandos
em Odontologia de escola pública e privada
T.
A. S. BERNARDES, D. ELEUTÉRIO, C. A. SALIBA / Depto. de Odontologia Social -
UNESP / Araçatuba.
A discussão sobre
ensino público e privado na Universidade brasileira levou à elaboraçãpo
deste trabalho onde são comparadas as características sócio-econômicas,
familiares e perspectivas profissionais de 197 formandos de Odontologia, sendo
71 de Araçatuba (Estadual) e 126 de Marilia (Particular). As seguintes variáveis
foram estudadas, para avaliar o nível sócio-econômico: formaçãop escolar
(primário, secundário e cursinho), despesas mensais (moradia, mensalidades,
instrumental), renda familiar, bens materiais da família, nível de
escolaridade dos pais. Quanto às perspectivas profissionais dos graduandos, as
variáveis estudadas foram: satisfação com o curso, sistema de trabalho futuro
(autônomo, empregado), equipamentos já adquiridos e interesse em pós-graduação
e outras. O nível sócio-econômicos dos estudantes da escola particular
estudada foi mais alto que da escola pública, quando analisados todos os itens
relacionados. Por exemplo, os gastos mensais daqueles estudantes foi 130% maior
que dos últimos. Quanto às perspectivas profissionais, a maioria dos estudades
de Araçatuba (67%) acredita no exercício inicial da profissão como empregado,
o que reforça o índice sócio-econômico mais baixo, pois, 60% dos
odontolandos de Marília fazem a mesma opção. A necessidade de especialização
imediata é uma decisão dos dois grupos, só variando as opções, com Dentística,
Endodontia e Periodontia para Araçatuba e Endodontia, Ortodontia e
Odontopediatria em Marília. De maneira geral, o nível sócio-econômico dos
estudantes de Araçatuba é menor que os de Marília, o que se reflete nas
perspectivas futuras do exercício profissional.
093
Caracterização dos sorotipos e frequência de S.
mutans entre escolares
de diferentes classes sociais de Piracicaba
D.M.P.
SPOLIDORIO*, D. MOREIRA, E.A.R ROSA, J.F. HÖFLING
/ Laboratório de Microbiologia e Imunologia, FOP – UNICAMP
Amostras
da saliva de escolares -de 6 a 9 anos- de diferentes classes sociais, na região
de Piracicaba, foram analisadas com o objetivo de se conhecer a incidência e os
biotipos mais frequentes dos Streptococcus grupo mutans relacionando os diferentes níveis sócio-econômicos.
Examinou-se 200 crianças segundo critérios da OMS para o índice
ceos/CPOS, totalizadas pela soma de 40 crianças de 5 classes sociais distintas
(A a E). As amostras foram diluídas em solução salina, obtendo-se diluição
seriada de 10-1
a 10-4,
e semeadas em meio de cultura SB
20. Após a contagem em UFC/ml, procedeu-se a identificação das espécies do
grupo mutans através das provas de fermentação de carboidratos. Foram
isoladas 491 cepas do grupo mutans, sendo que 78% das espécies eram S.
mutans e as classes sociais D e E apresentaram maior número dessas espécies.
As espécies S. sobrinus e S. rattus foram
as que se seguiram com maior frequência apresentando 11,61% e 4,68%
respectivamente. Pode-se também constatar que 59% dos indivíduos eram
portadores de S. mutans, seguidos pela associação de S. mutans +
S.sobrinus (17%) e S. mutans + S. rattus (7,5%). Verificou-se que
a classe social E apresentou maior
média de S. mutans: 6,0 x 10 6
/ceos= 10,1 seguida pelas classes sociais D, C, A e B respectivamente 2,5 x 106
/ceos= 7,58; 3,0 x 106
/ceos= 6,06; 1,8 x 106
/ceos 5,10 e 1,2 x 106
/ceos= 4,38.
Pelos
resultados preliminares, observou-se que para a variável ceos as classes
sociais D e E diferiram significativamente das classes sociais A, B e C e que a
bactéria mais isolada da saliva em todas as classes sociais foi
S, mutans, seguida por S. sobrinus e S. rattus e a
associação mais frequente foi de S. mutans + S. sobrinus.
Este
trabalho foi financiado pela FAPESP, processo 94/0908-0
094
Perfil do aleitamento noturno em bebês
L.R.F. WALTER*, C. GARBOZA, A. MIYAZAKI
Bebê-Clínica/Universidade Estadual deLondrina F. (043) 323-9455
O
crescente conhecimento da necessidade da atenção precoce para a prevenção e
o controle da cárie dentária, envolve o estudo da prática do aleitamento e da
higiene dentária nos primeiros anos de vida. O presente estudo envolve a análise
de 360 crianças que praticavam o aleitamento noturno quando da primeira
consulta. Nessas, 62,3% os pais já realizavam a limpeza e ou escovação dentária
pelo menos uma vez ao dia, enquanto que nas demais, 37,7%, os pais não
realizavam a limpeza e informaram que não sabiam ou não conheciam a
necessidade e a importância desta prática. Quanto ao aleitamento, a maioria o
praticava entre 4 a 5 vezes ao dia, sendo que 64% delas praticavam o aleitamento
noturno antes de dormir e as demais, 36%, praticavam a mamada durante a noite e
ou dormiam mamando.
Os
resultados sugerem que a prática da educação odontológica aos pais seja o
caminho para a informação da população para melhor prevenir a cárie dentária
no primeiro ano de vida.
095
Isolamento, caracterização e frequência de leveduras
do gênero Candida
em escolares de diferentes classes sociais
D.
MOREIRA*; D.M.P. SPOLIDORIO; E.A.R. ROSA; J.F.
HÖFLING / Laboratório de Microbiologia e Imunologia, FOP-UNICAMP.
Amostras
de saliva de escolares (6-9 anos)
de diferentes classes sociais, da região de Piracicaba, foram analisadas
objetivando conhecer a frequência e os tipos principais de leveduras do gênero
Candida. Das 237 crianças analisadas, distribuídas em 5 classes sociais
distintas (de A à E), de acordo com os critérios utilizados pela ABA/ABIPEME,
100 apresentaram Candida, totalizando 42% do total da amostra. As
amostras foram coletadas, diluídas e semeadas em Ágar Sabouraud Dextrose. Após
a contagem de UFC/ml, procedeu-se a identificação das espécies através dos
testes de produção do tubo germinativo, produção de clamidósporo, fermentação
e assimilação de carbohidratos.
Os resultados preliminares demonstram que a maior prevalência
de Candida está presente nas classes sociais C e D, respectivamente, e a
espécie mais isolada foi C. albicans, totalizando 97,5% da amostra,
seguido de C. tropicalis, com 1,3% , C. krusei, com 0,68% e C.
parapsilosis, com 0,34%.
Embora não conste do presente resumo, dados relativos
ao pH, fluxo salivar, ceos/CPOS foram obtidos e serão avaliados em conjunto com
os resultados aqui descritos, complementando o projeto de pesquisa na sua
totalidade.
Esse
trabalho foi financiado pela FAPESP, processo 94/0908-0
096
Prevenção em Odontopediatria: estudo piloto envolvendo
mães,gestantes,
pediatras, ginecologistas/obstetras
C.
F. FARIA*, C. M. R. OLIVEIRA ,G. B. NETO, I. A. PORDEUS./Depto. Ortodontia e
Odontopediatria, Faculdade de Odontologia, UFMG
Considerando
que a cárie dentária é uma doença fortemente modulada pelo comportamento do
indivíduo através de hábitos adquiridos durante as fases
iniciais de desenvolvimento, torna-se premente uma avaliação desses em
famílias jovens (Shaw et al., Br. Dent. J., 148:231-235,1980;
Mullen, Fam. Comm. Health, 6:52-68,1983; Pordeus, Tese, Doutorado,1991).
O objetivo principal deste estudo piloto foi identificar os conhecimentos e
atitudes de gestantes e mães de primeiro filho, bem como avaliar as orientações
e comportamento dos pediatras e ginecologistas/obstetras em relação aos
fatores que influenciam o estabelecimento e desenvolvimento da doença cárie
dentária. Através de questionário semi-aberto, foram realizadas entrevistas
com 40 indivíduos, sendo 10 para cada um dos grupos acima citados. A análise
estatística, feita através do programa EPI INFO versão 5.0, revelou os
seguintes dados, entre outros: 20% dos ginecologistas e 60% dos pediatras
relataram aconselhar sobre prevenção da cárie, sendo que somente 10% das mães
e 10% das gestantes se lembram ter recebido orientações de seus médicos. 60%
das gestantes, mães e ginecologistas e 70% dos pediatras acreditam que o alto
consumo de açúcar é um fator etiológico da cárie, porém, em relação à
adição de açúcar na mamadeira, 70% dos pediatras a aconselham, 60% das mães
o fazem e 50% das gestantes têm a intenção de faze-lo. A má higienização
bucal foi considerada como um fator etiológico da cárie por 80% das gestantes
e mães; 70% dos ginecologistas e 90% dos pediatras.
Assim
sendo, através deste estudo piloto, foi confirmada a hipótese de que há
necessidade de uma maior integração entre os médicos e profissionais da área
odontológica para um intercâmbio de conhecimentos e discussão sobre a melhor
forma de repasse dessas informações para a população. Apoio: FAPEMIG,
PRPq/UFMG.
097
Evolução do
Projeto de Vida
Profissional em
alunos do
último ano
de Odontologia
P. P. N.S. GARCIA*,
S.A.M. CORONA,
M.D. FIGLIOLI
Faculdade
de Odontologia de Araraquara – UNESP
Devido
ao amadurecimento que normalmente ocorre no decorrer do curso de graduação,
principalmente no último ano, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a
evolução do projeto de vida profissional em alunos do 40
ano do curso de graduação da Faculdade de Odontologia de Araraquara. Para
isto, foram aplicados 2 questionários para 54 alunos, um no início do ano
letivo de 1995 e outro no final do mesmo ano. O questionário apresentava os
seguintes ítens: escolha da cidade para montagem do consultório, compra do
equipamento odontológico, procura de emprego e especialização. Após a coleta
dos dados, obteve-se os seguintes resultados: no início do ano de 1995 24,07%
dos alunos haviam escolhido a cidade natal para montagem do consultório, 12,96%
outra cidade e 62,96% não haviam feito a escolha, 11,11% haviam comprado o
equipamento odontológico, 92,59% estavam interessados em procurar emprego após
formados e 75,92% queriam cursar uma especialização. No final do ano letivo,
da análise dos mesmos alunos, 52,27% fizeram opção pela cidade natal, 27,27%
por outra cidade e ainda 20,46% continuavam sem escolha; 15,90% haviam comprado
equipamento odontológico, 93,18% queriam procurar emprego e 81,82% iriam cursar
uma especialização.
Através
da metodologia pode-se concluir que houve uma maior definição sobre a localização
da montagem do consultório no decorrer do último ano do curso, mas que com
relação à compra do consultório, à procura de emprego e curso de
especialização os índices apresentaram-se muito próximos, não havendo
grandes modificações.
098
Influência do aleitamento materno no desenvolvimento de
hábitos de sucção
E. BASTOS*, V. M.SOVIERO, J.M.MASSAO, M.E.RAMOS
Dep.
de Odontop. e Ortod.-FO-UFRJ. Tel.: (0242) 42-6098
Foram
realizadas 219 entrevistas com mães de crianças entre 2 e 6 anos que
frequentam creches públicas em Petrópolis-RJ, para se obter dados sobre o duração
da amamentação e hábitos de sucção.157 mães (71,7%) relataram que suas
crianças chuparam chupeta, 8 (3,7%), chupeta e dedo polegar, 11 (5%), polegar
ou outros dedos e 43 (19,6%)não desenvolveram nenhum hábito de sucção.183
(83,6%) amamentaram no peito e 36 (16,4%), não. A relação observada entre
amamentação e hábito de sucção foi:
Idade
que parou
Hábito de Sucção
a amamentação
Nenhum Chupeta
Chupeta / Polegar Polegar / Dedo
Não mamou 1
32 2
1
Até 6 meses 3
105 5
8
Até 1ano ou + 39
20
1
2
Teste
Qui-quadrado - p < 0,0001 (relativo às duas tabelas)
Idade
que parou
Idade que parou o hábito de sucção
a amamentação
Não teve hábito Até
2 anos Até 3 anos Até 4 anos ou +
Não mamou 1
3
6
26
Até 6 meses 3
19
26
73
Até 1ano ou + 39
8
6
9
Concluiu-se
que as crianças que foram amamentadas por mais tempo tenderam a não
desenvolver o hábito de sucção ou a cessá-lo mais cedo.
099
Pediatria e Odontopediatria: busca de um protocolo de ação
integrada
I.M. ESTEVES*, L. NAKAMA, N.A. SALIBA
Pós-graduação
em Odontologia Preventiva e Social FOA/UNESP / Campus de Araçatuba F. (018)
624-5555
Na
busca de melhores condições de saúde bucal para a população brasileira,
torna-se cada vez mais evidente a necessidade de atendimento precoce, com
abordagem interdisciplinar e multiprofissional. Este trabalho tem por objetivo
conhecer o perfil dos médicos pediatras de Londrina (PR) e de Araçatuba (SP),
com relação a questões de interesse odontopediátrico, a fim de se obter subsídios
para um protocolo de ação integrada. Foram enviados questionários aos
pediatras cadastrados na Associação Médica de Londrina (77) e na Associação
Paulista de Medicina - Seccional Araçatuba (18), com retorno de 60 (77,9%) e 15
(83,3%) respondidos, respectivamente. Os resultados mostram que 83,3% dos
pediatras de Londrina e 86,6% dos de Araçatuba, encaminham as crianças ao
odontopediatra, sendo que destes, 100% o fazem antes que elas completem 1 ano de
idade (Londrina) e 42,8% em Araçatuba. O desmame completo é preconizado entre
7 e 12 meses de idade por 35% dos pediatras de Londrina e por 66,6% dos de Araçatuba,
e entre 12 e 24 meses, por 53,7% em Londrina e 22,2% em Araçatuba. Prescrevem
flúor sistêmico 1,69% dos pediatras em Londrina e 33,3% em Araçatuba.
Tais
resultados sugerem a necessidade de um protocolo de ação integrada que permita
diminuir a distância entre o que se sabe e o que se pratica, no movimento de
promoção de saúde bucal, no contexto da saúde geral.
100
A importância da interação pediatra - odontopediatra
no atendimento integral a criança
A. L. PALMINI *, R.M.R. ASSUMPÇÃO, M. C. FIGUEIREDO
Disciplina
de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFRGS, Brasil
Durante
muitos anos a Odontologia foi considerada como uma especialidade centralizada na
cura da doença. Conceito este superado mediante a resultados positivos de uma
prática hoje vigente direcionada à promoção de saúde do paciente com bases
fundamentalmente educativa e preventiva. A abordagem Cirúrgica-restauradora
extingüiu-se, surgindo a imperiosa necessidade de uma integração
multidisciplinar, na busca de se conhecer o paciente como um todo, para intervir
o mais precocemente possível.Com isto, a participação médica Pediátrica na
Odontopediatria redefiniu padrões clássicos de atendimento Odontológico a
crianças. Com o objetivo de buscar esta integração, propô-se neste trabalho,
verificar o posicionamento de 100 Pediatras atuantes em diferentes centros médicos
da cidade de Porto Alegre/RS, frente a algumas questões relacionadas a doença
cárie. Para tal, utilizou-se de um questionário contendo 08 perguntas com 02
respostas fechadas para cada uma delas (sim/não). Os resultados percentuais
encontrados foram: 27%-cárie é uma doença transmissível;85%-cárie é uma
doença infecciosa;100%-cárie é uma doença com vários estágios;75%-a
restauração cura;98%-existe uma correlação positiva entre higiene bucal e a
prevenção da cárie;90% - recomenda a higiene bucal entre 0/3 anos de
idade;100%-existe uma correlação positiva entre dieta e cárie dentária;
100%-existe uma correlação positiva entre uso de flúor e prevenção de cárie;
86%-o flúor tópico é o método preventivo mais efetivo, sendo 20%-o flúor
sistêmico pré-natal e 37%-o flúor intensivo pós-natal; 63%-o flúor tem função
preventiva;37%-o flúor tem função terapêutica;74,5%-recomenda a 1ª visita
ao dentista entre 0/3 anos de idade.
Estes dados permitiram concluir que há um enorme
desconhecimento por parte dos médicos Pediatras do que seja a doença cárie e
quais são os meios vigentes eficazes para a previní-la. Descarta-se a presença
de insensibilidade por parte dos mesmos para mudanças, uma vez que todos
solicitaram e receberam um manual contendo respostas elucidativas ao questionário
por eles respondido
101
Estudo comparativo sobre o uso de dentifrícios
fluoretados em crianças
R.S.VILLENA, D.G.BORGES*, R.N.FONOFF ,
C.R.M.D.RODRIGUES
Disciplina
de Odontopediatria - FOUSP. - São Paulo, Brasil - Fone: 818-7835
Um
dos prováveis fatores do incremento de fluorose dental na população infantil
é ingestão de dentifrício fluoretado (DF). O objetivo deste estudo é
determinar o uso, freqüência, quantidade e ingestão de DF, assim como, enxágüe
pós-escovação em crianças de 1 a 7 anos de instituições públicas e
particulares da Grande São Paulo. Foram respondidos 1151 questionários pelos
pais ou responsáveis. Os resultados mostram que já com 1 ano de idade 57,1%
das crianças de instituições particulares e 71,4% das públicas utilizam DF,
sendo que a partir dos 3 anos, 100% das crianças de ambos grupos fazem uso
regular. Diferenças estatisticamente significantes (ES) são encontradas quanto
ao tipo de dentifrício adquirido (p<0,05), sendo predominante o infantil
para uso exclusivo da criança nas instituições particulares e o convencional,
para uso familiar nas públicas. Não foram observadas diferenças ES entre os
grupos avaliados quanto à quantidade e freqüência do uso de DF. O enxágüe pós-escovação
foi constatado a partir dos dois anos existindo uma relação direta entre
incremento da idade, execução e número de enxágües. Relatos de ingestão de
DF durante a escovação foram observados em todas as faixas etárias estudadas,
variando entre 60 a 95% em ambos os grupos estudados. Foi constatada também a
ingestão de DF em outros momentos além da escovação, principalmente em crianças
de escolas públicas, variando de 43,8 a 53,6% entre um a três anos
respectivamente.
Conclui-se
que o uso inadequado e a excessiva ingestão de DF por crianças de baixa idade
leva-nos a refletir sobre a necessidade de projetos educativos para a população
com a finalidade de diminuir o potencial de risco de fluorose dental.
102
Hábitos de higiene bucal em crianças de 1 a 7 anos em
São Paulo
R.S.VILLENA, D.G.BORGES, R.N.FONOFF , C.R.M.D.RODRIGUES*
Disciplina
de Odontopediatria - FOUSP. - São Paulo, Brasil. Fone: 818-7835
O
objetivo do estudo foi avaliar os hábitos de higiene bucal em crianças de 1 a
7 anos, observando-se época de instalação, freqüência, métodos utilizados
e participação dos responsáveis. Questionários dirigidos aos responsáveis
foram distribuídos em escolas e creches particulares e públicas, sendo
respondidos 1151. A instalação do hábito de higiene bucal mostrou diferença
estatisticamente significante(ES) entre os grupos somente no 1º ano de vida,
sendo mais prevalente nas crianças de inst.particulares. A instalação do hábito
incrementou com o decorrer da idade, alcançando 100%aos 3 anos em ambos grupos.
A escova foi o instrumento mais utilizado, porém métodos
alternativos(fralda,gaze,pano e cotonete) também foram relatados nos dois
primeiros anos, sendo equivalente a 38 e 3%(1 e2 anos respectivamente)nas
particulares e 47,8 e 13,9% nas públicas. Os primeiros relatos de uso do fio
dental ocorreram aos 2 anos em ambos grupos, aumentando com a idade. Nas crianças
das inst.particulares a variação foi de 2,8 a 26,2% e nas inst.públicas de
2,5 a 13,8%. O uso de dentifrícios fluoretados foi relatado em 56,1 e 71,4% com
1 ano de idade para as inst.públicas e particulares, alcançando 100% aos 3
anos em ambos grupos. Houve maior participação dos responsáveis na execução/supervisão
das crianças frequentadoras de escolas particulares.
Conclui-se
que a instalação dos hábitos de higiene ocorre precocemente em ambos grupos,
porém maior ênfase em relação ao uso adequado de fio dental e dentifrícios
fluoretados deve ser dada.
103
Avaliação das especialidades mais escolhidas pelos
acadêmicos de Odontologia
F. V. ABREU*1,R.
S. GAMA2,
M. E. TOLLENDAL1
1-FO-UFJF
- 2 - OASD / MAer, UNIGRANRIO -
Duque de Caxias
Muito
já se falou que a prática odontológica deve ser uma filosofia preventiva. Porém
tal posicionamento não corresponde à realidade, visto que a prevenção e seus
métodos, embora amplamente pesquisados, ainda são pouco enfocados na vida acadêmica.
Durante muitos anos o cirurgião-dentista considerou os procedimentos
restauradores como a parte nobre e mais rentável da profissão. Quais são as
especialidades mais escolhidas pelos alunos? O que conduz o aluno na escolha da
especialidade? Este estudo foi realizado com o intuito de responder estas
perguntas. Foram analisados 33 questionários fechados respondidos pelos alunos
do 8o
período da FO-UFJF. 14 eram homens(42,4%) e 19 mulheres(57,6%), com idade entre
20 e 27 anos. A tabela expressa, em
porcentagem, as especialidades mais escolhidas:
sexo
especialidades
odp
orto
endo
perio
prt
dent
pvt
patol
cmf
rx n/sabe
masculino
0
21.4
21.4
14.3
14.3
0
7.1
0
21.4
7.1
7.1
feminino
26.3
21.0
15.8
10.5
0
10.5
10.5
5.3
5.3
0
5.6
100% dos alunos escolheram a especialidade porque gostam
dela, porém 15,8% das mulheres e 50% dos homens porque tinham mais habilidade,
10,5% das mulheres e 28,6% dos homens inspiraram-se em algum professor, 7,14%
dos homens porque já possuíam algum parente na especialidade e 7,14% dos
homens devido ao retorno financeiro.
O
estudo mostra que os alunos escolhem a especialidade que mais gostam, mas há
sempre um outro motivo associado a esta escolha sendo que o status e retorno
financeiro ainda têm grande influência
104
Saúde bucal de trabalhadores de indústrias alimentícias
N.E. Tomita*,
J.S. MENDONÇA, V. P. SENGER, E.S.
Lopes
Faculdade
de Odontologia de Bauru-USP - Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP. - Fax:
(0142) 23-5525
Este
estudo transversal foi delineado para estimar a prevalência de cárie dentária
e doença periodontal em trabalhadores de uma indústria alimentícia de
Bauru-SP-Brasil e verificar a associação entre fatores ambientais no processo
de trabalho e as condições de saúde bucal. Foi realizado o levantamento das
condições bucais junto a 157 trabalhadores, de ambos os sexos,
utilizando os índices CPOD (cárie dentária) e CPITN (doença
periodontal). A definição de uma amostra probabilística utilizou como critério
para sorteio o número de inscrição funcional, contemplando funcionários de
todos os setores. O grupo de estudo foi composto por funcionários da fábrica
de chiclete e chocolate, que encontram-se permanentemente expostos a partículas
de farinha e açúcar no ambiente de trabalho. O grupo-controle foi formado por
funcionários da mesma empresa que, no desempenho de suas funções, não são
submetidos a exposição constante a estes agentes. Os dados foram processados
através do programa EPI-INFO, verificando-se CPOD de 15,73 para o grupo de estudo e 15,53 para o
grupo-controle. O índice CPOD apresentou tendência a aumento com a idade,
entre os trabalhadores dos dois grupos. Quanto à doença periodontal,
verificou-se que, no grupo de estudo, 17,0% dos trabalhadores apresentavam cálculo,
60,0% tinham bolsas de 4-5mm de profundidade e 23,0% apresentavam bolsas de + de 6mm. No grupo controle, a distribuição da amostra foi
de 44,4%, 44,4% e 11,1%, respectivamente, sendo as diferenças entre os grupos
estatisticamente significante (p<0,0001 por Qui-quadrado).
Pôde-se
concluir que os trabalhadores expostos a açúcares apresentaram níveis mais
elevados de doença periodontal, porém não de cárie.
105
Prevalência da cárie dentária em crianças de 3 a 6
anos de idade do
município de Araçatuba-SP, 1996
E.S. ORENHA*; L. NAKAMA; M.C. MENEGHIN; S.A.S. MOIMAZ /
Depto. de Odontologia Social. Fac. Odontologia Araçatuba-UNESP
Os
autores tiveram por objetivo verificar a prevalência da cárie dentária, em
crianças de 3 a 6 anos de idade, no município de Araçatuba-SP, no qual a água
de abastecimento público é fluoretada. Foram examinadas 1140 crianças de
ambos os sexos, nascidas e residentes em Araçatuba matriculadas nas Escolas
Municipais de Educação Infantil (EMEI). Na seleção das escolas, levou-se em
consideração fatores como a localização, nível sócio-econômico e utilização
de medidas preventivas. Os examinadores foram devidamente calibrados alcançando
nível de concordância de 90%. Os exames foram realizados no pátio das
escolas, sob luz natural, utilizando-se espelho bucal plano e sonda exploradora.
Após o processamento dos dados os resultados mostraram um índice ceo de 0,80;
1,53; 2,28; 2,27 nas idades de 3, 4, 5 e 6 anos, respectivamente. As
porcentagens de crianças livres de cárie para as idades de 3, 4, 5 e 6 anos
foram de 70,00%; 57,79%; 42,63% e
40,40% respectivamente. A percentagem de crianças livres de cárie diminui da
idade de 3 para 6 anos. O componente cariado é o maior responsável pelo valor
do índice ceo, mostrando em termos percentuais para as idades de 3, 4, 5 e 6
anos um valor de 85,96%, 75,00%, 59,79%, 55,59%, respectivamente.
Podemos
concluir que: a) Há um aumento no ceo da idade de 3 para 6 anos de 64,76%;
b) O ceo apresenta um aumento acentuado até 5 anos e os percentuais de dentes
cariados são maiores aos 3 e 4 anos, o que mostra maior preocupação com o
tratamento curativo em detrimento da prevenção; c) A porcentagem de crianças
de 5 e 6 anos de idade livres de cárie está em torno de aproximadamente 40%,
abaixo do recomendado pela OMS como meta a ser atingida no ano 2000.
106
Relação entre traços da personalidade e as condições
de saúde bucal em jóvens
A. Valsecki Jr.*; M.H.R.
Gibran, L. Osaki
Fac.
Odontologia de Araraquara - UNESP - Depto. Odontologia Social
Tem
sido evidente a necessidade de mudanças na qualidade da relação
dentista-paciente, face aos novos conceitos da prevenção e promoção da saúde
com enfase em estratégias educativas. Assim, utilizou-se sistematicamente o
Inventário Multifásico de Personalidade de Minnesota (MMPI) em 30 jóvens de
16 a 18 anos, com o objetivo de conhecer aspectos do funcionamento de sua
personalidade e, a partir de então, através de uma correlação objetiva com
os cuidados que tem com sua própria saúde bucal, estabelecer estratégias
educativas individuais para a promoção da saúde. Após a aplicação e análise
do teste MMPI, os jóvens foram submetidos a exames clínicos bucais com a
utilização de um índice CPOS modificado (inclusão da análise de manchas
brancas e tratamentos preventivos), a um índice de placa e a questionários de
dieta, práticas de higiene oral e anamnese geral. Com esses dados a amostra foi
dividida em três grupos de risco à cárie: baixo (30% ), médio (23,4%) e alto
(46,6%) e estabelecidas as correlações com os dados do MMPI. Os resultados
indicam que indivíduos com traços de personalidade hipocondriaca
possuem uma correlação de baixo risco à cárie, provavelmente devido ao seu
grande medo de contrair doenças, possibilitando que estratégias educativas de
esclarecimento sejam assimiladas e seguidas. O grupo de alto risco à cárie
denotou uma personalidade com traços de hipomania, que os caracterizam
como indisciplinados, hiperativos e muito distraídos, implicando na utilização
e aplicação de estratégias educativas constantes, com conteúdo motivador e
participante, além de medidas técnicas de ação específica.
Concluí-se
que a associação do teste MMPI com exames clínicos bucais possibilitam de
forma mais eficiente a elaboração de estratégias educativas individuais.
107
Higiene oral visível
I.B.CARRARO*, F. L.MARTINS, W. W. N. PADILHA,
M.E.A.ALONSO
UFF
– Niterói
O
objetivo deste trabalho é estimular o ”auto cuidado” em crianças, para que
cheguem a dentição adulta com melhores hábitos de higiene oral e dieta. O
grupo alvo compreende duas turmas de 4º série de uma escola Municipal de Niterói,
com 40 alunos cada e com uma idade média de 12 anos. PLENTZ,A.I. &
CARVALHO,L.S.- Utilização de pasta evidenciadora no controle da higiene bucal
(Índice de placa e gengival) em pacientes portadores de aparelhos fixos.
Revista Ortodontia-SPO-Maio/Jun/Jul/Ago-1994. QUINTANILHA,L.E.L.P et alli-
Evidenciador de placa bacteriana veiculado por dentifrício. Odontologia Hoje/
Clínica e prótese- 1989.. Foi aplicado um questionário sócio-econômico e
dadas instruções de higiene oral, porém o grupo controle (c) utilizou o
dentifrício com flúor e no grupo teste (t) foi introduzido o dentifrício com
revelador de placa bacteriana (Vermelho Congo). A partir do momento que se torna
visível a placa durante a escovação, torna-se mais eficaz sua remoção,
motivando as crianças. Foram realizados sete exames em cada criança, com
intervalo de 15 dias onde foram registrados,em fichas clínicas, Índice de
Placa (IP) e Índice Gengival (IG), cujas médias aritméticas foram usadas para
elaboração de gráficos e tabelas.
Através
das análises concluiu-se que houve diminuição do IP desde o Iº exame tanto
no grupo t quanto no grupo c, porém no grupo t a diferença foi
significantemente maior. Já o IG reduziu no grupo c somente após o 3ºexame e
no grupo t desde o 1º, comprovando que o uso da pasta com corante melhora a
higiene oral com maior eficácia e em menor tempo, especialmente por este fato
ter ocorrido com o IG já que este é um índice menos susceptível a mudanças
imediatas e que por isso reflete com maior exatidão a situação.
Apoio
financeiro: CNPq.
108
Nova classificação comportamental para crianças
menores de 30 meses
M. M. Melo; L. R. F. Walter; C.
C. Dezan
UEL
- Londrina – Brasil
A
escala comportamental de Wrigh é bastante utilizada e aplicada para se
classificar o comportamento de crianças maiores de 3 anos de idade.
Com o advento da Odontologia para Bebês surge a
necessidade de se estudar o padrão comportamental dessas crianças, uma vez que
não se sabia como iriam reagir frente aos procedimentos odontológicos.
50 crianças foram analisadas nas fases pré, pós e
eruptiva, concluindo-se que o padrão comportamental varia de acordo com a erupção,
equipamentos, instrumentos e métodos de abordagem do operador.
Sinteticamente podemos referir a 3 condutas:
- Conduta A (Negativa) - Quando choram nos braços do
operador e tentam impedir as ações de limpeza e o exame clínico.
- Conduta B (Indefinida) - Não choram nos braços do
operador mas tentam impedir as ações de limpeza e exame clínico.
- Conduta C (Positiva) - Não choram em nenhum momento e
permitem as ações de limpeza e exame clínico.
O
uso desta classificação possibilitará ao cirurgião o estabelecimento de
condutas padronizadas para o manejo das crianças de pequena idade, bem como de
seus pais, no consultório odontológico.
109
Estudo comparativo entre o uso de escovação orientada
e a profilaxia profissional
C. A. SALIBA*, N. A. SALIBA, S. A. S. MOIMAZ, A. L. ALMEIDA
Depto.
de Odontologia Social. Fac. Odontologia Araçatuba – UNESP
O
objetivo do trabalho foi comparar a eficácia da escovação orientada e
supervisionada em relação à profilaxia profissional no combate à placa
bacteriana. Foi selecionada uma amostra de 45 escolares de 12 anos, divididos em
três grupos: A, B, e C. Os 3 grupos foram submetidos à evidenciação de placa
bacteriana, para determinar o Índice de O’Leary, na data base, no 2º mês e
no final do período experimental de 4 meses.
Apenas o grupo A recebeu uma palestra sobre prevenção de cárie, com ênfase
na higiene bucal, e na data base. Os
seguintes procedimentos foram
realizados quinzenalmente; totalizando 9 sessões.
Grupo A - escovação e uso do fio dental
supervisionados
Grupo B - profilaxia profissional com taça de borracha
e pedra pomes
Grupo C - escovação habitual não-supervisionada
Os Índices O’Leary médios observados para os três
grupos, nos três períodos de observação, foram, respectivamente: Grupo A -
52,93%, 38,33%
e 32,62%;
Grupo B: 48,00%, 46,38%
e 47,47%; Grupo C: 46,57%,
46,05% e
45,93%. A análise de variância mostrou a
existência de diferença estatisticamente significante para o grupo A,
quando comparado com os outros grupos estudados, representada por uma redução
acentuada no acúmulo de placa, ao longo do período, no grupo submetido à
escovação supervisionada.
Pode-se
concluir que, a educação e a orientação supervisionada são fundamentais
para o estabelecimento de hábitos permanentes de higiene bucal.
110
Avaliação da liberação de flúor de selantes após a
exposição a géis fluoretados
A.L.S. BORGES*, A.B. AMENDOLA, M.A.J. ARAÚJO
Faculdade
de Odontologia de São José dos Campos - UNESP - C.P. 314
Avaliou-se
a liberação de flúor de: a)um cimento de ionômero de vidro- CIV (Chellon-Fil
- ESPE) e dois selantes resinosos (Fluroshield - Dentsply e Alpha Fluor Seal -
DFL) e b) os mesmos materiais após exposição a gel de flúor fosfato
acidulado (FPA) a 1,23% e gel de flúoreto de sódio neutro (FN) a 2%. Os espécimes
foram colocados em tubos com água de-ionizada por 14 dias (etapa 1). Em
intervalos de 24 horas, os espécimes eram transferidos para novos tubos com água
de-ionizada e a quantidade de flúor medida
através de um eletrodo específico e registrada em ppm. Após este período, os
espécimes foram divididos em 3 grupos, sendo que o primeiro grupo foi
exposto a gel de FPA por 4 minutos, o segundo grupo foi exposto a gel de
FN por 4 minutos e o terceiro grupo foi tomado como controle. Em seguida, os espécimes
foram lavados e transferidos para novos tubos contendo água de-ionizada em
intervalos de 24 horas por mais 14 dias (etapa 2). Para a análise dos
resultados foram empregados os testes estatísticos Anova de um e dois critérios,
de Tukey e t pareado. . O Chellon-Fil liberou significativamente maior
quantidade de flúor que os selantes resinosos.(p< 0,1%). Após a exposição
dos espécimes aos géis fluoretados, houve significativamente maior liberação
de flúor destes quando comparado ao grupo controle. Para o Chellon-Fil houve
maior liberação de flúor após a exposição ao FPA comparado ao FN (p<
0,1%), já para os selantes não houve diferença estatística entre os dois géis.
Os
dados obtidos permitiram concluir que houve incorporação de flúor pelos
materiais e subseqüente liberação após exposição a géis fluoretados,
fazendo com que estes materiais funcionem como reservatórios de flúor.
111
O valor dos achados clínicos trans-operatórios,
radiográficos e histopatológicos
no diagnós-tico de Cisto Dentígero
T.W.F.
AZAMBUJA*, F. BERCINI, J.J.D. BARBACHAN, C.M. SILVA / Depto. Cirurgia e
Ortopedia FOUFRGS - RS Tel.
(051) 3165194
O
cisto Dentígero (CD) envolve a coroa de um dente retido e está preso em seu
colo. Sua freqüência é de 1,44% dos dentes retidos e pode evoluir para
ameloblastoma. Em função disto o critério diagnóstico de Cisto Dentígero
deve ser muito sensível para permitir o acompanhamento correto destes
pacientes. Girod et al. Int. J. Oral Maxillo. Surg., 22:110-2, 1993.
Nossos objetivos são: determinar a prevalência de
Cistos Dentígeros originados em terceiros molares retidos, comparar a
sensibilidade e a especificidade dos achados clínicos trans-operatórios e dos
achados radiográficos com o exame histopatológico.
Foram estudados, prospectivamente, 100 casos. A presença
de cavitação e conteúdo líquido observados durante o trans-operatório foram
considerados diagnósticos de Cisto Dentígero. Ao exame radiográfico, uma
medida do espaço do folículo pericoronário igual ou maior a 2,5 mm foi
considerada compatível com Cisto Dentígero.
Sete
casos de Cisto Dentígero foram diagnosticados pelo exame histopatológico
(prevalência de 7%), os achados clínicos tiveram sensibilidade de 100% e 95,6%
de especificidade. Os achados radiográficos tiveram 57,1% de sensibilidade e
52,6% de especificidade.
112
Estudo comparativo de incisões para remoção de
terceiros molares e suas implicações periodontais
F. BERCINI*, T.W.F. DE AZAMBUJA, G. L. MARTINS
Depto.
Cirurgia e Ortopedia, Faculdade de Odontologia da UFRGS - Fax (051) 330.29.51
A
relação de proximidade do terceiro molar inferior com o periodonto do dente
adjacente é considerada um ponto crítico, tanto pela sua permanência quanto
pela sua remoção.Esta pesquisa tem por objetivo comparar dois desenhos de
incisões (angular e envelope), para remoção cirúrgica do terceiro molar
inferior, com a variação da profundidade
pós-operatória do sulco gengival da face distal do dente adjacente.
Melo,G.C.; Barroso,J.S. Estomat. Cut., 16: 54-60, 1986. Kugelberg, C.F. et al.
J. Oral Maxillofac. Surg., 20: 18-24, 1991. Kugelberg. C.F. et al. J. Clin.
Periodontol., 18: 37-43, 1991. Num total de 100 extrações dentárias, foram
utilizadas 50 incisões angulares e
50 incisões tipo envelope.
Aferições dos sulcos gengivais
foram realizadas no pré e pós-operatórios.A profundidade do sulco gengival,
na face distal do segundo molar adjacente,após 180 dias, mostrou que: a)
aumentou em 14% dos casos na incisão angular e 6%na incisão envelope; b)
retornou à medida inicial em 40% dos casos na incisão angular e 22% na incisão
envelope e c) diminuiu em 46% dos casos na incisão angular e 72% na incisão
envelope.
O
presente estudo, demonstrou que a utilização do desenho da incisão do tipo
envelope apresentou melhores resultados , em relação a considerações
periodontais.
113
Estudo das posições de relação e oclusão cêntricas
em pacientes submetidos a cirurgia de prognatismo mandibular
C.
TRISTÃO*; G. TRISTÃO / Depto. de Odontoclínica, FO-U.F.F., Niterói / RJ ; I. GANDELMANN FO-U.F.R.J.,
Rio de Janeiro, Brasil
O
estudo verificou a presença ou ausência de discrepância entre as posições
de relação e oclusão cêntricas em 10 pacientes, de ambos os sexos (21-37
anos), submetidos a cirurgia para redução do prognatismo mandibular. A amostra
apresentava dentição completa ou ausência de espaços protéticos e com um pós-operatório
mínimo de 12 meses. Avaliação pré-operatória foi realizada através de RX
cefalométrico de perfil, panorâmica e radiodônticas, 20 dias antes da
intervenção, enquanto a pós-operatória, 45-60 dias pós-cirurgia.
Realizou-se moldagem dos arcos superior e inferior, sendo os modelos montados em
articulador semi-ajustável na posição de relação cêntrica, utilizando-se a
técnica dos calibradores de Long. Discrepância entre posições de relação e
oclusão cêntrica foi medida 3 vezes, com paquímetro, obtendo-se uma média de
cada situação. Em 70% dos casos as posições de relação e oclusão cêntrica
foram coincidentes, enquanto que em 30%, não coincidiram.
Concluiu-se
que, nos casos em que as posições eram discrepantes, os valores obtidos nunca
foram superiores a 1,0mm, tendo a porção posterior do côndilo afastada da porção
posterior da cavidade glenóide do articulador em pelo menos um lado.
114
Transplantes xenógenos de cartilagem, conservados em
glicerina, na mandíbula de ratos.
Estudo histológico
J.
L. SANTIAGO*; J.G.C. LUZ / DEPTO. CPTMF. Faculdade de Odontologia USP
No
estudo atual realizamos transplantes xenógenos de cartilagem obtidos da orelha
de suínos, conservados em glicerina. Foram utilizados ratos adultos pesando em
média 250kgr, operados sob anestesia geral. Foi realizada ferida óssea bicortical em ambos os lados da mandíbula. O lado direito
recebeu o transplante e o esquerdo foi mantido como controle. Os achados histológicos
iniciais mostraram intensa infiltração inflamatória e sinais discretos de
reabsorção na face sem periconário. A partir das corticais externas notou-se
atividade osteoblástica junto ao nicho ósseo com a presença de exsudato
serofibrinoso. Após vinte dias observou-se reabsorção importante da
cartilagem com infiltração inflamatória e numerosas células gigantes
multinucleadas. Significativa área de neoformação óssea persistiu próximo
à ferida óssea.
Diante
disso concluimos que transplantes xenógenos de cartilagem conservados em
glicerina apresentaram reabsorção é importante, intensa quando sem
periconario, enquanto que houve neoformação óssea ao redor da loja cirurgica,
a partir das corticais externas.
115
Avaliação da simetria mandibular após fratura de côndilo
experimental na fase de crescimento
J.G.C. LUZ*; L. RODRIGUES; M.D. NOVELLI
Depto. de C.P. T.M.F.
da Faculdade de Odontologia da USP
Neste
estudo foi avaliada a simetria mandibular após fratura de côndilo experimental
na fase de crescimento, utilizando ratos jovens pesando em média 78g. Os
animais foram distrubuídos em dois grupos, experimental e controle. Em ambos os
grupos foi realizado acesso cirúrgico à região condilar, sob anestesia geral.
Fraturas com desvio do processo condilar do lado direito foram realizadas no
grupo experimental. Os animais foram sacrificados após períodos de 24 horas,
uma semana, duas semanas, um mês e três meses e suas cabeças submetidas a
radiografia axial. Na avaliação radiográfica foi traçada uma linha “L”
tangente à bula timpânica, bilateralmente. A seguir, com base no ponto “I”
entre os incisivos inferiores e o ponto médio da linha “L” foi mensurado o
ângulo formado. Através de análise estatística foi verificada a significância
da diferença entre os vários tempos experimentais e entre os tempos finais dos
grupos experimental e controle.
Foi
concluído que não houve diferença significante para o desvio da linha média
mandibular, após fratura de côndilo na fase de crescimento, entre os períodos
experimentais e entre os grupos experimental e controle.
116
Fratura experimental do arco zigomático na fase de
crescimento
A.C. GOULART*; E.M.V. FERNANDEZ; M.D. NOVELLI; J.G.C.
LUZ
Depto.
de C.P. T.M.F. da Faculdade de
Odontologia da USP
O
comportamento da fratura do arco zigomático no período de crescimento foi
avaliado através de mensurações cefalométricas. Fratura com desvio medial no
lado direito foi realizada em ratos com um mês de idade. Os animais foram
sacrificados com três meses de idade e submetidos às tomadas radiográficas
axial e rostro-caudal. As mensurações foram realizadas através de um sistema
de computador.
Foi
verificada tendência de retorno do arco zigomático à sua posição original,
mas com diminuição significante da profundidade da fossa infratemporal. Porém,
não houve diferença significante para distância entre o arco zigomático e a
mandíbula, o que pode ser explicado pela presença de desvio significante na
mandíbula.
117
Avaliação das injeções intravasculares nas
anestesias alveolar inferior, lingual e bucal
M.C.A.LOPES *,
W. L.MOURA, A.K.C.CAMPOS, V. M.S.BATIST
Depto.Patologia
Clínica, Faculdade de Odontologia da UFPI-(086)232-1691
Este
trabalho teve por objetivo avaliar a porcentagem de ocorrência de injeções
intravasculares de anestésicos locais, durante a realização de anestesias
regionais intrabucais dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal através das
técnicas de SMITH (1918) e GOW-GATES (1973). Oral Surg., 36: 321-328,1973.
J.Dent. Ass.,38: 11-14,1983.
Para realização deste trabalho foram selecionados 100
indivíduos, sem distinção de sexo, raça ou cor, que necessitavam de intervenção
cirúrgica-odontológica sob anestesia local. Em cada indivíduo foi realizada
anestesia regional por bloqueio dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal
pela técnica convencional das três posições (SMITH, 1918) e também pela técnica
de GOW-GATES (1973). Para tanto foi empregado seringa tipo aspiração e agulha
descartável. A anestesia foi realizada por um só operador visando padronização
e a aspiração foi feita no trajeto da agulha e no ponto de infiltração de
acordo com as referidas técnicas. Do total das 100 anestesias realizadas
obteve-se um índice de 10% de aspiração positiva pela técnica convencional
das três posições e 3% pela técnica de GOW-GATES.
Diante
dos resultados obtidos pôde-se concluir que o índice de aspiração positiva
é maior quando se realiza a técnica indireta de SMITH (1918).
118
Avaliação histológica em tíbia de coelhos de
parafusos de titânio
J. P. ILG*, R.G.LISA, L.A.PASSERI
Disciplina
de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, Fac. de Odontologia de Piracicaba, Unicamp
- Fone: (0194)210063
A fixação interna de fraturas ou osteotomias através de
placas ou parafusos veio a diminuir o tempo de fixação intermaxilar e aumentar
a estabilidade destes procedimentos (Luhr, Chir. Plast. Reconstr.,7:84-90,
1970). Para que o material de síntese possa permanecer nos tecidos, o mesmo
deve ser inerte, sem causar reações de corpo estranho. Para testar a
biocompatibilidade de 4 marcas de parafusos de titânio para fixação interna rígida,
foram usados 8 coelhos, divididos em 4 grupos iguais. Em uma tíbia de cada
coelho foram implantados 4 parafusos, sendo 1 de cada marca. Os animais foram
sacrificados nos intervalos de 1, 2, 3 e 4 semanas. Após descalcificação da
peça, os parafusos foram retirados e cortes histológicos feitos no sentido do
longo eixo do parafuso. Na primeira semana, houve discreta reação inflamatória
na região da cabeça do parafuso para todas as marcas, e nos 3 intervalos
seguintes não se verificou inflamatória nesta área.
Ao
final da quarta semana havia tecido osteóide junto à cabeça do parafuso de
todos parafusos. No osso cortical verificou-se necrose em maior e menor grau nas
3 primeiras semanas, não relacionadas com as marcas dos parafusos. O osso
esponjoso mostrou hemorragia medular em todos os parafusos na primeira semana,
sendo subsequentemente substituído por tecido conjuntivo fibroso nos intervalos
seguintes. Na última semana houve proliferação de tecido osteóide na maioria
dos parafusos. Nos parafusos de uma das marcas verificou-se que a camada externa
do metal soltava resíduos metálicos. Analisando-se os resultados, conclui-se
que: não houve diferença entre as diferentes marcas de parafusos, sendo que
todas apresentavam boa biocompatibilidade. A necrose óssea no osso cortical
é possivelmente devido ao trauma da perfuração para inserção dos parafusos.
119
Padrão de irrupção de dentes permanentes em crianças
HIV +
A.A. NEVES*, M.L.NEVES, R.RAGGIO, A. FROTA
F.
O.Odontopediatria - IPPMG - NESC – UFRJ
O
objetivo do presente trabalho foi comparar a média de dentes permanentes
irrompidos na faixa etária de 6 a 11 anos em crianças HIV+ (G+) e crianças
sem evidência de imunossupressão (G-). Para isto, 22 crianças HIV+, pacientes
do ambulatório DIP-Imuno (IPPMG-UFRJ) e 60 crianças sem evidência de
imunossupressão, pacientes da clínica de Odontopediatria da FOUFRJ foram
examinadas sendo a quantidade de dentes permanentes irrompidos na cavidade oral
e a idade das crianças anotada. Os resultados foram analisados pelo teste t de
Student e coeficiente de correlação de Pearson. A média de idade (meses) e
dentes permanentes irrompidos nos grupos, foi 96,2 (dp=21,2)e 8,4 (dp=6,2)no G+
e 100,1 (dp=19,3)e 11,8 (dp=5,7) no G-. O teste t mostrou não haver diferença
estatística entre as médias de idade nos grupos (p=0,29), mas revelou significância
a nível de 5% (p=0,026) em relação às médias de dentes irrompidos entre os
grupos. Estas diferenças foram evidentes entre os grupos nas faixas etárias de
6 (p=0,0006) e 11 anos. Das crianças G+, aquelas que apresentaram mais atraso
na irrupção da dentição permanente em comparação com as crianças G- (25%
do G+), apresentaram imunossupressão grave (T4<15%) no momento do exame.O
coeficiente de correlação apontou correlação positiva entre idade e número
de dentes em ambos os grupos, no entanto, seu valor no G- foi mais próximo de
uma correlação ideal (0,76) e significante a nível de 1% do que no G+ (0,36).
Na amostra podemos concluir que as crianças HIV+ aos 6
anos de idade possuem irrupção de dentes permanentes atrasada em relação a
crianças sem evidência de imunossupressão. Sugerimos estudos em maiores
amostras.
CNPq-521652/95-2
120
Caracterização
das metaloproteinases associadas ao desenvolvimento do germe dental
do
primeiro molar de ratos / R.D.
Coletta*, M.A.N. Machado, M.A. Lopes, S.R.P. Line
Disciplina
de Patologia Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP
O
desenvolvimento do germe dental é acompanhado de uma degradação e remodelação
das macromoléculas da matriz extracelular. Esta degradação e remodelação
está associada com o crescimento e desenvolvimento do órgão dental e parece
ser feita pelas metaloproteinases. As metaloproteinases são uma família de
endopeptidases capazes de degradar diversas das macromoléculas da matriz
extracelular. O objetivo desse trabalho foi caracterizar as metaloproteinases
associadas com o desenvolvimento do germe dental do primeiro molar de ratos. As
metaloproteinases foram extraidas em tampão contendo 50 mM tris-HCl pH 7,4, 100
mM CaCl2, 2 mM PMSF e 2 mM NEM. O extrato foi analisado por enzimográfica em
gel de poliacrilamida contendo gelatina e caseína como substrato.
Os resultados mostraram que a maturação do germe
dental é acompanhado por rápidas mudanças na expressão das
metaloproteinases. A expressão das metaloproteinases
com atividade gelatinolítica aumentaram progressivamente do dia 0 ao 15,
enquanto que as metaloproteinases com atividades caseinolíticas aumentaram
rapidamente do 3 ao 10, diminuindo no dia 15. Todas as enzimas detectadas foram
inibidas por 1,10-fenantrolina e EDTA e exibiram atividade em pH neutro.
Conclue-se que as metaloproteinases estão associadas
com o desenvolvimento e crescimento do órgão dental.
Financiado
por FAPESP e FAEP.
121
Influência de açúcares na fermentação e síntese de
polissacarídeos extracelulares insolúveis (PEI) pela placa dentária in
vitro
A.S.F.
SILVA*; C.E.PINHEIRO. / FOP – UNICAMP
O
objetivo desse estudo, foi verificar a
influência de carboidratos frequentemente consumidos como a glicose (G),
sacarose (S), Frutose (F) e dextrina (D) na fermentação e síntese de PEI pela
placa dentária “in vitro”, e a ação do ion citrato, que é um elemento
considerado inibidor metabólico e que apresenta propriedades anticariogênicas
quando injetado ou acrescentado à dietas de ratos.
A placa foi colhida semanalmente em 10 crianças, feito
um “pool”, suspenso em tampão fosfato 0,01M, pH 7,0 sendo que 6 amostras
foram incubadas na presença dos substratos a 37°, durante 2 horas para
fermentação e 18 horas para síntese de P.E.I. A fermentação foi medida por
titulação com solução de NaOH 0,05M. A produção de PEI foi calculado pelo
método de DUBOIS et al (Anal.Chem., v.28, p.350, 1956). Os resultados obtidos
em m ml de NaOH, foram: G1:0,73**;
S1:0,69**
; F1:0,60;
D1:0,55.** Estatisticamente
significante em relação ao grupo F1 e D1, (5%). Quanto ao citrato de sódio (C) foi testado na
concentração de 50 e 100 mm e na diluição de 1:10 e os resultados foram os
seguintes: C= 50mm: G2:0,58ml*; S2:0,55*; F2:0,48*; D2:0,45* C= 100mm: G3:0,59*;
S3-0,53*;
F3:0,45*;
D3:0,43*.
* Estatisticamente
significante em relação aos grupos G1, S1, F1 , D1 respectivamente (5%).
A
glicose e a sacarose apresentaram maior atividade de produção ácida em relação
a frutose e a destrina, e que o citrado de Na indenpendente da concentração
inibe a fermentação na placa dentária “in vitro”.
122
Fissura lábio palatina unilateral: Assimetria de
incisivos centrais superiores permanentes
B.S.C MATTOS*;M. ANDRÉ; A.C.L.SABOYA;R.F. ALVARENGA
Depto.
CPTMF Faculdade Odontologia USP
A coincidência local
e temporal da falta de fusão dos processos embrionários formadores da maxila e
o desenvolvimento da lâmina dental reflete-se no processo de odontogênese,
resultando em frequentes anomalias dentais de forma e número na região da
fissura. Considerando-se que a simetria dental representa um fator de equilíbrio
estético da face e funcional da oclusão elaborou-se este estudo visando
detectar assimetria de incisivos centrais superiores permanentes em 30 indivíduos
portadores de fissura labiopalatina unilateral. O grupo de estudo apresentava os
dentes em questão com erupção completa, ausência de cárie interproximal e
de tratamento restaurador prévio. Foram realizadas moldagens parciais
anteriores com Optosil e Xantopren, obtidos modêlos com gesso Vel-Mix e tomadas
as medidas para os terços cervical, médio e incisal. Os incisivos adjacentes
à fissura apresentaram média de 8,2 mm para o terço cervical, 8,3 mm para o médio
e 7,6 mm para o incisal. Nos incisivos contralaterais observou-se média de 8,3
mm para o terço cervical, 8,6 mm para o médio e 8,1 mm para o incisal. A análise
estatística pelo teste t de Student para dados pareados revelou que a diferença
entre as médias não foi significante para o terço cervical, mas foi
significante a nível de 1% para os terços médio e incisal. Conclui-se que: o
incisivos centrais superiores permanentes adjacentes à fissura não sofrem
variação significativa na largura de seu terço cervical, embora sejam
significantemente menores em seus terços médio e incisal quando comparados a
seus contralaterais e que portanto ocorre assimetria desses dentes em indivíduos
portadores de fissura lábiopalatina unilateral.
123
Prevalência da fenda de úvula em familiares de
portadores de fenda lábio-palatina
M. ANDRÉ*; B.S.C. MATTOS; L.P.
MACHADO; R.A. LIMA
Depto.
C.P. T.M.F da Faculdade de Odontologia da USP-SP
A ocorrência de Fenda
de Úvula tem despertado um crescente interesse nos últimos anos devido à
proposição de considerá-la uma microforma de fissura palatina. Sua manifestação
clínica não está conclusivamente estabelecida, mas o elo entre Fenda de Úvula
(FU) e Fenda Lábio-Palatina (FLP) deve ser investigado, já que sabemos serem
essas fissuras decorrentes de herança multifatorial cuja característica é um
aumento do risco de sua recorrência à medida que é maior o número de indivíduos
afetados na mesma família. O objetivo deste trabalho foi verificar se a prevalência
de FU é maior em familiares de indivíduos portadores de FLP em relação à
população geral. A pesquisa foi realizada na Disciplina de Prótese Buco
Maxilo Facial da FOUSP com 136 familiares de pacientes fissurados constituindo o
grupo de estudo (GE) e com 287 indivíduos sem historia familiar de FLP formando
o grupo controle (GC). A metodologia consistiu em exame de inspeção da
cavidade oral por pelo menos 2 examinadores, com luz direcionada ao palato
posterior e auxílio de abaixador de língua para elicitar o reflexo de vômito
e jatos de ar para definir a extensão da FU, segundo a Classificação de
MESKIN. A prevalência da FU no GE foi 2,9:100, sendo que todas foram
classificadas como parciais 25% de extensão, enquanto que no GC foi 2,4:100,
sendo que 14,2% correspondeu a FU total e 85,8% a FU parcial, com maior ocorrência
da parcial 25%. Não houve predominância quanto ao sexo. Submetendo os
resultados à análise estatística pudemos concluir que as FU não
prevalecem em familiares de portadores de FLP em relação à população geral,
não há correlação com o sexo e a FU parcial 25% é a mais incidente.
124
Variação do ventre anterior do músculo digástrico
J.A.C. NAVARRO; J.C. ANDREO*; J.L.TOLEDO FILHO
Depto
de Morfologia - FOB - USP Bauru - Tel.Fax(0142) 235525
Atualmente
alguns pesquisadores tem alertado para a necessidade de um conhecimento mais
profundo, da anatomia normal e variações do ventre anterior do m. digástrico.
A hipetrofia na massa muscular, a variação no número e local de inserção
desse músculo em relação à linha mediana, podem interferir no seu
comportamento funcional. Essas variações podem, às vezes, ser confundidas com
linfonodo submental enfartado, no exame clínico e através de imagens. Autores
tem sugerido que essas variações podem estar envolvidas em movimentos
mandibulares assimétricos da ATM.(Larsson & Lufkin.
J-Comput-Assist-Tomogr.11(3):422-5,1987; Stockstill et al.
J-Craniomandi-Disord.5(1):64-70,1991; Sargon & Celik. Surg Radiol Anat
16:215-6, 1994).O relato de 5 casos encontrados pelos autores em dissecções de
rotina, estão sendo publicados com objetivo de alertar os profissionais sobre a
incidência desse tipo de variação. O volume do ventre anterior do m. digástrico
em alguns casos apresenta-se bastante desenvolvido, aproximando-se muito do
plano sagital mediano. Quanto ao número de ventre anterior foram encontrados 5
casos de variações. Em 3 deles, observou-se apenas um ventre acessório, do
quais 2 estavam no antímero direito e o outro, no esquerdo. Em 1 caso foram
encontrados 2 ventres acessórios, sendo um
em cada antímero. Porém ambos cruzavam o plano sagital mediano em X. Em outro
caso foram encontrados 2 ventres acessórios em um único antímero, onde um era
mais desenvolvido e estava paralelo ao ventre normal, e o outro, menos
desenvolvido, oblíquo ao ventre normal.
Considerando-se
a multiplicidade de variações anatômicas e a possibilidade de as mesmas
refletirem no comportamento funcional deste importante m. supra-hióideo,
sugere-se que todas as variações devam ser divugadas e, se possível, casos clínicos
sejam documentados.
125
Estudo comparativo de membranas biológicas no tecido
subcutâneo de ratos
r. rossa*; g. elmadjian, f. a.
s. maia, m. f. gomes
fousp, fosjc-unesp sp, brasil
Muitos estudos tem
utilizado membranas de naturezas diferentes como curativo biológico na reparação
tecidual e como regeneração tecidual guiada em doenças periodontais. Este
trabalho teve como objetivo verificar
a reação tecidual no subcutâneo de ratos após implantação de membrana cálcica
biológica (MCB - Homus), membrana copolímera glicolídia e lactídia (MPGL -
Gore) e membrana óssea (MO - Dentoflex). Foram utilizados 15 ratos machos com
peso médio de 350 gramas e divididos em três grupos: MCB, MPGL e MO. Três
ratos de cada grupo foram sacrificados após 8, 16, 24 , 32 e 40 dias. Os
fragmentos contendo o enxerto, fixados em formol a 10%, foram incluídos em
parafina e corados em hematoxilina e eosina para estudo em microscopia óptica.
Nos resultados obtidos, pode-se observar que, em todos os grupos, os implantes
foram circundados por um tecido de granulação. Os implantes do grupo MCB
apresentaram moderado infiltrado inflamatório de células neutrofílicas e
eosinofílicas, o grupo MPGL escasso e o grupo MO intenso. Células macrofágicas
e células gigantes tipo corpo estranho foram
observadas em grande quantidade no grupo MPGL, moderada no grupo MCB e escassa
no grupo MO. Células da linhagem linfocitária foram mais observados no grupo
MO que no grupo MPGL e MCB. Diante
desses resultados, conclui-se
que a MPGL e MBC foram parcialmente reabsorvidas por células macrofágicas. A
MPGL foi mais biodegradável que a
MCB. A MO não mostrou qualquer alteração na sua estrutura ao longo do período
observado.
126
Efeitos do tipo de fissura sobre a via aérea nasal de
adultos
I.E.K. T.rindade*, R.P.
Paciello, T. B.B.Zuiani, D.W.Warren
Hospital
de Reabilitação de Bauru,USP,
Brasil, UNC Craniofacial Center, USA. Tel:0142-243177, Fax:0142-347818
O
comprometimento da via aérea nasal é um achado comum em fissurados de lábio e
palato. O propósito deste estudo prospectivo foi o de verificar se existem
diferenças nas dimensões da via aérea nasal entre adultos com diferentes
tipos de fissura. A técnica fluxo-pressão descrita por Warren (Am J Orthod
86:306-314, 1984) foi utilizada para estimar a área de secção transversa mínima
nasal em uma amostra de 36 portadores de fissura de palato ± lábio, com idade
entre 17 e 57 anos. Dez apresentavam fissura de palato (FP), 17, fissura de lábio
e palato unilateral (FLPU) e 9, fissura de lábio e palato bilateral (FLPB).
Nenhum paciente apresentou sintomas agudos de congestão nasal ou rinite alérgica
ao exame ou havia sido previamente submetido a qualquer tipo de cirugia nasal à
exceção de alongamento de columela, realizada nos pacientes com FLPB na infância.
Os valores médios (±DP) da área de secção transversa mínima nasal
determinada durante a expiração foram de: FP= 0.59 ± 0.19 cm2, FLPU= 0.49 ± 0.13 cm2
e FLPB= 0.39 ± 0.07 cm2.
Os dados demonstram que a dimensão nasal diminui de acordo com o tipo de
fissura: os adultos com FP apresentaram a maior via aérea, seguidos dos adultos
com FLPU e, finalmente, dos adultos com FLPB. As diferenças foram
estatisticamente significantes entre FLPB e os outros dois tipos de fissura
(p<0.05). Somente a área do grupo FP estava dentro dos limites normais
relatados para adultos (0.6 to 0.7 cm2). Os dados obtidos sugerem que as
fissuras que envolvem somente o palato não comprometem a via aérea nasal, como
acontece com as fissuras que atingem lábio e palato.
Os
resultados indicam que adultos com FLPB têm maior comprometimento que aqueles
com FLPU, apesar de serem submetidos ao alongamento de columela, um procedimento
que supõe-se ter efeito positivo sobre a via aérea nasal.
127
Influência das cirurgias no crescimento de fissurados
transforame incisivo unilateral
P. Z.
FREITAS*, A.D.C. NORMANDO, O.G. SILVA FILHO, L. CAPELOZZA FILHO
Hospital
de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais-USP-Bauru -SP - Fax
(0142)34-7818
O
trabalho diário com fissurados tem nos estimulado a tentar esclarecer até que
ponto as cirurgias reparadoras interferem na morfologia facial ao longo do
crescimento. Objetivou-se avaliar, através da cefalometria, a influência das
cirurgias na morfologia e posição espacial da maxila nos pacientes portadores
de fissura transforame incisivo unilateral.
Utilizando-se uma amostra de 68 pacientes adultos,
leucodermas, de ambos os sexos, portadores de fissura transforame incisivo
unilateral, através da cefalometria, avaliamos a influência das cirurgias na
morfologia e posição espacial da maxila. Comparou-se 40 indivíduos operados
em épocas convencionais com 28 fissurados virgens de qualquer intervenção cirúrgica.
Os resultados mostraram que no sentido ântero-posterior ocorreu uma acentuada
redução no ângulo SNA (8.12o),
corroborada pela redução no ângulo SN.ENA (6.31o), como consequência dos efeitos das cirurgias. No aspecto
vertical, as cirurgias provocaram uma rotação horária da maxila (3.88
o) com centro de rotação
próximo a espinha nasal posterior. Esta rotação maxilar da face (N-ENA,
SN-ENA) foi de aproximadamente 4 milímetros, sem no entanto aumentar a altura
posterior (SN-ENP´). Este efeito rotacional tende a melhorar as relações
verticais da face, porém, exerce uma influência sobre o posicionamento ântero-posterior
da maxila devido ao reposicionamento maxilar para trás.
Os
resultados permitem concluir que as cirurgias reparadoras, queiloplastia e
palatoplastia, induziram a uma severa retroposição associada a uma rotação
horária da maxila.
128
Aspectos da microvascularização das papilas linguais
de ratos
T. S. MASUKO*, B.
KÖNIG Jr.
Depto. Morfologia, Fac. Odontologia de São José dos
Campos/UNESP; Dept° Anatomia ICB/USP
Este
trabalho tem como objetivo o estudo da disposição dos vasos sangüíneos das
papilas linguais de ratos, através de injeção de resina Mercox e análise
destes moldes de microcorrosão, por intermédio do microscópio eletrônico de
varredura. Foram utilizados ratos de ambos os sexos, adultos, albinos, variedade
Wistar, que após a perfusão com solução tampão fosfato com heparina 0.1M,
pH 7.4 e a perfusão com glutaraldeído no mesmo tampão, foi realizada a repleção
do sistema vascular com a resina acrílica Mercox. Em seguida, as línguas foram
dissecadas e submetidas à técnica de corrosão e observadas ao microscópio
eletrônico de varredura.
As
impressões das células endoteliais na superfície dos moldes das artérias e
das veias da língua apresentam um padrão típico. A disposição dos vasos da
superfície dorsal da língua e a distribuição em seu interior apresentam
aspectos semelhantes ao do ser humano.
129
Enxerto ósseo: influência das partes moles
L.C. Manganello, F. Livani*
Santa
Casa de Misericórdia de São Paulo. Rua Cesário Mota Jr nº 116 -Serviço de
Cirurgia Buco-Maxilo-Facial
A quantidade de tecidos moles existentes no leito receptor dos
enxertos ósseos, tem se mostrado clinicamente como um fator fundamental na
integração dos mesmos. Este estudo em coelhos através da comparação entre
enxertos com partes moles em contato e sem contato visa quantificar esta importância.
Foi removido um fragmento de 1cm de cada lado da crista
ilíaca.Após a remoção o fragmento do lado E foi colocado no lado D e
vice-versa.
No lado E cobriu-se o enxerto com um capuz de silicone,
impedindo-se o contato com as partes moles antes da sutura final. Após 2 meses
os animais foram reoperados removendo-se os fragmentos enxertados para estudo
macroscópico e histomorfométrico.
Macroscopicamente observou-se que o lado sem silicone o
enxerto manteve-se com dimensão e aspecto semelhantes ao momento da remoção e
o lado com silicone houve reabsorção quase total do
enxerto.Histomorfometricamente o grupo com silicone apresentou volume
trabecular, volume osteóide relativo,superfície osteóide relativa, superfície
osteoblástica, superfície osteoclástica,e superfície de reabsorção com os
valores respectivos ( 8.5, 3.0, 8.1, 4.5, 5.9, 15.1, ) em comparação aos
valores sem silicone,(19.0, 6.7, 23.8, 15.1, 6.5, 10.8)
As partes moles que envolvem os enxertos exercem papel
importante na integração dos mesmos.
Fapesp
processo 93/3887-0
130
Análise comparativa de diferentes métodos de remoção
de “smear layer”
H.C. RUSCHEL*, M.A. SOUZA Jr., O. CHEVITARESE, M.F. S.
LOPES
Departamento
de Odontopediatria, U.F. R.J.; D.C.M.M., PUC; Rio de Janeiro, Brasil
Estudos ao M.E.V. têm demonstrado que a presença de “smear
layer” sobre a dentina dificulta a visualização e avaliação das entidades
estruturais dentinárias. Frente ao
exposto, o objetivo deste trabalho é analisar comparativamente a efetividade de
diferentes métodos para a remoção de “smear layer” in vitro. Para
o presente estudo foram selecionados 15 terceiros molares humanos hígidos, dos
quais obtiveram-se 30 amostras de dentina - cortadas com disco de diamante sob
refrigeração - correspondentes à porção média entre polpa e junção
amelo-dentinária. Foram instituídos 6 grupos (5 amostras em cada) com os
seguintes métodos visando a remoção de “smear layer”: A- controle (sem
tratamento); B- aplicação de jato de bicarbonato com água (Profilax II-Dabi
Atlante) durante 1 minuto; C- seqüência de lixas d’água 400, 600 e 1000
(3M); D- grupo C + jato de bicarbonato com água; E- lixas d’água 400, 600,
1000, 1200, 1500 e 2000 (3M); e F- grupo E + jato de bicarbonato com água. As
amostras foram submetidas ao ultra-som (Thornton-T 14) e metalizadas para análise
ao M.E.V. (ZEISS-DSM 960), sob aumento de 2500X. Com base na análise das
eletromicrografias, os grupos C e E demonstraram eficiência na remoção de
“smear layer” em comparação com o controle (A), porém sem diferença
entre ambos; já os grupos B, D e F apresentaram melhores resultados que os
demais, permitindo uma melhor visualização dos túbulos dentinários.
Este
estudo permite concluir que a utilização de lixas d’água cria uma “smear
layer” mais facilmente removida pelo ultra-som, e que esta remoção torna-se
ainda mais efetiva quando do uso do jato de bicarbonato sobre o tecido dentinário.
131
Avaliação histomorfométrica da microvascularização
do osso alveolar
em ratos Wistar - Relato preliminar
B.R. Schmidt*, B. König Jr
/ ICB – USP
A microvascularização
do ligamento periodontal e do osso alveolar foi estudada através de microscopia
óptica no sentido de determinar o grau de vascularização destes tecidos e
medir sua densidade vascular, com
ênfase especial ao tecido ósseo. Dez ratos Wistar com peso médio de 200 mg
foram injetados com tinta da Índia associada à gelatina 10 % após perfusão
com soro fisiológico a 40C, fixados em formalina 10 % seguido de dissecção da
mandíbula e maxila. Os espécimes resultantes foram descalcificados em EDTA 10
%, submetidos a cortes seriados de 200µm de espessura ao nível dos dentes
molares e corados com HE. Conhecimento sobre a microvascularização
é indispensável
para se
entender o
crescimento, degeneração e regeneração
óssea ( Konerding & Blank, Scanning Microscopy, Vol 1, N4,
1727-1732, 1987). Alguns autores descrevem a injeção com tinta da Índia como
sendo uma técnica utilizada para se comparar seus resultados com os de modelos
microvasculares ( Nobuto et al, J. Periodont Res, Vol 24, N 1, 45-52, 1989 ). O
objetivo deste trabalho foi de apresentar um relato preliminar da vascularização
fisiológica do osso alveolar e uma análise histomorfométrica de seus vasos
sangüíneos.
Os
resultados serão usados para comparação com condições artificiais do osso
em futuros experimentos com implantes osteointegrados, através da técnica de
modelos microvasculares. Concluímos que esta técnica tem papel comparativo
importante uma vez que mostra as estruturas vasculares que não podem ser
observadas através de modelos microvasculares.
132
Efeito do condicionamento ácido da dentina: estudo em
MEV
A.B. MATOS*, R.G. PALMA, C.H.C. SARACENI, E. MATSON
Depto
Dentística, Faculdade de Odontologia da USP – SP
Os sistemas adesivos modernos, preconizam o condicionamento ácido
da dentina. O efeito desmineralizante dos diversos ácidos usados já foi
avaliado mostrando alteração morfológica da dentina. A controvérsia a
respeito do condicionamento ácido total, encontra-se na dúvida se o seistema
adesivo (“primer”+adesivo) penetra em toda a profundidade da dentina
desmineralizada. Caso isso não ocorra, haverá a formação de uma zona fraca
de adesão. Neste trabalho nos propusemos a avaliar, através de microscopia
eletrônica de varredura, a profundidade da desmineralização da dentina
condicionada por diferentes ácidos. Foram prepardaos 15 discos de dentina com
espessura de 3mm, retirados do terço médio da coroa de molares. Foi realizado
o preparo padronizado do esfregaço (Pashley, 1988). Em seguida, foram aplicados
os ácidos fosfórioco a 10, 35 e 37,5% e malëico 10% por 15 segundos, lavados
pelo mesmo tempo e secos. O grupo controle foi mantido sem condicionamento. Os
discos de dentina foram clivados, a fim de se observar na superfície fraturada,
a profundidade da desmineralização. As amostras foram mantidas em glutaraldeído
4% em tampão fosfato. Foram feitos os procedimentos para a observação em
microscópio eletrônico de varredura, com aumento de 2000 e 4000 vezes.
Observou-se
que o condicionamento ácido da dentina, independente do tipo e concentração
do ácido utilizado, promove a remoção da camada de esfregaço, expondo a
abertura dos túbulos dentinários. Na superfície fraturada, pudemos observar
um alargamento dos túbulos dentinários até uma profundidade em torno de 10 µm,
quando compararado ao grupo controle.
133
Análise comparativa entre dentifrícios e soluções
fluoretadas para bochecho
M. SOUZA*; U. MEDEIROS; E. FAVILLA; F. BASTOS
Dep.
Odontol. Prev. Faculdade de
Odont.da UERJ, RJ, Brasil
O objetivo deste estudo foi avaliar, in vitro, a
incorporação de fluoreto de cálcio no esmalte dentário humano, após a
utilização de dentifrícios e soluções fluoretadas para bochecho, em
intervalos de tempo diferenciados, para observar qual seria o método mais
efetivo. Foram utilizadas 70 amostras de esmalte hígido, removidas de 3os
molares inclusos, divididas igualmente entre os grupos: 1) Dentifrícios:
Sensodyne (sem flúor - Stafford-Miller), Kolynos Super Branco
(Wyeth-Whitehall), Close Up (Elida Gibbs/Ind. Gessy Lever),Tooth and Gun Care
(Oral B) e Tandy (Wyeth-Whitehall) e, 2) Soluções: Fluordent (Johnson &
Johnson), Enxaguatório bucal Anti-Cárie Anti-Placa (Oral B), Solução Flúor-Sol
(Herpo), Solução Bucal Colgate Fluorgard
e Act Fluoride (Johnson & Johnson). A simulação da escovação e
bochechos ocorreu 1 a 7 vezes para
diferentes amostras dentro de um mesmo grupo. A quantidade de fluoreto de cálcio
depositado foi obtida através do método de Caslavska (Arch. Oral Biol. 20:
333-339,1975). Os resultados obtidos foram tratados através da análise de variância
(ANOVA), que demonstrou haver diferença estatísticamente dentro do grupo dos
dentifrícios (F= 28,04; P= 0,00) e dentro do grupo das soluções (F= 141,52;P=
0,00).
Em
conclusão, dos dentifrícios e soluções testados, os melhores resultados
foram Kolynos Super Branco e
Colgate Fluorgard e os piores resultados foram Sensodyne e Oral B
respectivamente,em termos de retenção de flúor ao esmalte.
134
Microscopia eletrônica de varredura revela reabsorção
radicular frente a estímulos ortodônticos contínuos de intrusão em humanos
R.M.FALTIN*,
V. E.ARANA-CHAVEZ, K.FALTIN, F. G.SANDER. / Depto.Histologia/ICB/USP- 05508-900
São Paulo
Apesar
das constantes inovações das técnicas ortodônticas, comparativamente, pouco
é conhecido sobre as respostas das estruturas dento-periodontais, especialmente
no que se refere ao movimento de intrusão com forças contínuas, conduzidas em
humanos. O presente trabalho propõe o estudo ultra-estrutural da presença,
localização e extensão de reabsorção radicular e influência da magnitude
das forças aplicadas. Utilizamos, para tanto, 12 1os pré-molares superiores, em estágio 10 de Nolla, com
extração indicada por motivos ortodônticos, provenientes de 6 pacientes.
Estes foram divididos em 3 grupos experimentais, distribuídos
intraindividualmente: controle (não movimentados), intruídos por 4 semanas com
forças contínuas “fisiológicas” de 0,5N (50g.) e “pesadas” 1,0N
(100g.), empregando um modelo biomecânico preciso com fios superelásticos
(Ni-Ti-Martensítico), desenvolvidos e aferidos na Univ. de Ulm, Alemanha. Os
dentes foram fixados, tratados com hipoclorito de sódio a 2% para a remoção
do material orgânico, desidratados e metalizados em aparelho Balzers SCD-050,
sendo examinados em microscópio eletrônico de varredura Jeol 6100. Observamos
áreas de reabsorção constituídas por lacunas (concavidades) na superfície
radicular dos dentes intruídos. Aqueles movimentados com 0,5N apresentaram
numerosas áreas de cemento reabsorvido no 1/3 apical, escassas no 1/3 médio e
ausentes no 1/3 cervical; enquanto que nos movimentados com 1,0N estas áreas
ocuparam quase a totalidade do 1/3 apical, comprometendo o contorno do ápice,
foram esparsas no 1/3 médio e ausentes no 1/3 cervical. No grupo controle estas
áreas não foram observadas.
Concluímos
que a movimentação contínua de intrusão em dentes humanos desencadeia a
reabsorção radicular dependente da magnitude das forças utilizadas.
(FAPESP
Proc. 95/5024-5).
135
Reabsorção radicular em molares decíduos: análises
morfológicas microscópicas
V.L Godoy *, A. Pavarini, A.
Consolaro
Depto.
Ortodontia/ Odontopediatria Fac.
Odontologia Bauru - USP F: (0142)
23-4133
A reabsorção dos dentes decíduos constitui-se em um processo
fisiológico que determina importantes
alterações na morfologia das raízes
e principalmente na posição do forame apical. Com a finalidade de estudar as
alterações morfológicas decorrentes da rizólise, em 40 molares decíduos em
diferentes estágios de reabsorção, foram realizados estudos microscópicos;
destes, 33 dentes foram examinados
pela microscopia óptica para avaliação da relação com tecidos
pulpares e periodontais, enquanto os outros 7 molares decíduos foram
selecionados para análise sob microscopia eletrônica de varredura.
Os
resultados permitiram concluir que a dentina radicular de molares decíduos,
especialmente a correspondente ao soalho da câmara pulpar e das faces voltadas
para o septo inter-radicular, deve ser considerada como uma “peneira biológica”
pela presença de amplas áreas de reabsorção cementodentinária com formação
de numerosas lacunas de Howship apresentando exposição dos túbulos dentinários,
bem como de grandes áreas irregulares que se comunicam com a porção mais
interna da estrutura dentária. Em virtude desses aspectos, a aplicação de
fármacos durante os procedimentos endodônticos em molares decíduos poderia
trazer consequências para o germe dos dentes permanentes sucessores. Esta
avaliação porém não inviabiliza procedimentos endodônticos em molares decíduos,
mas realça a importância de condutas mais cautelosas.
136
Apoptose e regressão do retículo estrelado de germes
dentários de rato
L.BARATELLA, V. E.ARANA CHAVEZ*, E.KATCHBURIAN
Deptos.
Histologia, U.E.P. G.-84100 Ponta Grossa, PR, ICB / USP / 05508-900 São Paulo,
UNIFESP-04023-900 São Paulo,SP
Pouco se sabe a respeito do processo de regressão do retículo
estrelado. Neste estudo foram examinados germes dentários de molares de rato na
fase de regressão do retículo estrelado através da microscopia de luz pelo
procedimento histoquímico com azocorantes, com a finalidade de evidenciar a
fosfatase ácida; os germes dentários foram fixados em formol-cálcio e
processados segundo o método de Barka e Anderson (J.Hist.Cyto, 10:741, 1962) e
através da microscopia eletrônica de transmissão, sendo os germes dentários
fixados em glutaraldeído a 4% + formaldeído a 4% em tampão cacodilato 0,1M -
pH 7,4 por 4 horas e processados pelo método convencional. Observamos a presença
de células polimorfas entre as células do retículo estrelado com reação
fortemente positiva para fosfatase ácida. O estudo ultra-estrutural revelou células
globosas semelhantes a macrófagos, as quais denominamos de células “macrófago-like”,
contendo muitos lisosomas e vacúolos digestivos com material similar àquele
encontrado no espaço intercelular do retículo. Evidenciamos, pela primeira
vez, imagens compatíveis com o fenômeno de apoptose. Através da microscopia
eletrônica observa-se células do retículo estrelado contendo grandes vacúolos
eletrondensos e que, freqüentemente, apresentam-se envolvidas por células
vizinhas, sugerindo uma possível internalização.
Esses
achados nos levam a concluir que 1.) a presença de células “macrófago-like”
no interior do retículo estrelado possa estar relacionada com a secreção de
enzimas para o espaço intercelular, degradando desta forma, a substância
intercelular durante a regressão do retículo; e 2.) ocorreria morte celular
programada ou apoptose, a qual seria o mecanismo de regressão das células do
retículo estrelado.
137
Detecção de junções “tight-like” entre
osteoblastos no osso lamelar através da microscopia eletrônica de cortes
ultrafinos
S.A.TOMAZELA*,
V. E.ARANA-CHAVEZ / Depto. Histologia/ICB/USP. 05508-900 São Paulo, SP. Fax:
(011)818-7402.
Embora tenha sido relatada apenas a presença de junções
aderentes e “gap” entre as células ósseas, recentemente detectamos junções
“tight” entre osteoblastos durante a ossificação intramembranosa
(Arana-Chavez et al, Arch.Histol.Cytol., 58:285-92, 1995) o que sugere que
talvez elas possam existir também no osso lamelar. Por essa razão, no presente
estudo ultra-estrutural examinamos o osso parietal de ratos Wistar com 10 dias
(em remodelação) e com 3 meses de idade (lamelar). Nos animais jovens, o
material foi fixado em glutaraldeído a 2% e formaldeído a 2,5% em tampão
cacodilato 0,1M-pH 7,4 contendo ácido tânico a 1% por 4 hs. Os animais adultos
foram perfundidos com o mesmo fixador. A seguir, os espécimes foram lavados, pós-fixados
em tetróxido de ósmio a 1% por 2 hs., desidratados e incluídos em resina
Spurr. Finalmente foram examinados em microscópio eletrônico de transmissão
Jeol 100 CX II, utilizando o dispositivo (“tilt”) para inclinação dos
cortes. Os resultados mostraram aproximações das membranas plasmáticas tanto
dos osteoblastos do osso em remodelação como das células de revestimento do
osso lamelar. Nessas regiões, os folhetos externos das membranas pareciam
fundir-se em um ponto, formando estruturas semelhantes a junções “tight”,
razão pela qual as denominamos “tight-like”. Junções aderentes e
“gap” também foram observadas entre essas células.
A
presença de junções “tight-like”entre as células do osso lamelar sugere
que essas estruturas juncionais possam estar desempenhando algum papel na
compartimentalização da matriz óssea, em relação ao restante do espaço
extra-celular.
138
Estudo comparativo
sobre a formação in situde fluoreto de cálcio a
partir da
utilização de vernizes fluoretados
N.M.MORAES*,
U.V. MEDEIROS / Dep. de Odont. Prev. e Com., Fac. de Odont., UERJ, RJ,
Brasil
Os autores realizaram um estudo “in situ” com o objetivo de
testar a capacidade de quatro vernizes fluoretados em depositar Fluoreto de Cálcio
solúvel em esmalte dental humano. Quantificou o total de Fluoreto incorporado
em esmalte “in vitro”e comparou com o residual de CaF2 encontrado
em lascas de esmalte incluídas em dispositivos intraorais utilizados por dez
voluntários durante os intervalos de uma e duas semanas. A análise química
laboratorial utilizada para dosar o teor de CaF2 no
esmalte seguiu a metodologia proposta por CASLAVSKA & cols. Os dados
coletados permitiram ao autor concluir, basicamente, o seguinte :
- Todos os produtos testados foram capazes de depositar
CaF2 sobre esmalte hígido,
em diferentes níveis.
- Houve maior incorporação de Fluoreto de Cálcio para
as lascas oriundas do estudo “in vitro” em relação às da análise “in
situ”, cujos resultados foram sucessivamente decrescentes ao final de uma e
duas semanas.
- Foi possível detectar CaF2
mensurável
nas amostras ao final das duas semanas, sugerindo lenta dissolução do CaF2 no meio oral.
-
A análise estatística demonstrou que o Flúor Protector foi aquele que
apresentou os melhores resultados tanto para a medição “in vitro” como
para as medições “in situ”.
139
As fibrilas colágenas são ocas antes de receberem as
PGs no início da mineralização
M.L.P. ALMEIDA*, P.
DECHICHI, A.W. ALMEIDA
DEMOR
- Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil)
As matrizes mineralizadas dos tecidos duros derivados do mesênquima
são compostas por material extracelular rico em fibrilas colágenas e substâncias
não colágenas, incluindo PGs, glicoproteinas e gla-proteinas. Na dentina, os
odontoblastos juntamente com a matriz especial, criam o microambiente para a
deposição da hidroxiapatita no interior das fibrilas colágenas. PGs pequenas
como decorin ou biglican poderiam estar associadas com as fibrilas colágenas no
início do processo de mineralização. Germes dentais de 1o
molar superior do rato albino com 4 dias de idade, foram removidos e fixados em
mistura tipo Karnovsky. Após processamento histológico, os cortes foram
corados. As grades foram examinadas antes e após a ação do EDTA no TEM EM-9
da Carl Zeiss. Este estudo corrobora nossos achados que sugerem a ação de
pequenas PGs atuando no interior da fibrila colágena prestes a mineralizar-se.
Tais PGs promoveriam aumento da concentração local dos íons cálcio iniciando
o processo de deposição da hidroxiapatita.
O
EDTA penetra o Epon 812 e após remover os íons cálcio remove também as PGs,
criando um padrão de bandeamento em todas as fibrilas colágenas. Foi possível
observar-se em diversas áreas, torções no eixo maior das fibrilas, sempre nas
bandas escuras. Acreditamos que tais bandas escuras não apresentem PGs no seu
interior. As PGs ocupam as bandas que se tornaram eletrontransparentes após a ação
do EDTA.
140
Glicosaminoglicanas na mineralização do manto dentinário.
Estudo com vermelho de rutênio e condroitinases
A.W.
ALMEIDA*, P. DECHICHI, M.L.P.
ALMEIDA / DEMOR - Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil
No processo de mineralização dos tecidos derivados do mesênquima,
a presença das fibrilas colágenas (tipo I) é obrigatória. Dentre as substâncias
não colágenas que participam do processo, há discussão sobre qual dentre inúmeras,
estariam associadas às fibrilas para desencadear a mineralização das mesmas.
As GLCs que participam da constituição das PGs, pelo seu forte caráter aniônico,
são substâncias não colágenas que aparecem no osso de dentina,
particularmente o biglican e decorin. Com o intuito de caracterizar a presença
das GLCs no início da formação da dentina, estudamos germes dentais do 1o
molar superior do rato albino com 3 e 4 dias de idade. O material foi fixado
numa mistura de glutaraldeído e formoldeído a 4% em tampão cacodilato
contendo vermelho de rutênio a 1.500 ppm, seguido de pós fixação em tetróxido
de ósmio. No estudo com as condroitinases, o material foi fixado nas mesmas
soluções. Após embebição, obtenção dos cortes e coloração de rotina, o
material foi analisado ao TEM EM-9 da Carl Zeiss. Os resultados mostram que as
fibrilas de colágeno apresentam comportamento diferenciado dependendo da distância
que as separa do corpo celular dos odontoblastos ou da fase de desenvolvimento
do germe.
Fibrilas
recém sintetizadas, não mostram afinidade ao vermelho de rutênio e também não
são afetadas pela ação das enzimas. Por outro lado, fibrilas sintetizadas em
fases anteriores do processo que mostram áreas eletrondispersantes ao longo de
seu maior eixo encontram-se marcadas pelo corante e mostraram áreas de digestão
específicas.
141
Estudo comparativo da radiografia convencional e digital
no reparo ósseo
E.A.L.GONÇALVES*; M.F. GOMES; O.TAVANO; S.A.C.GUIMARÃES
Faculdade
de Odontologia de Bauru, USP.
O desenvolvimento da tecnologia tornou possível o uso da
radiografia digitalizada para um diagnóstico mais preciso das lesões ósseas.
Neste estudo procurou-se comparar e avaliar a imagem computadorizada em relação
à radiografia convencional no processo de reparo ósseo. Para analisarmos a
neoformação óssea através da densidade radiográfica foram realizadas
osteotomias, com tamanho padronizado, em crânio e rádio de 4 cães adultos.
Decorridos 15, 30, 45 e 60 dias, os animais foram sacrificados e as peças
contendo os defeitos ósseos removidas em bloco e fixadas em formol a 10%. Para
a obtenção de imagens radiográficas utilizaram-se filmes Agfa M2, e para a
digital, o sensor tipo placa óptica. A exposição aos Raios X foi executada a
40cm dff e a 70kVp, no tempo indicado pelo fabricante. O processamento da imagem
para o filme radiográfico foi realizado na processadora PeriPro II e a placa óptica
no aparelho scanner a laser DIGORA.
Os
resultados obtidos possibilitaram as seguintes conclusões: a) o processo de
reparo pode ser visualizado na radiografia digitalizada com maior precisão,
permitindo análise detalhada e manipulação da imagem e b)
a evolução do processo de reparo osseo ocorre mais rapidamente no rádio
do que no crânio.
142
Microbiota cariogênica e fúngica e anticorpos na
saliva de respiradores bucais
C.Y. KOGA-ITO, C.S. UNTERKIRCHER*, C.H. KUBO, A.O.C.
JORGE
Depto.
Patologia, Faculdade de Odontologia de S.José dos Campos/UNESP- (012)321-8166
A síndrome do respirador bucal (SRB) produz alterações no
meio bucal e na microbiota, produzindo possível seleção de microrganismos
cariogênicos na placa bacteriana, o que poderá aumentar a suscetibilidade à cárie.
Estudos utilizando o teste de Snyder, observaram maior atividade de cárie em
pacientes respiradores bucais. O objetivo deste trabalho foi comparar a
microbiota cariogênica e fúngica e quantificar imunoglobulinas anti-Streptococcus
mutans e anti-Candida em crianças normais e respiradoras bucais com
e sem tratamento. Foram utilizadas 30 crianças controle, 30 com SRB e 25
tratadas, nas quais foram realizadas contagens de lactobacilos, estreptococos do
grupo mutans, leveduras, teste de Snyder e testes salivares. Foram atribuídos
escores para as interpretações dos testes e obtido um escore total. As
imunoglobulinas foram quantificadas utilizando-se a técnica ELISA. Utilizou-se
para a análise estatística o teste t de Student (nível de significância
de 5%). Os números de UFC/ml de saliva para estreptococos, lactobacilos e
leveduras foram maiores no grupo SRB, porém sem significância estatística.
A média da soma de escores para o grupo SRB foi maior e
com diferença significante em relação aos demais grupos. Os níveis de IgA e
IgM anti-Streptococcus mutans e
IgA e IgM anti-Candida foram menores nos respiradores bucais.
Auxílio
financeiro da FAPESP - Processo 94/3542-6
143
A correlação de bactérias especifícas com aspectos
clínicos das doenças endodônticas
B.P. F. A.GOMES*, D.B.DRUCKER, J.D.LILLEY
Dental
Medicine and Surgery Dept., University Dental Hospital of Manchester, Inglaterra
Os canais radiculares infectados usualmente abrigam uma flora
microbiana mista, incluindo várias espécies anaeróbicas. O objetivo deste
trabalho foi verificar se todas as espécies estariam igualmente associadas com
os sinais e sintomas de origem endodôntica. Setenta canais radiculares foram
investigados microbiologicamente e apresentaram 62 diferentes espécies
microbianas, e os dados clínicos obtidos foram correlacionados para avaliar
possíveis associações. Dos canais estudados, 37 estavam associados com dor,
49 com dor a percussão, 23 com edema, 57 apresentavam-se com “canais
molhados”, 6 com exsudato purulento, 44 apresentavam-se com lesões radiolúcidas
periapicais e 21 canais tinham sido tratados previamente. Associações
significativas foram encontradas entre dor e Prevotella (“Pearson
chi-square test”, P=0.001) ou Peptostreptococcus (P=0.01), envolvendo
particularmente Prevotella melaninogenica ou Pstr. micros. Dor a
percussão estava geralmente associada com os anaeróbios (P=0.012), mas
especialmente com P. melaninogenica (P=0.021). Edema estava associado com
Prevotella (p=0.0038), Eubacterium (P=0.008) ou Pstr. micros
(P=0.039). Semelhantemente, espécies individuais estavam associadas com
“canal molhado”, exsudato purulento, lesões radiolúcidas periapicais ou
com canais previamente obturados. Além disso, associações estatisticamente
significativas foram encontradas entre certos aspectos clínicos, e.g.
dor, e pares de anaeróbios tais como P. melaninogenica e Pstr.
micros.
Conclui-se que bactérias específicas (ou em alguns
casos pares de espécies) podem estar correlacionadas com os aspectos clínicos
peculiares às doenças endodônticas.
Apoio
CNPq
144
Estudo comparativo da densidade bacteriana salivar de
pacientes com e sem aparelho ortodôntico
M.E. RAMOS*, M. UZEDA, L.MONTEALTO, V. M. SOVIERO
Dep.Odontop/Orto-
FO-UFRJ. Dep.Prev/Com-FO-UERJ tel.(021)-295-7011
O objetivo deste trabalho foi estudar pacientes portadores de
aparelho ortodôntico fixo total (AOFT), comparando-os
com um grupo sem a utilização de qualquer aparelho na cavidade oral,
analisando a densidade bacteriana da saliva destes dois grupos de pacientes.
Foram selecionados 20 indivíduos, 10 com AOFT há mais de um ano (Grupo C) e 10
que não possuiam qualquer aparelho intra-oral (Grupo S). A saliva foi
estimulada com goma de mascar sem sabor e foram coletados 3ml em recipiente estéril.
Foi realizada a diluição e a semeadura da saliva em placas com meio de ágar-sangue
que, posteriormente, foram incubadas em jarras de anarerobiose em estufa à 37o por 48 horas. Os resultados foram obtidos através da
contagem do número total de colônias formadas por mililitro de saliva (UFC/ml)
nestas placas após o período de incubação. Os testes foram realizados em
duplicata e foram calculados os valores médios. Foi aplicado o teste de
Mann-Whitney para análise estatística, obtendo-se para o grupo C e S
respectivamente um posto médio de 12,05 e 8,95; a estatística de teste (Z) foi
igual a 1,134 e o p-valor foi de 0,256, podendo-se dizer que não foi estatísticamente
significante a hipótese testada.
Conclui-se
então que não existe diferença estatísticamente significante em relação a
densidade bacteriana salivar de pacientes com e sem aparelho ortodôntico fixo
total.
145
Hemólise e hemaglutinação de Fusobacterium
nucleatum
de humanos e animais
E.
GAETTI-JARDIM JR. & M. J. AVILA-CAMPOS*
(Depto.
Microbiologia, ICB, USP, SP, Brasil).
Fusobacterium
nucleatum bactéria
anaeróbia associada a processos infecciosos bucais, particularmente às doenças
periodontais. Poucos são os estudos sobre os fatores de virulência de cepas
desse grupo microbiano entre elas a capacidade hemolítica e de hemaglutinação.
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade hemolítica e de hemaglutinação
de 80 cepas de F. nucleatum isoladas de indivíduos sadíos, pacientes
com doença periodontal e de macaco prego (Cebus apella). A atividade
hemolítica e de hemaglutinação foi realizada usando-se sangues tipos: A, B, O
e AB, Rh-positivos e Rh-negativos. A hemólise foi determinada em placas
contendo ágar BHI com extrato de levedura e sangue humano a 5%. As placas
inoculadas foram incubadas em anaerobiose, a 37oC, por 2 e 5 dias. A leitura foi verificada pela formação
de halo de hemólise ao redor da colônia. A hemaglutinação foi realizada em
placas de microtitulação utilizando-se os mesmos tipos de sangue. As bactérias
foram ressuspendidas em PBS pH 7,2 e, 50 l eram adicionados à suspensão de
eritrócitos lavados (1%). Verificou-se que 90% dos isolados foram alfa hemolíticos
e todos apresentaram títulos elevados de hemaglutinação.
Esses resultados sugerem que independente da origem das
cepas, F. nucleatum tem a capacidade de hemolisar eritrócitos e de se aderir a
essas células, mostrando possíveis receptores específicos.
Apoio financeiro parcial: FAPESP 94/5784-7
146
Susceptibilidade de cepas de Fusobacterium nucleatum a
agentes antimicrobianos
A. C.
OKAMOTO*, S. CAI, E. GAETTI-JARDIM JR., M. J. AVILA-CAMPOS
Depto. de
Microbiologia, ICB, USP, - SP. – Brasil
Espécies do gênero Fusobacterium, particularmente F.
nucleatum, comumente são envolvidos em numerosos processos infecciosos,
destacando-se as periodontopatias, que representam uma das principais causas da
perda precoce dos dentes (Bolstad et al. Clin. Microbiol. Reviews, 9: 55-71,
1996). Drogas como a penicilina e metronidazol, além de anti-sépticos como
clorexidina e triclosan são freqüentemente utilizados como coadjuvantes à
terapêutica clínica, porém são escassos os estudos sobre a susceptibilidade
desse microrganismo a esses compostos. Desta forma, foi nosso objetivo avaliar a
susceptibilidade de 57 isolados de F. nucleatum a esses
antimicrobianos. As cepas testadas foram isoladas de pacientes com doença
periodontal e identificadas de acordo com suas características morfocoloniais,
citológicas e bioquímico-fisiológicas. Os testes de susceptibilidade foram
realizados de acordo com o método de diluição em ágar, sendo que o meio de
cultura empregado foi o ágar infuso de cérebro e coração (BHI- Difco)
enriquecido com extrato de levedura (0,5%). O inóculo final foi de 105células/”spot”.
As placas foram incubadas em condições de anaerobiose, a 37ºC, por 48 horas.
Verificou-se que 7,89% dos isolados mostraram-se resistentes à penicilina G.
Todos os isolados foram sensíveis até 0,5 g/ml de metronidazol e, a 8 g/ml de
clorexidina e triclosan.
Esses resultados mostram que as espécies testadas foram
sensíveis ao metronidazol, constituindo-se melhor opção terapêutica que a
penicilina, clorexidina e triclosan.
Apoio
financeiro parcial: FAPESP 94/5784-7
147
Aderência de Actinobacillus actinomycetemcomitans
às células epiteliais bucais
A. GASPARETTO*, M. R. L. SIMIONATO, M. J. AVILA-CAMPOS
Depto.
de Microbiologia, ICB, - USP, São Paulo, SP, Brasil
Actinobacillus
actinomycetemcomitans
é considerado um importante patógeno na doença periodontal, particularmente
na periodontite juvenil localizada. O mecanismo de aderência bacteriana às células
epiteliais bucais, dentes e a outras bactérias, constitui-se o passo inicial na
colonização e patogênese dos processos infecciosos bucais, tais como
gengivite e periodontite. Neste estudo, procuramos avaliar o potencial de aderência
de 20 cepas de A. actinomycetemcomitans às células epiteliais bucais,
isoladas de 20 pacientes entre 13 e 41 anos, atendidos na clínica de
Periodontia da FOUSP, apresentando bolsas periodontais nas quais foram inseridos
cones de papel esterilizados. O microrganismo foi isolado em meio seletivo TSBV.
A cepa FDC Y4 também foi incluida nos testes. O teste de adesão foi realizado
segundo Gibbons (J. Dent. Res. 68:750-760, 1989). As bactérias foram marcadas
com timidina-3H
e posteriormente misturadas às células epiteliais bucais e, incubadas por 2
horas. A mistura foi centrifugada e, o sobrenadante removido e filtrado em
membrana de ester de celulose. Posteriormente, as amostras foram avaliadas em
aparelho de cintilação, para verificação da quantidade de bactérias
aderidas às células epiteliais bucais retidas na membrana filtrante.Os
resultados mostram que todas as cepas estudadas aderem-se fortemente às células,
confirmados pela microscopia eletrônica de transmissão.Também foi observado
grande quantidade de material amorfo extracelular.
Esses resultados indicam que cepas de A.
actinomycetemcomitans apresentam grande capacidade de aderência às células
epitelias bucais e que este processo poderia ser devido principalmente à presença
desse material amorfo extracelular.
Apoio
Financeiro: FAPESP Proc. N 94/5784-7.
148
Relação entre linfadenopatia, imunossupressão e
manifestações orais em crianças HIV+
E.R.BUNDZMAN*, A.A.NEVES, L.C.SANTOS, R.H.S.OLIVEIRA
FO,IPPMG,NESC/UFRJ
A linfadenopatia persistente representa uma das lesões primárias
diretamente relacionadas com a infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV). Este estudo visa determinar a prevalência de linfadenopatia
cervico-facial (LCF) em crianças HIV+, bem como sua relação com o grau de
imunossupressão (%CD4) e com a ocorrência de manifestações orais. Um único
examinador, através de palpação digital, inspecionou 46 crianças entre 2 e
12 anos de idade (média=6,02 anos), observando uma prevalência de LCF em 67,4%
(31) das crianças. Para a análise estatística foi utilizado o Teste
Qui-Quadrado. 17,4%(8) do total de linfonodos afetados eram correspondentes a
linfonodos cervicais, 6,5%(3) a submentonianos e 60,9%(28) a submandibulares.
61,3% das crianças apresentavam linfadenopatia e imunossupressão severa (CD414)
e 19,4% linfadenopatia e imunossupressão moderada (CD415-24) (p=0,04). As lesões orais mais comumente
associadas com a LCF foram a candidíase (29,0%) e a gengivite (25,8%), porém
estes achados não foram estatisticamente significativos.
A
prevalência de linfadenopatia cervico-facial é um sintoma inespecífico,
apresentando-se neste estudo diretamente relacionada com o grau de imunossupressão.
149
Susceptibilidade de candida albicans isoladas de
portadores de câncer e AIDS,
frente a drogas antifúngicas
L. J. Costa*; E. G. Birman; A. E. Cury /
Faculdade de Odontologia da USP
A ocorrência de candidose bucal é comum em pacientes com
alterações imunológicas. O surgimento da AIDS, bem como o tratamento das
neoplasias malignas, entre outros, resultaram em maior frequência destas infecções,
elevando os índices de morbidade e mortalidade. Assim avaliamos, a
susceptibilidade de 30 cepas de C. albicans, isoladas da boca de
pacientes portadores da AIDS(10) e câncer de cabeça e pescoço(20), através
do estabelecimento das Concentração Inibitória Mínima(CIM) e Concentração
Fungicida Mínima(CFM) de compostos antifúngicos como anfotericina B(AnB-Poliênico),
miconazol, cetoconazol (imidazólicos) e fluconazol (triazólico), pela técnica
de diluição em ágar. Os resultados obtidos, revelaram baixas CIMs e CFMs da
AnB para todas leveduras avaliadas, a exceção de uma única amostra. Frente ao
miconazol e cetoconazol, a grande maioria dos isolados de
C. albicans, tanto de câncer como de AIDS, apresentou CIM <
8,0 g/ml, sendo alta a CIM do fluconazol para as cepas isoladas de portadores de
câncer. Utilizando-se os azóis, mais de 95% das cepas de C. albicans
estudadas nos dois grupos de pacientes, apresentaram CFM>16,0g/ml.
Concluiu-se
que a AnB continua sendo in vitro o agente terapêutico com melhor indicação
terapêutica das candidoses nestes casos. Os imidazólicos, apresentaram boa
atividade inibitória, porém, não fungicida. O fluconazol, mostrou baixa ação
inibitória, entre as amostras isoladas de portadores de câncer e AIDS,
sugerindo a capacidade de resistência à droga destes microrganismos, mesmo
considerando-se possível falta de correlação entre os testes in vitro
e sua aplicação clínica.
150
Aparelho ortodôntico removível: avaliação microbiológica
da saliva e placa bacteriana
M.N. Shigetomi*; l. Fonseca; p.
p. l. CAZELLi
Curso
de Odontologia - UFES - Tel./fax: (027) 325-1353
O objetivo do trabalho foi avaliar a microbiota da saliva e
placa bacteriana removida dos aparelhos ortodônticos removíveis, de pacientes
com idade entre 7 a 15 anos de ambos os sexos. Para a contagem dos estreptococos
do grupos mutans e de lactobacilos, amostras de saliva foram coletadas em tubo
de ensaio e, as amostras da placa dos aparelhos escovados em placa de Petri com
adição de salina fosfatada tamponada esterilizada sendo que essa solução
tranferida para o tubo de ensaio. Após a dispersão e diluição das amostras
da saliva e placa bacteriana foram semeadas em SB20,
seletivo para estreptococos do grupo mutans e em Bacto Rogosa-SL-agar para
Lactobacilos. Os dados mostraram que dos 22 pacientes, 20(90.9%) abrigavam
estreptococos do grupo mutans nas amostras de saliva, sendo que em 3(13,6%) foi
observado uma média de 5,18x10-2,
em 6(27,2%) com 5,0x10-3,
em 8(33,3%) com 4,35x10-4;
em 2(9,09%) com 2,7x10-5
e em 01(4,54%) com 1,75x10-6.
Quanto as amostras de placa bacteriana,
removidas de 22 aparelhos, foram observados em um total de 17(77,27%), que em
3(17,6%) deles apresentaram uma média de 4,0x10-3, em 5(29,4%) com 5,9x10-4;em
5(29,4%) com 3.2 x10-5
e em 4(23,5%) com 3,8x10-6
de unidade formadora de colônias de estreptococos do grupo mutans.Os
lactobacilos estavam presentes somente em 7(31,6%)das amostras de saliva ,sendo
que 5(71,4 %) apresentaram uma média de 1,6 x10-2 e
2(28,5%) com 5,0x10-3
e na amostra de placa dos aparelho ortodôntico
foi observado em 2(9.09%) com uma média de 3,37x10 -3; em 2 (9,09%) com 5,95x10-4
e em 3(13,63%) com 1,41x10-5.
Esses
dados, nos permite concluir a necessidade de um controle rigoroso, na higienização
dos aparelho ortodônticos durante a terapia de correção de dentes mal
posicionados. (PRPPG/UFES)
151
Ação de curativos intra-canal sobre leveduras do gênero
Candida
C.H.KUBO*, A.P. M.GOMES, C.Y. KOGA-ITO, A.O.C. JORGE
Departamento
de Patologia. Faculdade de Odontologia / UNESP-São José dos Campos / SP -
Fone: (012)321-8166 Fax:(012)321-2036
Leveduras do gênero Candida podem ser encontradas no interior
do(s) canal(is) radicular(es) de dentes com comprometimento pulpar, e seu estudo
é importante já que a maioria dos antibióticos/quimioterápicos não agem
sobre elas. O presente trabalho visa avaliar .in vitro. diferentes curativos de
demora empregados no tratamento dos canais radiculares, frente a leveduras do gênero
Candida. Foram estudados 46 amostras de leveduras sendo 16 de C.albicans,
13 de C.tropicalis, 5 de C. glabrata, 3 de C. lusitaniae, 3
de C. krusei, 3 de C. kefry, 2 de C. guilliermondii e 1 de
C. parapsilosis, e os seguintes curativos intra-canal: pasta Calen, pasta
de Ca(OH) + Propileno Glicol +
PMCC, PMCC, Solução de Iodo iodeto de potássio a 2%, curativo preconizado por
Antoniazzi, Cresophene e Tricresol Formalina. Foram também observados as soluções
irrigadoras de Dakin e de Milton. Cada amostra foi semeado em profundidade em ágar
Sabouraud em duplicata e discos de papel de filtro, impregnados com 1 µL de
cada um dos curativos de demora foram colocados na superfície do meio. As
placas foram incubadas a 37ºC/24 horas e por mais 5 dias à temperatura
ambiente e as leituras realizadas após 24 horas e 7 dias respectivamente,
medindo-se o tamanho dos halos de inibição. As amostras de Candida
foram sensíveis ao Cresphene e Tricresol Formalina e demonstraram resistência
ao Líquido de Dakin e de Milton, solução de iodo-iodeto de potássio e
curativo preconizado por Antoniazzi.
Nas
condições experimentais do presente trabalho podemos concluir que atuaram
efetivamente frente as amostras de Candida o Cresophene e o Tricresol Formalina.
152
Influência da própolis na contagem de estreptococos do
grupo mutans
E.MORAES*, C. OTA, V. FANTINATO, M.T. SHIMIZU
Departamento
de Patologia, Faculdade de Odontologia/UNESP- São José dos Campos/SP
Este trabalho teve como objetivo verificar a atividade
antimicrobiana da própolis sobre os streptococos do grupo mutans, da
cavidade bucal. Para tanto, a própolis bruta foi purificada e posteriormente
liofilizada. A seguir preparou-se uma suspensão hidro-alcoólica na concentração
de 15mg de própolis/ml. Selecionou-se 12 voluntários
a quem foram entregues diariamente, a suspensão de própolis. Esses voluntários
fizeram 2 bochechos diários, de manhã e à noite, após a escovação dos
dentes. Coletou-se saliva de cada voluntário antes do início dos experimentos
e após 7, 14, 21 e 28 dias; alíquotas de 0,1ml da saliva foram então
semeadas, em duplicata, em agar Mitis Salivarius acrescido de 0,2 unidades de
Bacitracina/ml. As colônias típicas de streptococos do grupo mutans foram então
contadas. Os resultados mostram uma sensível diminuição desses microrganismos
no 7o e 14o
dias.
Pode-se concluir, pelos resultados obtidos que a própolis
na concentração empregada, pode ser utilizada com eficiência em bochechos,
por períodos não muito prolongados, com intuíto de redução da
atividade de cárie.
*
Bolsista de Iniciação Científica - CNPq
153
Presença de Candida e anticorpos anti-Candida
na periodontite crônica do adulto
A.O.C.JORGE*, C.S.UNTERKIRCHER
Departamento
de Patologia, Faculdade de Odontologia/UNESP.São José dos Campos/SP. Fone:
(012)321-8166 Fax:(012)321-2036.
A presença de leveduras do gênero Candida foi
observada na saliva e no fluído gengival de pacientes com periodontite crônica
do adulto e em indivíduos saudáveis. Foram também verificados os níveis de
anticorpos anti-Candida das classes IgG, IgA, IgM e IgE na saliva e soro
e das classes IgG, IgA e IgM no fluido do sulco gengival dos mesmos pacientes,
através da reação ELISA. Foram estudados 30 pacientes com periodontite crônica
do adulto que apresentavam 3 sítios de bolsa periodontal ativos, com
profundidade entre 5 e 10mm e evidência radiográfica de reabsorção óssea, e
30 indivíduos que não apresentavam doença periodontal. Os resultados foram
analisados estatisticamente através do teste Exato de Fisher (pó 0,05).
Leveduras do gênero Candida, principalmente C. albicans foram
isoladas da saliva em quantidades mais elevadas dos pacientes com periodontite
crônica do adulto em relação aos controles, com diferença estatisticamente
significativas. Os níveis de anti-corpos anti-Candida (IgG, IgM e IgA na
saliva, IgG e IgA no soro e IgG e IgM no fluido gengival) foram estatisticamente
superiores em pacientes com periodontite crônica do adulto em relação aos
indivíduos com periodontite saudável.
C. albicans foi isolada em maiores números na saliva e o nível de
IgG e IgM foi superior no fluido gengival, sugerindo resposta imune humoral dos
pacientes com periodontite, frente a leveduras do gênero Candida.
Pesquisa
financiada pela FAPESP - Processo 3392/9 e FUNDUNESP - Processo 201/93
154
Contaminação microbiana em água de equipos odontológicos
V. FANTINATO, M.T. SHIMIZU
Depto.
de Patologia, Faculdade de Odontologia/UNESP-São José dos Campos-SP - Fone:
(012) 321-8166 Fax: (012) 321-2036
Foram coletadas amostras de água da seringa tríplice de 51
equipos odontológicos de Faculdades de Odontologia e de 24 consultórios
particulares. Objetivou-se verificar a existência e contagem de: coliformes,
estreptococos bucais, fungos, S. aureus, P. aeruginosa, bactérias
heterotróficas e contagem total de aeróbios e anaeróbios. Os testes foram
realizados de acordo com as normas da American Public Health Association (1985).
Somente uma amostra apresentou coliformes fecais; estreptococos e fungos não
foram detectados, mas as placas para o desenvolvimento destes microrganismos
mostrou denso crescimento de bactérias Gram-negativas e positivas. Foi
detectado crescimento de cocos Gram-positivos, mas não se detectou S. aureus
em nenhuma das amostras. P. aeruginosa foi encontrada em 25,4% das
amostras de Faculdades e em 9,5% de consultórios particulares. A contagem de
bactérias hereterotróficas mostrou 90,1% de amostras positivas nas Faculdades
e 83,3% nos consultórios particulares. As contagens de bactérias aeróbias
mostrou 75,5% de amostras positivas nas Faculdades e 85,7% nos consultórios. O
crescimento de anaeróbios mostrou 30,7% e 28,5% de amostras positivas de
Faculdades e consultórios particulares respectivamente.
O
nível de contaminação microbiana das amostras de água analisadas foi
extremamente alto tanto nas faculdades de Odontologia como nos consultórios
particulares.
155
Avaliação de diferentes métodos de extração de
proteínas intracelulares de leveduras orais
E.A.ROSA*; D. MOREIRA, D.M.P. SPOLIDORIO, J.F. HÖFLING
Laboratório
de Microbiologia e Imunologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba –
UNICAMP
Este
trabalho visou avaliar diferentes métodos de extração de proteínas de
componentes intracelulares de leveduras isoladas da cavidade bucal, para aplicação
em eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE).
Proteínas de componentes intracelulares de Candida
foram obtidas por disrruptura com pérolas de vidro, ação de ácido tricloroacético,
ação de tampão de amostra, sonicação e criofratura com nitrogênio líquido,
e posteriormente submetidas à eletroforese em gel de poliacrilamida. Os
resultados obtidos revelam um melhor perfil eletroforético para as proteínas
extraídas por criofratura celular e sonicação. Pérolas de vidro e tampão de
amostra apresentaram resultados menos satisfatórios, sendo que o uso de ácido
tricloroacético não permitiu a obtenção de uma concentração de proteínas
adequada para a aplicação em SDS-PAGE.
De acordo
com os resultados obtidos conclui-se que a extração por criofratura celular
fornece maior quantidade de proteínas intracelulares, com melhor perfil
eletroforético, dentre os diferentes métodos de extração empregados.
Este
trabalho foi financiado pelo FAEP/UNICAMP, processo 1005/92
156
Anticorpos monoclonais para glândulas salivares de
camundongos Balb/c
L.B.F. SILVA*, I. VARIANE, R.G. TOLEDO, C.S.
UNTERKIRCHER
Depto
de Patologia. Faculdade de Odontologia/UNESP-São José dos Campos, SP -
Tel.:(012) 321-8166 Fax:(012) 321-2036
Este
trabalho descreve a preparação de anticorpos monoclonais (AcM) para antígenos
glandulares. Camundongos Balb/c foram imunizados com doses repetidas de antígenos
próprios preparados com glândulas salivares de animais da mesma linhagem. A
imunização consistiu de 6 injeções intradérmicas de 50 g cada,
administradas em intervalos de 15 dias. A primeira dose foi administrada em
adjuvante completo de Freund e, as demais com adjuvante incompleto de Freund. Três
dias, antes da fusão, todos os animais receberam uma injeção intraperitoneal
de 300 g de antígeno em solução salina estéril. A fusão de células do baço
dos animais imunizados, com as células de mieloma Sp2/0-Ag14 resultou no
isolamento de 5 clones secretando anticorpos anti-glândulas salivares. Produtos
de dois clones foram isolados e caracterizados por ELISA e
“Western-blotting”. C8F, uma IgM reconhecia três polipeptídeos no extrato
glandular e G16, uma IgG2b
apresentava um largo espectro de reatividade. A polireatividade de G16 não é
surpreendente, pois achados semelhantes já foram relatados por outros autores
com AcM anti-DNA.
Quando a reatividade de G16 foi comparada com a de outro
AcM anti-proteína de choque térmico de 70 kDa (Hsp70) verificamos que G16
reconhecia pelo menos 2 polipeptídeos no extrato glandular também marcados com
o AcM anti-Hsp70.
Apoio
financeiro: FAPESP e FUNDUNESP
157
Estudo
da reatividade cruzada de antígenos de Streptococcus mutans
e antígenos
cardíacos
em camundongos Balb/c / M.V. P.
LEÃO*, A.C.V. CANETTIERI, V. FANTINATO., C.S. UNTERKIRCHER
Depto.
de Patologia. Fac. de Odontologia/UNESP. São José dos Campos - SP Tel: (012)
321-8166 Fax: 321-2036
O
presente trabalho estuda a reatividade cruzada entre Streptococos mutans,
sorotipo c, e o tecido cardíaco de camundongos Balb/c. A cepa de Streptococos
mutans foi cultivada em caldo tríptico de soja (Difco) por toda noite, a 37oC.
No dia seguinte, as células foram mortas pela adição de formaldeído 0,075%.
Os animais foram imunizados por via intraperitoneal, em intervalos de 21 dias,
com 3,4 x 106
células em solução salina estéril emulsificada em adjuvante de Freund
incompleto. Após um mês, os camundongos foram sangrados pela cauda. Foram
colhidos 15 µl de sangue em discos de papel de filtro, que foram posteriormente
diluídos em tampão fosfato acrescido de 0,1% de tween 20 e 0,5% de gelatina.
Testou-se quatro diluições de cada soro por ELISA. Reatividade moderada foi
observada em IgM e IgG frente os antígenos do coração, sendo esta reatividade
mais evidente no classe IgM.
Nossos
resultados indicam a existência de reatividade cruzada entre S mutans e os antígenos
do coração e sugerem que os níveis de IgG tendem a aumentar com o tempo de
imunização.
158
CHROMagar®
Candida: efeito da “pasta formulada” na remoção do biofilme dentadura
I.Y. ITO*, H.F. O. PARANHOS, E.H.G. LARA, H. PANZERI
Fac.
Odontologia e Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP - Fax: (016)
633-1092
CHROMagar®
Candida foi utilizada para avaliação do efeito da “pasta dentadura
formulada”, grupo experimental (40) e da pasta dental Kolynos Super Branco,
grupo controle (36), na remoção de fungos em forma de levedura do biofilme,
formado sobre a prótese total superior. O biofilme foi removido pela escovação
vigorosa da superfície interna da prótese com auxílio de escova dental
esterilizada, antes e 30 dias depois do uso da pasta, após a adição de 10,0mL
de solução fisiológica. A suspensão transferida ao tubo de ensaio com pérolas
de vidro, agitada por 60 segundos, foi submetida a diluição decimal em PBS até
10-4. Alíquotas de 0,05mL foram semeadas em placas com
CHROMagar®
Candida, preparada segundo recomendação do fabricante, e incubada a 37ºC por
48 horas. Fungos em forma de
levedura foram isolados de 33 próteses
(82,5%) antes e 28 (70,0%) após o uso da pasta formulada (grupo experimental) e
31 (86,1%) antes e 29 (80,6%) no grupo controle. A prevalência da Candida
albicans no grupo experimental foi de 28 (84,8%) antes e 26 (78,8%) após o
uso e, no grupo controle, de 27 (87,1% antes e 25 (80,6%) após.
CHROMagar®
Candida é um meio seletivo cromogênico útil na identificação presuntiva de
fungos em forma de levedura mais comumente isoladas das próteses.
159
Avaliação da eficiência da amoxicilina, eritromicina
e tetraciclina frente a
microrganismos da cavidade oral
R.
F. ALBUQUERQUE JR.*, R. ALONSO VERRI, K. MÜLLER / Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto-USP - Fax: (016) 633-0999
Procurou-se estudar in vitro as ações dos antibióticos
amoxicilina, eritromicina e tetraciclina, frente à cepas de estreptococos
viridans e de Staphylococcus aureus provenientes da saliva. O objetivo do
estudo foi o de estabelecer a capacidade de inibição desses antibióticos,
determinando-se a ordem de eficácia nas menores concentrações testadas. As
amostras que serviram para o cultivo dos microrganismos foram coletadas de um
grupo homogêneo de 38 pessoas, com idade de 17 a 25 anos, de ambos os sexos e
que não estavam fazendo uso de antibióticos nos dois meses que antecederam a
colheita das amostras. As cepas isoladas foram submetidas à avaliação da
concentração inibitória mínima dos três antibióticos, estabelecendo-se a
seguinte ordem hierárquica decrescente de eficiência in vitro:
eritromicina, amoxicilina e tetraciclina. Quando se analisou a magnitude de
resposta inibitória de cada fármaco em função da variação de concentração,
ou seja, sua potência in vitro, a ordem foi: amoxicilina, tetraciclina e
eritromicina. Considerando-se conjuntamente a potência, os parâmetros
propostos pelo National Commitee for Clinical Laboratory Standards e os níveis
séricos atingidos em média por cada antibiótico, a ordem para o uso terapêutico
in vivo seria: amoxicilina, eritromicina e tetraciclina. Dentre todos os
microrganismos estudados foram observadas cepas resistentes à concentrações
2064 vezes maiores que as necessárias para inibir as menos resistentes.
Os
dados experimentais e a literatura consultada permitiram concluir ainda que a
terapêutica antimicrobiana deve ser sempre que possível precedida de um teste
de sensibilidade, preferencialmente um que determine a concentração inibitória
mínima dos medicamentos que poderão ser utilizados na terapêutica.
160
Candida albicans: detecção em biofilme de próteses totais superiores
e morfotipagem
R.C. CANDIDO*, H.F. PARANHOS, F. C. PIMENTA, I.Y.
ITO
Depto.
ACTB - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP - Fax:
(016) 633-1092
Leveduras principalmente Candida albicans, é um
microrganismo que faz parte da microbiota normal da cavidade bucal, a qual se
altera, em pacientes portadores de próteses.
No presente trabalho, avaliamos a microbiota leveduriforme de biofilme
removido de 80 próteses totais superiores.
O exame direto corado pelo Gram evidenciou a presença de blastoconídios
em 44 próteses (55,0%) e em 32 delas (40,0%)
também a presença de pseudohifa. Enquanto
que a cultura realizada no meio seletivo CHROMagar Candida resultou em 60
amostras positivas (75,0%), sendo a espécie C.albicans a prevalente
em 52 casos positivos. Em 5
amostras foram identificados 2 morfotipos diferentes de C.albicans,
totalizando 57 cepas submetidas a morfotipagem segundo Hunter et al. J.Med.Microbiol.,
28:85 (1989). Esta técnica permitiu a classificacão de 57 cepas em 23
morfotipos sendo o morfotipo 0000 prevalente com 20 (35,1%), seguido de 0001 com
7 (12,3%) e 5330 com 5 (8,8%). Colônias com franjas descontínuas consideradas
fator de virulência foram encontradas em 9 (15,8%) dos casos, e com franjas
contínuas em 19 (33,3%).
Formas
filamentosas observadas no exame direto e morfotipos com franjas reforçam um
possível risco para manifestação
de candidíase em usuários de prótese total.
161
Avaliação do grau de contaminação do ambiente de clínica
odontológica
A. B. N. DIAS Pacheco*,
T. R. de Mattos Filho
Departamento
de Ciências Fisiológicas-Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP
Deter a contaminação nos consultórios dentários tem sido
uma tarefa muito difícil. Na maioria das vezes os germes têm vencido as
medidas de segurança adotadas na atualidade, expondo os profissionais e
pacientes à situações de risco. Embora seja impossível excluir todos os micróbios
do ambiente clínico, este trabalho alerta aos cirurgiões-dentistas e outros
profissionais de saúde quanto aos riscos de contaminação, mostrando que ela
pode ser controlada. Para demonstrar a contaminação ambiental foram utilizadas
240 placas de petri, de quinze centímetros
de diâmetro, contendo ágar-soja-triptona (TSA), colocadas entre os consultórios,
nos corredores de maior circulação e na sala de esterilização da clínica da
Faculdade. As placas foram divididas em dois grupos: G - cujas placas
foram colocadas durante as atividades da clinica; e C - nos horários em que não
mais exitiam atividades, ou funcionava apenas o Plantão de Urgência. As placas
foram abertas durante 60 segundos e então fechadas e levadas à estufa à 37o C,
1 atm, por quarenta e oito horas. Passado esse tempo, as Unidades Formadoras de
Colônias (UFC) que cresceram foram contadas e fotografadas. A análise da
contaminação demonstrou que foi maior para o grupo G do que para o grupo C. A
Análise de Variância revelou que esse dado foi
estatisticamente significante (Prob.>F=
0,00001). Também notou-se que havia mais UFC nas placas colocadas entre os
consultórios do que naquelas colocadas nos corredores, sendo que o menor número
de UFC foi encontrado na sala de esterilização.
Portanto
pode-se concluir que: 1. A contaminação pode acontecer freqüentemente na
prática diária; 2. A desinfecção do ambiente de Clínica com muitos consultórios
é importante para se evitar a contaminação-cruzada; 3. A limpeza da Clínica
da FOP está sendo realizada de modo sartisfatório.
162
Estudos sobre a eficácia de meio seletivo para Streptococcus
“não - mutans”
K. C. LIMA* , F. A. C. MAGALHÃES , M. UZEDA
Instituto de Microbiologia da UFRJ - Rio de Janeiro , RJ .Tel./Fax (021 )
270-8793
Recentemente tem aumentado o interesse por
Streptococcus orais “não-mutans” capazes de realizar
acidogênese em pH’s baixos. Tais microrganismos podem participar do início
do processo carioso, bem como ser responsáveis pelo mesmo na ausência de
S.mutans. A determinação do nível de
infecção por estes microrganismos, na maioria dos trabalhos, é determinado
pela diferença entre o número de colônias no ágar Mitis-Salivarius (MS) e em
ágar Mitis-Salivarius+15% de sacarose + 0,2 unidades de bacitracina/ml. (MSB).
O presente trabalho objetivou testar a eficácia de um meio de cultura seletivo
para Streptococcus “não-mutans”. Para tanto, tomou-se como
base o ágar MS, acrescido de 2 e 4
g de clorexidina por ml. de meio (MSC-2 e MSC-4, respectivamente) ,
comparando-se com o método tradicional. Foi
realizada a cultura da saliva diluída
de 20 voluntários e a partir dos dados foi calculado o percentual de recuperação
do MSC-2 e MSC-4 em relação ao MS e a (MS-MSB). Outrossim, foi verificado se
existia diferença entre os meios testados e o padrão (MS-MSB), através do
teste “t” pareado de
Student(=0,05).
A partir da análise dos resultados, constatou-se que os
meios utilizados (MSC-2 e MSC-4) não se adequam à recuperação de Streptococcus
“não-mutans” quando comparados com o método tradicional (MS-MSB),
uma vez que inibem não só o
crescimento de S.mutans como de outros Streptococcus orais. Foi
observado ainda que não houve diferença entre o número de colônias
observadas no MS e (MS-MSB), sugerindo que para a quantificação de Streptococcus”não-mutans”
deve ser utilizada a contagem
obtida no MS, excluindo-se as colônias características de S.mutans.
Apoio:
CAPES / CNPq.
163
Contagem de estreptococos do grupo mutans em crianças
de 2-6 anos
F. C.PIMENTA*, A. C. RIBEIRO, C. BENICIO GOULART, R.A.
CARDOSO
Depto.
Microbiologia, IPTSP - UFG. Tel./Fax (062) 261-6414
Vários estudos tem descrito a etiologia da cárie dentária,
sua ocorrência e a presença dos estreptococos do grupo mutans na cavidade
oral.
O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência
deste microrganismo na cavidade oral de um grupo de 48 crianças de 2-6 anos, da
Creche Santa Úrsula. As amostras de saliva foram coletadas com espátula de
madeira, segundo KÖHLER & BRATTHAL ( J. Clin. Microbiol., 9 (5) :
584-8,1979), sendo realizada contagem das unidades formadoras de colônia (ufc)
de estreptococos do grupo mutans.Vinte e duas (45,8%) crianças apresentaram
contagens maiores do que 100 ufc, quinze (31,3%) mostraram 50-99 ufc e apenas
onze (22,9%) tiveram níveis menores do que 49 ufc. Estas crianças serão
submetidas a um programa preventivo que inclue o emprego de fluoretos e
atividades educativas. Outras contagens de estreptococos do grupo mutans serão
realizadas para avaliar o programa preventivo.
Nossos resultados, ainda preliminares, mostram uma
prevalência elevada de estreptococos do grupo mutans na saliva de crianças na
faixa etária de 2 a 6 anos.
Apoio
financeiro : Depto. Microbiologia -
IPTSP – UFG
164
Análise em M. E. V. das alterações morfológicas do
esmalte de decíduos,
atacado com Nd: YAG e ácido fosfórico
S.M.Rode, W. R.C.AZEVEDO*,
M.E.LIAN, J.L.LAGE MARQUES / Fac. de Odontologia da Univ. de São Paulo, ICB –
USP
As alterações produzidas pelo efeito do laser de Neodymium :
yttrium-aluminium-garnet (Nd:YAG 1.064 nm) foram comparadas com as do ácido
fosfórico 38 % na superfície do esmalte.Vinte dentes decíduos recem-extraídos
foram preparados e divididos em quatro grupos experimentais com variações no
tipo e densidade de energia de ataque ao esmalte. Para facilitar a localização,
foi demarcada com grafite uma área na superfície do esmalte com dimensão
aproximada de 0,3 mm2. No grupo 1 empregou-se Nd:YAG - 83,3 J/cm2
, no grupo 2 - 165,4 J/cm2
e no grupo 3 -186,5 J/cm2
,enquanto que no grupo 4 realizou-se o ataque com ácido fosfórico 38% (gel)
durante 30 segundos. Os dentes foram metalizados em aparelho Balzers SCD-050,
sendo examinados em microscópio eletrônico de varredura Jeol 6100 do
Departamento de Histologia e Embriologia, ICB - USP.
A
análise comparativa em microscopia eletrônica das alterações morfológicas
proporcionada pelas condições experimentais mostrou que os melhores resultados
ocorreram nos especimes do grupo 4 enquanto que no grupo irradiado com laser os
melhores resultados foram obtidos empregando 2W 133mJ/pulse, 20Hz, 165,4J/cm2
durante 60 segundos (grupo 2).
165
Avaliação histológica da hesposta do tecido ósseo,
em coelhos, frente a colocação
de
um implante dental de titânio - G.R.
Nogueira Fo*,
F.H. Nociti Jr, E.A. Sallum, A.W. Sallum
Depto.
de Prótese e Periodontia, Fac. de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP
O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre o
tecido ósseo e um implante dental de titânio (HT*- Carbontec materiais
especiais ltda - Brasil).
Foram utilizados 10 coelhos Nova Zelândia adultos, os
quais receberam um implante em cada fêmur, de acordo com a o protocolo para a
colocação de implantes osseointegrados (Bränemark et al. Scand. J. Plast.
Reconst. Surg., suppl. 16, 1977). Quarenta e dois dias após a cirurgia, os
animais foram sacrificados, os espécimes removidos, fixados, incluídos em
metil metacrilato e obteve-se secções com
30 µm de espessura.
Observou-se a proliferação de tecido ósseo
proveniente do endósteo e periósteo o que resultou em: 1. recobrimento da
cortical remanescente necrótica voltada para o implante com tecido ósseo
vital, 2. espessamento da cortical óssea, fenômeno denominado de
“corticalização” (Bränemark et al. Biomaterials, 4:25-28, 1983).
Concluiu-se
que, dentro das condições experimentais apresentadas, a presença destes
implantes não interferiu com o processo de regeneração óssea e, resultou na
presença de tecido ósseo maduro e vital perfeitamente adaptado à superfície
do implante.
166
Polímero ortopédico biocompatível (BOP) implantado em
ferida de extração dental
T. L. LAMANO CARVALHO*, S.P. XAVIER
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto - USP, RP - FAX (016) 633-0999
Pesquisadores russos desenvolveram e testaram clinicamente no
tratamento de fraturas ósseas um copolímero constituído de
polivinil-pirrolidona e metil metacrilato, denominado Polímero Ortopédico
Biocompatível (BOP) (Skondia et al. J. Int. Med. Res., 15: 293-302, 1987). A
biocompatibilidade do BOP tem sido testada também em tecidos subcutâneo e ósseo
de animais experimentais. O presente trabalho teve por objetivo investigar
histometricamente a biocompatibilidade do BOP implantado no alvéolo dental de
ratos. O polímero era preparado de acordo com as instruções do fabricante e
implantado no alvéolo (4,9 mm3) imediatamente após extração do incisivo superior
direito. Os animais foram sacrificados 1, 2, 3 e 6 semanas após; o material foi
descalcificado e processado para inclusão em parafina. Foram feitas secções
longitudinais semi-seriadas de 7 mm de espessura, coradas com hematoxilina e
eosina. Utilizou-se uma câmara clara para estimativa da fração de volume de
BOP e dos tecidos conjuntivo e ósseo no terço médio do alvéolo, por um método
de contagem diferencial de pontos. O exame histológico revelou a presença de
grânulos de BOP no terço médio, com resposta inflamatória inicial e reação
de corpo estranho persistente. A reabsorção progressiva de BOP da 1a
para a 6a semana (de 77,7±4,7
para 48,7±2,7 %) foi acompanhada de aumento da fração de volume dos
tecidos conjuntivo (de 21,1±4,3
para 26,6±1,9 %) e ósseo
(de 0,9±0,4 para 24,6±2,8 %). Ao final da 6a
semana,
trabéculas ósseas maduras estabeleciam íntimo contato com o implante em
diversos locais.
Os
resultados mostram que o material é biologicamente compatível, sendo
progressivamente substituído por tecidos conjuntivo e ósseo no processo de
reparo alveolar.
167
Implante de ionômero de vidro aumenta a osteogênese no
processo de reparo alveolar.
K.F. BOMBONATO*, T. L. LAMANO CARVALHO
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto-USP - RB - FAX (016) 633-0999
Tem-se se sugerido que o ionômero de vidro, além do uso
corrente como material restaurador odontológico, possa ter aplicação mais
ampla como substitutivo de tecido ósseo e juntas. Trabalho anterior
desenvolvido em nosso laboratório evidenciou a biocompatibilidade de um cimento
de ionômero de vidro tipo III (Vidrion F, White) implantado no alvéolo dental
de ratos (Brentegani et al. Biomaterials, 1996 no prelo). O presente trabalho teve por objetivo determinar
histometricamente se a presença deste material interfere com a cronologia do
reparo alveolar. Um grânulo do ionômero (1.21±0.13
mm3) era implantado imediatamente após extração do incisivo
direito superior e os tecidos moles eram suturados. Os animais foram
sacrificados 1, 3 e 6 semanas após, o material foi descalcificado e processado
para inclusão em parafina. Foram feitas seções longitudinais semi-seriadas de
7 mm de espessura, coradas com hematoxilina e eosina. Utilizou-se uma câmara
clara para estimativa da fração de volume dos tecidos ósseo e conjuntivo nos
terços apical, médio e cervical do alvéolo, por um método de contagem
diferencial de pontos (Lamano Carvalho et al. Braz. Dent. J., 1996, no prelo). O
exame histológico revelou a presença de grânulos regulares não-reabsorvíveis
do ionômero circundados por cápsula fibrosa, sem persistência do processo
inflamatório inicial ou de reação de corpo estranho, no terço cervical do
alvéolo. A presença do implante provocou um aumento discreto porém
significante (3-9%) na fração de volume de trabéculas ósseas maduras nos terços
cervical e médio, da 3 a
semana em diante.
Os
resultados mostram que o material favorece a osteogênese no processo de reparo
alveolar de rato.
168
Biocompatibilidade do polímero de Ricinus communis implantado
no alvéolo de rato
J.M. TEÓFILO*, C.A.C.A. ARAÚJO, T. L. LAMANO CARVALHO
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto - USP - RP - FAX (016) 633-0999
Os
polímeros emergira**m como materiais para implante devido a suas propriedades
mecânicas, estabilidade química e biocompatibilidade. Um polímero natural de
poliuretano, feito a partir do óleo da mamona (Ricinus communis), tem
sido testado como matriz para substituição de ossos e juntas (Kojima et al.
Ricinus Boletim Informativo, no
2, ano I, 1994). No presente estudo investigou-se histometricamente a
biocompatibilidade do polímero da mamona implantado no alvéolo de rato. Cinco
grânulos do polímero (0.540.03 mm3)
foram implantados imediatamente após extração dos incisivos direitos
superiores e os tecidos moles foram suturados. Os animais foram sacrificados 1,
2, 3 e 6 semanas após, o material foi descalcificado e processado para inclusão
em parafina. Foram feitas seções longitudinais semi-seriadas de
7 m de espessura, coradas
com hematoxilina e eosina. Utilizou-se uma câmara clara para estimativa da fração
de volume dos tecidos ósseo e conjuntivo em áreas teste (83 x 103
m2)
contíguas aos implantes, por um método de contagem diferencial de pontos
(Lamano Carvalho et al. Braz. Dent. J., 1996, no prelo). Grânulos do polímero
foram observados no terço cervical do alvéolo, sem reação de corpo estranho
e sem persistência da reação inflamatória inicial. Quantificaram-se a osteogênese
progressiva e a diminuição da espessura da cápsula fibrosa ao redor dos
implantes (de 35.03.1 m na 1a
semana para 6.80.7 m na 6a
semana). Ao final da 6a
semana as áreas teste apresentavam-se quase totalmente
preenchidas por tecido ósseo maduro, que estabelecia íntimo contato com os
implantes em vários pontos.
Os
resultados mostram que o material é biocompatível, sofrendo osteointegração
progressiva ao longo do processo de reparo alveolar.
169
Cronologia do reparo alveolar do rato após implante de
Ricinus communis.
C.A.C.A. ARAÚJO*, J.M. TEÓFILO, L.G. BRENTEGANI
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto - USP - RP - FAX (016) 633-0999
O Departamento de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros
(Universidade de São Paulo, São Carlos, Brasil) desenvolveu um poliol natural
derivado do óleo da mamona (Ricinus communis) e a partir dele obteve-se um
poliuretano por polimerização do poliester de poliol com
difenilmetanodiisocianato. Trabalho desenvolvido em nosso laboratório mostrou a
biocompatibilidade do polímero da mamona implantado em alvéolo dental de rato
(Lamano Carvalho et al. Int. J. Oral Maxillofac. Surg. 1996, no prelo). O
Objetivo do presente trabalho foi determinar histometricamente se a presença
deste material interfere com a cronologia do processo de reparo alveolar. Cinco
grânulos do polímero (0.54símbolo 177 \f “Symbol” \s 120.03 mm3) foram
implantados imediatamente após extração dos incisivos direitos superiores e
os tecidos moles foram suturados. Os animais foram sacrificados 1, 2, 3 e 6
semanas após, o material foi descalcificado e processado para inclusão em
parafina. Foram feitas seções longitudinais semi-seriadas de
7 símbolo 109 \f
“Symbol” \s 12m de espessura, coradas com hematoxilina e eosina. Utilizou-se
uma câmara clara para estimativa da fração de volume dos tecidos ósseo e
conjuntivo nos terços apical e médio do alvéolo, por um método de contagem
diferencial de pontos (Lamano Carvalho et al. Braz. Dent. J., 1996, no prelo). O
exame histológico revelou a presença de grânulos não-reabsorvíveis do polímero
circundados por cápsula fibrosa, no terço cervical.
A
presença do material provocou diminuição discreta porém significante
(10-22%) na formação de tecido ósseo nos terços apical e médio, da 2a
semana em diante, em comparação com os respectivos controles.
170
Regeneração óssea guiada com membrana de colágeno.
Análise histométrica em cães
D.M. RÊGO*, E. MARCANTONIO JR.,R.A.C. MARCANTONIO,
R.C.C .LIA.
CMOS-Universidade
Federal do Rio Grande do Norte / FOAr –
Unesp
O objetivo deste estudo foi avaliar histometricamente em cães,
a efetividade de uma membrana de colágeno bovino reticulado, no tratamento de
defeitos ósseos periimplantares do tipo deiscência. Foram extraídos os dentes
1o.
, 2o
, 3o
e 4o pré-molares inferiores de dois cães e após 12
semanas, confeccionados sítios para colocação de implantes osseointegrados de
10x3,5mm, com uma deiscência óssea vestibular de 5mm. Um total de 7 implantes
constituiu o grupo teste, os quais foram recobertos pela membrana. O grupo
controle, constituído de 6 implantes, não recebeu nenhum material. Os retalhos
foram reposicionados e suturados em ambos os grupos. Após o período de 12 semanas, os animais foram sacrificados e os
resultados da análise histológica
demonstraram um padrão de osteogênese normal. Os dados histométricos, obtidos
através de um sistema analisador de imagens (MOCHA), e analisados pelos teste
estatístico t-student. Os resultados revelaram uma diferença estatisticamente
significativa, para as medidas de altura (teste=2,34mm e controle=1,17mm;
p=0,002) e área
( teste=1,82mm2
e controle= 0,70mm2
,p=0,006).
O
estudo demonstrou que a membrana de colágeno favoreceu a formação óssea em
defeitos perimplantares tipo deiscência em relação ao grupo controle.
171
Efeito do ultra-som no processo de reparo ósseo. Análise
histológica
A.P. F. BASSI*;C.BONATTI NETO;J.R.GONÇALVES
Depto
de Patologia, Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP - Fone:
(016)232-1233 ramal 118
Este trabalho teve como objetivo comparar histologicamente o
processo de reparação óssea após implantação de parafusos de titânio em
tibias de coelhos sob estímulos ultrassônicos e do lado contra lateral com
implantação idêntica entretanto sem estimulação. Para isso foram utilizados
8 coelhos que receberam 4 implantes cada um, assim distribuídos: 2 implantes na
tíbia esquerda e 2 implantes na direita. Os implantes feitos nas tíbias
esquerda foram estimulados por ultra-som diariamente até o dia anterior ao sacríficio
e constituíram o grupo experimental. Os implantes nas tíbias direita constituíram
o grupo controle. As estimulações ultrassônicas realizadas foram de baixa
intensidade(31mW/cm2) e tiveram duração diária de 20 minutos. Os animais foram
sacrificados e analisados em 2 períodos distintos: 21 e 42 dias. Os implantes
foram removidos antes de serem feitos cortes histológicos para análise em
microscopia óptica.
Os
resultados demonstraram que não houve interferências negativa ou positiva da ação
do ultra-som no processo reparacional do tecido ósseo após implantação nas
avaliações histólogica. Os implantes mostraram, nos dois períodos estudados,
sinais de terem áreas osseointegradas.
172
Estudo in vitro da biocompatibilidade da hidroxiapatia utilizada em
implantodontia
R. Ruano; A.G. Jorge*; M.M.
Crivelini; a.a.h. Brandão
Disciplina
de Patologia Bucal, FOUSP -
Tel . (011) 8187912
A hidroxiapatita é uma substância que apresenta propriedades
de natureza física e química que são determinantes dos níveis da sua
biocompatibilidade. São poucos os
trabalhos que analisaram essa biocompatibilidade in vitro.
Portanto, nos propusemos a estudar in vitro o crescimento e a
viabilidade de fibroblastos (NIH 3T3) crescidos sobre substrato contendo
hidroxiapatita. Os fibroblastos
foram cultivados nas mesmas quantidades sobre placas de Petri cobertas com colágeno
(n=18, controles) e placas cobertas com colágeno e hidroxiapatita (n=18,
tratadas). Três culturas de cada
grupo foram contadas diariamente após o plaqueamento durante seis dias.
Durante a contagem foi obtida a porcentagem de viabilidade celular.
A morfologia das células foi observada em microscopia de luz e eletrônica
de varredura. As células cresceram
em íntimo contato com os cristais de hidroxiapatita.
Até o terceiro dia após o plaqueamento o crescimento das duas culturas
foi semelhante. A partir do quarto
dia houve um atraso de 24 horas nas culturas tratadas em relação às
controles. A viabilidade celular
das culturas tratadas (64,38±2,24%) foi significantemente menor (p<0,01) que
a das culturas controles (94,80±0,10%) durante todo o experimento.
Entretanto, no sexto dia de cultivo não havia mais diferença estatística
entre o número de células tratadas e controles.
Nossos achados comprovam, in vitro , que a hidroxiapatita é uma
substância biocompatível.
O atraso no crescimento celular e a menor viabilidade
provavelmente foram consequências da presença física dos cristais de
hidroxiapatita que competiram pelo espaço cultivável das placas.
FAPESP
nº1995/0476-5
173
Influência das dimensões da supraconstrução no osso
perdido dos implantes
IMZ. J. JOFRÉ*1,
E. ENGEL2,
H. WEBER2
Departamento
de O. Restauradora, Universidade de Concepción-Chile1
e Universidade de Tübingen, Alemanha2
Foi publicado que tensões inadequadas podem resultar em
reabsorção do osso perimplante. As forcas sobre os implantes podem ser
aumentadas através de braços de alavancas, formados pela distância entre os
implantes e o a altura da superconstrução. O objetivo desse estudo foi
correlacionar as dimensões da superestrutura com o osso perdido ao redor de
implantes IMZ que suportam uma sobredentadura mandibular durante pelo menos seis
anos.
Foram selecionados 21 pacientes com um promédio de
idade de 61 anos (44-80). Cada paciente tem dois implantes IMZ com uma barra
Dolder suportando uma sobredentadura mandibular por um tempo promedio de 7,6
anos (6,8-8,3). A perda de osso ao redor dos implantes foi medida em
radiografias panoramicas de acordo com Jansen e Spiekermann. Essas medicoes
foram comparadas com aquelas obtidas de radiografias pos insercao da protese. O
comprimento (faixa 17 a 29 mm) e altura (faixa 7.5 a 10 mm) da barra Dolder
foram determinados por medicoes lineares. Alem disso, parametros clinicos como
profundidade de saco, indice de placa (Silness and Löe), e Indice Gengival (Löe
and Silness) foram coletados.
Os coeficientes de correlacao de Sperman revelou uma
relacao linear entre o osso perdido e o comprimento da barra Dolder (p0.01). Nao
foi encontrada uma correlacao positiva entre o osso perdido e outros parametros
(p0.05). Esse resultado confirma
estudos biomecanicos previos “in vitro” (Bidez 1992, Meijer 1993, 1994).
Um aumento no comprimento da barra Dolder (distancia
entre os implantes) pode representar um papel importante na reabsorcao do osso
do implantes IMZ que suportam sobredentaduras.
Financiado
por Deutsche Forschungsgemeinschaft (DFG) SFB 175 Implantologie
174
Estudo entre osso autógeno e poliuretana enxertados em
sítios ósseos
ao lado de implantes de titânio
J.K.UEDA*;L.T.
O.RAMALHO;S.HETEM;J.SCARSO Fº. / Depto. Morfologia,Faculdade de Odontologia de
Araraquara - Unesp- SP
Implantes de titânio têm sido utilizados há mais de 20
anos.Insucessos tem ocorrido por falta de osseointegração e uma das causas são
os defeitos ósseos no rebordo alveolar.Nos últimos anos houve a procura de
novos biomateriais para aplicação biomédica, sendo um deles a poliuretana
derivada do óleo de mamona que apresenta uma substituição gradual por tecido
ósseo. Foram utilizados 10 coelhos brancos da raça New Zealand, com
peso aproximado de 3,5 kg e divididos em dois grupos que corresponderão ao
material implantado.Grupo I com enxerto ósseo autógeno da calota craniano e
Grupo II com o biomaterial a base de poliuretana de óleo de mamona.Em cada espécime
foram implantados 2 implantes HT na tíbia esquerda sendo gerado defeitos
ósseos e preenchidos pelos dois tipos de materiais estudados, sendo proservados
por 40 dias.Os resultados evidenciaram uma substituição parcial do enxerto de
poliuretana por osso autógeno imaturo com ausência de reação inflamatória e
no grupo do enxerto autógeno ocorreu uma substituição e incorporação do
tecido ósseo estando em fase de remodelação.
Concluímos que,pelo período utilizado,o material se
mostrou compatível como biomaterial.
Apoio
: CNPQ
175
Avaliação da biocompatibilidade de hidroxiapatita para
preenchimento de lacuna óssea
J.L. LAGE MARQUES; M. MUZZILI*; M.R. FARIA; S.M. RODE
FOUSP
- Tel. 818-7219 - ICB – USP
Nas áreas contínuas ou contíguas ao tecido ósseo vários são
os experimentos que expressam a preocupação com o preenchimento das lacunas
geradas pelo desenvolvimento de processos patológicos através da inclusão de
materiais biologicamente compatíveis e capazes de induzir a osteoformação, um
destes materiais é a hidroxiapatita. Assim procurou se avaliar em vários
aspectos a reação tecidual de uma hidroxiapatita desenvolvida no Depto de
Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos. Foram utilizados
16 ratos da linhagem Wistar, nos quais foram feitas cavidades de aproximadamente
2mm de diâmetro, com instrumento cortante rotatório em osso longo (tíbia) da
perna direita. Em 12 animais esta cavidade foi preenchida com a hidroxiapatita,
e 4 serviram como controle. Os animais foram sacrificados por inalação de éter
sulfúrico aos 15, 30, 45 e 60 dias de pós-operatório; quando foi dissecada a
tíbia. Os espécimes foram imersos em solução de Bouin, decalcificados pelo método
de microondas (Faria et al., Rev.Paul.Med., 110:283, 1992) e seguiram
processamento histológico de rotina para inclusão em historesina, cortes de 2
m foram corados por H.E. e tricrômico de Mallory. A análise dos cortes histológicos
de todos os tempos mostrou osteoblastos com morfologia compatível com células
em franca atividade assim como áreas de ossificação e remodelação óssea.
Nos
tempos estudados observou-se morfologicamente que quando se utilizou a
hidroxiapatita para preenchimento da cavidade o processo de neoformação óssea
foi mais intenso que nos animais controle.
176
Correlação entre o status gengival e cárie em crianças
HIV+
A.R.Vieira*, G.F.
Castro,R.H.S.Oliveira,G.K.Bastos
FO/IPPMG/NESC‑UFRJ,
Rio de Janeiro
O objetivo deste trabalho foi determinar em 43 crianças HIV+
(IPPMG-UFRJ) de ambos os sexos com idades entre 2 e 13 anos, o índice gengival
(IG-Loe & Silness, 1963) modificado, correlacionando com o CPOD/ceo (OMS) e
o nível de imunossupressão das crianças estudadas através da relação
T4/T8. Os exames clínicos foram realizados por um único examinador em maca sob
luz ambiente. Para a análise estatística, foram utilizados o teste de correlação
linear de Pearson e o teste U de Mann-Whitney. O IG correlacionou-se
significantemente (r=0,34; p<0,05) com o CPOD/ceo. Houve diferença
(p<0,0336) entre o CPOD/ceo das crianças com o IG=0(n=14) e IG0,1(n=29):
Me=2,5(Min=0,Max=10) vs. Me=5(Min=0,Max=20); porém entre o IG das crianças sem
cárie (n=9) e com CPOD/ceo1(n=34) não houve diferenças. As crianças com relação
T4/T80,5 (menos comprometidas imunologicamente /‑CI: n=11) apresentaram
diferenças (p<0,0026) para o CPOD/ceo em comparação com crianças com
T4/T8<0,5 (mais comprometidas imunologicamente /+CI: n=23): Me=2(Min=0,Max=9)
vs. Me=8(Min=0,Max=20). Não houve diferenças estatisticamente significantes
para o IG entre estes dois grupos. As crianças com T4/T8<0,5 mostraram
correlação estatisticamente significante entre o IG e o CPOD/ceo
(r=0,54,p<0,01) ao contrário das crianças com T4/T80,5.
É possível concluir que existe correlação entre o IG
e o CPOD/ceo na população estudada. As crianças +CI mostraram maior CPOD/ceo,
quando comparadas ao grupo -CI, e correlação entre o IG e o CPOD/ceo.
(CNPq
521652/95-2)
177
Suco de beterraba usado como evidenciador de placa
bacteriana
M.J.D.C. LIN, E. MORAES*
Depto.
Patologia, Faculdade de Odontologia
de São José dos Campos da UNESP/SP - Tel./Fax (012) 341-8182
O trabalho se propõe a verificar a eficácia do suco
concentrado de beterraba na evidenciação da placa bacteriana para futura
utilização como complemento dietético por escolares. O suco de beterraba foi
preparado em centrífuga, sendo administrados 10 ml, para ser bochechado por 2
minutos e deglutido por 28 escolares, de 9 e 10 anos de idade, ao custo de
R$0,16 por criança. Dentro das mesmas condições experimentais, foi realizada
a evidenciação de placa pela eritrosina. A quantidade de placa bacteriana
observada foi medida, registrando-se em fichas apropriadas os números médios
de superfícies evidenciadas por criança, nas duas condições. As médias de
superfícies coradas pela eritrosina variaram de 0,21 a 0,75 e pelo concentrado
de beterraba de 0,07 a 0,69. O teste de diferença de médias mostrou não haver
diferença estatisticamente significante, ao nível de 5%, entre os dois métodos.
O suco concentrado de beterraba mostrou ser um
evidenciador de placa bacteriana confiável, de baixo custo e alto valor
nutritivo. Pode ser utilizado como complemento da merenda escolar e substituir
com vantagens os evidenciadores de placa usuais.
Iniciação Científica - CNPq
178
Heredograma da fibromatose gengival hereditária em 158
membros de uma mesma família.
M.A.N. Machado*; L. Bozzo ;
S.R.P. Line ; R.D. Coletta
Disciplina
de Patologia Oral da Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp
A Fibromatose Gengival Hereditária (FGH) manifesta-se
clinicamente como um aumento gengival firme, difuso, indolor, não hemorrágico,
de coloração rosa e com pontilhado superficial característico.
É uma condição benigna que pode ocorrer sozinha ou
como parte de uma síndrome. De 1980 a 1989 foram examinados 132 membros
desta família, dos quais 105 eram descendentes diretos, com 50 (48%) indivíduos
manifestando a FGH como um traço autossômico dominante (BOZZO et al , 1994;
Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. 78: 452-4).
A atualização da árvore genealógica dessa família,
mostra em 1996, 217 membros em sua quinta geração, com 158 descendentes
diretos, dos quais 64 (40,5%) manifestaram a fibromatose gengival. Os dados
foram obtidos através de rigorosos e completos exames clínicos e entrevistas.
Esta pesquisa sugere que a FGH nesta família constitui
uma entidade isolada, não sendo parte de qualquer síndrome. É transmitida por
um gene autossômico dominante com penetrância completa (os indivíduos
fenotipicamente normais não transmitem a alteração para seus descendentes) e
expressividade varíavel.
Financiado
pela FAPESP, processo nº 94/4802
179
Análise de temperatura subgengival como método diagnóstico
em periodontia
L.F. N. RUIZ, S.L.S. SOUZA*, A.CAMPOS JR., E.PASSANEZI
Depto. Prótese, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP,
Bauru, SP
Um dos objetivos principais da pesquisa em Periodontia é
atualmente o desenvolvimento de novos métodos diagnósticos para identificar os
indivíduos de maior risco à perda de inserção. Dentro desse contexto, um dos
parâmetros correlacionados tem sido a temperatura subgengival. No presente
trabalho, foram selecionados 29 indivíduos, considerados de risco à doença
periodontal. Foi realizada inicialmente raspagem e polimento supra e
subgengival, com aparelho ultrassônico (Profi II, Dabi Atlante), para a
padronização da situação gengival da amostra. Um mês depois, avaliou-se a
distribuição da temperatura, com uma microsonda do tipo “T”, acoplada a um
termômetro digital (modelo BAT-10, Physitemp Instruments Inc.) e o nível de
inserção, através de sondagem computadorizada (“Flórida Probe”). Foram
medidos seis sítios por dente: mesiovestibular, vestibular, distovestibular,
mesiolingual, lingual e distolingual), utilizando-se uma placa mordiada acrílica
para a padronização das medidas de sondagem. Os resultados mostraram um padrão
de temperatura semelhante ao relatado anteriormente na literatura, com um
gradiente anteroposterior de temperatura (molares com temperaturas mais elevadas
que incisivos) e a mandíbula com temperaturas superiores à maxila. O teste
mostrou-se pouco sensível e altamente específico, especialmente para os
molares.
Concluiu-se
que a análise da temperatura subgengival é uma metodologia a ser aperfeiçoada,
visando sua utilização futura, em associação a outros parâmetros, no diagnóstico
precoce da doença periodontal.
180
Alteração do PSR em pacientes submetidos a tratamento
clínico integrado
F.L. ROSELL*; A. A. B. M. POMPEU
Depto.
Odontologia Social. Fac. Odontologia de Araraquara-UNESP - Tel (016) 232-1233
ramal 115
O
PSR (Periodontal Screening & Recording) ou Registro Periodontal Simplificado
é um sistema de otimização do diagnóstico periodontal, sendo de fácil execução,
rápido e sensível e recomendado pela ADA e AAP para melhor padronização dos
registros de diagnóstico periodontal e amparo legal aos tratamentos. Este
estudo teve a finalidade de avaliar através do PSR as condições periodontais
encontradas em pacientes que receberam tratamento clínico integrado. American
Dental Association & American Academy of
Periodontology-Procter & Gamble, 1992; Tekavec, M.M.,Tekavec, C.D.PSR
provides new patient-management tool. Dent. Economic.,69: 69-72, 1993. O
índice foi aplicado em 42 pacientes de ambos sexos, antes e após o tratamento,
sendo 15 com idades entre 19-34 anos e 27 com 35-61 anos. Com auxílio de uma
sonda especialmente recomendada (OMS 621), os códigos 0-4
(identificam critérios de sangramento, cálculo e bolsa) foram atribuídos
a cada sextante, estando estes associados ou não a um asterísco (*) (presença
de recessão, invasão de furca, mobilidade ou alterações mucogengivais). O código
(*) foi identificado, de modo geral, em cerca de 57% dos indivíduos nos exames
iniciais e 31% nos exames finais, com acentuada redução em ambos grupos etários.
Os códigos prevalentes, segundo o indivíduo e em proporções iguais foram nos
exames iniciais, nos respectivos grupos etários
2 e 3 (33%) e 3* e 4* (26%);
após o tratamento a prevalência foi dos códigos 1 e 2 (40%) em proporções
iguais e 1 (53,3%).
Os
resultados permitiram concluir que em relação as implicações de tratamento,
houve diminuição das necessidades em 73% (19-34 anos) e 48% (35-61 anos),
embora em nehum caso elas tenham sido totalmente atendidas; entre os pacientes
com necessidade de tratamento tipo 4 (48%), ou seja, de encaminhamento ao
especialista, apenas 14% terminaram o tratamento com tais necessidades, apesar
de tratados por clínicos gerais em formação.
181
Progressão da doença periodontal em imagens
digitalizadas de dentes restaurados
A. C. P. SANT’ANA*;
A. CAMPOS JR.
Disc.
Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru - USP - Tel.: (0142) 23-4133,
ramal 278
As radiografias exercem papel fundamental no diagnóstico e
acompanhamento da progressão da doença periodontal. Ao nível dos conhecimentos atuais, dois métodos são
considerados como padrão ideal de diagnóstico de atividade da doença
periodontal: perda de inserção e de osso alveolar. (Jeffcoat; Capilouto. Risk Ass. Dent., 2/3: 109-13, 1989). Assim, novas técnicas foram desenvolvidas visando a maior
precisão do teste diagnóstico empregado, dentre as quais os procedimentos de
digitalização de radiografias. Considerando
ainda a discussão existente quanto ao comportamento do periodonto marginal
frente à inserção de próteses ou restaurações, esse trabalho teve por
objetivo avaliar a progressão da doença periodontal em sítios associados a
restaurações metálicas, comparando-a a de sítios não restaurados, em 25
pacientes com idade variável entre 18 e 45 anos, oferecendo total de 377 sítios
disponíveis para análise, por período de monitoramento de 6 meses.
Após os procedimentos de exposição e processamento rigorosamente
padronizados, as radiografias foram digitalizadas através de “scanner” para
slides de 35 mm, armazenadas em computador e avaliadas em programa específico
de análise de imagens. Dos sítios
analisados, 4.24% da amostra experimental e 3.98% do grupo controle apresentaram
pequenas variações de nível ósseo. A
análise estatística dos dados pelo teste-t demonstrou que não houve diferença
significante entre os grupos (p > 0.05) e entre as medidas obtidas nos dois
exames.
Esses resultados sugerem que não há diferença
significante do padrão de progressão da doença entre os dentes restaurados e
não-restaurados, segundo a presente metodologia.
Este
trabalho de pesquisa foi financiado pelo CNPQ.
182
Diagnóstico da progressão da doença periodontal por
meio de avaliação
do risco da perda de inserção conjuntiva
E.J.V.
LOURENÇO*, M. TABA JR., A. CAMPOS JR/Depto. de Periodontia, Fac. de Odontologia
de Bauru-USP-Tel.(0142) 23-4133, R. 278
A monitoração longitudinal do nível de inserção
conjuntiva, por meio de sondagem, é considerada atualmente como “gold
standard” na análise da progressão da doença periodontal. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a progressão da doença periodontal em pacientes
adultos-jovens não tratados, por meio de monitoração longitudinal de alterações
ocorridas no nível de inserção conjuntiva relativo, utilizando sonda eletrônica
de força constante. Um grupo de 27 indivíduos, 15 homens e 12 mulheres, com
idades variando entre 21 e 45 anos, apresentando pelo menos dois dentes com
profundidade de bolsa > 5,0mm e um sítio com perda de inserção >
4,0mm, foram monitorados por meio de exames semestrais de sondagem eletrônica
padronizada do nível de inserção relativo. De um total de 3895 sítios, 391
(10,01%) apresentaram em média perda de inserção anual de 1,5mm. A análise
da sensibilidade e da especificidade da perda deinserção conjuntiva >
0,3mm no intervalo de seis meses, revelou valores de 66% para a sensibilidade e
de 77% para a especificidade.
Portanto os sítios com aumento na medida do nível de
inserção conjuntiva >
0,3mm no intervalo de 6 meses, podem ser considerados como de risco para
futuras perdas de inserção conjuntiva.
Este
trabalho foi financiado pela CAPES
183
Análise microbiológica de pacientes de risco à doença
periodontal
E. C. BARROSO *.;
A., CAMPOS JR.
Disc.
Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru - USP - Tel: (0142) 23-4133,
ramal 278
Examinou-se 104 amostras de placa subgengival de 25 pacientes
adultos (18-45 anos) com periodontite, considerados de risco à doença
periodontal, com relação à presença de bactérias, sensibilidade,
especificidade e valores previsores de perda de inserção, utilizando-se a técnica
“Slot Immunoblot”. As bactérias analisadas foram 3 espécies Gram negativas
(P.g., P.i., T.d.) e 2 Gram positivas (A.v., S.sg.). Dos 104 sítios
amostrados, 12 apresentaram perda de inserção e 92, não, quando medidas de
perda de inserção foram avaliadas em intervalo de 6 meses, utilizando-se sonda
computadorizada (Florida Probe) e um critério de “cohort” de 0,9 mm. A
partir da análise dos resultados, vê-se que poucos sítios tiveram perda de
inserção e que a quantidade de bactérias detectada parece ter pouco ou nenhum
valor previsor positivo de perda de inserção. O método de análise por
“slot immunoblot” é pouco sensível e altamente específico para detectar
perda de inserção em função da presença de bactérias. Um teste de diagnóstico
com tais características pode ser útil clinicamente, indicando indivíduos que
não experimentam atividade de doença Porém, parece que, atualmente, os métodos
de análise microbiológica não são suficientemente seguros para serem
utilizados sozinhos como métodos de diagnóstico.
Suportado
pela CAPES
184
Análise longitudinal da doença periodontal com novas
tecnologias de diagnóstico
M. TABA JR.*, A. CAMPOS JR.
Disc. de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru
- USP - T.el.(0142)23-4133, ramal 278
Os objetivos deste estudo foram monitorar a progressão da doença
periodontal não tratada durante um ano e estabelecer uma abordagem previsora
para o diagnóstico de indivíduos de risco à doença periodontal. Foram
selecionados 30 indivíduos (16 homens e 14 mulheres) com idade de 18 a 45 anos,
sem alterações sistêmicas, e que apresentavam pelo menos 2 dentes com
profundidade de bolsa > 5mm e 1 sítio com perda de inserção
conjuntiva > 4mm. Com o objetivo de padronizar a amostra (4416 sítios),
todos os pacientes foram submetidos à orientação de higiene bucal e à
raspagem ultra-sônica. Após 30 dias, realizaram-se os seguintes testes diagnósticos:
-sondagem eletrônica do nível relativo de inserção conjuntiva (Florida
Probe); -radiografias interproximais verticais padronizadas; -aferição da
temperatura subgengival com sonda modificada (Physitemp) e -análise bacteriológica
(Slot Immunoblot). Os testes foram repetidos após 6 e 12 meses. Os principais
resultados foram: 10.01% apresentaram perda
de inserção e 20,42% apresentaram perdas ósseas. A relação entre a perda óssea
e a perda de inserção demonstrou fraca correlação (r2=0,003).
No teste bacteriológico, encontrou-se sensibilidade de 25% e especificidade de
71%(P.gingivalis e P. intermedia) e no exame radiográfico 28% e
80%, respectivamente. Na análise da temperatura, detectou-se os respectivos
valores de 54% e 31%.
Concluiu-se que a perda de inserção conjuntiva e a
perda óssea, na maioria das vezes, não ocorrem no mesmo intervalo de tempo,
demostrando características distintas da doença e que a associação de testes
aumenta sensivelmente o poder diagnóstico.
Esta
pesquisa foi financiada pelo CNPQ.
185
Avaliação radiográfica dos efeitos interativos da
condição diabética e doença
periodontal associada à placa bacteriana em ratos
wistar albinos.
A. W. Sallum*, H.M. Fleury, V. A. Tramontina, L.M.C.
Nascimento
Foram utilizados 40 ratos Wistar albinos, adultos jovens,
distribuídos em quatro grupos experimentais: GRUPO I - não diabéticos com
irritante gengival; GRUPO II - diabéticos aloxânicos com irritante gengival;
GRUPO III - não diabéticos com irritante gengival retirado no décimo dia;
GRUPO IV - diabético com irritante gengival retirado no décimo dia. O diabetes
induzido pela administração de aloxâna monohidratada deluída em salina isotônica,
em dose única (150mg por kg de peso corporal), por via intraperitoneal.
Colocou-se ao nível da região dento gengival dos primeiros molares inferiores
esquerdos uma ligadura com fio de algodão para atuar como fator retentor de
placa bacteriana induzindo a lesão periodontal inflamatória. Os animais
sacrificados após 5, 10 e 20 dias e suas mandíbulas removidas, foram divididas
na sinfesementoniana e fixadas em formol a 10% para posterior exame radiográfico.
Os primeiros molares das heme-mandíbulas direitas foram usados como controle
contralaterais dos dentes que receberam o irritante gengival. Após a tomada
radiográfica, procedeu-se a quantificação da perda óssea das amostras, e os
percentuais de área radiolúcida em relação à área total interradicular
foram tratados estatisticamente. Os resultados sugerem que o diabetes, por si só,
não provoca a doença periodontal associada à placa bacteriana, no período
experimental estudado. Determinaram-se retas de regressão entre a extensão da
lesão periodontal e o tempo do experimento, separadamente para os diabéticos,
e verificou-se que a velocidade da progressão da lesão foi maior para os ratos
diabéticos.
A
condição diabética atua como agente modificador do curso da lesão
periodontal, desenvolvendo-se esta de forma mais acelerada que as lesões
periodontais em evolução nos ratos não diabéticos.
186
Hiperplasia gengival em pacientes renais usuários ou não
de ciclosporina
C.I. NONNENMACHER*;
R.V. OPPERMANN; L.F. GONÇALVES
FO
- UFRGS - Fax (051)338-1046
O objetivo do presente estudo foi determinar a presença
de hiperplasia (HG), bem como fatores locais e gerais associados, em
pacientes transplantados renais usuários de
ciclosporina (CyA) e pacientes sob hemodiálise. Participaram 38 pacientes
transplantados renais que usavam CyA há, no mínimo, 6 meses e 40 pacientes em
hemodiálise. Foram utilizados os índices de placa visível (IPV), de
sangramento gengival (ISG) e fator retentivo de placa (FRP) como possíveis
fatores de risco ao desenvolvimento de HG, bem como a dosagem de CyA
(mg/kg/dia), CyA sérica (ng/ml) e creatinina que foram analisados no grupo
transplante (GT). A severidade de HG foi estabelecida como leve, moderada e
severa. A análise estatística foi realizada com os testes T, ANOVA e
Qui-Quadrado. Observou-se que 27 pacientes transplantados desenvolveram HG,
mostrando uma prevalência de 71,1%, enquanto que no grupo hemodiálise (GH)
apenas um paciente desenvolveu HG.
Pacientes transplantados apresentaram significativamente mais SG do que o GH
(36% x 26%) enquanto que este grupo apresentou mais FRP (42% x 30%). Não
houve diferença estatística em
relação ao IPV, ISG e FRP em pacientes com e sem hiperplasia no GT, nem em
relação aos parâmetros médicos. Na análise do grau de severidade, no GT,
33,3% dos pacientes desenvolveram a forma leve de HG, 29,6% moderada e 37%
severa. Não foi observada correlação entre severidade de HG e tempo de uso de
CyA. Verificou-se que ISG e FRP foi maior nos pacientes que desenvolveram
a forma severa de HG.
Conclui-se
que há uma associação entre HG e o uso de CyA, sendo que a presença de SG e
FRP está associada à severidade de HG.
187
Alterações provocadas pelo desimpedimento e pela
vimblastina em fibroblastos do ligamento periodontal de incisivos de ratos
P.
D. NOVAES*; M.A.J. SILVA, J. MERZEL / Depto. de Morfologia - FOP/UNICAMP
As
densidades de volume (Vv) de estruturas da face mesial do ligamento periodontal
(LPD) de incisivos inferiores de ratos, em condição de erupção desimpedida,
que acelera a erupção, e sob a ação da vimblastina, que retarda a erupção,
foram analisadas em 5 regiões: R1 e R2 entre a crista alveolar e
face mesial do 1o
MI; R3, R4 e R5 relacionadas respectivamente ao 1o,
2o
e 3o
MI, cada uma dividida em 3 compartimentos: dental (D), osseo (B) e
um intermediário entre ambos (M). Os dentes foram agrupados em: controle
impedido (CI), controle desimpedido (CD), vimblastina impedido (VI) e
vimblastina desimpedido (VD). Em eletronmicrografias, no aumento de 6000x, foram
determinadas as Vv de fibroblastos (Vvf) e matriz extra-celular (Vvme); e no
aumento de 47.730x, as Vv em relação a Vvf de: mitocôndrias, Golgi,
lisosomas, retículo endoplasmático granular, microtúbulos, junções
celulares e vesículas de colágeno, usando-se um retículo coerente de 100 e
400 pontos. Em CI, Vvf e Vvme não se alteraram ao longo do dente, com exceção
do compartimento M, onde, em R2 e R3, Vvf foi maior e Vvme menor que nas demais.
O desimpedimento aumentou a Vvf e diminuiu a Vvme, significativamente, nos
compartimentos M e B das regiões 4 e 5 [e.g., em M da R4, Vvf: CI=0,322 e
CD=0,532; Vvme: CI=0,678 e CD=0,468]. A vimblastina provocou algumas diferenças
opostas entre dentes impedidos e desimpedidos: onde, p.ex., a Vv aumentou nos
primeiros, diminuiu nos últimos [e.g., em T da R1, Vvme: CI=0,623 e VI=0,718;
CD=0,746 e VD=0,640]. Entre as estruturas citoplasmáticas, a alteração mais
marcante foi a dos microtúbulos cuja Vvmt aumentou nos dentes desimpedidos,
principalmente, nos compartimentos T e B de R1 e R2 e diminuiu, de modo
generalizado, nos dois grupos tratados pela vimblastina [e.g., em T da R1, Vvmt:
CI=0,0014 e CD=0,0073; CI=0,0014 e VI=0,00; CD=0,0073 e VD=0,0018].
Os
resultados indicam que as diferentes regiões e compartimentos, em que o LPD
pode ser dividido, não se comportam por igual em relação a fatores que
alteram o processo de erupção.
FAPESP 93/3411-6 - CNPq
350965/94-3
188
Regeneração periodontal com membranas reabsorvíveis
E.A. SALLUM *, A.W. SALLUM, F. H.NOCITI JR, S. TOLEDO
Periodontia-
FOP / UNICAMP
O
objetivo deste estudo foi avaliar o uso de membranas reabsorvíveis (GUIDOR) em
defeitos periodontais em cães, utilizando análise histométrica,
comparando-se à terapia convencional. Deiscências ósseas vestibulares
(3x5mm) foram criadas nas raízes distais dos terceiros pré-molares mandibulares
(P3) em 5 cães e uma tira metálica tipo Toffelmire foi fixada na área. Três
meses após a fabricação do defeito, as bandas metálicas foram removidas, retalhos
foram elevados, as superfícies radiculares instrumentadas e sulcos de demarcação
foram feitos na base dos defeitos para permitir avaliação histométrica. Os defeitos,
contralaterais, receberam aleatoriamente o tratamento teste (membranas reabsorvíveis)
ou controle (terapia convencional). Os animais foram sacrificados após 3 meses.
A análise histométrica foi executada com ocular milimetrada Zeiss calibrada
em aumento de 40x e consistiu nas distâncias: sulco apical - novo cemento (NC),
sulco apical - crista óssea (NO) e extensão do epitélio sulcular e juncional
(EJ). Os resultados mostraram nova inserção conjuntiva (NC) nos sítios testes
significativamente maior que nos controles. A nova inserção (NC) foi em média
de 2,79 + 0,74mm e 1,47
+
0,20 nos sítios testes e controles, respectivamente (P<0,05). Tambem a migração
epitelial (EJ) foi reduzida nestes sítios com 1,65 + 0,37mm nos testes e 2,64 +
0,83mm nos controles (P<0,05). A análise estatística revelou diferenças
significantes favorecendo as áreas testes no aumento da inserção conjuntiva
e diminuição do crescimento apical do epitélio, porém, não foram
encontradas diferenças na resposta óssea (NO) que foi de 0,73 +
0,58mm nos testes e 0,75 +
0,74mm nos controles.
Concluiu-se
que a membrana reabsorvível foi efetiva em bloquear o crescimento apical do
epitélio e a proliferação do tecido conjuntivo gengival, promovendo nova
inserção de acordo com o princípio da “regeneração tecidual dirigida”.
189
A extrusão dentária e a sua importância na clínica
odontológica
P. A.D.R.CIRUFFO*, E.A..SALLUM, D.F. NOUER, F. A.SILVA
Ortodontia
- FOP / UNICAMP
O presente trabalho tem por objetivo, verificar as alterações
periodontais através de exames radiográficos periapicais milimetrados, dos
dentes submetidos à extrusão dentária. Foram usados na pesquisa 15 dentes,
que foram submetidos à Extrusão Dentária, através do uso do Aparelho Fixo
pela técnica de Edgewise. A Força ortodôntica aplicada foi de 20-30 gramas no
primeiro dia, aos 15, 30, 45 e 60 dias do período ativo, sendo também avaliado
as condições periodontais dos dentes vizinhos.
Após o período ativo, foi colocado um arco seccionado
passivo retangular
0,17” x
0 ,22” para a estabilização. A relação das médias de recidiva aos
30 e 60 dias do período de contenção foram de 0,04mm e 0, 26mm. A cada dia de
tratamento ativo, o nível da extrusão da raiz foi de 0,044mm, já em relação
a margem gengival e a margem do preparo houve um aumento de 0,047mm e 0,045mm
para a distância entre a margem óssea e a margem do preparo. O coeficiente
linear em relação ao comprimento radicular dos dentes vizinhos para cada dia
de tratamento, foi de 0,003mm. O teste t foi significativo ao nível de 1% de probabilidade para todos
os coeficientes de correlação indicando, que as variáveis são
correlacionadas.
Conclui-se,
que houve alteração milimétrica na crista alveolar e na crista gengival dos
dentes submetidos à Extrusão Dentária, assim como também nos dentes
vizinhos. O tempo médio de Extrusão foi de 47 dias. A média da extrusão
obtida foi de 2,73mm.
190
Tratamento de deiscências ósseas periodontais com
membranas de colágeno e ePTFE.
Estudo histométrico em cães
R.A.C.
MARCANTONIO*, E. MARCANTONIO JR, J.A. CIRELLI, G. Goissis / Depto. Diag. e Cirur., F. O. Araraquara - UNESP-SP
O presente trabalho avaliou membranas experimentais de colágeno
e de ePTFE no tratamento de defeitos periodontais tipo deiscência, pela Técnica
de Regeneração Tecidual Guiada (R.T.G.). Foram criados defeitos periodontais
na superfície vestibular das raizes dos 2º , 3º e 4º pré-molares inferiores de ambos os lados, de três cães.
Uma matriz para amálgama foi
fixada com resina composta na porção coronária e mantidas por 8 semanas. Após
esse período, os dentes receberam tratamento de acordo com os grupos: Controle
(I) - cirurgia a retalho convencional; Colágeno (II) - tratamento pela técnica
de R.T.G. com membranas de colágeno; ePTFE (III) - semelhante ao anterior, porém
com membranas de ePTFE (Gore Tex®). Três meses após os animais foram sacrificados.
Realizou-se análise histométrica, medindo-se a extensão do tecido epitelial e
neoformação de cemento e osso. Os resultados foram avaliados através do Teste
de Análise de Variância e demonstraram valores estatisticamente iguais com as
médias: 2,4 mm; 1,9 mm e 2,1 mm de epitélio; 2,3 mm; 2,2 mm e 2,9 mm de
cemento neoformado e 0,6 mm; 0,7 mm e 1,1 mm de osso neoformado, para os grupos
I,II,III, respectivamente. De acordo com estes resultados concluiu-se que houve
regeneração periodontal parcial nos três grupos; as membranas de colágeno e
de ePTFE apresentaram resultados estatisticamente iguais quanto aos parâmetros
avaliados e não foram encontradas diferenças entre os dentes tratados com a técnica
de Regeneração Tecidual Guiada ou com o tratamento convencional.
Apoio
Financeiro: PADCT/CNPq
191
Estudo comparativo entre raspagem radicular e jateamento
com bicardonato no tratamento da periodontite
G.
BERND*, R. V. OPPERMANN / Curso de Odontologia, ULBRA - RS - Tel (051) 477-4000
O objetivo do estudo foi comparar os resultados clínicos de
duas técnicas de remoção de placa, com e sem remoção de cálculo, no
tratamento da periodontite de adulto. Participaram
do estudo 8 pacientes. Os parametros clínicos avaliados foram: Índice de Placa
(IPl), Índice Gengival (IG), profundidade de sondagem (PS), níveis de inserção
(NI) e sangramento à sondagem (SS). Os
dados foram levantados após o controle da placa supragengival e 90 dias após o
acesso cirúrgico à placa subgengival realizado com retalho de Widman
modificado. Durante o procedimento
cirúrgico metade dos dentes mono-radiculares selecionados recebeu raspagem e
alisamento radicular (GR) e a outra metade jateamento com bicarbonato de sódio
(GJ). Os resultados foram avaliados estatisticamente, nas faces proximais (FP) e
faces livres (FL), pelo teste t para PS e PI e qui-quadrado
para os demais parametros. O IPl e IG demonstraram um aumento
significativo nos escores 0 aos 90 dias para ambos os grupos, da mesma forma a
frequência de SS diminuiu significativamente em ambos os grupos na avaliação
final. A PS média inicial foi de
6,4mm para o GJ e 6,5mm para o GR nas FP e 4,7mm para ambos nas FL. A PS média
após 90 dias reduziu-se significativamente para 2,8mm e 2,6mm nas faces
proximais do GJ e GR enquanto nas faces livres estes valores foram 1,7mm e
1,5mm. As alterações nos níveis de inserção foram semelhantes para o GJ e
GR nas faces proximais, 0,9mm e 1,1mm respectivamente e 1,2mm para ambos os
grupos nas faces livres.
Pode-se
concluir que nas condições experimentais do estudo ambas modalidades de remoção
da placa resultaram em respostas clínicas semelhantes após o tratamento.
192
Análise retrospectiva das condições dental e
periodontal de molares tunelizados
R.V. OPPERMANN*, M.FERES
FO-UFRGS
E FO - UFRJ - Tel. (051) 338-1049
O objetivo do presente estudo foi avaliar a experiência de cárie
e condições periodontais de molares que, em razão de comprometimento
periodontal das furcas, foram tunelizados; tendo os pacientes passado, em
diferentes períodos de tempo, por um esquema de manutenção periódica
profissional. Dos registros de atendimento de duas faculdades identificou-se 18
pacientes com 10 molares superiores e 20 inferiores tunelizados. Os seguintes
parâmetros foram avaliados: Índices de placa (IPl) e gengival (IG),
profundidade de sondagem (PS) e sangramento à sondagem(SS), Índice CPOS
incluindo manchas brancas. Testes não-paramétricos foram utilizados para o
tratamento estatístico. O tempo médio
decorrido da tunelização foi de 3,6 anos e a frequência anual média de
consultas de manutenção foi 2,3. A área interna dos tuneis apresentou
significativamente menos placa e sangramento marginal do que molares e pré-molares.
Nos dentes tunelizados, 86% das faces proximais (FP), 98% das faces
livres (FL) e 77% das faces internas dos tuneis (FiT)apresentaram PS entre
1-3mm. No intervalo de 4-6mm estavam 10% das FP, 2% das FL e 16% das
FiT, enquanto que PS > 6mm apresentaram-se 4% das FP e 7% das FiT. As frequências
para as FL foram significativamente diferentes das FiT.
A frequência de SS foi semelhante nas áreas internas e externas dos
dentes tunelizados. Das 109 superfícies
dentais no interior dos tuneis, somente 2 apresentaram cavidades cariosas e 4
manchas brancas, representando 5,5% das superfícies presentes. Das 189 superfícies
radiculares no exterior do tunel , 10 apresentavam-se restauradas (5,3%)
enquanto que 49% das superfícies coronárias apresentavam-se na mesma condição.
Pode-se
concluir que o prognóstico de molares tunelizados, em pacientes que realizam
manutenção periódica profissional, é altamente favorável.
193
Efeitos da aplicação tópica de metronidazol gel na
terapia periodontal
F. E. FESTUGATTO, F.
A . DAUDT, C.K. RÖSING*.
Curso
de Odontologia, Universidade Luterana do Brasil. Canoas, RS. (051)4774000
O presente estudo avaliou os efeitos clínicos da aplicação de
um gel de metronidazol a 50% como coadjuvante aos procedimentos de
raspagem e alisamento radicular subgengival em 18 pacientes portadores de
periodontite de adulto. O estudo foi realizado em modelo de boca dividida, com
dois grupos: grupo teste (terapia mecânica adjuvada com gel de metronidazol) e
grupo controle (apenas terapia mecânica). Foram avaliados os parâmetros índice
de placa visível, índice de sangramento gengival, profundidade de sondagem, nível
de inserção e exsudato subgengival no início do estudo, após o controle da
placa supragengival e 56 dias após o controle da placa subgengival. Os
resultados foram analisados estatisticamente através do teste “t”de student
(p < 0.05). Ambos os grupos apresentaram redução dos sinais clínicos
de inflamaçào, com resultados melhores em relação aos parâmetros
sangramento gengival e exsudato subgengival para o grupo teste em relação ao
grupo controle ( 5.4 % e 17.6% respectivamente).
Pôde-se
concluir que a utilização de um quimioterápico como o metronidazol pode
melhorar os resultados da terapia periodontal mecânica.
194
Índice de placa em relação ao uso de listerine, solução
placebo e / ou escovação
D.
OLIVEIRA*; F. L. ROSELL; J.E.C. SAMPAIO, B.E.C. TOLEDO
Dept.
de Diagnóstico e Cirurgia. Fac. Odontologia de Araraquara-UNESP - SP - Brasil.
Tel(fax) (016) 232-1233
O propósito deste estudo foi avaliar o índice de placa em
universitários de Odontologia através da utilização de Listerine e solução
placebo, associada ou não a escovação por um período de 4, 8 e 12 dias,
durante 3 meses. Fine,D.H. et al -The effect of rinsing with Listerine
Antisseptic on properties of developing dental plaque. J.Clin.Period.:
12:660-66,1985. Gordon, J.M. et al -Efficacy of Listerine Antisseptic in
inhibiting the development of plaque and gingivitis. J.Clin.Period.:
12:697-704, 1985. Paola, L.G. et al- Chemoterapeutic inhibition of supragingival
dental plaque and gingivitis development. J.Clin.Period.;16:311-315,
1989. Utilizou-se 40 escovas multicerdas , 20 fios dentais, 40 frascos de
Listerine, 20 tubos de dentifrícios, 20
cartelas de evidenciador e 12 l de solução placebo. 20 alunos voluntários
foram distribuídos em 5 grupos, contendo 4 alunos por grupo. Grupo I: escovação
por 12 dias; Grupo II: escovação por 12 dias e uso de Listerine nos primeiros
4 dias; Grupo III: escovação por 12 dias e uso de Listerine nos primeiros 8
dias; Grupo IV: escovação e uso de Listerine por 12 dias; Grupo V: escovação
e uso de solução placebo por 12 dias. Realizou-se “cross-over” entre os
grupos. A análise estatística feita pela técnica de Análise de Variância. A
redução clínica do índice de placa não foi acompanhada pelos dados estatísticos,
talvez pelo fato dos voluntários serem conhecedores da placa bacteriana e suas
consequências, e ainda, terem conhecimento das técnicas de remoção mecânica
da mesma.
Concluiu-se:
a) Nenhum método químico pode substituir o método mecânico para remoção de
placa. b) Em períodos inferiores a 6 meses, o uso de Listerine não é
estatisticamente eficiente na redução do índice de placa.
CNPq.
195
Profilaxia, gel de clorexidina, índice gengival e
estreptococos do grupo mutans
R.T. CESCO*, M.F. M.GRISI
Fac.
Odontologia de Ribeirão Preto-USP - Fax: (016) 633-0999.
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da profilaxia e
aplicação do gel de clorexidina nos parâmetros clínicos e microbiológicos.
Foram selecionados 26 adolescentes, de 12 a 20 anos, boa saúde e que
apresentavam pobre higiene oral e gengivite avançada (sem perdas de inserção).
Os pacientes foram examinados e atendidos pelo mesmo profisisonal na clínica
de periodontia da FORP-USP. Cerca
de 1,0mL de saliva sem estimulação, coletada em tubo de ensaio com pérolas de
vidro foram dispersados em Mixtron por um minuto, submetida à diluição
decimal até 10-4.
Uma gota foi semeada em placa com meio SB20
e incubada a 37ºC por 72 horas e o número de ufc de estreptococos do grupo
mutans, contadas com auxílio de estereomicroscópio. Com uma sonda periodontal PWHO Hu Friedy, 4 sítios de cada
dente foram avaliados quanto às condições gengivais pelo índice gengival de
Löe (1967). A profilaxia completa
com taça de borracha-pedra pomes e a aplicação gel de clorexidina a 1%
(Herpo) com escova de Robins, apenas nos quadrantes superior esquerdo e inferior
direito, foi efetuada 2 vezes por semana, em 2 semanas.
Após 15 dias da última profilaxia, estes foram reavaliados.
Os pacientes não foram orientados
quanto a medidas de prevenção. Quanto
ao resultado, foi observado uma melhora no aspecto visual e redução de
2,0 % em média do índice
gengival. Quanto ao parâmetro microbiológico, foi observado uma redução
de 61,7% de estreptococos do grupo mutans e 71,4% de Streptococcus mutans,
no entanto, quanto ao Streptococcus sobrinus, foi encontrado um
aumento de 43,9%.
Procedimentos
de profilaxia, seguidos do uso de gel de clorexidina a 1%, reduziram o nível de
estreptococos do grupo mutans na saliva, mas não alterou a condição gengival
segundo os critérios propostos por Löe (1967).
196
O uso de uma membrana de colágeno no tratamento de
defeitos ósseos angulares
C.M.S. Figueredo, L.C. Porto,
R.G. Fischer *
Dep.
de Periodontia e Histologia - Faculdade de Odontologia da UERJ. Rio de Janeiro
O objetivo do presente estudo foi avaliar a
capacidade de uma membrana de colágeno (Calcitek R
) em impedir a migração apical do epitélio e permitir a formação de uma
nova inserção histológica, seguindo os princípios da Regeneração
Tecidual Guiada (RTG). Foram utilizados 3 cães beagle, com idade entre 7 e
13 anos, e apresentando doença periodontal natural. Os animais foram submetidos
a procedimentos básicos, que incluiam raspagem supra e sub-gengival, alisamento
radicular e controle químico de placa. 30 dias após a raspagem foi realizada a
cirurgia. Um defeito ósseo angular bilateral
de 2-3 paredes foi selecionado em cada animal. Um lado foi escolhido
aleatoriamente para receber a membrana, enquanto o lado contralateral servia
como controle, sem membrana. Após 3 meses, os animais foram sacrificados. Os
resultados clínicos demonstraram uma redução da profundidade de bolsa a
sondagem de 2.3 mm no lado teste e 1.3 mm no lado controle. Pela análise histométrica,
o lado teste apresentava comprimento de 1.3 mm e 2.4 mm no lado controle. A distância
da junção cemento-esmalte até o fundo do defeito era menor no lado teste (1.8
mm) que no lado controle (3 mm). O lado teste apresentou uma migração apical
do epitélio de 0.9 mm contra 2.4 mm do lado controle.
Com
base nos resultados, podemos concluir que a
membrana de colágeno foi eficaz em limitar a migração do epitélio e
em permitir a formação de uma nova inserção histológica.
197
Análise da variação do sangramento gengival num
programa de promoção de saúde bucal
B.B. Silva*, M. Maltz, D.Q. Carvalho, A. Volkweis
DOPS,
Faculdade de Odontologia da UFRGS-RS, Fax (051) 330-2951
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito de um programa,
baseado em promoção de saúde bucal, no controle da gengivite. A amostra
constou de escolares de 5 à 6 anos de idade (grupo controle, n=71; grupo teste,
n=73). Os escolares foram avaliados quanto à gengivite através do Índice de
Sangramento Gengival (IS) expresso em porcentagem de superfícies sangrantes à
sondagem marginal. As crianças do grupo controle não receberam atendimento
odontológico na sua escola. O programa destinado ao grupo teste constituiu de
profilaxia básica semestral (PBS) e atendimento adicional baseado na atividade
das doenças bucais. A PBS consistiu de informação para saúde bucal, instrução
de higiene e escovação com Flúor Fosfato Acidulado a 1,23% em forma de gel.
As crianças com atividade cariogênica receberam reconsultas mensais até o
controle da atividade de doença. Na primeira etapa de tratamento, as crianças
com gengivite receberam instrução de higiene bucal até cessar o sangramento.
Após dois anos de estudo, o IS na escola teste reduziu em 48,93% (30,74%±17,78%
para 15,04%±12,16%), enquanto que na escola controle permaneceu semelhante
(24,65%±14,77% para 23,02%±14,89%). As crianças foram divididas em três
grupos: IS < 15%; IS entre 15% e 30%; e IS > 30%. Na escola controle, após
dois anos, não houve diferença na distribuição das crianças nos diferentes
grupos. Na escola teste, o número de crianças com IS > 30% diminuiu de 32
para 9, enquanto que o número de crianças com IS < 15% aumentou de 15 para
33.
O tratamento padronizado de gengivite reduziu a prevalência
de sangramento na população estudada. Entretanto, 20% das crianças
continuaram apresentando alta prevalência da doença, o que indica a
necessidade de um tratamento individualizado.
CNPq:
521007193-3.
198
Análise de saúde em ratos após uso de clorexidina
M. P. Azevedo*, C.Susin, C. K.
Rösing, M. B. Ferreira
Departamento
de Farmacologia, Instituto de Biociências, UFRGS
A clorexidina tem desempenhado importante papel na área de saúde
como antisséptico com ação sobre bactérias gram-positivas e negativas, e
leveduras. Sua importância na área odontológica deve-se
à ação sobre a placa bateriana, inibindo gengivite e cárie dental. Na
literatura há poucos estudos sobre toxicidade da clorexidina. O objetivo desse
trabalho foi avaliar, a partir de parâmetros de saúde geral, memória e
nocicepção, possíveis alterações decorrentes do uso crônico por via oral
de clorexidina. Foram utilizados 43
ratos Wistar, adultos, fêmeas, divididos em quatro grupos: aquele que recebeu
água (controle) e os demais que receberam solução de clorexidina 0,06%, 0,12%
e 0,24%. A ingestão líquida e sólida foi ad libidum. Foram avaliados
peso corporal, ingestão líquida e sólida, glicemia, hematócrito e desempenho
nas tarefas de esquiva inibitória e resposta a estímulo térmico nociceptivo.
Observou-se que a administração da solução de clorexidina 0,24% determina
redução das ingestões líquida e sólida bem como do peso corporal (ANOVA de
uma via, p<0,05). Não foram observadas diferenças entre os animais
submetidos aos quatro tratamentos no que se refere à glicemia, hematócrito e
desempenho em teste de esquiva inibitória e teste de avaliação de resposta
nociceptiva (ANOVA de uma via p>0,05).
O
uso crônico de clorexidina, na maior dose, por via oral pode levar a alterações
de peso corporal e ingestão alimentar, sem interferir com glicemia, hematócrito
ou comportamento.
199
Microinfiltração em restaurações de amálgama
M.T.MARGRAF*, C.S.MAROCHI, A.C.RODRIGUES, D.H.RETIEF
UEPG,
Ponta Grossa - PR, CEP 84010-200, Brasil
Este estudo “in vitro” objetivou determinar a microinfiltração
em cavidades de Class II restauradas com amálgama. Trinta pré-molares humanos
hígidos foram separados em dois grupos, que receberam preparos cavitários de
Classe II MOD com a mesial 2mm abaixo da JCE (junção cemento-esmalte) e a
distal 2mm acima da JCE. No Grupo A o esmalte foi condicionado com Uni-etch
(BISCO) H3PO4
32% por 30 seg, lavado por 15 seg. e seco por 3 seg. A matriz foi adaptada. Três
camadas do Primer A e B (BISCO) foram aplicados no esmalte e dentina e secos com
ar por 5 seg. Uma fina camada do Liner F (BISCO) foi aplicada e o amálgama
Velvalloy (SS-White) foi condensado. O Grupo B recebeu 2 camadas do verniz
Copalite (Cooley&Cooley); o amálgama foi condensado. Após 48 horas os
dentes foram polidos com discos Sof-lex (3M). Os dentes foram imersos na solução
de fucsina básica a 0,5% e termociclados x500 entre 8oC e 50oC com intervalos de 15 seg. Três avaliadores estabeleceram o
grau de microinfiltração (0 a 4) e então os resultados foram estatísticamente
analisados (Wilcoxon Sum Test e Student-Newman-Keuls) com 5% de significância.
A microinfiltração na interface amálgama-dente foi significativamente
diferente (p:0,0001) com a amior microinfiltração ocorrendo no Grupo B.
O emprego do adesivo para o amálgama reduziu a
microinfiltração marginal quando comparado ao emprego do verniz copal.
Este estudo obteve o apoio da UEPG.
200
Retenção entre liga de níquel-cromo e cimentos
resinosos
R. O. FRANÇA*; A. MUENCH, P. E.C. CARDOSO
Depto.
Materiais Dentários, Fac. de Odontologia da USP-SP, CEP 05508-900, São Paulo,
Brasil - Tel./Fax: (011) 818-7840
A investigação teve como finalidade determinar a retenção,
por ensaio de tração, entre uma liga de Ni-Cr (Litecast B, Williams, EUA) e
cimentos adesivos [Comspan (Dentsply, Brasil); Panavia Ex (Kuraray Co., Japão);
All-Bond A & C (Bisco Inc., EUA)]. Outras variáveis: tratamento de superfície
(lisa, microjateada, ataque eletrolítico e com silicoater); duas formas de
imersão em solução NaCl a 0,9% a 37C, por 3 dias e 30, nesta com intercalação
de ciclagem térmica (5 e 55C, perfazendo
600 ciclos). Os corpos de prova, em discos fundidos, foram cimentados entre si.
Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de Tuckey. Houve
significância para adesivos (A), imersão (I) e tratamento superfícial (T) e
para as interações A x T e I x T. A tabela mostra a diversidade dos
resultados.
Médias (MPa) de retentividade (com letras diferentes há
diferença, p < 0,05; n = 10)
Trat.sup.
Adesivo Liso Jateado
Ataque eletrolítico Silicoater
Comspan
0,9 f 4,2
ef 4,2 ef
26,7 bc
Panavia
Ex
1,2 f 25, 6 c 7,0 d e
30,6 b
All-Bond
C & B 1,3 f
8,6 d
5,2 d 40,3
a
As
conclusões foram: a retentividade com superfície lisa foi baixíssima; com
ataque eletrolítico ainda foi baixa, o jateamento resultou em alta resistência
com o Panavia Ex; o silicoater conduziu a altas resistências sob qualquer condição.
201
Resistência ao cisalhamento de colagem de bráquetes
com Dyract
C. CAMPISTA*, O. CHEVITARESE,
A. M. BOLOGNESE, L. Primo
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia; UFRJ - Rio de Janeiro, Brasil
O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, a resistência
ao cisalhamento da colagem de bráquetes ortodônticos metálicos, submetidos a
diferentes tratamentos prévios no uso do compômero Dyract (De Trey -Dentsply).
Para o presente estudo foram selecionados 40 incisivos bovinos, conservados em
solução de formol a 10%. Os dentes tiveram o esmalte vestibular planificado ,
sendo a seguir suas raízes fixadas em anéis de PVC com gesso tipo IV. Foram
instituídos 4 grupos (10 amostras em cada) submetidos aos seguintes tratamentos
prévios à colagem: A- condicionamento ácido ( H3
PO4
a 37% - 20 seg.) + primer PSA;
B- condicionamento ácido ( H3PO4
a 37% - 20 seg.); C- primer PSA; D- sem tratamento. A seguir, os bráquetes
foram colados com o uso do compômero. As amostras foram estocadas em água a 37±1C
por 7 dias. Os resultados relativos à resistência ao cisalhamento em Kgf/ cm2
foram: A= 108.24 ± 11.9; B= 78.04 ±13.72; C= 98.51
22.50; e D= 21.93 ± 6.82, mostrando diferença estatística entre todos
os grupos (Teste U de Mann- Whitney), com excessão entre os grupos A e C.
Este estudo permitiu concluir que a associação ou não
do primer PSA com o condicionamento ácido forneceu os melhores resultados na
colagem de bráquetes com o uso do compômero.
Pesquisa
apoiada pelo CNPQ, processo n° 522176/
95- 0
202
Determinação da taxa liberada de flúor de ionômeros
fotopolimerizáveis
P.A.S. FRANCISCONI*; M.P. COUTO JR.; H. NAGEM FILHO
Departamento
de Materiais Dentários, FOB-USP, fone/fax (0142) 23-0415
Os cimentos de ionômero de vidro fotopolimerizáveis VARIGLASS
e VITREMER, foram estudados com a finalidade de observar a sua liberação de flúor
através de 6 amostras padronizadas de cada material, acondicionadas em reservatórios
contendo água destilada deionizada, num período de 14 dias; com leituras nos
tempos de 1 hora, 3 horas e a cada 24 horas.
O flúor liberado era medido num aparelho específico.
Como resultado, pode-se observar uma liberação constante de flúor nos
dois cimentos ionoméricos. Na média
acumulativa, no período de 14 dias, o VARIGLASS (96,04 µg/mm2) foi superior numericamente, porém sem significância estatística,
ao VITREMER (92,86 µg/mm2).
Todos os dois cimentos de ionômero de vidro
apresentaram o mesmo padrão de liberação de flúor, sendo este maior nas
primeiras 24 horas, diminuindo em seguida e estabilizando-se no decorrer, até o
final do ensaio.
Conclui-se
que os materiais estudados apresentaram o mesmo padrão de liberação de flúor,
sendo este maior nas primeiras 24 horas, depois decaindo e estabilizando-se.
203
Avaliação da penetração de um compômero e um
selante em fissuras de molares, através da técnica de pressão digital
L.PRIMO*,
C.CAMPISTA, O.CHEVITARESE / Disciplina de Odontopediatria - F. O. - Universidade
Federal do Rio de Janeiro – Brasil
O presente trabalho teve por objetivo verificar, in vitro,
a penetração de um compômero Dyract (De Tray - Dentsply) e um selante Alpha
Seal (DFL) em fissuras, através de pressão digital, utilizando o dedo
indicador recoberto por uma luva. Foram usados 30 terceiros molares inclusos
(conservados em formol à 10%) que receberam profilaxia com pedra pomes e água
por 10 segundos e lavagem por 20 segundos, cada. Os dentes foram divididos em 3
grupos de 10 dentes cada: Grupo 1- Dyract sem condicionamento ácido, Grupo 2 -
Dyract após condicionamento ácido, e Grupo 3 - Alpha Seal com condicionamento
ácido. Em todos os grupos a aplicação do material foi feita da distal para a
mesial, por um único operador, sendo em seguida fotopolimerizados e protegidos
com esmalte de unha, sendo estocados em água à 37º + 1, após 12 min.
Dois cortes perpendiculares foram realizados dividindo a superfície oclusal em
3 partes proporcionais permitindo a observação de 4 faces em cada dente. A
profundidade das fissuras e a penetração dos materiais foram determinadas
através de um Reticulado para Referência de Medição conectado à objetiva do
Microscópio Mensurador, com uma ampliação de 10 vezes. As fissuras foram
classificadas em rasas (< 1,0 mm) e profundas (> 1,0 mm). Os resultados
foram tratados pelo teste Kruskal-Wallis. Não houve diferença estatisticamente
significativa entre os percentuais de penetração dos materiais, tanto nas
fissuras rasas (Grupo 1 = 88,0%, Grupo 2 = 69,0%, Grupo 3 = 74,0%), quanto nas
profundas (Grupo 1 = 58,5%, Grupo 2 = 37,0%, Grupo 3 = 36,0%).
Mesmo
sob pressão digital, a penetração de ambos os materiais em fissuras
profundas, foi bastante pequena.
204
Efeito do jato profilático
sobre superfícies de materiais restauradores estéticos
K. DIAS*; M.
MIRANDA; R. CAPANEMA; S. CORREIA
Faculdade
de Odontologia da U.E.R.J e U.F. R.J. Rio de Janeiro, RJ - (021) 2681922
O objetivo deste estudo, foi avaliar o efeito do jato profilático
de bicarbonato de sódio, sobre a superfície de materiais restauradores estéticos,
por meio de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). O aparelho utilizado foi
o Odontojet da Rhos, com 60 lb. de pressão. Foram testados os seguintes
materiais: Heliomolar (HEM) Vivadent; Concise (COM) e Z100 3M; TPH, APH, e
Dyract (DYR) Dentisply e Chelon-Fill (CHF) Espe. Para cada material testado, foi
confeccionado um corpo de prova, em resina epoxílica, contendo 12 perfurações
com 3 mm de diâmetro por 2 mm de profundidade. As perfurações foram
preenchidas com os vários materiais, e polidas com discos Soflex 3M, das quais
6 de cada material foram protegidas com selante de superfície Fortify Bisco. Os
espécimes ficaram armazenados em água destilada, e após 7 dias receberam
ciclos de jatos de bicarbonato de sódio totalizando 15, 30, e 60 segundos. O
jato foi aplicado perpendicularmente aos
espécimes, e com uma distância constante de 1 cm . De cada grupo, 2 com
Fortify e 2 sem, foram preservados para controle. Os espécimes foram avaliados
em MEV por meio de escores, por dois avaliadores calibrados em estudo cego, e os
resultados tratados estatisticamente por ANOVA e Teste Mann Whitney,
(p<0,05). Postos Médios: HEM-30,75; COM-22,88; TPH-30,75; APH-30,75;
DYR-30,75; Z100-25,75 e CHF-27,88. A análise das fotomicrografias(MEV) mostrou
que o jato profilático alterou as superfícies de todos os materiais,
aumentando a porosidade superficial.
Os
autores concluiram que com os tempos testados o Fortify não foi capaz de
proteger a superfície dos materiais. A partir de 30 segundos todos os materiais
tiveram seu contorno alterado com perda de substância.
205
Criação de dentina artificial em dentes posteriores
restaurados com amálgama.
Avaliação quanto à fratura e ao estado de vitalidade
pulpar
M.A.A.C. Luz*, N. Garone Netto /
Depto. de Dentística - FOUSP-SP/UNICID. Fax:
818-7943/Fone: 8187841
O objetivo deste
trabalho foi analisar, comparativamente, o comportamento clínico de dois
materiais utilizados como dentina artifical sob restaurações em amálgama: um
cimento de ionômero de vidro (CIV) e uma resina composta associada ao seu
sistema adesivo (RC). Neste estudo foram selecionados 118 dentes posteriores,
sendo 29 premolares e 89 molares vitais, com lesões de cárie que resultaram em
grande socavamento de esmalte. Após remoção do tecido cariado, estes
elementos foram preenchidos com CIV (Vidrion R - SS White) ou com RC (Herculite
XR associada a XR Primer e XR Bond - Kerr do Brasil). Em outra sessão as
cavidades foram repreparadas, deixando o material empregado como base e suporte
para o esmalte socavado e, então, restauradas com amálgama. As restaurações
foram avaliadas periodicamente até completar no mínimo 3 anos. Avaliamos um
total de 80 restaurações, sendo 44 com dentina artificial em CIV e 35 em RC,
em um período entre 6 meses até mais de 3 anos. Ocorreram 2 casos (1,6%) de
fratura do elemento dental cuja base da restauração foi o CIV, bem como 4
casos (5%) de fratura da restauração à amálgama, sendo 2 com base de CIV e 2
com base de RC. Houve, ainda, 4 casos (5%) de pulpite ou necrose, sendo 2 com
CIV e 2 com RC. Os resultados permitem concluir que, clinicamente, os dois
materiais analisados (CIV e RC) comportaram-se de modo igualmente satisfatório
quando empregados como dentina artificial em dentes restaurados com amálgama.
206
Avaliação da resistência de união de sistemas
adesivos sobre dentina. Estudo comparativo
M.A.C. SINHORETI* , M.F. DE GOES, L. CORRER SOBRINHO
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP
O propósito deste estudo foi avaliar a resistência de união
ao cisalhamento de onze sistemas adesivos sobre dentina. Foram utilizados 88
dentes humanos (pré-molares e molares) divididos em 11 grupos, cujas raízes
foram seccionadas e as coroas dentais incluídas com resina acrílica
autopolimerizável em tubos de P.V.C., com a face vestibular voltada para cima e
projetada 1mm além do nível de inclusão. Os dentes foram desgastados até
obter uma superfície lisa e plana, que foi delimitada com fita adesiva contendo
um orifício de 4 mm de diâmetro. Em seguida, a superfície da dentina foi
condicionada e o sistema adesivo selecionado foi aplicado seguindo as instruções
do fabricante. Logo após, o compósito restaurador indicado pelo fabricante foi
aplicado em camadas, através de uma matriz de aço inox (4mm de diâmetro e 5mm
de altura), e polimerizadas durante 40 segundos. Os corpos de prova foram
armazenados a 37ºC e 100% de umidade relativa por 24 horas e submetidos ao
ensaio de resistência ao cisalhamento em uma máquina de ensaio universal Otto
Wolpert com velocidade de 6 mm/min. Os resultados foram submetidos à análise
de variância e ao teste de Tukey em nível de 5% de significância.
Os
produtos Optibond - Kerr (6,17 MPa), Scotchbond Multi-Purpose - 3M (6,06 MPa),
All Bond 2 - Bisco (5,39 MPa), não diferiram estatisticamente entre si, mas
foram superiores (p<0,05) em relação aos valores apresentados pelos
produtos Denthesive II - Kulzer
(4,30 MPa), Syntac - Vivadent (4,25 MPa), Pro-Bond - Caulk-Dentsply (4,04 MPa),
Prisma Universal Bond 3 - Caulk-Dentsply (3,59 MPa), XR Bond - Kerr (3,44 MPa),
Scotchbond 2 - 3M (3,39 MPa) e Multi Bond Alpha - DFL (3,38 MPa), que não foram
estatisticamente diferentes entre si. O adesivo Heliobond-Vivadent (1,8 MPa)
apresentou valor médio estatisticamente inferior aos demais produtos.
207
Reparo em resina utilizando silano em molares decíduos
M.R. SÁ*, S.K.Bussadori., W.
G. Miranda Jr.,A.C. Guedes-Pinto
Depto.
Materiais Dentários e Odontopediatria, Faculdade de Odontologia da USP – SP
Este estudo avaliou a
efetividade do silano associado ao ataque ácido com ácido fosfórico a 37% e
ácido hidrofluorídrico a 9,6% em reparos de resina composta em molares decíduos.
(Azarbal P., Boyer D. B., Chan K.C. The effect of bonding agents on the inter
facial bond strength of repaired composites. Dent Mater 2: (4) 153 - 155. 1986.
Llyd E.C., Boigrie D.A., Jeffrey I.W. The tensile strength of composite repairs.
J. of Dent. 8: (2) 171-177, 1980. Swift E.J. et al, Effect of a silane coupling
a agent on composite repair strengths. Am. J. Dent. 7: (4) 200-202, 1994). Neste
estudo foram realizados 20 reparos “in vitro” e 16 reparos “in vivo”.
Estes reparos foram executados através de 4 técnicas, onde em 2 delas houve a
aplicação do silano como agente de união. Em laboratório houve avaliação
do grau de infiltração e em clínica houve a avaliação do comportamento dos
reparos observando fatores como manchamento, descolamento e fratura. Após a
avaliação de todos os reparos, pudemos constatar que tanto “in vitro” como
“in vivo” a silanização da resina antiga resultou em melhores reparos, com
linha de união mais satisfatória e grau de infiltração estatisticamente
insignificante.
208
Resistência inicial de colagens porcelana/dentina
mediadas por cimentos “dual cure”
R.R. BRAGA; M.R. OLIVEIRA; R.Y. BALLESTER; W.G. MIRANDA
Jr.*
Depto.
Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP.
O objetivo deste trabalho foi determinar a resistência ao
cisalhamento de união entre porcelana e dentina, mediadas por cimentos
resinosos de dupla ativação em seus estágios iniciais. Os cimentos avaliados
foram: Porcelite Dual Cure (Kerr); Dual Cement (Vivadent) e um cimento
quimicamente ativado, o C & B Lutting Composite (Bisco). Peças de porcelana
(Ceramco II - Dentsply) de 3mm de espessura foram condicionadas com ácido fluorídrico
hidrolisável, silanizadas e coladas em superfícies dentinárias tratadas com o
adesivo Optibond (Kerr). A fotoativação foi realizada com um aparelho de
450mw/cm2 de potência. Os tempos de ensaio foram de 10, 30, 90 minutos
e 7 dias (usado como referência de resistência máxima).
Os resultados mostram que: 1) aos 10 e 30 minutos os
materiais de dupla ativação foram superiores ao material quimicamente ativado;
2) aos 90 minutos o material quimicamente ativado apresentou resultados
semelhantes aos do Porcelite Dual Cure; 3) aos 7 dias os 3 cimentos forneceram
colagens de resistência semelhante.
Médias
e desvio padrão de resistência ao cisalhamento (kp/cm2)
de uniões porcelana/dentina
Tempos
Porcelite Dual Cure
Dual Cement C&B Lutting composite
Tukey (5%)
10 minutos
142,5 ± 43,3
139,8 ± 43,7 27,9 ± 31,9
30 minutos
167,1 ± 30,3
138,6 ± 21,7 46,6 ± 34,4
85,55
90 minutos
190,8 ± 72,2
224,1 ± 46,9 107,0 ± 19,7
7 dias
736,0 ±107,1 715,6 ± 163,7
614,1 ± 220,6 ——
209
Resistência de união à dentina: efeito da umidade e
contaminação com saliva
M.L. TURBINO*, M.MALULLY FILHO, M.N. YOUSSEF, E.MATSON
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia da USP - SP - Tel./Fax (011) 818-7843
Este
estudo analisou in vitro a resistência de união à dentina, por meio de
teste de tração de 2 sistemas adesivos (SBMP-plus-4 geração e PRIME-BOND - 5ª
geração) que foram utilizados de 3 formas diferentes:1-)seguindo as normas do
fabricante, ou seja, secando com ar após a lavagem do condicionamento ácido,
2-)umedecendo com água destilada após a secagem e 3-)contaminando com saliva
fresca também após esta secagem. Sessenta dentes molares humanos extraídos
foram incluídos em resina acrílica incolor e desgastados até exposição de
dentina com lixa de papel no sentido longitudinal e divididos em 6 grupos. Sobre
esses dentes foram confeccionados corpos-de-prova de resina composta Z-100
(3M)em forma cônica aderidos com os 2 diferentes sistemas adesivos nas 3 condições
descritas anteriormente. Os corpos-de-prova foram submetidos a testes de tração
numa máquina de ensaios Universal Kratos a uma velocidade de 0,5mm/min. Os
resultados obtidos foram transformados em MPa, de acordo com a área de adesão
e submetidos a análise estatística pela ANOVA.
Os
resultados mostraram que os 2 sistemas adesivos não apresentaram diferença
estatisticamente significante entre si (p>0,05) e que os dentes que foram
secos (7,31± 2,91) apresentaram a menor resistência à tração, e aqueles que
foram umedecidos com água destilada (12,74±6,59) apresentaram a maior e a
diferença foi estatisticamente significante ao nível de 1%. Os dentes que
foram contaminados com saliva fresca (10,62±4,75) apresentaram um valor
intermediário entre os dois anteriores, não estatisticamente diferente de
nenhum dos dois.
210
Capacidade de inibição de cárie artificial de
diferentes materiais restauradores
R.G. Palma*; F. F. Demarco; P.
T. Oliveira; S.B.C. Tarquinio
Fac.
de Odontologia-USP
O propósito deste
estudo foi avaliar a capacidade de inibição de cárie artificial de diferentes
materiais com e sem flúor. Confeccionou-se
20 cavidades de classe V na cervical por V e L, com as paredes em esmalte e
cemento, de I e C humanos extraídos.
Os dentes foram divididos aleatoriamente em 4 grupos com 5 cavidades em
cada, as quais foram restauradas com 4 diferentes materiais: GI - Optibond
Foto+Herculite (Kerr); GII - Optibond Dual + Herculite;
GIII - Optibond Foto + Heliomolar e GIV - Vitremer (3M). Os materiais foram utilizados de acordo com
as orientações do fabricante. Após
48 horas da confecção da restauração foi feito o
polimento e então colocou-se os corpos de prova em um recipiente
contendo um gel de ácido lático com pH 4,5. Os dentes foram estocados nessa
solução por 14 dias a temperatura ambiente.
Após o período de estocagem os dentes foram lavados, cortados e
analisados em microscopia óptica e polarizada, sendo então fotografados com
100 aumentos. A profundidade de desmineralização, em mm, para os
diferentes grupos foram, em cemento e esmalte, respectivamente: Grupo I -
0,2650 (±0,0165) e 0,1880 (±0,0454); II - 0,2638 (±0,0172) e 0,1140 (±0,0395);
III - 0,2530 (±0,0286) e 0,1060 (±0,0261); IV - 0,1660 (±0,0442) e 0,0130 (±0,0179). Os resultados
foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e teste Tukey, que
possibilitou concluir: o cemento apresentou maior grau de desmineralização
que o esmalte (p<1%); o Vitremer apresentou valores de desmineralização
menores estatisticamente significante (p<1%) tanto em esmalte quanto em
cemento; e a resina Heliomolar apresentou desmineralização estatisticamente
menor que Optibond Foto/Herculite (p<1%).
211
Infiltração marginal de dois sistemas de adesão à
dentina: influência do eugenol
F. F. DEMARCO*; J.S. BOCANGEL; R.G. PALMA; E. MATSON
Faculdade
de Odontologia da USP - Dep. de Dentística
O objetivo deste
estudo foi avaliar a influência do eugenol sobre a infiltração marginal de
dois adesivos dentinários de 4a geração.
Quarenta cavidades padronizadas de classe V foram preparadas na face V e L/P de
20 Pré-Molares e Molares humanos hígidos extraídos recentemente, com as
paredes cervical (C) e oclusal (O) em cemento e em esmalte, respectivamente.
Metade das cavidades foram restauradas com o cimento de óxido de zinco e
eugenol reforçado (IRM - Caulk/Dentisply), deixado por uma semana e removido
com uma cureta. Vinte cavidades (10 controle e 10 com IRM), foram restauradas
com Scotchbond Multipurpose Plus (3M) e resina composta Z100 (3M) e as restantes
com Clearfil Liner Bond 2 (Kuraray) e Z100, sendo polidas após 48 horas. Todos
os materiais foram utilizados seguindo as orientações dos fabricantes. Os
dentes foram submetidos a ciclagem térmica, sendo ao final isolados com esmalte
para unha, com exceção das restaurações e de 2mm ao redor destas. Os dentes
foram então imersos em uma solução traçadora de nitrato de prata a 50% por 8
horas, sendo então removidos, lavados e expostos a luminosidade para revelação
da solução traçadora. Os dentes foram longitudinalmente seccionados, sendo a
infiltração marginal avaliada, por três examinadores (aumento de 4x), com
base em um ranking. Os resultados foram submetidos a análise estatística
(Mann-Whittney), com a qual foi possível concluir que: o eugenol não
demonstrou influência sobre a microinfiltração dos adesivos testados; os dois
sistemas adesivos se comportaram de maneira semelhante; a infiltração na
parede oclusal foi significantemente menor (p<1%) que aquela da parede
cervical.
212
Influência do eugenol na adesão à dentina de dois
sistemas adesivos
J.S. BOCANGEL*; F. F. DEMARCO; M.L. TURBINO; E. MATSON
FOUSP
- Dep. de Dentística
O objetivo do estudo foi avaliar a influência do eugenol na
resistência a tração na dentina de dois sistemas adesivos de quarta geração,
ScotchBond Multi-Purpose Plus (SBMP) e Clearfill Liner Bond II (CLBII). Foram
utilizados 40 dentes molares e pré-molares humanos recentemente extraídos,
incluídos em resina acrílica, desgastados, obtendo-se assim uma superfície de
dentina. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 4 grupos de 10 dentes. No
grupo 1e 2 foi colocado sobre a superfície de dentina um cimento contendo
eugenol IRM (Caulk Dentsply) e deixado por uma semana, sendo depois removido,
lavada a superfície, aplicados os adesivos SBMP e CLBII e restaurados com a
resina Z100 (3M), numa matriz padronizada, nos grupos 1 e 2 respectivamente. Os
dentes restantes foram utilizados como controle (sem eugenol) para os adesivos
SBMP (grupo 3) e CLBII (grupo 4) . Os materiais foram utilizados conforme
recomendação dos fabricantes. Os testes de tração foram realizados, após 24
horas da confecção dos corpos de prova, em uma máquina de ensaios universal,
com uma velocidade de 0,5mm/minuto. As médias obtidas nos diferentes grupos, em
MPa, foram: Grupo 1- 7,00 +/- 3,14; Grupo 2- 11,64+/- 2,74; Grupo 3- 8,77 +/-
4,73, Grupo 4- 10,52 +/- 3,94.
O
teste estatístico (ANOVA p <
1%) indica que não existe diferença na resistência a tração na dentina
entre os grupos contaminados com eugenol e os grupos controle. Foi encontrada
diferença estatisticamente significante entre os adesivos, sendo que o CLBII se
comportou melhor que o SBMP na adesão a dentina.
213
Estudo do condicionamento da superfície dentinária com
o Er:YAG laser
E.Y. TANJI*, K. MATSUMOTO, C.P. EDUARDO
Depto
Dentística, Faculdade de Odontologia da U.S.P.,S.P. e Showa University, School
of Dentistry, Tokyo, Japan
O laser de Er:YAG aparece como uma técnica alternativa para o
condicionamento da superfície dentinária. A proposição deste trabalho foi de
se avaliar o aspecto micromorfológico da superfície dentinária irradiada com
o laser de Er:YAG em três diferentes energias. 35 dentes humanos recém-extraídos,
incluídos em blocos de resina acrílica, com a superfície dentinária da face
vestibular exposta foram utilizados. Dividiu-se em 7 grupos de 5 espécimes
cada. Os grupos 1 e 2 foram irradiados com energia de 60mJ (densidade de energia
de 8,46J/cm2)do laser de Er:YAG (KAVO-KEY laser II-Germany- Comprimento de
onda de 2,94mm- Duração de pulso de 500ms) no modo desfocalizado em 20mm,
refrigerados com água destilada. Irradiou-se com 80mJ (densidade de energia de
11,29J/cm2)
os grupos 3 e 4, e com 100mJ (densidade de energia de 14,11J/cm2)
os grupos 5 e 6. O grupo 7, que serviu como controle, foi condicionado com ácido
fosfórico a 35%. Os grupos 2, 4 e 6 após irradiados, foram também
condicionados com ácido. Observou-se em microscopia eletrônica de varredura,
que a energia de 100mJ produziu maiores áreas de ablação, e que o
condicionamento ácido após as irradiações provocaram o aspecto similar ao
grupo controle, apenas em áreas onde a dentina foi removida pela ablação. A
irradiação com o laser de Er:YAG foi capaz de remover a camada de “smear”,
expondo os túbulos dentinários.
Concluiu-se
que a irradiação com o laser de Er:YAG poderia promover um aumento da resistência
ao ácido na dentina remanescente, prevenindo recidivas de cáries, e que a
energia de 100mJ promoveria um melhor padrão de microrretenção mecânica para
os materiais restauradores.
214
Resistência ao cisalhamento da resina compósita e do
cimento ionomérico de vidro ao esmalte e à dentina - Um estudo comparativo in
vitro
A.M.G.
VALENÇA*; A.P. GONÇALVES; N.R.C. THOMAZ / Univ. Fed. Fluminense, Niterói, RJ,
Brasil
O presente estudo
teve como objetivo comparar a resistência da união entre o esmalte e a
dentina, quando utilizado ionômero (Vitremer - 3M) e compósito (Herculite -
Kerr). Para tanto, 40 incisivos bovinos foram desgastados em suas faces
vestibulares de forma que, em 20 deles ficasse exposta a dentina e nos 20
restantes o esmalte. Dividiram-se os 40 dentes em 04 grupos, contendo 10
elementos cada: G1 - ionômero em esmalte; G2 - ionômero em dentina; G3 - compósito
em esmalte e G4 - compósito em dentina. A
área de colagem foi delimitada pelo uso de uma borracha com perfuração na
região central, na qual houve a inserção e polimerização dos materiais, de
acordo com as especificações dos fabricantes. Decorridos 10 minutos do término
da polimerização, os corpos de prova foram imersos em água, onde permaneceram
pelo período de 10 dias, findos os quais realizou-se a descolagem dos cilindros
do material restaurador, em máquina
de ensaios mecânicos Kratos. A velocidade
de aplicação da força foi de 0,5 mm/min. Para análise estatística dos dados
utilizou-se o teste não paramétrico de Friedman e, significativo o seu valor,
aplicou-se o teste de comparações múltiplas.
Verificou-se
que não houve diferença significativa entre o ionômero e a resina(P>0,05)
quando utilizados em esmalte. Com relação à adesividade da resina ao esmalte
e à dentina, a mesma foi significativamente maior em esmalte (P<0,05). No G2
todos os 10 cilindros do material deslocaram-se espontaneamente, demonstrando
uma baixa adesividade do ionômero à dentina, nas condições em que o estudo
foi realizado.
215
Avaliação da superfície da porcelana sob 3 tipos de
condicionamento ácido
R.S. NISHIOKA*, M. K. ITINOCHE, M.A. BOTTINO
Fac.
de Odontologia de São José dos Campos - UNESP - C.P. 314
Devido ao crescente uso dos laminados veneer e outras restaurações
cerâmicas, tais como os “inlays e onlays” a retenção pode ser
satisfatoriamente obtida pelo “ataque” químico utilizando o ácido fluorídrico
a 9,5%, o fluoreto fosfatado acidulado a 1,23% e o ácido orto fosfórico a 37%.
Este estudo investigou em 12 amostras, o efeito desses diferentes tratamentos da
superfície da porcelana durante: 1; 2,5; 5 e 10 minutos de aplicação. As
amostras foram examinadas pela microscopia eletrônica de varredura (MEV) para
verificar as alterações superficiais produzidas por esses três agentes que
“atacaram” a porcelana.
As
observações pelo MEV indicaram que o ácido fluorídrico a 9,5% causou uma
microporosidade adequada na superfície da porcelana que provocará um
intertravamento mecânico com a resina.
216
Microscopia eletrônica de varredura de cavidades
preparadas com Er:YAG laser
E.Y. TANJI, P. HAYPEK*, E.B. GROTH, D.M. ZEZELL
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia da USP; IPEN - São Paulo – Brasil
A realização do preparo cavitário através da energia laser
tem sido muito estudada. Dentre os diferentes tipos de lasers existentes o Érbio
aprensenta boa interação com os tecidos duros. Buscou-se avaliar o aspecto
micromorfológico de preparos cavitários Classe I, realizados com laser de
Er:YAG em diferentes densidades de energia. Foram utilizados 21 molares,
humanos, recém extraídos e conservados em solução salina. As densidades de
energia 79,61 J/cm2, 89,57 J/cm2 e 99,52 J/cm2
foram depositadas sobre as superfícies oclusais dos espécimes, divididos em três
grupos respectivamente, visando um preparo Classe I com Er:YAG laser
(comprimento de onda de 2,94 µm). Os espécimes foram analisados em microscopia
óptica (MO) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A MO revelou a eficiência
do Er:YAG laser na realização de preparos cavitários através do processo físico
de ablação, gerando cavidades com margens irregulares. A MEV indicou a eficácia
da atuação no tecido adamantino, com aspecto de superfície condicionada.
Houve exposição de túbulos dentinários com a remoção da camada de esfregaço.
Não
houve fusão e recristalização de material, nem variação do aspecto
micromorfológico nas diferentes densidades de energia utilizadas. Durante a
realização do preparo cavitário foi criado um padrão de condicionamento a
laser, que sugere a possibilidade de adesão a resinas compostas.
217
Comparação da penetração das projeções resinosas
de selantes “sem carga” e
“com carga”. Estudo ao microscópio eletrônico de varredura
M.
FAVA; I. WATANABE; S.I. MYAKI; R.N. FONOFF* / Odontopediatria FOUSP - São Paulo
– Brasil
O objetivo deste estudo foi
comparar a penetração das projeções resinosas (‘tags”)
de um selante “sem carga” (Delton) e de um selante “com carga”
(Sealite), nas regiões superior, média e inferior de fissuras, utilizando a
microscopia eletrônica de varredura. Foram utilizados 10 dentes pré-molares
superiores e inferiores, extraídos com finalidade ortodôntica de pacientes de
14 a 16 anos de ambos os sexos, divididos em dois grupos. Nos grupos foram
utilizados 5 dentes tratados com cada tipo de selante conforme as especificações
do fabricante. Após 7 dias, os dentes foram extraídos e descalcificados em
solução de ácido nítrico a 20%. As amostras foram desidratadas, cobertas em
ouro e examinadas em microscopia eletrônica de varredura. As medidas dos
‘tags” revelaram que ambos os selantes apresentaram projeções de forma
predominantemente cônica e de tamanhos variáveis. O comprimento dos
"tags" variou de 7,487±0,425 micrometros (região inferior) a 9,536±0,393
micrometros (região superior) no selante “sem carga”; e de 6,800
0,380 micrometros (região inferior) a 8,104±0,264 micrometros (região
superior) no selante “com carga”.
Após
avaliação estatística, concluiu-se que a diferença na penetração dos dois
tipos de selantes foi altamente significante na região superior, não
significante na região média e significante na região inferior.
218
Resistência de união entre amálgama/resina composta
em função de diferentes tratamentos superficiais e sistemas adesivos
M.A.J. ARAÚJO*, J.O. MARSON, L.C. VILLELA
/ Fac. Odont. SJCampos - UNESP - C.P. 314
O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro, a resistênca da
união amálgama/resina composta, frente a dois diferentes tratamentos
superficiais. Foram confeccionados quarenta cilindros de amálgama (Permite
C-SDI), com 4mm de diâmetro e comprimento, divididos em dois grupos: grupo 1 -
superfície do amálgama abrasionada com uma ponta diamantada; grupo 2 - superfície
do amálgama abrasionada com óxido de alumínio (50 µm). Esses dois grupos
principais foram dividios em dois sub-grupos (n=10) para tratamento com
diferentes sistemas adesivos: A-Pró-bond (Dentsply) e B-Scotchbond
Multi-Uso-Plus (3M). A resina Z100 (3M) foi aplicada obtendo-se assim
corpos-de-prova (cp) de 4 mm de diâmetro e 8mm de comprimento. Após uma semana
de armazenamento os cp foram submetidos a ciclagem térmica e ensaio de
cisalhamento em um máquina Instron 4301, 500kg, velocidade de 5mm/min. Os
resultados de resistência de união (amálgama/resina) foram submetidos a análise
de variância de um critério e teste de Tukey ao nível de 1% de probabilidade.
Os
autores concluiram que não houve diferença significante (p> 1%) entre os
diferentes tratamentos superficiais e sistemas adesivos utilizados.
219
Condicionamento superficial de ligas: efeito sobre a
adesão
P. A. BURMANN*; P. E.C. CARDOSO; M. POLONIATO; J.F. F.
SANTOS
Curso
Odontologia - U.F. Santa Maria e Depto. de Materiais Dentários da Faculdade de
Odontologia da USP-SP
Este estudo analisou a microestrutura e avaliou o efeito sobre
a adesão de 2 condicionamentos de superfície (microjateamento com Al2O3
e microjateamento com estanho) para duas ligas (Au-Pd; Ag-Pd) frente a dois
agentes cimentantes (Panavia Ex e Ketac Cem). As réplicas, num total de 120,
foram montadas a partir da colagem de dois botões metálicos entre si, através
dos cimentos citados. Os corpos de prova foram termociclados, armazenados em
solução fisiológica à 37ºC e ensaiados sob tração nas idades de 2, 90 e
180 dias.
Considerando
o experimento como um todo, verificou-se que a oxidação das ligas testadas, a
partir do microjateamento com estanho, proporciona uniões adesivas mais
resistentes do que as obtidas com o microjateamento com Al2O3; o cimento Panavia Ex proporcionou uniões adesivas mais resistentes do
que as obtidas a partir do Ketac Cem; o fator liga não influiu nos resultados,
enquanto o fator idade das amostras atuou negativamente sobre as uniões
obtidas. As microfotografias sugerem um caráter micromecânico das uniões
adesivas, entretanto os agentes cimentantes apresentam alguns apelos químicos.
220
Resistência às forças de cisalhamento em restaurações
mistas
M.N.YOUSSEF, G.V. ESTEVES*,R.S.NAVARRO,W. T. OLIVEIRA JR
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia da USP SP. Tel/Fax (011) 818-7843
O amálgama de prata é ainda o material mais utilizado nas
restaurações dentais devido às suas propriedades comprovadas no decorrer de
mais de um século. Entre as suas desvantagens, a que mais se destaca nos dias
atuais é a falta de estética; por isso o trabalho teve como objetivo associar
um material de grande utilização pelos profissionais, com um de propriedade
estética que são as resinas compostas.
Para tanto foram confeccionados 50 corpos de prova em
resina acrílica, divididos em 2 grupos de 25 amostras cada. Estes 2 grupos
foram classificados em imediato e mediato, ou seja, no grupo 1 a resina foi
inserida sobre o amálgama e um adesivo multi-uso imediatamente após 10 minutos
do início de sua cristalização, e no grupo 2, a resina foi inserida sobre a
superfície de um amálgama após 7 dias de sua condensação no corpo de prova
acondicionado em temperatura constante de 37oC,
sendo essa superfície previamente desgastada com instrumento cortante rotatório
de diamante e utilizado um adesivo multi-uso.
Os
resultados obtidos no teste de cisalhamento foram submetidos ao teste “t” ,
a partir destes foi possível concluir que: 1- a adesão resina/amálgama
mediato foi estatisticamente superior a do grupo imediato; 2- a realização de
ranhuras superficiais no amálgama mediato são fundamentais pois promovem um
maior embricamento micromecânico e portanto um aumento da adesão resina/amálgama.
221
Selamento oclusal após técnica invasiva com variglass
e fluroshield
M.A.REGO*, R.C.S.P. SILVA, M.A.M.ARAÚJO
Depto.
Odontologia Restauradora, Campus S.J.Campos/UNESP - Tel. (012) 321 8166
O objetivo deste trabalho foi avaliar clinicamente
a eficiência e durabilidade do selamento oclusal com cimento de ionômero
de vidro e com selante contendo flúor, em dentes submetidos a ameloplastia.
Foram aplicados 115
selantes, sendo 54 Variglass (Dentsply) e 61 FluroShield (Dentsply), em 92
dentes de 31 pacientes, após realização de técnica invasiva com broca
diamantada ultra-conservadora n0
1190 (K.G.Sorensen). Os selamentos foram avaliados quanto às irregularidades
superficiais, adaptação marginal e perdas (totais e parciais), nos períodos
de 6 e 12 meses após atendimento inicial, sendo classificados em satisfatórios,
aceitáveis ou insatisfatórios. Os
resultados foram avaliados através da análise estatística Z Normal Reduzida,
considerando-se nível de significância de 5%, não sendo entretanto observadas
diferenças significativas entre os materiais.
O retorno dos pacientes foi de 100% após período de 6 meses e de 93,55%
após 12 meses das aplicações.
O
comportamento clínico dos dois materiais foi semelhante, sendo 96,29% dos
selamentos com Variglass e 96,72% com FluroShield considerados satisfatórios após
12 meses das aplicações.
222
Dentes de rato: modelo experimental válido para
movimentação dentária induzida
K.PIÑERA *,
G.L.CANTO, M.H.F.VASCONCELOS,
L.A.A.TAVEIRA
Depart.
de Patologia, Fac. de Odont. – USP
Foram efetuados estudos comparativos da morfologia de dentes de
ratos com outros animais, para avaliar as vantagens e as desvantagens de sua
utilização como modelo experimental na movimentação dentária induzida.
Inicialmente revisou-se uma caracterização morfológica de incisivos e molares
dos ratos. Os critérios para tal foram: a evidenciação microscópica do
cemento, sua espessura, distribuição ao longo da raiz, celularidade, canal
cementário e sua organização em relação à dentina radicular. Quanto à
dentina, observou-se também a espessura, além de características tintoriais,
distribuição dos canalículos e suas relações com o cemento, e com o
esmalte. Avaliou-se ainda a morfologia da junção amelocementária. Na polpa, a
organização da camada odontoblástica e demais componentes foram analisados,
destacando-se o grau de fibrosamento e celularidade. O ligamento periodontal foi
estudado considerando a organização das fibras, celularidade, vascularização
e relação com o cemento e osso alveolar, evidenciando-se o componente
cementoblástico e osteoblástico.
Os
resultados revelam aplicações e limitações do modelo experimental, não
inviabilizando sua utilização no estudo da movimentação dentária induzida,
ao contrário, indicando-o. As vantagens e desvantagens devem ser relevadas na
extrapolação dos resultados.
223
Adesão da resina ao esmalte após condicinamento ácido
ou com laser
S.I. MYAKI*, W.T. OLIVEIRA Jr.
Depto.
Odontopediatria / Depto. Dentística, Faculdade de Odontologia USP - S.P.
Tel. (011) 818 7854
O objetivo deste estudo é de comparar in vitro a resistência
a força de cisalhamento de uma resina composta ao esmalte, após condionamento
com ácido fosfórico, laser Nd:YAG ou laser Er:YAG. Foram utilizados 40
terceiros molares inclusos extraídos, que foram divididos em 4 grupos. G1
(n=10) foi condicionado com ácido fosfórico a 35% por 30 seg.; G2 (n=10)
recebeu a irradiação do laser Nd:YAG com densidade de energia de 165,8 J/cm2,
133 mJ de energia por pulso, 15 Hz, por 30 seg.; G3 (n=10) foi irradiado pelo
laser Er:YAG com densidade de energia de 19,75 J/cm2,
140 mJ de energia, 1 Hz, por 36 seg.; G4 (n=10) foi irradiado pelo laser Er:YAG
com densidade de energia de 42,32 J/cm2,
300 mJ de energia, 1 Hz, durante 60 seg. Em seguida todos os espécimes
receberam uma camada de adesivo (Helio-Bond/Vivadent), fotopolimerizado por 30
seg. Um molde de Teflon com 5 mm de diâmetro foi adaptado para aplicação da
resina composta (Prisma TPH/Dentsply) que foi fotopolimerizada por 60 seg. As
amostras foram termocicladas (700 ciclos - 5o
e 55o
C / 60 seg. de imersão) e avaliadas quanto a resistência a força de
cisalhamento, em instrumento Wolpert-Werke com velocidade de 5 mm/min. Os
resultados obtidos após submetidos a análise de variância, demonstraram que a
adesão da resina composta foi significantemente maior no grupo tratado com ácido
fosfórico (21,22 MPa) do que no tratado pelo laser Nd:YAG (2,06 MPa), laser
Er:YAG com 140 mJ de energia (6,42 MPa) ou com 300 mJ (6,15 MPa).
Nestas
condições experimentais, o condicionamento ácido do esmalte foi o tratamento
mais efetivo para adesão da resina composta, seguido pelo laser Er:YAG e do
laser Nd:YAG.
224
Amalcomp - Restaurações combinadas de almálgama e
resina composta
Avaliação da infiltração marginal
E.
PISANESCHI*, C. A. M. SILVA - FO-PUCCAMP / Departamento de Odontologia
Restauradora
A microinfiltração é considerada a principal causa de
fracassos em restaurações diretas de classe II, devido à falta de adesividade
dos materiais restauradores à estrutura dental. Problemas como: manchas, cáries
secundárias e sensibilidade pós-operatória podem ser superados se a porção
proximal dos preparos for restaurada com amálgama até o nível da parede
pulpar, atingindo o ponto de contato e o restante da cavidade com resina
composta, mais estética, (Markgraf et al - in press).
Foram utilizados 30 terceiros molares humanos recém
extraídos sem cáries. Os materiais utilizados foram: Amálgama (Permite C -
SDI); Verniz de Copal (Copalite - Cooley); Resina composta fotopolimerizável (Z
100 - 3M) e Adesivo dentinário (Scotchbond Multi-Uso Plus - 3M). Após os
preparos cavitários tipo MOD, realizados com ponta diamantada nº 330 (Fava),
os dentes foram divididos arbitrariamente, em três grupos, para serem
restaurados em 3 situações: Grupo I - (controle): amálgama + adesivo dentinário
+ resina composta; Grupo II - verniz + amálgama + adesivo dentinário + resina
composta e Grupo III - adesivo dentinário + amálgama + adesivo dentinário +
resina composta. Depois de restaurados, os dentes sofreram ciclagem térmica,
foram imersos em azul de metileno a 2% e cortados sob refrigeração para
verificação da infiltração nas interfaces: amálgama/resina e amálgama/estrutura
dental.
Após
análise através do teste Kruskal-Wallis os Grupos I e III e II e III
apresentaram diferenças significantes ao nível de 1% (a= 0,01) e 5% (a= 0,05)
e os Grupos I e II não foram significantes entre si. Os menores valores de
infiltração marginal na interface amálgama/estrutura dental foram observados
no Grupo III.
225
Infiltração marginal de dois cimentos restauradores
fluoretados
C.E. CARRARA*, R.C.C. ABDO, M.A.A.M. MACHADO, M.F. TOVO
Depto.
Odontopediatria/Ortodontia, Fac. Odontologia de Bauru / USP - Tel (0142) 23-4133
A infiltração marginal ao redor das restaurações dentárias
continua sendo um desafio para a odontologia. O objetivo deste trabalho foi
comparar in vitro a infiltração marginal de dois cimentos restauradores
que liberam flúor, o Vitremer/3M e o Variglass/Caulk Dentisply.
Cavidades classe II, estritamente proximais, foram
confeccionadas nas faces mesiais e distais de vinte pré-molares hígidos extraídos por indicação ortodôntica.
Cada dente recebeu duas restaurações, sendo uma de cada material. Foram
isolados com esmalte para unhas, exceto a restauração e um milímetro ao seu
redor. Procedeu-se então a termociclagem em solução de fucsina básica a
0,5%. Os dentes foram lavados e seccionados para análise da infiltração
marginal na parede gengival da cavidade, que foi confeccionada um milímetro
abaixo da junção cemento-esmalte.
Os
resultados mostraram que nenhum material foi capaz de evitar a infiltração
marginal, porém esta foi menor nas restaurações de Vitremer/3M ( p < 0,01
).
226
Estudo clínico comparativo entre dois materiais
restauradores estéticos - Herculite XRV e Chelon-Fil
A.L. MARSILIO*, M.A.M. ARAUJO, R.M. ARAÚJO
Depto
de Odontologia Restauradora, Fac. de Odontologia de São José dos Campos -
UNESP – SP
Um material restaurador para dentes anteriores além de ser
funcional, deve permitir uma estética satisfatória possibilitando ao
profissional praticidade de trabalho e opções variadas de cores. Somente as
resinas compostas apresentavam tais características. Com o advento dos cimentos
de ionômero de vidro uma nova opção de material restaurador surgiu no comércio,
apresentando várias propriedades favoráveis, porém com estética duvidosa.
Para comparar as características destes materiais realizamos uma pesquisa de
natureza clínica na qual foram selecionadas 36 cavidades de classe III
conservadoras e médias com comprometimento estético, realizando-se
aleatoriamente 18 restaurações em resina composta e 18 em cimento de ionômero
de vidro, sendo que um mesmo paciente recebeu os dois tipos de restaurações,
localizadas lado a lado, onde fizemos as seguintes comparações: cor ou estética,
forma anatômica, textura de superfície, infiltração marginal, retenção de
placa bacteriana e ocorrência de fraturas. As restaurações foram avaliadas
num período de 18 meses e os resultados foram submetidos a análise estatística
utilizando-se o Teste Exato de Fisher.
Os
resultados demonstraram não haver diferença estatísticamente significante
entre a resina composta e o cimento de ionômero de vidro neste período.
227
Influência da pré-oxidação na resistência da união
metalocerâmica
de uma liga experimental de Co-Cr contendo titânio
S.
CROSARA, N. GNOATTO*, O. L. BEZZON / Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto-USP - Tel./Fax (016) 633 0999
A inclusão de titânio nas ligas de Co-Cr possiibilita a
utilização dessas ligas para a construção de restaurações metalocerâmicas.
O óxido de titânio resultante do tratamento de pré-oxidação dessas ligas e
a temperatura de queima da porcelana opaca são importantes influentes na
qualidade da interface metalocerâmica. O objetivo deste trabalho foi
estabelecer, em termos comparativos a uma liga comercial de Ni-Cr, a condição
ideal de pré-oxidação de uma liga experimental de Co-Cr contendo Ni e Ti.
Foram confeccionados corpos de prova compostos por hastes metálicas fundidas ao
redor das quais foram construídos anéis de porcelana (IPS Classic V, Ivoclar)
que, embutidos em cilindros de gesso, foram tracionados axialmente. A liga
experimental foi dividida em grupos submetidos aos tratamentos de pré-oxidação
de 2.5, 5.0 e 7.5 minutos a 1000ºC sob vácuo, além de um grupo que não
recebeu pré-oxidação. A liga comercial (Resistal P, Degussa) foi sujeita à
pré-oxidação estabelecida pelo fabricante (10 minutos a 980ºC sem vácuo). O
embutimento em gesso foi precedido da mensuração dos valores médios do diâmetro
da haste metálica e da espessura do anel cerâmico de cada corpo de prova para
a determinação da área relativa à união metalocerâmica. Concluída a
ruptura dessa união por cisalhamento, dividiu-se o pico de força registrado
pela área de união naquele corpo de prova. Em função da distribuição não
normal dos dados amostrais, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, no qual
observou-se a não significância desses dados. Apesar disso, o valor médio de
tensão obtido com a liga experimental sem pré-oxidação (4.36kgf/mm2)
foi superior aos dos demais grupos e ao da liga comercial.
Concluímos que a liga experimental avaliada deve ser
utilizada sem tratamento de pré-oxidação para maior resistência da interface
metalocerâmica.
Apoio:
CNPQ.
228
Microinfiltração em restaurações Classe V preparadas
com o Er:YAG laser
A.C.B. RAMOS*; C.P.
EDUARDO; E.Y. TANJI; D.M. ZEZELL
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia da U.S.P. - São Paulo – Brasil
Devido
às limitadas informações disponíveis quanto à qualidade da restauração
quando as cavidades são preparadas e irradiadas com laser, avaliou-se neste
estudo piloto “in vitro” a microinfiltração que ocorre nas restaurações
em resina composta fotoativada, nos preparos classe V realizados
convencionalmente e com laser de Er:YAG. Foram selecionados 12 dentes pré-molares,
armazenados em soro fisiológico a 0,9% e divididos igualmente em 3 grupos. O
grupo I foi preparado com alta rotação e pontas diamantadas e atacado com ácido
fosfórico a 35%. O grupo II, com laser de Er:YAG e atacado com ácido fosfórico
a 35% e o grupo III preparado e atacado com laser de Er:YAG. Foi utilizado um
sistema adesivo de dentina e realizada a restauração dos preparos com resina
composta fotoativada. Os corpos de prova foram armazenados em água destilada
por 7 dias, sendo polidos e ciclados termicamente após este período. Foram
infiltrados com Nitrato de prata a 50% por 8 horas em total ausência de luz. As
amostras foram seccionadas e examinadas ao microscópio óptico, observando-se
50%, 75% e 100% de infiltração nos corpos de prova dos 3 grupos
respectivamente.
Os
resultados foram submetidos ao teste estatístico de Kruskal-Wallis,
concluindo-se que não houve diferença significante entre os grupos.
229
Restaurações combinadas nas faces proximas de molares
decíduos
E. Gilbert*; S.K. Bussadori
O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento clínico
das restaurações combinadas em relação a microinfiltração marginal na
parede gengival da caixa proximal; a união entre os materiais; o
reestabelecimento morfo-funcional da crista marginal e do ponto de contato, bem
como a recorrência de cáries, através do exame clínico visual e radiográfico
num período compreendido da data da restauração até a subseqüente esfoliação
do elemento restaurado, período médio de um ano.
Foram realizados 24 casos em crianças na faixa etária
de 9 a 12 anos, os quais foram divididos em 4 grupos: 1- resina composta
fotoativada (Z100,3M)/adesivo dentinário (Scothbond Multi-uso Plus, 3M); 2-
resina quimicamente ativada (P10,3M)/adesivo dentinário/resina fotoativada; 3-
ionômero de vidro fotoativado (Vitremer,3M)/adesivo dentinário/resina
fotoativada; 4- ionômero de vidro quimicamente ativado (Shofu)/adesivo dentinário/resina
fotoativada.
Após a esfoliação os dentes permaneceram em água
destilada a 37ºC por uma semana, secados, envernizados com esmalte cosmético,
inferiormente selados com resina epoxica (Araldite), deixando exposta a restauração.
Foram imersos uma solução corante de nitrato de prata a 50% por oito horas,
lavados, secados e revelados através da lâmpada photoflood por cinco minutos.
Pudemos
observar clinicamente satisfatório reestabelecimento morfo-funcional, excelente
união entre materiais, nenhum caso de cárie secundária, porém todos os grupos
apresentaram grau de infiltração não havendo diferenças estatisticamente
significante entre eles.
230
Avaliação da resistência ao cisalhamento de adesivos
ortodônticos auto e fotopolimerizáveis
A.S. SECCO*, M.F Goes
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - SP - Brasil. Fax (0194)
21-0144
O
sistema de resina quimicamente ativada para colagem de braquetes ortodônticos
à superfície dos dentes tem sido amplamente usado, apesar do sistema de resina
fotopolimerizável ser recomendado
para o mesmo propósito. Este estudo comparou a força de união ao cisalhamento
dos adesivos ortodônticos foto e quimicamente ativados. Foi usada a superfície
do esmalte vestibular de 24 pré-molares humanos extraídos e divididos ao acaso
dentro de 3 grupos de 8 dentes. Grupo 1: braquete de metal unido com
sistema de união Concise ortodôntico ativado quimicamente (3M Co.); Grupo 2:
braquete de metal unido com sistema adesivo ortodôntico Resilience P4
ativado quimicamente ( Confi-Dental Co.); e Grupo 3: braquete de metal
unido com sistema adesivo ortodôntico fotopolimerizável Resilience L3. Os braquetes usados nos três grupos foram
Ultra-Minitrium (Dentaurum). Todos os dentes tiveram sua raiz incluída em
resina ativada quimicamente até 1mm aquém da junção cemento esmalte. Para a
colagem dos braquetes seguiu-se as instruções dos fabricantes de cada sistema
adesivo. A seguir realizou-se o teste de cisalhamento em uma máquina Instron a
velocidade de 0,1 mm/min. Foi aplicado o teste de ANOVA e Tukey a nível de 0,05
significância. Os resultados para o grupo 1 foram: 21,7 MPa (+ 0.56);
grupo 2: 21,8 MPa (+ 1.07); grupo 3: 23,9 MPa (+ 1.95). Não
houve diferença significante entre os resultados dos três grupos
(P>0,05).
O
sistema de união fotopolimerizável desenvolveu
resistência de união do braquete a superfície do esmalte similar aos
sistemas quimicamente polimerizáveis.
231
Microscopia eletrônica de varredura avalia os efeitos
do jateamento
de óxido de alumínio nas bandas ortodônticas
C.E.LASCALA*,
R.M.FALTIN, K.FALTIN, V. E.ARANA-CHAVEZ / Depto. Ortodontia-UNIP / Depto.
Histologia-ICB-USP.-São Paulo – Brasil
A retenção e estabilidade das bandas ortodônticas na superfície
dentária é essencial durante o tratamento ortodôntico com aparelhos fixos.
Estudos laboratoriais e clínicos demonstraram que as falhas quanto à retenção
dão-se, com maior freqüência, na interface banda/cemento. O jateamento de óxido
de alumínio aumenta a superfície específica de contato, dada as rugosidades
criadas nas superfícies metálicas, permitindo um maior grau de embricamento
mecânico. O presente estudo propõe avaliar, pela microscopia eletrônica de
varredura, os efeitos do jateamento com óxido de alumínio em bandas ortodônticas,
utilizando diferentes granulações e tempos de aplicação. Para tanto,
realizamos o jateamento das faces internas de 24 bandas, com aparelho de
Microetcher II em Micro-Cab (Danville Engineering, Inc.), a distância de ~7mm,
durante 2, 4, 6, 8, 10 e 16 segundos por face, com granulações de 50 e 90 µm
respectivamente, executando movimentos constantes de vaivém. As amostras de
cada grupo foram dessecadas, montadas em suportes possibilitando a observação
em dois planos (frontal e lateral), metalizadas em aparelho Balzers SCD-050 e
examinadas em microscópio eletrônico de varredura Jeol 6100, operando a 10 kv.
Concluímos
que ambas as granulações utilizadas (50 e 90µm) promovem padrões similares
de rugosidade na superfície metálica que se mantêm a partir dos 6 segundos de
aplicação por face. Assim sendo, o aumento do tempo de jateamento, superior a
10 segundos, acarreta apenas a perda de substância (espessura) e conseqüente
rigidez das bandas ortodônticas.
232
Resistência ao cisalhamento de dois materiais híbridos
em esmalte
M. GIANNINI; J.R. LOVADINO; L.A.F. PIMENTA
Depto.
de Odont. Rest. da Fac. de Odont. Piracicaba-UNICAMP - Tel:0194-210063 e
FAX:0194-210144
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à forças
de cisalhamento de dois materiais híbridos de ionômero de vidro/compósito e
observar os tipos de fraturas em lupa estereoscópica. Foram utilizadas as faces
vestibulares e linguais de 20 pré-molares humanos extraídos e polidos com lixa
d’água de Al2O3
até a granulação 600. Variglass(G1) e Vitremer(G3) foram aplicados na superfície
do esmalte sem condicionamento ácido. Os mesmos materiais, Variglass (G2) e
Vitremer (G4) foram aplicados após o condicionamento com ácido fosfórico 37%
por 30 segundos. Todos os corpos de prova foram armazenados em umidade relativa
a 37oC
por 1 semana. O teste de cisalhamento foi realizado com velocidade de
0,5mm/min., em máquina de ensaio universal. As médias dos resultados, em MPa,
seguidos de lestras diferentes, diferem estatisticamente pela avaliação do
teste Turkey: G1- 3,557(a); G2- 6,265(c); G3- 4,152(ab) e G4- 5,654(bc). Quando
a superfície do esmalte foi condicionada com ácido fosfórico 37%, foi
observado em aumento de fraturas do tipo coesivas nos materiais.
Conclui-se que o condicionamento da superfície do
esmalte aumentou a adesão destes materiais híbridos de ionômero de vidro e
compósito.
Este
trabalho recebeu apoio financeiro da FAPESP
233
Influência do ácido fosfórico (com e sem fluoreto) no
esmalte dentário - Estudo no MEV
M. E. Santos*, D. F. Santos
Departamento
de Odontoclínica - Faculdade de Odontologia / UFF - Niterói – Brasil
O objetivo deste estudo foi verificar o efeito da utilização
do ácido fosfórico (com e sem fluoreto) sobre a superfície do esmalte dentário.
Três grupos foram formados, cada um constituído de 12 pares de segmentos de
dentes bovinos aplainados (9 mm2), incluídos em resina e mantidos com suas superfícies
de esmalte livres. A profilaxia foi realizada com pedra-pomes e água em todos
os grupos. Uma das superfícies de esmalte de cada par, serviu como controle,
sendo atacadas por ácido fosfórico a 37%. As outras superfícies foram usadas
para o ataque com ácido fosfórico a 37% contendo diferentes concentrações de
fluoreto de sódio: grupo 1 - 0,05%; grupo 2: 0,5% e grupo 3: 1,0%, durante um
tempo de 30 segundos, seguidos de lavagem e secagem por 15 segundos. Em seguida,
os corpos de prova foram observados no MEV. Resultados:
padrão de descalcificação do tipo
1 para o grupo 1, semelhante às superfícies dos grupos-controle; nos grupos 2
e 3 observou-se alterações na estrutura do esmalte que apresentou-se com
irregularidades em suas porosidades não havendo semelhança com os padrões
normais de descalcificação.
Conclui-se que: essas irregularidades parecem estar
relacionadas com as diferentes concentrações de fluoretos usadas nas soluções
ácidas.
Apoio
CNPq
234
Infiltração marginal
em restaurações de
amálgama: Pré-tratamento com
verniz convencional e fluoretado
J.B.BARBOSA*,
L.A.M.SANTOS-PINTO / Depto Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de
Araraquara – UNESP
A desadaptação entre materiais restauradores e as paredes
cavitárias permite a microinfiltração de fluidos bucais, microorganismos, íons
e moléculas trazendo conseqüências indesejáveis às restaurações. O amálgama,
muito utilizado na clínica odontológica por suas vantagens ainda não alcançadas
integralmente por outros materiais,
apresenta o inconveniente de não liberar flúor às estruturas dentais e
problemas de adaptação às paredes cavitárias. Tem sido verificado que o
verniz cavitário convencional usado internamente a estas restaurações, reduz
a microinfiltração e conseqüentes desmineralizações das estruturas dentais
subjacentes. Os vernizes fluoretados, além da liberação de flúor, têm se
mostrado de qualidade comparável aos convencionais quanto ao selamento de
restaurações de amálgama. O objetivo deste trabalho foi avaliar “in
vitro”a infiltração marginal em restaurações de amálgama de prata
utilizando verniz convencional e fluoretado, como pré-tratamento das paredes
cavitárias em preparos classe V em molares humanos hígidos. O método
empregado foi a ciclagem térmica em corante e os resultados demonstraram que na
parede oclusal das cavidades não houve diferença entre os dois materiais
empregados, sendo ambos efetivos na redução da microinfiltração. Na parede
cervical a diferença foi significativa, com o verniz fluoretado induzindo
valores maiores de infiltração marginal.
Podemos
concluir que o verniz convencional foi mais eficiente que o verniz fluoretado,
em reduzir a infiltração marginal na parede cervical de restaurações de amálgama.
235
Infiltração marginal de agentes cimentantes em coroas
metálicas fundidas
T. N.CAMPOS*, M.MORI, A.T.HENMI, T. SAITO
Depto.
Prótese, Faculdade de Odontologia da USP - SP - Tel/Fax (011) 818-7888
Um
dos principais objetivos do cimento, que fixa a restauração protética ao
dente, é o selamento da fenda existente entre os mesmos. Para avaliar a
infiltração marginal, foram feitos preparos cavitários padronizados, em 20
dentes naturais extraídos. As coroas totais foram fundidas em NiCr, sendo 10
cimentadas com cimento de fosfato de zinco e 10, com cimento resinoso PANAVIA
21. As amostras foram submetidas à ciclagem térmica (5oC e 55oC) e após impermeabilização da porção radicular com
cianocrilato de etila, foram colocadas em solução de 0,5% de azul de metileno
por 4 horas. Os dentes foram seccionados vestíbulo-lingualmente e examinados
visualmente com lente de aumento de 4 vezes. Houve diferença significante entre
os dois cimentos testados, sendo que 100% das amostras cimentadas com o cimento
de fosfato de zinco apresentaram microinfilfração atingindo a dentina e a
polpa, e 100% das amostras cimentadas com PANAVIA 21 não sofreram qualquer tipo
de infiltração. Nestas condições experimentais, concluímos que: o
cimento resinoso PANAVIA 21 apresentou melhores resultados quanto ao grau de
infiltração quando comparado ao cimento de fosfato de zinco, na cimentação
de coroas metálicas fundidas.
Apoio
financeiro: Bolsa de Iniciação Científica CNPq.
236
Avaliação da união entre cerâmica e resina composta
L. K. ADACHI*, E. M. ADACHI, T. N. DE CAMPOS, T. SAITO
Depto.
Prótese, Faculdade de Odontologia da USP - SP - Tel./Fax (011) 818-7888
Este estudo teve por
objetivo avaliar a união entre resina composta e porcelana, através de três
sistemas de reparo para porcelana.Foram utilizados 15 cilindros de cerâmica
(Vita VMK) incluídos em resina acrílica, aderidos a cilindros de resina
composta (Z-100, 3M) através de 3 sistemas adesivos : All-bond 2 (Bisco),
Scotchbond Multi-uso Plus (3M) e Herculite Porcelain Repair (Kerr). Os
procedimentos para adesão foram os recomendados pelos fabricantes.Após a
colagem, os corpos de prova foram armazenados em água destilada a 37oC
durante 24 horas e então submetidos aos testes mecânicos. A força de
resistência ao cizalhamento foi medida utilizando-se uma máquina de teste
universal Wolpert.As maiores forças de adesão foram encontradas com All-bond 2
e Scotchbond Multi-uso Plus,sendo que com All-bond 2 foram observadas maior número
de fraturas coesivas da porcelana. Os resultados obtidos mostram que ao nível
de 5 % não existe diferença estatisticamente significativa entre All-bond 2 e
Scotchbond Multi-uso Plus, mas que há diferença entre estes e o Herculite
Porcelain Repair. Diante dos resultados obtidos concluiu-se que tanto
All-bond 2 como Scotchbond Multi-uso Plus podem ser usados eficientemente como
adesivos para reparo de restaurações de porcelana.
237
Efeitos in vitro de soluções fluoretada sobre a
porcelana dental
R.S.A. SHINKAI*, F. C. RIBEIRO,T. N.CAMPOS, T. SAITO
Depto.
Prótese, Faculdade de Odontologia da USP-SP - Tel. / Fax (011) 818-7888
A cárie dental tem sido apontada como a principal causa de
falhas de próteses fixas. Sabe-se que o uso freqüente de soluções
fluoretadas é um recurso valioso no programa preventivo para pacientes de alto
risco à cárie. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de soluções
fluoretadas sobre a massa da porcelana glazeada natural e artificialmente. 120
discos de porcelana foram feitos com a porcelana VMK 68, Vita, Alemanha. 60
amostras foram glazeadas naturalmente e 60 foram artificialmente glazeadas
(Vitachrom L 724). Subgrupos (n=5) para cada tipo de glaze foram formados
aleatoriamente e pesados na balança analítica de precisão Perkin-Elmer AD-6,
EUA, sensibilidade 0,0001mg. Simularam-se tratamentos domiciliares por 1, 5 e 10
anos com três soluções fluoretadas - Fluordent, J&J, 1 min/dia; 0,05% NaF
(receita magistral - P.L.Armonia, N.Tortamano. Como Prescrever em Odontologia,
1992, Ed. Santos, São Paulo), 1 min/dia; 0,2% NaF (receita magistral), 1
min/semana - e um gel acidulado (Nupro gel acidulado, Dentisply,
grupo-controle). As amostras foram imersas em grandes quantidades de cada
produto fluoretado a 37ºC , sob agitação mecânica.
A seguir, foram enxaguadas, limpas em ultra-som, secas a 150°C por 24h e
pesadas novamente. Não houve alteração de massa estatisticamente
significativa nos subgrupos expostos às soluções fluoretadas (comparação de
dados emparelhados e teste t de Student, p>0.01). Como esperado, os subgrupos
imersos em gel acidulado sofreram significativa perda de massa (p<0.01).
Os
resultados obtidos não mostraram nenhum efeito significativo das soluções
fluoretadas testadas sobre a massa da porcelana dental.
238
Rugosidade e perfil de amálgamas obtidos com matrizes
de aço reutilizadas
C. Anauate
Netto*, D. M. Fichman
Depto.
Dentística - FOUSP – Brasil
Este trabalho de
pesquisa avaliou a rugosidade superficial e o perfil proximal de amálgamas
condensados contra tiras matrizes de aço inoxidável reutilizadas. Foram
confeccionados 45 corpos de prova em resina acrílica com uma cavidade tipo
“slot vertical”, divididos em três grupos de 15, cada qual com uma liga,
Standalloy SF, Dispersalloy e Luxalloy. Foi utilizado um mesmo segmento de
matriz para cada grupo. A carga de condensação para a liga de Standalloy SF
foi de 2Kg e as demais 0,7Kg. Os corpos de prova foram avaliados rugosimétrica
e perfilométricamente. Os resultados demonstraram que a rugosidade dos corpos
de prova aumentou constatemente. A deformação com o uso repetido de um mesmo
segmento de tira matriz causa, já a partir da segunda utilização, profundas
alterações do contôrno. Parece-nos totalmente contra-indicada a reutilização
das tiras matrizes de aço por produzirem contôrnos ocluso-gengivais arbitrários.
Devem ser consideradas portanto materiais semi-manufaturados e descartáveis.
239
Avaliação in vitro da influência dos cimentos
resinosos na infiltração
marginal de facetas de porcelana
C.
NISHIO *; M. MIRANDA ; T. SEKITO JR. / Departamento de Odontologia Social e
Preventiva - F.O./ U.F.R.J. Rio de Janeiro/RJ.
O
objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de 2 tipos de cimentos
resinosos na infiltração marginal de facetas estéticas de porcelana. Foram
utilizados 40 dentes anteriores humanos, restaurados com facetas de
porcelana em suas faces vestibulares, sendo que a metade foi cimentada com o cimento resinoso Dual (Vivadent) e
a outra com Enforce (Dentsply). Esses 2 grupos foram subdivididos em: facetas
com (1) margem em esmalte (E) cimentadas com Dual; (2) margem em esmalte e
cemento (EC) cimentadas com Dual; (3) margem em (E) cimentadas com Enforce; (4)
margem em (EC) cimentadas com Enforce. Todas as amostras foram submetidas a
ciclagem térmica (100 ciclos) e coradas com nitrato de prata a 50% por 24
horas. O grau de infiltração marginal na porção incisal (IN) e cervical (CV)
foi avaliado por dois examinadores calibrados e os dados foram analisados por
ANOVA e testes Kruskal-Wallis e U de Mann-Whitney (p<0,05). Houve diferenças
entre todos os grupos na comparação da infiltração global (p<0,001) e
entre as regiões de esmalte e cemento (p<0,001). A infiltração do grupo 1
foi estatisticamente maior que a do grupo 3, nas porções IN (p<0,009) e CV
(p<0,005). O mesmo não ocorreu dentro do grupo 1 ( porção IN X CV,
p<0,13) e do grupo 3 ( porção IN X CV, p<0,07). A infiltração do grupo
2 foi estatisticamente maior que a do grupo 4, tanto na porção IN quanto na
CV. Também houve diferenças significantes dentro de cada um desses grupos
entre as porções CV e IN ( p< 0,00003 para ambas).
O
cimento Enforce foi melhor que o cimento Dual tanto nas facetas com margem em E
quanto em EC. Além disso, a infiltração na porção CV foi maior que na IN
nos grupos de facetas com margem em EC.
Grupo
PET / CAPES.
240
Reincorporação de flúor de cimentos de ionômero de
vidro restauradores
R.C. PASCOTTO*, L.M.A. TENUTA, M.F. L. NAVARRO, E.M.
TAGA
Deptos.
Dentística e Bioquímica, Faculdade de Odontologia de Bauru-USP - Tel. (0142)
23-4133 R. 266
O objetivo deste
trabalho foi avaliar a capacidade de reincorporação de flúor de 4 cimentos de
ionômero de vidro restauradores, após tratamento com soluções fluoretadas.
Foram confeccionados 12 discos (11,0mm x 1,5mm) para cada material testado:
Photac Fil (PF), Vitremer (VT), Fuji II LC (F2) e Fuji IX (F9). O flúor
liberado em água deionizada foi analisado diariamente durante 7 dias por
eletrodo específico (Orion, mod. 96-09). Após 45 dias, os espécimes foram
divididos em 3 grupos: controle e tratamentos com solução de NaF 0,05%
diariamente durante 15 dias e de NaF a 0,2% no 1o, 8o e 15o
dias. O flúor liberado foi analisado diariamente por mais 7 dias. Os dados
foram submetidos a ANOVA e teste de Tukey. A quantidade de flúor liberada após
tratamento com NaF 0,2% foi significantemente maior (p<0,05) que a do grupo
controle para todos os materiais com exceção do F2. A comparação entre os
tratamentos com NaF a 0,2% e NaF a 0,05% mostrou haver superioridade da solução
mais concentrada apenas para o PF.
Liberação
de flúor: média±desvio - padrão - mgF. mm-2
inicial
controle NaF 0,2%
NaF 0,05%
PF-Espe
2,63 ±0,19 0,14 ±0,02 0,30 ±0,01 0,23 ±0,01
VT-3M
0,94 ±0,17 0,07 ±0,00 0,14 ±0,03 0,14 ±0,02
F9-GC
0,79 ±0,21 0,04 ±0,03 0,10 ±0,02 0,08 ±0,00
F2-GC
0,61 ±0,06 0,07 ±0,00 0,11 ±0,01 0,10 ±0,02
Os
resultados mostraram que o material que liberou a maior quantidade de flúor
(PF) apresentou maior incorporação desse elemento, ocorrendo o inverso para o
material com menor liberação (F2), onde o tratamento não foi efetivo.
241
Liberação de flúor de 4 cimentos de ionômero de
vidro restauradores
L.M.A. TENUTA*, R.C. PASCOTTO, M.F. L. NAVARRO, C.E.
FRANCISCHONE
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru USP - Tel
(0142) 23-4133
O objetivo deste
trabalho foi comparar a liberação de flúor de 4 cimentos de ionômero de
vidro usados para restauração: Photac Fil (PF), Vitremer (VT), Fuji II LC (F2)
e Fuji IX (F9) durante 14 dias. Foram confeccionados 12 discos (11,0mm x 1,5mm)
para cada material. Os espécimes foram suspensos em tubos de polietileno
contendo 32 mL de água deionizada a 37oC 1oC.
As leituras foram feitas por um eletrodo específico para o íon flúor (Orion,
modelo 96-09) acoplado a um analisador de pH/íons (Procyon, modelo SA 720), após
a adição de 3,2 mL de TISAB III (Analion) em cada tubo. Os dados foram
submetidos a ANOVA e teste de Tukey-Kramer. A quantidade de flúor liberada foi
significantemente maior para o PF em relação aos outros materiais
(PF>VT>F9>F2), sendo que VT e F9, e F2 e F9 não apresentaram diferença
significante entre si (p<0,05).
Liberação de flúor: média ± desvio-padrão - µgF-.mm-2
1 dia 3 dias 5 dia
7 dias 14 dias
PF- Espe
1,22 ±0,07 0,27 ±0,02 0,18 ±0,02
0,14 ±0,01
0,09 ±0,01
VT - 3M
0,49 ±0,09 0,08 ±0,01 0,06 ±0,01
0,05 ±0,01 0,04 ±0,00
F9 - GC
0,44 ±0,13 0,07 ±0,02 0,05 ±0,01
0,04 ±0,01 0,04 ±0,01
F2 - GC
0,30 ±0,03 0,06 ±0,01 0,04 ±0,01
0,03 ±0,00 0,04 ±0,00
Apoio: PIBIC - CNPq - Processo no
108017/95-8
Os
resultados mostraram que todos os materiais apresentaram um padrão de liberação
de flúor semelhante: maior nos períodos iniciais, diminuindo para níveis
constantes. O PF mostrou os valores mais elevados de liberação de flúor.
242
Influência do eugenol na microinfiltração de incrustações
de porcelana
R. F. Pinheiro*, C. E.
Francischone, J. C. Pereira
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP
Avaliou-se a influência do eugenol contido no cimento temporário,
na microinfiltração marginal de incrustações de porcelana cimentadas com
cimento resinoso de dupla polimerização. Utilizou-se 10 premolares superiores
extraídos que receberam preparos padronizados classe V na superfície
vestibular e lingual. Os dentes
foram divididos em dois grupos de dez, sendo que no grupo 1 (superfície
vestibular) foi aplicado o cimento temporário com eugenol (Temp Bond,
Kerr/Sybron) e no grupo 2 (superfície lingual) foi aplicado um cimento temporário
sem eugenol (Temp Bond NE, Kerr/ Sybron). Após 5 dias removeu-se o cimento
temporário. Cimentou-se as incrustações utilizando o sistema adesivo Optbond
e o cimento resinoso de dupla polimerização Dual Cement (Vivadent).
Após a termociclagem, os espécimes foram imersos em
fuccina a 0,5% por 2 horas para que houvesse a penetração do corante. Em
seguida, foram seccionados no sentido mésio-distal (grupo 1 e 2) e cada metade
foi então seccionada no sentido vestibulo-lingual em 3 fatias. Utilzou-se o método
quantitativo para a avaliação da microinfiltração.obedecendo os seguintes
scores:
0 - nenhuma infiltração, 1 - infiltração em esmalte,
sem atingir a junção amelo-dentinária, 2 - infiltração na parede axial além
da junção amelo-dentinária, 3 - infiltração na parede axial e em direção
à polpa
Com
base nos resultados obtidos, os autores concluíram que nenhuma das condições
avaliadas foi capaz de eliminar totalmente a infiltração marginal. Houve uma
tendência maior de infiltração marginal no grupo que continha eugenol, apesar
de não ter sido estatisticamente significante.
243
Avaliação das propriedades mecânicas de agentes
cimentantes:
Parte II - Resistência à remoção por tração
A.M. Botelho*, J.L. Coradazzi, M. Coutinho, J.
Mondelli / FOB-USP - CP 73, Bauru - SP
– Brasil
O propósito deste estudo foi comparar as propriedades
retentivas de coroas totais metálicas cimentadas em molares humanos extraídos,
adequadamente preparados, utilizando-se 4 tipos de agentes cimentantes: Panávia
21 (Kuraray), Vitremer (3M), Vidrion C (SS White) e o cimento fosfato de zinco
(SS White). Para cada material foram preparados 8 espécimes.Após a cimentação,
os espécimes foram termociclados (400 ciclos) e armazenados em água destilada
a 37oC.
Decorrido um período de 48 horas, foram os mesmos acoplados à máquina de
ensaios universal (Kratos) com uma velocidade de 0,5 mm/min para a realização
dos testes de resistência à remoção por tração das coroas totais metálicas.
Os valores das médias e desvio padrão dos grupos estão demonstrados na tabela
abaixo em kgf.
Material
Fosfato de Zinco Vidrion C Vitremer
Panávia 21
mean
12,35 25,8
29,1 38,0
SD 3,8
3,7 6,6
9,36
Pela ANOVA, observou-se um nível de significância em
p0,05. Somente entre os cimentos Vitremer e Vidrion C os valores não
foram estatisticamente significantes.
Os melhores resultados de resistência à tração foram
apresentados pelos agentes cimentantes resinosos.
Apoio:
CNPq
244
Avaliação das propriedades mecanicas de agentes
cimentantes: Parte I - Resistência ao cisalhamento
M. Coutinho*, J. Mondelli, A.M.
Botelho, J.L. Coradazzi
FOB-USP - CP 73, Bauru - SP - Brasil
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência a esforços
de cisalhamento de alguns agentes de cimentação, por meio do ensaio de
puncionamento “punch test”. Os materiais também foram testados quanto à
influência do tempo (1 hora e 24 horas). Foram utilizados os agentes à base de
ionômero de vidro Vidrion C (SS White) e Vitremer (3M); Cimento de fosfato de
zinco (SS White) e o cimento resinoso Panavia 21 (Kuraray). Foram confeccionados
6 corpos-de-prova em forma de disco para cada grupo, que foram levados a máquina
de ensaios Universal (Kratos) com velocidade de 0,5mm/minuto. Os valores das médias
e desvio padrão dos grupos estão demonstrados na tabela abaixo em Kgf/cm2.
Material Fosfato de Zinco Vidrion
C Vitremer Panavia
Tempo 01 h
24 h
01 h
24 h
01 h 24 h
01 h
24 h
Média
194,6 197,4
148,8 225,7
198,5 275,2
277,6 312,5
Desvio
Padrão 11,1
10,6
21,2
35,7
17,8
3,4
15,8
21,3
A ANOVA a 2 critérios demonstrou haver interação
entre agente cimentante e idade. As comparações individuais de Tukey-Kramer
demonstraram os melhores resultados para os agentes de cimentação com
componentes resinosos após 24 horas.
Suportado
pelo CNPq
245
Estudo “in vitro” da infiltração marginal nas
facetas de cerâmica
A.B.CRUZ FERREIRA*, O. FRAGA, D. F. BALASSIANO, R. Z.
PINTO
Depto.
Odontologia Restauradora FO-UERJ Av.Vinte e Oito de Setembro 157 Vila Isabel CEP
20551-030 RJ – Brasil
O objetivo deste trabalho foi avaliar “in vitro”a adaptação
marginal cervical das facetas de cerâmica. Trinta dentes humanos recem extraídos,
foram divididos em tres grupos. Todos os dentes receberam preparos do tipo
janela, sem proteção incisal,com profundidade padronizada, término cervical
em forma de chanfro, sem bisel e com angulos arredondados. O término cervical
do grupo 1 foi à nível de esmalte, do grupo 2 à nível da junção
cemento-esmalte e do grupo 3 à nível de cemento. As facetas foram
confeccionadas com a cerâmica Fortune (Williams) e cimentadas com o cimento
resinoso do tipo Dual Variolink (Vivadent), utilizando o silano Monobond S
(Vivadent). Depois de cimentadas nos dentes, estes foram termociclados, corados
com solução de nitrato de prata à 50%, incluídos em resina epoxi,
seccionados e avaliados em esteremicroscópico ótico. Os resultados analizados
estatísticamente, com significância no Teste de KrusKal-Wallis para comparação
global da infiltração entre os grupos (G-1-92,93/G-2-129,04/G-3-139,54),
como também no Teste de Mann Whitney U, onde os grupos 1 (68,32) e 2 (92,68),
3 (95,90) e 1 (65,10) com significância e para os grupos 2 (76,86)
e 3 (84,14) sem significância.
Podemos
concluir que os preparos com margens em esmalte apresentam melhor resultado, em
relação a infiltração, quando comparados com margens em cemento e na junção
cemento-esmalte, e que na interface porcelana/resina, não houve penetração do
corante nos tres grupos estudados.
246
Influência da vibração na resistência à compressão
do gesso tipo IV
C.A. GONÇALVES*, C.M.R. BARBOSA, A.R.S. ARANA
Depto.
de Prótese e Periodontia, FOP-UNICAMP
O principal emprego do
gesso pedra tipo IV na prática odontológica tem sido a confecção de modelos
e troquéis, já que este material reúne maior número de propriedades desejáveis,
apesar da sua baixa resistência à abrasão (inerente aos produtos do gesso).
No presente trabalho
analisaram-se as alterações observadas neste tipo de gesso em função das
intensidades de vibração (moderada e intensa).( Schneider et al. J. Prosthet.
Dent., 52(4):510, 1984; Nolasco et al. RGO, 38(2):93-5, 1990). Foram utilizadas
três marcas comerciais de gesso tipo IV (Velmix, Durone e Suprastone). Após
a espatulação à vácuo por 1
minuto, os gessos foram vertidos em matrizes de acrílico contendo 5 orifícios.
Cada matriz foi mantida sob vibração
(por 12 segundos) diante de duas variáveis experimentais: vibração moderada e
intensa. Assim, foram obtidas 5 amostras para cada tipo de gesso, em função
das duas condições do experimento, totalizando 30 amostras. Após 24 horas, as
mesmas foram submetidas ao teste de resistência à compressão em uma Máquina
Universal de Teste LOS (DÜSSELDORF, Alemanha) e os dados analisados segundo o
teste de Tukey. Tanto na vibração moderada como na intensa, o gesso Velmix
foi o que apresentou diferença estatisticamente significante em comparação ao
Durone e Suprastone. A
intensidade da vibração influencia a resistência compressiva do gesso tipo
IV; o Velmix mostrou-se mais resistente sob vibração moderada e menos
resistente sob a intensa.
247
Avaliação de resistência de união metalocerâmica em
função de diferentes ciclos de oxidação prévia
S. DEKON*; L.F. VIEIRA; G. BONFANTE
Depto.
de Prótese da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP - Depto. SBPqO, Faculdade
de Odontologia da USP – SP
O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de união
porcelana/metal utilizando uma liga nacional (Durabond MS II), submetida a
diferentes ciclos de oxidação prévia, com um sistema cerâmico importado
(Vita VMK).
Foram obtidos 50 padrões metálicos divididos em cinco
grupos. O grupo I não sofreu nenhum tipo de oxidação prévia e portanto foi
considerado como controle. Os grupos II, III, IV, sofreram oxidação prévia a
aplicação da porcelana por tempos de 1, 3, 5 minutos respectivamente. J á o
grupo V, foi submetido a oxidação prévia por 5 minutos, com posterior
jateamento de óxido de alumínio.
O método utilizado para efetuar os testes foi o
preconizado por CHIODI NETTO e os
resultados levaram às seguintes conclusões:
1)- a ausência da oxidação prévia possibilitou os
melhores resultados, com valores estatisticamente significantes, quando
comparados com os demais grupos;
2)- os diferentes tempos de oxidação prévia
provocaram redução acentuada nos valores obtidos e forma semelhantes entre si;
3)-
o grupo submetido ao processo de jateamento após a oxidação prévia por 5
minutos, mostrou resultados similares aos grupos tratados com diferentes tempos
de oxidação prévia, sem jateamento.
248
Cimento ionômero de vidro FUJI IX: Análise in vitro
da liberação de flúor
M.C.FIGUEIREDO*, A. WANDERA, J.E.NÖR, R. FIEGAL
Disciplina
de Odontopediatria da FO UFRGS, Brasil e da FO da Universidade de Michigan, USA
Por
ser um material restaurador adesivo
e com propriedades de liberação de flúor, o cimento de ionômero de vidro
quimicamente ativado FUJI IX (GC Corporation) está indicado na técnica de
restauração atraumática (ART). Este procedimento é preconizado pela OMS para
utilizado em países subdesenvolvidos e/ou em desenvolvimento, uma vez que
possibilitam um tratamento de baixo custo, relativamente indolor, bem como a
manutenção prolongada de dentes que seriam extraídos por falta de outros
meios de restauração. O objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente a
liberação de flúor dos cimentos de ionômero de vidro FujiIX (GC
Corporation), Fuji II LC (GC Corporation) e Vitremer (3M). Dez
corpos de prova (3X4mm) foram confeccionados para cada material e mantidos em
recipientes plásticos contendo 5ml de saliva artificial
por períodos de 1, 5, 10,
15, 20, 25 e 30 dias. As medições de flúor foram realizadas em um fluorímetro
(EXPANDABLE ION-ANALYZER-EA 94-Orion Research incorporated). Os
resultados expressos em gF-./
mm2 ,
foram analizados estatísticamente pelo teste One Way RM ANOVA e para
as comparaçoes pelo teste Student-Newman Keuls:
Materiais/Dias
1d 5d
10d
15d
20d
25d 30d
FIX
0.3289 0.8736
0.5807 0.7077
0.2931 0.2800
0.2001
FLC
0.7953 2.6046
1.6023 1.5614
1.4219 1.2355
1.0091
VIT
0.5907 1.8810
0.9913 1.3458
0.8276 0.7343
0.4842
P50
0.0632
0.0393 0.0574
0.0440 0.0404
0.0383 0.0304
permitindo concluir que
todos os materiais liberaram flúor sendo estatísticamente significante
quando comparado ao grupo controle (P50), sendo que o cimento de ionômero de
vidro FUJI IX liberou significantemente menos flúor que o FUJI II LC e o
Vitremer.
Apoio
financeiro:CNPq processo nº 453811-95-7
249
Avaliação do efeito da aplicação tópica de flúor
sobre a dureza de resinas compostas
M. S. MOURA*, L. A. M. SANTOS-PINTO, C. A. S. CRUZ
Depto.
Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP-SP
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação tópica
de flúor sobre a dureza das resinas compostas: Durafill VS (Kulzer), Herculite
XRV (Kerr) e Z100 (3M). Foram confeccionados 40 corpos-de-prova de cada
material. Após uma semana, as amostras foram polidas e divididas nos grupos:
(1) Controle - sem tratamento; (2) Flúor fosfato acidulado (FFA - Nupro,
Dentsply) aplicado por 4 minutos; (3) FFA aplicado por 16 minutos; (4) Fluoreto
de sódio neutro (FN-Nupro, Dentsply) aplicado por 4 minutos e (5) FN aplicado
por 16 minutos. Após aplicação do flúor, as amostras foram levadas ao durômetro,
obtendo-se os seguintes valores médios de dureza Vickers:
Resinas
Grupos 1
2
3
4
5
Durafill
VS
41,20 39,48
38,28 39,38
41,20
Herculite
XRV
88,40 73,31
71,16 86,91
88,00
Z100
165,80 144,25
129,60 167,10
168,85
A análise de variância mostrou diferenças
estatisticamente significantes entre os grupos relacionadas à resina, ao
tratamento e à interação.
A resina Durafill VS não foi afetada pela aplicação tópica
de flúor. A resina Herculite XRV teve sua dureza reduzida quando da aplicação
de FFA, não havendo diferença quanto ao tempo de aplicação, 4 ou 16 minutos.
E a resina Z100 apresentou valores de dureza reduzidos quando da aplicação de
FFA, redução que aumentou com o tempo de aplicação do flúor. O FN
não alterou a dureza das resinas avaliadas.
Apoio
Financeiro: CNPq
250
Microanálise por difração de Rx dos materiais
polidores usados em resina composta
R. ONO*, S. CONSANI, M.F. GOES, M.A.C. SINHORETI
FOP
– UNICAMP
O propósito deste estudo foi identificar os componentes dos
materiais polidores usados em resina composta. A análise foi feita nos
seguintes materiais: Enhance, discos Sof-Lex fino e extrafino, abrasivos de
silicone Viking cinza e verde, pedras Shofu. A análise por dispersão de Rx das
amostras recobertas com carbono foi efetuada num equipamento microanalisador
Link Analytical QX 2.000, calibrado com energia de 20 KeV, com detecção do
espectro dos elementos com número atômico na escala superior a do sódio
(Z>11). As partículas recobertas com carbono também foram analisadas por
microscopia eletrônica de varredura num aparelho Zeiss DSM 960, operado com
voltagem de aceleração de 20 KeV.
Os
resultados mostraram que os constituintes principais dos materiais polidores
estudados são silício e alumínio. As fotomicrografias por microscopia eletrônica
de varredura mostram o aspecto topográfico dos abrasivos antes do uso
(aglutinante e partículas abrasivas).
251
Adesão entre base e dentes de resinas acrílicas
R.S. FAJARDO; A. MUENCH* / Depto. Materiais Dentários,
Faculdade de Odontologia da USP - SP
Cid. Universitária, CEP: 05508-900, São Paulo, Brasil
- Tel./Fax: (011) 818-7840
A finalidade da
investigação foi a determinação da resistência de união entre dentes e
base de dentadura de resinas acrílicas termicamente ativadas. Dentes de resina
(Trubyte-Biotone, Dentsply, Brasil; Vipi-Dent plus, Dental Vipi, Brasil) foram
incluídos em blocos de resina e torneados. Sobre a extremidade dos dentes era
aplicada a resina (Clássico, Clássico Ltda., Brasil), sob processamento
convencional. As variáveis foram: 2 marcas de dente; inclusão da resina nas
fases plástica e borrachóide; aplicar ou não monômero sobre os dentes; lavar
ou não os dentes com detergente. Após 2 semanas de imersão em água, foram
feitos os ensaios de ruptura, por tração. Os dados foram submetidos à análise
de variância e teste de Tukey. A análise mostrou que os fatores dente e fase
de inclusão não foram significantes. Foram, no entanto (p < 0,001) o uso ou
não do monômero e detergente. Nenhuma interação foi significante. A tabela
mostra médias de retenção. Verifica-se a influência em aumentar a
retentividade, tanto do uso de detergente como do monômero.
Médias
(MPa) de retentividade (com letras diferentes há diferença, p< 0,05; n =
40)
Deter.
Monom.
Com Sem
Sim
6,8 a 5,2
b
Não
5,3 b 3,9
c
As
conclusões foram: marca de dente e fase de condensação não influiram nos
resultados; o uso isolado de detergente ou monômero aumentam a retenção e o
emprego conjunto apresenta efeito acumulativo.
252
Alteração dimensional em função do processamento de
dentaduras
E.T. KIMPARA; W. I. MALUF*
Depto.
de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP - CEP: 05508-900
- T.el./Fax: (011) 818-7840
O propósito da pesquisa foi a determinação da alteração
dimensional (%) de bases de dentadura de resina acrílica (Classico, Brasil) em
função de variáveis de processamento. Estas foram: 1) iniciar a polimerização
imediatamente após a prensagem ou 24 horas após; 2) condensar a resina nas
fases borrachóide, plástica e pegajosa; 3) determinar as alterações, em relação
à fase da cera, após desinclusão, 2 e 8 semanas após imersão em água; 4)
medidas feitas ao longo de diferentes locais entre dentes. Os resultados sempre
apresentaram contração. A polimerização imediatamente após prensagem ou após
24 horas não influiu nos resultados (-0,19 e -0,18% respectivamente). A
condensação da resina na fase borrachóide, em relação à plástica não
influiu significantemente (-0,23 e -0,20% respectivamente); em relação à fase
pegajosa (-0,14%) a contração foi maior com a borrachóide (p < 0,01). O
tempo de imersão recuperou parte da contração ocorrida, durante a polimerização
(-0,22), 2 semanas (-0,18%) e 8 semanas (-0,17%), com significância (p <
0,001). A alteração dimensional entre bordas opostas (-0,25%) caracteriza
maior contração do que ao longo de bordas (-0,14%) em um mesmo lado (p <
0,001).
As
conclusões foram: o tempo entre prensagem e início da polimerização não
influiu na magnitude da contração; a fase borrachóide em relação à plástica
foi semelhante; a imersão em água, após semanas, recupera parte da contração
de polimerização; a contração entre bordas é maior do que ao longo delas.
253
Porosidade em função do processamento e volume de acrílico
E.T. KIMPARA*; A. MUENCH
Depto.
Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP - Cidade Universitária, São
Paulo, Brasil - Tel./Fax: (011) 818-7840
A pesquisa teve o propósito de estudar a influência, na
porosidade, do processamento e do volume de resina acrílica (Clássico, Clássico,
Brasil) na polimerização. As variáveis foram: 1) polimerizar já após a
prensagem ou 24 horas após; 2) prensar nas fases borrachóide, plástica e
pegajosa; 3) polimerizar blocos com base de 2,0 x 2,0cm e espessura de 0,5; 1,0;
2,0cm e um cubo com aresta de 3cm. Os dados de porosidade, (escores) de 0 (ausência)
a 5 (grande presença) foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis. Com
polimerização imediata ou após 24h conseguiram-se blocos com ausência de
porosidade até espessuras respectivamente de 1,0 e 2,0cm. A fase borrachóide e
a espera de 24h diminuem a porosidade. As conclusões foram: a polimerização
após 24 horas diminui a porosidade; a fase borrachóide tende a diminuir a
porosidade; a porosidade estava ausente com polimerização imediata até 1,0 cm
de espessura e com 2,0cm na polimerização após 24 horas.
Médias
de escores das porosidades (com letras diferentes há diferença, p < 0,05; n
= 3)
Polimerização
Imediata Após 24 horas
Esp. (cm)
Fase
0,5 1,0
2,0 3,0
0,5 1,0
2,0 3,0
Borrachóide
0,0 0,0
1,8 abc
3,7 d 0,0
0,0 0,0
1,3 ab
Plástica
0,0 0,0
1,2 a 3,3 d
0,0 0,0
0,0 2,4 abcd
Pegajosa 0,0
0,0 3,4 d
3,6 d 0,0
0,0 0,0
2,8 bcd
254
Influência da intensidade de luz e do tempo de exposição
no grau
de dureza Knoop de compósitos odontológicos
L.
CORRER SOBRINHO*; A. VICENTINI; M.A.C. SINHORETI / FOP – UNICAMP
O propósito deste trabalho foi estudar a influência da
intensidade da luz e do tempo de exposição no grau de dureza Knoop de dois
compósitos odontológicos (Silux Plus e Z100). Três amostras com 5 mm de diâmetro
por 2 mm de espessura foram preparados num molde de latão, coberto com uma tira
de poliéster e polimerizados por 30, 60, 90 e 120 segundos utilizando um
aparelho Visilux 2, com 720 mW/cm2
. As medidas de microdureza Knoop na região de superfície
e fundo, foram obtidas com o aparelho HMV-2000 (SHIMADZU), usando carga
de 50 gramas e tempo de 30 segundos para cada penetração, 24 horas após a
confecção das amostras. Foram realizadas 5 penetrações na região de superfície
e de fundo para cada amostra. Os resultados foram submetidos à ánálise de
variância e ao teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Os
resultados indicaram que a dureza na região de superfície foi estatísticamente
superior em relação a região de fundo (p<0,05) para os dois compósitos em
todos os tempos de exposição; o compósito Z100 (híbrido) apresentou valores
de dureza estatísticamente superiores (p<0,05) ao Silux Plus (micropartículas),
tanto na região de superfície como de fundo.
255
Efeito da intensidade de luz e irradiação de calor de
fotopolimerizadores em função do tempo de uso
R.V. B. FERNANDES*, R.M. ARAÚJO, M.A.M. ARAUJO
Dep.
Odontologia Restauradora, Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP –
SP
Vários fatores são importantes para a completa polimerização
das resinas compostas, entre eles, suficiente intensidade de luz (IL), calor
gerado, correto cumprimento de onda e adequado tempo de polimerização. O
objetivo deste trabalho foi medir a IL (mw/cm2)
e o calor (mw/cm2)
desprendido de fotopolimerizadores, e verificar a influência no tempo de uso.
Foram avaliados 105 aparelhos fotopolimerizadores (13 modelos diferentes) e
considerados novos os aparelhos adquiridos até 5 anos e antigos, os com mais de
5 anos de uso. Dos 105 aparelhos, 60 eram novos e 45 antigos. Foi utilizado o
Radiômetro (Demetron Research Corp.) para medir a IL e o Calorímetro (Demetrom
Research Corp.) para medir o calor desprendido. Pela escala de avaliação da
Demetron, 300 mw/cm2
ou acima deste valor é considerado com
o IL adequado para polimerização de camadas de 2mm de resina no tempo
recomendado; de 299 a 200 mw/cm2
de IL é necessário tempo adicional; menos de 200 mw/cm2
de IL é considerado inadequado mesmo aumentando o
tempo de polimerização. Pela escala de avaliação do Calorímetro é
considerado adequado o aparelho que medir até 50mw/cm2.
Os aparelhos foram ligados por 1 minuto e feita as medidas de IL e calor por três
vezes, sendo considerado a média obtida entre elas. Foi aplicado análise estatística
do qui-quadrado (x2)
sobre os dados obtidos.
Houve
uma relação favorável entre a alta intensidade de luz e aparelhos novos. Para
os aparelhos com IL de 300mw/cm2 ou mais os percentuais de tempo de uso foram estatísticamente
diferentes, ou seja, para os aparelhos novos 75% apresentaram-se adequados e
para os antigos apenas 11,1%, e não houve diferença estatística para a
irradiação de calor, tanto em aparelhos novos como nos considerados antigos.
256
Influência dos adesivos
associados a materiais fluoretados na dureza das estruturas dentárias
S.M.W. SAMUEL*, C.RUBINSTEIN ,
L. A. MIRANDA
Materias Dentários, Faculdade de Odontologia da UFRGS
O cimento de ionômero de vidro tem sido amplamente utilizado ,
principalmente por seu comprovado efeito anticariogênico. Além disso ,sua
adesividade , quando colocado em contato direto com os tecidos dentários também
tem sido apontada como uma vantagem . No entanto , trabalhos mostram que sua
associação a sistemas adesivos
aumenta esta retenção . Resta a dúvida se
a formação da camada híbrida impediria a passagem do flúor para a estrutura
dentária . Sendo assim ,a proposta deste trabalho foi avaliar a dureza do
esmalte e dentina adjacentes às restaurações de materiais fluoretados ,
associando ou não um sistema adesivo.Dez molares retidos foram seccionados em 4
partes , sendo cada uma delas restaurada com Vitremer (3M) ou Variglass (Dentsply) , associando ou não o sistema
adesivo Scotchbond Multi-Uso (3M) .
Todos os grupos foram submetidos a ciclagem de des e remineralização
por 12 dias consecutivos . A médias das durezas Knoop do esmalte e dentina
adjacentes às restaurações foram respectivamente:GRUPO I (Variglass)-216 e 57
;GRUPO II (Variglass+sistema adesivo) -
194 e 56 ; GRUPO III (Vitremer) - 212 e 55 ; GRUPO IV
(Vitremer + sistema adesivo) -211 e 54.
Os
resultados mostraram que não houve diferença estatística significativa
(p<0.01) entre os grupos de esmalte e entre od de dentina
, o que indica que a utilização do sistema adesivo associado a
materiais fluoretados não interferiu na dureza das estruturas dentais
avaliadas.
257
Sorpção de água por resinas compostas
J. BIANCHI; L.E. RODRIGUES FILHO*; J.F. F. SANTOS
Departamento
de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP - SP - Tel./Fax: (011)
818-7840
A sorpção de água provoca expansão higroscópica das
restaurações com resina composta, prejudicando o ajuste marginal da interface
dente/restauração e a estabilidade da adesão entre o material restaurador e
tecidos dentários. O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente a
embebição de amostras de resinas compostas imersas em água por períodos de
tempo variados. Discos de resina composta (8mm O e 0,7mm de espessura) foram
preparados com dois produtos comerciais (Durafill e Z100) de duas maneiras:
camada única ou três incrementos, num total de 3 minutos de fotoativação com
Optilux 400 (lâmpada de alta intensidade). A sorpção de água foi determinada
por diferença de peso (balança analítica - Mettler H18, precisão de 0,0001g)
em períodos variáveis de tempo a partir de 30 minutos até 30 dias. Os valores
medidos foram tranformados em porcentagem com relação ao peso inicial de cada
amostra.
Foi
possível observar que: ocorre uma estabilização no peso das amostras no período
de 24 horas de imersão; muito pouca ou nenhuma sorpção de água ocorreu nas
primeiras horas; a embebição de água foi diferente para os dois materiais.
258
Retenção de placa bacteriana sobre materiais
restauradores e selantes
D. PEDRINI*, E. GAETTI-JARDIM Jr., M. S. M. CANDIDO
Depto. Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia
de Araçatuba - UNESP
A retenção de placa bacteriana sobre materiais restauradores
pode levar à cárie dental ou doenças periodontais. Assim, o objetivo desse
estudo foi avaliar a retenção de placa bacteriana e a rugosidade superficial
de 13 materiais restauradores e selantes de fóssulas e fissuras (amálgamas de
prata DFL alloy e Velvalloy; cimentos ionoméricos Vitremer, Variglass, Vidrion
R, Shofu II; resinas compostas Z 100, Herculite XR, Heliomolar Radiopaque e
Adaptic; cimento de silicato Lux Silit e selantes Delton e Fluroshield). Doze
voluntários utilizaram, por uma semana, aparelho removível superior no qual
corpos-de-prova desses materiais foram inseridos e recobertos com uma tela plástica.
A seguir, os corpos-de-prova eram removidos para solução Ringer-PRAS e a placa
bacteriana foi inoculada em placas com ágar sangue, ágar MS e MSB. As placas,
em duplicata, foram incubadas em condições de anaerobiose, por 10, 4 e 4 dias,
respectivamente. A rugosidade superficial dos materiais foi avaliada
utilizando-se microscopia de varredura. Os amálgamas de prata levaram a uma
menor retenção de placa e essa foi menos cariogênica devido ao menor número
de S. mutans isolados. As resinas compostas foram os melhores
materiais em relação à retenção de placa, mas essa mostrou-se muito mais
cariogênica, sendo mais rica em S. mutans do que a placa associada aos
amálgamas e cimentos de ionômero de vidro e silicato.
Os cimentos de ionômero de vidro e silicato levaram à maior retenção
de placa, mas essa foi menos cariogênica.
A
retenção de placa por esses materiais mostrou-se relacionada com a rugosidade
superficial de cada material.
259
Ação in vitro de gel fluoretado sobre resina
compostas híbridas
R.S.A.LOPES, O.A. TOLEDO *
Depto.
Odontologia - Universidade de Brasília, DF / Tel. /Fax (061) 273-0105
O objetivo do trabalho foi observar in vitro a ação
acumulativa de gel fluoretado neutro e acidulado sobre a superfície polida de
duas resinas compostas híbridas. Foram confeccionados corpos de prova divididos
em três grupos: controle, neutro e acidulado. O grupo controle não recebeu
qualquer tipo de trtamento, enquanto os grupos neutro e acidulado receberam três
aplicações tópicas do flúor correspondente, durante quatro minutos, com
intervalos de 24 horas. Após cada aplicação, com o auxílio de um rugosímetro
de precisão, foi feita leitura da rugosidade superficial das resinas para
identificar o nível das reações ao tratamento.
Os
resultados da primeira leitura demostraram que não houve reação significativa
na superfície das resinas, entretanto, as duas outras leituras comprovaram a ação
corrosiva do fluoreto acidulado sobre os corpos de prova, com resultados
estatisticamente significantes.
260
Avaliação da estabilidade dimensional do alginato após
tratamento com desinfetantes .
L.A.MIRANDA*,S.M.W. SAMUEL
Materiais
Dentários , Faculdade de Odontologia da UFRGS
As moldagens são procedimentos que , inevitavelmente ,
contaminam-se com saliva e , eventualmente, com placa bacteriana e sangue ,
podendo conter microrganismos patogênicos . Em vista da necessidade de adoção
de um método rotineiro de desinfecção para as impressões , principalmente as
de alginato , o objetivo deste trabalho foi avaliar a estabilidade dimensional
do material após a imersão em desinfetantes a base de hipoclorito de sódio ou
glutaraldeido , a fim de verificar a viabilidade desse procedimento na prática
clínica . Foram confeccionados 32 corpos de prova com alginato
(Jeltrate/Dentsply) , cujas dimensões foram obtidas com o microscópio de
mensuração (Gaertner) , imediatamente após sua confecção . A seguir , os
corpos de prova foram divididos em 4 grupos: I - controle; II - imerso em água
; III - imerso em Virex (Johnson); IV - imerso em Cidex (Jonhson). O grupo I
permaneceu exposto ao ar por 10 minutos , enquanto os grupos II , III e IV
permaneceram imersos por 10 minutos nas respectivas soluções desinfetantes.
Decorrido este período , os corpos de prova foram novamente mensurados .
Os
dados foram submetidos à análise estatística através do teste de ANOVA e os
resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente significativa
(p<0.05) entre os grupos . Uma vez que a técnica de desinfecção do
alginato por imersão em desinfetantes não provoca alteração dimensional
significativa , a mesma revela-se como um procedimento clínico viável.
261
Avaliação da porosidade de resinas acrílicas de
termo-polimerização
D.GONZATTO*, S.M.W. SAMUEL, R.M.SUZUKI
Materiais
Dentários, Faculdade
de Odontologia da
UFRGS - Tel./Fax (051)330-2951
As resinas acrílicas têm sido o material de escolha para a
construção da maioria das bases de dentadura. Este material apresenta muitas
vantagens. Entretanto, um problema que pode afetar suas propriedades é a
porosidade interna. Devido a isso, a proposta deste trabalho foi avaliar a
porosidade de resinas acrílicas termicamente ativadas, em função do tempo
decorrido entre o fechamento da mufla e sua polimerização. Uma placa de vidro
foi utilizada como matriz, cujas dimensões foram adaptadas à forma da
mufla mantendo-se eqüidistante de toda a superfície metálica da mesma.
Os corpos de prova foram submetidos a um ciclo de polimerização por 90 minutos
entre 650C
e 700C
e por 60 minutos a 1000C.
Após a prensagem, 20 corpos de prova foram divididos em cinco grupos:
a) armazenado por 15 minutos; b)
armazenado por 12 horas; c)
armazenado por 44 horas; d)
armazenado por 1 semana; e)
armazenado por 2 semanas. Após a polimerização, os corpos de prova foram
imersos em água destilada a 370C,
por 7 dias, para avaliar a porosidade interna, através de um teste de absorção
de água. A determinação da absorção de água foi obtida através da diferença
de peso, numa balança analítica de precisão, entre as situações anterior e
posterior à imersão em água. As diferenças médias obtidas para os grupos
foram, respectivamente: a)1,26mg/cm2,
b)1,36mg/cm2,
c)1,45mg/cm2,
d)1,44mg/cm2
e e)1,42mg/cm2.
A
análise estatística mostrou que não houve diferença estatística
significativa entre os grupos (p<0.05), indicando que um período de
armazenagem de até duas semanas pode ser considerado seguro quanto aos riscos
de porosidade na resina acrílica, desde que sejam observadas todas as recomendações
e mantidos todos os cuidados requeridos por uma técnica correta de manipulação
das resinas acrílicas de termo-polimerização.
262
Técnica
de restauração atraumática: microscopia eletronica de varredura de molares
decíduos restaurados in vivo com FUJI IX
A.F. GRANVILLE-GARCIA*,
A.WANDERA, J.E.NÖR, M.C.FIGUEIREDO
Odontopediatria
da FO UFRGS, Brasil e da
Universidade de / Michigan, USA
A
técnica de tratamento com restauração atraumática (ART) é um procedimento
clínico baseado na remoção do tecido cariado com instrumentos manuais e
restauração feitas com materiais restauradores que apresentam capacidade
adesiva. Os ionômeros de vidro parecem ser os materiais mais indicados para a
ART por possuirem capacidade de liberar flúor para as estruturas dentárias
adjacentes, bem como para a placa dentária próxima ao material.Esta liberação
de flúor tem um efeito positivo na remineralização do esmalte e dentina
adjacentes a restauração e parece diminuir a proporção de S. mutans
na placa dentária. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as
restaurações atraumáticas são preconizadas para países subdesenvolvidos
e/ou em desenvolvimento, uma vez que possibilitam um tratamento de baixo custo,
relativamente indolor, bem como a manutenção prolongada de dentes que seriam
extraídos por falta de outros meios de restauração.O objetivo deste trabalho
foi de avaliar sob microscopia eletrônica de varredura (MEV),40 dentes decíduos
tratados segundo a ART e restaurados com o
cimento de ionômero de vidro FUJI IX (GC Corporation), indicado
para tal fim.Todos os dentes utilizados tinham exodontia indicada por razões
ortodônticas ou devido a proximidade do período de esfoliação. As restaurações
foram mantidas em boca de 1 a 16 semanas, então os dentes foram cuidadosamente
extraídos e mantidos em uma solução de 0,2% de azida de sódio à uma
temperatura de 4ºC.
A
análise em MEV, indicou a presença de gaps de 80-100µm na interface entre o
ionômero de vidro e a dentina e/ou esmalte, sugerindo uma deficiente adesão de
ionômero de vidro à estrutura dentária. A presença de bolhas no ionômero de
vidro foi marcante em todas as amostras analisadas.
Apoio
financeiro:CNPq processo nº 453811-95-7
263
Avaliação da intensidade e calor produzidos por
aparelhos fotopolimerizadores
J.L. CASALLI*, A. DELLA BONA, P. V. SCHLEDER
Univ.
de Passo Fundo, RS, Brazil
O uso do fotopolimerizador (FT) é rotina entre os cirurgiões-dentistas
(CDs). Esse estudo objetiva avaliar a intensidade de luz (I) e o calor (C)
produzidos pelos FTs dos consultórios odontológicos de Passo Fundo, RS,
Brasil. A I e o C produzidos foram relacionados as condições dos FTs, tais
como, refrigeração (R), filtro (F), ponta ativa (P) e refletor do bulbo (B),
além das informações provindas de um questionário dirigido ao CD. Um
examinador usando radiômetro e calorímetro (Demetron Research Corp.) avaliou
140 FTs. Entre as 19 marcas comerciais diferentes, o Primelite (Dentsply) foi o
FT mais encontrado (22,1%). A idade média dos FTs foi de 5,5 anos, sendo 10
anos (12,1%) a mais freqüente. Outras características freqüentes foram: o diâmetro
da P de 6mm (63,5%), o uso diário (73,5%) com tempo fixo em 40s (53,3%),
problemas na R (63,6%), no F (81,4%) e na P (68,6%). A maioria dos CDs (75%)
estavam satisfeitos com o desempenho de seus FTs. Não foi encontrado problema
no B de 62,1% dos FTs. A I variou entre 0 e 650 mW/cm2,
com uma média de 215±52. As maiores I foram verificadas nos FTs Optilux
(Demetron) e XL1500 (3M). Pela escala Demetron para I, 84 (60%) dos FTs foram
considerados inadequados, 27 (19,3%) necessitam de tempo adicional e 29 (20,7%)
foram adequados. O C produzido variou de 0 a 300 mW/cm2,
sendo que 55% dos FTs produziram um calor menor que 50 mW/cm2, considerado adequado. Houve uma correlação negativa
entre a I e a idade do FT, as condições do F, da P, do B e da R. Correlação
negativa também foi encontrada entre o C e as condições do F e da R.
as
reais condições dos FTs era desconhecida da maioria dos CDs e 80% dos FTs
avaliados não estavam adequados quanto a I.
CNPq
n. 110767/95-0.
264
Avaliação do grau de polimerização de resinas
compostas fotopolimerizáveis
A. DELLA BONA*, J.L. CASALLI, P. V. SCHLEDER
Univ.
de Passo Fundo, RS, Brazil
O grau de polimerização das resinas compostas fotopolimerizáveis
(RCF) depende da intensidade da luz (I) do fotopolimerizador (FT). Uma
polimerização deficiente aumenta a sorpção de água e a solubilidade e
diminui a dureza (D) das RCF. Esse estudo avaliou o efeito de redutores de I
conhecidos sobre a D de RCF e a habilidade do cirurgião-dentista (CD) para
identificar o grau D aceitável da RCF. Um investigador avaliou 140 FTs usando
um radiômetro e um calorímetro (Demetron Res. Corp.), além de verificar as
condições da refrigeração (R), filtro (F), ponta ativa (P) e refletor do
bulbo (B). A satisfação do CD com a D foi relatada após a sondagem da superfície
oposta de uma camada de 3 mm de RCF† (Charisma A20, Kulzer) polimerizada em um
dos 3 orifícios do disco de teste da Demetron (D=45.2±0.5 HV5). No 20
orifício foi polimerizado uma camada de 3 mm de RCF† e no 30 orifício foi polimerizado uma camada de 1±0.1 mm de
RCF para cimentação (Adherence, Confi-Dental) sob um disco cerâmico (Vitadur
Alpha) de 1±0.1 mm de espessura. Os discos foram mantidos protegidos de
qualquer fonte luminosa até o teste de dureza Vickers (HV) realizado na superfície
oposta do 20 (HVR) e 30 (HVC) orifícios. Problemas na R (63,6%), no F (81,4%)
e na P (68,6%) foram freqüentes. A I média foi de 215±152 mW/cm2
e 55% dos FTs produziram um calor menor que 50 mW/cm2. Pela escala Demetron para I, 84 (60%) dos FTs foram
considerados inadequados. A maioria dos CDs (82%) considerou aceitável o D após
a sondagem. A HV média para HVR foi de 46.321 HV5 e para HVC foi de 45.4±21
HV5.
Houve
uma correlação positiva entre a I e HVR e HVC e negativo entre a I a presença
de problemas em R, F e P. a percepção
de D pelos CDs foi inadequada.
CNPq
n.110767/95-0
265
Lesões da mucosa em portadores de prótese na população
nipo-brasileira
L.E.CHINELLATO; N.E.TOMITA; J.A. SOUZA FREITAS;
R.M.HASSUNUMA*
Faculdade
de Odontologia de Bauru-USP/HPRLLP-USP/Escola Paulista de Medicina-UNIFESP
Este estudo transversal foi delineado para estimar a prevalência
de diabetes mellitus e condições de saúde bucal na população de origem
japonesa, na faixa de 40 a 79 anos de idade, residente no município de
Bauru-SP. Todos os indivíduos da primeira geração e uma amostra casualizada
de um terço da segunda geração foram submetidos a entrevista domiciliar,
totalizando 598 indivíduos. O exame clínico, teste de intolerância à glicose
e exame das condições bucais foram realizados no HPRLLP-USP. Os dados foram
processados através do programa EPI-INFO, sendo que 22,9% apresentavam diabetes
mellitus(grupo I), 15,1% eram intolerantes à glicose(grupo II) e 61,9% foram
considerados normais(grupo III). O percentual de indivíduos desdentados totais
foi de 45,9% para a amostra e valores de 58,4%, 46,7% e 41,2% foram verificados
para os grupo I, II e III, respectivamente. 56,28% dos indivíduos eram
portadores de prótese total. Uma subamostra de 330 indivíduos foi examinada
quanto à ocorrência de candidose bucal. Foram observados 59,9% de indivíduos
com candidose bucal, dos quais 33,0% pertenciam ao grupo I e 55,0% ao grupo III.
Entre os pacientes com candidose bucal, 80,8% eram portadores de prótese total
superior e 64,7% utilizavam prótese total inferior, com variação significante
na distribuição de lesões (p<0,0001) quando comparado aos não
portadores(Qui-quadrado).
Pôde-se
concluir que a ocorrência de candidose bucal apresentou associação com o uso
de prótese total nos arcos superior e inferior.
266
Observações histopatológicas dos diferentes graus de
inflamação da mucosa oral frente
a estímulos provocados por próteses totais
mucossuportadas
P.
I.SERAIDARIAN*, S.M.RODE, N.VILLA. / FOSJC - UNESP - ICB – USP
A finalidade do nosso trabalho foi observar histológicamente
alterações que ocorrem na mucosa oral, resultantes do uso das próteses totais
mucossuportadas. Para tanto, foram selecionados dez pacientes portadores de prótese
total mucossuportada, nos quais a mucosa oral, que seria a região de suporte,
simultaneamente apresentasse áreas consideradas clinicamente sadias, com leves
alterações e com alterações severas. Foram realizadas três biópsias, em
cada paciente, sendo que cada uma corresponderia às áreas previamente
referidas, e esse material, após fixação em solução de Bouin, foi submetido
à técnica de preparo histológico de rotina para parafina. Os cortes de 7 µm
de espessura foram corados por hematoxilina e eosina e tricrômico de Mallory.
Baseados
nos resultados histopatológicos foi lícito concluir que o fato de o paciente
utilizar prótese total mucossuportada pode induzir a algum tipo de alteração
histofisiológica da mucosa oral. Por sua vez, a existência de fatores
irritantes locais, pode, do mesmo modo, levar a mucosa oral a profundas alterações
tanto em nível epitelial quanto em nível conjuntivo.
267
Efeito do polimento químico sobre a rugosidade
superficial das resinas acrílicas.
M.F. Mesquita*; S.S. Domitti; S. Consani
Prótese
Total - FOP – UNICAMP
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do polimento
químico sobre a rugosidade superficial de resinas acrílicas ativadas química
e termicamente, em diferentes períodos de armazenagem. Foram utilizadas 80
amostras divididas em 4 grupos de variáveis, com 5 repetições cada variável,
nos períodos de tempo de 1 hora, 1 dia, 1 semana e 1 mês. Para a confecção
das amostras foi utilizada uma matriz retangular de alumínio incluída em
mufla, cujo molde impresso no gesso foi preenchido com resina acrílica. Após
polimerizadas, as amostras divididas em dois grupos foram polidas pelos
processos de polimento químico e convencional. Em seguida, foram armazenadas em
água destilada a 370C durante os períodos de tempo propostos. Decorrido o período
de armazenagem, as amostras foram submetidas aos testes, num rugosímetro Praxis
(Rug-3).
Os
resultados médios de rugosidade superficial submetidos ao teste de Tukey,
revelaram diferença entre as resinas quando polidas de modo convencional apenas
no período de armazenagem de 1 mês, com superioridade estatística para os
valores apresentados pela resina acrílica ativada quimicamente (p<0,05). Com
polimento químico, em todos os períodos de armazenagem, com superioridade
estatística para os valores apresentados pela resina acrílica ativada
quimicamente (p<0,05). Para ambas resinas, os menores valores foram obtidos
com o polimento convencional em todos os períodos de armazenagem (p<0,05).
268
Estudo longitudinal sobre a incidência de arcos parcialmente
desdentados e a indicação de conectores maiores em próteses parciais removíveis
R.C.M.
Rodrigues Garcia*, A.A.Del Bel Cury, C.M.Rizzatti
Barbosa / Faculdade de Odontologia de
Piracicaba, UNICAMP - SP – Brasil
Dentre os pacientes que buscam tratamento na Clínica Odontológica
da FOP-UNICAMP, 30% necessitam de reabilitação protética através de Próteses
parciais removíveis. Como este número vem aumentando anualmente, existe uma
grande preocupação com relação ao planejamento e a indicação
dos conectores maiores uma vez que se constitue no fator de sucesso das
P.P.R(s). O objetivo deste estudo é a continuidade
daquele de 1993, investigar os tipos de arcos existentes, e os respectivos
conectores maiores planejados para estes pacientes durante os anos de 1993, 1994
e 1995 quando foram confeccionados um total de 337 próteses parciais removíveis.
Os resultados estão nas tabelas 1
e 2. A maior incidência foi próteses para a
mandibula. Quanto à classificação de Kennedy houve maior incidência
de Classe I na mandíbula e III na maxila.. Os conectores maiores mais
indicados foram a Barra Lingual na mandíbula (48,1)
e a Barra Palatina Dupla para a maxila (20,8) devido ao planejamento
elaborado. Nota-se portanto que não houve mudanças no padrão de incidência
dos arcos parcialmente desdentados desde 1993.
Tabela1:
Incidência de arcos parcialmente edentados (Classificação de Kennedy)
ARCO
CLASSE
TOTAL
% ARCO
CLASSE
TOTAL
%
I
27
8,0
I
143 42,4
maxila
II
13
3,9 mandíbula
II
42 12,5
III
49
14,5
III
37 11,0
IV
18
5,3
IV
08
2,4
Tabela
2: Incidência de Conectores Maiores
ARCO
CONECTORES TOTAL
% ARCO
CONECTORES TOTAL
%
B. U
23
6,8
B.
Lingual
162
48,1
B.Pal.Pos
03
0,9 mandíbula
P.Lingual
18
5,3
maxila
B.Pal.Ant
05
1,5
B.L.Dupla
50 14,8
B.Pal.Dup
70
20,8
Chap Palat
06
1,8
269
Estabilidade mecânica de retentores do tipo coroal
total
W. A.B. e Silva*, F. A. e
Silva, G.E.P. Henriques, M.A.A.Nobilo
Prótese
Fixa - FOP – UNICAMP
O
objetivo deste trabalho, foi avaliar a forma de resistência em preparos para
coroas totais, com preservação dos ângulos axo-proximais; com e sem canaletas
axiais proximais, variando-se a convergência entre as paredes axiais e sem a
interposição de um meio cimentante. Foram confeccionados oitenta preparos do
tipo coroa total com ângulos axo-proximais em dentes naturais. Os preparos com
ombro maior que 90o
foram executados com as seguintes convergências: 6o, 8o, 12o e 16o em cada uma das paredes axiais. Para a avaliação da resistência
ao deslocamento, os corpos de prova adaptados em seus respectivos preparos,
foram submetidos à cargas em uma máquina de ensaio universal. O registro dos
resutados consistiu em visualizar a ocorrência de deslocamento dos corpos de
prova, submetendo-os ao teste estatístico de Chi-Square (X2).
Sob níveis de força de 3kg e 5kg, em preparos sem canaletas com 12o e 16o, os resultados foram significantes à nível de 1% para
as cúspides mésio-linguais(p=1,950E-09) e médio-vestibulares (p=1,211E-08);
sob níveis de força em 10kg e 15kg, o teste não mostrou significância para
as cúspides mésio-linguais (p=1,000) e para as cúspides médio-vestibulares
este nível esteve em 5% (p=0,0268). Comparando-se os preparos com e sem
canaletas, sob todos os níveis de força aplicados e respeitando as variações
executadas, o teste foi significante à nivel de 1% (p=7,304E-11).
Os
resultados obtidos revelaram que: a) o aumento do ângulo de convergência entre
as paredes axiais diminuiu a estabilidade mecânica das coroas; b) com 6º
e 8º de convergência em cada uma das paredes axiais, ocorreu uma
estabilidade mecânica ótima nos preparos sem canaletas; c) em 12o
e 16o de convergência foi observada falta de estabilidade mecânica nas
preparações sem canaletas; d) a utilização de canaletas axiais proximais
constituiu-se num meio efetivo para otimizar a estabilidade mecânica.
270
Influência da soldagem e refusão sobre a resistência
à fadiga de ligas de Co-Cr.
G.E. P. Henriques* ;
S. Consani; J. M. D. A. Rollo;
F. A. Silva.
Prótese
Fixa - FOP-UNICAMP
O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência à fadiga
das ligas do sistema Co-Cr (Steldent, Dentorium e Biosil), utilizadas na condição
de novas e refundidas, submetidas ou não à soldagem convencional. A soldagem
foi realizada em vinte amostras cilíndricas medindo 1,7 mm de diâmetro para
cada uma das ligas avaliadas, sendo dez em liga nova e dez, em mistura de liga
nova e previamente fundida (n=10 por grupo). Na soldagem foi padronizada
uma distância de 0,3 mm entre as extremidades das amostras, as quais foram
usinadas para obtenção de geometria cônica. O ensaio de resistência à
fadiga foi conduzido numa máquina de cargas cíclicas
AMSLER (Alfred
J. Amsler & Co.-Switzerland), regulada com carregamento constante de
tração de 1 kg, com as amostras solicitadas à flexão por ciclo
osciliatório de 2 graus para cada lado. Após a fratura, o número de ciclos foi
registrado e a superfície de fratura analisada sob microscopia eletrônica de
varredura. Os resultados médios de resistência à fadiga submetidos ao teste
de Tukey, mostraram que para as três ligas ensaiadas, as amostras soldadas
registraram 1.119 ciclos prévios à fratura, valores diferentes estatisticamente dos 2.733 obtidos em amostras
livres de solda (p<0,05). A análise da superfície de fratura revelou a
presença de defeitos estruturais nas uniões soldadas, como vazios e inclusões.
O procedimento de refusão em amostras submetidas ou não à soldagem, não
alterou significantemente a resistência à fadiga das três ligas (p>0,05).
Concluiu-se
que a soldagem diminuiu os valores de resistência à fadiga das ligas Steldent,
Dentorium e Biosil, tanto na condição de novas como refundidas e que os
valores de resistência das ligas novas foram estatisticamente semelhantes aos
das ligas refundidas, quer soldadas ou não.
271
Alteração dimensional linear de resinas acrílicas
dentais
R.C.M. Rodrigues Garcia,
C.M.Rizzatti Barbosa, K.O. Braun*
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP - SP – Brasil
O objetivo deste estudo foi comparar as alterações
dimensionais ocorridas com 03 resinas acrílicas dentais após a polimerização
através dos seguintes ciclos: 1) banho de água a 73º C por 12 horas - ciclo
longo; 2) banho de água por 03 horas - ciclo curto; e 3) energia de microondas
- 03 min./500W. As resinas utilizadas foram Clássico (C), Lucitone (L) e
Acron-MC (A). As resinas C e L foram processadas através dos 3 ciclos, e a
resina A através do ciclo 3. Foram confeccionadas 21 amostras para cada combinação
de resina e ciclo de polimerização, a partir de matrizes de aço inoxidável
com 65,0 x 10,0 x 3, 0 mm. Cada matriz possuia 3 marcas e cada marca foi medida
em duas posições (A e B) através de microscópio comparador. As médias e
desvios padrões obtidos para as resinas na posição A foram : C = 3,41±0,0077; L = 3,36±0,0093 ; A = 3,41±0,082; e na
posição B: C = 3,37±0,0097; L = 3,35±0,0100; A = 3,41±0,0095; ou seja, nas
posições A e B apenas a resina L diferiu significativamente das demais
apresentando menor alteração independente do ciclo de cura. As médias e
desvios padrões de alteração das resinas para cada ciclo na posição A foram
: Ciclo 1: C = 3,41 ± 0,0136; L =
3,40 ± 0,0115; Ciclo 2: C = 3,38 ± 0,0101; L = 3,32 ± 0,0152; Ciclo 3: C =
3,44 ± 0,0131; L = 3,38 ± 0,0161; A = 3,41 ± 0,0082; e na posição B: Ciclo
1 C = 3,36 ± 0,0163; L = 3,40 ± 0,0115; Ciclo 2: C = 3,34 ± 0,0132; L = 3,31
± 0,0188; Ciclo 3: C = 3,41 ± 0,0172; L = 3,34 ±
0,0157; A = 3,40 ± 0,0095. Apenas no ciclo 3 houve diferença
significante entre as três resinas na posição A, sendo que a resina L mostrou
menor alteração .
O
mesmo ocorreu na posição B. Portanto, as resinas convencionais processadas
pelas técnicas convencionais não apresentaram alterações dimensionais
significantes.
272
Oxidação de ligas alternativas. Medidas por refletância
aparente
F. N. THOMAZ*, T. NONAKA, D. VINHA
Universidade
de São Paulo - Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
As ligas odontológicas alternativas, que têm em sua composicão
metais como Zn, Cr, Co, Ag, Cu, Ni, Al e Pd, entre outros, têm sido largamente
utilizadas em restaurações metálicas fundidas. Este trabalho teve como
objetivo estudar “ in vitro “ as alterações na superfície de diferentes
tipos de ligas alternativas mediante a ação de diferentes bebidas, causadas
por uma suposta reação de oxidação e manchamento. Vinha et al. Rev. Paul.
Odont. 9:6, 34-43, 1987. As ligas de nome comercial Superalloy, Duracron,
Durabond, Duracast e Goldent, foram fundidas em forma de pastilhas que eram
polidas metalograficamente e mergulhadas separadamente em Lanjal, Coca-Cola, café
e água destilada. Foram realizadas leituras de refletância aparente em ambos
os lados desses corpos-de-prova em um aparelho montado que continha um feixe de
luz incidente, uma célula fotoelétrica e um amperímetro. As leituras foram
realizadas a cada 24 horas por 07 dias, a cada 72 horas por 15 dias e após um mês.
Uma análise dos resultados mostrou que as superfícies das diferente ligas
utilizadas, após serem submetidas à ação das soluções citadas,
apresentaram alterações em forma de manchamento e ofuscamento, sendo que as
ligas menos oxidadas foram a Durabond (Ni-Cr) e a Duracron (Cr-Co).
Nós
pudemos concluir que as diferentes bebidas podem causar alterações nas ligas
empregadas em restaurações metálicas fundidas.
273
Período de silêncio eletromiográfico em indivíduos
desdentados totais
A. S. Trindade Jr.,
L. F. Vieira,
A. C. M. Sampaio*, F. T. Ortigoso
FOB / USP - HRB / USP - Bauru, SP - BRASIL -
Tel:0142-234133
O objetivo do presente trabalho foi avaliar, por meio da duração
do período de silêncio eletromiográfico induzido pela percussão do mento
(PS), da duração do ato (DA) e do ciclo (DC) mastigatório durante a mastigação
molar, o estado funcional do sistema estomatognático de indivíduos desdentados
totais (DT, n=8). Os mesmos procedimentos foram realizados em um grupo de
normais (N, n=22). Os registros foram realizados nos músculos masséteres e
temporais (feixe anterior) e registrados em eletromiógrafo DISA (1500
EMG-System). Os valores médios da duração do PS, da DA e da DC mastigatório
foram os seguintes:
GRUPO
PS
DA
DC
N 24,98
0,61 386,46
33,30 945,66
41,89
DT 45,41
2,08* 444,73
38,62* 848,85
79,53*
* p < 0,05 N x DT (teste t)
A
análise estatística mostrou que os valores da duração do PS
significantemente maiores no grupo de DT, assim como o aumento observado na DA e
a redução na DC nos mesmos indivíduos evidenciam, nesses indivíduos, o
comprometimento da função neuromuscular do sistema estomatognático.
274
Atividades eletromiográfica integrada em indivíduos
desdentados totais
A. S. Trindade Jr., L. F.
Vieira, M. D. S. Pantaleon*, K. F. Genaro
FOB/USP,
Bauru, SP, Brasil - Tel: (0142) 234133
O objetivo da presente investigação foi avaliar, por meio da
atividade eletromiográfica integrada (IEMG) dos músculos masséteres e feixe
anterior dos temporais, o estado funcional do sistema estomatognático de indivíduos
desdentados totais (DT, n=10) que usavam prótese total há mais de 5 anos. Os
mesmos registros foram realizados em um grupo de normais (N, n=5). A IEMG foi
registrada em eletromiógrafo DISA (1500 EMG-System) acoplado a um registrador
de 8 canais (GOULD RF 3800), durante os procedimentos de contração voluntária
isométrica máxima (CVIM) e mastigação molar (MM). Os valores médios de IEMG
foram os seguintes:
GRUPO
CVIM
MM
N 618,32
7,73 160,83
41,35
DT
333,33 180,91*
126,71 50,96*
* p <0,05 N x DT (teste t “Student”)
A
análise estatística mostra que os valores médios do grupo desdentado são
significantemente menores que os do gupo normal, confirmando a impressão clínica
de que os desdentados apresentam comprometimento funcional do sistema muscular
mastigatório.
275
Sorção, solubilidade e porosidade de resinas para
reembasamento imediato
A.L.M.CUCCI*,C.E.VERGANI, E.T.GIAMPAOLO, C.E.S.TEIXEIRA
Depto.Mat.
Odontológicos e Prótese-Fac.
Odont. de Araraquara - UNESP - Fax (0l6) 222-4823
O objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente as
propriedades de sorção, solubilidade e porosidade de duas resinas para
reembasamento imediato definitivo (Duraliner II-M1
e Kooliner - M2)
e uma resina termopolimerizável (Lucitone 550-M3). Todos os materiais foram manipulados de acordo com as
instruções dos fabricantes e, para a análise das propriedades de sorção e
solubilidade, as dimensões dos corpos de prova bem como os testes realizados
seguiram a especificação nº 17 da A.D.A. (AMERICAN DENTAL ASSOCIATION Guide
to dental materials and devices 1983-84. Chicago, 1983, p.1-11). Foram
confeccionados seis corpos-de-prova para cada material e os resultados obtidos
foram submetidos a análise estatística pelo teste de Kruskal-Wallis
evidenciando que as resinas apresentaram médias de sorção de água
estatisticamente diferentes entre si (p<0,05) (M3
- 1,92% > M2
- 1,47% > M1
- 1,03%). Com relação à solubilidade os materiais M1 (0,099%) e M2
(0,130%) apresentaram médias estatisticamente iguais entre si (p >0,05) e
maiores (p <0,05) que o M3
(0,006%). Para a análise da porosidade, foram confeccionados dez
corpos-de-prova para cada resina com as seguintes dimensões: 1cm X 1cm X 4cm
(SANDERS, J.L. et al. Quint.Int., 18: 453-6, 1987).A análise estatística dos
resultados (Kruskal-Wallis) evidenciou que as médias de número de poros dos
materiais M1
(4,0) e M3
(4,6) foram estatisticamente iguais entre si (p>0,05) e menores (p.<0,05)
que aquela observada para o material M2
(8,0).
Estes resultados indicaram que as resinas para
reembasamento imediato foram adequadas em relação às propriedades analisadas.
FAPESP.
276
Ação abrasiva de cobalto-cromo em resinas compostas e
amálgama
E.T. GIAMPAOLO*, A.L.M.CUCCI, C.E.VERGANI
Depto.
mat.odontológicos e prótese
- Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP- FAX (016) 2224823
A pressão exercida pelos grampos de retenção sobre restaurações
faz com que seja necessária a utilização de materiais resistentes à abrasão.
Desta forma, foi realizado um estudo para comparar a resistência à abrasão
das resinas compostas Herculite XRV, Restaurador Z-100 e prisma
APH e, como controle, o amálgama Dispersalloy. Foi construída
uma máquina de ensaios que realizava movimentos horizontais cíclicos com 9 mm
de amplitude. Os corpos-de-prova cilíndricos com 5 x 5 mm situados na parte
superior da máquina eram pressionados contra placas de cobalto-cromo. Os
resultados foram tabulados em número de ciclos quando os corpos-de-prova
sofriam abrasão de 0,25 mm no seu comprimento. A análise de variância
demonstrou que as médias de resistência à abrasão foram estatisticamente
diferentes entre si (p < 0,05): Dispersalloy - 131.823 ciclos, Herculite XRV
- 72.280,6 ciclos, Z-100 - 56.072 ciclos e prisma
APH - 31.892,4 ciclos.
Estes
resultados permitiram concluir que a resina Herculite XRV é a mais adequada
para a localização dos grampos de retenção.
277
Influência do peso na expansão de presa do
revestimento
E.T. COUTINHO*, C.C. MEDEIROS, G. IAZZETTI
COPIPED
- Faculdade de Odontologia da UFRJ
A expansão de presa dos revestimentos pode sofrer restrição
pela resistência das paredes do anel de fundição. E o peso do próprio revestimento não poderá também
restringi-la? O presente trabalho
pretende examinar este aspecto, em relação à expansão vertical.
Para tanto foram usados três anéis confeccionados em papel encerado com
4, 8 e 12 cm de altura e 4 cm de diâmetro.
O revestimento Herodent (Vigodent) foi usado em toda pesquisa (3
experimentos para cada situação) e manipulado conforme orientações de seu
fabricante. A mensuração da expansão vertical foi feita 60 minutos após
o término da contração do revestimento através de um catetômetro (com 1 mm
de precisão) que acompanhava o movimento da ponta de uma haste de fio de cobre
de 0,2 mm de diâmetro, tendo a extremidade inferior recurvada em círculo
perpendicular à ela. Os resultados
percentuais da expansão do revestimento foram respectivamente 0,67%, 0,50% e
0,48%, para os anéis de 4, 8 e 12 cm de altura. Após o tratamento estatístico através de análise de variância
e teste de Tukey constatou-se que houve diferença significativa ao nível de 5%
entre os corpos-de-prova de 4 cm e 8 cm, 4 cm e 12 cm, mas não entre os de 8 cm
e 12 cm.
Observando-se
os resultados pode-se concluir que o peso exerce influência na expansão de
presa do revestimento, havendo uma diminuição sensível da expansão vertical
com o aumento da altura do anel. Mais
estudos são necessários para determinação de variações na expansão
horizontal dos revestimentos.
278
Infiltração marginal em núcleos metálicos fundidos
sob coroas totais
J.N.ARIOLI FILHO*, C.M.C.BUSSADORI, A.PARRO
Depto.
Mat.Odontológicos e Prótese-Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP -
FAX (016)222-4823
O controle da infiltração marginal para coroas totais
cimentadas sobre núcleos metálicos fundidos tem implicações clínicas, pois
este fenômeno pode comprometer suas qualidades retentivas e iniciar um processo
de cárie. Para este estudo, foram utilizados pré-molares unirradiculares
tratados endodonticamente. A porção coronária foi desgastada e o canal
preparado com instrumentos aquecidos e fresas de Peeso. Foram confeccionados núcleos
e coroas totais metálicas, que foram cimentados empregando-se: C1-cimento
de fosfato de zinco (S.S.White), C2-cimento
de ionômero de vidro (Ketac Cem), C3-cimento
de ionômero de vidro com película de proteção de verniz cavitário nas
quatro horas iniciais e C4-cimento
resinoso (Panavia EX). Os corpos-de-prova foram submetidos à ciclagem térmica,
em três diferentes tempos: T1-após
24 horas, T2-após
um mês e T3-após
6 meses, tendo permanecido imersos em água a 370C.
A ciclagem térmica consistiu de 100 ciclos em solução aquosa de Rodamina B a
0,2%, a 50C
e 550C,
alternadamente, por 30 segundos em cada temperatura, com intervalo de 15
segundos entre cada ciclo, em temperatura ambiente. Os corpos-de-prova foram
seccionados e analisados em projetor de perfis, para a mensuração do nível de
infiltração do corante na interface parede dentinária/cimento/metal.
Conclusões: o cimento resinoso propiciou a menor média
de infiltração marginal, vindo a seguir o cimento de fosfato de zinco e o de
ionômero de vidro, com a maior média.
Apoio
financeiro:CNPq
279
Alterações oclusais de próteses totais nos períodos
de pré e pós polimerização
A. R. S. ARANA*; C. M. RIZZATTI-BARBOSA; C. A. GONÇALVES
Depto.
de Prótese e Periodontia da FOP – UNICAMP
Dentre os diversos fatores etiológicos das desordens
craniomandibulares inclui-se o posicionamento oclusal dos dentes posteriores.
Nas reabilitações por próteses totais removíveis o correto posicionamento
dos dentes sobre os rebordos desdentados obedecendo o plano de oclusão torna-se
essencial para seu desempenho. Entretanto as alterações apresentadas pela base
da prótese durante o seu processamento podem induzir alterações no
posicionamento dos dentes. Neste trabalho os autores investigaram a influência
do processo de polimerização de próteses totais sobre as alterações
oclusais em dentes posteriores. Foram utilizadas para este fim vinte próteses
totais superiores com as mesmas características e elaboradas de modo idêntico.
Para cada prótese foram feitas mensurações do ângulo formado pelas vertentes
triturantes das cúspides palatinas dos primeiros molares, antes e após sua
polimerização em banho d’agua a 75º C durante 9 horas. Os resultados
mostraram que a média do ângulos foram de 126,55º (+ ou - 1,93) e 124,15º (+
ou - 3,44) nos períodos de pré e pós polimerização respectivamente.
Estes
resultados analisados estatisticamente permitiram concluir que não houve
diferença significativa entre as médias obtidas, quando analisadas pelo
Teste-t, ao nível de 0,05%.
280
Estudo da resistência à flexão de resina acrílica
processada em forno
de microondas e pelo método convencional
Y.
G. LIAN*; A.R.SILVA; S.M. RODE / FO Un. Metropolitana de Santos - UNIMES; FO Un.
Camilo Castelo Branco
O objetivo deste trabalho foi comparar os resultados obtidos
com dois métodos de polimerização de uma resina acrílica termicamente
polimerizável de fabricação nacional. Foram confeccionados 12 corpos de prova
de 2,4 mm de espessura, por 25 mm de largura e 65 mm de comprimento; 6 deles,
denominados como grupo B, foram processados em banhos de água a 75oC
por 8 h; e os outros 6, denominados grupo A, foram processados em forno de
microondas doméstico, utilizando-se a potência máxima por 9 minutos. Os
corpos de prova foram avaliados no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo - IPT, para determinação da resistência à flexão pelo
método da máquina ASTM D 790-91, aplicando-se uma velocidade de carga de 1 mm
por minuto, estando os corpos de prova instalados em um vão de 40 mm.
A média de tensão de ruptura dos corpos de prova do
grupo B foi de 97 Mpa, e a média do grupo A foi de 93 Mpa. A análise estatística
dos resultados pelo método “t” de Student revelou que não houve diferença
significativa en tre os valores obtidos na tensão de ruptura dos dois grupos
estudados.
Pode-se
concluir que a utilização do forno de microondas para processamento de resina
acrílica termicamente polimerizável não influi na resistência à flexão,
embora diminua consideravelmente o tempo de polimerização (cerca de 98%).
281
Contribuição ao estudo da confecção da porção
intra-cavitária oca para prótese da maxila
L.A.P. PENNA*; R. RODE
F. O. Universidade Metropolitana de Santos-UNIMES, R. da
Constituição 374; F. O. São José dos Campos - UNESP
Em virtude da preocupação encontrada na literatura, no
sentido da obtenção de próteses da maxila cada vez mais leves e que preencham
integralmente a ressecção cirúrgica, deduziu-se que o melhor caminho para tal
é confeccioná-la oca. Porém, uma contaminação interna da porção oca, pode
causar uma sensível alteração de cor. Neste trabalho comparamos o peso de dez
próteses obtidas pela técnica “convencional” com dez de uma técnica de
confecção de prótese oca desenvolvida na Disciplina de Prótese
Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos que
consiste em obter duas partes da porção intra-cavitária, união destas com
resina acrílica de rápida polimerização e recobrimento total com resina acrílica
termicamente ativada após o reposicionamento no modelo e confecção da prótese.
As peças foram pesadas em balança de precisão (0,0001 g) e os resultados
comparados estatisticamente pelo teste T de Student; em outras oito porções
intra-cavitárias prontas foi feito contaminação por S.aureus e B.subtilis
para verificação da ação esterilizante da polimerização sobre estes
microorganismos.
O
método por nós proposto diminuiu significantemente o peso da prótese e a análise
microbiológica após a polimerização da prótese, mostrou ausência total de
microorganismos, provando que a polimerização é suficiente para esterilização
da porção e oca e esta apresenta bom vedamento.
282
Estudo histométrico
do reparo alveolar em rato
estressado
L.G. BRENTEGANI*,
K.F. BOMBONATO
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto - USP, RP. FAX (016) 633-0999
O objetivo do presente trabalho foi avaliar, histometricamente,
a cronologia do reparo de feridas de extração dental, em ratos controles e
submetidos ao estresse crônico intermitente de imobilização. Sabe-se que o
reparo alveolar relaciona-se intimamente com os mecanismos de hemostasia e
fibrinólise, já que a formação e organização do coágulo sangüíneo são
condições fundamentais para assegurar a reparação ordenada do alvéolo
dental. A literatura mostra que situações de estresse, atuando no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal,
levam à liberação aumentada de
ACTH e podem produzir alterações nesses mecanismos, interferindo dessa forma
com a coagulação sangüínea. Os animais tiveram os incisivos superiores
direitos extraídos sob anestesia e a mucosa suturada com fio mononylon. Grupos
de 5 ratos foram imobilizados durante 2 h/dia e sacrificados 3, 7, 15 e 21 dias
após a extração dental. As maxilas direitas foram fixadas, descalcificadas e
incluídas em parafina, para
obtenção de cortes semi-seriados
de 7 mm de espessura, corados pela hematoxilina e eosina. Para a análise
morfométrica utilizou-se uma grade de Merz, contendo 100 pontos eqüidistantes
que distribuíam-se sobre as estruturas histológicas (aumento final de 420 x).
Foram contados 6.000 pontos por alvéolo, nos terços cervical, médio e apical,
e avaliado o volume percentual de tecidos conjuntivo e ósseo, bem como de vasos
sangüíneos e coágulo.
Os resultados mostraram que os animais estressados
apresentam volume percentual de tecido ósseo significativamente menor
(30-50%) que o dos controles, associado a maior porcentagem de coágulo
sangüíneo, a partir do 7o
dia, sugerindo,
portanto, um retardo no processo de reparo alveolar.
Auxílio
financeiro do CNPq.
283
Avaliação imunohistoquímica dos componentes do
sarcoma de kaposi e do hemangioma
M.T. Martins*; R.Raitz;
M.G.Domingues; N.S.Araújo
Disc.
Patologia Bucal - FOUSP - TEL (011)8187902
O sarcoma de Kaposi (SK) é uma neoplasia de etiopatogenia
duvidosa e composta por célula de natureza incerta. A histopatologia da lesão
revela proliferação de células fusiformes abrindo variável quantidade de
espaços vasculares. Imunohistoquímica do tumor foi realizada, com a finalidade
de melhor caracterizar suas células, e compará-las com as do hemangioma (HM),
lesão vascular bem conhecida. Para isso foram utilizados 9 casos de SK, todos
de pacientes com AIDS, e 7 casos de HM, retirados dos arquivos do Serviço de
Patologia Cirúrgica da Disciplina de Patologia Bucal da FOUSP. Para as reações
de imunohistoquímica foi utilizado o método da streptavidina-biotina e os
cortes foram submetidos aos anticorpos: CD34, actina músculo-específica,
laminina, colágeno IV, CD68 e fator XIIIa. Nos SK o CD34 marcou desde apenas as
células que revestiam os espaços vasculares em alguns tumores até quase todas
as células, em outros, enquanto nos HM era positivo somente nas células
luminais. A actina teve o mesmo padrão de expressão, tendo sido positiva
apenas nas células periféricas àquelas que revestem os espaços vasculares.
Laminina e colágeno IV tiveram marcação semelhante, porém mais tênue para o
segundo, em ambas lesões, tendo sido positivos na periferia dos vasos e, em
alguns tumores, envolviam todas as células em pequenos grupos. CD68 e fator
XIIIa marcaram células dispersas
de morfologia dendrítica ou fusiforme, com expressão variada nos dois tumores.
Os
antígenos estudados não permitiram diferenciar as células componentes das
duas lesões.
284
Estudo do infiltrado inflamatório e da membrana basal
na gengivite descamativa.
S.B.C. TARQUINIO*; E. TODDAI; E. TURATTI; V. C. ARAÚJO
Fac.
de Odontologia da USP- Depto. de Patologia Bucal
Gengivite descamativa é uma entidade clínica que com frequência
representa uma manifestação de líquen plano (LP) e penfigóide benigno de
mucosa (PBM). Com O objetivo de diferenciar lesões gengivais de LP e PBM, nos
propusemos a analisar os aspectos histopatológicos, o número de linfócitos T,
linfócitos B, macrófagos, plasmócitos secretos de IgG, neutrófilos células
de Langerhans, mastócitos e eosinófilos, bem como os aspectos imuno-histoquímicos
dos componentes da membrana nasal, laminina e colágeno IV. O método da
streptavidina-biotina foi utilizado para a pesquisa dos antígenos CD3 (linfócitos
T), CD20 (linfócitos B), CD68 (macrófagos), IgG (plasmócitos secretores de
IgG), elastase (neutrófilos), S-100 (células de Langerhans), laminina e colágeno
IV. Os métodos histoquímico do azul de toluidina e a coloração pela
hematoxilina e eosina foram usados para a pesquisa de mastócitos e eosinófilos,
respectivamente, Nossos resultados demonstram que embora LP e PBM possuam
características semelhantes, quando presentes na gengiva, eles podem ser
distinguidos pela manutenção da integridade dos ceratinócitos da camada
basal, por parte do PBM;que o LP possue números percentuais mais altos de linfócitos
e as lesões de PBM são mais ricas em mastócitos
e eosinófilos; e finalmente, que as duas lesões não possuem padrões
distintos de marcação para laminina e colágeno IV.
Desta
forma, concluímos que o estudo do infiltrado inflamatório nas lesões de
gengivite descamativa diferencia o LP do PBM e a análise da membrana basal não
é um bom parâmetro de distinção entre estas duas entidades nosológicas.
285
Mioepitelioma: estudo in vitro da citodiferenciação
P. T. OLIVEIRA*, F. E. LODUCCA, A.G. JORGE, R.G. JAEGER
Patologia
Bucal - Faculdade de Odontologia - USP - TEL (011) 8187902
O mioepitelioma é uma neoplasia benigna rara de glândula
salivar, caracterizada pela proliferação de lençóis e ilhotas de células
fusiformes ou plasmocitóides em estroma mixóide. Para analisar os padrões de diferenciação desse tumor,
estabelecemos cultura primária de mioepitelioma humano.
A cultura primária foi obtida pela técnica combinada do “explante”
e da dispersão enzimática, e as células crescidas em meio "Dulbecco's
modified Eagle's" com 10% de soro fetal bovino e 1% de solução antibiótica.
Microscopia de fase revelou células de morfologia poligonal epitelióide
e fusiforme. A cultura está sendo
caracterizada por imunofluorescência e microscopia eletrônica de transmissão.
A imunofluorescência mostrou a presença dos filamentos intermediários
citoqueratina (polipeptídeos 14, 18 e 19) e vimentina.
Comparamos esses dados ao perfil dos filamentos intermediários de células
cultivadas do adenoma pleomórfico, que expressam basicamente vimentina (Jaeger,
R.G. et al. Molec. Biol. Cell, 6:170a, 1995).
Tomando-se
por base que a presença de citoqueratinas na célula epitelial está
diretamente relacionada a seu grau de diferenciação, os nossos resultados
preliminares sugerem que as células de origem do mioepitelioma exibem grau de
diferenciação mais avançado que as do adenoma pleomórfico.
286
Células Cultivadas do adenoma plemórfico induzidas por
matrigel formam estruturas ductais
M.M.M. Jaeger*; B. Kachar; R.G.
Jaeger
Faculdade
de Odontologia da USP - TEL (011) 8187902
Obtivemos linhagem celular propagada de adenoma pleomórfico
humano (células AP2), para estudar a resposta dessas células às proteínas da
matriz extra-celular. A cultura foi
caracterizada como mioepitelial-s’mile por microscopia eletrônica e
imunocitoquímica. Células AP2 cresceram em contato com as seguintes proteínas
da matriz extra-celular: laminina, colágeno tipos I e IV e membrana basal
reconstituída (Matrigel). Laminina,
colágeno tipos I e IV, quando aplicados individualmente não causaram efeito no
fenótipo das células AP2. Células crescidas sobre Matrigel mostraram
marcantes alterações fenotípicas dependendo de como o substrato foi aplicado.
Células crescidas sobre Matrigel desenvolveram fenótipo dendrítico,
exibindo extensões citoplasmáticas finas longas e intercomunicantes, lembrando
células mio-epiteliais normais. Células
que cresceram dentro do Matrigel formaram aglomerados compactos.
Microscopia confocal e eletrônica de transmissão mostrou que esses
aglomerados eram formados por células epitelióides que se arranjavam em
multicamadas delimitando espaços luminais. As células voltadas para o lúmem
eram cubóides, apresentando vilosidades na membrana plasmática apical e
complexos juncionais.
Demonstramos
que proteínas da membrana basal são moduladoras-chave de alterações morfogenéticas
e de cito-diferenciação de células mioepiteliais-símile em cultura.
287
Tumores de glándulas salivares: estudo in vitro
de citodiferenciação
C.M. França*; P. T. Oliveira;
M.M.M. Jaeger; R.G. Jaeger
Faculdade
de Odontologia USP - TEL (011) 818-7902
O carcinoma adenóide cístico e o adenoma pleomórfico são
neoplasias originárias do ducto intercalar de glândulas salivares. Linhagem
celular de carcinoma adenóide cístico (CAC2) foi obtida para análise
comparativa de citodiferenciação com células cultivadas do adenoma pleomórfico
(AP2). Imunofluorescência mostrou vimentina nas células AP2, enquanto que células
CAC2 exibiram actina, vimentina e as citoqueratinas 8, 14, 18 e 19.
Isso sugeriu que as células CAC2 seriam mais diferenciadas que as AP2.
Sabendo-se que proteínas da membrana basal podem induzir citodiferenciação,
cultivamos células CAC2 e AP2 sobre membrana basal reconstituída (Matrigel)
para a verificação do grau de diferenciação dessas células. Nessa condições,
as células AP2 foram incapazes de formar estruturas ductiformes, enquanto que,
células CAC2 sofreram citodiferenciação originando estruturas tridimensionais
com espaços ductiformes no interior, observadas em microscopia confocal.
Sabendo-se
que células AP2 podem originar estruturas ductiformes quando crescidas dentro
do Matrigel, num sistema tridimensional (Jaeger,R.; Jaeger, M.M.M.; Araœjo,
V.C.; Mol. Biol. Cell. 6:170a,1995), podemos inferir que as células CAC2
necessitaram de uma indução menos complexa para originar essa mesmas
estruturas. Portanto, nossos achados indicam que o carcinoma adenóide cístico
deve ser originado a partir de células do ducto intercalar que se encontravam
num grau de diferenciação mais avançado em relação ao das células que dão
origem ao adenoma pleomórfico.
288
Cultivo primário do ameloblastoma: modelo para estudo
in vitro das células tumorais
M. Domingues*; C.M. Frana;
M.T. Martins; M.M.M. Jaeger
Disciplina
de Patologia Bucal - FOUSP - Tel. (011) 818-7902
Com o objetivo de obter modelo de estudo in vitro da
biologia das células do ameloblastoma, desenvolvemos cultura primária desse
tumor. O material para cultura foi
obtido de ameloblastoma diagnosticado em bases clínicas e histopatológicas.
A cultura, denominada "Amelo", foi realizada através de técnicas
combinadas de "explante" e de dispersão enzimática a partir de
fragmentos da neoplasia. Células Amelo 1 est‹o sendo caracterizadas pela morfologia
e pela investigação de proteínas citoplasmáticas.
A microscopia de luz revelou três tipos celuulares, a saber: células
basalóides, com nœcleo pequeno e citoplasma escasso; células epitelióides
maiores, de núcleos grandes com nucléolos evidentes e abundante citoplasma e,
finalmente um tipo fusiforme semelhanrte ao fibroblasto.
Pesquisa de elementos cito-esqueletais mostraram positividade de algumas
células à vimentina, às citoqueratinas 14 e 19 e a algumas proteínas do
complexo juncional, como desmoplaquina (desmossomos) e ZO1 (zonula occludens
1 da junção "tight").
Nossos
achados preliminares demonstram que células do ameloblastoma podem ser
cultivadas e, o cultivo primário desse tumor constitue modelo biológico
importante para estudos in vitro de tumores odontogênicos.
Além disso, a presença de proteínas da junção "tight” não
foi descrita anteriormente e, portanto, deverá ser melhor estudada através da
técnica de crio-fratura.
289
Parâmetros imunológicos sanguíneos relacionados a
candidíase oral em crianças HIV
L.C. Santos*, I.P. R.Souza, E.R.Bundzman,T. F. Abreu
FO
/ NESC / IPPMG – UFRJ
Este estudo relacionou os valores de CD4, a relação T4/T8 e
os estágios clínicos da infecção pelo HIV com a prevalência de candidíase
(cand.) em crianças. Foram examinadas 55 crianças HIV+ entre 2 e 14 anos,
ambos os sexos, pacientes do Ambulatório DIP/IMUNO IPPMG/UFRJ, divididas em
grupo caso (GC) composto por 17 crianças portadoras de lesão de cand., e grupo
controle (GS) composto por 38 crianças sem lesões. Para o exame oral,
realizado por um único examinador, foram utilizados espelho bucal plano, gaze,
e lanterna. Os dados laboratorias foram obtidos dos prontuários médicos. O
percentual de CD4 foi usado para
definir o grau de imunodepressão (imunodep.) dos pacientes, segundo a
classificação de AIDS Pediátrica proposta pelo CDC em 1994. Para a análise
estatistíca foi utilizado o teste t de Student. A média dos percentuais de CD4
para o GC foi 3,35 e para GS foi 16,76 (p=0,01) e a média das relações
T4/T8 para GC foi 0,07 e para o GS foi 0,46 (p=0,04). No GC 94,1% dos
pacientes apresentavam imunodep. grave (IG) e 5,9% imunodep. moderada (IM). No
GS 50% dos pacientes apresentavam IG, 26,3% IM e 23,7% não apresentavam
imunodep.. Em relação ao estágio, todos no GC eram P2 e no GS, 1 era P0, 3
eram P1 e 34 eram P2. No GC, a cand. tipo pseudomembranosa foi a mais frequente
(71%). Não houve diferença estatística entre as médias do percentual de CD4
para os tipos de cand. (p=0,62).
Neste estudo observou-se que a cand. foi mais prevalente
nos pacientes P2 com IG.
Apoio:SR-2/CNPq
Processo 350204P105-1
290
Dendrócitos fator XIIIa+em
lesões proliferativas de mucosa bucal
L.M.G.QUEIROZ*; S.B.C.TARQUINIO; J.V. SILVA; S.C.O.M.
SOUSA
Faculdade
de Odontologia da USP - Disciplina de Patologia Bucal
Os dendrócitos fator XIIIa+
participam da resposta imunológica inflamatória e do processo de reparo. Estas
células foram observadas na derme normal, submucosa e na mucosa bucal. Em condições
inflamatórias, proliferativas e neoplásicas estas células podem estar
aumentadas em número e tamanho. A literatura relata provável origem da medula
óssea para os dendrócitos, papel na apresentação de antígenos e no tráfico
de linfócitos nos tecidos. Com o objetivo de verificar a presença e distribuição
destas células em lesões proliferativas foram analisados cinco casos de
fibroma, hiperplasia fibrosa e fibroma de células gigantes, usando a técnica
da imuno-histoquímica com o anticorpo policlonal fator XIIIa.
Os
dendrócitos fator XIIIa+ foram
observados em todas as lesões estudadas, porém estavam mais evidentes no
fibroma de células gigantes.
291
Detecção imuno-histoquímica da laminina e colágeno
tipo IV nos tumores odontogênicos
M. M. CRIVELINI*; S. O. M. ORSINI; R. RAITZ; E. SANTOS
Disc.
de Patologia Bucal, FOUSP - São Paulo, Brasil
A lâmina basal dental desempenha papel importante na odontogênese,
principalmente na diferenciação odontoblástica. Propusemos caracterizá-la
através da detecção imuno-histoquímica da laminina e colágeno tipo IV em 19
tumores odontogênicos. O colágeno tipo IV foi detectado em raras áreas de
alguns tumores, porém a laminina destacou integralmente a lâmina basal. Nos
ameloblastomas destacou a lâmina basal do epitélio tumoral como uma linha contínua
bem definida, demonstrando a ausência da função secretória das células
neoplásicas periféricas e falta de diferenciação para o tipo ameloblástico.
Nos tumores odontogênicos adenomatóides destacou a superfície luminal das células
colunares das estruturas adenomatóides, indicando representarem células
semelhantes ao epitélio interno do órgão do esmalte. Quanto aos cistos
odontogênicos calcificantes as células fantasmas exibiram fraca ou moderada
positividade intracitoplasmática. Nos fibromas ameloblásticos delimitou
linearmente as ilhas epiteliais, o mesmo ocorrendo nos lençóis e cordões
epiteliais dos tumores odontogênicos epiteliais calcificantes. A lâmina basal
dos diversos órgãos de esmalte dos
odontomas em formação foram laminina-positivas, exceto nas áreas exibindo
esmalte imaturo.
Concluímos
que a laminina foi evidente nos tumores odontogênicos estudados enquanto que o
colágeno tipo IV esteve ausente ou raramente presente. Células fantasmas dos
cistos odontogênicos calcificantes exibiram acúmulo intracitoplasmático de
laminina. Nos tumores odontogênicos adenomatóides a marcação indicou
semelhança do epitélio tumoral com o órgão do esmalte dental. Nos outros
tumores a laminina mostrou-se íntegra
nas ilhas e cordões epiteliais.
292
Estudo imunohistoquímico do granuloma periapical no
pacientes HIV +
M.H.G. MAGALHÃES*; C.M. FRANÇA; L.M.G. QUEIROZ; E.
TODDAI
Disciplina
de Patologia Bucal e CAPE FOUSP - Tel. (011) 818-7902
Os granulomas periapicais representam respostas à mortificação
pulpar e a análise das células que compõe o seu exsudato inflamatório sugere
fortemente o papel do sistema imune na patogenia e modulação da lesão. no
paciente HIV+ tem sido relatada a ausênsia de resposta aos tratamentos usuais
empregados para debelar estas lesões. Nenhuma análise foi feita para
caracterizar-se morfológica e imunohistoquimicamente estes granulomas. Deste
modo nossa proposta é comparar as populações de linfócitos, macrófagos, células
de Langerhans e plasmócitos secretores em biópsias de granulomas periapicais
de pacientes HIV+ e HIV- (Matsuo et al. J. Endod., 18:497-500, 1992.; Okiji et
al. J. Endod., 20:27-31, 1994). Foram estudadas 20 biópsias diagnosticadas
histologicamente como gramulomas periapicais, originadas do arquivo do Serviço
de Patologia Cirurgica da Disciplina de Patologia Bucal da FOUSP, sendo dez biópsias
de pacientes HIV+ atendidos no Centro de Atendimento a Pacientes Especiais da
FOUSP (CAPE) e dez de pacientes HIV-. Foi realizado o estudo imunohistoquímico
através da técnica da streptavidina-biotina, com pesquisa dos seguintes antígenos:
S-100, CD68, OPD4, IgG e IgE. Dois observadores contaram as celulas através de
duas leituras diferentes. Os resultados parciais obtidos mostram as seguintes
porcentagens de células positivas para os casos de granulomas em pacientes HIV+
e HIV -, respectivamente: CD68 - 5,24 e 10,2; OPD4 - 20,6 e 0,51; S100 - 0,33 e
6,73; IgG - 20,6 e 0,51; IgE - 3,66 e 0,96.
Os
resultados encontrados até o momento nos permitem concluir que as diferenças
quantitativas de leucócitos entre os grupos estudados pode explicar, pelo menos
em parte, a resistência das lesões periapicais em pacientes HIV+, ao
tratamento convencional.
293
Efeitos do fluor em excesso na água de abastecimento
sobre o desenvolvimento ósseo
S.S. MOIMAZ*, N.A. SALIBA, E. MORAES
Depto.
de Odontologia Social de Araraquara da UNESP/SP - Depto.de Patologia de S.J.Campos da UNESP / SP
O estudo dos efeitos tóxicos do fluor ingerido tem sido
preocupação de pesquisas há várias décadas. Frente a esse problema, os
autores se propuseram a estudar esse efeito sobre o desenvolvimento ósseo de
crianças nascidas e residentes em Pereira Barreto-SP, cidade com 14 ppm de
fluor natural na água de abastecimento. Foram examinados 143 escolares, dos
quais 93 exibiam fluorose em vários graus. O grupo controle constou de 96
escolares de Bauru-SP e Guararapes-SP, pareados segundo idade, sexo e cor.
Exames biométricos, odontológicos e radiografias carpais foram realizados,
determinando-se a idade óssea para fins de comparação com a idade cronológica.
Os testes estatísticos utilizados para avaliação dos resultados foram a análise
de variância a dois critérios, correlação de Spearman e retas de regressão,
observando-se alta correlação entre idade óssea e cronológica tanto no grupo
com fluorose como no grupo controle. Não foram observados, radiograficamente,
casos de osteomalácia, osteoesclerose, osteoporose ou exostose.
A
análise dos resultados permite concluir que, para as crianças estudadas, a
ingestão excessiva de fluor não interferiu no desenvolvimento ósseo nem
provocou alterações evidenciáveis radiograficamente, observando-se apenas a
ocorrência de fluorose dentária na maioria das crianças.
294
Aumento gengival induzido
pela fenitoina e ciclosporina em ratos. Estudo clínico
e
histomorfométrico L.C.Spolidorio*++,O.P. Almeida+,C.A.S. Costa++, H.F.
S. Gonzaga++
++Fac.
de Odontologia de Araraquara-UNESP +Fac. de Odontologia de Piracicaba –
UNICAMP
O objetivo desse trabalho foi comparar a evolução clínica e
histomorfométrica do aumento
gengival induzido pela fenitoína e
ciclosporina em ratos. 30 ratos pesando 100g foram distribuidos em 3 grupos
iguais: I- tratados com 2mg/kg de peso corporal/dia de fenitoína, via subcutânea,aumentando
2mg a cada 2 semanas II- tratados com 10 mg/kg de peso corporal/dia de
ciclosporina, via subcutânea; III- controle tratado com solução de Nacl a
0,9%, via subcutânea.Todos os
ratos foram sacrificados 60 dias após o início do tratamento.Após analíse clínica,
as mandíbulas foram fixadas em formol e incluidas em parafina, e cortes
de 6m foram corados em HE.A quantificação(m)das estruturas histológicas(
epitelio e conjuntivo), foram feitos através de uma ocular
milimetrada.Clinicamente não observou-se aumento gengival nos ratos tratados
com fenitoína, porém 100% dos ratos tratados com ciclosporina desenvolveram
aumento gengival. As medidas morfométricas é mostrada na tabéla abaixo.
Os
resultados mostraram que ratos tratados com ciclosporina é um modelo
experimental satisfatório para o estudo do aumento gengival. Todos os ratos
tratados coim ciclosporina apresentaram aumento gengival, o qual apresentava
acantose e aumento da altura e largura do tecido conjuntivo.
Grupos Epitélio Bucal(µm)
Altura do conjuntivo(µm)
Largura do conjuntivo(µm)
Controle 42,80 415,25
175,00
Fenitoína
43,00 512,00 178,00
Ciclosporina 100,10 901,00
319,00
295
Análise radigráfica conparativa de lesões periapicais
em ratos normais,
xerostômicos e xerostômicos - imunossuprimidos
F.
B.TEIXEIRA*, F. J.SOUZA FILHO, C.A.F MURGEL e A.A.ZAIA / Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP
O trabalho tem por objetivo comparar radiograficamente, lesões
periapicais das raízes dos primeiros molares inferiores de ratos normais,
xerostômicos e xerostômicos - imunossuprimidos. Foram utilizados 60 ratos
Wistar, machos, pesando em torno de 170 a 200 gramas. Os animais foram divididos
em três grupos: Grupo A - 20 ratos controles; Grupo B - 20 ratos xerostômicos
e Grupo C - 20 ratos xerostômicos-imunossuprimidos. Os animais dos grupos B e C
tiveram suas glândulas salivares maiores extirpadas segundo a técnica de
CHEYNE (1939), modificada. Após duas semanas, os animais do grupo C sofreram um
regime de imunossupressão através de injeção subcutânea diária de
ciclosporina A(SANDIMUM), 10mg/kg de peso corporal do animal. Uma semana após a
imunossupressão do grupo C, as polpas dos animais de todos o grupos foram
expostas à cavidade bucal. Os animais foram sacrificados nos períodos de 7,
14, 21 e 28 dias após exposição pulpar, as mandíbulas foram retiradas e
radiografadas. A mensuração das lesões foram realizadas em software Bio
Lab. Os resultados
encontrados demonstraram crescimento acentuado da lesão com o transcorrer do
período, porém nenhuma diferença significante foi observada entre os grupos
experimentais.
Podemos
concluir que as alterações provocadas na microflora bucal devido a xerostomia,
associada ou não a imunossupressão, não interfere no desenvolvimento de lesões
perirapicais de ratos.
296
Resposta pulpar frente à misturas de PMCC e Furacin em
dentes de cães. Análise histopatológica
L.J.FLORIAM*, M.R.B.OLIVEIRA, E.M.A.GIRO, R.C.C.LIA
Deptos.
Patologia e Odontopediatria, Faculdade de Odontologia Araraquara – UNESP
Em algumas condições
odontopediátricas, a utilização de substâncias antissépticas em pulpotomias
é fundamentadamente indicada. Desta forma, este trabalho teve por objetivo
avaliar histopatologicamente a resposta pulpar de dentes de cães, submetidos a
tratamento em pulpotomias, com misturas de PMCC 3,5:6,5 (comercial) e 2,5:7,5
(padrão), tendo como controle, o óxido de zinco e eugenol. Utilizou-se os 2ºs
e 3ºs pré-molares inferiores de 12 cães adultos jovens, para períodos
experimentais de 7, 45 e 90 dias. Concluiu-se que as misturas de PMCC (3,5:6,5)
e (2,5:7,5) + Furacin, mostraram-se irritantes ao tecido conjuntivo pulpar,
levando à morte pulpar em 86,75% e
60,98%, respectivamente. O óxido de zinco e eugenol mostrou melhor
comportamento, observando-se vitalidade pulpar (89,42%), irritação persistente
e decrescente no decorrer dos períodos.
297
Movimentação ortodôntica e gravidez: estudo em
animais
A.A.C. PEREIRA*, K. PIÑERA, L.A.A. TAVEIRA
Depto.
de Patologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP
O tratamento ortodôntico de pacientes em diversas faixas etárias
proporciona com mais freqüência a movimentação dentária em mulheres grávidas.
Há um pequeno número de estudos neste sentido e as conseqüências desta condição
não estão bem esclarecidas; assim empreendeu-se a movimentação dentária
induzida em ratas prenhes. Utilizaram-se 15 animais prenhes, com períodos do 1o ao 7o
dia, do 8o
ao 14o
dia e do 15o
ao 21o
dia; e 10 ratas não prenhes, como grupos-controle, um sem movimentação e
outro com movimentação dentária. Molas espiraladas, unindo o 1o molar superior ao incisivo superior, foram mantidas por
7 dias e liberaram uma força de 60 gramas. Os animais foram sacrificados ao
final de cada período experimental e as maxilas removidas foram
desmineralizadas em EDTA, seguindo-se a confecção de lâminas coradas em
hematoxilina e eosina. Os resultados da análise das raízes do 1o
molar, em microscopia óptica, apresentaram padrão uniforme nos animais com
movimentação dentária, com desorganização dos feixes de fibras colágenas,
fibroblastos ovalados, vasos colabados e presença de clastos em lacunas ou
justapostos ao tecido ósseo, nas áreas de pressão. Nas áreas de tensão,
observaram-se neoformação óssea, fibroblastos fusiformes e fibras colágenas
distendidas. Reabsorções radiculares de intensidade leve ocorreram em todos os
grupos com movimentação dentária.
De
acordo com a metodologia empregada, a prenhez e suas alterações hormonais não
promoveu mudanças significantes entre os grupos de animais prenhes e entre
estes e o grupo controle com movimentação dentária, quanto aos fenômenos
característicos dos tecidos dentários e peridentários em áreas sob movimentação
dentária induzida.
298
Apoptose - possíveis sítios de ocorrência na odontogênese:
um estudo preliminar
S.Q.C.Lourenço*; N.S. Melo;
L.A.A.Taveira; A. Consolaro
Departamento
de Patologia, Faculdade de Odontologia de Bauru – USP
Durante o desenvolvimento e a vida adulta de vertebrados e
invertebrados observa-se a morte de diferentes células, responsável pelo
desaparecimento de órgãos e estruturas, pela formação de tecidos e pela
renovação celular. A regressão de estruturas no desenvolvimento de fetos e
larvas foi verificado desde 1842, porém somente nos últimos trinta anos surgiu
o interesse no estudo desta morte celular controlada geneticamente, denominada
apoptose. Atualmente, busca-se o conhecimento dos mecanismos e sinais envolvidos
na apoptose e sua participação em processos fisiológicos e patológicos, bem
como seu controle. Na odontogenese existem possíveis sítios de ocorrência da
apoptose, como na fragmentação da lâmina dentária e da bainha epitelial de
Hertwig. Com o objetivo de estudar a presença da apoptose no desenvolvimento
das estruturas dentárias, foi feito um ensaio experimental preliminar, em
ratos. Para avaliar as diferentes etapas da odontogênese destes animais e
detectar evidências morfológicas da apoptose, foram selecionados 15 ratos com
idade de 0, 7, 14, 21 e 35 dias, sendo os cortes microscópios avaliados nas
colorações de H.E, Mallory e Gomori. Técnicas de imunohistoquímica foram
utilizadas para detectar células apoptóticas.
A
comprovação desta hipótese, cria perspectivas para interferência e controle
das diversas etapas da odontogênese e também para o esclarecimento de vários
eventos patogênicos ainda não desvendados com o conhecimento atual.
299
Estudo histoquímico da atividade de fosfatase alcalina
em granulomas e cistos periapicais
R. A. SANTOS*, V. R. SANTOS
Depto.
Clínica, Cirurgia e Patologia da Faculdade de Odontologia da UFMG - Tel. (031)
337-5807
Granulomas e cistos periapicais são lesões
inflamatórias crônicas cuja etiologia está relacionada à necrose
pulpar. Estas lesões são caracterizadas por proliferação de fibroblastos,
angiogênese acentuada e presença de infiltrado linfoplasmocitário, macrófagos
e provocam reabsorção óssea denotando áreas de intenso metabolismo.
Fosfatase alcalina é fosfomonoesterase que hidrolisa reações que envolvem o
ácido ortofosfórico estando relacionada com processos de metabolismo elevado.
Esse trabalho objetiva verificar a localização e a intensidade de reação da
fosfatase alcalina nas estruturas de cistos e granulomas periapicais e relacioná-las
com as possíveis funções dessa enzima nessas lesões. Doze fragmentos de
granulomas e cistos periapicais obtidos através de curetagem cirúrgica foram
coletados em solução salina tamponada (pH 7.3- 4º C), congeladas a
-82º C, cortadas em criostato com 6 micra de espessura. Em seguida foram
coradas histoquímicamente pelo método de Gomori (1951)modificado por Burtone
(1961). Os resultados demonstraram que fosfatase alcalina tem atividade
fortemente positiva no endotélio dos vasos capilares, em fibroblastos, traços
colágenos. A atividade enzimática apresentou-se fracamente positiva nas fibras
colágenas da cápsula fibrosa, porém esta apresentou-se fortemente positiva no
limite com a estrutura óssea. A atividade de fosfatase alcalina foi ausente no
epitélio dos cistos periapicais.
Esses achados sugerem que esta enzima tem participação
ativa na formação e crescimento dessas lesões como demonstrado pela intensa
reação tanto no tecido de granulação como na periferia da lesão no limite
com o osso.
Apoio:FAPEMIG/PRPq-UFMG
300
Efeitos da administração pré-natal de cafeína no
epitélio da língua de fetos de ratos
S.A.L. VALE*; M. SEMPRINI; A.A. CAMPOS; R.A. LOPES;
M.A.SALA
Universidade
de São Paulo - Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
Os efeitos adversos da cafeína nos fetos humanos e de animais
foram largamente demonstrados. O objetivo do presente trabalho foi o de
caracterizar estereologicamente as alterações presentes nas regiões dorsal
anterior, dorsal posterior e ventral do epitélio da língua do feto de rato
induzidas pela administração materna de cafeína. Para tanto foram utilizadas
ratas albinas, variedade Wistar, que receberam dose única de 10 mg de cafeína
por Kg de peso corporal, por injeção intraperitoneal; no 10º dia de prenhez.
No 20º dia os animais foram sacrificados, os fetos colhidos, fixados e as cabeças
separadas dos corpos para confecção das lâminas. Foram realizadas mensurações
empregando-se técnicas estereológicas e os resultados foram analisados
estatisticamente pelo teste de Mann-Whitney. Macroscopicamente notou-se retardo
no crescimento intrauterino. A cafeína reduziu significantemente o peso fetal e
da placenta e o comprimento do cordão umbilical. Histologicamente o epitélio
lingual era mais espesso, com células mais volumosas e alongadas tanto para as
camadas basal e espinhosa, com ceratina menos espessa e densidade numérica
celular era menor. Os resultados foram semelhantes para as três regiões
estudadas.
Concluiu-se que a cafeína, na dose empregada, não
causou malformações porém produziu alterações a nível de epitélio
lingual, quando administrada durante a prenhez da rata.
CNPq
350.104/95-6 e 120.590/95-6
301
Alterações no palato do feto de rato, induzidas pela
gentamicina
C. FRIEDRICHI*, R.A. LOPES; S.A.L. VALE; M.A.SALA
Universidade
de São Paulo - Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
A exposição à gentamicina resulta em malformações no rato.
O objetivo do presente trabalho é determinar as alterações presentes no epitélio
do palato de fetos de ratos, induzidas pela administração de gentamicina
durante a prenhez. Ratas Wistar receberam intraperitonealmente, no 10º dia de
prenhez, 5 mg/Kg de gentamicina. Os animais foram sacrificados no 20º dia de
prenhez para exame macroscópico externo e interno. Não foram observadas
malformações. Os resultados mostraram fetos de menor tamanho, e mostraram
placentas com peso reduzido e cordão umbilical mais curto. O exame microscópico
do epitélio do palato mostrou-se com diferenciação retardada, com hiperplasia
epitelial e hipotrofia celular. Estas observações foram confirmadas
estereologicamente.
Desta forma conclui-se que, a gentamicina, na dosagem
empregada, não produz malformações em fetos de ratos, porém causa alterações
a nível do epitélio palatino.
CNPq
350.104/95-6.
302
Efeitos do cádmio, chumbo e cobre na cartilagem de
Meckel do feto de rato
A.A. CAMPOS*; S.A.L. VALE; E.A. SILVA; R.A. LOPES
Universidade
de São Paulo- Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
A exposição ocupacional ao cádmio (Cd), chumbo (Pb) e cobre
(Cu) durante a gestação é ocorrência comum. O objetivo do presente trabalho
é investigar estereologicamente as alterações presentes na cartilagem de
Meckel induzidas pelo Cd, Pb e Cu. Ratas Wistar prenhas receberam uma única
dose intraperitoneal de 6 mg/Kg de CdCl2,
4 mg/Kg de CuSO4
ou 2,5 mg/100 g de Pb (C2H3O2)2
. 3 H2O)
no dia 10 da prenhez. Após cesariana no 20º dia, todos os fetos mostraram
pesos corporal e placentário diminuídos, além de comprimento do cordão
umbilical menor. O exame histológico mostrou cartilagem de Meckel menos
diferenciada, com condrócitos menores e com matriz mais abundante nos fetos
tratados com os três metais. Não foram observadas malformações externas nas
dosagens aqui empregadas.
Podemos concluir que os três metais podem produzir
alterações na cartilagem de Meckel do animal quando administrados durante a
prenhez.
CNPq
350104/95-6 e 120590/95-6.
303
Avaliação das células de Langerhans em neoplasias
epiteliais da boca
M. SANT’ANA Fo .*,
P. V. RADOS
Doutorado
em Estomatologia PUCRS - (051)3391511
Avaliar o número de células de Langerhans no carcinoma
espinocelular, displasia epitelial e papiloma, além da porção de epitélio
normal junto às mesmas.
Foram selecionados 27 casos ( 9 de cada lesão). Este
material foi submetido a evidenciação imunohistoquímica para a proteina S-100
( DAKO Co.). Foi quantificado o número de células de Langerhans em tres campos
microscópicos na lesão e um campo no epitélio normal adjacente. A partir das
médias obtidas fez-se a comparação entre o número de células nas diferentes
lesões, no epitélio junto as mesmas e entre a área de lesão e o respectivo
epitélio normal e aplicou-se o tratamento estatistico pelo teste “t” de
Student.
Ocorre
redução no número das células de Langerhans na razão direta do grau de
malignidade, nas áreas com lesão. O epitélio junto à patologia apresenta número
maior destas células, quando comparado com a lesão. Sendo estatisticamente
significante (p>0,01) no carcinoma e displasia epitelial.
304
Avaliação citológica da mucosa bucal de fumantes e não
fumantes
P. V. RADOS*, M.C.A. SILVA
Curso
de Mestrado em Patologia Bucal -
UFRGS - Tel (051)3165011
O diagnóstico precoce do câncer bucal associado à presença
de fatores de risco são as formas mais eficientes para o controle desta doença.
Buscando surpreender diferenças celulares, planejamos avaliar os aspectos da
citologia esfoliativa da mucosa do soalho da boca.
Foram avaliados 50 individuos do sexo masculino, com
mucosa bucal normal no momento do exame, sendo 25 fumantes e 25 não fumantes.
Os esfregaços obtidos foram corados pela tecnica de Papanicolaou, e avaliados
quanto a coloração citoplasmática e ao volume nuclear. Os pacientes fumantes
apresentavam 33,4% das células com citoplasma vermelho contra 66,5% com
citoplasma azul. Os não fumantes apresentaram 29,4% contra 70,8% de células
com citoplasma vermelho e azul respectivamente. Quanto ao volume nuclear dos
fumantes encontramos 23,9% de núcleos picnóticos e 76,0% de núcleos volumos.
Em não fumantes os núcleos eram picnóticos em 28,6% e volumosos em 71,3%.
Estes resultados, submetidos ao teste do qui-quadrado não mostraram diferenças
significativas (p>0,01).
Estes resultados mostraram que apesar de existir sinais
morfológicos de maior ceratinização na mucosa de fumantes, estas não são
estatisticamente significantes.
Apoio
financeiro Capes
305
Manifestações bucais de candidíase e leucoplasia
pilosa em 229 pacientes HIV positivos
R.S. VIDEIRA*, M.H.C.G. MAGALHÃES, M.M. CRIVELINI, M.T.
MARTINS
Disciplina
de Patologia Bucal - FOUSP - Tel (011) 818-7902
O espectro das manifestações bucais em pacientes HIV positivos
é vasto, compreendendo mais de 40 lesões, as quais inúmeras vezes aparecem
como as primeiras manifestações da doença. Candidíase e leucoplasia pilosa
foram pesquisadas em 229 prontuários de pacientes HIV positivos examinados no
Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE) da Disciplina de Patologia
Bucal da FOUSP. No momento do exame bucal 59 (25,8%) pacientes eram HIV
positivos assintomáticos, 88 (34,4%) estavam no estágio de ARC e 82 (35,8%)
tinham AIDS. Um ou mais achados bucais foram observados em 156 (68,1%)
pacientes. A candidíase e a leucoplasia pilosa foram as manifestações mais
comuns, representando respectivamente 115 (50,2%) e 46 (20,0%), entre outras
alterações. A candidíase apresentou-se sob as formas pseudomembranosa, 54
(46,9%), eritematosa, 48 (41,7%), e queilite angular, 37 (32,2%); a associação
esteve presente em 41 (35,6%) pacientes. Estudos mostraram que a patogenia da
lesão provavelmente está relacionada à diminuição dos linfócitos CD4 e a
xerostomia. A localização preferencial da leucoplasia pilosa foi o bordo
lateral da língua, 36 (78,3%), dos quais 28 (77,8%) ocorriam bilateralmente.
Explicação para o fato está relacionada, provavelmente, ao modo de entrada do
EBV nas células epiteliais, somados a imunossupressão do hospedeiro e a
marcante diminuição das células de Langerhans no local.
Os
dados obtidos mostraram que a presença de lesões bucais relacionadas à infecção
pelo HIV é elevada, das quais a candidíase e a leucoplasia pilosa são as mais
prevalentes.
306
Hidróxido de cálcio P.A. na reparação e na população
de mastócitos do tecido conjuntivo de ratos
A.A.S. Lima*, R.A. Freitas, L.
Pereira Pinto
Mestrado
de Patologia Oral - UFRN
Análise morfológica da evolução do processo de reparo
tecidual e análises morfológica e quantitativa da população de mastócitos
em tecido conjuntivo subcutâneo de ratos wistar frente à ação do hidróxido
de cálcio P.A., foram realizadas através da microscopia de luz. Para tal, foi utilizada uma amostra de 40 ratos divididas em
2 grupos: (1) grupo controle (20 animais) e (2) grupo experimental (20 animais),
sendo cada um deste subdivididos em 4 subgrupos correspondendo aos intervalos de
tempo pesquisados (2, 7, 15 e 30 dias de pós-operatório).
O processo de reparo evoluiu normalmente, no entanto, no grupo
experimental, observaram-se áreas
de necrose tecidual, calcificação de fibras musculares e presença de focos de
mineralização induzidos pelo fármaco. A
população de mastócitos apresentou-se, morfologicamente, sob duas formas
distintas. Quantitativamente, os dados revelaram que a população destas células
diminuía sensivelmente aos dois dias, aumentando gradativamente até atingir o
ponto máximo aos 15 dias no grupo experimental. Já no grupo controle, o número
máximo de mastócitos foi visto aos 7 dias e os menores valores aos 2 e 30
dias.
A
análise estatística não revelou diferenças significativas entre estes dados,
o que nos leva a sugerir que o hidróxido de cálcio P.A. não interfere na
reparação nem na população de mastócitos de ratos.
307
Ação da Bleomicina sobre os mastócitos presentes na
cicatrização de feridas cirúrgicas em ratos
P. T. Oliveira*, L. Pereira
pinto, L. B. Souza
Mestrado
em Patologia Oral UFRN
Realizou-se experimento para avaliar a interferência da
bleomicina sobre a população de mastócitos presentes no processo de cicatrização
de feridas cirúrgicas em ratos Wistar. A bleomicina é um antibiótico anti
tumoral amplamente utilizado no tratamento de carcinoma de células escamosas de
cabeça e pescoço. Foi isolada por Umezawa et al, a partir dos produtos
de fermentação do Streptomyces verticillus. Diante da larga utilização desse
medicamento e considerando que pacientes em vigência de quimioterapia anti
neoplásica podem necessitar de uma cirurgia eletiva ou de emergência,
avaliou-se a ação dessa droga no processo de cicatrização e nas células
mastocitárias, uma vez que estas encontram-se em maior número em processos
relacionados com a síntese do colágeno. Para este fim utilizou-se 48 animais,
divididos em três grupos de 16 animais, sacrificados aos dois, sete e 21 dias.
Cada grupo foi subdividido em dois grupos: (1)experimental, onde realizou-se
incisão cirúrgica seguida de aplicação do quimioterápico e (2) contole,
onde foi realizado o mesmo procedimento substituindo a bleomicina por soro
fisiológico a 0,09%. Após o sacrifício dos animais os espécimes foram
processados e os cortes histológicos corados em HE para avaliação da
fibroplasia e, em azul de toluidina 0,02%, para evidenciação dos mastócitos.
Os
resultados e análise estatística mostraram que a bleomicina não interfere na
fibroplasia, nem sobre a população de mastócitos presentes no processo de
cicatrização de feridas cirúrgicas de ratos Wistar.
308
Reação à resina de mamona no processo de reparo ósseo
induzido no corpo da mandíbula.
H.M.Teixeira* ; R. H.Vilarinho;
L.T.O. Ramalho
Depto.de
Morfologia.,Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP.Tel (016)232 1233
Foi realizado estudo da neoformação óssea basal da mandíbula
de 40 ratos após confecção de defeito ósseo com fresa cilíndro-cônica e
preenchimento com poliuretana vegetal acrescida de CaCO3..
Aos 15, 25, 40 e 60 dias após a cirurgia os animais foram sacrificados, suas
mandíbulas removidas e obtidos os cortes após processamento histológico;
forados com Hematoxilina e Eosina, foram submetidos ao estudo morfológico sob
microscopia óptica comum. Os resultados demonstram grande aceitação orgânica
à resina, não ocorrendo formação de cápsula
tampouco migração local de células inflamatórias, além do carbonato
de cálcio funcionar como isca estimulando o aparecimento de células osteogênicas
e promovendo a neoformação óssea.
Com base nos nossos resultados, a resina vegetal parece
ser biocompatível, não causando efeitos deletérios ao organismo, não
acarretando a formação de cápsula fibrosa e nem o aparecimento de células
inflamatórias.
Apoio:
FAPESP
309
Implante
de resina de poliuretana vegetal na câmara anterior do olho de camundongo.
Estudo
histológico R.H.Vilarinho*; H.M.Teixeira; L.T. O. Ramalho; S.
Hetem
Depto.
de Morf. - Fac.de Odont. de Araraquara-UNESP - Tel (016)232-1233
Realizou-se o estudo do comportamento dos tecidos da câmara
anterior do olho, frente aos implantes de resina de poliuretana vegetal
acrescida ou não de carbonato de cálcio em camundongos machos com 60 dias de
idade, com a finalidade de verificar a sua biocompatibilidade, a possível reação
inflamatória e a indução de ossificação pela presença ou não de carbonato
de cálcio, através de estudo histológico. Os resultados mostraram que a
resina de poliuretana vegetal é bem tolerada pelos tecidos da câmara anterior
do olho, havendo uma reação inflamatória inicial qua diminui com o passar do
tempo. A reação dos tecidos foi semelhante a ambas formulações e a presença
de células multinucleadas pode propiciar a reabsorção do material que será,
no entanto, muito lenta.
Concluímos que o material em estudo mostrou-se
biocompativel.
Apoio:
CNPQ/PIBIC.
310
Estudo comparativo do efeito antinflamatório do
piroxicam (feldene®) e da fenilbutazona
L.L. MARTINEZ*, M.G.V. GOULART
Faculdade
de Odontologia de São José dos Campos-UNESP
O uso de drogas antiinflamatórias é rotineiro em pacientes
submetidos a intervenção oral, devendo
o profissional escolher dentre elevado número de produtos disponíveis.
Considerou-se de interesse comparar experimentalmente, a atividade antiinflamatória
dos medicamentos mais utilizados como possível subsídio para melhor escolha.
Na presente ocasião, comparou-se a atividade do piroxican (Feldene (R))
com a fenilbutazona, esta considerada como droga padrão do grupo dos
antiinflamatórios não hormonais. Foram utilizados 30 ratos Wistar, machos,
adultos. Foi induzido edema na pata direita pela injeção de formol a 15%,
sendo injetado ígual volume de solução fisiológica na pata esquerda, como
controle. Em outro grupo, utilizou-se formol a 10%. A droga antiinflamatória
foi injetada por via intraperitoneal, comparando-se os resultados com grupo
controle, injetados com solução fisiológica. A reação inflamatória foi
observada durante 90 minutos. O volume das patas foi realizado em dispositivo
que utiliza o princípio de Arquimedes.
Os
resultados mostraram que, em doses comparáveis, o piroxicam (Feldene®)
foi menos ativo que a fenilbutazona como agente antiinflamatório .dentro do
esquema experimental utilizado.
311
Influência do Verapamil, no desenovolvimento do germe
dentário de ratos
1M.G.
VILELA GOULART*, 2W.
P. BASTOS RAMOS, 2M.A.C.
SALGADO
1UNICAMP
Piracicaba - SP, 2UNESP
- S.J.Campos – SP
Importante classe de drogas conhecida como “bloqueadores dos
canais de cálcio” (BCC), inibe a
entrada de cálcio nas células contráteis.
O verapamil foi o primeiro BCC a ser usado tera-peuticamente nas
coronariopatias. É um inibidor dos canais de cálcio voltagem sensitivos do
tipo L, usado geralmente em tratamentos prolongados. Os efeitos dos BCC sobre o
tecido ósseo são pouco conhecidos e neste sentido foi relatado recentemente
por Somnegard and Sjoden (1992) a influência do verapamil no volume ósseo em
ratos. Contudo, não foi ainda relatada influência destes fármacos sobre a
calcificação e desenvolvimento do órgão dentário. Estudar
os efeitos do verapamil, administrado a mães, sobre o desenvolvimento do
germe dentário de filhotes. O verapamil foi adicionado na água de beber,
deionizada, nas concentrações de 0,8 mg/ml e 0,08 mg/ml e administrado a ratas
durante 7 semanas antes do acasalamento e 3 semanas durante a prenhês. Em um
grupo de animais, realizou-se operação cesariana aos 21 dias da gestação,
retirando-se os filhotes, observando-se o número de implantes uterinos e possíveis
reabsorções fetais. Após observações macromorfológicas dos filhotes, as
cabeças foram seccionadas para estudo histológico dos germes dentários. Em
outro grupo pemitiu-se parto natural, para estudo da erupção dentária
recebendo as mães tratamento por mais 15 dias. Foram monitorados os teores séricos
de Calcio, Fosfato e Proteínas. Paralelamente realizou-se experiências
controle.
Os
resultados obtidos mostram que ocorreu aumento da reabsorção fetal somente nas
ratas tratadas com verapamil na dose de 0,8 mg/ml, em cerca de 75%. Constatou-se
retardo de 24% no tempo de erupção dentária dos filhotes de mães tratadas. A
deposição de cálcio nas estruturas dentárias não apresentou diferenças
evidentes entre os dois grupos
estudados.
312
A influência do uso de anti-inflamatório não
hormonal, o diclofenacopotássico,
na evolução do processo infeccioso
T.
D.C.VALCANAIA* / UFSC
Este trabalho teve por objetivo estudar a influência dos
anti-inflamatórios não hormonais, na evolução dos processos infecciosos. O
modelo experimental constituiu em camundongos BALB/c, adultos, infectados por
injeção intra-perotonial de solução de Klebsiella Pheneumoneae.
Foi selecionado como rpresentante dos anti-inflamatórios não hormonais, o
diclofenaco potássico. Foram utilizados nos experimentos 185 animais, para
estudar a influência dos anti-inflamatórios não hormonais, na evolução do
processo infeccioso. No experimento, os animais eram inoculados com o mesmo
volume de solução infectante, com concentração previamente determinada, e
divididos em dois grupos. Um dos grupos, denominado GRUPO TESTE, era tratado
diariamente com anti-inflamatório não-hormonal. O outro grupo, denominado
GRUPO CONTROLE, não recebia tratamento com anti-inflamatório não hormonal. A
taxa de mortalidade acumulada em 72 horas, nos dois grupos, foi utilizada como
parâmetro para verificar a influência do tratamento com anti-inflamatórios não-hormonais,
na evolução do processo infeccioso. A análise dos resultados revelou não
haver diferença estaticamente significativa nas taxas de mortalidade obtidas em
cada experimento.
Com
base nos experimentos realizados, pode-se concluir que o uso do AINH não
exerceu influência significativa na evoluão do processo infeccioso induzido
por K. Pheneumoneae, em modelos de camundongos BALB/c adultos.
313
Estudo da influência do tipo de procedimento odontológico
no tempo de duração de dois anéstesicos locais: Bupivacaína e Prilocaína
L.M.
SANTOS*, S.M. RODE / F. O. São José
dos Campos - UNESP - SP - CEP
12254-000
O objetivo deste trabalho é avaliar se o tipo de procedimento
odontológico (cirurgia oral X dentística restauradora) interfere no tempo de
duração de 2 anestésicos de larga utilização em odontologia: a bupivacaína
com adrenalina 1:200.000 e a prilocaína 3% com felipressina. Foram selecionados
30 pacientes em boas condições de saúde, divididos em 2 grupos de 15
pacientes cada. O grupo 1 foi formado por pacientes que necessitavam de
exodontia dos terceiros molares inferiores, e o grupo 2 era formado por
pacientes que necessitavam de procedimentos de dentística restauradora em
molares inferiores bilateralmente. Os 2 grupos foram anestesiados com um volume
de 2,7 ml de anestésico, através de bloqueio troncular, sendo a bupivacaína
usada sempre nos procedimentos do lado direito, e foi medido o tempo de duração
da anestesia.
Os autores notaram grande variabilidade no tempo de duração
dois dois anestésicos, independentemente do procedimento. Os resultados foram
analisados através de testes estatísticos não paramétricos de Wilcoxon e
diagrama Blox-Plot. Ambas as amostras nos dois procedimentos não tiveram
distribuição simétrica.
Apesar
da grande variabilidade encontrada no tempo de duração dos dois anestésicos e
nos dois tipos de procedimentos, não existiram diferenças estatisticamente
significantes entre os dois anestésicos nos dois tipos de procedimento odontológico
executado.
314
Prevalência e severidade da fluorose dentária em
escolares na cidade de São Paulo
C.A.ADDE* , P. L. ARMONIA, N.TORTAMANO
Departamento de Estomatologia- Faculdade de Odontologia
USP - Tel - 818-7813
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência da fluorose
dentária em escolares nascidos na
cidade de São Paulo, onde regularmente adiciona-se flúor nas águas de
abastecimento público. Diferentemente de alguns anos atrás quando a água de
abastecimento público era a principal fonte de ingestão dos fluorados, existem
agora outras fontes . Embora esta exposição tenha contribuído
significativamente para o declínio da cárie dental, diversas comunidades têm
evidenciado, nos últimos anos, um aumento na prevalência da fluorose dentária.
Quatrocentas e dezesseis crianças de ambos os sexos foram examinadas, na faixa
etária dos 8 aos 12 anos ,oriundas de uma EMPG( Escola Municipal de primeiro
grau) ,Vila Maria -São Paulo, Brasil . O exame clínico foi realizado
aplicando-se o índice de THYLSTRUP e FEJERSKOV (TF), onde foi avaliado o grau
de fluorose presente,. Nossos resultados mostram que 63 escolares ( 15,1%)
apresentaram grau de fluorose variado. Destes, 71,4% apresentaram índice TF= 1,
20,6% índice TF=2, 4,8% índice TF= 3 e 3,2%
índice TF= 5.
Concluímos
que pesquisas devem ser realizadas no sentido de se reestabelecer uma dose ideal
de flúor/ dia através das diversas fontes disponíveis, principalmente nas
crianças.
315
Alterações cardiovasculares no período pré-cirúrgico
seguido de
bupivacaína isolada ou associada à epinefrina
M.A.BORSATTI*;
R.G.ROCHA; N.TORTAMANO; I.P. TORTAMANO / Depto Estomatologia Faculdade
Odontologia da USP – SP
A influência da bupivacaína 0,5% (1,8mg/3,6ml) com ou sem
epinefrina (18 mg/3,6ml) na frequência cardíaca (FC) e na pressão arterial
(PA) foi investigada num grupo de 30 pacientes normotensos deambulantes nos
quais foi proposto procedimento cirúrgico menor (extração de 3º molar
inferior bilateral). Na semana anterior à primeira extração cada paciente
passou por exame clínico e foram obtidos valores controle de cada parâmetro
cardiovascular por 5 minutos. Os valores da pressão arterial (PAS, PAD, PAM) e
da frequência cardíaca foram obtidos continuamente pelos métodos oscilométrico
e fotopletismográfico, respectivamente. Cada consulta incluia apenas uma extração
por vez. As medidas foram feitas a cada minuto e divididas em 6 etapas : (1) na
sala de espera por 5 minutos; (2) imediatamente após o paciente sentar na
cadeira odontologica (por 5 min.); (3) durante 2 minutos da 1ª anestesia (1
tubete); (4) por 5 minutos após a remoção da agulha; (5) durante 2 minutos da
2ª anestesia com o mesmo grupo de drogas; (6) 5 minutos após a retirada da
agulha, antes de iniciar a cirurgia. Não houve diferença significativa entre
os valores medios cardiovasculares (PAS, PAD, PAM e FC) de ambos os grupos
(bupivacaína com ou sem epinefrina) durante o período pré-cirúrgico.
Quando
comparados os parâmetros cardiovasculares entre as etapas clínicas
(independente do grupo de drogas a que pertencem), as pressões arteriais sistólica
e média e frequência cardíaca apresentaram diferenças significativas;
provavelmente em resposta ao estresse psicogênico.
316
Atividade anti-inflamatória da Arnica Montana
P. M. zelante, d.p. Queluz,
M.C.B. Linarelli, F. Yui
Departamento
de Farmácia - PUCCAMP e UNICAMP
Devido
a quase inexistência de estudo com relação a arnica a nível sistêmico, o
presente estudo visa comprovar a atividade antinflamatória da Arnica Montana. A
Solução de Arnica Montana utilizada neste experimento foi obtida a partir da
tintura de arnica. Para este experimento foram utilizados 21 ratos Wistar,
adultos (150-200g), sexo masculino. Os animais foram divididos em três grupos
onde receberam por via oral o volume de 0,2 ml/100g de rato, sendo que no grupo
controle: água destilada com Tween, utilizado na diluição da solução de
Arnica; no grupo experimental: solução de Arnica Montana (10mg/ml) na dose de
20 mg/kg; no grupo controle positivo: corticóide (bmetazona) na dose 1mg/kg. Após
30 minutos de tratamento, foi medido o descolamento da coluna de mercúrio,
provocado pela imersão da pata posterior direita do rato até o maléolo
lateral, em um recipiente maior com graduação por ml, contendo mercúrio
conectado por um sistema de vasos comunicantes a um outro menor com graduação
de 0,1 ml. Depois de adequado o volume de mercúrio, do volume de mercúrio, do
recipinte maior, na mesma graduação anterior a imersão, foi medido o
deslocamento no menor registrando o volume exato da pata normal do rato. Após
esta medição foi injetado na região subplantar da pata posterior direita 0,1
ml de formol, e medido o deslocamento imediatamente após esta administração
(tempo zero). A formação do edema foi avaliada por este sistema de
deslocamento da coluna de mercúrio, registrando as variações de volume
mediante a imersão das patas dos animais no recipinte maior nos seguintes
tempos: 30, 60, 120, 180 e 240 minutos após a injeção do agente flogístico.
Os resultados foram expressos como as diferenças de volume deslocado entre o
tempo zero e os tempos subsequentes.
A Arnica Montana mostrou atividade antinflamatória quando
provocou redução do edema da pata do rato provocado pelo formol em relação
ao grupo controle de ordem da 56,52%, 42,42%, 32,96%, 33,66% e 18,52% aos 30,
60, 120 180 e 240 minutos respectivamente após a indução do edema. Esta ação
apesar de menor que o corticóide apresentou-se muito próxima. Podemos
observar, ainda que os animais apresentaram um comportamento semelhante ao grupo
controle não demonstrando os efeitos tóxicos da arnica.
317
Influência de AAS, álcool, indometacina, cafeína e flúor
na secreção gástrica de ratos
L.A. Pedrolli*; C.E. Pinheiro;
M.C.F.A.Veiga
FOP
– UNICAMP
Muitos trabalhos têm relacionado interações entre drogas e a
secreção gástrica. Com intuito de verificar a influência de certas drogas na
secreção gástrica, 100 ratos machos adultos (wistar), após jejum de 48h
foram anestesiados e submetidos à ligação do piloro. A seguir foi
administrado via oral (intragástrica) 0,5ml das seguintes soluções: Soro
Fisiológico (S); Álcool 25% (A1)
e 50% (A2);
AAS
0,2% (AS);
Indometacina 0,25% (I1)
e 0,5% (I2);
Cafeína 0,1% (C1)
e 0,2% (C2);
Flúor 10 ppm (F1)
e 20 ppm (F2).
Após 4 horas, os animais foram sacrificados e o estômago removido para coleta
de suco gástrico, no qual foi avaliado pH e volume. Resultados - vol (ml) e pH:
S (4,88 e 1,935); A1
(5,4 e 1,778); A2
(8,35*
e 2,346*);
AS
(5, 09 e 2,311*);
I1
(6,46*
e 1,621); I2
(6,3*
e 1,93); C1
(8,65*
e 3,433*);
C2
(9,6*
e 2,46*);
F1
(10,93*
e 1,381*);
F2
(4,94 e 1,967). *Estatisticamente
significante em relação ao controle (5%).
Todas
as drogas testadas exceto o AAS ,
induziram um aumento do volume da secreção gástrica, sendo o flúor o mais
potente. Entretanto o álcool (A2),
o AAS (AS) e a cafeína (C1 e C2)
aumentaram significativamente o pH enquanto o flúor (F1) induziu uma redução
significante do pH do suco gástrico.
318
Flúor incorporado na superfície óssea como indicador
de intoxicação aguda
L.M.BEZERRA de MENEZES*; M.C.VOLPATO; P.L.ROSALEN
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP - Piracicaba, C.P.
52 – Brasil
Em trabalho anterior(Bezerra de Menezes et al.Anais da SBPqO,
resumo 50, 1995) concluiu-se que a concentração de flúor total no osso não
poderia ser utilizada isoladamente como prova post-mortem quando de uma
intoxicação aguda por flúor. Considendo que a incorporação maior de flúor
ocorre na superfície óssea, avaliou-se no persente trabalho se esta análise não
seria mais apropriada para o propósito. Foram utilizados 148 ratos, linhagem
Wistar, pesando de 180 a 220 gramas. Estes foram divididos aleatoriamente em 07
grupos de 20 animais, os quais foram submetidos à doses crecentes de flúor por
via gástrica, variando de10,0 a 90,0 µg F\Kg (Grupos de I aVII). Oito animais
serviram de controle(C). Os animais que sobreviveram às doses foram
sacrificados após 76h. O flúor incorporado na superfície do femur foi
determinado com eletrodo específico após extração com HCl 0,5M por 1,0 min.
Os resultados (média erro padrão)
em termos de g F/g de osso foram: C=475,9±31,5d; I=926,6±45,7dc; II=1480,9±76,2b;
III=1721,2±121,3ab; IV=2033,8±106,7a; V=1859,6±150,1ab; VI=1802,6±164,4ab;
VII=1413,8±116,8bc. O número de animais que não resistiram às dosagens (I
aVII) foram respectivamente: 0; 01; 02; 11; 19; 17 e 20. Análise de variância
mostrou significância entre doses e concentrações de flúor (médias seguidas
de letras distintas diferem a 5% pelo teste de Tukey) e na associação entre as
doses e as mortes ocorridas.
Concluiu-se
que embora a análise de flúor na superfície óssea apresente maior
confiabilidade que a dosagem de flúor total no osso como prova pós-mortem
por uma intoxicação aguda à flúor, ela também não pode ser usada
isoladamente.
319
Ação modulatória da melatonina na irritação gástrica
provocada
pelo piroxicam: participação da prostaglandina E2
I.A.Buscariolo*, R.P. Markus, C.P. F. Teixeira, L.S.
Sudo-Hayashi / Depto.
Farmacologia, Inst.Butantan e ICB-USP - 05508-900-SP
O piroxicam, um antiinflamatório não esteroidal (AINEs) do
grupo das oxicanas, atua inibindo a ciclooxigenase, resultando na inibição da
formação de prostaglandinas (Pgs). Esse mecanismo acarreta na irritação gástrica
com eventual aparecimento de úlceras. Na mucosa gástrica a prostaglandina E2 e o muco constituem barreira protetora, sendo o efeito
irritante dos AINES decorrente da diminuição da síntese de PGE2
e de muco. Recentemente demonstramos que a administração intragástrica de
melatonina (hormônio sintetizado pela glândula pineal na fase de escuro),
protege a mucosa gástrica dos efeitos deletérios do piroxicam sem no entanto
alterar seu efeito antiinflamatório (Buscariolo et al., XII SBPqO,1995,
p.22). O objetivo desse trabalho foi verificar o mecanismo de ação da
melatonina como agente protetor da formação de úlceras gástricas. Ratos
Wistar, machos, mantidos em ciclo claro-escuro (12/12 h \ luz acesa ‘as 06:00
h), permaneceram desde as 16:00 h em gaiolas de contenção e sem acesso a
alimento até o final do experimento. Às 16:00 h do dia seguinte, os animais
receberam melatonina (10-3
, 10-1
ou 1 mg/kg, Sigma) dissolvida em óleo de oliva e, uma hora depois (17:00 h),
piroxicam (10 mg/kg, Pfizer) dissolvido em carboximetilcelulose (0,5%). Grupos
controle receberam os veículos; as administrações foram feitas
intragastricamente. Os animais foram sacrificados 30 minutos, 1 hora e 3 horas
após a administração do piroxicam. Os estômagos foram removidos, a camada
mucosa coletada e a PGE2
dosada por enzima-imuno-ensaio (Amersham). Nossos resultados confirmam que o
piroxicam reduz os níveis de PGE2
gástrica e demonstram que a melatonina impede essa redução.
Em
conclusão, um dos possíveis mecanismo de ação pelo qual a melatonina
consegue prevenir a lesão gástrica induzida pelo piroxicam é modulado
positivamente os níveis de PGE2 no estômago.
320
Avaliação da experiência de cárie em crianças com
desnutrição crônica
R.S. GAMA*1,
F. V. ABREU2,
I.P. R.SOUSA3,
L.F. TURA4
1-UNIGRANRIO-Duque
de Caxias / OASD-M.Aer., 2- FO-UFJF, 3-FO-UFRJ, 4 - NESC-UFRJ
O objetivo deste
estudo foi avaliar o índice ceo-d em crianças com desnutrição crônica e
verificar os dentes mais atacados por cárie.Foram examinadas 84 pré-escolares,
45 normais e 37 com desnutrição crônica, com idades variando de 36-60 meses.
Vivendo em duas comunidades carentes: Vila do João(favela-VJ) e Teresópolis(creches
municipais-T) no Estado do Rio de Janeiro-Brasil.O estado nutricional foi feito
utilizando o indicador altura/idade do método percentil e comparando com o padrão
NCHS. O exame oral utilizou-se o índice ceo-d e o critério da OMS. Os
resultados encontram-se a seguir:
Comunidades
ceo-d
dentes dentes
% anteriores
posteriores
0
1-3
4-10
%
%
CVJ
50,00
36,37
13,63
4,17
95,83
TVJ
18,75
50,00
31,25
27,78
72,22
CT
60,87
21,74
18,39
28,50
71,50
TT
33,20
42,50
23,50
34,70
65,30
Os
resultados sugerem uma relação da malnutrição com altos valores de ceo-d.
Ambos os grupos os dentes posteriores sofreram maior ataque de cárie.
321
Avaliação de parâmetros salivares em crianças HIV+
I.P. R.Souza*, G.F. Castro,
G.S.Teles, R.Vianna
FO
/ NESC / IPPMG / UFRJ
O objetivo do presente estudo foi determinar parâmetros
salivares(fluxo e capacidade tampão) em 30 crianças HIV+ entre 2-13 anos,
pacientes do ambulatório de Doenças infecto-contagiosas (DIP/IMUNO) do
IPPMG/UFRJ, correlacionando com faixa etária, sexo e experiência de cárie
(ceo/CPOD). O fluxo salivar estimulado (mascar goma sem açúcar durante 3 min.)
foi determinado em ml/min e a capacidade tampão pelo método de Ericson
simplificado. O ceo /CPOD (OMS) foi obtido através de exame clínico utilizando
sonda, espelho bucal, gaze para secar os dentes e lanterna para iluminação. Os
resultados foram avaliados pelo teste “t” de Student e o coeficiente de
correlação de Pearson. A média de idade foi de 7,7 anos (± 3,03) sendo
53,33% do sexo masculino e 46,67% do sexo feminino. A média de fluxo salivar
foi 1,04 ml/min (±0,57) e a capacidade tampão 5,73 (±1,01). Nas faixas etárias
de 2-5, 6-9 e 10-12 anos a média de fluxo salivar foi 0,75 (±0,59), 1,1 (±0,47)
e 1,28(±0,53) respectivamente. Houve correlação positiva significante (+0,49)
entre idade e fluxo salivar mostrando a tendência de aumento do mesmo conforme
o aumento de idade. Não houve diferença significante entre os sexos
(p>0,05). A média de CPOD foi 3,07 (±2,60) e a de ceo 4,16 (±4,58).
Não foi encontrada correlação negativa entre os parâmetros
salivares e a experiência de cárie. Outros indicadores salivares e demais
fatores envolvidos no processo carioso devem ser avaliados em conjunto com estes
dados, nestes pacientes de alta atividade cariogênica.
Apoio
SR-2/CNPq - Proc. 521652/95-2
322
Avaliação do sistema do óxido nítrico na glândula
submandibular
LIMA, F.B.1;
DEL BEL, E. A.2;
OLIVEIRA, E.S.*; LEITE,P. E.P.
3
1Depto.
Biologia FFCLRP - USP; 2Depto. Fisiologia
FORP - USP; 3Depto. Histologia e Embriologia
ICB – USP
A glândula submandibular (GSM) de roedores apresenta adenômeros
formados por: ácino (A), ducto intercalar, ducto estriado (DE) e ducto
granuloso (DG), que confluem para os ductos excretores (DEx). O óxido nítrico
(NO), um radical livre gasoso formado pela ação da sintase de óxido nítrico
(NOS) sobre a L-arginina, participa da regulação imunológica, neurotransmissão
e vasodilatação. Recentemente foi detectado na saliva humana, aventando-se o
seu papel como bactericida. O nosso estudo pretende evidenciar a presença do NO
na GSM de roedores, indiretamente através da reação histoquímica para a
detecção de NADPH diaforase. Utilizamos 6 camundongas adultas que foram
anestesiadas por Nembutal, suas GSM retiradas, fixadas em formol a 4% por 2 hs a
4oC,
crioprotegidas e seccionadas em criostato. Cortes de 12 m foram coletados,
lavados em tampão fosfato (PB) e incubados por 1 h, a 37oC
em PB contendo 0,3% de Triton X-100; 0,1 mg/ml de NBT e 1,0 mg/ml de -NADPH,
lavados em PB e montados. Observou-se reação positiva intensa para a presença
de NADPH-diaforase nos DE e DEx e no estroma em pericários ganglionares, em
fibras nervosas e vasos. Marcação evidente, mas com menor intensidade, foi
observada em torno dos A indicando localizar-se no tecido conjuntivo adjacente.
Os
nossos resultados sugerem uma interrelação estreita entre o NO e a GSM,
podendo ser postulada a produção do NO pela GSM e a sua atuação em seus
processos secretórios, assim como, a participação moduladora do NO na
atividade funcional da GSM.
323
Estudo do pH e do fluxo salivares em crianças
portadoras da Síndrome de Down
L.R.F.MUGAYAR, A.SABBAGH-HADDAD, R.Y. ANDIA-MERLIN*.
N.I.A.P. E.
Depto. Odontologia., I.C.S., Univ. Paulista (UNIP). São
Paulo, SP - Fone: (011)5786455
Diversos fatores têm sido associados com o maior ou menor
desenvolvimento da cárie dental, visando determinar o potencial cariogênico
individual, envolvendo hospedeiro, flora microbiana e substrato alimentar. Para
tanto, os testes microbianos e salivares têm sido objeto de pesquisas, tendo
sido largamente utilizados na clínica diária. Este estudo avaliou a capacidade
tampão (pH) e fluxo salivar (FS) em indivíduos portadores da Síndrome de Down
(SD) relacionando-os à atividade de cárie desenvolvida por estes pacientes.
Foram examinadas um total de 84 crianças com SD, no Núcleo Integrado de
Atendimento a Pacientes Especiais (NIAPE) da Univ. Paulista. As amostras foram
coletadas com um mínimo de 2 hs. após as refeições, sendo que para ambas as
medições, pH e fluxo salivar, utilizou-se o kit Dento Buff (Inodon, P.Alegre,
RS). Para o estudo do pH, as 84 crianças foram divididas em grupos etários (3-6)
(6-9) (9-12) (12-15) e por sexo (47 m. e 37 f.). Para
avaliação do FS, apenas 44 crianças entre 6 e 15 anos foram divididas em
grupos etários (6-9) (9-12) (12-15), devido à dificuldade
na coleta das amostras nos demais pacientes. Os resultados mostraram diferenças
estatisticamente significantes entre o grupo de 6-9 anos quando comparado com os
grupos de 3-6 e 12-15 anos, enquanto que a análise comparativa entre os sexos não
mostrou diferença significativa do ponto de vista estatístico. Para o FS, os
resultados não evidenciaram quaisquer diferenças estatisticamente
significativas entre as faixas etárias e entre os sexos.
Em
termos gerais, o pH das crianças com SD foi intermediário (baixa atividade de
cárie) enquanto que o FS foi baixo (alto risco de cárie). Esses valores
contraditórios ameritam estudos futuros sobre outros fatores relacionados com o
baixo índice de cárie apresentado por estes pacientes.
324
Presença de Candida albicans na cavidade bucal
de camundongos normais e sialoadenectomizados
M.A.G. TOTTI*, E.B.SANTOS, A.O.C.JORGE
Disciplina
de Patologia Oral - Fac. de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP
Está bem estabelecido que C. albicans é a principal
espécie de Candida patogênica para a mucosa bucal. A xerostomia predispõe
à candidose e em ratos a remoção cirúrgica das glândulas salivares maiores
resulta em severa xerostomia favorecendo significantemente a colonização por C.
albicans; entretanto, há ainda poucos estudos comparativos in vivo
dos efeitos da xerostomia na permanência de espécies do gênero Candida
na cavidade bucal de animais. Não pertencendo à microbiota bucal normal
de camundongos, a presença de C. albicans foi estudada em camundongos
normais e xerostômicos. Quarenta camundongos Swiss foram divididos em 2 grupos
de 10 camundongos normais e 10 sialoadenectomizados. Os animais foram inoculados
na cavidade bucal com 108
células de C. albicans durante 4 dias consecutivos. As leveduras foram
recuperadas da saliva e quantificadas 1, 2, 3, 5, 8, 15 e 30 dias após a última
inoculação. A implantação do fungo foi persistente no grupo
sialoadenectomizado, no qual C. albicans foi recuperada em todos os períodos
em quantidade estatisticamente significante em relação ao grupo controle.
Esses dados sugerem que a aderência e colonização de C. albicans aos
tecidos bucais de camundongos é diminuída in vivo na presença de
saliva.
Os
resultados obtidos demonstram que a sialoadenectomia favoreceu a implantação,
colonização e persistência de C. albicans na cavidade bucal de
camundongos.
325
Influência da xerostomia no desenvolvimento de
carcinoma bucal de
ratos tratados com 4-NQO durante 4-9 meses
E.B.
SANTOS*, M.A.G. TOTTI, V.S. ITO / Disciplina de Patologia Oral - Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP
A aplicação de 4-NQO no palato de ratos resulta no
desenvolvimento de carcinomas bucais num período de 8-9 meses. Ratos xerostômicos
pincelados com 4-NQO desenvolvem lesões mais severas e em maior número que
ratos com o fluxo salivar normal. A dose e o tempo de exposição ao carcinógeno
são relevantes para o período necessário ao desenvolvimento de câncer bucal
em humanos e animais experimentais. O papel da xerostomia e o tempo de exposição
ao 4-NQO sobre o período de
desenvolvimento de carcinomas bucais foram estudados em 80 ratos Wistar. Em 40
ratos, as glândulas salivares maiores foram removidas cirurgicamente. Os
animais foram divididos em 4 grupos, composto de 10 ratos normais e 10 xerostômicos,
pincelados com 4-NQO no palato 3x/semana. No grupo A, os animais foram
pincelados por 4 meses; no B, por 5 meses; no C, por 6 meses e no grupo D, a
aplicação foi realizada até que os animais apresentassem lesões com características
clínicas de carcinoma na cavidade bucal. Em todos os grupos, os animais foram
mortos quando apresentavam carcinomas bucais. Os resultados mostraram que os
ratos xerostômicos desenvolveram carcimomas num período de tempo
significativamente menor que os normais, sendo a diferença estatisticamente
significante em todos os grupos experimentais. O desenvolvimento de carcinomas
ocorreu num período semelhante após 4,5,6 meses e aplicação contínua do
carcinógeno.
Conclui-se
que a xerostomia favorece o desenvolvimento do cancer bucal experimental, uma
vez que o efeito protetor da cavidade bucal exercido pela saliva está ausente
ou reduzido e sugerem que, após 4 meses de aplicação de 4-NQO, as alterações
genotípicas das células já são irreverssíveis, não sendo necessário a
aplicação contínua do carcinógeno.
326
Reflexos de alterações funcionais sistêmicas no pH
bucal
A. B. Giampietro*, R. A.
Cabrera, C. Cabrera Peralta, M. A. Cabrera
Fac.
Odont. Lins, SP e Fac. Odont. UNESP - Araçatuba, Tel / FAX: (018) 624-5466
O nível de pH é fator relevante na manutenção da saúde
bucal, a sua variação induz a condições que favorecem o início ou o
agravamento de lesões na mucosa e no órgão dental. Neste trabalho estudou-se
os efeitos de alterações funcionais sistêmicas sobre o pH bucal em um grupo
de 80 crianças (4-14 anos) e 30 adultos jovens (17-22 anos) submetidos a
tratamento dentário, exercícios físicos (15 minutos) e bochechos (1 minuto)
com solução de fluoreto de sódio 0,05%. Efeitos sobre o pH bucal da desidratação
e da iluminação contínua por 72 horas. Foram verificados em 30 ratos albinos,
machos, 90 dias de idade.
Os resultados mostram que o pH em condições de repouso
foi de X=7,1±0,2. No pós-operatório de tratamento dentário o pH foi de
X=6,4±0,2. O valor de pH imediatamente após a realização de exercício físico
foi de X=6,5±0,2, havendo gradativa elevação após repouso de 15 minutos
(X=6,7±0,3), 30 minutos (X= 6,9±0,2) e 45 minutos (X=7,2±0,3). Após bochecho
com solução fluoretada o pH foi de X=7,1±0,1, ocorrendo diminuição naqueles
com pH bucal alcalino (8,0) e aumento naqueles com pH ácido (6,0). Nos ratos, o
pH controle foi X=9,5±0,5. A desidratação e a iluminação contínua
provocaram diminuição no pH bucal (X=8,5±0,5 e X=8,9±0,2).
Conclui-se que: 1)o pH bucal é sensível às alterações
funcionais sistêmicas; 2)as variações de pH podem ser corrigidas através de
bochechos com solução fluoretada.
DAPI-FOL/IALIM
327
Estudo estereológico de glândulas submandibulares de
ratos machos e fêmeas
D.B.BARBOSA; G.F. ASSIS*; R. TAGA
Depto
de Morfologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP - SP Tel. (0142) 23-4133
O parênquima de glândulas submandibulares do rato albino de
laboratório, está constituído por: ácinos, ductos intercalares, ductos
granulosos, ductos estriados e ductos excretores (Pinkstaff, Int. Rev.
Cytol., 63: 141-261, 1980). Em estudo anterior (Taga, Achôa e Pardini, Revista
da FOB, 2 (4): 20-5, 1994), avaliamos as dimensões morfométricas dos ductos
granulosos e estriados de glândulas submandibulares de ratos machos e fêmeas e
a análise estatística não mostrou nenhuma diferença entre sexos nesses
compartimentos glandulares. Com o intuito de complementar esse trabalho,
realizamos na presente pesquisa, o estudo estereológico dos ácinos, ductos
intercalares, ductos excretores e estroma nessas glândulas de ambos os sexos. A
análise dos resultados obtidos mostrou que: a) a massa glandular nos machos foi
42% maior do que nas fêmeas; b) os ácinos exibiram densidade de volume,
densidade de superfície e relação superfície-volume maiores nas fêmeas, e o
volume nuclear e volume total do compartimento maiores nos machos; c) as
densidades de volume e superfície do compartimento dos ductos intercalares
foram maiores nas fêmeas e o volume nuclear maior nos machos; d) os ductos
excretores exibiram diferença estatística significante somente na densidade de
superfície, que foi maior nos animais fêmeas; e) o volume total do estroma foi
significativamente maior nos machos.
Os resultados obtidos neste trabalho permitiram concluir
que as glândulas submandibulares de ratos machos exibem diferenças detectáveis
pela morfometria, nos compartimentos dos ácinos, ductos intercalares, ductos
excretores e estroma, em relação às fêmeas.
**
Bolsista da FAPESP (Proc. 94/1110-1).
328
Esmalte clareado e remineralzacão com saliva artificial
M.A.L. de SOUZA, M.A.B. BERGAMASCHI* e F. L. de SOUZA
Faculdade
de Odontologia, UFRGS, Porto Alegre, RS – Brasil
Sabe-se
devido a um estudo realizado anteriormente*, que dentes clareados tornam-se mais
permeáveis ao azul de metileno. O azul de metileno foi encontrado em esmalte e
dentina de dentes clareados “in vitro”.O propósito deste estudo foi avaliar
se o esmalte de dentes humanos clareados “in vitro”, com Opalescence(peróxido
de carbamida a 10%, Ultradent Inc.Co)ficaria mais poroso e se saliva artificial
seria capaz de reduzir esta porosidade.Cinco terceiros molares recém extraidos
foram seccionados em quatro no sentido mesio-distal e vestibulo-lingual.Todas as
superfícies exceto o esmalte foram recobertas com esmalte para unhas.De cada
dente, um quarto(grupo 1)foi tratado com o gel clareador por 12 horas e outras
12 horas com saliva artificial** durante 20 dias(240horas de tratamento).Outro
quarto(grupo 2)foi submetido ao mesmo procedimento, mas após o clareamento
ficou 12 horas em contato com água destilada.Os outros dois quartos foram
usados como controle, um ficando em saliva(grupo 3)e o outro(grupo 4)em água.Todas
as amostras foram lavadas e condicionadas com ácido fosfórico a 37% por 15
segundos.Após o condicionamento as pecas foram metalizadas e examinadas ao
microscópio eletrônico de varredura para observar a morfologia.
Foi
encontrado no esmalte clareado e condicionado, os espaços intercristalinos
maiores.Comparando o esmalte tratado com saliva e o tratado com água
verificamos que os espaços intercristalinos são menores quando se usa saliva,
sugerindo uma ação mineralizadora de saliva.
*Souza
M.A.L. de. Clareamento Caseiro de Dentes: Ação do Peróxido de Carbamida sobre
Dentes e Mucosa Bucal. Tese de Doutorado 1993. 234p.
**Krasse
B.O. Risco de Cárie. 2. ed. São Paulo: Quintessence, 1988. 113p
329
Tumores de glândulas salivares menores intra-orais: análise
multivariada de fatores prognósticos
M. A. LOPES*, G. C. SANTOS, O. P. ALMEIDA, L. P.
KOWASLKI
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP – Brasil
Os tumores de glândulas salivares menores são relativamente
raros. Devido a baixa incidência, poucos estudos analisam os fatores prognósticos.
Os objetivos deste estudo são descrever as características clínicas,
epidemiológicas e histológicas dos tumores malignos de glândulas salivares
menores e analisar os fatores prognósticos. Foram analisados 128 pacientes
portadores de tumores malignos de glândulas salivares menores intra-orais. As
informações referentes a idade, sexo, raça, tempo de queixa, sinais e
sintomas, localização, estadiamento clínico, tipo histológico, tipo de
tratamento, recorrência e situação clínica foram sumarizadas das fichas clínicas
através de um questionário padronizado e os fatores prognósticos foram
analisados através da análise multivariada.
Os
fatores de maior importância para determinação do risco de óbito foram estádio
N, tipo hitológico, sexo e tipo de cirurgia. Para risco de recorrência os
fatores de maior importância foram estádio N, tipo histológico e
comprometimento ósseo.
330
Avaliação fotodensitométrica dos filmes radiográficos
periapicais Ektaspeed e Ektaspeed Plus
C. COSTA*, M. FENYO-PEREIRA, O.J. VAROLI
Departamento
de Estomatologia, Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - São
Paulo - SP -Brasil. - CEP 05508-900
Desde o descobrimento dos raios X em 1895, existe a preocupação
com relação a superfície na qual fica registrada a imagem da estrutura por
ele atravessada. O objetivo, sempre, é o de conseguir boas imagens, com o menor
tempo de exposição do paciente à radiação. Para tanto as indústrias tem
procurado desenvolver novos filmes sempre mais sensíveis, sem o prejuízo na
qualidade da imagem. No Brasil, o último filme periapical introduzido foi o
Ektaspeed Plus que busca boa qualidade de imagem com redução do tempo de
exposição. Foi realizada uma pesquisa, comparando-se fotodensitométricamente
os filmes Ektaspeed e o Plus, avaliando-os no que se refere a densidade da
imagem de esmalte e dentina em cortes de dentes.
Constatou-se
que o filme Ektaspeed Plus é 8,5% mais eficiente para a análise de esmalte e
36,3% para a análise de dentina, quando comparado com o filme Ektaspeed.
331
Importância da radiografia no diagnóstico precoce de
anomalias dentárias em crianças
T. COUTINHO*,
M. E. SANTOS, M. TOSTES, V. BASTOS
Disciplina
de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia - UFF - Niterói - RJ – BRASIL
O estudo abrangeu identificação das anomalias dentárias mais
freqüentes observadas através da análise radiográfica de 324 pacientes (4-12
anos), de ambos os sexos, atendidos na UFF entre 1992-1996, relacionando-as com:
sexo, localização, tipo de tratamento realizado e complicações associadas.
Análise estatística baseou-se no teste X2.
Resultados: prevalência (13,5%) sem diferença entre sexos (X2 = 1,3; p > 0,05). Anomalia de número (45,6%) mais
comum, com hiperdontia (26%) mais prevalente que hipodontia (19,6%). Segui-se em
ordem decrescente, anomalias de forma (19,6%), erupção (17,4%), cistos e
odontomas (15,2%) e microdontia (2,2%) afetando crianças de 8 a 11 anos. Maxila
foi a mais afetada (74%), sem diferença quanto ao hemiarco
(p > 0,05). Complicações associadas mais comuns: impactação (41%),
perda de espaço (36%), giroversão (18%) e desvio do trajeto eruptivo (5%).
Quanto aos tratamentos: cirurgia/ortodontia (supranumerários e odontomas),
observação clínico/radiográfica (hipodontia e anquilose), ortondontia (erupção
ectópica) e protético (oligodontia).
Conclui-se
que, o exame radiográfico é essencial para o diagnóstico precoce de anomalias
em crianças, evitando-se assim problemas oclusais severos com conseqüentes
traumas cirúrgicos extensos e tratamentos ortodônticos prolongados.
332
Aspectos estomatológicos do líquen plano: um estudo de
63 casos
A.C. POSCH MACHADO*, N.N. SUGAYA, D.A. MIGLIARI
Disciplina
de Semiologia, Depto. Estomatologia, FOUSP - Sao Paulo
O líquen plano (LP)
é uma doença inflamatória mucocutânea de causa desconhecida, que afeta entre
0.1 e 2% da população em geral. Estudos estomatológicos associando aspectos
clínicos e epidemiológicos desta entidade são escassos em nosso meio, o que
nos levou a investigar as características bucais da doença envolvendo um número
significativo de casos. Nossa metodologia consistiu da análise de prontuários
de pacientes do Serviço de diagnóstico bucal da FOUSP, dos quais 80 casos (0.9
%) foram consistentes com LP de um
total de 8.886 registros . Sessenta e três pacientes apresentavam documentação
adequada e constituíram nossa amostra de estudo. Os resultados mostraram que a maioria dos casos ocorreu em
mulheres (57.1%) com faixa etária preponderante entre 30 a 59 anos
(68.2%). Mais de 90 % dos casos apresentavam forma clínica reticular e
erosiva, observadas separadamente ou combinadas entre si. A multiplicidade de
lesões constituiu uma característica comum entre os pacientes, sendo a mucosa
jugal o sítio de predileção. As lesões eram predominantemente assintomáticas
e porcentagem significativa dos pacientes apresentava tempo de evolução
inferior a 6 meses (41.3%). O perfil da casuística estudada é
semelhante ao encontrado na literatura mundial. Concluímos que o líquen
plano constitui patologia de relativa frequência na clínica estomatológica,
caracterizando a necessidade de estudos mais aprofundados em relação a possíveis
fatores sistêmicos envolvidos, bem como de sua terapêutica.
333
Radiografia Panorâmica como um meio auxiliar na prevenção
de acidente vascular cerebral
F. HAITER NETO*, M. E. FLORES, S. M. ALMEIDA
Área
de Radiologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / UNICAMP – SP
Acidente vascular
cerebral é a terceira principal causa de óbitos nos EUA. Atualmente existem
mais de três milhões de pessoas com sequelas, com custos sociais de bilhões
de dólares anuais para o seu tratamento. A identificação de indivíduos pré-dispostos
ao A.V.C. por meio de um método simples e não invasivo, no decorrer de um
exame dental de rotina - radiografia panorâmica - seria de grande importância
econômica e social. Foram analisadas 126 radiografias panorâmicas, realizadas
de 27-01-96 a 28-05-96, de pacientes assintomáticos (54 homens e 72 mulheres,
com faixa variando de 7 a 65 anos) que procuraram o Serviço de Radiologia da
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - SP. Em um paciente, sexo
masculino, 53 anos, leucoderma, tabagista e obeso, se observou a presença de
placas calcificadas junto às vértebras cervicais. Uma radiografia P.A. foi
realizada para confirmar estas imagens. O paciente foi encaminhado a um médico,
que solicitou exame ultra-sônico de Doppler, onde se verificou
a extensão e localização desta obliteração. Apesar de se trabalhar
com uma amostragem pequena e uma faixa etária
ampla, se comprova que a radiografia panorâmica pode ser de grande
auxílio na identificação de pacientes pré-dispostos ao acidente vascular
cerebral.
334
Diagnóstico de cáries: comparação entre radiografias
convencionais e digitais
M.A.G.S. SILVA*, O. TAVANO, A.L.A. CAPELOZZA, G.M.
TOSONI
Departamento
de Estomatologia, Faculdade de Odontologia de Bauru – USP
Este estudo teve o objetivo de comparar imagens radiográficas
convencionais e digitais ao exame clínico para o diagnóstico de cáries. Foram
utilizados 16 dentes humanos permanentes posteriores extraídos, montados em um
modelo de mandíbula construído em silicone. Radiografias interproximais foram
realizadas com 60 kVp e 10 mA, utilizando filmes Ektaplus(EP21),
Ultraspeed(DF58) e placa óptica do DIGORA(DI). Foi utilizada distância
foco/filme de25 cm e os filmes expostos conforme a recomendação do fabricante.
O processamento dos filmes foi realizado em processadora automática Peri-Pro II
e a placa óptica na “scanner” do DIGORAe, deste, transportado para um
computador tipo IBM PC. As imagens obtidas foram analisadas por três
examinadores com experiência em interpretação de imagens de cáries. A imagem
digital foi analisada com tamanho normal, comprimido, ampliado, invertida e em
3D. Para cada superfície dentária era dada um score de 0 a 5. O número de cáries
obtido foi comparado com os dados do exame clínico realizado sob inspeção
direta, com luz natural, sem o auxílio de sonda exploradora. O exame clínico
mostrou 21 lesões. Destas, a radiografia convencional EP21 detectou 57,1%, DF58
motrou 71,4% e DI correspondeu a 100% das lesões visíveis clinicamente.
Diante
dos resultados obtidos pode-se concluir que a imagem digital oferece maior
precisão no diagnóstico de cáries, sendo a imagem no negativo a que mostrou
maior correspondência ao número real de lesões vistas clinicamente.
335
Análise laboratorial e clínica da qualidade radiográfica
dos filmes do grupos D e E
L.C. PARDINI*; J.R.TAMBURUS; P. C.A. WATANABE
Lab.
Análise Controle da Imagem Radiográfica Odontológica-FORP/USP, Brasil - FAX
(016) 6330999
O filme do grupo E é um dos principais meios de radioproteção.
A finalidade desta é comparar os filmes D e E quanto: Qualidade da imagem
(densidade e contraste) e Dose de exposição a radiação. Utilizou-se como
material: Aparelho de raios-X (70 kVp, 10 mA, DFF de 40cm e filtro de alumínio
(2mm), tempo de exposição recomendado pelo fabricante do filme; soluções
processadoras (Kodak); filmes periapicais, sendo 10(DF-57) e 10(EP-21) e
fotodensitômetro. A metodologia compreendeu a exposiçãos de: 1- penetrômetro
escalonado de alumínio (análise laboratorial do contraste e da densidade) e
2-”phantom” simulando as condições clínicas. Os valores originais obtidos
da densitometria das imagens do penetrômetro foram submetidos a testes de
regressão linear para múltiplas curvas matemáticas, sendo que, a análise dos
valores de”r” indicou a hipérbole (2o.grau).
A seguir transformou-se em reta (y=b+ax) a hipérbole original. A
análise estatística demonstrou distribuição não-normal para os valores do
contraste (“b”) e densidade (“a”). A análise clínica das imagens
radiográficas do “phantom” foram avaliadas por 10 dentistas clínicos que
atribuiram valores de 1 a 5 (escala crescente) para a qualidade das
radiografias. Os resultados demostraram diferenças significantes (p<O.O1)
quando compara-se os valores de contraste e densidade dos filmes D e E.
Constatou-se redução de 50% da dose de exposição para o filme E. Os
examinadores não detectaram diferenças quanto a qualidade radiografíca dos
filmes.
Conclui-se que o uso do filme E expõe o paciente a
menor quantidade de radiação e não há alteração clínica quanto a
qualidade da imagem.
CNPq
- Processo: 301042/94-2
336
Ortopantomografias de pacientes edêntulos e
parcialmente edentulos: Análise de indicação
P. C. A.
WATANABE*, M.A.O. SALES, S.M.L. MARQUES, L.A.C.I.R.O
FORP
/ USP
O risco da radiação ionizante para pacientes, pessoal
auxiliar e profissionais, associado com a radiografia diagnóstica não é
conhecido. Esse risco têm sido apenas estimado de extrapolações de
experimentos laboratoriais, por isso, aceita-se que os níveis diagnósticos da
radiação X tem o potencial de causar efeitos maléficos ao organismo humano. A
American Association of Dental Schools preconiza que os estudantes sejam
treinados para criticamente avaliar a necessidade das informações radiográficas/diagnósticas,
avaliando a relação risco/benefício para cada procedimento diagnóstico, e
estabelecendo um diagnóstico diferencial apropriado baseado sobre o exame clínico,
anamnese, exame laboratorial e informação radiográfica. O propósito deste
trabalho foi comparar os achados radiográficos em radiografias panorâmicas de
pacientes totalmente e parcialmente desdentados levando-se em consideração a
indicação radiográfica.Foram examinados clinicamente 169 pacientes da
FORP/USP(90 totalmente desdentados-td e 69 parcialmentes desdentados-pd),
e posteriormente indicadas radiografias panorâmicas. A interpretação radiográfica
indicou 20 achados radiográficos para pd e 19 achados para td.
Estatisticamente o teste “t” de Student indicou
amostras iguais, com probabilidade de H0=56,14%, para a quantidade de
achados radiográficos.
Podemos
concluir que o percentual de achados radiográficos para ambos, td=24% e
pd=22,2% são altamente significantes, sustentando a indicação radiográfica
panorâmica desse tipo de pacientes.
337
Ortopantomografias em pacientes com Síndrome de Down e
Retardo
no Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor
M.A.O
SALES*, ,L.C. FIGUEIREDO, P. C.A WATANABE, S.L.S SALVADOR, L.A.C.I.R.O /
FORP/USP
Há muito, o cirurgião dentista vêm se familiarizando no
consultório com pacientes com retardo mental, como o Retardo no Desenvolvimento
Neuro/Psico/Motor(RDNPM) e Síndrome de Down(SD). A saúde bucal desses
pacientes necessita de atenção especial. São relatadas anomalias, presença
de doença periodontal e características dentais desse tipo de paciente.O
objetivo desta é comparar os achados radiográficos em pacientes (SD) e
pacientes (RDNPM) em ortopantomografias. Foram examinados 39 pacientes da
APAE-RP com idade entre 14 a 34 anos, sendo 18 com SD(12 homens e 06 mulheres) e
21 (11 homens e 10 mulheres) com RDNPM. Houve média de 7,4 dentes ausentes para
homens e 6,3 para mulheres em pacientes com SD e 2,7 para homens e 1,8 para
mulheres com DNPM, (p<0.01) na análise de MANN WHITNEY. Observou-se
anormalidades de morfologia condilar e apófise coronóide em 61% dos pacientes
com SD e 24% dos pacientes com DNPM; que reflete em maloclusão. Pacientes com
DNPM possuem maiores problemas respiratórios como desvio de septo e hipertrofia
dos cornetos nasais inferiores, que podem ser a causa de problemas de
apinhamento e giroversão dos caninos e pré-molares. Dois pacientes com SD
apresentaram atraso de desenvolvimento dentário.
Conclui-se
que esses pacientes não possuem significante porcentagem de achados radiográficos
dentários, mas possuem complicações de desenvolvimento e formação das
estruturas ósseas maxilo-mandibulares, mais acentuadas que nos pacientes com
SD.
338
Ulcerações bucais: estudo microbiológico em pacientes
HIV+ e HIV -
N.N.SUGAYA*; E.G.BIRMAN; C.R.COSTA; S.CALSADA
Universidade
de São Paulo, São Paulo.
As bactérias Gram-negativas (BGN) tem sido consideradas como
habitantes transitários da cavidade bucal, tendo sido investigadas
especialmente em pacientes portadores de neoplasias, imunossuprimidos em geral e
submetidos a terapia citotóxica. Há relatos sugerindo sua correlação com
ulcerações bucais de pacientes HIV+. Nosso propósito foi o de estudar a
prevalência destas bactérias em pacientes HIV+ portadores ou não de ulcerações
bucais, portadores de ulcerações aftosas recorrentes (UAR) e também em
pacientes sadios. As amostras foram colhidas através de swabs e cultivadas em
placas de ágar-MacConkey. Obtivemos 41,6% de positividade para BGN no grupo de
pacientes HIV+ com ulceração bucal (10/24); 35,7%
no grupo HIV+ sem ulcerações bucais (10/28); 10% no grupo UAR (2/20) e
20% no grupo controle (4/20). Nos pacientes HIV+ as principais espécies
isoladas pertenciam aos gêneros Pseudomonas, Klebsiella e
Enterobacter, no grupo UAR houve predomínio de Klebsiella e no grupo
controle especialmente Enterobacter e Klebsiella. Além disso, colhemos
amostras de 16 pacientes HIV+ sem ulcerações bucais, em duas ocasiões
distintas, com cerca de 6 semanas de intervalo. Esses pacientes mostraram os
seguintes resultados: 43,75% apresentaram todas as culturas negativas para BGN;
18,75% mostraram todas as culturas positivas e seis dos pacientes exibiram
cultura positiva em pelo menos uma das ocasites (37,5%).
Os
resultados indicaram correlação positiva entre BGN e pacientes
imunossuprimidos pela infecção pelo HIV. A variação entre as espécies
observadas e a transitoriedade de sua identificação no grupo ensaiado
longitudinalmente sugere que não ocorre colonização bucal de fato por estas
bactérias. Não se observou correlação positiva entre BGN e UAR.
339
Marcadores tumorais no epitélio adjacente ao carcinoma
epidermóide de boca
M.C.F. AGUIAR*, E. SANTOS, N.S. ARAÚJO, V.C. ARAÚJO
FOUSP
- Disciplina de Patologia Bucal - SP – Brasil
O epitélio de revestimento da mucosa adjacente aos carcinomas
epidermóides pode apresentar alterações morfológicas e histoquímicas
representativas da carcinogênese precoce. Essas alterações podem ser a
expressão de um processo de “campo de cancerização”. A avaliação
histopatológica dessas alterações é difícil, subjetiva e nem sempre é uma
indicação confiável da progressão para carcinoma invasivo. O objetivo deste
trabalho foi estudar a expressão do p53, PCNA, Ki-67 e NORs no epitélio de
revestimento da mucosa próximo a 26 carcinomas epidermóides de boca,
verificando a correlação desses marcadores com o grau de atipia e a correlação
entre os mesmos. Foi utilizada a técnica imuno-histoquímica e histoquímica em
tecidos rotineiramente fixados e processados, empregando-se anticorpos anti-p53,
anti-PCNA, anti-Ki-67 e coloração pela prata coloidal, AgNOR. O teste de
Spearman mostrou não existir correlação de nenhum dos marcadores com o grau
de atipia epitelial. Correlação foi observada apenas entre o PCNA e KI-67.
Concluímos
que as alterações relacionadas a estes marcadores podem preceder as alterações
morfológicas no epitélio adjacente aos carcinomas epidermóides de boca, e que
o estudo dos mesmos pode ajudar na decisão sobre o manejamento da lesão.
340
Perfil da incidência e mortalidade por câncer de boca
no Brasil com base nos RCBP1
I.C.G. LEITE*;S. KOIFMAN
Dep.
de Epidemiologia (DEMQS) - ENSP - FIOCRUZ - TEL./FAX: (O21) 270-6772
O presente estudo objetiva traçar um perfil da incidência e
mortalidade por câncer de boca (CID-O 140-5), baseado no Registros de Câncer
de Base Populacional1 (RCBP) do Ministério da Saúde (INCa, Câncer no Brasil,
vol. I e II, 1991 e 1995). A exposição das taxas padronizadas de incidência
por sexo e localização de 4 registros (Belém/PA; Campinas/SP; Porto
Alegre/RS; Goiânia/GO), permitirá avaliar possíveis diferenças entre eles.O
registro de Porto Alegre foi utilizado para estudo da variação temporal de
incidência e mortalidade por faixa etária deste conjunto de neoplasias (3
pontos de corte entre 1978-91). No Brasil, este grupo de neoplasias é o 5o.
mais frequente.A literatura sugere mudança na incidência, com base na ampliação
da população submetida aos fatores de risco(JONHSON,G. et al.,Ped.Dent.,15(3):169-174).As
taxas brutas originais foram calculadas pelo software Ratecalc (Campos Filho e
Franco, 1987) e sua padronização direta seguiu normas preconizadas pela IARC (Cancer
in five continents,IARC, vol5, 1992), tendo como referência a população
mundial padrão (Seigi, 1960). As representações gráficas, foram obtidas
pelo software Harvard Graphics for Windows 2.0.
Foi observada elevada incidência do câncer de lábio
em mulheres (Campinas, Porto Alegre,bem como de gl. salivar (Belém,Porto
Alegre) e de outras partes (Belém, Goiânia).Goiânia mostrou a maior incidência
em mulheres (143-5). A transformação logarítmica das curvas temporais do
registro de Porto Alegre ilustrou, no último período, um aumento de incidência
entre jovens(de 20-35 anos).
Apoio financeiro:CNPq, proc.1315261/95-2
341
Proliferação celular no Fibroma ossificante periférico
e fibroma ossificante
R.A. MESQUITA*, A.L.L. COSTA, N.S. ARAÚJO, S.C.O.M
SOUSA
Disciplina
de Patologia Bucal - FOUSP - SP – Brasil
Com a finalidade de obter informações adicionais sobre o
fibroma ossificante periférico e fibroma ossificante, foi realizado um estudo
da proliferação celular em 10 casos de cada lesão utilizando-se a análise
quantitativa e morfométrica das regiões organizadoras nucleolares (NORs) e a
expressão do antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA). Para a
identificação das NORs realizamos a técnica da prata coloidal, conhecida como
técnica do AgNOR, e para verificar a expressão do PCNA realizamos a técnica
da streptavidina-biotina, utilizando o anticorpo PC10. Com a análise dos parâmetros
das NORs verificamos, para ambas as lesões, um perfil característico de lesões
que apresentam comportamento benigno; entretanto essa mesma análise e a análise
da expressão do PCNA demonstraram uma atividade proliferativa maior do fibroma
ossificante em relação ao fibroma ossificante periférico.
A
análise da proliferação celular é concorde com a visão de que provavelmente
o fibroma ossificante periférico representa uma lesão reativa não neoplásica
e o fibroma ossificante uma entidade neoplásica.
342
Aplicação de sistema especialista Bayesiano na simulação
de diagnóstico
em patologias ósseas bucais
L. CORRÊA *, R. C. BORRA, M. D. NOVELLI, A. G. JORGE. /
Depto. de Estomatologia - Faculdade de Odontologia da USP-SP
Os Sistemas Especialistas constituem recursos matemáticos
“inteligentes” que simulam a lógica humana de diagnóstico através da
informática. O Teorema de Bayes é
utilizado como modelo estatístico em grande parte dos Sistemas Especialistas. O
objetivo do trabalho foi o de executar a simulação de diagnóstico por meio de
um Sistema Especialista Bayesiano, cruzando as variáveis clínicas registradas
nas fichas do Acervo de Patologia Bucal da FOUSP com o diagnóstico histopatológico
de lesões fibro-ósseas. As informações clínicas e o diagnóstico histopatológico
foram coletados e armazenados no computador por intermédio do programa BNC,
desenvolvido no Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia FOUSP. De
451 casos selecionados (1986-1996), 401 foram usados para a composição inicial
do banco de dados e 50 casos , aleatoriamente selecionados, na simulação de
diagnóstico. As variáveis clínicas — sexo, idade, etnia, sintomatologia,
aspectos da lesão, aspectos radiográficos, duração da lesão e localização
da lesão — serviram como parâmetro discriminante para a simulação diagnóstica.
Os resultados demonstraram 60% de diagnósticos corretamente feitos pelo
computador, levando-se em consideração as 2 hipóstese de diagnósticos de
maiores probabilidades.
O sistema possibilitou a simulação de diagnósticos
posicionando as lesões em grupos classificatórios.
Esta
metodologia pode ser aplicada na caracterização de banco de dados de patologia
óssea.
343
Simulação de diagnóstico
por computador, através de análise
discriminante bayesiana
F. R.X. da SILVEIRA,
R.C. BORRA*
Departamento
de Estomatologia Faculdade de
Odontologia da USP – SP
No campo da Informática em saúde, uma das áreas mais
promissoras é, sem dúvida nenhuma, o desafio do diagnóstico por computador.
Este, através de programas denominados “inteligentes” é capaz de imitar o
raciocínio humano, fornecendo diagnósticos com nível de confiabilidade bem próximo ao do profissional
especialista. Em nosso meio odontológico, têm surgido diversos sistemas de
diagnóstico por computador. Entretanto, nenhum deles foi desenvolvido de modo
integrado a um sistema de “inteligência artificial”. Em vista do exposto,
os autores se propuseram desenvolver um
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), integrado a um sistema
“especialista” do tipo estatístico, baseado no cálculo da
Probabilidade posterior. Para tanto, foi utilizado
o Teorema de Bayes, que estabelece :
P(d/s) = P(d) *
P(s/d)
/ P(s), onde d = doença; s = variável sintomática; P(d) = probabilidade de
ocorrência da doença (d); P(d/s)
= probabilidade posterior da ocorrência da doença; P(s/d) = Probabilidade da
ocorrência de uma variável sintomática (s), dada a ocorrência da doença
(d). O “software” foi aplicado a um banco de dados contendo 3800 registros
de pacientes com doenças bucais. O índice médio de acertos do simulador foi
de 87,5%, para doenças cuja frequência no SBD era superior a 5%, tendo sido
muito baixo, no caso de doenças com pequena ocorrência(abaixo de 0,5%).
Em vista dos resultados os autores concluiram que a
simulação de diagnóstico por computador, utilizando-se a análise
discriminante Bayesiana é um método eficiente, sendo essa eficiência,
diretamente proporcional à frequencia de uma dada casuística.
Apoio
financeiro da FAPESP - Processo 92/0918-0
344
Otimização da técnica de dupla marcação PCNA/AgNOR
em carcinoma bucal
A.L.L. COSTA*, R.A. MESQUITA, E. TODDAI, A.A.H. BRANDÃO
Disc.
de Patologia Bucal - FOUSP - São Paulo – Brasil
Os marcadores de proliferação celular têm sido muito
utilizados nos últimos anos, como forma de se avaliar a proliferação celular.
Dentre esses, citamos a coloração pelo método argirofílico das proteínas
associadas às regiões organizadoras nucleolares (NORs), através da técnica
histoquímica conhecida como AgNOR. Outro marcador de proliferação celular
bastante utilizado através da imuno-histoquímica, é o antígeno nuclear de
proliferação celular (PCNA) que desempenha função importante na síntese e
reparação do DNA. O objetivo deste trabalho foi de otimizar a técnica da
dupla marcação com a finalidade de se estudar simultaneamente a correlação
entre PCNA/AgNOR em carcinoma bucal. Selecionamos 8 casos de carcinoma epidermóide
da mucosa bucal e analisamos a dupla marcação PCNA/AgNOR em todos, testando
diferentes cromógenos através da técnica imunohistoquímica. Os cromógenos
testados foram, “diaminobenzidine”, “nitro blue tetrazolium” e “new
fuchsin”. Os resultados obtidos demonstraram que a visualização da dupla
marcação PCNA/AgNOR nos núcleos das células, só foi possível utilizando-se
a “new fuchsin” como cromógeno, tendo em vista que, os outros cromógenos
mascararam a visualização das NORs através do microscópio de luz.
Diante
do exposto, concluímos que os melhores resultados para se estudar
simultaneamente a correlação entre PCNA/AgNOR foram obtidos com a utilização
da “new fuchsin” como cromógeno.
345
Avaliação de preparos cavitários em dentes decíduos
- comparação entre métodos
A.P. Caldeira*, M.A. Lotufo,
M.O. Franzese
Depto.
Odontopediatria, Faculdade de Odontologia, Universidade de Guarulhos
A avaliação da qualidade do desempenho clínico é um dos
problemas mais difíceis enfrentados por professores e alunos, geralmente porque
os métodos utilizados são subjetivos e confusos. É o meio através do qual as
pessoas ficam cientes de quão bem os objetivos estabelecidos foram alcançados
e como podem melhorá-los.
Para tal, criamos uma escala de avaliação dirigida e
sistemática, para preparos cavitários em dentes decíduos. Foram então
analizados 50 preparos cativários por 2 grupos de 5 examinadores cada, por duas
vezes em tempos diferentes. O primeiro grupo devidamente calibrado, usou o novo
método, e o segundo utilizou-se apenas de critérios convencionais, com base na
prática clínica individual.
A
análise estatística mostrou que no primeiro grupo ocorria uma avaliação
homogênea inter e intra examinadores. A padronização dos critérios facilitou
a avaliação pelo professor e quando o método foi utilizado no laboratório de
graduação de Odontopediatria Técnica da Universidade de Guarulhos a comunicação
e entendimeto com o aluno foi marcadamente superior.
346
Regiões organizadoras nucleorares em carcinoma epidermóide
da cavidade oral
M.L. S. Arruda*, R. A. Freitas
Mestrado
em Patologia Oral da UFRN
Uma amostra de 22 (vinte e dois) casos de carcinoma epidermóide
oral foi avaliada e sobdividida em três grupos de acordo com sua evolução clínica,
em cinco anos, após efetuada terapêutica: 1 - grupo de pacientes livres de
doença (11 casos), 2 - grupo de pacientes com doença
loco-regional ou sistema (5 casos), 3 - grupo de pacientes que foram a óbito
(6 casos). A análise morfológica dos espécimes teciduais, corados pela
hematoxilina e eosina, segundo o sistema de
gradação proposto por Anneroth, Batsakis, Luna 1987, revelou escores médio
2,7, 2,4, 2,9 para os grupos de pacientes livres de doença, com doença
loco-regional ou sistêmica e que foram a óbito, respectivamente. Foram, também,
realizadas análises quantitativa e dimensional das regiões organizadoras
nucleolares coradas pela prata (AgNOR), que revelaram, respectivamente, os
seguintes números e diâmetros médios: 1,94 e 3,8 um para os pacientes livres
de doença, 1,95 e 3,78 um para os pacientes com doença loco-regional ou sistêmica
e 2,23 e 3,13 para aqueles que foram a óbito.
Os
dados finais quando submetidos a análise estatística não revelaram diferenças
significativas entre os três grupos estudados, quanto aos escores médios, números
médios de AgNORs e diâmetros das AgNORs.
347
AgNOR nos diversos tipos histológicos do ameloblastoma
e no tumor odontogênico adenomatóide
M.C.S. Medeiros*, R.A. Freitas,
L.B. Souza
Mestrado
em Patologia Oral-UFRN
Análise quantitativa das regiões organizadoras nucleolares
coradas pela prata(AgNORs) foi realizada em uma série de 22 casos de
ameloblastoma e 7 de tumor odontogênico adenomatóide(TOA) com o objetivo de
comparar o potencial de proliferação celular entre os tipos histológicos
folicular, plexiforme, acantomatoso e de células basais do ameloblastoma e o
TOA. A contagem média de AgNORs/núcleo foi de 1.90, 1.84, 2.05, 2.97 e 1.94,
respectivamente. A análise estatística destes dados não revelou diferenças
significantes, não indicando, portanto, diferenças na atividade proliferativa
entre estes tumores.
Nossos
resultados nos levam a sugerir que, possivelmente, no ameloblastoma a capacidade
invasiva esteja relacionada a outro fator que não seja o nível de proliferação
celular.
348
Diagnóstico citopatológico da leucoplasia pilosa
E.P. DIAS*, A. SILVA Jr.,E.C. FEIJÓ, G.A.C. POLIGNANO
Depto.
de Patologia - Universidade Federal Fluminense RJ - Tel. 620-2828 ramal 173 /
174
A Leucoplasia Pilosa (LP) é um precoce indicador da infecção
pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Trabalhos recentes indicam que a
LP pode ser diagnosticada pela citopatologia. Nós avaliamos a sensibilidade
deste método na detecção dos aspectos característicos da LP, particularmente
a presença do núcleo em colar, considerado o principal marcador histo e
citopatológico da infecção pelo Virus Epstein-Barr. (Mabruk et al. J. Oral
Pathol. Med., 24: 109-12, 1995; Epstein et al. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol.
Oral Radiol. Endod.,79:564-9,1995; Migliorati et al., Oral Surg. Oral Med. Oral
Pathol.,76:704-10,1993; Fraga-Fernadez et al. Am. J. Clin.
Pathol.,97:262-266,1992).
Participaram desse estudo 15 pacientes com lesões em
borda de língua, compatíveis com LP. Realizou-se colheita bilateral e os
respectivos esfregaçosa foram corados pelo método de Papanicolaou. O grupo
controle foi constituído por 15 pacientes HIV positivos sem lesão clínica e
15 soro-negativos. Investigou-se a presença de núcleos em colar e a associação
com infecção pela Candida sp. A análise citopatológica demonstrou, em
todos os 15 casos, a presença de núcleos em colar, em quantidade variável. A
associação com infecção por Candida
albicans foi observada em 73% dos casos.
A citopatologia é um exame não invasivo, simples, rápido
e de baixo custo, capaz de detectar a presença do núcleo em colar. Desta
forma, concluímos que o xme citopatológico deve ser considerado como o método
de escolha para o diagnóstico da Leucoplasia Pilosa.
Apoio
financeiro: CAPES, CNPq.
349
Análise de um incisivo, pelo método dos elementos
finitos em modelo tridimensional
V. M. A.
SANTOS*, H. PANZERI
Depto.
de Prótese e materiais Dentários da U.S.P. - RP - Tel./fax. (019) 232-7807
Um modelo em escala de um incisivo central inferior humano foi
mapeado, em seções de 1mm à parte, em uma máquina de medir coordenadas. A
matriz de coordenadas foi então importada por um programa C.A.D. ( Computer
Aided Design), onde “splines” foram desenhadas para gerar um modelo
“wireframe” do incisivo central inferior, e a partir deste transformado em
um modelo sólido. A esse modelo, uma malha de elementos finitos, constituída
de elementos tridimensionais, foi associada e mapeada toda a geometria,
introduzidas as condições de carregamento, contorno e adotadas as propriedades
físico-mecânicas dos componentes considerados no modelo (dentina e ligamento
periodontal). Uma análise por elementos finitos para determinação dos campos
de deslocamentos, deformações e tensões foi efetuada.
Os
resultados obtidos indicaram um acúmulo de tensões na região de aplicação
das forças, principalmente nos ângulos mesial e distal das camadas mais
superiores, tensões menores na concavidade lingual e cervical da face
vestibular. Os deslocamentos e deformações resultantes foram no sentido
apical, havendo consequentemente pequena expansão na face vestibular e leve
contração na face lingual, causados por deslocamentos dos elementos finitos.
As curvas de tensões, deslocamentos e deformações que ocorrem estão
relacionadas às tensões internas resultantes das tensões de compressão,
aplicadas no referido modelo matemático.
350
Prevalência de disfunções craniomandibulares em
pacientes com arcos dentais reduzidos
L.C. Barbosa*, W.C. Bonachela,
A.A. Elias, L. Chiarelli
Depto.
de Prótese, Faculdade de Odontologia de Bauru - USP - SP.
Tel.: (0142) 239160
A ausência de dentes posteriores há muito preocupa a classe
odontológica e seus pesquisadores, com relação à real necessidade de
substituição protética e sua possível correlação com as disfunções
craniomandibulares (DCM).
Utilizou-se índices anamnésicos que indicam o grau de
disfunção craniomandibular com a finalidade de se comparar pacientes
portadores de arco dental completo com pacientes portadores de arco dental com
ausência de dentes posteriores.
Optou-se por comparar um índice empregado mundialmente
(Helkimo, M. Swed. dent. J., (67)2:101-21, 1974) e outro elaborado de acordo com
as realidades nacionais, proposto por Fonseca, D.M. Bauru, 1992, Tese (Mestrado)
- Faculdade de Odontologia de Bauru - USP.
A amostra do trabalho consistiu de 82 pacientes, 41 do
sexo masculino e 41 do sexo feminino, que procuraram atendimento clínico na
Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. Um só profissional, previamente
calibrado, examinou 60 pacientes portadores de arco dental reduzido e 22
pacientes com arco dental completo (Grupo Controle).
Os
pacientes do sexo masculino possuíam em média 12,3 dentes ausentes e os do
sexo feminino 10,4 dentes ausentes. De acordo com os resultados obtidos através
da análise dos índices anamnésicos utilizados, concluiu-se que não foi
possível correlacionar a perda de dentes posteriores e presença de DCM, no
entanto 86% dos pacientes portadores de arco dental reduzido desejavam repor os
dentes ausentes, em função da estética ou função.
351
Hábitos orais: prevalência e sua importância no
desenvolvimento da oclusão em pacientes infantis
A. M. G. VALENÇA; F. S. MELLO * ; M. M. WYGODA ; L. C.
MAIA
Curso
de Pós-Graduação em Odontologia Social, UFF - Niteroi - RJ – Brasil
No presente estudo, as autoras realizaram levantamento
epidemiológico relativo à prevalência de hábitos orais em escolares na faixa
etária de 2 a 11 anos, pertencentes à escola Alzira Bittencourt situada na
cidade de Niterói, RJ. O objetivo deste trabalho foi identificar aspectos de
interesse odontológico tais como: correlação entre hábitos e maloclusão,
distribuição de diferentes hábitos por grupo de idade, associação de cada hábito
com maloclusões específicas, dentre outros. A coleta dos dados foi realizada
por intermédio de um questionário enviado aos pais e/ou responsáveis das
crianças e exame clínico das mesmas.
A
análise dos
dados revelou uma
associação estatisticamente significativa
(P< 0,05 - teste não paramétrico do X2)
entre presença de hábito oral e maloclusão, bem como a maior prevalência dos
hábitos na faixa etária entre 7 e 4 anos. Em acréscimo, o grupo com hábitos
orais apresentou maloclusões em 98,55% dos casos, sendo palato profundo,
mordida aberta anterior, vestíbulo-versão dos dentes anteriores superiores,
overjet, diastema e apinhamento as maloclusões mais comumente encontradas.
352
Avaliação eletromiográfica após tratamento com
aparelhos oclusais com púas
F. A. SILVA; C. FIGUEIRÓ*;
W. A. B. e SILVA ; G. E. P. HENRIQUES
Prótese
Fixa - FOP – UNICAMP
Foram examinados e tratados vinte pacientes do sexo feminino
que apresentavam sinais e sintomas de Alterações Funcionais do Sistema
Estomatognático. Foram realizadas avaliações eletromiográficas antes, com 60
e 120 dias de tratamento com aparelhos oclusais duplos com púas, com a mandíbula
em posição postural, no fechamento sem esforço, fechamento com esforço e na
mordida incisiva. Os resultados eletromiográficos foram correlacionados com a
evolução clínica dos sinais e sintomas, assim como com o registro dos arcos góticos
obtidos bilateralmente nas plataformas metálicas dos aparelhos.
Os resultados da atividade elétrica bilateral do músculo
masséter e porção anterior do temporal antes e durante o tratamento, foram
apresentando valores cada vez mais próximos, tendendo à igualdade,
evidenciando um recondicionamento tônico bilateral. Isto confirmou os traçados
gráficos bilaterais nas plataformas dos aparelhos e os relatos de redução e
eliminação dos sinais e sintomas.
353
Prevalência de arcos tipo I e II de baume e de espaços
interproximais em crianças de 2 a 6 anos
V. M. SOVIERO*, E. BASTOS, J.M. MASSAO, M.E. RAMOS
Dep.
Odontopediatria e Ortodontia, FO - UFRJ - Tel.: (0242) 42 6098
Verificou-se a prevalência
de arcos TipoI eII e dos espaços interproximais, incluindo os espaços primatas
(EP), em 300 crianças, de 2 a 6 anos, com dentição decídua completa e sem
alterações que interferissem a relação entre os dentes adjacentes ou
antagonistas.Observou-se o seguinte:
AMOSTRA SUP.I
e INF.I SUP.II e
INF.II SUP.I
e INF.II
SUP.II e
INF.I
300 263 (87,6%)*
11 (3,7%) 19 (6,3%) 7 (2,3%)
*p<
0,001 Não houve ¹ estatística significante quanto ao sexo (p=0,11)ou grupo étnico
(p= 0,69).
ARCOS
ESPAÇOS PRIMATAS
(EP)
DENTÁRIOS
Bilateral Unilateral
Ausente
Maxila 262 (87,3%)
11 (3,6%) 27 (9%)
Mandíbula 239 (79,6%)
13 (4,3%) 48 (16%)
Notou-se uma maior tendência da ausência dos EP no
arco inf. (p<0,05). O sexo F tendeu a apresentar mais casos de ausência dos
EP tanto no arco sup., como no inf. (p<0,05). Entre os grupos étnicos, não
foi observada significante
(sup.:p=0,15, inf.:p=0,22.). Os EP foram os mais frequentes tanto na maxila
(90%, esq. e 88,3%, dir.), como na mandíbula (82%, esq e 81,3%, dir.); seguidos
dos espaços localizados distalmente aos caninos sup.(79%) e mesialmente aos
inf.(69,3%,esq. e 66,3%, dir.)
O
arco Tipo I e a presença dos EP foram as características mais frequentes,
entretanto, a alta prevalência do espaço localizado distalmente aos caninos
superiores merece atenção em próximos estudos.
354
Diferença da distância intercondilar, obtidas com
quatro arcos-faciais auriculares
R. S. M. FERNANDES*, M. O. MAZZETO
Fac.
Odontologia de Ribeirão Preto -Universidade de São Paulo
Um dos objetivos da odontologia atual é buscar uma “oclusão
ideal”. Para auxiliar os estudos da oclusão dental, necessitamos ter uma boa
simulação das estruturas maxilares dos pacientes. Para isso, vários e
sofisticados articuladores e arcos-faciais têm-se desenvolvido. Como os
articuladores são instrumentos auxiliares à várias especialidades odontológicas;
se faz necessário verificar o grau de precisão destes aparelhos, pois notou-se
clinicamente uma discrepância nas medidas das distâncias intercondilares na
utilização dos arcos-faciais. No presente trabalho utilizamos quatro
diferentes marcas comerciais de arcos faciais auriculares, onde se determinou a
distância intercondilar . Na 1ª fase do trabalho foram determinadas as distâncias
intercondilares de 50 pacientes da clínica de oclusão da FORP-USP,
utilizando-se um arco-facial de cada marca comercial (Whip-mix, Gnatus, Bio-art
e Dent-flex), e verificou-se que os arcos faciais Whip-mix e Bio-art não
apresentavam diferenças estatísticas entre si e os arcos-faciais Gnatus e
Dent-flex são estatisticamente diferentes entre si e entre os outros; sendo que
o arco-facial Dent-flex foi o que apresentou maiores diferenças. Para uma
melhor avaliação destes arcos, foram determinadas as distâncias
intercondilares de mais 30 pacientes da mesma clínica, sendo que nesta 2ª fase
foram utilizados 2 arcos-facias de cada marca comercial. Aplicando-se o teste de
Kruskal-Wallis notou-se uma significância ao nível de 1% entre as amostras
testadas, indicando diferenças entre elas.
Com
isso conclui-se que não há controle na produção dos arcos faciais.
355
Comportamento do periodonto de sustentação de primatas
jovens Cebus apella,
submetidos à disjunção palatal
J.R.PRIETSCH*,
A.M.BOLOGNESE / Faculdade de Odontologia, UFRGS - Tel (051)316-5201; Fax
(051)330-2951
O propósito do autor foi o de avaliar, em três primatas Cebus
apella,as alterações radiográficas e histológicas ocorridas no
periodonto de sustentação dos dentes de ancoragem de, quando submetidos à
disjunção palatal. Um animal foi sacrificado e estudado, após a disjunção
(no 11 dia), outro, aos 240 dias em contenção e o terceiro, serviu como
controle. O exame histológico do animal controle mostrou um periodonto de
sustentação normal de um animal em crescimento. No animal sacrificado após a
disjunção houve um estreitamento do espaço periodontal, em cervical, no lado
de pressão, com predomínio de absorção óssea frontal. Nas superfícies
radiculares houve extensas, porém superficiais, absorsões nas faces
vestibulares, principalmente nos pré-molares. Na região cervical, do lado
palatino, foi observado um espessamento do ligamento periodontal, com
estiramento das fibras colágenas e proliferação celular. No animal
sacrificado aos 240 dias de contençào as fibras principais do ligamento
estavam desorganizadas e com pouca evidência de reinserção nas áreas
radiculares absorvidas. Todos os dentes de ancoragem exibiram absorções
radiculares mais extensas do que as do animal pós-disunção. Essas lesões
foram reparadas, principalmente por cemento celular, porém de modo incompleto,
não restabelecendo o contorno radicular. Ambos os animais exibiram hiperplasias
gengivais em vestibular e absorções horizontais das cristas ósseas.
O
exame de extenção e profundidade das
lesões radiculares indicou que o
processo de absorção e reparo é mais extensivo do que invasivo, não sendo
uma contra-indição para seu uso clínico.
356
Anatomia das inserções de origem do músculo pterigóideo
lateral
J.A.C. NavArro, J.C. Andreo,
E.A.Q. Oliveira *
Depto.
de Morfologia - Faculdade de Odontologia da Bauru da USP – SP
O conhecimento das inserções do músculo pterigóideo lateral
é fundamental para interpretação dos movimentos mandibulares normais e nas
disfunções crâniomandibulares. As variações das inserções de origem desse
músculo podem influenciar nos movimentos da mandíbula, com implicações na
ATM (Barros, J.J.& S.M.Rode, 1995; Bakke, M.E.Möller. J.Dent Res. 100:32-8,
1992.; Birou, G. et all. Surg. Rad. Anat. 13:307-311, 1991; Stockstill, J.W. et
all. J.Craniomandib., Dis. Fac. Oral Pain, 5:564-570, 1991. Autores discordam
quanto aos locais das inserções de origem. Shepherd, F.J.J.Anat. Physiol
15:139-140, 1881; Paturet, Vol.2, pg. 671, 1995; Orts-Llorca, F., Tomo I, Pg.
794, 1959; Figun & Garino, pg. 72, 1994; descrevem e/ou mostram inserções
desse músculo na tuberosidade da maxila. Poland, J.J. Anat. Physiol. 24:
567-72, 1890; Lam W.K.P.; Ann. R.C.A.D. 5:339, 1977; Adachi, S. et. al.; J.
Osako Univ. Dent. Sch. 25: 127-38, 1985), não ratificam essa afirmativa. No
presente trabalho os autores realizaram 30 microdissecções do músculo pterigóideo
lateral para observarem os locais de suas inserções de origem. Verificaram que
elas se fazem na face infra-temporal da asa maior do esfenóide, misturando-se
lateralmente com as inserções do músculo temporal; por medial, estendem-se à
face da lâmina lateral do processo pterigóide do esfenóide, confundindo-se
com as inserções do músculo pterigóideo medial. Observou-se apenas uma
pequena inserção vertical, ao longo do limeite tuberal da fissura
pterigomaxilar.
Não
foi encontrada nenhuma inserção de origem do músculo pterigóideo lateral na
tuberosidade da maxila.
357
Alterações cefalométricas decorrentes do hábito de
sucção digital
H.C. VALDRIGHI*, M.B.B.A. MAGNANI, M.H.C. ALMEIDA, J.
SARMENTO NETO
Depto.
Odontologia Infantil, Área de Ortodontia, FOP / UNICAMP
O hábito de sucção é considerado
um dos grandes fatores etiológicos das maloclusões dentárias e
dento-alveolares. Sabe-se que o hábito bucal nocivo consiste num ato neuromuscular
complexo que envolve muitas estruturas e, quando frequentes e intenso, poderá
afetar o equilíbrio e interromper o estado
dinâmico da oclusão normal. ANGLE (1907) já afirmava que a sucção
persistente pode causar uma maloclusão severa dos incisivos permanentes,
devendo este hábito ser eliminado ou reeducado antes da erupção dos referidos
dentes. A etiologia deste hábito, segundo TEUSCHER (1940) é a alimentação
primária inadequada e o fator psicológico GRABER (1958) salienta que para
causar deformidades dento-alveolares o hábito depende de tríade
“tempo-intensidade-frequência”. ARAÚJO (1982) afirma que o hábito de sucção
digital é o mais difícil de ser removido e que ele está intimamente ligado
aos momentos de angústia e ansiedade. O objetivo desse trabalho foi realizar um
estudo comparativo entre pacientes com sucção de polegar e pacientes dotados
de oclusão considerada clinicamente excelente.
Foram
avaliadas cefalometricamente 17 grandezas, das quais as alterações mais
evidentes foram: SNB, FMA, FMIA, 1-NA, 1-NB, ANG.Z, Intericisivos, distância
1.NA, distância 1.NB e queixo total. O teste ¨t¨ não foi significante para
todas as grandezas (p=1%, 5% e 10%). A amostragem foi de 40 pacientes na faixa
etária de 7 a 10 anos, de ambos os sexos e leucodermas.
358
Prevalência de hábitos parafuncionais em 150 pacientes
C. KLIEMANN*; E. COLONELLO
F.
O. São José dos Campos - UNESP- Av. Francisco José Longo, 777 - CEP
12245-000; F. O. Objetivo –UNIP
A literatura atual mostra que a descoberta dos hábitos
parafuncionais e o controle dos mesmos não só são importantes para o diagnóstico,
mas também para o prognóstico das disfunções crânio-mandibulares. Os hábitos
foram pesquisados em 150 pacientes, da Faculdade de Odontologia de São José
dos Campos - UNESP, sendo 90 pacientes com queixa de dor e disfunção e 60
pacientes não queixosos de dor e disfunção crâniomandibular, através de um
questionário dirigido onde os pacientes assinalaram a freqüência dos mesmos
nas seguintes perguntas: mastigar de um lado, apertar os dentes acordado,
apertar os dentes dormindo, ranger os dentes acordado, ranger os dentes
dormindo, mover o queixo com dor, roer as unhas, morder a língua, morder a
bochecha, morder os lábios, morder objetos, mascar chicletes, manter o queixo
para frente, manter a língua contra os dentes inferiores e ou superiores,
manter o queixo rígido, apoiar a mão no queixo, dormir com a mão apoiada no
queixo, carregar sacola no ombro, telefonar com apoio do ombro, ler na cama e
assistir TV deitado (a). A análise dos dados de prevalência foram comparados
através do teste qui-quadrado (2)
com nível de significância de 5%.
Os
resultados encontrados após a análise mostraram alta significância de hábitos
parafuncionais entre o grupo de pacientes com queixa de dor e disfunção e o
grupo de pacientes não queixosos.
359
Análise morfométrica do conteúdo de canais
radiculares obturados pela técnica de
condensação lateral e ultra-sônica
C.A.P. Maniglia*, J.C.G.Biffi /
DEOCR - Endodontia - Universidade Federal de Uberlândia - MG – Brasil
Sabendo-se que a quantidade de remanescente pulpar presente no
interior do canal radicular após a instrumentação, está relacionada com a
complexidade anatômica das raízes, questionou-se qual seria a maneira mais
adequada de obturá-lo: se através de técnica largamente utilizada como a de
condensação lateral ou através de técnica alternativa. Assim o objetivo do
presente trabalho prestou-se a avaliar o comportamento dos elementos presentes
no interior do canal obturado pela técnica de condensação ultra-sônica,
tendo como controle a de condensação lateral,
em raízes morfologicamente diferentes. Para tal pesquisa foram
utilizadas as raízes palatinas e mésio-vestibulares de 40 primeiros molares
superiores recém extraidos e com polpa vital, com intuito de
verificar-se também a influência da anatomia interna na obturação e 5
diferentes secções do canal. Foram quantificadas com o auxílio da análise
morfométrica computadorizada, as áreas de guta-percha, cimento, remanescente
pulpar e espaços vazios do canal, em ambas as raízes e ambas
as obturações.
Após
a análise estatística dos resultados concluiu-se que não foram encontradas
diferenças significativas entre as área de guta-percha, cimento, remanescente
pulpar e espaços vazios, em função das técnicas de obturação empregadas.
Observaramse porém, diferenças significativas da presença de remancente
pulpar em função da complexidade anatômica da raíz mésio-vestibular em
comparação com a raíz palatina.
360
Avaliação radiográfica in vitro das curvaturas
de raízes mesiais de molares inferiores antes e após o preparo cervical dos
canais radiculares
S.C.C. Camargo*; C.E. Aun; G. Gavini /
Faculdade de Odontologia da USP - SP - Tel-fax (011) 818-7839
Propusemo-nos a avaliar radiograficamente in vitro as
curvaturas radiculares de 40
raizes mesiais de molares inferiores nas vistas clínica e proximal,antes e após
o preparo cervical da entrada dos canais.Os graus de curvatura para cada canal
em ambas as vistas,foram obtidos valendo-se da técnica de Schneider. Os
preparos cervicais foram realizados com brocas de Largo e Gates Glidden nos
movimentos de anti-curvatura e penetração e retrocesso respectivamente.
Previamente ao preparo cervical, para os canais
mesio-vestibular,vista clínica observou-se 5% de curvaturas suave (0-15o),75%
moderadas (16-30
o) e 20% severas (31-50
o).Por vista proximal
obtivemos 30% suave e 70% moderada.Para o canal mesio lingual ,vista clínica
2,5% suaves,77,5% de moderada e 20% de severa e por proximal 32,5% de suave,
62,5% de moderadas e 5% severa.
Após o preparo cervical para os canais mesio vestibular
,vista clínica 35% suave, 62,5% moderadas e 2,5% severas Por vista proximal
,75% suave e 25% moderadas.Para o canal mesio lingual por vista clínica, 32,5%
suaves e 67,5% moderadas e por proximal 70% suave e 30% moderadas.
Concluímos
que a manobra de preparo cervical
diminui em média o grau de curvatura dos canais radiculares em raízes mesiais
de molares inferiores.